Eu a ler o título a pensar "F-22".
Já foi mais, apesar de tudo. Agora, de acordo com artigos recentes, por exemplo um MV-22 Osprey andará em torno de +/- 60 a 65M€. No entanto, se para comprar 5 a 6 helis está adjudicada uma verba de 53M€ + IVA, quer isso dizer que com esse montante nem um daria sequer para comprar.
Vantagens? Traria imensas e a vários níveis, como enumera o trabalho, e para os 3 ramos, com a óbvia vantagem de poder ser operado a partir de meios navais. Isto SE houvesse vontade, SE quem gere os destinos do país "would give a fuc*" para as Forças Armadas, o que não acontece e provavelmente não mudará a curto/médio prazo. Além de que existe sempre a frota EH-101 que está longe de ser completamente explorada.
Mais alarmante para mim, todavia, é de facto a confirmação neste trabalho de investigação que a premente modernização dos Merlin não está contemplada na LPM, elevando assim o grau de obsolescência dos aparelhos e risco de segurança para as suas tripulações.
(...) Dependendo do carácter permissivo do ambiente operacional, a atuação em missões táticas da plataforma EH101 pressupõe a existência de equipamento de autoproteção e de auxílio à execução da missão. A frota EH101, que iniciou o seu ciclo de vida estimado de 30 anos em 2005, necessitará a breve prazo de iniciar o processo de Middle Life Upgrade (MLU) para combater o obsoletismo de sistemas e proceder à expansão de capacidades (Teixeira, op. cit), deveria ocorrer, no início do 2º quadriénio da LPM (2023-2026), não estando previstos pela mesma, qualquer atualização de sistemas ou equipamento até então. Este investimento é crucial para cumprimento dos Capability Targets 2017, que a colocam ao dispor da OTAN a partir de 2025. Face à inexistência de financiamento em LPM, não será cumprido. Sem alterações, a satisfação deste Target fica suspensa até 2030. (...)