Unir os Pontos

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Re: Unir os Pontos
« Responder #495 em: Julho 31, 2013, 11:16:46 am »
Uma força comum europeia até podia ser bom se as coisas fossem feitas da maneira correcta com algumas condições à partida.

 - Primeiro nunca poder actuar em solo da UE;

 - Segundo qualquer actuação desta força tinha que ir a um conselho de segurança europeu em que qualquer país tivesse o mesmo poder de voto independentemente do tamanho do país, melhor ainda seria que qualquer país pudesse vetar as decisões mas aí talvez nunca se tomasse nenhuma decisão;

 - Depois a força poderia funcionar um pouco à imagem da NATO mais numa óptica de auto-defesa do que propriamente de intervenção;

 - Cada país continuava a ter as suas forças que em caso de decisão de todos os países iriam actuar em conjunto e integradas como uma só força.

Obviamente que não vai ser isto que vai acontecer. Na prática isto vai apenas funcionar como forma de os países centrais da União engordarem as suas fileiras para actuar em pról dos seus interesses individuais. Eventualmente servirá também para intimidar os países periféricos quando estes se portam mal e retirar destes mesmos soberania sobre o seu espaço. No caso Português vamos simplesmente perder soberania sobre o nosso mar.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #496 em: Julho 31, 2013, 11:42:59 am »
Com barcos de pesca Espanhóis a pescarem livremente nas nossas águas, achas que isso ainda existe?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #497 em: Julho 31, 2013, 03:55:57 pm »
Os espanhóis pescam tão livremente nas nossas águas como os outros e como os nossos pescadores pescam livremente nas águas dos outros países. Existe uma política de atribuição de licenças de pesca e em grande medida essa política é comum.
No entanto a União Europeia não tem jurisdição sobre o que está debaixo da agua.

Ou seja: Bruxelas pode gerir as águas, mas não pode gerir o subsolo.
É claro que se por acaso houvesse petróleo ou gás natural em quantidades que tornassem viavel a exploração comercial, até isso poderia mudar.

E ninguém vai defender as nossas águas territoriais ou a nossa Zona Económica Exclusiva se não formos capazes de o fazer.
E nisto o que conta é ter capacidade para garantir a soberania sobre as águas, algo que ainda temos capacidade para levar a cabo.

Evidentemente que a história tem o seu peso. No fim do século XIX e inicio do século XX, quando Portugal foi à bancarrota, fomos avisados de que se não pagássemos as dívidas, os nossos territórios em África seriam repartidos pelos credores.
Pode sempre ser desenvolvido um qualquer sistema autónomo de exploração das nossas águas e da plataforma continental, tendo como justificação a falta de capacidade de Portugal para honrar os seus compromissos.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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mafarrico

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Re: Unir os Pontos
« Responder #498 em: Setembro 08, 2013, 10:54:06 pm »
entretanto a RT continua com os seus disparates habituais.

"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #499 em: Setembro 10, 2013, 02:09:07 pm »
O prémio Nobel da Economia 2001 considera que, face à crise económica e financeira, são necessárias reformas políticas que defendam as democracias.

 :arrow: http://videos.sapo.pt/tozVEYc7zBLUEmEeA0Vn
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mafarrico

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Re: Unir os Pontos
« Responder #500 em: Setembro 12, 2013, 12:30:05 am »
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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Luso

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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #502 em: Outubro 01, 2013, 12:56:03 pm »
O pequeno fascista que vive dentro de nós

"Os políticos são todos iguais". "A mim não me enganam mais". "Só pensam no deles". Estes e outros mimos não citáveis têm tido muito eco na (pouca) cobertura que vai sendo feita da campanha eleitoral dos candidatos autárquicos. Num tom que varia geralmente entre o arrogante e o resignado, o eleitor veste simultaneamente a pele de vítima e de juiz, apontando o dedo aos culpados. Os políticos. Todos. Sem excepção.

Existem razões de sobra para que nos sintamos descontentes com a qualidade média dos políticos e com o seu desempenho. A forma fechada como os partidos funcionam, a vulnerabilidade das suas agendas a temas eleitoralistas, a dependência financeira dos seus protagonistas face à dita actividade política e a falta de qualificações suscitam legítimo e compreensível desagrado. Mas nada disto justifica o discurso anti-político do "são todos iguais". É errado e é perigoso.

Os políticos só serão todos iguais no dia em que os eleitores forem todos iguais. Enquanto houver eleitores que se informam, reflectem e decidem, haverá políticos sérios e capazes. Se, pelo contrário, cresce o número de eleitores mal informados, desinteressados e alienados da causa pública, maior será o número de políticos incompetentes e corruptos.

Se, nós eleitores, aceitarmos o postulado do "são todos iguais", só nos restam duas alternativas: deixarmos de escolher "políticos" e entregarmos os desígnios do país a uma só pessoa ou a um colectivo que governe com mão pesada (e que não deixa, por isso, de ser política); ou então, estando nós eleitores descontentes com os elegíveis, podemos tentar substituí-los. Claro que isso não se faz de um dia para o outro, exige maior protagonismo e uma intervenção gradual na causa pública. E pode começar por coisas bem simples: num colectivo de bairro, no sindicato, na freguesia, na associação de pais, no grupo dos amigos de qualquer coisa, numa associação de apoio a outra coisa qualquer, etc. Aqui e ali, onde haja interesse público, há política. Todos fazemos política cada vez que fazemos alguma coisa que mexa no interesse colectivo. E também fazemos política quando dizemos que os políticos são todos iguais.

Claro que a maioria dos que dizem "são todos iguais" não opta por nenhuma das alternativas. Sabe-nos bem dizer mal e sabemos que isso só é possível em democracia. E não temos tempo nem jeito para intervir no bairro, na escola ou no local de trabalho. E, assim, lá vamos andando, "com a cabeça entre as orelhas", libertando, muitas vezes sem querer, o pequeno fascista que temos dentro de nós e que aos poucos e poucos vai minando os pilares da nossa democracia.

*Editor de Economia

Visto por dentro é um espaço de opinião de jornalistas do Negócios

 :arrow: http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... e_nos.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #503 em: Outubro 01, 2013, 02:33:40 pm »
Essa malta dos negócios é incultíssima. Tal como os comunas chamam "fássista" a todos.
Este chico-esperto também tenta culpabilizar o povo pelas desgraças causadas por outros. Gostaria de ver essa sumidade dizer alguma coisa sobre o Salgado do BES e semelhantes.
E sempre com a mesmas balelas do "activismo bairro". Ele que experimente antes de vir falar de cátedra!
Agora eu é que não voto mais: o meu voto nada representa. Representa um fração irrelevante, fracção essa colocada em causa pelos canhões que votam com a mesma leviandade com que arrotam.

Da minha parte não contribuirei mais para essa farsa "democrática" que são as eleições, que se limitam a legitimar a pouca vergonha em que vivemos e que em grande parte se deve ao colaboracionismo de jornalistas e editores como este sonso.
Mas a malta dos negócios, esses insectos especialistas que não vêem mais além do básico engolem estas trampas.

Nota: não é nada contigo, Martelo! :wink:
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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #504 em: Outubro 01, 2013, 03:16:17 pm »
Luso, fico contente que tenhas percebido a razão pelo qual eu coloquei este texto. :G-beer2:

Eu não votei nem vou votar porque estou descrente não só do actual governo, não só da nossa classe política, mas de todo o sistema que temos montado em Portugal e na UE.

Se o sistema está mal e se eu não acredito nele, como é que eu depois ia a ajudar a legitimá-lo ao participar num mero processo burocrático que são as eleições?

Não, se quero ser fiel aos meus princípios, não devo participar.
« Última modificação: Outubro 01, 2013, 05:15:13 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #505 em: Outubro 01, 2013, 04:44:01 pm »
Pelo menos podiam votar em branco. Sei que no nosso sistema não quer dizer nada, mas mesmo assim... E mesmo se não votarem não há problema, há mortos que votam por vocês.

Entretanto:
Citar
Há mais eleitores do que pessoas em idade de votar
No Diário da República de Julho de 2013 (2ª série) está publicado o “mapa com o número de eleitores inscritos no recenseamento eleitoral” para as eleições autárquicas de Setembro.

Confrontando-se esses números com os dados dos Censos à População de 2011 do INE, verifica-se que o número de eleitores inscritos nos cadernos eleitorais é superior à população em idade de votar, com dezoito e mais anos.

A nível nacional são mais 835633 eleitores! Um número impressionante, embora represente um desvio inferior a 10%.

De forma idêntica, no distrito de Aveiro [Tabela 1, Gráficos 1 e 2 no PDF anexado nas galerias relacionadas], os eleitores inscritos superam a população com direito de votar em todos os concelhos.
 
A diferença maior observa-se em Vagos - mais 21,11% - a menor em Oliveira de Azeméis (8,16%).

Salvo em dois casos, todos os valores superam a média nacional. Contudo, não ultrapassando, em regra, valores toleráveis.

De facto, é compreensível que o recenseamento eleitoral, num momento dado, esteja desfasado do corpo eleitoral realmente existente, pois, por muito que se deseje, não há hipótese de passar para o arquivo, na hora, as modificações que ocorrem permanentemente. A dinâmica demográfica é constante, o seu registo é mais lento e posterior. Por isso, um desenquadramento pouco superior aos 10% não é alarmante.
Fonte: http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/29648/ha-mais-eleitores-do-que-pessoas-em-idade-de-votar/

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #506 em: Outubro 01, 2013, 05:13:20 pm »
Votar em branco é muito bonito, mas para quê participar sequer neste sistema? Em que medida essa solução é mais vantajosa do que pura e simplesmente não votar?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #507 em: Outubro 01, 2013, 05:45:47 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Votar em branco é muito bonito, mas para quê participar sequer neste sistema? Em que medida essa solução é mais vantajosa do que pura e simplesmente não votar?
Infelizmente, quem anda a mandar bitaites (os chamados comentadores que são pagos directamente ou indirectamente pelos políticos), compara a abstenção à preguiça dos portugueses em não irem votar e não há falta de confiança no sistema democrático.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #508 em: Outubro 01, 2013, 07:18:59 pm »
Eu fui outro que nem lá meteu os pés


mas eu sou um criminoso-comuno-bêbado logo tenho desculpa
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #509 em: Outubro 02, 2013, 06:22:58 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
E pode começar por coisas bem simples: num colectivo de bairro, no sindicato, na freguesia, na associação de pais, no grupo dos amigos de qualquer coisa, numa associação de apoio a outra coisa qualquer, etc. Aqui e ali, onde haja interesse público, há política. Todos fazemos política cada vez que fazemos alguma coisa que mexa no interesse colectivo. E também fazemos política quando dizemos que os políticos são todos iguais.

Ainda de regresso ao Nel Esteves que escreveu o editorial:



Essa besta do Nel Esteves que combata esta gente "num colectivo de bairro, no sindicato, na freguesia, na associação de pais, no grupo dos amigos de qualquer coisa, numa associação de apoio a outra coisa qualquer, etc"
Curiosamente, tem um jornal mas não o faz.
Com que idade propõe o Nel Esteves que o cidadão insatisfeito se inicie nas lides públicas?
Deixem-me imaginar... jovem? Numa associação invariavelmente dominada por um partido político? Talvez nos escuteiros? Nas jotas há gajas boas...

Dói ler os comentários do editorial, escritos por crianças "adultas".
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