Talvez, como disse antes, mas os meios de projecção de Força sempre estiveram nos planos da Marinha e não dependem da vontade dos Fuzileiros, primeiro o LPD, agora as Crossover...
Com a "ideia" de tornar (ou manter) os Fuzileiros uma força mais leve e móvel do que o que se planeava nas últimas 2 décadas, também se favorece a compra de XOs (menos capacidade de transporte, mas mais rápidos, mais discretos, mais furtivos, mais armados) ao invés de um LPD clássico.
Pelo menos os fuzileiros querem-se diferenciar dos outros, na minha opinião tanto os Comandos como os Paras tem o mesmo peso, ambos estão equipados com Vamtac ST5, só se diferenciar a quantidade de viaturas
Na minha opinião a diferenciação entre Paras e Comandos é mais, os Paras são mais especialistas (infiltração por paraquedas), os Comandos são mais versáteis, além dos Comandos nas missões serem a "força de primeiro emprego", e os Paras os que vão logo a seguir.
A melhor forma de se diferenciar duas forças que à primeira vista são parecidas, é com a utilização de meios diferentes. Já é assim no que respeita à BrigMec e BrigInt, sendo o tipo de meios a maior diferença. Depois com a diferenciação de meios, virá a diferenciação de doutrinas e missões.
Dito isto, reforço que os Comandos deviam ser a força de elite mais pesada, abdicando da mobilidade de facilidade de transporte, para ganhar protecção e poder de fogo.
Os Paras e os Fuzos abdicariam assim do poder de fogo e protecção, para ganhar mobilidade, nos seus respectivos domínios.
Olhando para a capacidade SHORAD/C-UAS, vemos que não dá para abdicar de sistemas como o ST5 e esperar que se tenha a mesma capacidade AA que um sistema montado nestes veículos proporciona. Daí que, os Comandos, teriam nos seus ST5 um sistema SHORAD. Já os Paras e Fuzos, não ficariam de mãos a abanar por culpa da sua doutrina mais "levezinha", recorreriam então a sistemas como o que postei numa mensagem acima, ATV com radar, sensor EO e jammer para drones + MANPADS.
Os Paras teriam acesso a veículos lançáveis de paraquedas. Os Fuzos teriam acesso a lanchas CB-90. Os Comandos a ST5 blindados. Para operações mais prolongadas, Paras e Fuzos também teriam acesso aos Vamtac SOV. Nenhuma destas forças estaria impedida de, se assim fosse necessário, utilizar outros meios (por exemplo Pandur) para transporte. Falo apenas de meios orgânicos.
Alguns Fuzileiros com quem já falei deste assunto eles acham os Vamtac muito pesados para eles, eles querem coisas tipo Polaris, mas acho que essa opinião é devido aos meios deles de projecção a partir dos navios são os zebro e os Lynx, por isso não equacionam meios mais pesados que não possam chegar a terra com as actuais capacidades de projecção.
Pronto, eu não fiz a análise com a limitação de só possuirmos Zebros em mente. Num contexto em que tenhas um LPD, LHD, LST ou XO, ou um navio aliado para fazer estas coisas, seria assim o equipamento que consideraria necessário adquirir, havendo claro muito mais, tendo eu apenas especificado alguns.
Os Vamtac SOV oferecem uma robustez que ATVs e outros meios mais ligeiros não oferecem, e ao mesmo tempo não são tão pesados e limitados em mobilidade como os ST5, acabando por ser um bom meio termo.
Já os CB-90 são quase que obrigatórios numa força anfíbia. Especialmente se um dia se viesse a ter um par de XO, estes podiam operar a partir do navio mãe inclusive em operações de combate à pirataria.