IdD quer captar 100 milhões por ano na indústria da Defesa00:05 Cátia Simões
Plataforma que agrupa mais de 100 empresas do sector da Defesa vê os países daCPLP como as geografias com as maiores oportunidades de negócio.
A IdD - plataforma que apoia as indústrias de Defesa a estabelecer contactos noutros países - quer captar cerca de 100 milhões de euros por ano em negócios nos mercados externos para estas empresas portuguesas. O objectivo é traçado por Eduardo Filipe, presidente da entidade, que considera esta meta "ambiciosa mas possível".
"O nosso orçamento é aumentar as exportações no valor de 100 milhões de euros por ano", diz o responsável, em entrevista ao Diário Económico. "O mercado da Defesa é muito grande e nós temos empresas competentes e com capacidade de gestão e ambição para crescer no mercado internacional."
A entidade apoia empresas como a Tekever, o Arsenal do Alfeite e empresas de tecnologia como a ETI ou a Edisoft, direccionadas para a Defesa. "Já estivemos em seis feiras internacionais com mais de 40 empresas", sendo que a plataforma começou por apoiar cerca de 100 empresas e actualmente já praticamente duplicou este número.
Eduardo Filipe refere a missão da IdD a Angola como uma das mais bem sucedidas: no início de Junho, uma comitiva de 10 empresas esteve em Luanda e estão estabelecidos contactos para cerca de 250 milhões de euros, sobretudo no fornecimento de navios, que podem ser construídos no Arsenal do Alfeite, de 180 milhões de euros. "Se conseguirmos este contrato já praticamente duplicámos o objectivo anual", diz o responsável.
Questionado sobre o valor global já captado de exportações Edaurdo Filipe refere apenas que "só podemos fazer essas contas no final do ano mas já estamos muito próximos de conseguir esse objectivo porque alguns dos negócios que foram apresentados já estão em fase final de concretização".
Angola não é o único país onde as empresas portuguesas têm procurado clientes. "No Brasil algumas empresas já fecharam negócios por estarem com a IdD", explica Eduardo Filipe. Há vários mercados que podem ser potenciais compradores para as indústrias da Defesa portuguesas. "Os países da CPLP, naturalmente, que são países que têm boas relações com Portugal, mas também países do Norte de África como o Magreb ou a Tunísia, a Argélia..." enumera Eduardo Filipe. "A Índia também tem demonstrado grande interesse pelo nosso produto, temos várias propostas e solicitações. E nos Emirados Árabes Unidos fizemos lá uma missão e alguns dos produtos que apresentámos foram muito valorizados".
Já como mercados concorrentes é referido, desde logo, o Brasil, assim como Espanha ou Israel. "São mercados que já têm uma indústria de Defesa muito desenvolvida e canais responsáveis pela promoção já há muitos anos".
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