Acordo de cooperação transfere navio para a Namíbia

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Guilherme

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Acordo de cooperação transfere navio para a Namíbia
« em: Junho 23, 2004, 05:48:08 pm »
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MARINHA DO BRASIL
SERVIÇO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA MARINHA


Brasília,  23 de junho de 2004

Acordo de cooperação transfere navio da Marinha para a Namíbia

No próximo dia 25, às 10h, a Marinha do Brasil (MB) realizará a transferência da ex-Corveta "Purus" para a Marinha da Namíbia, em cerimônia na Base Naval de Aratu, na cidade de Salvador - BA, decorrente do acordo de cooperação firmado entre o Brasil e a Namíbia, em 1994. Estarão presentes à solenidade o Ministro da Defesa do Brasil, José Viegas Filho, o Ministro da Defesa da Namíbia, Hon E. Nghimtina, o Comandante da Marinha brasileira, Almirante-de-Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, o Comandante da Marinha namibiana, Captain P. H. Vilho, o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Euclides Duncan Janot de Matos, o Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Alvaro Luiz Pinto, e o Diretor-Presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais, Vice-Almirante Napoleão Bonaparte Gomes, além de autoridades civis e militares, estaduais e municipais.

Construída no estaleiro N. V. Scheepswerf & Machinefabriek "Debiesboch", na Holanda, a "Purus" teve sua quilha batida em 20 de novembro de 1953, sendo lançada ao mar em 6 de novembro de 1954. Incorporada à Marinha do Brasil em 4 de julho de 1955, o navio foi transferido para a Reserva do Serviço Ativo da Armada em 18 de outubro de 2002, pela Portaria nº 261, de 30 de setembro de 2002, do Comandante da Marinha.

A alienação, por doação, da ex-Corveta "Purus" para a República da Namíbia, autorizada pela Lei nº 10.685, de 5 de junho de 2003, publicada no Diário Oficial da União, em 6 de junho de 2003, corresponde à primeira transferência de um navio da Marinha do Brasil para a Marinha de outra nação. A "Purus" passará a ser chamada de Corveta "LT Gen. Dimo Hamaambo", e será o primeiro navio da Marinha namibiana.

Em quarenta e sete anos de serviços prestados à Marinha do Brasil, com 2.092 dias de mar e 494.318,4 milhas navegadas, a "Purus" realizou inúmeras missões de Socorro e Salvamento, Patrulha Costeira e uma diversidade de outras comissões, como reabastecimento de rádio-faróis, exercícios de minagem e viagens ao exterior, visando ao estreitamento de laços de amizade com várias Marinhas estrangeiras.
A Base Naval de Aratu realizou os reparos de máquinas, equipamentos eletrônicos e de comunicações, bem como a reforma das acomodações para a tripulação, de modo a garantir o retorno do navio ao mar, com segurança e conforto, quando da sua incorporação à Marinha namibiana.

As relações entre os dois países começaram em 1986, com a visita ao Brasil do atual Presidente da Namíbia, Sam Nujoma, então líder da "South West African People's Organization" (SWAPO), organização que lutava pela independência da região. No dia da independência da Namíbia, 21 de março de 1990, o escritório de representação do Brasil em Windhoek, capital da Namíbia, foi elevado à categoria de Embaixada.

Já em setembro de 1991, durante a visita do então Presidente brasileiro Fernando Collor àquele País, o Secretário Permanente de Negócios Estrangeiros da Namíbia solicitou ao governo brasileiro o apoio da Marinha, para a implantação de um serviço de patrulha marítima voltada para coibir a pesca ilegal. Em 1992, a Namíbia solicitou oficialmente à MB o apoio para a implantação da Ala Naval de sua Força de Defesa.

Assim, em agosto do mesmo ano, o Brasil apresentou um "Plano de Apoio à República da Namíbia", abordando a formação de pessoal da Ala Naval; a construção de uma base de apoio; o fornecimento de material e serviços; a delimitação das águas jurisdicionais; e o fornecimento de  Navios-Patrulha (NPa).

Em fevereiro de 1994, foi criada a Missão Naval Brasileira na Namíbia e, em março seguinte, foi assinado o primeiro Acordo de Cooperação Naval entre os dois países. Apesar de o acordo não ter entrado em vigor oficialmente, devido à dificuldades no cumprimento de algumas formalidades, a Marinha brasileira deu início às medidas referentes à formação de pessoal. Adicionalmente, foi realizado o levantamento hidrográfico do Porto de Walvis Bay, essencial para a economia namibiana.
Posteriormente, em dezembro de 2001, um novo acordo de cooperação foi assinado, estabelecendo que as partes cooperariam entre si, com o objetivo de criar e fortalecer a Ala Naval da Namíbia. A MB se comprometeu a fornecer, mediante pedido daquele País, embarcações adequadas às suas necessidades e assistência na organização da Ala Naval e no planejamento de uma infra-estrutura de apoio às embarcações.

Atualmente, além da transferência da ex-Corveta "Purus", autorizada pela Lei n° 10.685, de 5 de junho de 2003, a Marinha ainda desenvolve as seguintes atividades em apoio à Namíbia: formação de militares namibianos; contrato comercial para a construção de um NPa e quatro LP, com previsão de construção em seis anos; e contrato de prestação de serviços, para elaborar um plano para a execução do programa de delineamento da plataforma continental daquele País.


http://www.defesanet.com.br/marinha/purus/
 

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Guilherme

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« Responder #1 em: Junho 23, 2004, 05:51:28 pm »
Depois que se tornou independente, a Namíbia solicitou ajuda do Brasil para montar sua Marinha. Não tenho certeza, mas penso que pediu ajuda aos EUA para montar sua Força Aérea, e pediu ajuda ao Reino Unido para montar seu Exército.
 

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Rui Elias

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« Responder #2 em: Junho 24, 2004, 02:05:09 pm »
Estão a ver?

Se a Namíba aceita corvetas com 40 e tal anos do Brasil porque é que nós não podemos oferecer as nossas aos PALOP's?

Já em tempos noutro forum perguntei qual seria o futuro das nossas corvetas quando os patrulhões as substituírem, mas quase todos responderam que elas eram já sucata.

Se depois eles não conseguirem garantir a sua manutenção é com eles, ou então haveriam que nos pagar a manutenção, proporcionando mais um negócio para o país.

A minha sugestão era:

1 para Cabo Verde
2 para a Guiné Bissau
4 para Moçambique

Angola que as compre que tem dinheiro para isso.
 

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Guilherme

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« Responder #3 em: Junho 24, 2004, 02:10:24 pm »


Eu não chamaria esse navio de corveta, acho que corveta são as da Classe Barroso e Inhaúma. A Purus parece mais um pequeno navio patrulha.

O que vocês acham?
 

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FinkenHeinle

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« Responder #4 em: Junho 24, 2004, 10:31:45 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Estão a ver?

Se a Namíba aceita corvetas com 40 e tal anos do Brasil porque é que nós não podemos oferecer as nossas aos PALOP's?

Já em tempos noutro forum perguntei qual seria o futuro das nossas corvetas quando os patrulhões as substituírem, mas quase todos responderam que elas eram já sucata.

Se depois eles não conseguirem garantir a sua manutenção é com eles, ou então haveriam que nos pagar a manutenção, proporcionando mais um negócio para o país.

A minha sugestão era:

1 para Cabo Verde
2 para a Guiné Bissau
4 para Moçambique

Angola que as compre que tem dinheiro para isso.


Porque a Marinha da Namíbia está em plena formação, e não tem recursos para comprar nada...
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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JLRC

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« Responder #5 em: Junho 24, 2004, 11:05:57 pm »
Citação de: "Rui Elias"

A minha sugestão era:

1 para Cabo Verde
2 para a Guiné Bissau
4 para Moçambique

Angola que as compre que tem dinheiro para isso.


Caso se optasse por essa via, as corvetas a oferecer seriam as 6 João Coutinho e a distribuição, na minha opinião seria a seguinte:

1 - Guiné
2 - Cabo Verde
1 - São Tomé
2 - Moçambique

Para Angola, tentava vender alguns NPO.

As Baptista de Andrade, a serem oferecidas, só o seriam depois de despidas de algum armamento que serviria para os tais NPO mais musculados
Cumprimentos
JLRC
 

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Rui Elias

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« Responder #6 em: Junho 28, 2004, 03:16:44 pm »
JLRC:

É uma proposta interessante, mas eu ao preconizar 4 para Moçambique, isso deve-se à extensíssima costa moçambicana.

Quanto a Cabo Verde, julgo que uma, porque através de acordos de cooperação nos domínios da Defesa, mais tarde Portugal poderia tentar estabelecer um acordo que ali fizesse operar com frequência um NPO, tal como para S. Tomé.
 

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P44

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« Responder #7 em: Junho 28, 2004, 03:45:47 pm »
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Eu não chamaria esse navio de corveta, acho que corveta são as da Classe Barroso e Inhaúma. A Purus parece mais um pequeno navio patrulha.


Parece um rebocador... :x
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Rui Elias

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« Responder #8 em: Junho 29, 2004, 03:52:27 pm »
Eu também pensei que chamassem corvetas a coisas mais imponentes.

Para que é que a Namíbia quer uma obra de arte destas? :?
 

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J.Ricardo

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« Responder #9 em: Setembro 22, 2004, 12:54:29 pm »
tem razão Rui, esse navio se parece com um rebocador pq foi baseado no desenho de um rebocador de alto-mar classe Tritão mas com armamento mais pesado, ele foi concebido para patrulhamento da costa brasileira e para serviços de resgate. Acho que chama-lo de corveta foi somente uma questão de nomenclatura.
A Namibia é um país sem condições de manter uma marinha de guerra,  sem condições de manter uma corveta moderna, portanto para o serviço que eles pretendem emprega-la que é patrulhamento em alto-mar, ele "dá e sobra", ele também vai passar por uma pequena modernização antes de ser enviado. Também esta sendo vendido para lá um navio de  patrulha moderno da classa Grajau (será fabricado por um estaleiro no estado do Ceará) juntamente algumas lanchas.

Se alguém quiser conhecer um pouco mais esta "corveta" acesse o site: www.infomarmb.hpg.ig.com.br/imperialm.htm