Crise Financeira Mundial

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FoxTroop

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #210 em: Fevereiro 08, 2012, 08:32:53 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Vai haver um "haircut" de 75% da dívida grega, no minimo, mas eles são para ficar no €.

Disse-o aqui em meados de Janeiro, já o tinha o ano passado e não fica por aqui. Agora é bem mais claro a principal razão da entrada de capitais chineses em força na Europa (começando por Portugal) e a pressa que têm em entar forte no capital dos bancos europeus.
 

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Lusitano89

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #211 em: Fevereiro 15, 2012, 06:42:47 pm »
Grécia pode causar "choque superior" à queda da Lehman Brothers
 

O euro é "estruturalmente defeituoso" e poderá colpasar, defende John Paulson, um dos maiores gestores de fundos do mundo.

Numa carta a investidores, Paulson, que tem a seu cargo a gestão de um fundo de 23 mil milhões de dólares (cerca de 17,6 mil milhões de euros ao câmbio actual), avisa que se a Grécia entrar em incumprimento, isso terá efeitos no sistema financeiro mundial mais graves que a falência da Lehman Brothers, em 2008.

"Acreditamos que uma situação de incumprimento na Grécia poderá significar um choque superior para o sistema do que a queda da Lehman, causando imediatamente uma contracção na economia global e uma queda nos mercados financeiros", lê-se na carta, citada pela agência Bloomberg. Nela se acrescenta que se Atenas falhar no pagamento das suas dívidas, o que poderá acontecer já em Março, isso "poderá conduzir a uma crise na banca europeia parecida com o pior que o mundo assistiu em 2008, quando a Lehman faliu".

No mesmo documento, Paulson separa os EUA da actualidade europeia: "Enquanto que nos EUA observámos uma retoma razoável, com leituras positivas nos indicadores avançados no início de 2012 e uma valorização das acções bem acima do histórico, na Europa a crise da dívida soberana permanece como o principal risco nos mercados".

A carta é difundida nas agências num dia em que Financial Times e a Reuters noticiam que alguns líderes europeus estão dispostos a deixar a Grécia entrar em incumprimento e que, nesse sentido, a aprovação do segundo pacote de empréstimos, no valor total de 130 mil milhões de euros, pode ser adiada para Abril, após as eleições no país.

Diário Económico
 

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miguelbud

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #212 em: Fevereiro 18, 2012, 10:48:47 pm »
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #213 em: Fevereiro 22, 2012, 12:41:51 pm »
Citar
21 de fevereiro de 2012 às 2:57

“Os mercados estão acima de todos os homens”
“O capital financeiro usa a arma da dívida para abolir o Estado e escravizar a população europeia”

16/02/2012

Carta aberta de Mikis Theodorakis e Manolis Glezos, reproduzida parcialmente no site da CUT


Leia abaixo os principais trechos da carta aberta divulgada pelo renomado maestro e compositor grego Mikis Theodorakis, e por Manolis Glezos, herói grego que arrancou a bandeira nazista da Acrópole. Ambos têm mais de 80 anos e continuam nas ruas, sofrendo ao lado de seu povo a brutalidade e a covardia da repressão. Um exemplo para as novas gerações:

“Em tempos antigos, o perdão de Solón das dívidas que obrigavam os pobres a ser escravos dos ricos – a chamada reforma Seisachtheia, assentou as bases para a aparição, na antiga Grécia, das ideias da democracia, cidadania, política e Europa: os fundamentos da cultura europeia e mundial.

Lutando contra a classe dos ricaços, os cidadãos de Atenas assinalaram o caminho para a constituição de Péricles e a filosofa política de Protágoras, que disse: “O homem está muito acima de todo o dinheiro”.

Hoje em dia, vemos a vingança dos endinheirados: “Os mercados estão muito acima de todos os homens” é o lema que nossos líderes políticos abraçam com tanto gosto, aliados ao demônio dinheiro como novos Faustos.

Um punhado de bancos internacionais, agências de informação, fundos de investimento, numa concentração mundial de capital financeiro sem precedentes históricos, reivindica o poder na Europa e em todo o mundo e prepara a abolição de nossos estados e nossa democracia, com a arma da dívida, para escravizar a população europeia, colocando no lugar das imperfeitas democracias que temos a ditadura do dinheiro e a banca, o poder do império totalitário da globalização, cujo centro político está fora da Europa continental apesar da presença de poderosos bancos europeus no coração do império.

Começaram com a Grécia, utilizada como cobaia para deslocar-se a outros países da periferia europeia e, pouco a pouco, até o centro. A esperança de alguns países europeus para escapar eventualmente demonstra que os líderes europeus se enfrentam a um novo “fascismo financeiro”, não fazendo melhor do que quando se enfrentaram à ameaça de Hitler no período entreguerras.

Não é uma casualidade que grande parte dos meios de comunicação controlados pelos bancos tratem os países da periferia da Europa como “porcos – pigs” e sua campanha midiática, sádica e racista, vá tingida de desprezo. Seus meios de comunicação não se dirigem somente contra os gregos, mas também contra a herança grega e a antiga civilização grega. Esta opção mostra os objetivos profundos e ocultos daa ideologias e dos valores do capital financeiro, promotor de um capitalismo de destruição.

A tentativa dos meios de comunicação alemães de humilhar símbolos, como a Acrópole ou a Vênus de Milo, monumentos que foram respeitados até mesmo pelos oficiais de Hitler, nada mais é senão expressão do profundo desprezo dos banqueiros que controlam os meios de comunicação, já não tanto contra os gregos, mas sobretudo contra as ideais de liberdade e democracia que nasceram neste país.

O monstro financeiro produziu quatro décadas de isenção de impostos para o capital, todo tipo de “liberalização de mercado”, uma ampla desregulação, a abolição de todas as barreiras aos fluxos financeiros e às especulações, os constantes ataques contra o Estado, a compra de partidos e meios de comunicação, a apropriação do excedente por um punhado de vampiros: os bancos mundiais de Wall Street. Agora, este monstro, um verdadeiro “Estado por trás dos Estados” parece preparado para acertar um “golpe de Estado permanente” financeiro e político, e para mais de quatro décadas.

Necessitamos criar uma frente de resistência potente contra “o império totalitário da mundialização” que está em marcha, antes que seja tarde demais.

A Europa somente pode sobreviver se apresenta uma resposta unida contra os mercados, um desafio maior que o deles, um novo “New Deal” europeu.

Devemos deter de imediato o ataque contra a Grécia e aos outros países da União Europeia na periferia, precisamos por fim a esta política irresponsável e criminosa de arrocho e privatização, que conduz diretamente a uma crise pior que a de 1929.

As dívidas públicas devem ser reestruturadas de forma radical na Eurozona, especialmente às expensas dos gigantes da banca privada. Os bancos devem voltar a ser avaliados e o financiamento da economia europeia deve estar sob controle social, nacional e europeu. Não é possível deixar a chave financeira da Europa nas mãos dos bancos, como Goldman Sachs, JP Morgan, UBS, Deutsche Bank, etc …

Temos que proibir os excessos financeiros incontrolados que são a coluna vertebral do capitalismo financeiro destrutivo e criar um verdadeiro desenvolvimento econômico em lugar de ganâncias especulativas.

A arquitetura atual, baseada no Tratado de Maastricht e nas regras da OMC, instalou uma máquina na Europa para fabricar dívida. Necessitamos uma mudança radical de todos os tratados, a submissão do BCE ao controle político da população europeia, uma “regra de ouro” para um mínimo de nível social, fiscal e meio-ambiental da Europa.

Necessitamos urgentemente uma mudança de paradigma, um retorno ao estímulo de crescimento através da demanda de novos programas de investimento europeus, as novas regulações, os impostos e o controle do capital internacional, uma nova forma de protecionismo suave e razoável numa Europa independente seria protagonista na luta por um mundo multipolar, democrático, ecológico e social.

Chamamos às forças e pessoas que compartilham estas ideias a convergirem, o mais rapidamente possível, numa ampla frente de ação europeia para produzir um programa de transição, para coordenar nossa ação internacional, com o objetivo de mobilizar as forças do movimento popular, para reverter o atual equilíbrio de forças e derrotar aos atuais líderes dos nossos países, historicamente irresponsáveis, com o fim de salvar a nosso povo e a nossa sociedade antes que seja demasiado tarde para a Europa”.


http://www.viomundo.com.br/denuncias/os ... omens.html
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Lusitano89

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #214 em: Fevereiro 24, 2012, 12:23:04 am »
Franceses muito preocupados com capacidade do país para enfrentar crise económica


A população francesa está muito preocupada com a capacidade do país para enfrentar a crise económica com 79 por cento dos cidadãos a acreditarem que a França «está em crise», revela uma sondagem. O número de inquiridos a salientarem que acreditam que a França está em crise é muito superior às percentagens apuradas noutros países como os Estados Unidos, onde 52 por cento da população tem a mesma percepção, ou contra 38 por cento dos alemães e de russos ou 35 por cento dos chineses.

À pergunta sobre a percepção dos efeitos da crise na população, junto de amigos ou familiares, 44 por cento dos franceses disse sentir «bastante» os problemas e 40 por cento respondeu sentir-se «muito» afectado. No outro extremo da tabela, 34 por cento dos alemães consideram-se «bastante afectados» e 12 por cento «muito» afectados.

Entre os cinco países alvos da pesquisa, os franceses são aqueles que menos acreditam na competitividade económica do seu país com 29 por cento a entender que a França está «razoavelmente bem» colocada neste capítulo a nível global e três por cento a considerar que está «muito bem» preparada.

A pesquisa foi efectuada por via da Internet, entre 25 de Janeiro e 06 de Fevereiro, pelo Instituto Ifop para o jornal La Croix, através de um método de quotas, tendo sido alvo do inquérito 1.021 pessoas em França, 1.065 na Alemanha, 1.003 nos Estados Unidos, 1.000 na China e 1.020 na Rússia.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #215 em: Abril 03, 2012, 04:07:15 pm »
Holandês de 11 anos sugere uma nova forma para a Grécia sair do euro


 :arrow: http://www.policyexchange.org.uk/images ... ermans.pdf


Um jovem holandês de apenas 11 anos tornou-se o centro de todas as atenções quando apresentou o seu plano de salvação da zona euro.  A solução envolvia fatias de pizza e panquecas  e foi apresentada  num concurso em que concorriam os mais prestigiados economistas europeus. A participação valeu-lhe o prémio simbólico de 100 euros. Jurre Hermans estava entre os 452 candidatos que concorreram ao famoso Prémio de Economia Wolfson com uma proposta de 'solução para a crise'. O concurso, que premeia o vencedor com qualquer coisa como 300 mil euros, foi lançado no passado mês de Outubro por Lord Wolfson com o objectivo de encontrar uma saída credível para a crise do euro.

Mais do que arrojado, por competir com os melhores do meio, o plano do jovem Jurre destacou-se pela clareza das suas comparações.

A ideia é simples: toda a população grega deve dirigir-se aos bancos para trocar os seus euros pela moeda antiga, o dracma, para que o governo possa, depois, redistribuir esses mesmos euros pelos credores, que assim recebem a sua «fatia de pizza».

Depois das trocas bancárias, «a banca dá todos estes euros ao governo grego, formando uma grande panqueca, ou uma pizza».

Depois, «o governo pode começar a pagar as suas dívidas e toda a gente a quem a Grécia devia dinheiro recebe uma fatia dessa pizza». O resultado, para Jurre, é claro: «Como vêem, a pizza é distribuída para todas as empresas e bancos que emprestaram dinheiro à Grécia». E, para o jovem holandês, o problema da dívida fica resolvido.

Mas o próprio Jurre sabe que a sua teoria não é perfeita e, por isso, propõe soluções para os possíveis problemas que possam surgir. Como prevê, «o povo grego pode não querer trocar os seus euros por dracmas, porque sabe que o dracma vai perder valor rapidamente». Certamente, haverá gente a querer esconder euros debaixo do colchão ou a tentar «trocá-los num banco noutro país como a Holanda ou a Alemanha», equaciona o jovem.

Mas também para isso há solução. Para Jurre, quem tentar contornar a obrigação de trocar os euros pela moeda antiga será penalizado com uma multa que será o dobro dos euros que a pessoa em questão tentou esconder.

«Desta maneira, asseguro que todos os gregos levam os seus euros para os bancos gregos e que o governo consegue pagar a sua dívida», garante o jovem preocupado com a crise europeia.

A proposta de Jurre Hermans não consta no 'top 5' dos mais votados pelo painel de júri mas, como resultado do seu esforço, diz o britânico Telegraph, o jovem de 11 anos vai receber a simbólica quantia de 100 euros.

Entre os cinco economistas mais passíveis de vencer o concurso encontra-se o famoso Roger Bootle, do grupo Capital Economics. O Prémio Wolfson é o segundo mais  prestigiado  prémio na área da economia, seguido apenas do Prémio Nobel.

SOL
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #216 em: Abril 27, 2012, 04:56:28 pm »
Instituições dizem que empresa ultrapassou linha da imparcialidade

Banca da Dinamarca rasga contratos com a agência Moody's


Os principais bancos da Dinamarca fartaram-se da alegada "parcialidade" da Moody's e começaram a rasgar os contratos que mantinham com a agência de rating norte-americana.

Uma das instituições que decidiram cortar as ligações com a Moody's foi o Nykredit, que é só o maior emissor europeu de obrigações hipotecárias suportadas por créditos à habitação. Rescindiu, já na semana passada, o contrato com a agência. Em Julho, segue-se a RealKredit, a unidade do Dansk Bank que detém a segunda posição no bolo dos empréstimos para compra de casa concedidos no país.

Já o Jyske Bank, que é o terceiro maior na banca comercial dinamarquesa, confirmou à agência Bloomberg que também está a equacionar romper o contrato com a Moody's.

Todos estes bancos sustentaram que estas posições só foram assumidas depois de intensos contactos com os investidores, que resultaram na percepção de que as análises da agência de rating não são consideradas como um dado determinante nas suas opções de negócio.

Alias, nos últimos meses, os níveis de colocação das emissões de obrigações hipotecárias aumentaram mais de 6%, apesar de a Moody's ter, anteriormente, colocado dúvidas sobre a saúde da "indústria" obrigacionista do país nórdico.

Ouvido pela Bloomberg, um responsável do Jyske Bank, Steen Nygaard, sustentou que a Moody's ultrapassou "a linha da imparcialidade". "Não é apenas o facto de nós termos uma opinião e eles terem outra, contrária à nossa, zangamo-nos e vamos embora. Trata-se de [elementos] fundamentais em que nós, simplesmente, não podemos concordar com os argumentos da Moody's", acrescentou o responsável pelo Departamento do tesouro do banco.

A Dinamarca tem o terceiro maior mercado de obrigações hipotecárias do mundo, com 470 mil milhões de euros sob gestão. Surge, nesta área, logo a seguir aos Estados Unidos e à Alemanha.

Em Junho passado, acusou o sector obrigacionista dinamarquês por não estar a fazer tudo o que devia para reduzir os riscos da sua actividade, nomeadamente, através de um maior equilíbrio entre as maturidades das emissões e as necessidades de financiamento.

Mas nem os próprios operadores do sector levaram muito a sério este aviso. Huus Pedersen, responsável de um dos maiores fundos de pensões da Dinamarca, confia no sector. "É um sistema antigo, que já passou por muitas coisas e que, por isso mesmo, me deixa absolutamente seguro. A história tem mostrado que as agências de rating também cometem muitos erros", afirmou Pedersen à agência Bloomberg.

As agências de notação de risco têm estado sob escrutínio público desde que falharam redondamente na prevenção da crise financeira que eclodiu em 2008 com a falência do Lehman Brother.

 :arrow: http://economia.publico.pt/noticia/banc ... ys-1542866
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lusitano89

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #217 em: Maio 11, 2012, 09:22:31 pm »
Schäuble diz que zona euro está em condições de suportar saída da Grécia


O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmou hoje, em entrevista ao jornal Rheinische Post, que a zona euro «está mais resistente» e tem condições para suportar uma saída da Grécia da moeda única. «Os riscos de contágio a outros países são agora menores e a eurozona no seu conjunto é mais resistente», garantiu o político democrata-cristão.

Simultaneamente, Schäuble exortou a Grécia a cumprir os compromissos assumidos com a comunidade internacional, afirmando que os países da Europa e os credores privados de Atenas «já foram bastante generosos».

O ministro alemão disse ainda que se fez «tudo o que foi possível» para salvar a Grécia da bancarrota, mas que «o país tem de compreender que é necessário respeitar os seus compromissos».

«É perigoso fazer crer aos cidadãos que há outro caminho, mais fácil, para sanear as suas finanças e evitar a austeridade, o que é um disparate», declarou.

Entretanto, decorre em Atenas a terceira tentativa para formar novo Governo, após as legislativas de domingo passado, em que nenhum partido obteve maioria absoluta.

Depois do fracasso dos conservadores e da esquerda radical, cabe agora aos socialistas do PASOK tentar formar uma coligação e evitar novas eleições, num momento em que as dificuldades financeiras do país se adensam.

Na mesma entrevista, Schäuble rejeitou também a adopção de programas de crescimento na zona euro fomentados por novas dívidas.

«Pegar em dinheiro que não se tem, não é fazer política de crescimento, esse é o caminho errado», disse o ministro alemão, advertindo que Berlim irá ter muita atenção a este aspecto nas negociações a nível europeu para uma nova estratégia de crescimento. A aprovar no Conselho Europeu de 28 de Junho.

Para Schäuble, o aumento da procura privada, base do crescimento, «deve ser reforçado, fomentando a confiança dos consumidores e investidores nas finanças públicas».

Por isso, a questão fulcral de uma estratégia de crescimento para os países do euro é reforçar a sua competitividade, através de mais reformas estruturais, sublinhou.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #218 em: Maio 17, 2012, 07:45:10 pm »
Europa insiste que cabe à Grécia decidir se sai do euro


Líderes europeus não desistem da Grécia, mas reforçam que cabe aos cidadãos gregos decidir sobre a permanência na zona euro.

O discurso tem sido repetido até à exaustão por vários líderes. A Europa quer que a Grécia permaneça na zona euro, mas essa decisão deve ser tomada pelos cidadãos do país. No entanto, os responsáveis europeus pedem uma coisa: que o futuro governo helénico honre os seus compromissos internacionais.

Isto mesmo disseram hoje Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos. "Vamos honrar os nossos compromissos em relação à Grécia e esperamos que o governo grego - actual e futuro - cumpra as condições acordadas conjuntamente para a assistência financeira", declarou o responsável português falando na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

"[O euro] é projecto de paz que ainda nos une para além de dificuldades momentâneas. A vontade do povo grego será totalmente respeitada" por Bruxelas, acrescentou Barroso.

Em Oxford, Reino Unido, Rehn seguiu um discurso próximo do presidente da Comissão, reiterando que a União Europeia deseja a manutenção da Grécia no projecto da moeda única. "Mas essa permanência será uma escolha democrática do povo grego" nas eleições do próximo mês, disse.

O comissário deu como exemplo aos gregos os programas de ajustamento na Irlanda e em Portugal, que continuam no "bom caminho". Lembrou contudo que ainda "há muito a fazer". "Temos de manter em curso a consolidação orçamental, mas ao mesmo tempo reforçar as políticas de crescimento", afirmou.

No entanto, apesar de os comentários da última semana terem sido a favor da inclusão da Grécia no euro, os mercados continuam desconfiados. As bolsas europeias fecharam hoje em baixa acentuada pela quarta sessão seguida, reagindo à última posição do Banco Central Europeu (BCE), que confirmou ontem ter recusado ceder liquidez a alguns bancos gregos descapitalizados.

Mario Draghi, presidente da instituição, deixou também alguns sinais de que poderia deixar a Grécia fora da união monetária, dizendo que, apesar de preferir "fortemente" que a Grécia se mantenha no euro, não é sua missão evitar que saia da união monetária. "Não é uma questão que caiba ao Conselho de Governadores decidir", disse, citado pela Bloomberg. Estas últimas movimentações foram contudo interpretadas pelos analistas como tentativa de pressão por parte do BCE sobre o eleitorado grego.

Diário Económico
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #219 em: Maio 19, 2012, 01:20:43 pm »
Trichet defende perda de soberania para alguns países europeus


O antigo presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, sugere a perda de soberania económica para os países que ponham em risco outras nações da zona euro devido à incapacidade de aplicar recomendações das autoridades europeias. Quando esses países não conseguem ou não querem implementar as orientações da Comissão Europeia ou do Conselho Europeu «julgo que deve ser activado excepcionalmente um governo federal», disse Trichet em Washington, citado pela agência de notícias financeira Bloomberg.

O impasse político na Grécia reacendeu os receios do país recuar nas promessas de cortar as despesas públicas e que estão associadas aos pacotes de ajuda financeira no valor de 240 mil milhões de euros.

A situação pode obrigar a suspender os empréstimos e a empurrar a Grécia para o abandono do euro.

«O facto de termos esta ferramenta para prevenir que alguns parceiros da zona euro se comportem de forma perturbadora parece necessária», afirmou Trichet durante uma intervenção no Peterson Institute for International Economics, onde se encontravam o presidente da Reserva Federal norte-americana Ben S. Bernanke e a directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Esta iniciativa, que o ex-responsável do BCE reconhece que é «difícil» de aceitar, teria de ser aprovada pelo Parlamento Europeu para ter um suporte democrático e impedir um governo «tecnocrático ou anti-democrático».

Trichet não referiu explicitamente a Grécia a propósito desta ideia de perda de soberania económica, embora tenha dito que as medidas económicas associadas aos resgates da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional são do interesse do povo grego.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #220 em: Maio 27, 2012, 01:50:10 pm »
Britânicos avisam: se euro cai, fecham fronteiras


A ministra da Administração Interna da Grã-Bretanha disse hoje ao The Daily Telegraph que o Governo britânico está a desenhar uma estratégia de contenção da imigração que deverá ser utilizada caso a Grécia saia do Euro. Theresa May explicou ao diário inglês que se a Grécia entrar em colapso financeiro e for obrigada a abandonar o Euro, a Grã-Bretanha pode adoptar mecanismos de controle da imigração, previstos na lei europeia.

De acordo com May, «é verdade que estamos a desenvolver planos de contingência» caso o número de pessoas em migração à procura de trabalho aumente de forma excepcional. Uma das premissas basilares da União Europeia, a livre circulação de pessoas e bens, poderá vir a ser posta em causa em prol de políticas mais proteccionistas.

Não são boas notícias para os países mais débeis, tais como Portugal, Irlanda e Espanha.

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #221 em: Junho 05, 2012, 06:45:18 pm »
Metade dos alemães a favor da saída da Grécia da zona Euro


Um em cada dois alemães é a favor da saída da Grécia do euro, e uma grande maioria concorda com a política europeia de austeridade de Angela Merkel, indicou hoje uma sondagem do Instituto Forsa para o semanário Stern.

Só 39 por cento dos inquiridos acham que a Grécia, que repete as eleições legislativas a 17 de Junho, por não ter conseguido formar governo após um escrutínio realizado a 06 de Maio, deve manter-se no euro, de acordo com um inquérito feito, por telefone, a 1.001 alemães.
 
Um em cada três alemães (35 por cento) tem «muito receio» de que a crise grega ponha em risco a moeda única, e 38 por cento têm «algum receio», afirmou o Forsa.
 
No mesmo inquérito de opinião, 59 por cento dos alemães afirmaram não ter «compreensão alguma» para o voto dos gregos em partidos que estão contra o rumo de austeridade, como a aliança da esquerda radical Syriza, que surge nas sondagens com hipóteses de ganhar as eleições em Atenas.
 
A maioria dos participantes na sondagem do Forsa manifestou-se também contra o abrandamento do programa de ajustamento financeiro, negociado pela Grécia com a UE e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e 62 por cento consideraram que a chanceler Angela Merkel deve manter a política europeia de austeridade, mesmo que haja críticas do novo governo francês.
 
Apesar da instabilidade política, dois em cada três alemães (65 por cento) disseram aos peritos do Forsa que é possível ir passar férias à Grécia sem recear pela segurança, e só 32 por cento manifestaram reservas em viajar actualmente para este país da moeda única.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #222 em: Junho 05, 2012, 08:37:39 pm »
China prepara-se para eventual saída da Grécia do Euro


A China está a preparar um plano para enfrentar a eventual saída da Grécia do euro, disse hoje um jornal oficial, citando um investigador do principal organismo de planeamento económico do país. «O governo chinês está a trabalhar em planos destinados a enfrentar o pior cenário da saída da Grécia [da zona euro] ainda este ano», indicou ao China Daily Wang Haifeng, director do Instituto de Investigação Económica Internacional, grupo de reflexão tutelado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Dois ministérios - Finanças e Comércio - estão envolvidos no referido plano.

O objectivo é «amortecer o possível efeito na taxa de câmbio e fluxos de capital, assim como a influência no comércio», afirmou um economista citado pelo China Daily.

A União Europeia é o maior parceiro comércio da China.

«O mercado financeiro da China sofrerá seguramente um choque de curta duração», disse um académico chinês acerca da eventual saída da Grécia do euro após as eleições legislativas do próximo dia 17.

«Os activos chineses em euros, estimados em mais de vinte por cento das enormes reservas cambiais da China, poderão encolher», alertou Liu Shiguo, investigador do Instituto de Política e Economia Mundiais da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #223 em: Junho 07, 2012, 06:12:47 pm »
Niña de 12 años, Victoria Grant, explica cómo los bancos cometen fraude

 :arrow: http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... 8wUHtdY8w#
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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #224 em: Junho 13, 2012, 04:13:53 pm »
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."