[Jorge Pereira]

Abri este tópico não tanto para discutir a visita propriamente dita do Presidente da Venezuela a Portugal, da qual todos tivemos conhecimento, assim como das suas principais linhas mestras, linhas essas e objectivos já abordados noutros tópicos deste fórum.

O que de facto pretendia é conhecer a vossa opinião sobre o teor desta notícia que aparece na primeira página do DN de hoje:

Soares reúne-se com o Rei e Sócrates fala a Zapatero

ANA TOMÁS RIBEIRO E JOÃO PEDRO HENRIQUES

Primeiro-ministro falou com homólogo espanhol, José Luis Zapatero

O ex-presidente da República Mário Soares participou numa reunião do Clube de Madrid na capital espanhola nas vésperas da chegada de Hugo Chávez a Portugal e, neste contexto, teve um encontro com o rei Juan Carlos, apurou o DN junto de fonte próxima de Mário Soares.

Uma reunião onde, muito provavelmente, terão abordado a crise diplomática entre Espanha e a Venezuela. Até porque é sabido que Soares mantém uma boa relação com o presidente da Venezuela, tendo sido um dos interlocutores no processo de aproximação da Galp à petróleos da Venezuela.

Por seu lado, o primeiro ministro português também conversou com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, sobre a vinda de Hugo Chávez a Portugal.

Estes poderão ter sido dois passos que poderão ajudar a diminuir as tensões entre Espanha e a Venezuela e que contribuíram para que a visita do presidente venezuelano a Lisboa não tenha sido vista com maus olhos do lado espanhol, disseram ao DN fontes políticas.

O DN tentou por diversas vezes contactar Mário Soares, para tentar apurar o teor da conversa com o rei de Espanha, mas até à hora do fecho desta edição tal não foi possível. Do gabinete do primeiro-ministro o DN também não obteve qualquer comentário sobre o assunto. O certo é que Mário Soares esteve segunda-feira com o rei espanhol, em Madrid, e ontem recebeu o presidente venezuelano em Lisboa e jantou com ele.

 :shock:  :shock:  :shock:   Estamos a ser governados por quem?

  Somos de facto um país independente que pode receber quem quiser sem dar explicações a ninguém ou não?

  Pediu ou telefonou o Presidente da França Sarkozy licença ao Zapatero para receber o Chavez?

  Afinal o que é que se passa? Serei eu que ando distraído e não dei pelo facto de termos perdido a nossa independência?

[Cabeça de Martelo]

Eu tinha ficado com a impressão que estes passos tinham sido feitos para acabar com esta guerrilha entre o Hugo Chávez e o governo Espanhol.

[zocuni]

Tudo bem,Jorge Pereira

Por vezes damos muitas explicações para determinados factos.Penso ser um traço cultural do português que está muito entranhado.Se em muitos casos isso nos é desvatajoso também não deixa de ser vantajoso noutras,é como tudo não existe formula perfeita para tudo.Agora acho excessivo nos termos de culpabilizar por recebermos esta ou aquela entidade,isso só a nós diz respeito.
Vi os propósitos do que a Venezuela pretende de nós,cooperação nas áreas da tecnologia rural,caminhos-de-ferro,auto-estradas,comércio de alimentação(onde além de podermos actuar no comércio varejista,também envolve exportações de produtos portugueses),transferência de tecnologia na área das energias renováveis,onde claramente Portugal tem se destacado,etc.Mais ao contrário de alguns países onde nos deslocamos e somos atendidos nos corredores,a pessoa embora polémica e controversa se deslocou a Lisboa,e já agendou uma visita mais longa em 2008.
Que posso dizer,claro que não conheço detalhes de tudo isso mas pelo que li,em que perdemos com tudo isso,rigorosamente nada.
Quanto às explicações a Espanha,realmente me parecem muito excessivas,mas também dentro de um contexto não de sentimento de inferioridade,mas de coerência e bom senso,nada mais que isso.Inclusive isto até serve para derrubar aquela e infeliz frase que dizia que a prioridade seria a Espanha,Espanha,Espanha que por sinal na altura fiquei algo aterrorizado,em virtude de existir horizontes muito mais interessantes para Portugal.
São as minhas opiniões mesmo que erradas são minhas.

Abraços,

[Mike23]

Não me surpreende mesmo nada. São estes indivíduos que empurram as grávidas portuguesas de Elvas para Badajoz, como se Portugal fosse um “sítio” e não uma das nações mais antigas do mundo.

Infelizmente ainda falta um ano e muito para as eleições!

A primeira baixa colateral.

Num pais onde a natalidade é preocupante uma grávida perde o filho depois de ser transferida para um hospital a 60 km de distância. É possível que a transferência não tenha sido a causa da morte do feto. É possível que o stress da deslocação não tenha contribuído para mais uma morte. É possível que se a maternidade de Elvas não estivesse sido encerrada, a jovem de 21 anos que esperava um filho o tivesse ainda mesmo assim perdido. Ses, sempre os ses. Mas, a verdade é que se a maternidade não estivesse sido encerrada. Só um se, se ponha. Ou talvez não! A jovem futura mãe teria perdido o Bebé ou não? Provavelmente não. E se esse encerramento foi o factor decisivo?
É curioso na notícia no Correio da Manhã o ministério da saúde “ (ou da Morte) ” é rapido a descartar a responsabilidade do encerramento da maternidade, argumentando que o processo de aborto já se tinha iniciado. Não parece ter sido essa a conclusão do corpo clínico que lidou com a grávida e por isso a transferiram para Portalegre e não para Badajoz. Em caso de risco é para Badajoz que as grávidas devem ser transferidas. Não é difícil depreender que aqui alguém mente. É evidente o resultado negativo do encerramento da maternidade.
É evidente que ontem alguém garantiu o seu lugar no inferno. Contribuindo para a infelicidade de uma mãe. Essa mãe sempre que vir o rosto do ministro que dirá?...

 :evil:

[typhonman]

É de admirar? Não temos peso político, nem economico nem militar.

Eu ja me rendi as evidências, infelizmente.

Haja Futebol....

[Luso]

Estamos a ser governados por quem?

Por todos menos por portugueses. O seu fantoche é o "Miguel Vasconcelos Reloaded"

Estão no poder para defender os nossos interesses ou os dos espanhóis?

De quem lhes der mais. E se estes lhes derem uma hipótese para destruir o que odeiam, melhor.

Somos de facto um país independente que pode receber quem quiser sem dar explicações a ninguém ou não?

Já não somos um país independente. Isso foi alegre e folclóricamente enterrado com o Tratado de Lisboa.

Teremos que pedir licença a Madrid cada vez que vier aqui alguém que não tenha as melhores relações com a Espanha?

Uma vez que o fantoche está soldo de quem der mais ou do mais forte... E depois a História demonstra ad nauseum que quem não se dá ao respeito é violentado (no mínimo);

Pediu ou telefonou o Presidente da França Sarkozy licença ao Zapatero para receber o Chavez?

Não sei mas duvido.

Faria o mesmo Madrid se o caso fosse ao contrário?

Certamente que não.

Afinal o que é que se passa?

Ver acima.

Serei eu que ando distraído e não dei pelo facto de termos perdido a nossa independência?

Acabou-se. De uma maneira torpe, vil, baixa, cobarde. "Isto" foi vendido com a conivência da esmagadora maioria, directamente ou por omissão.
E eu não sei como combater isto.

Sei, no entanto que as supremas figuras da República são responsáveis directos ou cúmplices. O mesmo se aplica às chefias militares acomodadas e há muito castradas (o termo castrense nunca serviu tão bem).

Ainda estou a digerir esta história toda.

[ShadIntel]

Ainda estou a digerir esta história toda.

Bem sei que não conforta, mas não é o único.