LHD - Wasp Class

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JLRC

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« Responder #45 em: Junho 28, 2004, 03:29:52 pm »
Citação de: "komet"
Su-33 é que é, e não precisam de catapulta nenhuma  :wink: )


Lamento contradizê-lo, mas está completamente errado

Em 1º lugar caro amigo Rui, não é possível operar F 18 de porta-helicópteros porque embora eles já tenham sido lançados, em testes, com a ajuda de um tramplim, eles só podem aterrar num convés equipado com cabos de travagem, que não existem num LHD. Por isso, como já foi dito, só existe actualmente em serviço um avião que pode aterrar num LHD, o Harrior nas suas várias versões. Futuramente deverá haver o hipotético F 35 B, a não ser que a Rússia ressuscite o projecto do Yak-141 Freestyle.
Quanto aos F-16 e F-15 terem um gancho para aterrarem num porta-aviões só em ficção cientifica. para aterrar num porta-aviões não basta o gancho, é preciso um trem de poiso reforçado para aguentar o embate violento no convés do porta-aviões que tem movimentos em várias direcções, na horizontal e também na vertical. Quanto ao Su-32, julgo que não está preparado para operar de porta-aviões. O modelo que opera no Kuznetsov é o Su-33 e mesmo este precisa de cabos de paragem. O Kuznetsov é um porta-aviões do tipo STOBAR (Short Take Off But Arrested Gear). Ele não precisa de catapultas mas precisa de um tamplim que no caso do Kuznetsov tem 60 m e está inclinado 12%. Portanto também não poderia operar num LHD.
Já agora, como parece haver confusão entre o Su-32 e o Su-34, o modelo é o mesmo, sendo o Su-32 a versão para exportação.
Cumprimentos
JLRC
 

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Rui Elias

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« Responder #46 em: Junho 28, 2004, 03:54:06 pm »
JNSA:

Apesar dos porta-aviões naturais que são as ilhas não acha que não seria especialmente caro e seria de extrema utilidade termos capacidade de reabastecimento aéreo?

Quanto aos Sukoy, o facto de estarmos na NATO inviabliza para os próximos tempos essa hipótese, já que terá que haver uniformidade e compatibilização de armamentos.

O que não significa que teoricamente pudessem ser uma boa compra.
 

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Spectral

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« Responder #47 em: Junho 28, 2004, 04:58:41 pm »
O mais pequeno porta-aviões a alguma vez ter operado aparelhos modernos foi o Foch ( ou terá sido o Clemanceu?) francês, que em meados dos anos 90 testou alguns F-18. Parece que os testes correram bem, mas a pressão da Dassault quando soube da notícia invalidou qualquer continuação do programa ( era um "bakup" para o caso do Rafale ser cancelado).

Os F-16 ( pelo menos os noruegueses) estão equipados com ganchos para poderem aterrar em pistas secundárias curtas ( os noruegueses não têm muito espaço, com tantas montanhas...)

PS: a designação do Platypus , SU27-IB/SU-32/SU-34, é um dos mistérios da aviação. Parece que muda todos os anos. :nice:
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Ricardo Nunes

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« Responder #48 em: Junho 28, 2004, 05:03:28 pm »
Citação de: "Spectral"
Os F-16 ( pelo menos os noruegueses) estão equipados com ganchos para poderem aterrar em pistas secundárias curtas ( os noruegueses não têm muito espaço, com tantas montanhas...)


Correcto. A presença dos ganchos em F-16 e F-15 tem, principalmente, uma função de emergência face a, por exemplo, falhas de travões ou necessidade de uma aterragem rápida.
É frequente nos treinos dos bombeiros e equipas de emergência de Monte Real, observar F-16s a aterrar com o sistema de gancho + cabo em funcionamento.
Ricardo Nunes
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JNSA

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« Responder #49 em: Junho 28, 2004, 06:26:16 pm »
Citação de: "Rui Elias"
JNSA:

Apesar dos porta-aviões naturais que são as ilhas não acha que não seria especialmente caro e seria de extrema utilidade termos capacidade de reabastecimento aéreo?

Quanto aos Sukoy, o facto de estarmos na NATO inviabliza para os próximos tempos essa hipótese, já que terá que haver uniformidade e compatibilização de armamentos.

O que não significa que teoricamente pudessem ser uma boa compra.


Claro que os meios de reabastecimento aéreo seriam essenciais, aliás, sempre defendi isso (e também podem ser usados como aviões de transporte estratégico).

Em relação aos Su-32, chegou-se a falar em preparar este avião para usar armamento NATO o que, estou convencido, não seria muito difícil, e reduziria os problemas logísticos.

A grande questão é mesmo a falta de vontade do poder político em adquirir material "made in Russia"... Já os Gregos, por exemplo, não têm problemas em comprar equipamento russo - o que lhes interessa é que seja o melhor... É pena que por cá também não se pense assim...  :(
 

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JLRC

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« Responder #50 em: Junho 28, 2004, 11:50:58 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Citação de: "Spectral"
Os F-16 ( pelo menos os noruegueses) estão equipados com ganchos para poderem aterrar em pistas secundárias curtas ( os noruegueses não têm muito espaço, com tantas montanhas...)

Correcto. A presença dos ganchos em F-16 e F-15 tem, principalmente, uma função de emergência face a, por exemplo, falhas de travões ou necessidade de uma aterragem rápida.
É frequente nos treinos dos bombeiros e equipas de emergência de Monte Real, observar F-16s a aterrar com o sistema de gancho + cabo em funcionamento.


Ignorava que os F-16 tivessem ganchos, mas isso não invalida que eles não possam aterrar em porta-aviões. Os ganchos, pelo que disseram são para ajudar na aterragem em pistas curtas, mas que terão sempre umas centenas largas de metros (um pouco como os para-quedas antigamente e não sei se presentemente ainda). Num porta-aviões o gancho tem de apanhar um cabo e parar em menos de 100 m. É um esticão terrivel e se o avião não estiver reforçado estruturalmente e ter um trem de aterragem também reforçado, pode-se partir ao meio ou no melhor caso pode-se partir o trem de aterragem e aterrar de barriga. São portanto casos diferentes.
Quanto ser ou não necessário ter capacidade de reabastecimento em voo, eu sou de opinião que deviamos ter dois reabastecedores. Quanto ao Su-32 as únicas razões para não os comprarmos são falta de vontade política e falta de dinheiro, ou seja, é impossível termos Su-32 nos tempos mais próximos, a não ser que os russos mandem uma executiva russa, loura e cheia de curvas, negociar com o Santana Flopes perdão, Lopes.
Cumprimentos
JLRC
 

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Spectral

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« Responder #51 em: Junho 28, 2004, 11:55:22 pm »
Lembro-me de ver em qualquer lado acerca da escolha do F-18 pela USN, que de início era para serem avaliados tanto o YF-16 como o YF-17 ( que viria a evoluir no F-18 ), mas que o YF-16 foi logo excluído devido a ter uma velocidade de aterragem demasiado elevada para operações em porta-aviões.
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R.P. Feynman
 

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emarques

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« Responder #52 em: Junho 28, 2004, 11:56:37 pm »
Pensava que os F-16 noruegueses tinham para-quedas para os ajudar a travar, não ganchos... De qualquer forma, os cabos de travagem para parar um F-16 sem o partir todo ainda devem ser compriditos...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
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Rui Elias

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« Responder #53 em: Junho 29, 2004, 10:29:51 am »
JLRC:

"Quanto ao Su-32 as únicas razões para não os comprarmos são falta de vontade política e falta de dinheiro, ou seja, é impossível termos Su-32 nos tempos mais próximos, a não ser que os russos mandem uma executiva russa, loura e cheia de curvas, negociar com o Santana Flopes perdão, Lopes. "

 :nice:  :nice:


Quanto à capacidade de reabastecimento aéreo, e o JNSA até acrescenta que esses aviões também poderiam ter capacidade de transporte estratégico, ainda bem que concordam.

Mas mais uma vez a nossa LPM é omissa quanto a essa possiblidade, o que mais uma vez levanta a questão de vermos que se pretende capacidade de projecção de forças, mas que na prática quase nada é feito.

Mas de que género de pensadores e panificadores militares temos?

Quanto a transporte estratégico por via aérea julgo que 2 ou 3 B-17 (para não falar numa pérola que são os inalcansáveis Galaxy), é que seria ouro sobre azul
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #54 em: Junho 29, 2004, 10:38:44 am »
Citação de: "Rui Elias"
Quanto a transporte estratégico por via aérea julgo que 2 ou 3 B-17 (para não falar numa pérola que são os inalcansáveis Galaxy), é que seria ouro sobre azul


B-17? Plataforma algo antiga não?


Isto é um B-17 ( que Portugal chegou a operar, na configuração SB-17 ).


Mas eu percebi a sua ideia. Você referia-se ao C-17:



Cumprimentos,
Ricardo Nunes
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JLRC

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« Responder #55 em: Junho 29, 2004, 10:49:21 am »
Citação de: "Rui Elias"

Quanto a transporte estratégico por via aérea julgo que 2 ou 3 B-17 (para não falar numa pérola que são os inalcansáveis Galaxy), é que seria ouro sobre azul


Rui, deixe-me corrigí-lo. Os B-17, eram bombardeiros quadrimotores da 2ª Guerra, as famosas Fortalezas Voadoras.
Cumprimentos
JLRC
 

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Rui Elias

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« Responder #56 em: Junho 29, 2004, 10:52:49 am »
Ricardo:

Tem razão :?



Mas diga lá que 2 ou 3 C-17 não davam jeito, para juntar a uma almejada frota de 6 a 8 C-130?

Ou seja: 6 C-130-J mais 2 a 3 C-17, ou em alternativa 8 a 10 C-130-J.

Acho que a proposta da Boeing para que Portugal estudasse a hipotese de adquirir pelo menos 2 aparelhos desses ficou em águas de bacalhau.

Ou alguem sabe como é que isso ficou?
 

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« Responder #57 em: Junho 29, 2004, 10:02:53 pm »
Citar
Mas diga lá que 2 ou 3 C-17 não davam jeito, para juntar a uma almejada frota de 6 a 8 C-130?

Ou seja: 6 C-130-J mais 2 a 3 C-17, ou em alternativa 8 a 10 C-130-J.

Acho que a proposta da Boeing para que Portugal estudasse a hipotese de adquirir pelo menos 2 aparelhos desses ficou em águas de bacalhau.

Ou alguem sabe como é que isso ficou?


Isso já foi debatido aqui até à exaustão há usn tempos atrás. Pessoalmente, eu (e outras pessoas) acho que não há lugar na FAP para um avião com as características do C-17.
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R.P. Feynman