Força Aérea: Participação na “Operação Atalanta”Nesta quinta- feira começou a participação da Força Aérea portuguesa numa operação militar que protege o tráfego marítimo que atravessa a costa da Somália.Iniciou-se nesta quinta-feira a participação da Força Aérea Portuguesa na operação militar da União Europeia, que protege, desde 2008, o tráfego marítimo que atravessa a costa da Somália.A cerimónia de apresentação do Destacamento de Forças Nacionais, que integrará a “Operação Atalanta” da Força Internacional da União Europeia, ao Chefe do estado-maior da Força Aérea (CEMFA) General Luís Araújo, realizou-se hoje em Beja, na Base Aérea 11 e é constituído por uma aeronave P-3P ORION, da Esquadra 601 “Lobos” e 42 militares do Ramo.O P-3 ORION é uma aeronave equipada com um moderno conjunto de sensores, computadores e outro equipamento táctico, que lhe conferem excelentes aptidões para a execução de operações de patrulhamento marítimo, sendo apontado como o meio aéreo de maior eficácia para contribuir para a dissuasão, prevenção e repressão dos actos de pirataria e dos assaltos à mão armada ao largo da costa da Somáli.Na sua intervenção o General Luís Araújo referiu que é um orgulho para a Força Aérea Portuguesa e para Portugal integrar esta missão e que a mesma se enquadra no espírito do Tratado de Lisboa e no reforço da componente militar da União Europeia.Por sua vez, o Tenente-Coronel, Luís Mendes, Comandante do Destacamento Nacional , afirmou que apesar de ser a primeira vez que operam neste cenário os seus homens tem muita experiência de outras missões internacionais.As forças portuguesas integrarão o dispositivo internacional e operara a partir do Aeroporto Nacional de Victória, na Ilha de Mahé (República das Seychelles) durante quatro meses e terá como missão primária o patrulhamento marítimo, apoiando o processo de combate à pirataria na costa da Somália, abrangendo uma área de mais de 2 milhões de milhas quadradas, o equivalente a 56 vezes o tamanho do território nacional.
A FAP envia para os céus da Somália um avião de reconhecimento P-3P OrionPortugal mantêm atualmente em Victoria, nas ilhas Seychelles, um avião de reconhecimento marítimo P3, assim como 41 militares numa equipa de suporte da força aérea. O avião irá reforçar a capacidade de reconhecimento aéreo da NATO nas suas missões contra a pirataria somali, juntando-se aos aviões aqui já em operação da Suécia e do Luxemburgo. Apesar da crise financeira e do fim do destacamento de uma fragata na região, Portugal mantêm na operação anti-pirataria da NATO, a Atalanta, uma presença proporcionalmente muito mais significativa do que outras “grandes” potências e que sendo grandes exportadoras ou mantêm na região uma presença mínima (como os EUA e a China) ou estão completamente ausentes (como o Brasil).O avião de reconhecimento estará nos mares da Somália durante quatro meses, procurando navios piratas e encaminhando os navios da NATO até aos mesmos de forma a impedir que consumem ataques contra embarcações civis.
OP ATALANTA - Rotação28-06-2010No passado dia 24 de Junho decorreu a única rotação prevista do contingente a actuar na Operação Atalanta.Terminada a primeira metada do destacamento, que teve inicio em 22 de Abril de 2010, foram efectuadas 19 missões das 20 missões inicialmente planeadas, a que corresponde 145 Horas de Voo (HV) (das 160 horas inicialmente previstas) equivalente a uma área coberta em patrulha pelo P3P de mais de 4,2 milhões de km2, o equivalente a mais de 45 vezes a área de Portugal continental.Em média, uma missão tem a duração de 8:00 HV. A distância às áreas atribuídas varia entre as 200 e as 800 milhas naúticas (NM). Assim, em média, o tempo missão é repartido entre 2:45 de trânsito e 6:15 de patrulhamento. A dimensão da área coberta varia em função da distância a que esta se encontra da base, mas em média são patrulhados por missão cerca de 220.000 km2.http://www.emgfa.pt/pt/noticias/182