Não devemos olhar para as missões de "2020" e fazer a estratégia de defesa com base nisso. No fim de contas as Forças Armadas antes de servirem para a guerra, servem para a prevenir.
Depois temos que ver uma coisa. Não estamos nos anos 40, em que era possível, durante a Segunda Guerra Mundial, produzir uma quantidade massiva de aviões, veículos e navios de guerra num curto espaço de tempo (formar militares era igualmente rápido). Hoje em dia construir um navio de guerra demora 1/2/3 anos consoante o tipo de navio, mesmo que em tempo de guerra demore metade, ainda são largos meses. O mesmo se aplica para aviões e veículos, apesar destes últimos demorarem muito menos tempo a fabricar. Isto leva a que a estratégia desde então seja de, é preferível prevenir e ter meios minimamente capazes, do que não ter nada e ser apanhado de calças na mão.
Depois antes de chegarmos às missões internacionais, também temos a NATO, e a NATO é tão forte quanto os seus membros investem na sua defesa. Se todos pensassem como o Tuga, que não têm inimigos e a prioridade é ser uma "ramificação da protecção civil" , então bem podemos dizer que a NATO como um todo tinha menos de 10% das capacidades actuais. Felizmente nem todos pensam assim.
Relativamente à capacidade expedicionária, é uma capacidade que nem um LPD viria garantir, pois está sempre dependente do apoio de outros meios de combate que garantam a sua segurança. Depois existe toda uma necessidade de garantir a sustentação logística da força expedicionária, algo que também estamos muito limitados.