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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Mundo => Tópico iniciado por: comanche em Agosto 01, 2007, 11:46:57 pm

Título: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: comanche em Agosto 01, 2007, 11:46:57 pm
Batiscafos tripulados Mir em busca do petróleo no Polo Norte


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CIentistas russos começaram ontem (24) uma expedição para o Polo Norte, que pela primeira vez explorará o fundo marítimo imediatamente debaixo do Polo Norte, informou o chefe da expedição Artur Chilingarov. A bordo do navio- laboratório” Académico Fiódorov” e do quebrador de gelo nuclear “Rússia”, os cientistas partiram desde o porto de Murmansk e chegrão o próximo domingo à zona do Polo Norte, onde se realizarão as investigações submarinas.

 
 
 
“ Pela primeira vez nas investigações russas do Árctico os batiscafos tripulados Mir-1 e Mir -2 realizarão imersões de até 4.300 metros da profundidade na zona, onde convergem os meridianos no hemisfério norte”, disse o cientista. Segundo Chilingarov a expedição por duração e caráter das investigações é uma de mais importantes da Rússia e não só, pois é organizada pela inicativa do Conselho Internacional da Ciência (ICSU , siglas em inglês) e Organização Mundial de Meteorologia (WMO) e no ano marcado como IV Ano Polar Internacional ( IPY) ( síglas em inglês).

 No programa do IPY participam os cientistas de 60 paises. No programa russo do IPY desde o passado mês de abril 15 cientistas russos estão numa base sobre um bloco de gelo flutuante a 17 quilómetros do Polo Norte.

Esse grupo de cientistas supõe a primeira fase da expedição Polo Norte 35 (PN-35) que com mais especialistas começará a funcionar a partir do próxomo mês de setembro sobre blocos de gelo à deriva.

A base russa estará comosta de vagões da vivenda , laboratórios , generadores eléctricos, radioemissoras, depósitos de combustível, tratores , outro equipamento , até uma pista para aterrissagem de aviões. O objetivo final do programa russo é a descoberta de jazidas de hidrocarbonetos debaixo do fundo marítimo. Além disso, à medida que o aquecimento global derrete o gelo, existe a possibilidade de se abrir um lucrativo atalho para navios passando entre a Ásia e a América do Norte. Os cientistas vão analisar tal possibilidade.

A missão é parte de uma corrida para garantir direitos sobre o Ártico, uma região de gelo rica em recursos energéticos.

Segundo o direito internacional, cinco países com territórios dentro do Círculo Ártico -- Rússia, EUA, Canadá, Noruega e Dinamarca (através de seu controle da Groenlândia) -- estão limitados a uma zona de controle econômico de 320 km ao longo de sua costa.

Mas desde 2001, a Rússia quer uma parte maior, argumentando que o fundo do mar ártico e a Sibéria são ligados através do mesmo fundo do mar continental.

 Por Lyuba Lulko
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Enviado por: SSK em Agosto 02, 2007, 07:13:18 pm
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Publicação: 02-08-2007 15:56    |   Última actualização: 02-08-2007 16:28
Bandeira russa no fundo do Árctico
Moscovo pretende reivindicar parte do Pólo Norte

A Rússia colocou hoje uma bandeira no fundo do oceano Árctico, a mais de quatro mil metros de profundidade sob o Pólo Norte. Um gesto simbólico no final de uma expedição científica mas que não esconde as intenções políticas de Moscovo em reclamar parte do território pela sua riqueza em hidrocarbonetos.

Dois mini submarinos russos, Mir-1 e Mir-2, mergulharam a mais de quatro mil metros de profundidade, numa missão que Moscovo compara à chegada à lua. Chegado aos 4.261 metros de profundidade, o Mir-1, equipado com um braço mecânico, hasteou a bandeira que ali ficará protegida por uma cápsula de titânio.

Os exploradores vão dar agora início à missão de investigação científica para determinar se são verdadeiras as suspeitas de que o Pólo Norte é rico em petróleo e gás natural. A Rússia pretende reclamar não só parte do território, como o direito a explorar os recursos naturais da região.

Em 2001, Moscovo já tinha reclamado o território, mas as Nações Unidas negaram esse direito. A Rússia promete voltar a apresentar as pretensões sobre o Pólo Norte em 2009.
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Enviado por: comanche em Agosto 02, 2007, 11:39:21 pm
Análise: Rússia larga na frente na 'corrida pelo ouro' do Ártico


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Os russos estão liderando uma nova "corrida pelo ouro" no norte do planeta, com corajosas tentativas de tomar controle de petróleo, gás, minerais em grandes partes do Oceano Ártico até o Pólo Norte.
O mais famoso explorador da Rússia, Artur Chilingarov, liderou a expedição para plantar a bandeira russa no leito do oceano, imediatamente abaixo do pólo.


Leia mais: Expedição russa finca bandeira no leito do Ártico

"O Ártico é russo", disse Chilingarov. "Nós precisamos provar que o Pólo Norte é uma extensão da plataforma do litoral russo."

A Rússia está alegando que uma cadeia de montanhas submarina conhecida como Cordilheira de Lomonosov é uma extensão do território russo.

Isso, segundo os russos, justifica a sua reivindicação sobre a área triangular acima do pólo, o que a garantiria direitos segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, assinada em 1982.

Sob o artigo 76 da convenção, um Estado pode reivindicar até 200 milhas náuticas como zona exclusiva e, além disso, até 150 milhas náuticas de direito ao leito do mar. A base para a medição destas distâncias depende de onde a plataforma do continente termina.

A Rússia lançou um pedido formal em 2001, mas a Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas decidiu que a solicitação teria de ser reenviada. A colocação da bandeira pode ser vista como um gesto simbólico da Rússia.

Ao mesmo tempo, outros Estados estão agindo para proteger os seus interesses no Ártico. O Canadá está planejando construir oito navios de patrulha, e o Congresso americano considera a proposta de construir dois navios polares novos.

A corrida pelo Ártico se acirrou devido ao derretimento de partes da camada polar de gelo, que permitirá explorações mais fáceis de petróleo e gás. Um novo sentimento de nacionalismo também está crescendo na Rússia.

 
Artur Chilingarov é o mais famoso explorador russo

O derretimento do gelo foi previsto por um grupo de pesquisadores internacionais. O relatório deles sobre impacto no clima do Ártico indicava, em 2004, que a camada polar poderia derreter nos verões antes do final deste século, devido ao aquecimento global.

Se o gelo derreter, é possível que novas rotas de navegação e exploração de recursos naturais se abram.

Um mapeamento geológico dos Estados Unidos estima que um quarto das fontes de energia do mundo está em áreas do Ártico.

No momento, nenhuma plataforma dos países se estende até o Pólo Norte. A área é administrada pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, com sede na Jamaica.

Além da reivindicação russa, há muitas outras disputas.

Os Estados Unidos e o Canadá disputam a passagem noroeste. A Noruega e a Rússia têm um contencioso sobre o Mar de Barents. O Canadá e a Dinamarca competem por uma pequena ilha perto da Groenlândia. O Parlamento russo se nega a ratificar um acordo com os Estados Unidos sobre o Mar de Bering. A Dinamarca também tem uma reivindicação sobre o Pólo Norte.

Soluções para o Pólo Norte

Os cinco países envolvidos na disputam estão considerando duas possibilidades de se dividir a região.

O "método da linha media", apoiado por Canadá e Dinamarca, dividiria as águas do Ártico entre os países de acordo com a extensão do litoral mais próximo da região. Isso daria o Pólo à Dinamarca, mas o Canadá teria muitos ganhos também.

O "método do setor" partiria do Pólo Norte como central e traçaria linhas longitudinais. Isso causaria perdas ao Canadá e ganhos à Noruega e à Rússia.

Um problema é que os Estados Unidos não ratificaram a convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, principalmente porque os senadores não quiseram aceitar restrições internacionais às ações americanas.

No entanto, em maio de 2007, o senador republicano Richard Lugar defendeu a ratificação, devido às ações russas, argumentando que a voz americana precisa ser ouvida nas mesas de negociação.


 


Missão russa no Ártico tenta expansão territorial

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Dois mini-submarinos russo atingiram nesta quinta-feira o fundo do Oceano Ártico a 4,2 mil metros de profunidade. A viagem do Mir-I e Mir-II é parte de uma missão que tem objetivo de comprovar que uma cadeia de montanhas submarinas de 2 mil quilômetros representa uma extensão do território russo.
Ao final da expedição, a equipe irá depositar uma cápsula de metal contendo a bandeira da Rússia no fundo do oceano.

A Rússia pretende reivindicar cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados do oceano e de possíveis reservas submarinas de petróleo e gás para o país.

Caso essa tese possa ser comprovada, os russos poderiam reivindicar a região como parte de seu país, segundo as diretrizes da ONU.

Ida à Lua

Os organizadores da expedição compararam essa descida pioneira ao fundo do oceano abaixo do Pólo Norte com a ida do homem à Lua.

Além dos propósitos científicos, o principal ''prêmio'' que a missão pode dar à Rússia é o de fortalecer as pretensões territoriais russas no Ártico.

De acordo com estimativas, a região pode contar cerca de 10 bilhões de toneladas de petróleo e gás.

A perspectiva de encontrar riquezas na região vem criando uma forte rivalidade na região, entres Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Rússia


Expedição russa finca bandeira no fundo do Ártico


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Membros de uma expedição russa realizaram nesta quinta-feira um feito inédito ao alcançar, a bordo de dois minissubmarinos, o fundo do Oceano Ártico, a 4,2 km de profundidade.
Os exploradores fincaram no local uma bandeira russa de titânio e depois retornaram com segurança à superfície.

O líder da missão, o parlamentar russo Artur Chilingarov, disse à agência russa Itar-Tass que o seu minissubmarino fez um pouso tranqüilo no chão na superfície do mar.

"O chão amarelado está ao redor de nós, não há nenhuma criatura marinha à vista", disse Chilingarov.

Riquezas minerais

A expedição foi lançada na semana passada com o objetivo de buscar indícios geológicos que sustentem a reivindicação russa sobre uma vasta área do Ártico.

Acredita-se que o leito tenha depósitos de petróleo, gás natural e outras reservas minerais.

Além de estudar a geologia do Ártico, os cientistas também iriam coletar amostras da fauna e da flora da região.

O retorno à superfície dos dois minissubmarinos, MIR-I e MIR-2, era considerado a parte mais difícil da missão porque os pilotos precisam voltar exatamente ao ponto de partida ou podem ficar presos em baixo do gelo.

 
Russos reivindicam uma vasta área, que pode ser rica em recursos  

"Esta é uma missão arriscada e heróica", disse Sergei Balyasnikov, um porta-voz do Instituto Ártico e Antártico da Rússia, à agência russa RIA-Novosti. "É um feito importante para que a Rússia demonstre seu potencial no Ártico."

"Show"

O Canadá – um dos países que pleiteiam parte do território do Ártico, junto com a Rússia – criticou a expedição ao dizer que a aventura russa não foi mais do que um show.

"Não há ameaça à soberania canadense no Ártico. Não estamos, de forma alguma, preocupados com esta missão. Basicamente, é só um show da Rússia", disse o Ministro das Relações Exteriores canadense, Peter MacKay, em uma entrevista transmitida em um canal de televisão do país.

Uma convenção internacional estabelece uma área de exploração econômica do Ártico de até 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) para países que fazem fronteira com a região, a partir do território do país.

Esse limite às vezes pode ser expandido, mas, para isso, o país interessado precisa provar que a estrutura geológica da plataforma oceânica é a mesma de seu território.

Moscou argumentou perante uma comissão da ONU em 2001 que uma estrutura geográfica submarina do Ártico, chamada de Cordilheira de Lomonosov, é uma extensão geológica do seu território continental.

A ONU ainda não anunciou uma decisão definitiva sobre o assunto.

Título:
Enviado por: comanche em Agosto 03, 2007, 01:15:55 am
Parece que o assunto poderá vir a tornar-se sério, Rússia, Noruega, Canadá, Dinamarca, os Estados Unidos também estão de olho, isto só vem provar a importância do alargamento da nossa ZEE até á plataforma continental, espero que seja feito um bom trabalho, Portugal deve defender os seus direitos tal como procuram fazer os outros estados.



Rússia reivindica zona no Pólo Norte

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O ministro canadiano dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que o seu país não se sente ameaçado por a Rússia colocar uma bandeira no Oceano Ártico, para reclamar a posse de uma zona no Pólo Norte.
 


Otava, que também reclama esse território, entende que não existem dúvidas sobre a "soberania canadiana no Ártico", sublinhou o ministro Peter MacKay.

"Está consignado há muito tempo que essas águas são canadianas e que este [território] é propriedade do Canadá", acrescentou.

"Não estamos no século XV. Não se pode ir pelo mundo colocar uma bandeira e dizer:" Reclamamos este território"", disse MacKay à cadeia de televisão canadiana CTV.

Uma expedição russa utilizou um mini-submarino para implantar hoje uma bandeira nacional, num acto que simboliza o seu direito a uma zona rica de petróleo e gás no Ártico.

A bandeira russa, cujo estandarte foi feito em titânio anti-ferrugem, foi colocada a 4.261 metros de profundidade nas águas daquele Oceano.

Em reacção à acção russa, o chefe da diplomacia canadiana considerou que foi apenas "espectáculo".

A colocação da bandeira russa na região segue-se às pretensões anunciadas pelo presidente Vladimir Putin, de que a Rússia deve assegurar, com urgência, os seus "interesses estratégicos, económnicos, científicos e de defesa no Ártico".

Em 2001, Moscovo reclamou perante uma comissão das Nações Unidas que as águas junto à Costa Nordeste são uma extensão do seu território marítimo mas o argumento foi recusado.

Outros países, como os Estados Unidos, Canadá e Dinamarca, detentores de zonas costeiras na região, disputam igualmente a soberania sobre aquela área do Pólo Norte.

Não alheio ao interesse em torno desta zona geográfica estão as previsões constantes de um relatório geológico norte-americano, segundo as quais 25 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás ainda inexploradas estão na Bacia do Oceano Ártico, referiu a CTV.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
Título: ....
Enviado por: Miguel Sá em Agosto 03, 2007, 12:54:13 pm
Que posição tomaram os EUA e a UE?

Este acontecimento abre um precedente em relação à Antártica.
Título:
Enviado por: cjr2k3 em Agosto 03, 2007, 01:02:55 pm
Acho que não. Dado que a antartica é considerada território de ninguem pelas nações unidas, o mesmo que a lua. O Artico como é explico tem partes que são das ZEE dos vários países. Quanto aos EUA reclamarem território no artico está complicado para eles porque o Sr. Bush não decidiu retificar um tratado qualquer das nações unidas. Acho que a "bulha" vai ser entre o canadá, noruega, dinamarca e rússia.

Não tenho a certeza disto mas vou verificar.
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Enviado por: Miguel Sá em Agosto 04, 2007, 01:21:59 pm
... e creio que as equipagens dos submarinos russos devem andar mais tranquilas, os engenheiros russos conseguiram finalmente construir mini-submarinos que podem descer a grandes profundidades...
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Enviado por: André em Agosto 04, 2007, 01:24:18 pm
João Soares considera «razoável» pretensão russa

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O deputado socialista João Soares afirmou hoje à Lusa que a pretensão russa sobre parte do Árctico, que Moscovo considera integrar a sua plataforma continental, é uma «reivindicação razoável», até pela grande tradição que aquele país tem na região polar.
Lamentando que Portugal nunca se tenha interessado por expedições no círculo polar Árctico, João Soares, que já efectuou uma viagem ao Pólo Norte, considera que os russos têm «o que de melhor há em termos de investigação» científica polar, tanto no Árctico como na Antártida.

O deputado português, membro da Assembleia Parlamentar europeia e observador da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), considera que existe um paralelo entre as reivindicações russas e as portuguesas sobre o leito do oceano na Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa, uma das maiores do mundo.

«São coisas da mesma natureza, mas no caso do Ártico o assunto pressupõe um diálogo internacional aprofundado» no actual contexto internacional de paz«, disse.

O Ártico, bloqueado pelas camadas de gelo que cobrem grandes extensões do mar polar, sofre uma transformação devida ao aquecimento climático que deixa antever uma utilização económica com a exploração dos recursos naturais ou a abertura da Passagem do nordeste à navegação.

O Oceano Ártico, que se estende por mais de 14 milhões de quilómetros quadrados, faz fronteira com a Europa, Ásia e América. Comunica a sul com o Oceano Atlântico pelo mar de Barents e o estreito de Fram, e a oeste com o Oceano Pacífico através do estreito de Bering.

O Ártico está particularmente ameaçado pelo aquecimento climático. Segundo o grupo intergovernamental de especialistas sobre a evolução do clima (Giec), a temperatura média aumentou duas vezes nos últimos 100 anos em relação à subioda média do resto do planeta.

A exploração mineira que será possível graças ao desaparecimento de uma grande parte do banco de gelo atiça a cobiça de muitos países vizinhos do Ártico: os serviços Geológicos dos Estados Unidos, a Agência governamental científica norte-americana especializada em hidrocarbunetos, calcula que 25 por cento das reservas mundiais de petróleo se encontram a Norte do círculo Polar.

Este apetite exarcebou-se com a aprovação da Convenção das Nações Unidas sobre o direito do Mar de Montego Bay na zona económica exclusiva no mar (ZEE).

Esta convenção permite aos países costeiros de um oceano estenderem os seus direitos para a exploração de recursos naturais, minerais, energéticos, biológicos, das actuais 200 milhas para 350 milhas, se esta zona constituir »o prolongamento natural do plateau continental«.

Os pedidos devem ser depositados perante a Comissão dos limites do plateau continental (CLPC) antes de Maio de 2009.

A expedição russa »Árctico 2007« visa recordar as intenções de Moscovo sobre o seu controlo desses territórios. O vice-presidente da Duma (câmara baixa do Parlamento russo) Artour Tchilingarov, que dirige a operação, disse que a mesma ajudaria a Rússia a avançar na reivindicação dessas regiões. »O Ártico é nosso e nós devemos mostrar a nossa presença«, declarou.

Os cientistas esperam poder estabelecer que uma parte do fundo submarino que passa pelo pólo Norte, conhecido pelo nome de »Dorsal Lomonossov«, é na realidade uma extensão geológica da Rússia.

O batíscafo russo Mir-1 com três ocupantes pousou na quarta-feira, 02 de Agosto, no fundo do Oceano Árctico sob o Polo Norte, a 4.261 metros de profundidade, informou a agência oficial russa Itar-Tass.

Comandado pelo piloto Anatoli Sagalevich, o mini-submarino tocou o fundo marítimo às 12:08, hora de Moscovo, (09:08 em Lisboa), após quase três horas de imersão na zona das coordenadas a 90 graus de latitude norte.

No batíscafo (aparelho que permite a deslocação de observadores a grandes profundidades no mar) viajavam, além daquele cientista russo, o vice-presidente da Duma (Câmara baixa do Parlamento russo) e especialista em expedições árcticas e antárcticas, Artur Chilingarov, e o deputado Vladimir Gruzdev.

»Pousámos suavemente. O solo é de cor amarelada e não se veêm habitantes das profundezas marítimas«, disse Chilingarov, citado pela Itar-Tass.

O Mir-1 devia aguardar a chegada do Mir-2, pilotado pelo russo Ievgueni Cherniayev, que está acompanhado do cientista australiano Michael Mcdowell e do milionário sueco Friedrick Pausen, que pagou três milhões de dólares (2,1 milhões de euros) para participar na aventura.

Além de investigações científicas, a expedição procurará provas geológicas de que o leito marinho de uma vasta zona do Polo Norte pertence à Rússia.

Os cientistas pretendem demonstrar que a cordilheira submarina Lomonósov, que se eleva a 3.700 metros desde o fundo do oceano e vai além do Polo Norte, é a continuação da plataforma continental da Sibéria.

A zona sobre a qual a Rússia reclama direitos tem uma superfície de 1,2 milhões de quilómetros quadrados e crê-se que terá uma quarta parte das reservas mundiais de hidrocarbonetos. Todos os combustíveis que utilizamos (gás natural, butano, propano, gasolina e gasóleo) são constituídos essencialmente por hidrocarbonetos (composto de carbono e hidrogénio).

Em 2001, Moscovo depositou um pedido nesse sentido perante uma comissão da ONU.

Vários outros países nórdicos tentam estender os seus direitos aos recursos marinhos situados para lá da sua ZEE e a imprensa russa recorda que uma expedição norte-americana está a caminho para uma outra zona do Ártico, a dorsal de Gakkel.

Um outro diferendo económico surgiu recentemente no Ártico devido à fonte dos gelos: a circulção na Passagem do Nordeste, via de navegação que liga o Atlântico ao Pacífico via Ártico, que permite reduzir em um terço o trajecto entre a Europa e a Ásia.

Esta rota marítima deveria ser aberta em meados do ano 2035. Ora Washington considera que esta passagem, que sinua entre as ilhas canadianas e as águas internacionais, livres à navegação internacional, quando Otava defende a sua »soberania« nessas »suas« águas territoriais.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Agosto 08, 2007, 10:22:33 pm
Rússia quer ampliar presença no Ártico e anuncia nova expedição


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MOSCOU (Reuters) - Exploradores russos anunciaram na quarta-feira a realização de uma nova expedição rumo ao Ártico no final do ano a fim de intensificar a presença da Rússia na região, depois de terem fincado uma bandeira do país no leito do mar no Pólo Norte.

A Rússia fortaleceu sua posição em uma disputa com os Estados Unidos, Canadá e Noruega pelas riquezas minerais do Ártico quando, na semana passada, enviou um submersível ao fundo do mar para colocar ali uma bandeira do país.

O governo russo pretende controlar uma grande porção do leito marinho do Pólo Norte porque, segundo afirma, a área seria uma extensão da placa continental da Rússia. Mas outras potências presentes no Ártico discordam.

"A Rússia intensificará sua presença no Ártico", afirmou o líder da expedição, Artur Chilingarov, um aventureiro polar de 67 anos de idade. As declarações dele foram divulgadas pela agência de notícias Itar-Tass.

Vice-presidente do Parlamento e importante membro do maior partido governista, Chilingarov afirmou, sem divulgar maiores detalhes, que a nova missão ao Ártico acontecerá em novembro.

Ao dar essas declarações, o expedicionário encontrava-se a bordo de um dos submersíveis usados para colocar a bandeira russa a uma profundidade de 4.261 metros, no leito do mar.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou os membros da expedição durante um encontro com Chilingarov realizado na terça-feira, mas adotou um tom cauteloso ao dizer que o governo russo precisa discutir suas pretensões com outros países e com organizações internacionais.

Cinco países que possuem território dentro do Círculo Ártico -- o Canadá, a Dinamarca, a Noruega, a Rússia e os EUA -- criaram uma zona econômica de 320 quilômetros ao redor da porção norte de suas linhas costeiras.

Se as calotas polares diminuírem em virtude do aquecimento global, a riqueza mineral presente no leito do mar do Ártico poderá ser explorada com maior facilidade, fato esse que alimentou os sonhos das potências mundiais sedentas por fontes de energia e os temores dos ambientalistas.

Segundo geólogos russos, o leito do mar do Ártico contém, pelo menos, material equivalente a algo entre 9 e 10 bilhões de toneladas de combustível, ou a mesma quantidade de petróleo existente em todas as reservas russas. E a região contaria ainda com várias reservas de outros minerais.

A Rússia baseia sua intenção de controlar uma fatia maior do leito do mar do Ártico na descoberta de geólogos russos que acreditam que a formação Lomonosov, uma cadeia montanhosa submersa de 1.800 quilômetros que se estende embaixo do círculo polar, é um prolongamento do território russo.

Segundo Chilingarov, a nova expedição, que contará com um navio quebra-gelo movido a energia nuclear, explorará a área com a ajuda de um submersível movido por controle remoto.

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Enviado por: André em Agosto 10, 2007, 07:45:30 pm
Canadá cria base militar para reforçar soberania

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O Canadá anunciou hoje a criação de uma base militar no Árctico para reforçar a reivindicação da soberania canadiana naquela região do Pólo Norte.

O anúncio foi efectuado pelo primeiro-ministro federal, Stephen Harper, em Resolute, território árctico canadiano do Nunavut, durante a visita que está a realizar àquela zona geográfica, cuja intenção é afirmar a soberania canadiana nestas águas.

A futura base militar das forças armadas canadianas será um porto de águas profundas, que ficará localizado em Nanisivik, junto à Passagem do Noroeste, zona que é disputada pela Rússia, Estados Unidos, Japão e a União Europeia.

Ainda no campo militar, Harper deu a conhecer que será construído um centro de treino militar na Baía de Resolute, em Nunavut.

No entender do primeiro-ministro canadiano, a edificação destes dois postos militares no Árctico ajudarão a reforçar as pretensões canadianas dos direitos sobre a Passagem do Noroeste.

A deslocação de Harper ao Árctico segue-se à expedição realizada há uma semana por cientistas russos, durante a qual foi colocada uma bandeira russa a 4.261 metros de profundidade nas águas deste oceano, simbolizando o seu direito a uma zona rica de petróleo e gás.

A Dinamarca deu entretanto a conhecer que no fim-de-semana enviará igualmente uma expedição ao Árctico, com a finalidade de provar que a cordilheira Lomonósov é uma extensão da Gronelândia, o que a coloca na corrida para reclamar a mesma região do Pólo Norte, rica em petróleo bruto e gás.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 10, 2007, 09:17:59 pm
Uma base militar que deve ser para "inglês" ver. Com a grave crise financeira que está implementada nas FA canadianas não me parece que seja por aí que os russos perderam o interesse no que eles dizem ser deles...
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 12, 2007, 02:57:10 pm
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Jovem de 13 anos descobre erro em notícia da Reuters

   
 
As imagens falsas percorrem media no mundo inteiro

Dois pequenos submarinos navegam lentamente sobre o fundo do oceano, iluminando-o com os seus focos de luz. É o que se vê nas imagens distribuídas pela Reuters e que rapidamente se espalharam pelo planeta. Integravam um pacote noticioso referente à missão em que exploradores russos colocaram uma bandeira sob o Pólo Norte, a quatro mil e duzentos metros de profundidade, no passado dia 2 de Agosto. Não fosse um adolescente finlandês, e a verdade acerca daqueles submarinos poderia nunca ter vindo ao de cima.

Waltteri Seretin, de 13 anos, vive em Kemi, 450 quilómetros a norte de Helsínquia, na Finlândia. Já viu o Titanic, com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, por diversas vezes. Foi talvez por isso que, quando se deparou com as fotografias dos submarinos russos no jornal diário Ilta-Sanomat, percebeu que estavam a meter água.

"Estava a olhar para a fotografia da expedição russa e reparei imediatamente que havia alguma coisa que me era familiar", disse o rapaz ao jornal inglês Guardian. "Verifiquei no meu DVD [do Titanic] e lá estava, mesmo no princípio do filme: exactamente a mesma imagem dos submarinos a aproximarem-se do navio."

O filme de James Cameron sobre o naufrágio de 1912 abre com uma cena de minissubmergíveis num mergulho para inspeccionar os destroços do RMS Titanic. Essas imagens foram, de facto, feitas no local do desastre, no Atlântico Norte, há cerca de dez anos, e aproveitadas pelo realizador para integrar o blockbuster americano.

Mas então, antes de correrem televisões e jornais de todo o mundo, como foram as imagens do filme de 1997 parar ao pacote distribuído pela Reuters?

A agência admite que as retirou de um trabalho transmitido pelo canal estatal russo RTR, e que erradamente as catalogou como originárias do Árctico. O material distribuído incluía vídeos, onde estavam as cenas de Titanic, juntamente com animações feitas por computador e filmagens dos navios à superfície, durante a expedição. Duas das quatro fotografias que integravam o pacote eram do filme de James Cameron.

Aparentemente, com o intuito de "colorir" as reportagens, a RTR usou as imagens da produção de Hollywood para ilustrar as histórias da expedição do Kremlin que pretendia conquistar os direitos sobre as riquezas do Árctico.

O canal afirma que nunca as referiu como sendo realmente da operação de colocação da bandeira. No entanto, enquanto na reportagem se alteravam com imagens reais, no ecrã podia ler-se "norte do Oceano Árctico". À medida que as imagens de Titanic passavam, ouvia-se a voz do jornalista russo: "Quando o minissubmarino chegou aos 300 metros, começou a operação do segundo submarino". Na verdade, as imagens foram emitidas pela primeira vez pela televisão russa quando a expedição ainda se encontrava a várias horas de atingir o pólo.

Curiosamente, os dois submergíveis utilizados pelos cientistas russos, Mir-1 e Mir-2, são fabricados por uma empresa finlandesa e foram usados por Cameron no seu filme. Contudo, pensa-se que a cena transmitida pelo programa noticioso da RTR terá sido originalmente filmada com modelos à escala, e dentro de um estúdio.

A Reuters já apresentou as suas desculpas pelo erro cometido, introduzindo textos referentes às várias origens e localizações das filmagens incluídas no pacote sobre a expedição.

Nas declarações, a agência afirma que "identificou erradamente as filmagens como sendo originárias do Árctico, e não do Atlântico Norte" e "o erro de localização foi corrigido".

O incidente, por si só, já é embaraçoso para a Reuters. Mas, além disso, relembra o facto da agência ter cometido outro erro em Agosto do ano passado, quando publicou uma fotografia de um freelancer sobre os bombardeamentos israelitas no Líbano. A imagem havia sido manipulada com a adição de fumo saindo de edifícios, alegadamente, em chamas.

Depois de mais este percalço, a agência noticiosa promete reforçar o controle de material distribuído em seu nome.
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Enviado por: André em Agosto 13, 2007, 01:52:00 pm
Expedição dinamarquesa a caminho para reclamar zona reivindicada por russos

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O governo dinamarquês anunciou o envio de uma expedição para o Árctico para cartografar o leito marinho da Gronelândia, trabalho que poderá permitir reivindicar os direitos sobre uma zona já reclamada pelos russos.

Embarcados no quebra-gelo sueco Oden que zarpou domingo de Tromsoe, norte da Noruega, 45 investigadores analisarão o fundo marinho compreendido entre as latitudes 83° e 87°norte, a norte da Gronelândia, território autónomo dinamarquês.

Os resultados poderão permitir à Dinamarca provar que a dorsal de Lomonossov, uma cadeia montanhosa submarina, que se estende desde a Gronelândia à Sibéria, é uma extensão da Gronelândia e reivindicar os direitos sobre essa região rica em hidrocarbonetos.

Os primeiros a rumarem àquela zona do Pólo Norte com a intenção de a reclamar, em pleno século XXI, foram os russos, que já anunciaram que voltarão, em Novembro, a reivindicar a sua posse.

O explorador russo que colocou, no passado dia 2, uma bandeira da Rússia no Pólo Norte, a mais de 4.261 metros, com o batíscafo Mir-1, prevê fazer nova expedição em Novembro.

Mas o Canadá, que também considera que a dorsal de Lomonossov é uma extensão da sua margem continental, anunciou no final da semana passada a criação de uma base militar no Árctico para reforçar a reivindicação da soberania canadiana naquela região do Pólo Norte.

A futura base militar das forças armadas canadianas será um porto de águas profundas, que ficará localizado em Nanisivik, junto à Passagem do Noroeste, zona que é disputada pela Rússia, Estados Unidos, Japão e a União Europeia.

Ainda no campo militar, será construído um centro de treino militar na Baía de Resolute, em Nunavut.

A convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar dá aos países signatários um prazo até 10 anos, após a sua ratificação, para apresentarem as suas reivindicações sobre o fundo marinho, caso queiram estender a sua soberania para lá da sua zona de 200 milhas.

A Rússia, que ratificou a convenção em 1997, apresentou em 2001 um pedido junto da comissão da ONU sobre o direito do mar para reivindicar o fundo marinho árctico.

A Dinamarca, que ratificou a convenção em 2004, pode fazer o mesmo até 2014.

Combustíveis como o gás natural, butano, propano, gasolina e gasóleo são constituídos essencialmente por hidrocarbonetos (composto de carbono e hidrogénio).

Cinco países com território no Círculo Árctico - Canadá, Dinamarca, Noruega, Rússia e Estados Unidos - têm uma zona económica de 320 quilómetros no litoral norte de cada país.

Lusa / SOL


Isto está ao rubro pessoal. :G-boxing:
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 13, 2007, 02:10:21 pm
Citação de: "André"
Expedição dinamarquesa a caminho para reclamar zona reivindicada por russos

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O governo dinamarquês anunciou o envio de uma expedição para o Árctico para cartografar o leito marinho da Gronelândia, trabalho que poderá permitir reivindicar os direitos sobre uma zona já reclamada pelos russos.

Embarcados no quebra-gelo sueco Oden que zarpou domingo de Tromsoe, norte da Noruega, 45 investigadores analisarão o fundo marinho compreendido entre as latitudes 83° e 87°norte, a norte da Gronelândia, território autónomo dinamarquês.

Os resultados poderão permitir à Dinamarca provar que a dorsal de Lomonossov, uma cadeia montanhosa submarina, que se estende desde a Gronelândia à Sibéria, é uma extensão da Gronelândia e reivindicar os direitos sobre essa região rica em hidrocarbonetos.

Os primeiros a rumarem àquela zona do Pólo Norte com a intenção de a reclamar, em pleno século XXI, foram os russos, que já anunciaram que voltarão, em Novembro, a reivindicar a sua posse.

O explorador russo que colocou, no passado dia 2, uma bandeira da Rússia no Pólo Norte, a mais de 4.261 metros, com o batíscafo Mir-1, prevê fazer nova expedição em Novembro.

Mas o Canadá, que também considera que a dorsal de Lomonossov é uma extensão da sua margem continental, anunciou no final da semana passada a criação de uma base militar no Árctico para reforçar a reivindicação da soberania canadiana naquela região do Pólo Norte.

A futura base militar das forças armadas canadianas será um porto de águas profundas, que ficará localizado em Nanisivik, junto à Passagem do Noroeste, zona que é disputada pela Rússia, Estados Unidos, Japão e a União Europeia.

Ainda no campo militar, será construído um centro de treino militar na Baía de Resolute, em Nunavut.

A convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar dá aos países signatários um prazo até 10 anos, após a sua ratificação, para apresentarem as suas reivindicações sobre o fundo marinho, caso queiram estender a sua soberania para lá da sua zona de 200 milhas.

A Rússia, que ratificou a convenção em 1997, apresentou em 2001 um pedido junto da comissão da ONU sobre o direito do mar para reivindicar o fundo marinho árctico.

A Dinamarca, que ratificou a convenção em 2004, pode fazer o mesmo até 2014.

Combustíveis como o gás natural, butano, propano, gasolina e gasóleo são constituídos essencialmente por hidrocarbonetos (composto de carbono e hidrogénio).

Cinco países com território no Círculo Árctico - Canadá, Dinamarca, Noruega, Rússia e Estados Unidos - têm uma zona económica de 320 quilómetros no litoral norte de cada país.

Lusa / SOL

Isto está ao rubro pessoal. :G-boxing:


E pode vir aquecer ainda mais, á medida que os cinco países em disputa vão entregando as suas reivindicações ás Nações Unidas para alargamento da soberania para lá das 200 milhas até á plataforma continental.
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Agosto 13, 2007, 10:33:42 pm
"(...)O Árctico apresenta, pelo menos, três grandes desafios estratégicos, especialmente para a União Europeia:militar, económico e ambiental.

No âmbito militar, o Pólo Norte abriga, fora de dúvida, submarinos russos e americanos.Estarem presentes no Oceano Atlântico permitem-lhes o peso de uma ameaça nuclear sobre as principais metrópoles do hemisfério norte.

No âmbito económico, peritos americanos e noruegueses estimam que um quarto das reservas naturais de gás e petróleo, ainda não descobertas, se situam além do circulo polar.O território pretendido pelos russos poderia deter cerca de 700 mil milhões de toneladas de petróleo,  além de quantidades imensas de gás natural.Para Moscovo a exploração destas reservas é  essencial.A segurança do aprovisionamento energético da União Europeia vai pois no futuro imediato , inevitavelmente passar pelo Árctico.
Não se trata apenas de um desafio económico, pois a rota marítima do Norte é a mais curta entre a Europa do Norte e a Ásia de Nordeste por um lado, e a costa Oeste da América por outro.As condições de circulação nestas águas são portanto fundamentais para os europeus.

E finalmente o desafio ecológico, se a Gronelandia é a maior reserva de água doce do planeta, a exploração do Alasca, tal como está a ser prevista pelos países limitrofes,  arrisca uma  deterioração ainda maior do ambiente.

Por todas estas razões, o Árctico bem merece uma profunda reflexão colectiva, e  não apenas dos paises vizinhos.
Mas o mínimo que poderemos dizer,  é que estamos bem longe desse caminho..."


trad. parcial de um editorial do jornal francês LE MONDE de 12/8/2007
A que era chamada  Terra Incognita pelos nossos antepassados parece estar a tornar-se uma Terra Desejada no futuro imediato...quase tão imediato como, por exemplo... o desaparecimento no Verão dentro de menos de trinta anos dos gelos na parte canadiana... :(
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 14, 2007, 02:08:12 am
Após Rússia e Canadá, barco dos EUA ruma para o Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - Uma lancha da Guarda Costeira dos EUA ruma nesta semana para o Ártico numa missão cartográfica que vai determinar se parte dessa área pode ser considerada território norte-americano.

A lancha Healy inicia na sexta-feira um cruzeiro de quatro semanas cujo objetivo é mapear o leito marinho no cabo Chukchi, um platô submarino que se estende desde a costa do Alasca por cerca de 800 quilômetros em direção ao norte.

É a terceira expedição desse tipo dos EUA -- as outras foram em 2003 e 2004. Cientistas dos EUA disseram que não se trata de uma resposta à missão russa que neste mês fincou uma bandeira no leito marinho sobre o Pólo Norte, nem a um recém-anunciado plano canadense de construir um porto no Ártico.

"Este cruzeiro foi planejado por três anos, e já tivemos cruzeiros anteriores. É parte de um programa longo em andamento, não uma resposta direta", disse Larry Mayer da Universidade de New Hampshire, que participará da expedição.

Mas por que bem agora os países banhados pelo Ártico estão se mexendo?

Um tratado marítimo da ONU diz que todos os países litorâneos que reivindiquem parte da riqueza mineral submarina do Ártico devem fazer um pedido nesse sentido à Comissão da ONU sobre Limites na Plataforma Continental.

Os EUA não participam desse tratado, mas Mayer e Andy Armstrong, cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, esperam que Washington venha a aderir.

A maior parte da área a ser mapeada estará coberta de gelo, mesmo no auge do verão setentrional. Os cientistas usarão uma espécie de sonar para investigar o leito marinho. "Não mapeamos só um único ponto sob o barco", disse Mayer por telefone. "Podemos mapear uma ampla área sob o barco numa resolução relativamente alta."

A missão buscará características especificadas no tratado, como o local onde a encosta marinha se transforma num terreno submarino plano, segundo Armstrong.

Países litorâneos têm direito aos recursos existentes no leito marinho de suas plataformas continentais. Pelo direito internacional, um país tem acesso automático a uma faixa de 200 milhas náuticas (370 quilômetros), mas pode ampliá-la dependendo de certos critérios geológicos, segundo nota da Administração Oceânica.

O governo Bush quer que o Senado aprove o tratado internacional, o que daria aos EUA os mesmos direitos que outros países na proteção de recursos costeiros e oceânicos.

Título:
Enviado por: SSK em Agosto 14, 2007, 10:29:56 am
Poderá ser esta a gota que irá fazer a água transvasar o copo...

Estaremos a assistir ao ínicio da guerra pelos recursos energéticos entre nações poderosas. Sim porque entre as poderosas e outras pequenas ou entre poderosas usando pequenas já se assistiu e continua a assistir-se.

Será que a 3ª GM estará a chegar ao ínicio da rua? Quanto tempo demorará a bater à porta...
Título:
Enviado por: André em Agosto 14, 2007, 06:34:06 pm
Citação de: "SSK"
Será que a 3ª GM estará a chegar ao ínicio da rua? Quanto tempo demorará a bater à porta...


:G-clever:

Segundo o livro Portugal - O pioneiro da Globalização uma 3ª GM acontecera provavelmente por volta do ano 2030 e os motivos são: a questão ambiental e energética, o terrorismo internacional, os caminhos da globalização e a emergência de novas potêncais.
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 17, 2007, 11:52:47 pm
Da áreamilitar

Canadá faz exercícios militares no Árctico


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Numa operação de demonstração de soberania, as forças armadas do Canadá estão a levar a cabo na região do Árctico o maior exercício militar alguma vez efectuado naquela região do globo.

O exercício é uma clara demonstração de intenções por parte do Canadá e segundo os próprios canadianos, destina-se a suportar os direitos do Canadá na região, perante os avanços efectuados nos últimos tempos não só pela Rússia, mas também pelos Estados Unidos, Dinamarca e Noruega.

O Árctico é um Mar gelado, mas os especialistas consideram que nas profundezas se encontram várias riquezas minerais, entre as quais 25% do petróleo que ainda estará por encontrar no planeta.

O Canadá encontra-se numa situação algo complicada, porque está em conflito não apenas com os russos mas também com países aliados da NATO, que reclamam soberania sobre os mesmos lugares, especialmente a chamada «Passagem do Noroeste» que é reclamada tanto pelo Canadá como pela Noruega e Dinamarca.

À medida que o aquecimento global vai derretendo as calotas polares e as temperaturas vão aumentando, vai-se tornando mais fácil chegar mais e mais a norte e aos países interessados na região vão tomando posições para precaver futuras reclamações de territórios subaquáticos.

Os exercícios militares do Canadá são não só uma demonstração de força quanto são também uma demonstração de intenções. O Canadá é normalmente considerado um país muito exigente no que respeita a garantir os seus direitos sobre as suas águas territoriais e zona económica exclusiva.

Nos exercícios estarão envolvidos vários meios navais e aéreos, entre os quais aeronaves F-18, aeronaves de vigilância marítima, um navio da guarda costeira, um submarino e uma fragata.

Serão feitos também simulacros de abordagem a navios quebra-gelos, utilizando para o efeito botes do tipo Zodiac, adequados para operações em águas geladas.

Juntamente com as operações navais, o Canadá anunciou que vai construir mais oito patrulhas quebra-gelos armados, tendo anunciado também a reactivação de uma base militar no círculo polar.

No entanto, embora as temperaturas tenham tendência a subir, elas ainda atingem valores que chegam a 75 graus negativos no Inverno, pelo que qualquer força armada dificilmente terá capacidade para actuar naquelas condições por mais que alguns dias ou mesmo apenas algumas horas.


Título:
Enviado por: André em Agosto 18, 2007, 02:04:46 pm
Exercício militar Canadiano termina no Ártico

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Militares canadianos e esquimós terminaram sexta-feira o maior exercício militar de sempre no Ártico, uma iniciativa para estabelecer soberania na região no meio de uma controvérsia sobre quem é dono do Norte do Círculo Ártico.

Cerca de 600 soldados canadianos, em conjunto com membros da Guarda Costeira canadiana, Polícia Montada e o corpo de rangers esquimó participaram na Operação Nanook junto da Ilha de Baffin e do Estreito de Hudson, que consistiu na simulação de uma operação anti-droga e um derrame de petróleo.

A operação decorreu num momento em que vários países correm para reclamar soberania na região, uma controvérsia que teve um ponto alto no início do mês, quando a Rússia enviou dois pequenos submarinos para colocar uma bandeira russa no leito marítimo no Pólo Norte.

Os Estados Unidos, Dinamarca e a Noruega também reclamam a vasta região Ártica, onde um estudo norte-americano aponta a existência de 25 por cento do petróleo e gás por descobrir.

O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, anunciou na semana passada que o Canadá vai construir um novo centro de treino militar e um porto de águas profundas em águas árticas.

Entretanto, o principal partido da oposição canadiana, o Partido Liberal, pediu hoje ao governo que comunique ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que as tropas do Canadá abandonarão o Afeganistão em Fevereiro de 2009, como está previsto.

Apesar de o prazo para a retirada do Canadá já estar definido, Harper já manifestou por diversas vezes vontade de estender a missão no Afeganistão, composta por 2.500 militares, que já sofreu 66 baixas.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Agosto 21, 2007, 01:41:09 pm
Recuo do gelo expõe novas ilhas no Ártico

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NY ALESUND, Noruega (Reuters) - Ilhas até então desconhecidas estão aparecendo no verão devido ao recuo do gelo do Ártico em níveis inéditos, disseram especialistas, questionando se o ritmo do aquecimento global não está superando as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Outro fenômeno registrado neste ano foi a dificuldade enfrentada por focas e ursos polares no arquipélago norueguês de Svalbard, já que o gelo marinho do qual esses animais dependem para a caça derreteu muito antes do normal.

"Reduções de neve e gelo estão acontecendo num ritmo alarmante", disse a ministra norueguesa do Meio Ambiente, Helen Bjoernoy, em um seminário com 40 cientistas e políticos que começou na noite de segunda-feira em Ny Alesund, a 1.200 quilômetros do Pólo Norte.

"Esta aceleração pode ser mais rápida que o previsto (neste ano pelo painel climático da ONU)", disse ela a jornalistas. Ny Alesund, base para a exploração ártica, se intitula o lugar permanentemente habitado mais ao norte do mundo.

"Pode haver um Ártico sem gelo até meados deste século", disse Christopher Rapley, diretor da Pesquisa Antártica Britânica, acusando o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática de ter subestimado o degelo nas duas regiões polares do globo.

O degelo dos glaciais que vão do interior para a costa de Svalbard revelou várias ilhas que não estavam nos mapas. "Sei de duas que apareceram no norte de Svalbard neste verão e não foram reivindicadas ainda", disse o ambientalista Rune Bergstrom, consultor do governo norueguês na ilha.

O pesquisador disse ter visto uma das ilhas, do tamanho aproximado de uma quadra de basquete. Outras ilhas apareceram nos últimos anos nas costas da Groenlândia e Canadá.

Apesar de tantos alertas sobre o aquecimento, nevava na segunda-feira em Ny Alesund, em pleno verão, várias semanas antes que o normal na região, que nesta época ainda está sendo banhada pelo sol da meia-noite.

Bjoernoy diz que a nevasca foi extemporânea e não invalida os alertas sobre o aquecimento.

Na sexta-feira, o Centro Nacional de Dados dos EUA sobre Neve e Gelo disse que o trecho congelado no Ártico "caiu abaixo do recorde mínimo absoluto de 2005 e ainda está derretendo". O gelo do Ártico atinge seu nível mínimo em setembro, quando então volta a congelar. A estatística norte-americana se baseia em dados de satélite desde a década de 1970.

Rapley disse que o recuo do gelo é ruim para as populações nativas e para a vida animal, mas que pode ajudar a exploração de gás e petróleo ou a abertura de rotas marítimas entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

A Noruega espera que o seminário pressione os governos a aceitarem cortes maiores nas emissões de gases do efeito estufa. Participam do evento representantes da China e dos EUA, os dois maiores poluidores mundiais.


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Enviado por: comanche em Agosto 21, 2007, 11:48:14 pm
Cimeira: A soberania do Árctico pomo da discórdia entre a Casa Branca e Otava


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Montebello, Canadá, 21 Ago (Lusa) - A soberania do Árctico foi o pomo da discórdia entre a Casa Branca e Otava, assumida pelo presidente dos Estados Unidos da América e o chefe de governo canadiano, no final da "Cimeira dos Três Amigos" em Montebello, Canadá.

Esta cimeira, no quadro da Parceria para a Segurança e a Prosperidade da América do Norte, levou a Montebello segunda-feira e hoje os presidentes dos EUA e do México, que se juntaram ao primeiro-ministro canadiano.

Fernando Calderón acabou por antecipar o regresso ao seu país, devido à aproximação do furação Dean no México.

Apesar de ser conhecida como "Cimeira dos Três Amigos", ficaram patentes as divergências entre a Casa Branca e Otava sobre a soberania do Ártico.

Em conferência de imprensa conjunta no final da cimeira tripartida, o líder da Casa Branca afirmou discordar da posição do Canadá quanto à soberania das águas do Ártico.

"Há divergências sobre a Passagem do Noroeste", referiu Bush, acrescentando que para os EUA é uma área de navegação internacional.

"Os EUA não questionam a soberania canadiana sobre as ilhas do Ártico e apoiam o investimento para promover a sua soberania", clarificou Bush.

Ao seu lado, o primeiro-ministro canadiano, Stepehen Harper, reafirmou as intenções de reforçar a soberania do país no Árctico, manifestando confiança que Washington e Otava resolverão os seus diferentes pontos de vista sobre a Passagem do Noroeste, situada no Árctico, disputada igualmente pela Rússia, Dinamarca e os próprios EUA.

A presença militar canadiana no Afeganistão foi um dos temas de captou as atenções da opinião pública durante toda a Cimeira, dado existir uma forte pressão no país para a retirada das tropas em Fevereiro de 2009, conforme o compromisso inicial de Otava.

Esta questão foi abordada a nível bilateral, tendo Harper comunicado a Bush que a decisão final sobre a continuidade ou não da missão caberá ao Parlamento federal canadiano.

Questionado na conferência de imprensa, Bush fez um elogio à intervenção canadiana e disse confiar que o Parlamento tomará a decisão correcta.

"Considero que o Canadá está a fazer um trabalho fabuloso no Afeganistão", referiu Bush, acrescentando que a contribuição do Canadá é mais do que o combate. Está a ajudar a criar instituições".

A Cimeira terminou com um acordo Bush, Harper e Calderón com vista ao bloqueio conjunto das importações de brinquedos e outros produtos perigosos.

"Chegámos a acordo para discutir a protecção do consumidor e estamos a atentos a produtos que estejam a entrar nas nossas nações, em particular os dirigidos às nossas crianças", explicou Stephen Harper.

Os três líderes do continente norte-americano decidiram ainda que futuras medidas de segurança não deverão prejudicar o comércio entre os seus países.

Numa declaração conjunta divulgada no final desta Cimeira, os três dirigentes reafirmaram o "compromisso de garantir que a América do Norte se mantenha uma zona segura e economicamente dinâmica e um actor concorrencial nos mercados globais".

"Em Montebello, discutímos a forma de podermos evoluir com vista a melhorar a posição da América do Norte no mundo", refere o documento.

Enunciaram ainda cinco áreas prioritárias no âmbito da parceira onde devem avançar os trabalhos no próximo ano: incrementar a competividade global da América do Norte; melhorar a segurança alimentar e de outros produtos; promover energias sustenáveis e limpas; criar sistemas fronteiriços inteligentes e seguros; elaborar planos de emergência conjuntos em situações de catástrofe.

Contrariamente ao sucedido segunda-feira no exterior do local da Cimeira, em que manifestantes chegaram a confrontos com a polícia, hoje os activistas estiveram praticamente ausentes.

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Enviado por: comanche em Agosto 24, 2007, 01:05:36 pm
Rússia: Ainda é cedo para afirmar que o Árctico pertence à Rússia - cientistas

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Moscovo, 24 Ago (Lusa) - O vice-director do Instituto de Oceanologia da Academia de Ciências da Rússia, Leopold Lovkovski, considerou hoje precipitado o anúncio de que o Árctico é russo.

Só os "resultados de perfuração profunda" serão aceites pelas Nações Unidas como prova da origem da Cordilheira Lomonossov, afirmou o cientista em declarações ao diário russo "Kommersant", reconhecendo que o seu país não tem tecnologia para realizar semelhante trabalho.

Mas mesmo que a Rússia consiga provas aceitáveis para as Nações Unidas, escreve o diário, o artigo 76 da Convenção sobre o Direito Marítimo prevê que Moscovo possa receber apenas 227 quilómetros quadrados da plataforma continental, e não dois milhões, como anunciaram os políticos russos.

As agências noticiosas e televisões russas divulgaram quinta-feira declarações de Victor Posselov, vice-director do Instituto de Investigação Científica de Oceanologia, de que a cordilheira submarina Lomonossov no Oceano Glaciar Árctico é "a continuação estrutural da plataforma continental siberiana".

Ao "Kommersant", o cientista diz hoje que não foi compreendido correctamente, mas escusou-se a falar sobre o assunto alegando que o Ministério dos Recursos da Rússia proibiu a emissão de qualquer tipo de declarações sobre o caso.

"Não fazemos publicidade, mas ciência. A nossa última expedição foi em Maio no quebra-gelos 'Rossia'. Estamos a estudar os seus resultados, e não o balde de amostras trazido por Tchilingarov. Amostras dessas já tínhamos retirado do fundo dezenas de vezes", declarou um cientista, sob anonimato, ao "Kommersant".

O deputado russo Artur Tchilingarov organizou, em Agosto, uma expedição de políticos e cientistas com o objectivo de conseguir amostras do fundo do Oceano Glaciar Árctico para provar as pretensões da Rússia a esses territórios. Com enorme cobertura informativa, um submarino desceu a quatro quilómetros de profundidade e deixou lá uma bandeira russa.

Leonid Lobkovski reconheceu que a expedição de Tchilingarov recolheu amostras de solo para o seu instituto, mas sublinhou que "elas não têm nada a ver com a pertença da cordilheira Lomonossov à Rússia".

"A televisão fez uma história completamente diferente sobre essa expedição. É uma estupidez completa afirmar que as nossas amostras darão à Rússia a possibilidade de aumentar o território", frisou o cientista.

Lobkovski reconheceu que as Nações Unidas só aceitam como prova da pertença da cordilheira Lomonossov "resultados de perfuração profunda" e que o seu país não tem tecnologia para realizar esses trabalhos.

Segundo o Kommersant, o Japão é o único país que possui um navio, cujo valor ronda os 500 milhões de dólares, capaz de fazer perfurações até sete mil metros de profundidade, mas a Rússia dificilmente encontrará meios financeiros para o arrendar.

A Rússia, ao contrário do Japão e dos Estados Unidos, não participa no programa internacional de perfuração marítima profunda, porque não paga a quota anual de cerca de dois milhões de dólares.


Título:
Enviado por: comanche em Agosto 29, 2007, 12:10:35 am
Pólo Norte: Alemanha exige respeito pelo direito internacional à região

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Ny Alesund, Noruega, 28 Ago (Lusa) - O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, chamou hoje à atenção para a necessidade de respeitar o direito internacional ao Pólo Norte, bem como o frágil equilíbrio ecológico desta região afectada pelo aquecimento global.
 


Durante uma visita à Estação de Investigação Ny Alesund no arquipélago norueguês Spitzberg, no Círculo Polar, Steinmeier recordou que "existem acordos internacionais" sobre o Pólo Norte que devem ser respeitados por todos os Estados que têm interesses na região.

"Esta região possui muitas riquezas no seu solo mas tem ainda mais riquezas naturais que convém preservar", acrescentou na presença do seu homólogo norueguês, Jonas Gahr-Störe.

Numa alusão à Rússia, que recentemente reivindicou os seus direitos sobre a área e ali colocou uma bandeira, os responsáveis políticos assinalaram que conflitos internacionais sobre a distribuição das matérias-primas e dos recursos do Pólo Norte podem constituir uma ameaça para a região.

 
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Enviado por: André em Agosto 31, 2007, 03:42:29 pm
Soberania não é definida por bandeiras - diz MNE da Noruega

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A soberania do Pólo Norte é regida pela lei internacional e não pode ser decidida pela colocação de bandeiras, afirmou hoje o chefe da diplomacia da Noruega, pedindo aos países costeiros do Árctico para que «actuem com responsabilidade».

Jonas Gahr Store falava sobre a polémica expedição russa ao Árctico, durante a qual foi colocada uma bandeira da Federação Russa a 4.261 metros de profundidade para, simbolicamente, reivindicar direitos territoriais.

«Isso não tem qualquer significado. No mundo moderno não é possível decidir este tipo de assuntos colocando bandeiras no fundo do mar (...) Essas acções são mais do âmbito do mundo do espectáculo e não criam lei internacional», disse o ministro norueguês à imprensa em Lisboa, depois de um encontro com o seu homólogo português, Luís Amado.

Jonas Gahr Store criticou a excessiva atenção dada ao incidente da bandeira, explicando que desde 2001 que, ao abrigo da Convenção do Mar do Norte, a Rússia apresentou as suas reivindicações documentais sobre a extensão da sua plataforma continental, dados que são conhecidos e estão disponíveis.

«Só quando a bandeira foi colocada é que houve reacções», disse, acrescentando que a Noruega também já apresentou os seus documentos, mas que nenhum dos outros países costeiros do Árctico - Dinamarca, Estados Unidos e Canadá - o fez.

O ministro norueguês advertiu ainda para os riscos de «criar a ideia, errada, de que as águas do Árctico não estão legalmente reguladas» ou de que «há uma corrida», sublinhando que «é responsabilidade dos cinco países costeiros cumprir os procedimentos e agir de forma responsável».

Jonas Gahr Store frisou ainda que esta questão assume agora grande importância dada a possibilidade de, como consequência do aquecimento global, iniciar a exploração de recursos do Árctico até agora indisponíveis.

«O aquecimento global está a provocar o degelo do Pólo Norte e, dentro de alguns anos, provavelmente vamos poder navegar pelo pólo norte no Verão, o que cria uma nova dimensão estratégica para aquela região», disse, acrescentando que «há também a possibilidade de haver recursos energéticos».

«Temos de ser Estados responsáveis e respeitar a lei internacional», disse.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 15, 2007, 11:54:10 pm
Degelo abre rota marítima no Ártico

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A Passagem Noroeste do Ártico foi aberta por inteiro devido ao derreter do gelo, originando uma rota há muito desejada, mas intransitável até agora, entre a Europa e a Ásia.

De acordo com a Agência Espacial Europeia, o gelo marítimo do Ártico atingiu o seu volume mais baixo desde que registam as medições por satélite, há 30 anos.

Uma rota para navios pela Passagem Noroeste, na zona canadiana do Ártico, tem sido considerada como uma opção mais em conta do que o canal do Panamá.

«A área coberta de gelo tem agora apenas 3 milhões de quilómetros quadrados», disse à Leif Toudal Pederson, do Centro Espacial Nacional da Dinamarca.

A extensão de gelo actualmente disponível é de apenas um milhão de quilómetros quadrados, um valor muito reduzido em comparação com os números de 2005 e 2006.

A Passagem do Nordeste, através do Ártico russo, continua parcialmente bloqueada mas é possível que esteja aberta antes do previsto, acrescentou Pederson.

Segundo a AEE, as regiões polares são muito vulneráveis às alterações climáticas. A velocidade do degelo é tão acelerada que alguns cientistas prevêm a extinção do gelo na área por volta de 2040.

O anúncio da AEE, divulgada no site da agência, ocorreu no meio de uma luta pela soberania do Ártico. A Rússia reinvindica parte da região rica em recursos naturais

O Canadá também tem vindo a pedir o controlo sobre parte do Ártico e anunciou planos para a construção de um porto de águas profundas em Nanisivik, perto da entrada oriental da passagem.

SOL
Título:
Enviado por: André em Setembro 20, 2007, 07:48:45 pm
Expedição Russa traz provas que favorecem o país

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O Ministério dos Recursos Naturais russo anunciou que a análise prévia dos materiais recolhidos da expedição 'Árctico-2007' mostra que a cordilheira Lomonossov e o monte Mendeleev submarinos são a continuação da plataforma continental da Rússia.

«No dia 20 de Setembro, foram obtidos os dados prévios da análise das amostras conseguidas durante a expedição 'Árctico-2007', que permitem confirmar o facto que a crosta da superfície da cordilheira de Lomonossov corresponde ao análogo mundial da superfície continental, ou seja, é parte da plataforma continental adjacente da Federação da Rússia», afirmou o ministério num comunicado.

Deste modo, a Rússia pretende reivindicar o direito a um território com uma superfície de mais de 1,2 milhões de quilómetros quadrados e onde estão concentradas cerca de 25% das reservas do petróleo e gás mundiais.

Segundo o comunicado, o Instituto de Oceanologia da Rússia realizou duas expedições antes de conseguir esses resultados: em Agosto de 2005, o navio 'Akademik Fiodorov' levantou amostras do monte Mendeleev e, entre Maio e Julho de 2007, o quebra-gelos 'Rossia' realizou operação semelhante na cordilheira de Lomonossov.

Esses trabalhos foram feitos no quadro do plano de acções com vista a reivindicar junto da Comissão para as Fronteiras da Plataforma Continental a pertença desse território.

Moscovo deve apresentar dados convincentes nesse sentido até ao final do ano. Além da Rússia, pretendem o Árctico os Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Noruega.

Lusa/SOL
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Setembro 22, 2007, 02:05:05 am
Se o estudo russo disse-se o contrário é que eu me admirava...
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 02, 2007, 04:05:05 pm
Cientistas apontam redução dramática em gelo do Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - O gelo do Ártico diminuiu neste ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global --inclusive com causas humanas--, disseram cientistas na segunda-feira.

A redução foi tamanha que a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança, permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa, segundo pesquisadores.

O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA, ligado à Universidade do Colorado, em Boulder, costuma medir o gelo do Ártico durante o degelo anual, entre março e setembro.

A extensão média em setembro, auge do degelo, caiu para 4,28 milhões de quilômetros quadrados, superando em quase um quarto o recorde negativo anterior, estabelecido dois anos antes, segundo os pesquisadores.

"No geral, houve uma tendência de queda aguda e significativa desde que começamos a receber bons dados de satélites, a partir de 1979", disse por telefone Walt Meier, um dos pesquisadores envolvidos.

"Pegamos agora os números finais para este setembro, e é um recorde negativo realmente dramático. Não só quebrou o recorde, esmagou o recorde. Este ano simplesmente obliterou todo o resto."

No mês passado, a extensão do gelo no Ártico era 39 por cento inferior à média de longo prazo entre 1979 e 2000, segundo os cientistas.

Paralelamente, um estudo liderado pela Nasa documentou uma perda de 23 por cento na cobertura permanente de gelo do Ártico ao longo dos últimos dois invernos.

A redução do gelo perene no inverno é uma das principais causas do recuo tão rápido do verão passado e, consequentemente, do recorde negativo de cobertura de gelo na região.

As conclusões dos cientistas foram publicadas na revista Geophysical Research Letters.

Meier disse que não será surpreendente se nos próximos 25 anos --bem antes que o previsto, portanto-- o Ártico não tenha mais gelo durante o verão.

"Não acho que a gente chegasse a esse tipo de situação se não houvesse temperaturas se aquecendo", disse Meier, citando as emissões humanas de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa como causas.

 

Quanto maior o degelo, maior será a pressão dos países com pretensões a esta zona, para além da inevitável subida do mar e suas consequências na orla marinha.
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Enviado por: comanche em Outubro 02, 2007, 04:05:36 pm
Cientistas apontam redução dramática em gelo do Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - O gelo do Ártico diminuiu neste ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global --inclusive com causas humanas--, disseram cientistas na segunda-feira.

A redução foi tamanha que a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança, permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa, segundo pesquisadores.

O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA, ligado à Universidade do Colorado, em Boulder, costuma medir o gelo do Ártico durante o degelo anual, entre março e setembro.

A extensão média em setembro, auge do degelo, caiu para 4,28 milhões de quilômetros quadrados, superando em quase um quarto o recorde negativo anterior, estabelecido dois anos antes, segundo os pesquisadores.

"No geral, houve uma tendência de queda aguda e significativa desde que começamos a receber bons dados de satélites, a partir de 1979", disse por telefone Walt Meier, um dos pesquisadores envolvidos.

"Pegamos agora os números finais para este setembro, e é um recorde negativo realmente dramático. Não só quebrou o recorde, esmagou o recorde. Este ano simplesmente obliterou todo o resto."

No mês passado, a extensão do gelo no Ártico era 39 por cento inferior à média de longo prazo entre 1979 e 2000, segundo os cientistas.

Paralelamente, um estudo liderado pela Nasa documentou uma perda de 23 por cento na cobertura permanente de gelo do Ártico ao longo dos últimos dois invernos.

A redução do gelo perene no inverno é uma das principais causas do recuo tão rápido do verão passado e, consequentemente, do recorde negativo de cobertura de gelo na região.

As conclusões dos cientistas foram publicadas na revista Geophysical Research Letters.

Meier disse que não será surpreendente se nos próximos 25 anos --bem antes que o previsto, portanto-- o Ártico não tenha mais gelo durante o verão.

"Não acho que a gente chegasse a esse tipo de situação se não houvesse temperaturas se aquecendo", disse Meier, citando as emissões humanas de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa como causas.

 

Quanto maior o degelo, maior será a pressão dos países com pretensões a esta zona, para além da inevitável subida do mar e suas consequências na orla marinha.
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Enviado por: André em Outubro 23, 2007, 02:16:06 pm
Ministro alemão adverte contra «Guerra Fria» no Pólo Norte

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O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, advertiu hoje contra a eclosão de uma «Guerra Fria» e o surgimento de novos conflitos no Pólo Norte como consequência das mudanças climáticas.
«Devemos evitar uma Guerra Fria no Pólo Norte», disse o ministro no congresso climático da empresa eléctrica alemã Energie Baden-Württemberg.

O ministro referia-se à corrida iniciada por alguns países do círculo polar ártico para tentar assegurar a exploração dos potenciais recursos naturais da região, cujo acesso pode ser facilitado pelo degelo como consequência das mudanças climáticas.

Frank-Walter Steinmeier salientou que os eventuais direitos dos países árticos devem ser estabelecidos de acordo com o direito internacional.

Adertiu ainda que se deve evitar a criação de frentes nas próximas negociações em Bali do acordo sucederá ao Protocolo de Quioto para a redução das emissões de gases poluentes.

Diário Digital
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Enviado por: comanche em Outubro 30, 2007, 01:14:17 pm
Rússia formalizará à ONU reivindicação sobre o Ártico, diz rádio


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MOSCOU (Reuters) - A Rússia vai apresentar à ONU ainda neste ano uma reivindicação formal das gigantescas riquezas minerais do leito do oceano Ártico, disse uma rádio na terça-feira, citando o ministro de Recursos Naturais do país.

A Rússia, maior país do mundo, diz que todo o oceano Ártico deveria estar sob controle de Moscou, por se tratar na realidade de uma extensão da plataforma continental siberiana.

O ministro Yuri Trutnev disse em entrevista à rádio Russkaya Sluzhba Novostei que a reivindicação será apresentada até o final do ano à ONU.

"Mal podemos começar a exploração econômica desse território, que está além das fronteiras russas, sem a concordância de outros países, sem a concordância da ONU", disse Trutnev, segundo a rádio.

"Os cientistas acham que os dados para submeter uma reivindicação são suficientes. Vamos lutar pelo direito da Rússia em controlar esta região."

A Rússia disputa com Canadá, Dinamarca, Noruega e Estados Unidos o controle das gigantescas reservas de petróleo, gás e metais preciosos, que devem ficar mais acessíveis devido à redução da calota polar, consequência do aquecimento global.

Autoridades russas dizem que a enorme cordilheira submarina de Lomonosov, que corre sob o Ártico, é uma extensão da plataforma continental siberiana.

Uma expedição russa às profundezas do Pólo Norte, em agosto, recolheu amostras do leito marinho e fincou uma bandeira russa para simbolizar a conquista.

Canadá, Dinamarca, Noruega, Rússia e EUA têm parte de seus territórios dentro do Círculo Ártico, além de uma zona de exploração marítima de 320 quilômetros a partir da costa norte de seus países.

Pela Lei do Mar, um tratado da ONU, qualquer país que tenha litoral ártico e deseje reivindicar uma área maior deve apresentar o pedido à Comissão da ONU para Limites da Plataforma Continental.

A Rússia apresentou em 2001 um pedido a tal comissão, que no ano seguinte respondeu que Moscou deveria fazer pesquisas adicionais para rever o pedido.

Desde então, os russos tentam reunir dados científicos que corroborem sua tese.

Geólogos russos estimam que o leito do Ártico tem entre 9 e 10 bilhões de toneladas de petróleo ou equivalente, praticamente o mesmo que o total de reservas petrolíferas russas.

O país é o segundo maior exportador mundial de petróleo, atrás da Arábia Saudita.

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Enviado por: André em Agosto 27, 2008, 11:49:39 pm
Canadá duplica o seu controlo das águas do Ártico

O Canadá, determinado a promover a sua soberania no Ártico, anunciou hoje a sua intenção de duplicar as actuais cem milhas marítimas para duzentas do seu controlo sobre as águas árticas, nomeadamente na área ambiental.

O primeiro-ministro Stephen Harper, que está a visitar o Grande Norte Canadiano, disse também pretender modificar a legislação de modo a que os navios que entrem na zona das duzentas milhas sejam obrigados a notificar as autoridades da sua presença.

"Enviamos ao mundo uma mensagem clara: as nossas normas ambientais e a nossa soberania não serão postas em questão. Se alguém estiver no Ártico, tem de respeitar as regras do Canadá", disse Harper.

Contudo, as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro canadiano carecem de alterações legislativas e não serão aplicadas imediatamente.

Harper fez as declarações em Tuktoyaktuk, uma localidade situada à entrada ocidental da Passagem Norte/Oeste, uma via marítima que liga os Oceanos Pacífico e Atlântico, que está a ser acessível pelo menos uma parte do ano devido ao aquecimento global.

O aumento da navegação nas regiões árticas levanta a hipótese de ameaças potenciais não só para o ambiente, nomeadamente de derrames de petróleo, mas também para a "segurança nacional", salientou Harper.

O Canadá considera que a Passagem Norte/Oeste, serpenteando entre ilhas que lhe pertencem, faz parte das suas águas territoriais. Os Estados Unidos e outros países contestam contudo a soberania canadiana, considerando que se trata de uma via marítima internacional.

"No plano do ambiente, da segurança e da economia, estabelecemos claramente que não só reinvindicamos a soberania sobre o Ártico Canadiano, como também afectaremos todos os recursos governamentais do Canadá aos controlos necessários para fazer respeitar esta soberanoa", salientou Harper.

Terça-feira, Harper anunciara um investimento de cem milhões em cinco anos para fazer a cartografia do vasto potencial energético e mineral do Grande Norte Canadiano.

Lusa
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Enviado por: comanche em Setembro 19, 2008, 12:09:34 am
Medvedev defende formalização de fronteiras da Rússia no Ártico


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Moscou, 17 set (EFE).- O presidente da russo, Dmitri Medvedev, declarou hoje que seu país deve legalizar em breve as fronteiras de sua plataforma continental no Oceano Glacial Ártico e transformar esta região na fonte de recursos para a Rússia no século XXI.



"Para isto, já a partir de hoje devemos solucionar uma série de assuntos, dos quais o principal é garantir a proteção dos interesses nacionais da Rússia na região", destacou.



Segundo Medvedev, "a agenda a curto prazo deve incluir a consolidação de acordos e a formalização das fronteiras da plataforma continental".



"Precisamos de uma base legal sólida que regule as atividades da Rússia no Ártico. Antes de tudo, é necessário elaborar e aprovar uma lei federal sobre as fronteiras do sul da região ártica russa", explicou o chefe do Kremlin durante uma reunião do Conselho de Segurança russo, citado pela agência "Interfax".



Medvedev disse que, "segundo os especialistas, a plataforma continental do Ártico poderia conter aproximadamente um quarto de todas as reservas de hidrocarbonetos do mundo" e acrescentou que "o uso destes recursos representa uma garantia para a segurança energética da Rússia em geral".



"Esta região tem para nós um significado estratégico. Seu desenvolvimento depende da resolução de tarefas de nosso país a longo prazo e sua competitividade nos mercados globais", ressaltou.



Medvedev lembrou que 20% do Produto Interno Bruto (PIB) russo e 22% das exportações do país são produzidos na região do Ártico.



"Nas regiões do Ártico é desenvolvida a produção de metais preciosos e raros", declarou.



Também o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, afirmou que a Rússia defenderá seus interesses no Ártico e declarou que a plataforma continental ártica constitui 18% de todo o território do país e que há 20 mil quilômetros de fronteira na região.

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Enviado por: André em Setembro 20, 2008, 12:42:02 am
Canadá reforça patrulhas aéreas, preocupado com reivindicações russas

O primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, declarou-se hoje "preocupado" com a atitude da Rússia no Árctico, nomeadamente as suas patrulhas aéreas, afirmando que isso o levou a tomar medidas para reforçar a sua soberania no Norte.

Harper era questionado durante uma sessão de campanha para as eleições legislativas de 14 de Outubro sobre uma recente declaração do presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciando que Moscovo ia fixar os limites do seu espaço marítimo no Árctico, região que se presume ser rica em hidrocarbonetos.

"Estamos preocupados não apenas com as reivindicações russas(...) mas também com as incursões que testam o nosso espaço aéreo e outras indicações, assim como as acções da Rússia noutras partes do mundo que podem indiciar um desejo de trabalhar fora do quadro internacional", disse, numa alusão à situação na Geórgia.

"Essa é a razão que nos leva a tomar uma série de medidas, incluindo medidas militares, para reforçar a nossa soberania no Norte", acrescentou.

A Rússia retomou nos últimos tempos as suas patrulhas com bombardeiros estratégicos com um longo raio de acção no Grande Norte.

Quarta-feira, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou que Moscovo vai fixar os limites do seu espaço marítimo no Árctico e pediu que fosse preparada uma lei para "traçar a fronteira exterior da plataforma continental" russa.

O primeiro-ministro canadiano sublinhou que as reivindicações sobre a plataforma continental do Oceano Árctico devem ser feitas no âmbito de um "processo internacional", na ocorrência a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar.

"Vamos prosseguir as investigações (científicas) necessárias para apoiar as nossas reivindicações e continuar a trabalhar no quadro deste processo internacional", prosseguiu, acrescentando: "Esperamos que a Rússia faça o mesmo".

Na quinta-feira, também a Noruega sublinhou que as reivindicações no Árctico deviam decorrer no quadro estrito do Direito do Mar.

"Seria pouco sensato utilizar outros meios que não o que o Direito do Mar nos dá", disse a chefe da diplomacia norueguesa, Jonas Gahr Stoere.

Cobiçados pelos cinco países que confrontam o Árctico (Estados Unidos, Rússia, Canadá, Noruega e Dinamarca), os seus fundos marinhos podem esconder 13 por cento das reservas de petróleo e 30 por cento das reservas de gás natural por descobrir do planeta, segundo os serviços geológicos dos Estados Unidos.

No poder desde o início de 2006, o governo conservador de Stephen Harper fez da defesa da soberania do Árctico e do reforço da sua presença, nomeadamente militar, nesta região, um dos seus cavalos de batalha.

Manobras militares decorreram o mês passado no Grande Norte Canadiano.

Lusa
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Enviado por: comanche em Novembro 18, 2008, 08:42:38 pm
“Guerra pelo Ártico” em banho-maria




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A “guerra” pelos recursos do Ártico está em banho-maria. Com a baixa do preço do petróleo nos mercados internacionais, a Rússia deixou para segundo plano a disputa territorial. Porém, se a situação se alterar, a extracção de petróleo do Pólo Norte torna-se bastante rentável  e poderá reacender a querela internacional.

O rápido degelo na região do Ártico pode abrir caminho à exploração comercial das reservas minerais, ricas em petróleo, gás e diamantes. Esta região, disputada por cinco países – Rússia, Canadá, EUA, DinamarcSegundo pesquisadores russos na chamada Cordilheira de Lomonossov, que se estende desde a Gronelândia à Sibéria Oriental, existem 100 mil milhões de toneladas de combustíveis por explorar: 13,8 mil milhões toneladas de petróleo e 79,1 mil milhões de metros cúbicos de gás. A Plataforma Continental do Ártico é rica, ainda, em diamantes.

No cerne da questão está o facto de a região polar ser rica em petróleo, diamantes e ouro. Assim sendo, são cinco os países que reivindicam o Ártico como seu. A Gronelândia, embora autónoma, faz parte do Reino da Dinamarca. Explicando assim o interesse do país por esta questão.

No ano passado, depois de enviado para o Ártico, um submarino russo foi o suficiente para propiciar uma maior atenção por parte dos outros países interessados.

Exploração do Ártico

Os países já referidos pretendem comprovar que esta cordilheira é um prolongamento da Plataforma Continental de cada um. Até agora, não foi possível provar a quem pertence esta cobiçada região polar.  

A Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas vai decidir quem terá a possibilidade de explorar o solo da região polar. Até 2014, os países interessados devem enviar, à ONU, os resultados das suas pesquisas para o efeito.  

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar cada país possui direitos exclusivos de exploração quando os recursos naturais encontrados não estendem as 200 milhas de águas territoriais.

Embora este facto seja bem vincado, um Estado pode, eventualmente, ultrapassar as 200 milhas. Desde que se prove que a região, depois desse limite, ainda pertence à sua plataforma continental, explica Alexander Proelss, especialista em Direito do Mar da Universidade de Kiel, no norte da Alemanha.



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1046084 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1046084)

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Enviado por: André em Março 30, 2009, 05:59:19 pm
Moscovo quer reforçar controlo no Árctico


A Rússia não projecta criar qualquer grupo operacional no Árctico e apenas deseja reforçar o controlo nessa região, principalmente com unidades de guarda-costeira, declarou esta segunda-feira o ex-comandante da Armada Russa do Norte e senador russo.

O almirante Viatcheslav Popov, que também é presidente da Comissão para a Política Naval do Senado russo, comentou dessa forma o documento intitulado “Princípios da Política Estatal da Rússia no Árctico para o período até 2020 e depois”, que foi publicado no sítio electrónico do Conselho de Segurança da Rússia.

No documento sublinha-se a necessidade de instalar tropas, principalmente da guarda-costeira, na zona árctica russa “para defender a segurança do país em diferentes condições político-militares”.

“Não se trata de criar um novo grupo operacional, mas sim de reforçar as funções de controlo nessa região com unidades da guarda-costeira”, explicou Popov.

Nomeadamente, é necessário criar uma ampla infra-estrutura fronteiriça, incluindo postos fronteiriços e aeródromos, na parte continental e nas ilhas da zona árctica russa”, sublinhou o senador.

Há cinco Estados que têm zonas económicas exclusivas e plataformas continentais no Oceano Glaciar Árctico: Canadá, Estados Unidos, Rússia, Noruega e Dinamarca.

Lusa
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 11:19:25 pm
Territorialidade e meio ambiente dominam reunião sobre os pólos

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WASHINGTON, EUA (AFP) — As reivindicações territoriais sobre o fundo marinho do Ártico e a preservação do meio ambiente na Antártica centrarão nesta segunda-feira a primeira reunião diplomática consagrada aos pólos da Terra.

A secretária de Estado ameriacana, Hillary Clinton, abrirá em Washington os trabalhos deste encontro, que prosseguirá pelo resto da semana em Baltimore (Maryland), 50 quilômetros ao norte da capital.

Apesar do programa oficial mencionar apenas a celebração do 50º aniversário do Tratado da Antártica, que reservou a região do Pólo Sul às atividades pacíficas e garantiu a liberdade da pesquisa científica, as delegações oficiais discutirão sobre petróleo e a plataforma continental ao redor do Pólo Norte.

Em um momento no qual o aquecimento global abriu novas rotas marítimas no Grande Norte, a presença de importantes jazidos de gás e petróleo desperta um interesse grande nos países com costa no Ártico, afirmou recentemente o novo embaixador francês para o tema, Michel Rocard.

O Ártico armazenaria reservas inexploradas de 90 bilhões de barris de petróleo e ainda mais de gás, segundo estimativas da agência americana de pesquisa geológica, USGS.

Os novos recursos representam 13% do petróleo não descoberto, 30% do gás natural não descoberto e 20% do gás natural líquido não descoberto no mundo.

Cinco países disputam o tesouro, descoberto com o derretimento das geleiras: Estados Unidos, Rússia, Canadá, Noruega e Dinamarca, cuja ilha da Groenlândia pode se tornar independente.

Título:
Enviado por: comanche em Abril 15, 2009, 11:36:47 pm
Noruega estendeu a sua plataforma continental em 235 mil quilómetros quadrados


Reconhecimento pelas Nações Unidas

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A Noruega tornou-se hoje a primeira nação em torno do Árctico a ver reconhecido pelas Nações Unidas o direito a estender a sua plataforma continental em mais 235 mil quilómetros quadrados – o equivalente a três quartos da superfície do país, comentou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jonas Gahr Stoere.

Com esta extensão, a Noruega ganha direitos de exploração dos seus recursos, sejam eles pesqueiros, gás natural ou petróleo. Para Norte, a plataforma continental norueguesa termina em águas profundas, a 550 quilómetros do Pólo Norte – cuja posse está a ser disputada pela Rússia e pela Dinamarca, com o Canadá também a reivindicar a sua parte na liça. Ali se conta que estejam 13 por cento das reservas de petróleo ainda por descobrir e 30 por cento das de gás natural.

Muitos outros países estão a estudar o fundo do mar, para reclamarem o direito a estender as suas zonas de exploração até aos limites da plataforma continental (Portugal é um deles). A Comissão para os Limites da Plataforma Continental, um órgão criado ao abrigo da Convenção da Lei do Mar de 1982 está a analisar 22 propostas nesse sentido, ao abrigo da revisão desta convenção. A zona com maior potencial de conflito, no entanto, é o Árctico, como notava o jornal “The New York Times” na segunda-feira. Até agora, a comissão respondeu a seis desses pedidos, incluindo já o da Noruega.

“A Noruega é a primeira nação do Árctico a completar este trabalho”, disse o ministro Stoere. Rússia, Dinamarca (através da Gronelândia, que é uma região autónoma), Canadá e Estados Unidos são as nações que têm interesses no Árctico. “Mas quanto à discussão sobre de quem é o Pólo Norte – definitivamente, nós não somos”, garantiu Stoere.

Com esta expansão, a Noruega passa a ter um domínio marítimo de dois milhões de quilómetros quadrados, e direito a explorar os recursos naturais que aí se encontrem. Mas ainda não está resolvida a disputa com a Rússia de duas zonas de milhares de quilómetros quadrados no Mar de Barrents, potencialmente rica em hidrocarbonetos.
Título:
Enviado por: André em Abril 28, 2009, 02:29:12 pm
MNE norueguês defende cooperação regional tranquila


O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Jonas Gahr Stoere, defendeu hoje uma cooperação regional tranquila no Árctico, região rica em recursos naturais desejada pelos países costeiros daquele oceano.

"Grande Norte, tensões menores", afirmou Stoere antes do início de uma conferência sobre o degelo, seguida de uma reunião do conselho do Árctico, em Tromsoe, cidade norueguesa situada acima do círculo polar.

"Como governos e Estados costeiros responsáveis, conseguiremos gerir os desafios e as oportunidades desta região sem resvalar para conflitos e rivalidades negativas", afirmou Stoere em declarações aos jornalistas.  

Segundo os geólogos norte-americanos da USGS, o Árctico poderia ter 13 por cento do petróleo e 30 por cento do gás natural não descobertos em todo o mundo, uma fonte de riqueza cada vez mais acessível graças ao recuo das placas de gelo e que atrai os Estados costeiros.

Esta corrida aos recursos naturais, ainda tecnicamente dificilmente exploráveis, é acompanhada de sinais de uma militarização crescente da região.

A NATO mostrou a intenção de assumir um papel acrescido na região, para onde a Rússia também tenciona destacar unidades militares.

As reivindicações territoriais surgiram no Verão de 2007, quando a Rússia pôs a bandeira a cerca de 4.000 metros de profundidade no Pólo Norte.

"Temos a oportunidade de fazer com que mintam os que dizem que vamos directamente para um conflito regional de interesses concorrentes. Isso não tem de ser o caso, pode-se proceder de forma diferente", adiantou Stoere.

Segundo Stoere, o Conselho do Árctico, que agrupa oito países (Estados Unidos, Rússia, Canadá, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega), é a arena mais apropriada para uma cooperação regional.

O encontro de Tromsoe reúne o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore, arauto da luta contra as mudanças climáticas, e os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países, incluindo o russo Serguei Lavrov.

DN
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 23, 2010, 12:35:16 am
Rússia quer provar que 1 milhão de quilómetros quadrados do Ártico lhe pertencem


Um representante do governo russo declarou que o país pretende comprovar que uma área de mais de um milhão de quilómetros quadrados no Ártico faz parte de seu território, avança a edição online da BBC News.

A declaração do conselheiro para as mudanças climáticas, Alexander Bedritsky, foi feita numa conferência internacional em Moscovo onde estão a ser discutidas a divisão do território do Ártico e a cooperação entre Rússia, Noruega, Canadá, Dinamarca e Estados Unidos.

Estima-se que a região do Pólo Norte guarde cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural. O que despertou o interesse de países que têm territórios nas proximidades dessa região ainda pouco explorada.

Bedritsky disse que a Rússia pretende apresentar à ONU dados adicionais entre 2012 e 2013 para comprovar que o país tem direito ao território que reivindica. «Defenderemos nossos interesses no Ártico com todos os instrumentos fornecidos pelos acordos internacionais, e não acredito que veremos um confronto, apesar de alguns países afirmarem que existe a necessidade de reafirmar os seus potenciais», disse Bedritsky.

Um dos pontos polémicos é uma montanha submersa conhecida como Cordilheira de Lomonosov, que pode ter mais de 75 biliões de barris em petróleo. A Rússia reivindicou o território junto das Nações Unidas em 2001, mas o pedido foi negado por falta de evidências de que o pico faça parte da plataforma continental russa.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, o país precisa comprovar que a região submersa é uma extensão do território russo para obter o direito de exploração.

Apesar da disputa pelo território, Moscovo diz que não tem planos imediatos para o desenvolvimento da exploração e enfatizou a necessidade de cooperação internacional.

Os russos acreditam que podem precisar de até dez anos para comprovar os direitos sobre o território reivindicado. Enquanto isso, o país procura estabelecer-se como principal força na região.

SOL
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 23, 2010, 10:57:28 pm
Putin descarta lutas devido a disputa do Ártico


As previsões que auguram uma batalha entre os países ribeirinhos pelo controlo do Árctico são infundadas, declarou hoje o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, no fórum "Árctico - território de diálogo".

«Nós ouvimos frequentemente prognósticos futuristas sobre uma batalha futura pelo Árctico. Nós seguimos de perto o desenvolvimento da situação na região, fazemos os nossos próprios prognósticos e constatamos que nada permite fundamentar a maior parte dos cenários catastróficos em relação ao Árctico», sublinhou Putin.

Todos os problemas da região, incluindo o da partilha da plataforma continental, podem ser resolvidos num espírito de parceria, acrescentou.

O primeiro-ministro russo anunciou também que o seu país tenciona fazer uma «limpeza geral» dos seus territórios do Árctico, evacuando, nomeadamente, as descargas acumuladas há décadas.

«Temos a intenção de fazer uma verdadeira limpeza geral dos nossos territórios árcticos. Trata-se de limpar as descargas que foram acumuladas durante décadas em redor das nossas cidades e vilas polares, em torno dos jazigos e bases militares, bem como na tundra e nas ilhas do Oceano Glaciar Árctico», precisou.

Putin revelou que a Rússia criará novos parques nacionais e reservas naturais.

«Actualmente, examinamos conjuntamente com os nossos colegas americanos um projecto de criação do Parque Bering, que se estenderá da Tchukotka até ao Alasca», concluiu.

O príncipe Albert II do Mónaco, que também participa na conferência internacional, lançou um apelo à comunidade internacional para ajudar o mais rapidamente possível os povos autóctones do Árctico a salvar a sua herança cultural que pertence a toda a humanidade.

Depois de constatar que as alterações climatéricas são particularmente desastrosas no Árctico, Albert II defendeu a união de «todos os homens de boa vontade para fazer face à degradação da situação".

O Fórum "Árctico - território do diálogo", que termina hoje, conta com a participação de cerca de 200 cientistas e políticos de mais de 15 Estados.

Lusa
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Maio 17, 2011, 06:50:06 pm
Dinamarca vai reivindicar o Pólo Norte


A Dinamarca tenciona reivindicar o Pólo Norte, revelou hoje no seu 'site' o jornal dinamarquês Information, citando um documento estratégico do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"O país tem a intenção de reivindicar a plataforma continental em cinco zonas em redor das ilhas Faroe e da Gronelândia, incluindo o Pólo Norte", refere o documento diplomático que deve ser publicado em Junho, mas ao qual o jornal teve acesso.

A adopção pela Dinamarca deste plano, intitulado "Estratégia para o Árctico 2011-2020" pode provocar tensão nas relações com a Rússia, Estados Unidos, Canadá e Noruega, outros países da região.

Segundo o Instituto de Geofísica Norte-americano, o círculo polar pode conter um quinto das reservas de hidrocarbonetos (petróleo, gás natural) que ainda estão por explorar em todo o mundo.

Os países da região do Árctico dispõem actualmente de uma zona económica de 200 milhas ao largo das suas costas, e as reivindicações quanto ao resto do território devem ser estudadas sob a égide da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Diário Económico
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Julho 30, 2012, 04:18:44 pm
Putin aprova a rota do Árctico, que pode substituir o Suez


O presidente russo, Vladimir Putin, promulgou hoje uma lei que regula, pela primeira vez, a navegação marítima no Árctico, uma rota considerada alternativa ao Canal do Suez e que pode resolver problemas no transporte de mercadorias. A lei estabelece um estatuto jurídico à rota de transporte e prevê a criação de um organismo administrativo de gestão da navegação na zona, de acordo com um comunicado do Kremlin.

A nova legislação incluiu também as regras de navegação e os custos de utilização dos navios quebra-gelo necessários para a região que se encontra gelada praticamente durante todo o ano.

Um outro objectivo da lei é proporcionar a construção de infra-estruturas modernas que garantam a segurança dos navios ao longo da rota.

Putin deu o apoio definitivo à rota marítima árctica em Setembro de 2011, argumentando que «o Árctico é uma via que fica um terço mais curta do que a rota tradicional».

A redução dos níveis de gelo que cobre o Árctico, devido ao aquecimento global, permitiu em 2010 abrir, com a ajuda de um petroleiro russo e quebra-gelo, o novo itinerário.

«As mudanças climáticas que aumentam gradualmente o período de navegação e o progresso tecnológico abrem à Humanidade novos territórios por descobrir no Árctico e é evidente que a actividade económica vai crescer», disse Putin.

«A Rússia vai construir novos portos na zona», onde os navios podem abastecer-se e atracar em caso de acidente e podem «vir a contar com centros de coordenação para operações de salvamento», disse ainda o presidente russo.

Um navio tem de navegar 10.600 quilómetros para chegar pelo Norte desde a cidade russa de Murmansk (mar de Barents, perto da fronteira com a Noruega e Finlândia), ao porto chinês de Xangai, enquanto se utilizar o canal do Suez tem de fazer 17.700 quilómetros para chegar ao mesmo destino.

«É preciso investir na frota de quebra-gelo e no desenvolvimento de portos. Devem olhar para nós como uma potência árctica», disse o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, durante uma visita ao Extremo Oriente russo.

A Rússia é o único país do mundo com uma frota de quebra-gelo atómica.

Lusa
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 10, 2013, 06:19:14 pm
Canadá prepara-se para reclamar o polo norte como parte do seu território

O Canadá está a preparar-se para reclamar o polo norte como parte do seu território, revelou o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros. Na semana passada o governo submeteu um pedido à ONU para estender a sua área territorial no Atlântico.


O Oceano Ártico encerra 30% das reservas de gás natural 15% das reservas de petróleo por descobrir, estima o Serviço Geológico dos EUA (US Geological Service), e o governo canadiano quer obter o direito de as explorar.

“Estamos determinados a garantir que todos os Canadianos beneficiam dos recursos que estão por descobrir no norte longínquo do Canadá”, afirmou John Baird ao The Guardian.

Neste momento, refere o diário britânico, cada um dos cinco países cujo território abrange o Círculo Polar Ártico é “dono” da envolvente da sua zona costeira até 200 milhas náuticas. O Canadá alega que a sua plataforma continental se estende para além deste limite, tendo solicitado já o reconhecimento como sua de uma área de 1,2 milhões de quilómetros quadrados adicionais no Atlântico.

No entanto, o objetivo final é “apoderar-se” do polo norte e da área de 200 milhas náuticas para além deste, incluindo a cordilheira submarina de Lomonosov, que se localiza entre o norte do território terrestre do Canadá e a costa da Este da Sibéria.

Para tal, é preciso provar que essa região faz parte da sua plataforma continental, estando, atualmente, os cientistas canadianos a preparar um mapa detalhado da zona.

Embora o pedido de extensão da plataforma seja submetido à ONU, o reconhecimento da “titularidade” do Ártico é acordado entre os governos dos diferentes países interessados, num processo negocial que pode durar vários anos.

Fonte: http://www.guardian.co.uk (http://www.guardian.co.uk)

 :arrow: http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Notic ... torio?bl=1 (http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Canada-prepara-se-para-reclamar-o-polo-norte-como-parte-do-seu-territorio?bl=1)
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 30, 2017, 08:15:59 pm
Expansão militar russa no Ártico inquieta a administração Trump


Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: mafets em Janeiro 31, 2017, 10:31:10 am
Expansão militar russa no Ártico inquieta a administração Trump



Mais do que o Polo Norte existe um interesse russo na "Rota do Norte", sendo que Purtin à pelo menos 2 anos que reactiva bases nessa mesma latitude. Mas Trump não deve saber isso...  ::) ;)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.bloggang.com%2Fdata%2Fvinitsiri%2Fpicture%2F1386724249.jpg&hash=ce988ec839c20e0cbea0c590043f44b7)
Citar
http://mimilitary.blogspot.pt/search?updated-max=2014-02-09T14:10:00-08:00&max-results=7&start=29&by-date=false (http://mimilitary.blogspot.pt/search?updated-max=2014-02-09T14:10:00-08:00&max-results=7&start=29&by-date=false)

Saudações

Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Março 30, 2017, 10:12:12 am
Fórum Internacional do Ártico em Arkhangelsk para discutir recursos da região


Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Março 29, 2018, 11:15:27 am
Rússia realiza exercício militar no Polo Norte


Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Maio 22, 2018, 07:30:30 pm
O 'Titanic Nuclear' chega ao Ártico


Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lightning em Agosto 29, 2018, 12:58:57 am
Russia inicia construção de base de Defesa anti-aérea no Artico

https://expresso.sapo.pt/internacional/2018-08-27-Russia-inicia-construcao-de-base-de-defesa-antiaerea-no-Artico#gs.gNtUnRo
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: HSMW em Dezembro 29, 2018, 01:42:11 am
(https://multitools.newscdn.com.au/multitools/slider/content/1545341865532/1545342047007.jpeg)
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Junho 10, 2019, 10:09:34 pm
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: HSMW em Julho 16, 2019, 10:53:39 am

A new battlefield, the arctic
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Julho 22, 2019, 12:13:19 pm
(https://funkyimg.com/i/2VEBt.png)


 :arrow: https://www.cavok.com.br/blog/eua-querem-expandir-aerodromo-na-islandia-para-ampliar-presenca-de-aeronaves-de-grande-porte-na-regiao/?fbclid=IwAR1LknogYi6AWCpfdJ5vPV6kFmXz-aKSETJKflh62OUPtydBKtmyC3YQBpY
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2020, 03:50:08 pm
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: HSMW em Novembro 19, 2020, 11:43:32 pm

O projecto IceWorm da Guerra Fria.

Citar
Project Iceworm was a U.S. codename for constructing one of those covert military bases in Thule, Greenland.
It was one of many Cold War-era classified operations that remained a secret until recently.
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Junho 13, 2022, 07:54:12 pm
Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2023, 02:02:15 pm
The Artic: Putin´s New Frontier


Título: Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 07, 2023, 04:36:42 pm
Report to Congress on Changes in the Arctic
July 7, 2023 10:56 AM

The following is the July 5, 2022, Congressional Research Service report, Changes in the Arctic: Background and Issues for Congress.

From the report
The diminishment of Arctic sea ice has led to increased human activities in the Arctic, and has heightened interest in, and concerns about, the region’s future. The United States, by virtue of Alaska, is an Arctic country and has substantial interests in the region. The seven other Arctic states are Russia, Canada, Iceland, Denmark (by virtue of Greenland), Norway, Sweden, and Finland. The Arctic Research and Policy Act (ARPA) of 1984 (Title I of P.L. 98-373 of July 31, 1984) “provide for a comprehensive national policy dealing with national research needs and objectives in the Arctic.” The National Science Foundation (NSF) is the lead federal agency for implementing Arctic research policy. The Arctic Council, created in 1996, is the leading international forum for addressing issues relating to the Arctic. The United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS) sets forth a comprehensive regime of law and order in the world’s oceans, including the Arctic Ocean. The United States is not a party to UNCLOS.

An array of climate changes in the Arctic is now documented by observing systems, with more expected with future greenhouse gas-driven climate change. Observed physical changes in the Arctic include warming ocean, soil, and air temperatures; melting permafrost; shifting vegetation and animal abundances; and altered characteristics of Arctic cyclones. A monitoring report of the Arctic Council concluded in 2019 that “the Arctic biophysical system is now clearly trending away from its previous state [in the 20th century] and into a period of unprecedented change, with implications not only within but also beyond the Arctic.”

Following the end of the Cold War, the Arctic states sought to maintain the Arctic as a region of cooperation, low tension, peaceful resolution of disputes, and respect for international law. Over the past 10 to 15 years, the emergence of great power competition between the United States, Russia, and China has introduced elements of competition and tension into the Arctic’s geopolitical environment. Russia’s war in Ukraine beginning on February 24, 2022, has further affected the region’s geopolitical environment by prompting the seven Arctic states other than Russia to suspend most forms of Arctic cooperation with Russia, by prompting Finland and Sweden to apply for NATO membership, and in other ways.

The Department of Defense (DOD) and the Coast Guard are devoting increased attention to the Arctic in their planning, budgeting, and operations. Whether DOD and the Coast Guard are taking sufficient actions for defending U.S. interests in the region is a topic of congressional oversight. The Coast Guard has two operational polar icebreakers and through FY2023 has received funding for procuring two of at least three planned new heavy polar icebreakers.

The diminishment of Arctic ice could lead in coming years to increased commercial shipping on two trans-Arctic sea routes—the Northern Sea Route close to Russia, and the Northwest Passage close to Alaska and through the Canadian archipelago—though the rate of increase in the use of these routes might not be as great as sometimes anticipated in press accounts. International guidelines for ships operating in Arctic waters have been updated.

Changes to the Arctic brought about by warming temperatures will likely allow more exploration for oil, gas, and minerals. Warming that causes permafrost to melt could pose challenges to onshore exploration activities. Increased oil and gas exploration and tourism (cruise ships) in the Arctic increase the risk of pollution in the region. Cleaning up oil spills in ice-covered waters will be more difficult than in other areas, primarily because effective strategies for cleaning up oil spills in ice-covered waters have yet to be developed. Large commercial fisheries exist in the Arctic. The United States is working with other countries regarding the management of Arctic fish stocks. Changes in the Arctic could result in migration of fish stocks to new waters, and could affect protected species.

https://s3.documentcloud.org/documents/23868795/changes-in-the-arctic-background-and-issues-for-congress-july-5-2023.pdf