A decisão terá sido tomada pelo CEMA à data, Almirante Fernando José Ribeiro de Melo Gomes.
Importa saber o que justificou a sua aquisição de equipamento tão caro, o que se me parece como um caso de gestão danosa.
O CIWS Phalanx original foi adquirido para as Vasco da Gama. 5 para 3 fragatas não me parece nada de extraordinário, sendo que que os modernizados foram depois colocados nas fragatas e os restantes perspectivava-se ou de os colocar originalmente nas Perry (eram para vir duas e os primeiros lotes vinham sem o CIWS, sendo colocados como os EUA fizeram), mas ao adquirir-se as BD que têm o Gollkeper, transitam para o NAVPOL ou para tal modernização planificada às VG, que as iria tornar semelhante às Hydra HN gregas. Nem um nem outro foi para a frente como é sabido, e como tal o equipamento não tem colocação e nem se espera que venha a ter. Urge portanto uma solução, que passa ou por usa-lo ou por vende-lo, pois adquirido já foi no século passado com uma modernização na data que indiquei. Ou é preferível acabar sem condições de uso ou para peças enquanto se discute se deve ou não ser usado, e em que circunstâncias? Recordo que nem para os Tejo e muito menos para os NPO existe quaisquer concurso público para adquirir sensores e armamento. Recordo que para os Tejo foi-se buscar calibre 0.50. Recordo uns zuns/zuns que os NPO iriam levar qualquer coisa parecida. Recordo que o "canhão" que comprou os Phalax foi com ordem de alguém, e que os canhões estão sem uso à vista e lá continuam a ganhar pó com os respectivos sensores...
https://barcoavista.blogspot.pt/2009/06/modernizacao-das-fragatas-da-classe.html
Colocar um CIWS de vários milhões num navio não concebido para combate, só porque sim, indicia um acto de desespero absolutamente injustificável e de eficiência nula, até porque tal equipamento só faz sentido quando coadjuvado com outros sensores, armamentos, tripulação e missão. Um OPV com um Phalanx? Para quê? Para as gaivotas ou para o peixe podre que podem atirar?
Vai-se "corrigir" um disparate com outro maior? Isso é coisa de autarquia, não de Defesa Nacional.
Os SF300, que são menores que os NPO 2000, levam uma peça de 76 mm, que só cá não foi adquirida, pois mesmo para os patrulhas da Lituânia, lá estão as referidas Oto Melara, sendo que e que se saiba, não vão combater com ninguém (a própria frota russa do báltico tem navios com o mesmo calibre de arma, além dos misseis, pelo que de certeza não fica impressionada com os navios lituanos).Os próprios chilenos nos seus OPV80 (sim OPV), passaram de peças de 40 mm para 76 mm, e continuamos a falar de um navio de patrulha só armado com canhões (o preço de uma 76 mm mais sensores é superior ao do Phalanx, mesmo o Block1 com o upgrade para 1b). Mas temos o caso da Guarda Costeira Norte Americana, que pegou no armamento da desactivada Perry, e armou os seus navios. Por exemplo os Cutter´s da classe Bertholf que possui uma tonelagem semelhante aos NPO 2000 levam uma Phalanx à popa, enfrentam os mesmos problemas e ameaças da NPO 2000 que e um típico navio de guarda costeira, portanto, não vejo onde está o problema...
Confesso que cansado e farto de ver pseudo-soluções para problemas que devem ser enfrentados de maneira completamente diferente.
Mas como sempre, é mais fácil falar de canhões do que dos "canhões" que os compram - ou não.
A meu ver a pseudo-solução parte da forma como ainda se vê o Phalanx bem como o problema, ou seja, temos um filho da mão que comprou um Sistema Anti-míssil o qual funciona integrado numa panóplia de sensores, resultando o canhão e sistema automático no ultimo recuso contra misseis anti-navio e agora está aquilo a ganhar pó sem ser colocado onde devia. Pois, mas não apenas este sistema em várias situações não se mostrou eficaz como resultou em vários acidentes e incidentes (como é público). Na verdade o sistema nunca abateu nenhum míssil em combate e por isso, levou o upgrade para o Block 1B, para passar a funcionar na maior parte das vezes como um simples canhão de reduzido alcance, com um operador manual atrás de uma consola como forma de combater as pequenas ameaças "junto ao litoral" . Como demonstra o video do simulador de tiro neozelandês, o phalanx passa a ser um canhão contra a tais diversas pequenas ameaças, o qual apenas mantêm a capacidade anti-míssil original, com possibilidade de funcionar em automático. E essas pequenas ameaças são também pequenas embarcações, como as usadas no tráfico de droga ou em outras actividades ilícitas.
O sistema hoje para ser eficaz como arma anti-míssil, introduz a combinação block 1B com o Mk15 SEA RAW CIWS. E este sistema não está previsto ser adquirido por Portugal para as VDG, que junto apenas com a actualização dos motores do Sea Sparrow, deixa o navio sem praticamente capacidade para se defender de misseis anti-navio. Isso a meu ver é que é chocante, mas aparentemente enquanto se falava no facto dos ESSM não virem para as VdG, esta questão da eficácia do Phalanx para a ameaça original para o qual foi criado e da necessidade de complemento (já que a modernização 1B foi feita), até como forma de justificar o dinheiro da aquisição e upgrade com eficácia, foi "canhão" que disparou ao lado...
http://www.seaforces.org/wpnsys/SURFACE/Mk-15-close-in-weapon-system.htm
Saudações