REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #900 em: Julho 24, 2020, 11:13:31 pm »
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Não se se concordam, mas para voces qual deveria ser o objetivo/capacidades das nossas Forças Armadas? Missões exteriores integradas noutras unidades, Mínimo de apoio NATO/ONU, Capacidade expedicionária independente de uma "pequena" força (apoio PALOP ou interesses externos), apenas defesa nacional (semelhante ao Japão a uns anos atrás)

Todas, tal, como a lei colocada pelo HSMW.

Por isso também temos 3 forças, a FRI para missões autónomas, o conjunto modular de forcas, ou seja, as FND, para os compromissos internacionais NATO/UE/ONU, e as forças permanentes em acção de soberania, o QRA de F-16, os navios em permanência no mar, etc para a soberania nacional.

As missões como foi dito, são todas, ou pelo menos todos os âmbitos, no Exército todos as armas e serviços necessários a criar uma (ou mais) Brigadas, na Marinha capacidade superfície, sub-superfície e anti-aérea e na FAP capacidade ar-ar, ar-solo, transporte aéreo e vigilância aérea, claro que isso em termos de concentrar mais ou menos recursos humanos, materiais e financeiros não quer dizer nada, podemos ter mais daqui e menos dali, etc.

Na minha opinião, se passasse uma borracha e cria-se uma FA do zero, teríamos menos Exército e mais Marinha que actualmente, o problema vem de trás, apesar de sermos um pais "marítimo" em área e com grande feitos históricos no mar, viemos de uma Guerra de África onde se precisou de um exército grande e de muitos quartéis, e a herança disso ainda anda por ai.

Uma Marinha com meios modernos e capazes, talvez não precisem de mais pessoal, um 2º BFuzo, talvez.
Um Exercito, por exemplo, com 2 Brigadas, média e ligeira, a media poderia ter viaturas anti-carro 105mm, muitos treinadas em projecção via LPD ou via aerea, o exercito tambem teria os RG com material moderno anti-aereo e anti.navio.

A FAP teria o suficiente para as missões de soberania como QRA de F-16, alertas SAR e capacidade de apoio aos outros ramos com transporte e vigilancia.
« Última modificação: Julho 24, 2020, 11:18:15 pm por Lightning »
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #901 em: Julho 29, 2020, 12:27:22 am »
Concordo com o que foi dito acima, acerca da herança do ultramar ainda pesar na estrutura do exército português.

Com a autoridade de um simples contribuinte que se preocupa com a defesa nacional, e atendendo quer às dificuldades quer ao que me parecem ser as necessidades actuais e futuras, eu distribuía, de forma grosseira, as unidades do exército da seguinte forma:

Brigada mecanizada,

-Bt comando e apoio
-GCC
-Bt mec 1
-Bt mec 2
-Bt art
-Bt eng
-Comp trm

Brigada Ligeira

- Bt comando e apoio
- Bt para
- Bt infantaria
- Bt comandos
- Bt art
- Bt eng
- Comp trm

Fora das brigadas:

-Polícia militar
-Bt ciber
-Bt médico
-Bt transporte e logística
-academia militar e escolas práticas
-Rangers

Reduzo as unidades a escalão batalhão por questão prática, necessariamente algumas seriam ainda menores efectivamente. Outras seriam na mesma regimentos, mas aqui não me foco na nomenclatura mas sim, no ponto de vista operacional.

Algumas unidade seriam fundidas, nomeadamente regimentos de infantaria e cavalaria para dar origem ao segundo bt mecanizado.
Cada bt mec teria o seu esquadrão rec, o bt pára também.
A artilharia aa seria fundida com art de campanha.

Esta organização teria em conta a escassez de recursos humanos e de investimento em equipamentos.
 É compreensível que o exército seja preterido em detrimento dos outros ramos nós investimentos futuros, ficando dependente de compras de oportunidade ou de baixo valor.
Excluo portanto a hipótese de serem adquiridos mais veículos a lagartas, artilharia antiaérea que não de curto alcance ou artilharia autopropulsionada.

Parto também do princípio que a serem adquiridos mais veículos num futuro próximo, a solução passe pelo engrossar dos números dos modelos ja existentes, o ST5, ou a modernização dos pandur (sendo a aquisição de novas unidades impossível). Na possibilidade de adquirir uma nova viatura esta poderia ser de dois tipos, ou um blindado para transporte de grande número de tropas (falo genericamente de propósito, excluindo apenas algo que não possa mobilizar menos de 8 soldados), ou um veículo leve que permita grande mobilidade e poder de fogo. O primeiro teria utilidade nas duas brigadas enquanto o segundo seria indicado para os batalhões da brigada ligeira, nos pelotões de reconhecimento.

Fora isto, a atenção principal seria colmatar as falhas a nível de porta morteiros e anticarro, spike e carl gustav para a infantaria.

Paralelamente, redução do número de quartéis e um novo regime de contrato para os praças.


Objetivos principais, maior operacionabilidade e sustentabilidade a longo prazo.


Cumprimentos
« Última modificação: Julho 29, 2020, 12:32:12 am por Kalil »
 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #902 em: Julho 29, 2020, 12:36:58 am »
Concordo com o que foi dito acima, acerca da herança do ultramar ainda pesar na estrutura do exército português.

Com a autoridade de um simples contribuinte que se preocupa com a defesa nacional, e atendendo quer às dificuldades quer ao que me parecem ser as necessidades actuais e futuras, eu distribuía, de forma grosseira, as unidades do exército da seguinte forma:

Brigada mecanizada,

-Bt comando e apoio
-GCC
-Bt mec 1
-Bt mec 2
-Bt art
-Bt eng
-Comp trm

Brigada Ligeira

- Bt comando e apoio
- Bt para
- Bt infantaria
- Bt comandos
- Bt art
- Bt eng
- Comp trm

Fora das brigadas:

-Polícia militar
-Bt ciber
-Bt médico
-Bt transporte e logística
-academia militar e escolas práticas
-Rangers

Reduzo as unidades a escalão batalhão por questão prática, necessariamente algumas seriam ainda menores efectivamente. Outras seriam na mesma regimentos, mas aqui não me foco na nomenclatura mas sim, no ponto de vista operacional.

Algumas unidade seriam fundidas, nomeadamente regimentos de infantaria e cavalaria para dar origem ao segundo bt mecanizado.
Cada bt mec teria o seu esquadrão rec, o bt pára também.
A artilharia aa seria fundida com art de campanha.

Esta organização teria em conta a escassez de recursos humanos e de investimento em equipamentos.
 É compreensível que o exército seja preterido em detrimento dos outros ramos nós investimentos futuros, ficando dependente de compras de oportunidade ou de baixo valor.
Excluo portanto a hipótese de serem adquiridos mais veículos a lagartas, artilharia antiaérea que não de curto alcance ou artilharia autopropulsionada.

Parto também do princípio que a serem adquiridos mais veículos num futuro próximo, a solução passe pelo engrossar dos números dos modelos ja existentes, o ST5, ou a modernização dos pandur (sendo a aquisição de novas unidades impossível). Na possibilidade de adquirir uma nova viatura esta poderia ser de dois tipos, ou um blindado para transporte de grande número de tropas (falo genericamente de propósito, excluindo apenas algo que não possa mobilizar menos de 8 soldados), ou um veículo leve que permita grande mobilidade e poder de fogo. O primeiro teria utilidade nas duas brigadas enquanto o segundo seria indicado para os batalhões da brigada ligeira, nos pelotões de reconhecimento.

Fora isto, a atenção principal seria colmatar as falhas a nível de porta morteiros e anticarro, spike e carl gustav para a infantaria.

Paralelamente, redução do número de quartéis e um novo regime de contrato para os praças.


Objetivos principais, maior operacionabilidade e sustentabilidade a longo prazo.


Cumprimentos


A minha aposta é uma forte BRR, aerotransportável,(3500 a 4000 efetivos) com meios ligeiramente blindados, tipo ST5, JLTV e apoio com M-777 e M-119, SPIKE,  e HIMARS e através do apoio aéreo de helis, como o UH-60V, AH-6 ou OH-58D e Chinook. (CAS, TTH, CSAR, EW).

Transportável em A-400M ou 330 MRTT, e pelo mar, por LPD/AOR.

 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #903 em: Julho 29, 2020, 01:01:24 am »
A isso corresponderia a brigada ligeira que eu descrevi, muito dependente do apoio da força aérea, claro.

Não creio que haja necessidade de projectar um brigada inteira, no entanto, acho que era positivo conseguir mobilizar  um dos batalhões mecanizado, de engenharia ou de infantaria, reforçados com esquadrões, companhias ou baterias de acordo com a necessidade.
Ter um batalhão completo e independente num teatro internacional, que possa fazer rotação de várias companhias ao longo do destacamento, já era uma enorme melhoria em relação à capacidade actual.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #904 em: Julho 29, 2020, 02:38:03 pm »
Concordo com o que foi dito acima, acerca da herança do ultramar ainda pesar na estrutura do exército português.

Com a autoridade de um simples contribuinte que se preocupa com a defesa nacional, e atendendo quer às dificuldades quer ao que me parecem ser as necessidades actuais e futuras, eu distribuía, de forma grosseira, as unidades do exército da seguinte forma:

Brigada mecanizada,

-Bt comando e apoio
-GCC
-Bt mec 1
-Bt mec 2
-Bt art
-Bt eng
-Comp trm

Os BIMec são a rodas ou a lagartas? A BrigInt já tem dois BIMec a Rodas, por isso presumo que seja o BIMec a Lagartas que tenha ido à vida. Quais seriam os Regimentos dessa nova Brigada? Tudo concentrado em Santa Margarida ou espalhado pelo Norte/Centro do país como a BrigInt?

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Brigada Ligeira

- Bt comando e apoio
- Bt para
- Bt infantaria
- Bt comandos
- Bt art
- Bt eng
- Comp trm

Então perdíamos um dos BIParas?! Há uma expressão muito usada pelos militares Norte-Americanos que vai de encontro ao que eu penso disto... "Two Is One, And One Is None".

Se o BatCmds é na essência as suas Companhias e oficialmente tem 3 (na prática são duas e pós), já os BIParas ou são duas ou mais valia não ter nada. Tu consegues fazer uma rotação constante e permanente com 3 Companhias de Comandos, mas é impossível fazer o mesmo quando só tens 1 BIPara.

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Fora das brigadas:

-Polícia militar
-Bt ciber
-Bt médico
-Bt transporte e logística
-academia militar e escolas práticas
-Rangers

Falta aí muita coisa e já agora as Escolas Práticas já não existem à vários anos, agora só há a Escola das Armas em Mafra.

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Reduzo as unidades a escalão batalhão por questão prática, necessariamente algumas seriam ainda menores efectivamente. Outras seriam na mesma regimentos, mas aqui não me foco na nomenclatura mas sim, no ponto de vista operacional.

Algumas unidade seriam fundidas, nomeadamente regimentos de infantaria e cavalaria para dar origem ao segundo bt mecanizado.
Cada bt mec teria o seu esquadrão rec, o bt pára também.
A artilharia aa seria fundida com art de campanha.

Cada Batalhão de Infantaria tem o seu Pelotão de Reconhecimento, já os Esquadrões de Reconhecimento são unidades de Cavalaria com outra função. Actualmente temos o Grupo de Reconhecimento (unidade de escalão Batalhão) na BrigInt. A BrigMec tem um ERec no seio do seu Quartel de Cavalaria, já que tem meios que só a Cavalaria tem (ex.:Carros de Combate).

Há coisas que são boas, há outras que penso que não iria dar qualquer vantagem à operacionalidade ao Exército.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #905 em: Julho 29, 2020, 05:03:12 pm »
Quando eu disse que era um esquema grosseiro estava a dizer que era mesmo isso, não é estanque. Há unidades que pela sua especificidade não se encaixam muito bem.

Em relação aos páras não sei se é preferível ter 2 batalhões, por questões logísticas, ou ter apenas um que reúna as 4 ou 5 companhias atiradores que se consigam aprontar. Isso já permitia fazer rotações de efectivos destacados sem problemas.

O grupo de reconhecimento da BrigInt creio que está bastante debilitado em efectivos. Era um dos que eu ponderava fundir para formar um batalhão completo, passando esse grupo a ser uma das subunidades.

De forma geral, o que eu estava a sugerir era ter menos batalhões, 4 ou 5 em cada brigada, mas suficientemente equipados, em pessoal e material, para serem a base de um destacamento de forças completo, com 3 ou 4 companhias cada. Sendo que permitia incorporar companhias de outros batalhões de acordo com a missão.
Por exemplo, ter um batalhão de engenharia destacado num qq cenário, com o respectivo comando e uma companhia de eng, uma comp de comandos, e uma de reconhecimento. As unidades são meramente exemplo, podia ser qq outra combinação.

Cumprimentos
 

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PereiraMarques

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #906 em: Julho 29, 2020, 06:17:19 pm »
Não mexam tanto na componente operacional e mexam mais na componente fixa. Ou seja, acabem com os "Regimentos" e não com os "Batalhões".

A BrigRR e a BrigInt devem estar localizadas, cada uma, no máximo, em 4 ou 5 aquartelamentos (idealmente 4). Transformem os atuais Regimentos, os que tenham melhores condições infraestruturais e áreas de treino, em Campos Militares ("minis-CMSM"). Algo na lógica dos "Regimientos Reforzados" do Chile, regimentos inter-armas e serviços.

https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_3
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_5_%22Lanceros%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_6_%22Matucana%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_9_%22Arauco%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_14_%22Ays%C3%A9n%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_15_%22Dragones%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_17_%22Los_%C3%81ngeles%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_24_%22Huamachuco%22
https://es.wikipedia.org/wiki/Regimiento_Reforzado_n.%C2%BA_4_%C2%ABRancagua%C2%BB
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #907 em: Julho 30, 2020, 12:13:11 am »
A minha ideia para reduzir Regimentos passa por alguns deixarem de ser chamados Regimentos, por exemplo Chaves e Beja, não tem encargo operacional, mas são utilizados para formar recrutas e para recebem forças para exercícios, podiam ser chamados de quartel de "cidade", centro de instrução, ou até destacamento, como acontece com Tavira que é um destacamento do RI1, assim diminuía o escalão do comandante e um mínimo de serviços de apoio.

Outra possibilidade é mesmo fechar quartéis, avaliando caso a caso, começava pelos quartéis mais pequenos e antigos que ficam no meio das cidades, por exemplo Tavira, Coimbra, Estremoz.

A seguir via-se os quartéis grandes mas que ficam em áreas altamente urbanizadas, as forças desses quartéis devem ter dificuldades para fazer exercícios fora do quartel ou que envolvam uso de armas com grande poder de fogo, que exercícios pode o RAAA1 fazer em Queluz? Devem ir para Santa Margarida nessas situações...

Claro que íamos estar a criar um outro problema que tinha que ser resolvido antes, muitos dos que escolhem ser militares querem ir para perto de casa, ou pelo menos ter a hipótese de ir, e só se convence alguém a ir para longe de casa pagando mais, ou se aumenta o ordenado, ou criando um subsidio de interioridade para incentivar os militares a permanecer nos quartéis. Penso que algumas câmaras municipais criaram algo do género para incentivar funcionários públicos a quererem ir para esses locais, seria algo parecido.
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #908 em: Julho 30, 2020, 12:24:16 am »
A BrigRR e a BrigInt devem estar localizadas, cada uma, no máximo, em 4 ou 5 aquartelamentos (idealmente 4). Transformem os atuais Regimentos, os que tenham melhores condições infraestruturais e áreas de treino, em Campos Militares ("minis-CMSM"). Algo na lógica dos "Regimientos Reforzados" do Chile, regimentos inter-armas e serviços.

Já temos quase isso, se retirarmos o Regimento "vazio", e mais uma ou outra alteração.

Brigada de Intervenção
 - Regimento de Cavalaria 6
 - Regimento de Infantaria 13
 - Regimento de Infantaria 14
 - Regimento de Artilharia 5
 - Regimento de Engenharia 3
 - Regimento de Infantaria 19 (sem encargo operacional, utilizada para recrutas e exercícios, sai da Brigada)
 - Regimento de Transmissões (sai da Brigada, pode ir para as Forças de Apoio Geral)
 - RAAA1 (sai da Brigada, pode ir para as Forças de Apoio Geral)

Brigada de Reacção Rápida
 - CTOE
 - Regimento de Comandos
 - Regimento de Pára-quedistas
 - Regimento de Infantaria 10
 - Regimento de Infantaria 15
 - Regimento de Artilharia 4
 - Regimento de Cavalaria 3 (só possui 1 Esquadrão, passaria para outro local e fechava este quartel)
 - Regimento de Infantaria 1 (sem encargo operacional, utilizada para recrutas e exercícios, sai da Brigada)

PS: Para reduzir mais um quartel ou das 3 unidades dos Páras, ficasse com duas, ou juntava os Rangers e Comandos no mesmo quartel, poupava-se no pessoal do Apoio e Serviços, mas teria as suas complicações.
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #909 em: Julho 30, 2020, 02:44:57 am »
Não mexam tanto na componente operacional e mexam mais na componente fixa. Ou seja, acabem com os "Regimentos" e não com os "Batalhões".

A BrigRR e a BrigInt devem estar localizadas, cada uma, no máximo, em 4 ou 5 aquartelamentos (idealmente 4). Transformem os atuais Regimentos, os que tenham melhores condições infraestruturais e áreas de treino, em Campos Militares ("minis-CMSM"). Algo na lógica dos "Regimientos Reforzados" do Chile, regimentos inter-armas e serviços.

Ora nem mais! Haja um pouco de bom-senso.

Alguns comentários avulsos:

(...) o problema vem de trás, apesar de sermos um pais "marítimo" em área e com grande feitos históricos no mar, viemos de uma Guerra de África onde se precisou de um exército grande e de muitos quartéis, e a herança disso ainda anda por ai.

Apesar de eu saber que isto é o tipo de justificação que vai sendo dita amiúde por militares, é completamente inconcebível e patético que isso seja sequer referido, quanto mais aceite. Já não há ninguém nas Forças Armadas desse tempo, daqui a pouco faz 50 anos que acabou essa guerra, isso seria o Exército anquiloso à máxima potência. Por essa ordem de ideias os americanos ainda teriam a estrutura do tempo do Vietname, os Franceses da Argélia, etc. Há um outro factor mais recente que contribui para a situação actual, que é o fim do serviço militar obrigatório, a estrutura territorial e o quadro permanente estava dimensionado e disperso para esse efeito, mas mesmo assim o Exército já teve quase duas décadas para se adaptar…

Em relação aos páras não sei se é preferível ter 2 batalhões, por questões logísticas, ou ter apenas um que reúna as 4 ou 5 companhias atiradores que se consigam aprontar. Isso já permitia fazer rotações de efectivos destacados sem problemas.

É preferível ter dois batalhões. Vamos começar pelo fim, quais são exactamente os problemas que existem nas rotações de destacamentos entre os dois batalhões hoje? Que eu saiba nenhuns, as rotações têm-se efectuado na RCA, tal como antes já se efectuaram noutros teatros. Agora se existisse apenas um batalhão, aí sim poderíamos ter problemas, por falta de elemento de comando. Em qualquer destacamento não vai apenas a companhia, neste caso, de paraquedistas, existe uma série de elementos de apoio agregados e potencialmente também outros elementos de combate. O destacamento como um todo tem um escalão de comando superior à companhia, libertando o comando desta para se dedicar às suas funções como elemento de manobra. Do mesmo modo, se algum dia for necessário projectar uma força de escalão batalhão, nem que seja por integração de elementos de outras unidades, não existe qualquer hipótese de rotação no seio dos paraquedistas. Não é nas unidades operacionais e respectivos comandos que se deve cortar, até porque essas funções são difíceis de adquirir e levam tempo.
Além disso é um erro crasso pensar que se eliminares um batalhão manténs o mesmo número de elementos ao concentrar tudo noutro. Se calhar em vez de teres 4 ou 5 companhias de atiradores como dizes acabavas rapidamente por ficar com 3. A proximidade de casa é um factor de decisão muito importante no ingresso e permanência, são precisas outras medidas para mitigar isso.

Por exemplo, ter um batalhão de engenharia destacado num qq cenário, com o respectivo comando e uma companhia de eng, uma comp de comandos, e uma de reconhecimento. As unidades são meramente exemplo, podia ser qq outra combinação.

Então mas tu propões cortar nos batalhões de manobra e depois dás um exemplo de um destacamento com um comando de batalhão de engenharia a comandar uma companhia de comandos e um esquadrão de reconhecimento?
Não me leves a mal, mas esse exemplo é completamente estrambólico, não consigo pensar numa situação real em que isso fosse acontecer ou tivesse algum sentido. As diferentes armas e serviços têm propósitos diferentes, isto não é um emaranhado de faz tudo em que qualquer um se chega à frente e siga.

Uma coisa que reparo quando vejo opiniões sobre reorganizações é que quase sempre se concentram em cortes ou fusões na componente operacional do Exército e muitas vezes nas unidades de elite. São justamente as unidades mais operacionais, com melhor treino, com mais mística e espirito de corpo, que ainda vão atraindo alguns candidatos por algo mais do que não conseguirem outro emprego, que passam a vida a ser enviadas para todo o lado e são as únicas que empenhamos em combate. E são estas que o pessoal quer sempre descaracterizar, diminuir, fundir e sei lá mais o quê. Penso que seja porque é o que conhecem, o mais mediático.

Na minha opinião o caminho não é por aí. Desde logo aceitar um efectivo de praças tão baixo e ajustar a componente operacional do Exército ao mesmo é errado, sobretudo quando pouco de relevante se fez para tornar o Exército mais atractivo. Depois acho que o fundamental a mexer seria de facto a componente fixa, por exemplo as diversas unidades sem encargo operacional ou de formação e os comandos espalhados por aí. Concentrar geograficamente e com isso reduzir os serviços de apoio necessários, atribuir a civis as tarefas de natureza não militar, concentrar praças o mais possível na componente operacional e incentivar a colocação nas unidades e especialidades com maior necessidade e com maior dificuldade de reposição.

Um exemplo prático do que poderia ser feito de diferente. Quando foi criada a Escola das Armas e extintas as respectivas escolas práticas, o local escolhido para sediar a nova escola foi a antiga EPI em Mafra, o que naturalmente obrigou a que se mantivessem pólos espalhados por outros quartéis, dado que Mafra obviamente não tem condições para treino prático de todas as Armas. É o mudar para que tudo fique no fundo na mesma…
Parece-me evidente que esta escola teria todo o sentido em estar em Santa Margarida, onde estão aquarteladas unidades de todas as Armas e que tem condições de treino para as mesmas. Poupava-se um quartel em Mafra, evitava-se a dispersão em diferentes pólos, ficava mais perto da grande maioria das respectivas unidades operacionais. Além disso, tirava-se melhor partido de infraestruturas de treino, nomeadamente de combate em áreas edificadas. Em Santa Margarida esta infraestrutura poderia ser utilizada também por unidades mecanizadas em exercícios de armas combinadas de maior escala, além de que quer as unidades do Campo quer as unidades próximas, como os Páras, certamente poderiam utilizar mais estas instalações para treino e rentabilizar melhor o investimento do que estando em Mafra…
Mas enfim, outros interesses. É multiplicar isto para se perceber o que poderia ser diferente.
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #910 em: Julho 30, 2020, 09:42:44 am »
Eu lembro-me de ser adolescente e já nessa altura falava-se em criar uma Escola Inter-Armas em Santa Margarida porque era o local onde melhor se adaptava a essa função.

A Escola das Armas tem a espectacular Tapada Militar de Mafra que dá uma capacidade fabulosa para dar recrutas, Cursos de Infantaria e outros que não sejam muito complexos, mas aqueles onde é preciso material e simuladores específicos fica completamente fora de contexto. Não é possível dar Cursos de Apontador e Condutor de Carro de Combate Leopard 2A6 em Mafra porque faltaria tudo. Mafra seria porreiro para dar Cursos de Comandos (o CTC já foi em Mafra), ou um Curso de Operações Especiais (o primeiro COE foi iniciado em Mafra). Os Cursos de Combate é que não podem porque os Paras são alérgicos a fazerem formação fora de Tancos/São Jacinto. :mrgreen:

PS: durante algum tempo as sub-especialidades que eram feitas depois do Curso de Paraquedismo era em Mafra e as coisas que eu ouvi... :N-icon-Axe: :-X
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #911 em: Julho 30, 2020, 10:07:51 am »
Claro que o exercito necessita de uma reorganização, para maior correlação entre "unidades no papel" para "unidades com capacidade operacional"... mas cuidado, temos sempre que pensar em aumentar o numero de soldados antes de assumir que a capacidade atual é final e ter em mente que um exercito tem de ter "unidades no papel", para (relativamente) rapidamente poder começar a crescer em caso de necessidade... nem todas as "guerras" começam em 2 semanas.

O exercito Francês também parece ter regimentos no papel, com (apenas) companhias operacionais que depois fazem parte dos SGTIA / GTIA. Não me choca ter a unidade Regimento com apenas 1 batalhão, no fundo a dotação de graduados é a mesma (duvido que haja regimentos com um 2º batalhão no papel)... temos é poucas companhias completas / operacionais e isso é com mais soldados que se resolve.

Mas claro que há unidades que só "consomem" - Tavira e Lagos são "campos de férias" e que custam recursos humanos (e não só).       
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #912 em: Julho 30, 2020, 10:55:19 pm »
Não mexam tanto na componente operacional e mexam mais na componente fixa. Ou seja, acabem com os "Regimentos" e não com os "Batalhões".

A BrigRR e a BrigInt devem estar localizadas, cada uma, no máximo, em 4 ou 5 aquartelamentos (idealmente 4). Transformem os atuais Regimentos, os que tenham melhores condições infraestruturais e áreas de treino, em Campos Militares ("minis-CMSM"). Algo na lógica dos "Regimientos Reforzados" do Chile, regimentos inter-armas e serviços.

Ora nem mais! Haja um pouco de bom-senso.

Alguns comentários avulsos:

(...) o problema vem de trás, apesar de sermos um pais "marítimo" em área e com grande feitos históricos no mar, viemos de uma Guerra de África onde se precisou de um exército grande e de muitos quartéis, e a herança disso ainda anda por ai.

Apesar de eu saber que isto é o tipo de justificação que vai sendo dita amiúde por militares, é completamente inconcebível e patético que isso seja sequer referido, quanto mais aceite. Já não há ninguém nas Forças Armadas desse tempo, daqui a pouco faz 50 anos que acabou essa guerra, isso seria o Exército anquiloso à máxima potência. Por essa ordem de ideias os americanos ainda teriam a estrutura do tempo do Vietname, os Franceses da Argélia, etc. Há um outro factor mais recente que contribui para a situação actual, que é o fim do serviço militar obrigatório, a estrutura territorial e o quadro permanente estava dimensionado e disperso para esse efeito, mas mesmo assim o Exército já teve quase duas décadas para se adaptar…

Em relação aos páras não sei se é preferível ter 2 batalhões, por questões logísticas, ou ter apenas um que reúna as 4 ou 5 companhias atiradores que se consigam aprontar. Isso já permitia fazer rotações de efectivos destacados sem problemas.

É preferível ter dois batalhões. Vamos começar pelo fim, quais são exactamente os problemas que existem nas rotações de destacamentos entre os dois batalhões hoje? Que eu saiba nenhuns, as rotações têm-se efectuado na RCA, tal como antes já se efectuaram noutros teatros. Agora se existisse apenas um batalhão, aí sim poderíamos ter problemas, por falta de elemento de comando. Em qualquer destacamento não vai apenas a companhia, neste caso, de paraquedistas, existe uma série de elementos de apoio agregados e potencialmente também outros elementos de combate. O destacamento como um todo tem um escalão de comando superior à companhia, libertando o comando desta para se dedicar às suas funções como elemento de manobra. Do mesmo modo, se algum dia for necessário projectar uma força de escalão batalhão, nem que seja por integração de elementos de outras unidades, não existe qualquer hipótese de rotação no seio dos paraquedistas. Não é nas unidades operacionais e respectivos comandos que se deve cortar, até porque essas funções são difíceis de adquirir e levam tempo.
Além disso é um erro crasso pensar que se eliminares um batalhão manténs o mesmo número de elementos ao concentrar tudo noutro. Se calhar em vez de teres 4 ou 5 companhias de atiradores como dizes acabavas rapidamente por ficar com 3. A proximidade de casa é um factor de decisão muito importante no ingresso e permanência, são precisas outras medidas para mitigar isso.

Por exemplo, ter um batalhão de engenharia destacado num qq cenário, com o respectivo comando e uma companhia de eng, uma comp de comandos, e uma de reconhecimento. As unidades são meramente exemplo, podia ser qq outra combinação.

Então mas tu propões cortar nos batalhões de manobra e depois dás um exemplo de um destacamento com um comando de batalhão de engenharia a comandar uma companhia de comandos e um esquadrão de reconhecimento?
Não me leves a mal, mas esse exemplo é completamente estrambólico, não consigo pensar numa situação real em que isso fosse acontecer ou tivesse algum sentido. As diferentes armas e serviços têm propósitos diferentes, isto não é um emaranhado de faz tudo em que qualquer um se chega à frente e siga.

Uma coisa que reparo quando vejo opiniões sobre reorganizações é que quase sempre se concentram em cortes ou fusões na componente operacional do Exército e muitas vezes nas unidades de elite. São justamente as unidades mais operacionais, com melhor treino, com mais mística e espirito de corpo, que ainda vão atraindo alguns candidatos por algo mais do que não conseguirem outro emprego, que passam a vida a ser enviadas para todo o lado e são as únicas que empenhamos em combate. E são estas que o pessoal quer sempre descaracterizar, diminuir, fundir e sei lá mais o quê. Penso que seja porque é o que conhecem, o mais mediático.

Na minha opinião o caminho não é por aí. Desde logo aceitar um efectivo de praças tão baixo e ajustar a componente operacional do Exército ao mesmo é errado, sobretudo quando pouco de relevante se fez para tornar o Exército mais atractivo. Depois acho que o fundamental a mexer seria de facto a componente fixa, por exemplo as diversas unidades sem encargo operacional ou de formação e os comandos espalhados por aí. Concentrar geograficamente e com isso reduzir os serviços de apoio necessários, atribuir a civis as tarefas de natureza não militar, concentrar praças o mais possível na componente operacional e incentivar a colocação nas unidades e especialidades com maior necessidade e com maior dificuldade de reposição.

Um exemplo prático do que poderia ser feito de diferente. Quando foi criada a Escola das Armas e extintas as respectivas escolas práticas, o local escolhido para sediar a nova escola foi a antiga EPI em Mafra, o que naturalmente obrigou a que se mantivessem pólos espalhados por outros quartéis, dado que Mafra obviamente não tem condições para treino prático de todas as Armas. É o mudar para que tudo fique no fundo na mesma…
Parece-me evidente que esta escola teria todo o sentido em estar em Santa Margarida, onde estão aquarteladas unidades de todas as Armas e que tem condições de treino para as mesmas. Poupava-se um quartel em Mafra, evitava-se a dispersão em diferentes pólos, ficava mais perto da grande maioria das respectivas unidades operacionais. Além disso, tirava-se melhor partido de infraestruturas de treino, nomeadamente de combate em áreas edificadas. Em Santa Margarida esta infraestrutura poderia ser utilizada também por unidades mecanizadas em exercícios de armas combinadas de maior escala, além de que quer as unidades do Campo quer as unidades próximas, como os Páras, certamente poderiam utilizar mais estas instalações para treino e rentabilizar melhor o investimento do que estando em Mafra…
Mas enfim, outros interesses. É multiplicar isto para se perceber o que poderia ser diferente.

Ante de mais, agradeço a contribuição clarividente e com conhecimento de causa, é disso que precisamos aqui no fórum.

Compreendo e concordo com o que refere, mesmo com a parte da crítica ao que escrevi.
Não me expliquei correctamente, no exemplo do destacamento de um batalhão com companhias de outras unidades. Eu não propus a abolição do escalão regimento, só escrevi batalhão por ser o de manobra, e ser mais fácil exemplificar, ou talvez não. Nesse exemplo estaria presente o  regimento, como comando do destacamento, o que eu queria dizer é ter regimentos com capacidade e independência suficientemente para servirem de unidade mãe em projeções de força que englobem companhias de outras unidades.
Não falei também em simplesmente eliminar batalhões de manobra, mas sim os regimentos que nem um batalhão acabam por aprontar.
Em particular no caso das unidades de elite, que acabam por ser uma das nossas mais valias num exército de pequena dimensão, não referi a fusão de nenhuma. E concordo que a distribuição de um regimento em dois quartéis, como é o caso dos páras, é positiva na captação de recrutas. Conheço vários elementos que foram para essa unidade por poderem ficar em São Jacinto, mais próximo de casa.

Acho que no penúltimo parágrafo é que reside a verdadeira mudança que pode melhorar a situação do exército. Subscrevo inteiramente.

Cumprimentos
 

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Kalil

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #913 em: Julho 31, 2020, 01:07:09 am »
Estive a tentar perceber os números do efectivo do exército e o problema principal, e talvez o mais difícil de corrigir é mesmo esse.
Só entre coronéis, tenentes-coronel e majores, para focar nos oficiais de comando ao nível batalhão/companhia, perto de um milhar no quadro permanente, um quarto dos quais no estado maior.
Isto é mais do que os praças incorporados todos os anos, se bem entendi.

Caso muito bicudo, pois quem está no topo da hierarquia é que tem maior interesse em manter a situação actual, e ao mesmo tempo é quem poderia decidir outro rumo para o ramo.

Caso curioso, não havia (pelo menos em 2018) oficiais dos páras no comando da BRR, tendo em conta que o regimento de paraquedistas é a unidade principal da brigada.

Pormenores..


 

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PereiraMarques

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #914 em: Julho 31, 2020, 02:09:16 am »
Decreto-Lei n.º 4/2020, de 13 de fevereiro: Fixa os efetivos das Forças Armadas para o ano de 2020

https://dre.pt/application/conteudo/129160712
 
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