F-35A Lightning II na FAP

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mafets

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #285 em: Fevereiro 15, 2024, 11:04:01 pm »
Um bocado off topic, mas:
https://www.aereo.jor.br/2024/02/13/comandante-da-aeronautica-diz-que-a-fab-pode-comprar-um-segundo-lote-de-cacas-gripen-e-tambem-uma-outra-aeronave/

Quão engraçado seria ver a FAB a operar F-16 no futuro.  :mrgreen:

De certa forma faz sentido, dado que eles têm que substituir uma carrada de caças nos próximos anos, e ao custo unitário do Gripen, dificilmente conseguirão pagar para ter os 108 que tinham em mente.

De notar, na imagem com o título "Projetos Futuros", que praticamente todas as aeronaves apresentadas são americanas, com destaque para o F-16, UH-60, MQ-9B SkyGuardian e P-8 Poseidon (parece-me). Isto poderá significar que, pelo menos na FAB, existe um interesse de se aproximar dos EUA, e quiçá querem esta aproximação, também para ter mais chances de um dia mais tarde terem acesso aos F-35.
108? Então mas a Fab tem 60 caças (até conto com os A4 da Marinha) e quer quase o dobro? Só se for para substituir inclusive os St... :mrgreen:

Saudações

P.S. Investem na linha de montagem do Gripen E e agora pensam nos F16, como caça tampão, com tanto C/D que os suecos têm. Já parece a cena dos Mirage 2000.  :mrgreen:

P.S. 2 - F16 e Uh60 ainda estou a ver. O resto não. Lula e Embraer não vão nessa.  :mrgreen:
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #286 em: Fevereiro 15, 2024, 11:15:37 pm »
Um bocado off topic, mas:
https://www.aereo.jor.br/2024/02/13/comandante-da-aeronautica-diz-que-a-fab-pode-comprar-um-segundo-lote-de-cacas-gripen-e-tambem-uma-outra-aeronave/

Quão engraçado seria ver a FAB a operar F-16 no futuro.  :mrgreen:

De certa forma faz sentido, dado que eles têm que substituir uma carrada de caças nos próximos anos, e ao custo unitário do Gripen, dificilmente conseguirão pagar para ter os 108 que tinham em mente.

De notar, na imagem com o título "Projetos Futuros", que praticamente todas as aeronaves apresentadas são americanas, com destaque para o F-16, UH-60, MQ-9B SkyGuardian e P-8 Poseidon (parece-me). Isto poderá significar que, pelo menos na FAB, existe um interesse de se aproximar dos EUA, e quiçá querem esta aproximação, também para ter mais chances de um dia mais tarde terem acesso aos F-35.
108? Então mas a Fab tem 60 caças (até conto com os A4 da Marinha) e quer quase o dobro? Só se for para substituir inclusive os St... :mrgreen:

Saudações

P.S. Investem na linha de montagem do Gripen E e agora pensam nos F16, como caça tampão, com tanto C/D que os suecos têm. Já parece a cena dos Mirage 2000.  :mrgreen:

P.S. 2 - F16 e Uh60 ainda estou a ver. O resto não. Lula e Embraer não vão nessa.  :mrgreen:

Olás.

Esses 60 são a conta atual, se não me engano na época do FX eram uns 47 F-5, mais outro tanto de AMX e os 12 M-2000, por isso que se chegou a esse número de 108. Concordo com os C/D como complementares 'para fazer número', mas penso que os suecos têm que colaborar com o cargueiro da Embraer. Mas isso é assunto para o tópico lá da FAB.

Sds!
« Última modificação: Fevereiro 15, 2024, 11:17:04 pm por MMaria »
Don't feed the troll. Don't feed me, the troll.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #287 em: Fevereiro 15, 2024, 11:39:04 pm »
Certo. Mas o Gripen, mesmo na versão c/d é muito superior ao F5M e ao AMX, pelo que na minha opinião só justificava tantos caças se passassem os St exclusivamente para instrução .

Saudações

P.S. F35 no Brasil só se entrassem para a Nato ou alguma nação da América Central e Sul os adquirisse. A meu ver, face ao grau de ameaça não justifica.
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #288 em: Fevereiro 16, 2024, 03:44:33 pm »


O F-35 consegue operar quando está a chover?



Consegue. Aparentemente teve problemas em voar se houvessem relâmpagos mas acho que já resolveram.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #289 em: Fevereiro 16, 2024, 03:54:18 pm »
Não totalmente, segundo este artigo de Novembro de 2023.

https://ts2.com.pl/en/why-cant-the-f-35-fly-in-thunderstorms/

Citar
**Understanding the F-35’s Limitations in Thunderstorms**

Thunderstorms are hazardous for all aircraft due to their associated high winds, hail, lightning, and turbulence. For the F-35, the concern is not just about flying through these conditions but also about the potential impact on its sophisticated equipment. The aircraft’s stealth features, for instance, rely on its outer skin, which is coated with materials that absorb radar waves. A lightning strike could compromise this coating, reducing the aircraft’s stealth capabilities.

Moreover, the F-35’s fuel tanks are designed to vent into the atmosphere, which is a common practice for aircraft to maintain pressure balance. However, in the presence of lightning, these fuel vapors could ignite, posing a significant risk. To mitigate this, the F-35 was initially equipped with an Onboard Inert Gas Generation System (OBIGGS), which is intended to reduce the oxygen level in the fuel tanks, thus decreasing the likelihood of ignition. However, concerns about the effectiveness of this system in certain scenarios have led to operational restrictions during thunderstorms.

**Technological Enhancements and Ongoing Evaluations**

The F-35 program has been proactive in addressing these concerns. Engineers have worked on improving the OBIGGS and developing additional protective measures against lightning strikes. These efforts are ongoing, and as technology advances, the F-35’s ability to safely operate in adverse weather conditions is expected to improve.



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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #290 em: Fevereiro 16, 2024, 05:10:10 pm »
Não totalmente, segundo este artigo de Novembro de 2023.

https://ts2.com.pl/en/why-cant-the-f-35-fly-in-thunderstorms/

Citar
**Understanding the F-35’s Limitations in Thunderstorms**

Thunderstorms are hazardous for all aircraft due to their associated high winds, hail, lightning, and turbulence. For the F-35, the concern is not just about flying through these conditions but also about the potential impact on its sophisticated equipment. The aircraft’s stealth features, for instance, rely on its outer skin, which is coated with materials that absorb radar waves. A lightning strike could compromise this coating, reducing the aircraft’s stealth capabilities.

Moreover, the F-35’s fuel tanks are designed to vent into the atmosphere, which is a common practice for aircraft to maintain pressure balance. However, in the presence of lightning, these fuel vapors could ignite, posing a significant risk. To mitigate this, the F-35 was initially equipped with an Onboard Inert Gas Generation System (OBIGGS), which is intended to reduce the oxygen level in the fuel tanks, thus decreasing the likelihood of ignition. However, concerns about the effectiveness of this system in certain scenarios have led to operational restrictions during thunderstorms.

**Technological Enhancements and Ongoing Evaluations**

The F-35 program has been proactive in addressing these concerns. Engineers have worked on improving the OBIGGS and developing additional protective measures against lightning strikes. These efforts are ongoing, and as technology advances, the F-35’s ability to safely operate in adverse weather conditions is expected to improve.



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A ironia do nome é palpável. F-35 Lightning II
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #291 em: Fevereiro 16, 2024, 11:06:06 pm »
108? Então mas a Fab tem 60 caças (até conto com os A4 da Marinha) e quer quase o dobro? Só se for para substituir inclusive os St... :mrgreen:

Saudações

P.S. Investem na linha de montagem do Gripen E e agora pensam nos F16, como caça tampão, com tanto C/D que os suecos têm. Já parece a cena dos Mirage 2000.  :mrgreen:

P.S. 2 - F16 e Uh60 ainda estou a ver. O resto não. Lula e Embraer não vão nessa.  :mrgreen:

O plano da FAB, na altura do programa FX-2, era comprar os 36 caças, e mais tarde fazer este número chegar aos 108. Pelos vistos, o dinheiro não vai dar para tudo, e começam a procurar alternativas.

As diferenças entre a versão C/D e E/F do Gripen poderão não justificar esta hipótese, podendo até nem haver uma quantidade suficiente deles + os alguns para fazer de mulas.

Pode também ser uma questão de quererem a aproximação aos EUA, não ficando nada surpreendido que a FAB tivesse uma posição neste aspecto completamente oposta à do Lula.

Claro que muitos destes programas, a avançarem, já será numa altura em que o Lula não estará na presidência.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #292 em: Fevereiro 16, 2024, 11:09:24 pm »
108? Então mas a Fab tem 60 caças (até conto com os A4 da Marinha) e quer quase o dobro? Só se for para substituir inclusive os St... :mrgreen:

Saudações

P.S. Investem na linha de montagem do Gripen E e agora pensam nos F16, como caça tampão, com tanto C/D que os suecos têm. Já parece a cena dos Mirage 2000.  :mrgreen:

P.S. 2 - F16 e Uh60 ainda estou a ver. O resto não. Lula e Embraer não vão nessa.  :mrgreen:

O plano da FAB, na altura do programa FX-2, era comprar os 36 caças, e mais tarde fazer este número chegar aos 108. Pelos vistos, o dinheiro não vai dar para tudo, e começam a procurar alternativas.

As diferenças entre a versão C/D e E/F do Gripen poderão não justificar esta hipótese, podendo até nem haver uma quantidade suficiente deles + os alguns para fazer de mulas.

Pode também ser uma questão de quererem a aproximação aos EUA, não ficando nada surpreendido que a FAB tivesse uma posição neste aspecto completamente oposta à do Lula.

Claro que muitos destes programas, a avançarem, já será numa altura em que o Lula não estará na presidência.
O programa original prevê uma aquisição até um adicional de 20% do valor do contrato sem concurso. O que a FAB está a fazer é tentar convencer o governo a exercer essa opção e adicionar mais alguns por troca com a Suécia adquirir uns quantos C-390… a partir daí são sonhos, para já…
« Última modificação: Fevereiro 16, 2024, 11:10:10 pm por JohnM »
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #293 em: Fevereiro 17, 2024, 12:27:04 am »
Isso é capaz de ser a parte do contrato. Eu estou a falar das intenções (já com bastantes anos) da FAB ultrapassar uma centena de caças modernos. O que vai acontecer? Vamos ver, há o potencial de adquirir mais alguns Gripen E, e ainda irem comprar caças usados para complementar, já que triplicar a quantidade de Gripen para 100+, não é nada barato para umas FA que têm tanta coisa onde investir.
 

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #294 em: Fevereiro 17, 2024, 02:50:23 pm »
Isso é capaz de ser a parte do contrato. Eu estou a falar das intenções (já com bastantes anos) da FAB ultrapassar uma centena de caças modernos. O que vai acontecer? Vamos ver, há o potencial de adquirir mais alguns Gripen E, e ainda irem comprar caças usados para complementar, já que triplicar a quantidade de Gripen para 100+, não é nada barato para umas FA que têm tanta coisa onde investir.
Neste momento as intenções são bem mais modestas…

https://www.aereo.jor.br/2023/11/24/gripen-no-programa-ww-ceo-da-saab-afirma-que-fab-negocia-de-12-a-15-cacas-adicionais/

Talvez seja por isso que falam em caças de segunda linha, seria uma espécie de mistura hi-lo à Brasileira…  enfim, sorry pelo off-topic
 

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Pilotasso

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #295 em: Fevereiro 19, 2024, 12:17:18 am »
Caríssimos, junto-me agora ao forum após certamente mais de 10 anos como observador curioso, também para ler alguma noticia sobre a FA que me possa ter escapado.
Relativamente ao F-35 eu irei formular a minha opinião não pelo lado pratico e lógico mas sim de acordo com a cultura e profile do decisor típico tuga.  :mrgreen:

OK aqui vai:
Muito provavelmente não iremos ter F-35A de fábrica. Serão usados e noutra versão, mais em conta e já com algum desgaste claro está. E vocês perguntam "mas quem possivelmente nos poderia fornecer unidades usadas e em conta?"

A resposta é: há um operador que não o quer, e terá um substituto dentro de 20 anos o que é certamente compatível com o tempo de decisão típico do tuga.  :mrgreen:
E esse operator é a US navy que foi obrigada a "papar" o F-35C à força, tanto é assim que está em desenvolvimento uma versão NGAD para a marinha. Essa será a nossa oportunidade francamente mais realista. Ficariam felicíssimos se se livrarem de alguns F-35's.
Já existe um precedente: o A-7P corsair. Também na altura tínhamos saído de 2 resgates do IMF e faltava dinheiro. É um paralelo perfeito para os dias de hoje e nas próximas décadas.

Até lá muito provavelmente continuaremos a tirar F-16's do AMARG para vender atualizados ao padrão Viper, e usar o dinheiro para incorporar alguns viper 1/2 na FAP. não estou a ver os outros potenciais serem viáveis:
- Gripen, em certos aspectos seria um downgrade, mais valia atualizar o F-16 para o mesmo nível tecnológico já que há no mercado kits. O brasil não têm mais influencia para fazer este negócio de que os Americanos têm para nos impingir F-35's.
- nem o F-15EX (muito menos), para mim é um avião belíssimo, mas para ricos que já usam outros tipos de aeronaves. Não acredito que a FAP acartasse os custos de operação, afinal de contas só nos motores F100 seria o dobro.
- nem o BAE tempest ou o da AIRBUS Ambos bi motor, pertencente a uma classe acima, tanto em dimensões, peso e preço. O material europeu é bom mas tem tradição de falhar nos custos manutenção e logística de peças.

Os F-16 seriam substituídos por apenas 1 esquadra de F-35C. Portugal não tem possibilidades de obter uma frota suficientemente grande de F-35's para os empregar da mesma forma que outros países fazem. Quaisquer perdas teriam logo impacto catastrófico na capacidade total de combate. Eventualmente teremos drones de vários tipos para complementar os ativos de ataque ao solo, esses seriam o cavalo de batalha. Os F-35 serão sobretudo para nos manter relevantes junto do aliados.

Para ajudar ainda mais o argumento dos caças usados está o facto que Portugal tem outros investimentos em meios tradicionais (i.e. não drones) que não pode mesmo evitar que sejam novos: fragatas, e os 2ª lote de SSK's.

 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #296 em: Fevereiro 19, 2024, 11:19:10 am »
Caríssimos, junto-me agora ao forum após certamente mais de 10 anos como observador curioso, também para ler alguma noticia sobre a FA que me possa ter escapado.
Relativamente ao F-35 eu irei formular a minha opinião não pelo lado pratico e lógico mas sim de acordo com a cultura e profile do decisor típico tuga.  :mrgreen:

OK aqui vai:
Muito provavelmente não iremos ter F-35A de fábrica. Serão usados e noutra versão, mais em conta e já com algum desgaste claro está. E vocês perguntam "mas quem possivelmente nos poderia fornecer unidades usadas e em conta?"

A resposta é: há um operador que não o quer, e terá um substituto dentro de 20 anos o que é certamente compatível com o tempo de decisão típico do tuga.  :mrgreen:
E esse operator é a US navy que foi obrigada a "papar" o F-35C à força, tanto é assim que está em desenvolvimento uma versão NGAD para a marinha. Essa será a nossa oportunidade francamente mais realista. Ficariam felicíssimos se se livrarem de alguns F-35's.
Já existe um precedente: o A-7P corsair. Também na altura tínhamos saído de 2 resgates do IMF e faltava dinheiro. É um paralelo perfeito para os dias de hoje e nas próximas décadas.

Até lá muito provavelmente continuaremos a tirar F-16's do AMARG para vender atualizados ao padrão Viper, e usar o dinheiro para incorporar alguns viper 1/2 na FAP. não estou a ver os outros potenciais serem viáveis:
- Gripen, em certos aspectos seria um downgrade, mais valia atualizar o F-16 para o mesmo nível tecnológico já que há no mercado kits. O brasil não têm mais influencia para fazer este negócio de que os Americanos têm para nos impingir F-35's.
- nem o F-15EX (muito menos), para mim é um avião belíssimo, mas para ricos que já usam outros tipos de aeronaves. Não acredito que a FAP acartasse os custos de operação, afinal de contas só nos motores F100 seria o dobro.
- nem o BAE tempest ou o da AIRBUS Ambos bi motor, pertencente a uma classe acima, tanto em dimensões, peso e preço. O material europeu é bom mas tem tradição de falhar nos custos manutenção e logística de peças.

Os F-16 seriam substituídos por apenas 1 esquadra de F-35C. Portugal não tem possibilidades de obter uma frota suficientemente grande de F-35's para os empregar da mesma forma que outros países fazem. Quaisquer perdas teriam logo impacto catastrófico na capacidade total de combate. Eventualmente teremos drones de vários tipos para complementar os ativos de ataque ao solo, esses seriam o cavalo de batalha. Os F-35 serão sobretudo para nos manter relevantes junto do aliados.

Para ajudar ainda mais o argumento dos caças usados está o facto que Portugal tem outros investimentos em meios tradicionais (i.e. não drones) que não pode mesmo evitar que sejam novos: fragatas, e os 2ª lote de SSK's.


Bem-vindo à participação ativa no FD, caro Pilotasso! :G-beer2:

Relativamente ao seu post, e muito sucintamente: percebo a lógica toda que está por detrás do mesmo e os argumentos que invoca, no entanto isso seria ainda mais meio caminho andado para deixarmos de ter aviação de caça em Portugal. Se já de si se afigura como complicada a capacidade de aquisição (e manutenção/operacionalidade) do modelo F-35A para a FAP, pior ainda seria se ficássemos com uma variante mais cara, que não é comum à maioria das operadas pelos nossos aliados, e que sendo de características embarcadas pouco ou nenhum sentido faria para nós. Não se pode comparar o F-35C ao A-7P, são aeronaves, conceitos, gerações e tempos completamente diferentes.

Dê por onde der, o futuro será o F-35A, muito provavelmente complementado por uma Esquadra de F-16M/V atualizada e melhor armada. Poderão não ser muitos Lightning II inicialmente, todavia se queremos atingir de novo o estatuto de paridade com os nossos parceiros NATO como aconteceu com o F-16 MLU, então não haverá outro passo a dar senão este. Porque as verbas aparecem se houver vontade política para tal; o pior é que há muitas décadas que essa vontade não existe.
« Última modificação: Fevereiro 19, 2024, 03:01:35 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #297 em: Fevereiro 19, 2024, 12:02:27 pm »
Caríssimos, junto-me agora ao forum após certamente mais de 10 anos como observador curioso, também para ler alguma noticia sobre a FA que me possa ter escapado.
Relativamente ao F-35 eu irei formular a minha opinião não pelo lado pratico e lógico mas sim de acordo com a cultura e profile do decisor típico tuga.  :mrgreen:

OK aqui vai:
Muito provavelmente não iremos ter F-35A de fábrica. Serão usados e noutra versão, mais em conta e já com algum desgaste claro está. E vocês perguntam "mas quem possivelmente nos poderia fornecer unidades usadas e em conta?"

A resposta é: há um operador que não o quer, e terá um substituto dentro de 20 anos o que é certamente compatível com o tempo de decisão típico do tuga.  :mrgreen:
E esse operator é a US navy que foi obrigada a "papar" o F-35C à força, tanto é assim que está em desenvolvimento uma versão NGAD para a marinha. Essa será a nossa oportunidade francamente mais realista. Ficariam felicíssimos se se livrarem de alguns F-35's.
Já existe um precedente: o A-7P corsair. Também na altura tínhamos saído de 2 resgates do IMF e faltava dinheiro. É um paralelo perfeito para os dias de hoje e nas próximas décadas.

Até lá muito provavelmente continuaremos a tirar F-16's do AMARG para vender atualizados ao padrão Viper, e usar o dinheiro para incorporar alguns viper 1/2 na FAP. não estou a ver os outros potenciais serem viáveis:
- Gripen, em certos aspectos seria um downgrade, mais valia atualizar o F-16 para o mesmo nível tecnológico já que há no mercado kits. O brasil não têm mais influencia para fazer este negócio de que os Americanos têm para nos impingir F-35's.
- nem o F-15EX (muito menos), para mim é um avião belíssimo, mas para ricos que já usam outros tipos de aeronaves. Não acredito que a FAP acartasse os custos de operação, afinal de contas só nos motores F100 seria o dobro.
- nem o BAE tempest ou o da AIRBUS Ambos bi motor, pertencente a uma classe acima, tanto em dimensões, peso e preço. O material europeu é bom mas tem tradição de falhar nos custos manutenção e logística de peças.

Os F-16 seriam substituídos por apenas 1 esquadra de F-35C. Portugal não tem possibilidades de obter uma frota suficientemente grande de F-35's para os empregar da mesma forma que outros países fazem. Quaisquer perdas teriam logo impacto catastrófico na capacidade total de combate. Eventualmente teremos drones de vários tipos para complementar os ativos de ataque ao solo, esses seriam o cavalo de batalha. Os F-35 serão sobretudo para nos manter relevantes junto do aliados.

Para ajudar ainda mais o argumento dos caças usados está o facto que Portugal tem outros investimentos em meios tradicionais (i.e. não drones) que não pode mesmo evitar que sejam novos: fragatas, e os 2ª lote de SSK's.


Só estranho essa da versão C, a mais cara e maior
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #298 em: Fevereiro 19, 2024, 03:36:02 pm »
Obrigado pessoal,

A questão do custo do F-35C em relação ao A é relevante, mas considerem o seguinte:

- 80% do custo de aquisição e manutenção de um caça está nos motores e aviónicos, que são comuns ao F-35A.
- As células estruturais do F-35C naval terão menos vida remanescente que um F-35A, por isso duvido que o preço do F-35C irá refletir os tais 20 Milhões de diferença por unidades nova.
- Por outro lado operando F-35C em terra não irá refletir grande diferença de custos de manutenção para um F-35A. O único contra que encontro são os mecanismos de dobra das asas. Acho que não será por aí.
- A oferta de F-35C's usados será superior ao numero de países dispostos a adquirir esta versão. O mais provável é a maioria irem parar ao AMARG, de onde poderemos retirar carcaças para peças.
- frequentemente obtemos material usado como contrapartidas.
« Última modificação: Fevereiro 19, 2024, 03:43:34 pm por Pilotasso »
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #299 em: Fevereiro 19, 2024, 10:53:21 pm »

Fala-se aqui da inevitabilidade de comprar F-35 para "atingir paridade".

A mim parece-me que a única forma de atingir paridade com os nossos parceiros da NATO é pegar em metade dos nossos F-16 (isto se metade está operacional) e entregá-los á Ucrânia.
- Como foi solicitado ao Ministro dos NE recentemente.
- Á semelhança daquilo que a Dinamarca vai fazer com toda a sua artilharia e munições.

Como é que estamos a pensar "atingir paridade" daqui a 15 anos se neste momento somos um país INÙTIL e INSIGNIFICANTE?
Vamos ser "pares" com os nossos F-35 quando isso já não for necessário?

França e outros estão a agir e a assinar acordos bilaterais que incluem a participação nas obras (lucrativas) de reconstrução.

Se não abrir os olhos agora e fizer um gesto significativo, TUGALAND vai estar a fazer festinhas aos seus F-35 novos com uma mão, a coçar os tomates com a outra enquanto, ao mesmo tempo, vai estar a ver passar comboios á sua frente.

Como sempre.
Todo cheio de "paridade".

Vamos mandar 4 Leopard para integrar uma força de Espanha destacada.
Para isso, os 4 precisam de estar em "aprontamento" durante 6 MESES!
Será para atingirem "paridade".


Acabei de ver o debate AD/PS.
Defesa?  ----------------  ZERO.
Portugal está a gozar com esta merda.

Somos "pares" de nós próprios - e com F-35 não muda nada.