Forças de Defesa de Timor

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papatango

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« Responder #15 em: Maio 16, 2008, 12:05:17 pm »
Instrutor:

1 - Nós não podemos vender M-60.
2 - Não existem carros de combate pesados na Indonésia.
3 - Portugal há dois anos atrás deu espectáculo, quando os M-60 avariaram no meio de uma parada militar.
4 - Timor não tem meios para manter esses veículos.
5 - A presença de carros de combate pesados em qualquer lugar, apenas gera instabilidade e medo nas pessoas.

Nós já fizemos bastante por Timor, mas quem fez de facto o que era necessário, ou seja, enviar tropas para Timor quando a situação estava mais complicada foram os australianos.

Quando os portugas lá chegaram já os australianos estavam a mandar parte dos seus contingentes embora. E isto tem muito mais a ver com a distância que com outra coisa qualquer. Há que ser minimamente realista.

Nós não temos fragatas Vasco da Gama que cheguem para missões nas águas portuguesas e na NATO, quanto mais para mandar para um território do outro lado do mundo.
Já lá esteve uma e depois foi substituida por uma das antigas João Belo.

Algumas das corvetas portuguesas navegam porque são mantidas a bastante custo em Portugal, muitas vezes com «desenrascanços». Timor não tem capacidade nem para manter nem reparar um barco de pesca.

Quando há problemas, a solução é normalmente a Austrália, mas o mercado australiano não é assim tão grande, e o resultado é que para manter veículos e armamentos mais antigos acaba por ser necessário ficar à espera que seja Portugal a resolver o problema.

Faria muito mais sentido comprar alguns patrulhas em segunda mão à China por exemplo, que estar a mandar velharias desde Portugal, que naquelas paragens são difíceis quando não impossíveis de reparar.

Os Chaimites não têm reparação viável. De nada servem e são inferiores a camiões blindados que os americanos estão neste momento a utilizar.
Reparação viável, quer dizer uma reparação cujo custo em peças e mão de obra seja inferior ao preço de um veículo equivalente, novo ou em segunda mão mas melhor estado.

A Malásia que lhes ofereça veículos Condor. Compraram mais de 400 (nós temos uma dezena).

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #16 em: Maio 16, 2008, 12:24:32 pm »
Muito de acordo papatango, é a minha vontade a falar, de ver um Portugal a mandar no mundo com fazia à cerca de 500 anos.  :lol:
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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papatango

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« Responder #17 em: Maio 16, 2008, 12:39:18 pm »
Temos que ser mais criticos para com a nossa História.

Há 500 anos Portugal não mandava no mundo
O que estabeleceu foi o completo domínio marítimo de um oceano, nas costas da que era a região mais rica do mundo e obteve os lucros que esse domínio lhe proporcionou.

Há 500 anos, nós estaríamos muito mais para Suiça que para Estados Unidos.
Portugal foi, isso podemos afirma-lo, o país mais rico do mundo durante um periodo do século XV. Mas essa riqueza também era aparente, porque por um lado não controlámos a dívida externa e por outro lado não controlámos uma coisa que ainda hoje nos aflige: Não controlámos o deficit.

Não controlando as contas públicas, pode-se viver das aparências e do crédito que os outros nos dão durante algum tempo, enquanto não se apercebem dos erros que cometemos.

Quando quem nos empresta dinheiro percebe que estamos a gasta-lo onde não devemos, fecha a torneira e não empresta mais. E só então percebemos que quando se gasta mais que o que se tem, acaba-se por entrar em decadência.

Infelizmente não aprendemos as lições da História...
...Provavelmente porque não nos damos ao trabalho de a estudar.


Prossigamos com o tema de Timor

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #18 em: Maio 16, 2008, 01:55:06 pm »
Caro papatango é a tradição, para as coisas más a tradição continua o mesmo que era... :roll:
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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pedro

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« Responder #19 em: Maio 16, 2008, 03:55:59 pm »
Nos ja fizemos muito.
Agora a nossa obrigaçao e cuidar de Portugal e levar Portugal ao top mundial.
Cumprimentos
 

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komet

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« Responder #20 em: Maio 16, 2008, 06:39:45 pm »
Citação de: "pedro"
Nos ja fizemos muito.
Agora a nossa obrigaçao e cuidar de Portugal e levar Portugal ao top mundial.
Cumprimentos


Estamos no top em muita coisa já, é só ouvir as notícias todos os dias  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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major-alvega

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« Responder #21 em: Maio 16, 2008, 07:37:50 pm »
Citação de: "papatango"
Instrutor:

1 - Nós não podemos vender M-60.
2 - Não existem carros de combate pesados na Indonésia.
3 - Portugal há dois anos atrás deu espectáculo, quando os M-60 avariaram no meio de uma parada militar.
4 - Timor não tem meios para manter esses veículos.
5 - A presença de carros de combate pesados em qualquer lugar, apenas gera instabilidade e medo nas pessoas.

Nós já fizemos bastante por Timor, mas quem fez de facto o que era necessário, ou seja, enviar tropas para Timor quando a situação estava mais complicada foram os australianos.

Quando os portugas lá chegaram já os australianos estavam a mandar parte dos seus contingentes embora. E isto tem muito mais a ver com a distância que com outra coisa qualquer. Há que ser minimamente realista.

Nós não temos fragatas Vasco da Gama que cheguem para missões nas águas portuguesas e na NATO, quanto mais para mandar para um território do outro lado do mundo.
Já lá esteve uma e depois foi substituida por uma das antigas João Belo.

Algumas das corvetas portuguesas navegam porque são mantidas a bastante custo em Portugal, muitas vezes com «desenrascanços». Timor não tem capacidade nem para manter nem reparar um barco de pesca.

Quando há problemas, a solução é normalmente a Austrália, mas o mercado australiano não é assim tão grande, e o resultado é que para manter veículos e armamentos mais antigos acaba por ser necessário ficar à espera que seja Portugal a resolver o problema.

Faria muito mais sentido comprar alguns patrulhas em segunda mão à China por exemplo, que estar a mandar velharias desde Portugal, que naquelas paragens são difíceis quando não impossíveis de reparar.

Os Chaimites não têm reparação viável. De nada servem e são inferiores a camiões blindados que os americanos estão neste momento a utilizar.
Reparação viável, quer dizer uma reparação cujo custo em peças e mão de obra seja inferior ao preço de um veículo equivalente, novo ou em segunda mão mas melhor estado.

A Malásia que lhes ofereça veículos Condor. Compraram mais de 400 (nós temos uma dezena).

Cumprimentos


eu não estou muito dentro do preço de reparação de uma chaimite, nem peças, poderia-me dar um exemplo????

cumprimentos.

ps: e como é isso dos camioes americanos serem melhor que as chaimites?

e porque não podemos vender m-60???
« Última modificação: Maio 16, 2008, 07:44:45 pm por major-alvega »
 

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pedro

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« Responder #22 em: Maio 16, 2008, 07:43:03 pm »
Sim Komet mas nao é na economia. :wink:
Cumprimentos
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #23 em: Maio 16, 2008, 11:55:34 pm »
Citação de: "major-alvega"
Citação de: "papatango"
Instrutor:

1 - Nós não podemos vender M-60.
2 - Não existem carros de combate pesados na Indonésia.
3 - Portugal há dois anos atrás deu espectáculo, quando os M-60 avariaram no meio de uma parada militar.
4 - Timor não tem meios para manter esses veículos.
5 - A presença de carros de combate pesados em qualquer lugar, apenas gera instabilidade e medo nas pessoas.

Nós já fizemos bastante por Timor, mas quem fez de facto o que era necessário, ou seja, enviar tropas para Timor quando a situação estava mais complicada foram os australianos.

Quando os portugas lá chegaram já os australianos estavam a mandar parte dos seus contingentes embora. E isto tem muito mais a ver com a distância que com outra coisa qualquer. Há que ser minimamente realista.

Nós não temos fragatas Vasco da Gama que cheguem para missões nas águas portuguesas e na NATO, quanto mais para mandar para um território do outro lado do mundo.
Já lá esteve uma e depois foi substituida por uma das antigas João Belo.

Algumas das corvetas portuguesas navegam porque são mantidas a bastante custo em Portugal, muitas vezes com «desenrascanços». Timor não tem capacidade nem para manter nem reparar um barco de pesca.

Quando há problemas, a solução é normalmente a Austrália, mas o mercado australiano não é assim tão grande, e o resultado é que para manter veículos e armamentos mais antigos acaba por ser necessário ficar à espera que seja Portugal a resolver o problema.

Faria muito mais sentido comprar alguns patrulhas em segunda mão à China por exemplo, que estar a mandar velharias desde Portugal, que naquelas paragens são difíceis quando não impossíveis de reparar.

Os Chaimites não têm reparação viável. De nada servem e são inferiores a camiões blindados que os americanos estão neste momento a utilizar.
Reparação viável, quer dizer uma reparação cujo custo em peças e mão de obra seja inferior ao preço de um veículo equivalente, novo ou em segunda mão mas melhor estado.

A Malásia que lhes ofereça veículos Condor. Compraram mais de 400 (nós temos uma dezena).

Cumprimentos

eu não estou muito dentro do preço de reparação de uma chaimite, nem peças, poderia-me dar um exemplo????

cumprimentos.

ps: e como é isso dos camioes americanos serem melhor que as chaimites?

e porque não podemos vender m-60???



Major-alvega, os valores para a  logística para as Chaimites não é propriamente o orçamento e tabela de preços de uma normal viatura na oficina XPTO.
Não deve existir muita informação por aí dado esta carecer de alguma confidencialidade. Afinal estamos a falar de meios de defesa.

Os M-60 ATTS foram fornecidos em 2ª mão, pelo Exército norte-americano  na Europa, ao abrigo do MDAAP - Mutual Defense Assistance Act .
Era mais barato do que enviá-los de volta aos EUA para sucata
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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major-alvega

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« Responder #24 em: Maio 17, 2008, 12:29:28 pm »
isto é um pouco off topic, mas quantos leopard 2 tem o exercito portugues
neste momento???

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pmdavila

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« Responder #25 em: Maio 17, 2008, 12:33:36 pm »
Citação de: "major-alvega"
isto é um pouco off topic, mas quantos leopard 2 tem o exercito portugues
neste momento???


0 (ZERO).
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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papatango

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« Responder #26 em: Maio 17, 2008, 03:22:58 pm »
Citar
eu não estou muito dentro do preço de reparação de uma chaimite, nem peças, poderia-me dar um exemplo????

cumprimentos.

ps: e como é isso dos camioes americanos serem melhor que as chaimites?


O exemplo mais simples, é comparar o Chaimite com um veículo da época do Chaimite (alias mais recente que o Chaimite).
O que você propõe é reparar e modernizar veículos que são contemporâneos disto:


É absurdo pensar que é possível manter uma frota destes veículos. Não só  existe o normal desgaste do material, como os veículos se tornam inuteis

Os camiões blindados dos americanos como os MRAP-I são feitos para resistir a disparos que um Chaimite não consegue deter.
Veículo CAIMAN da BAE Systems
Aliás, por isso mesmo, os equivalentes mais modernos dos Chaimite (ou dos V-150, para ser mais correto) foram considerados inadequados.
M-1117, um primo afastado do CHAIMITE, considerado inadequado para MRAP

Como já foi dito, a venda dos M-60 só é possível com autorização dos Estados Unidos. Nós não podemos vender material que nos foi dado para uma função defensiva na Europa.

Uma modernização dos M-60 para um padrão moderno (M-60/2000 ou M-60/Sabra-2) custa um minimo de dois milhões de Euros por unidade e nós não temos capacidade técnica para o fazer.
M-60 SABRA
M-60 120S
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PereiraMarques

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« Responder #27 em: Maio 17, 2008, 03:34:42 pm »
Espectáculo :roll:  c34x .

As necessidades actuais exigem veículos muito mais blindados/pesados e com maior mobilidade Todo-o-Terreno dada por sistemas 6X6 e, principalmente, 8X8, por oposição a 4X4 da Chaimite...para não falar noutras questões...como capacidade de transporte de tropas, conforto interior, etc., etc.

Em relação à questão do fabrico, a maior parte dos Pandur II vão ser feitos em Portugal, com incorporação de componentes nacionais que pode chegar a 80% no caso da versão-base.

Caro "major-alvega" correndo o risco de ser repetitivo, aconselho a pesquisar longamente o presente fórum porque ai encontrará resposta às suas perguntas sobre os Leopard e os Pandur.

PS: Olhe que o Chaimite não é uma "maravilha" nacional, não passa de uma cópia ligeiramente alterada do veículo V-100/150 Commando norte-americano :arrow: http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?p=108279
 

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papatango

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« Responder #28 em: Maio 17, 2008, 03:50:54 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
claro que sem a eloquência do Papatango

Eloquência, eue :mrgreen:
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Cabeça de Martelo

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« Responder #29 em: Maio 17, 2008, 04:59:35 pm »
Naziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...não esquecer! :lol:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.