Coronavirus

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Re: Coronavirus
« Responder #1680 em: Janeiro 10, 2021, 08:28:29 pm »
Israel já vacinou 1,5 milhões de pessoas – 17% da população – e estima vacinar toda a gente até março

https://observador.pt/2021/01/08/israel-ja-vacinou-17-da-populacao-e-estima-vacinar-toda-a-gente-em-marco/

 :o

Souberam se antecipar na compra das vacinas, e pelo que ouvi pagaram o dobro do preço por vacina, equanto na EU o processo foi muito mais lento, levando a demora na entrega das vacinas.

E não só.
A UE ao reservar 6 vacinas para a sua população, não apostou numa só vacina, teve as suas consequências, quando até à pouco só tinhamos uma vacina aprovada (Pfizer) e só na semana passada foi aprovada a 2ª vacina pela UE da Moderna.

A decisão só demonstra que eles não brincam ao serviço.... em quase nada!
Vão pagar o dobro que a UE pagou, mas se em Março tiverem o país todo vacinado, mesmo pagando o dobro, enquanto nós vamos andar a discutir restrições e até o fecho completo do país, eles vão abrir a sua economia muito mais rápido que nós!!!!!

É uma aposta estratégica muito inteligente, que vai de certeza poupar muito mais a sua economia, emprego, sustentabilidade social, entre outros!!!!!

Entretanto a UE já reforçou as encomendas da Pfizer com mais 300 milhões de vacinas à Pfizer: https://eco.sapo.pt/2021/01/08/ue-compra-mais-300-milhoes-de-doses-da-vacina-da-pfizer-contra-a-covid/

Por acaso, mas só por acaso, como até sabem ser pragmáticos quando tem de ser, compraram as vacinas de toda a gente que as tinha para vender, inclusive a Sputnik V russa.

https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj1ud2ilpLuAhUuQkEAHWgTBYQQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2F%2Fwww.haaretz.com%2Fisrael-news%2F.premium-despite-concerns-israel-s-hadassah-hospital-orders-russian-covid-vaccine-1.9289304&usg=AOvVaw2FNiotCJ89cY-7Nx6Gx1-A

Como alias, a maioria dos países do ME, alguns da Europa (e da UE também), América do Sul e boa parte do Sudoeste Asiático. Estão a usar o que há disponivel.

República Checa. Manifestação contra restrições junta três mil pessoas no centro de Praga
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/republica-checa-manifestacao-contra-restricoes-junta-tres-mil-pessoas-no-centro-de-praga

Citar
Os manifestantes, muitos deles sem máscara e sem cumprirem as regras de distanciamento físico, exigiram a reabertura de bares, restaurantes e lojas, e pediram a demissão do Governo, de acordo com a Rádio Praga.

O Governo checo anunciou, na quinta-feira, que irá prolongar o encerramento de restaurantes e do comércio de bens não-essenciais, assim como das restrições à circulação, até 22 de janeiro, mais 12 dias do que o inicialmente previsto.

A República Checa é um dos países europeus que apresentam as taxas mais elevadas de infeção pelo novo coronavírus e tem, atualmente, a segundo maior taxa de incidência da União Europeia, tendo em conta os casos acumulados nas duas últimas semana por 100 mil habitantes.

Na sexta-feira, o ministro da Saúde checo, Jan Blatny, disse que, devido à taxa de saturação dos hospitais, o Governo não estava a considerar relaxar as medidas de contenção da pandemia de covid-19.

No sábado, a República Checa registou 8.400 novos casos de infeção de covid-19, depois de na quinta-feira ter sido atingido o recorde de novos casos, com 17.668 positivos, mais 68% do que no mesmo dia da semana passada.

Contudo, durante o fim de semana são habitualmente realizados menos testes.

Apesar do aumento do números de novos casos, estão neste momento internadas nos hospitais menos 660 pessoas do que na semana passada.

Daqui a uns meses vão ser muitos mais, a única diferença, é que vai ser um pouco por toda a Europa, pois a fome e a miséria está a aumentar como nunca.

Uau...3000 pessoas!!! Numa cidade como Praga........ mais que as mães.....

Deve ser caso de estudo certos comportamentos e crenças, basta ver Portugal, ter neste momento os Hospitais do Oeste completamente lotados, ter as empresas a fechar 15 dias a cada mês por surtos de Covid, foi claramente bem melhor que ter feito o confinamento necessário aquando o inicio disto.......
Agora pouco mais serve que não seja para manter isto abaixo do ponto de ruptura completo, agora apenas reagimos em vez de agir e, na realidade, deixando passar a possibilidade que tivemos de conter isto, é mesmo o que resta fazer. 

 
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Re: Coronavirus
« Responder #1681 em: Janeiro 12, 2021, 10:05:10 am »
“Estamos a combater a pandemia com isolamentos e quarentenas, que são respostas de outros séculos, devíamos procurar soluções do nosso tempo”
https://visao.sapo.pt/visaosaude/conversas-visao-saude/2021-01-11-estamos-a-combater-a-pandemia-com-isolamentos-e-quarentenas-que-sao-respostas-de-outros-seculos-deviamos-procurar-solucoes-do-nosso-tempo/
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1682 em: Janeiro 12, 2021, 10:13:02 am »
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E acredita que não é apenas a escassez de recursos financeiros, mas também de recursos humanos que limita esta opção, daí a importância de apostar em testes fiáveis que permitam às pessoas testarem-se sozinhas. 

Também a aplicação Stayaway Covid lhe parece ter um enorme potencial desperdiçado, no sentido de contrariar medidas “altamente restritivas da liberdade” dos cidadãos.

Ou seja, nada de isolamentos e quarentenas, tomem lá uma app e uns testes rápidos (que são os menos fiáveis).

Quem quiser instalar a dita app, força.
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Re: Coronavirus
« Responder #1683 em: Janeiro 12, 2021, 10:23:15 am »
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E acredita que não é apenas a escassez de recursos financeiros, mas também de recursos humanos que limita esta opção, daí a importância de apostar em testes fiáveis que permitam às pessoas testarem-se sozinhas. 

Também a aplicação Stayaway Covid lhe parece ter um enorme potencial desperdiçado, no sentido de contrariar medidas “altamente restritivas da liberdade” dos cidadãos.

Ou seja, nada de isolamentos e quarentenas, tomem lá uma app e uns testes rápidos (que são os menos fiáveis).

Quem quiser instalar a dita app, força.

A ver se tu e mais alguns começam a perceber a gravidade de encerrar tudo, etc etc, cada vez  hà mais portugueses a pão e água.Hora entre não ter para comer, e apanhar o vírus, que venha o diabo e escolha. Tem um ditado que diz pimenta no cu dos outros é refresco,
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1684 em: Janeiro 12, 2021, 11:51:33 am »
Meu caro eu sei MUITO bem a gravidade da situação, eu nasci, cresci e vivo em Portugal. Esta pandemia já foi ao meu bolso e já tive que enfrentar inúmeras situações em que precisava de coisas e não podia porque estava tudo fechado.

SE a solução fosse essa, penso que mais países da UE teriam recorrido a elas. Penso que ninguém acredita que esta pandemia esteja a ser benéfico a qualquer país da UE.
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Re: Coronavirus
« Responder #1685 em: Janeiro 12, 2021, 12:02:37 pm »
Meu caro eu sei MUITO bem a gravidade da situação, eu nasci, cresci e vivo em Portugal. Esta pandemia já foi ao meu bolso e já tive que enfrentar inúmeras situações em que precisava de coisas e não podia porque estava tudo fechado.

SE a solução fosse essa, penso que mais países da UE teriam recorrido a elas. Penso que ninguém acredita que esta pandemia esteja a ser benéfico a qualquer país da UE.

Pois meu caro, parece que não SABES bem  a gravidade da situação, é diferente querer comprar algo e não poder porque está tudo fechado, do que não ter para comprar mesmo quando está tudo aberto, percebes a diferença.
Ainda bem que as inúmeras situações em que tivestes de enfrentar, foi só porque precisavas de algo mas estava tudo fechado, olha se fosse ires ao bolso e ele estar vazio. ::)
Não teres dinheiro para pagar a renda da casa, não teres dinheiro para comprar comida, não teres dinheiro para comprar uma pequena lembrança para os teus filhos etc etc.
Por isso e muito mais, entre passar fome, e apanhar o vírus, que venha o diabo e que escolha, nunca te esqueças que pimenta no cu dos outros é refresco.
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1686 em: Janeiro 12, 2021, 02:32:41 pm »
Crises económicas há muitas, esta será mais uma e que só vai acabar quando a população estiver vacinada e o SNS não estiver sobre pressão. O que tu pretendes é irrealista, já que enqunato estamos para aqui a teclar há pessoas a nos corredores dos hospitais com pouco acompanhamento, já que as equipas médicas estão desfalcadas (há muitos com Covid-19) e mesmo que não estivessem seriam poucos para tanta gente.
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Re: Coronavirus
« Responder #1687 em: Janeiro 12, 2021, 02:35:34 pm »
Mesmo com confinamento, Portugal terá 14 mil casos e até 150 mortes por dia

Estimativa foi avançada pelo epidemiologista Manuel Carmo Gomes na reunião de especialistas no Infarmed. Será preciso aguardar oito semanas para que número de casos desça para valores registados antes do Natal.

Liliana Borges, Miguel Dantas e Karla Pequenino

O epidemiologista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Manuel Carmo Gomes prevê que nas próximas duas semanas o país chegue a 14 mil casos diários de infecção. A estatística foi apresentada nesta terça-feira, na reunião dos especialistas no Infarmed, onde foi feito o balanço da pandemia em Portugal.

“Temos pela frente as semanas mais difíceis da pandemia”, alertou o especialista, avisando que, mesmo com o confinamento geral e o encerramento das escolas "dificilmente evitaremos os 14 mil casos daqui a duas semanas”, data em que o número de mortos por covid-19 rondará os 150 por dia.

O epidemiologista esclarece ainda que demorará pelo menos oito semanas até que o número de infecções regresse ao do período que antecedeu ao Natal. Até que se chegue ao pico – equivalente às 14 mil infecções diárias – teremos de aguardar duas semanas, sendo depois necessárias outras três para que o número de casos desça até aos sete mil diários. Depois, para que o número de infecções diárias se estabilize entre as sete mil e as 3500, será necessário aguardar outras três semanas, de acordo com a previsão do especialista.



Manuel Carmo Gomes esclarece que o primeiro indicador de que a situação epidemiológica se estava a deteriorar foi recolhido “a 2 e 3 de Janeiro”, considerando que o aumento de casos depois do Natal e Ano Novo também se explica pelo aumento de testes. “À medida que os casos crescem, também se fazem mais testes e consequentemente encontram-se mais casos”, diz.

De acordo com os dados recolhidos na última semana, entre 2 e 6 de Janeiro o valor médio do R(t), que aponta o número médio de casos secundários resultantes de um caso infectado medido ao longo do tempo, em Portugal fixou-se nos 1,22. Ou seja, cada doente com covid-19 está a infectar em média mais do que uma pessoa (e qualquer valor acima do 1 não é recomendável). Por isso, este é um dos números que é preciso travar, contrariando o ritmo de contágio.

"Medidas [de fim-de-semana] funcionam"
O especialista Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, mostrou que não há relação entre a mobilidade e o aumento do número de casos, deixando claro que este indicador não implica que as medidas de confinamento não têm impacto.

“Têm, sim, efeito. Antes da ocorrência das medidas, o aumento diário dos concelhos atingiu a certa altura os 480 [casos por cada 100 mil habitantes], e esse aumento é de 3,5%. Só com as medidas de restrição do fim-de-semana há uma diminuição diária de 0,7%. Estas medidas funcionam”, afirmou.

Quanto à manutenção da actividade lectiva presencial, o especialista relembrou que a epidemia está mais forte em pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 49 anos, vincando que não existe registo de surtos de grande dimensão desde o início do presente ano lectivo.

Vacina da Moderna chega esta semana
Francisco Ramos, coordenador da task force para o Plano de Vacinação em Portugal, anunciou que o país deve receber esta semana as primeiras doses da vacina da Moderna. Até esta segunda-feira (11 de Janeiro), Portugal já tinha recebido mais de 161 mil doses de vacinas da Pfizer. Ainda não foram registadas reacções adversas às doses administradas em Portugal.

"A prioridade é para lares de idosos, redes de cuidados continuados, profissionais de saúde quer do sector público, quer do sector privado”, sublinhou Francisco Ramos. A toma das segundas doses da vacina deve iniciar-se a 18 de Janeiro. Até ao final do mês, Francisco Ramos espera que todos os utentes em lares de idosos estejam vacinados.

A vacina da Moderna recebeu “luz verde” da Agência Europeia do Medicamento na quarta-feira, estando prevista a entrega de 160 milhões de doses desta vacina no primeiro trimestre de 2021. Os ensaios clínicos da empresa de biotecnologia norte-americana mostraram uma eficácia de 94,5% contra o vírus.

Até segunda-feira (11 de Janeiro), Portugal já tinha recebido cerca de 161 mil doses de vacinas da Pfizer. Há 72.740 doses reservadas para a segunda toma da vacina contra a covid-19 (o objectivo é garantir que há doses suficientes para completar o processo de vacinação das pessoas que já começaram a ser inoculadas).

Na primeira toma, foram inoculadas cerca de 74 mil pessoas. A maioria das doses foi para profissionais de saúde, com 7521 doses a serem administradas a utentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPO) e na Rede Nacional de Cuidados Continuados​ (RNCCI).

https://www.publico.pt/2021/01/12/sociedade/noticia/confinamento-portugal-tera-14-mil-casos-ate-150-mortes-dia-1945973
« Última modificação: Janeiro 12, 2021, 02:36:18 pm por Cabeça de Martelo »
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Re: Coronavirus
« Responder #1688 em: Janeiro 12, 2021, 07:50:55 pm »
Crises económicas há muitas, esta será mais uma e que só vai acabar quando a população estiver vacinada e o SNS não estiver sobre pressão. O que tu pretendes é irrealista, já que enqunato estamos para aqui a teclar há pessoas a nos corredores dos hospitais com pouco acompanhamento, já que as equipas médicas estão desfalcadas (há muitos com Covid-19) e mesmo que não estivessem seriam poucos para tanta gente.

Restauração prevê mais de 100 mil despedimentos no primeiro trimestre
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/restauracao-preve-mais-de-100-mil-despedimentos-no-primeiro-trimestre-686915
Citar
A PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional avisou hoje que os despedimentos no setor podem ultrapassar os 100 mil, no primeiro trimestre deste ano, segundo um inquérito realizado a empresários da restauração, com especial incidência nos restaurantes. “Os empresários da restauração, com especial incidência nos restaurantes, afirmam que terão de despedir entre três a quatro trabalhadores por estabelecimento, o que se prevê que os despedimentos ultrapassem os 100 mil trabalhadores neste primeiro trimestre”, alertou a associação, com base nos resultados de um inquérito realizado entre os dias 04 e 10 de janeiro, com respostas válidas de 542 estabelecimentos de restauração, aos quais perguntou se “com as mesmas perdas e sem apoios, vai ter de despedir?”.

Face à iminência de um novo confinamento geral, semelhante ao da primavera e que prevê o encerramento dos estabelecimentos de restauração, a PRO.VAR lembrou que o setor “está exausto” após “dez meses de restrições ‘severas’ acompanhadas de apoios insuficientes”.

É só 100 mil no primeiro trimestre, não é muito pois não caro Cabeça de Martelo, isto só na Restauração. Tu não fazes pequena ideia do que aí vem.
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1689 em: Janeiro 13, 2021, 10:29:50 am »
Eu não faço?! Meu caro, eu estou cá, vejo essa realidade e não o desejo. A forma mais rápida para acabar com esta situação é a rápida vacinação da população, como está a fazer Israel. Sem a vacinação, as nossas vidas não vão voltar a uma certa normalidade. Pensar que há uma solução mágica que consiga encurtar os próximos 3 meses (que vão ser essenciais), é acreditar em unicórnios e fadas.
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Re: Coronavirus
« Responder #1690 em: Janeiro 13, 2021, 11:45:45 am »
Crises económicas há muitas, esta será mais uma e que só vai acabar quando a população estiver vacinada e o SNS não estiver sobre pressão. O que tu pretendes é irrealista, já que enqunato estamos para aqui a teclar há pessoas a nos corredores dos hospitais com pouco acompanhamento, já que as equipas médicas estão desfalcadas (há muitos com Covid-19) e mesmo que não estivessem seriam poucos para tanta gente.

Restauração prevê mais de 100 mil despedimentos no primeiro trimestre
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/restauracao-preve-mais-de-100-mil-despedimentos-no-primeiro-trimestre-686915
Citar
A PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional avisou hoje que os despedimentos no setor podem ultrapassar os 100 mil, no primeiro trimestre deste ano, segundo um inquérito realizado a empresários da restauração, com especial incidência nos restaurantes. “Os empresários da restauração, com especial incidência nos restaurantes, afirmam que terão de despedir entre três a quatro trabalhadores por estabelecimento, o que se prevê que os despedimentos ultrapassem os 100 mil trabalhadores neste primeiro trimestre”, alertou a associação, com base nos resultados de um inquérito realizado entre os dias 04 e 10 de janeiro, com respostas válidas de 542 estabelecimentos de restauração, aos quais perguntou se “com as mesmas perdas e sem apoios, vai ter de despedir?”.

Face à iminência de um novo confinamento geral, semelhante ao da primavera e que prevê o encerramento dos estabelecimentos de restauração, a PRO.VAR lembrou que o setor “está exausto” após “dez meses de restrições ‘severas’ acompanhadas de apoios insuficientes”.

É só 100 mil no primeiro trimestre, não é muito pois não caro Cabeça de Martelo, isto só na Restauração. Tu não fazes pequena ideia do que aí vem.
Daniel,

A restauração sempre foi uma área que tem variações muito grandes em tempos de crise. Em 2014, por exemplo, teve uma quebra no emprego de 56mil pessoas, sem que tenha existido uma razão clara. Mas também é um sector que normalmente tem recuperações rápidas porque depende da procura do consumidor.
Estas pessoas têm direito a apoios do Estado quando vão para o desemprego.
https://planetalgarve.com/2014/05/13/ine-confirma-os-piores-resultados-de-sempre-restauracao-perde-em-media-3155-postos-de-trabalho-por-dia-em-seis-meses/grafico-7/#main

Por outro lado, o número avançado pela associação de restauradores pode ser inflacionado para ter impacto junto dos governante no sentido de obter mais apoios do Estado.
A AHRESP, outra associação do sector, com muitos mais anos que a PRO.VAR e mais associados, pede mais apoios mas não fala nesses números.

Além disso as empresas que apostaram no takeaway viram a sua facturação aumentar em detrimento daquelas que não o fizeram ou não o puderam fazer.
https://visao.sapo.pt/exame/2020-04-07-covid-19-compra-de-refeicoes-prontas-dispara-50-e-online-domina/

É óbvio que isto é mau, mas é temporário. A verdade é que o Governo deixou tudo andar à solta no Natal sem qualquer cuidado e agora estamos a colher os frutos. A ideia foi dar alguma folga financeira ao sector dos serviços e restauração, mas foi um erro que agora vamos pagar bem caro.
Dou-te um exemplo que assisti ao vivo: eu estive no Continente do Vasco da Gama antes do Natal e não havia qualquer controlo no acesso, as pessoas estavam aos montes, a fila para o pagamento era gigante e as pessoas estavam todas em cima umas da outras no talho e na peixaria. O mesmo vi eu no El Corte Ingles. Os limites impostos pelo Estado nas superfícies comerciais não foram respeitados no Natal e o mesmo aconteceu antes o Ano Novo.
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1691 em: Janeiro 13, 2021, 12:39:08 pm »
Em relação a este confinamento não desejado, é o preço que vamos pagar pelo Natal e Ano Novo e até dias antes com as romarias às compras.
Mais um mês de confinamento vai ter consequências catastróficas na economia!

Nenhum de nós viveu alguma vez uma crise como esta e não temos nenhum termo de comparação! A vinda da troika foi uma "brincadeira de crianças" comparado com o que nos espera. O único aspecto menos mau, é que esta crise (a de saúde estará a meio, mas a económica ainda está no início) é simétrica, atinge todos os países por igual, pelo que a destruição económica vai atingir todo o planeta e obviamente mais os que já estavam mais frágeis.

O caso da restauração (não confundir com a hotelaria que se concentra nos grandes centros e no Algarve), é "só" mais um choque brutal que vai sofrer e o take way não resolve quase nada, porque se as pessoas vão estar confinadas em casa, presumo que não saiam para irem levantar as refeições (ainda que admita que tal possa acontecer..... nos grandes centros urbanos apenas).

Quem está ligado à função pública, não tem muita noção da desgraça que está a provocar esta crise pandémica, mas mesmo esses, reparem nas ruas, quantas lojas, principalmente de serviços, não fecharam de vez desde o início da pandemia!

Ainda sem se conhecer os números de Dezembro, a dívida pública do país aumentou num ano 17 mil milhões de euros!!!!!! E muito mais vai ser gasto para conter os despedimentos!

Resumindo, não são apenas os doentes covid que enchem os hospitais, as empresas também estão ligadas às máquinas! São muito poucas as que não estão a receber subsídios....... e quando a torneira fechar, quando as empresas no final deste mês tiverem de aumentar os seus funcionários (salário mínimo sobe 30€, mas com impostos chega quase aos 40€).....

Poderíamos olhar para o que fazem países que até estavam em grandes apuros com a forma de lidar com a Pandemia (por exemplo Israel) e sermos mais activos e antecipar o mais possível a vacinação, que é a única coisa que pode poupar a economia!!!!!!!
 
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Re: Coronavirus
« Responder #1692 em: Janeiro 13, 2021, 02:40:13 pm »
Covid-19. Reino Unido registou em 2020 o maior número de mortos desde a II Guerra Mundial

O Reino Unido registou em 2020 o maior crescimento anual de óbitos. Desde a segunda Guerra Mundial que não morriam tantas pessoas. Em 2021 são já 613.197 mortes em Inglaterra e no País de Gales.

O Reino Unido registou em 2020 o maior crescimento anual de óbitos desde a Segunda Guerra Mundial devido à pandemia Covid-19, de acordo com números publicados, esta terça-feira, pelo instituto de estatísticas britânico, o National Statistics Office (ONS).

Dados provisórios entre 3 de janeiro de 2019 e 1 de janeiro de 2021 apontam para 613.197 mortes em Inglaterra e País de Gales, 14% acima da média dos cinco anos anteriores (537.579).

A BBC calculou que, somando os valores da Escócia e Irlanda do Norte, publicados à parte, o valor global para o Reino Unido chega perto de 697.000 mortes, registando um excesso de mortalidade de 91 mil óbitos, equivalente a uma subida de 15%, o maior aumento num período de 12 meses desde 1940.

Os números ainda são provisórios porque existe um atraso entre as mortes e o respetivo registo, o que pode afetar os números do final de dezembro, mas confirmam um aumento significativo do excesso de mortalidade em 2020 que só foi observado antes em 1918, devido à pandemia da “Gripe Espanhola”, e depois em 1940, logo após o início da Segunda Guerra Mundial.

O excesso de mortalidade soma todas as mortes registadas num ano e compara o valor com a média dos últimos cinco anos, sendo considerado o melhor indicador para avaliar o impacto na mortalidade porque inclui os óbitos que podem ter sido uma consequência indireta da pandemia, como a falta de assistência médica ou problemas socio-económicos.

Richard Murray, diretor do King’s Fund, uma instituição de estudos especializada em questões de saúde, comentou que o Reino Unido tem uma das taxas de excesso de mortalidade mais altas do mundo por milhão de habitantes.

Citar
“Numa pandemia, os erros custam vidas. As decisões para entrar em confinamento têm sido lentas e o governo não aprendeu com os erros do passado ou com as experiências de outros países. (…) Como muitos países, o Reino Unido estava mal preparado para este tipo de pandemia”, disse, citado pela BBC.

O governo britânico foi criticado por não ter decretado mais cedo a decisão de entrar em confinamento em março de 2020 para travar a disseminação do coronavírus e o mesmo aconteceu com o atual confinamento, iniciado na semana passada, após o período festivo do Natal.

De acordo com os últimos dados oficiais, o Reino Unido conta desde o início da pandemia 81.960 mortes de pessoas infetadas, mas o balanço sobe para 82.624 quando são somados os casos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus como fator contributivo.

https://observador.pt/2021/01/12/covid-19-reino-unido-registou-em-2020-o-maior-numero-de-mortos-desde-ii-guerra-mundial/
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Re: Coronavirus
« Responder #1693 em: Janeiro 13, 2021, 03:07:47 pm »
Só para relembrar....

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Coronavirus
« Responder #1694 em: Janeiro 13, 2021, 03:25:27 pm »
Quando até aqui, neste fórum onde, atendendo às questões e discussões que os tópicos poderiam sugerir e, como tal, era expectável ver opiniões estruturadas e baseadas em argumentos factuais, se verifica elementos com uma total alheação à realidade dos números e ao que o rodeia, o que esperar da maior parte da população que vive informada por "noticias" das redes sociais vindas de um qualquer "noticiasdemerda.br"?!!

Numa troca de ideias com o forista "Legionário" afirmei que o estado núcleo da civilização ocidental tinha perdido a hegemonia financeira em 2008, perdeu a hegemonia militar em 2019/2020 e que o centro de decisão geopolítica mundial que estava a migrar para oriente e que esta crise sanitária era a machadada final, cabendo à Europa tomar as decisões difíceis  e usar a sua enorme massa e capacidade adormecida para se afirmar novamente como polo neste mundo que relembra os finais do Sec. XIX.

O que vejo são politicos carreiristas sem nenhum sentido de estado, populistas tipo os do "bosta" sem apresentar nada exequível e uma população dormente e, na era da informação onde o conhecimento está ao alcance de qualquer um, completamente desinformada e alheada.

Vamos bem, Fermi tinha razão.
 
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