Eu gostava é de saber qual é o plano da Marinha e do MDN quanto a esta capacidade. Um LPD, um JSS ou alguma coisa diferente? Uso primário militar ou civil?
Eu até agora ainda não vi muita flexibilidade para olhar para opções fora do normal, isto é, o típico LPD tipo Rotterdam. A única coisa mais ou menos diferente foi quando o Bérrio deu o berro, e de repente falavam num JSS. Mas mesmo o JSS tem problemas, sendo apenas um único navio, não pode estar em dois locais ao mesmo tempo, o que impede que o navio seja alguma vez utilizado como AOR por estar grande parte do ano em "stand-by" para o caso de acontecer uma catástrofe.
O navio vai ser principalmente de utilidade civil ou militar? É que se for civil, então outra entidade que fique com ele, que nem precisa de ser um LPD, e até é capaz de ficar mais barato com financiamento UE e assim a Marinha não precisa de abdicar dos seus parcos recursos financeiros e humanos num navio que não lhe é útil. Se for militar, então que se comece a pensar nas escoltas, já que nesse caso o LPD/JSS ou o que seja passa a ser o "flagship" da Marinha, e não tem lógica não ter escolta minimamente moderna.
E quanto à construção, continua aquela ilusão da construção nacional? Há apenas um estaleiro em cima da mesa, estaleiro esse que tem que construir primeiro os NPOs (que já estão atrasados), o LPD e depois o AOR, sem ter capacidade de construir tudo ao mesmo tempo. O atraso nos NPO leva ao adiamento da construção do LPD, e qualquer entrave na sua construção, leva a um atraso ainda maior na construção do AOR.
E francamente tenho dúvidas das vantagens de construir navios "one-off" cá. Vão ficar mais caros e demorar mais tempo a construir que encomendar directamente a outro estaleiro, e mesmo o know-how ganho, perder-se-á, já que irão operar no mínimo por 30/40 anos, altura em que o estaleiro não vai construir mais nada semelhante. Também não vão ser exportados.