Mulheres na Infantaria

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Cabeça de Martelo

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Mulheres na Infantaria
« em: Março 20, 2007, 02:52:44 pm »
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Mulheres na Infantaria

João Brandão Ferreira
 
Vieram a público algumas notícias sobre eventuais “exageros”ou “abusos”físicos e psicológicos sobre uma aspirante de infantaria, durante o seu tirocínio em Mafra, que a teriam obrigado a abandonar o curso.


Deixando para trás a controversa decisão de se permitir a entrada de cidadãos do sexo feminino para as Forças Armadas, de modo indiscriminado, mandaria o bom senso e a equitatividade, que da porta de armas para dentro não houvesse “machos” e “fêmeas”, mas apenas um ser militar. Isto, sem embargo da salvaguarda de especificidades incontornáveis que distinguem homens e mulheres e que muitos “istas” da nossa praça pretendem aplainar querendo fazer igual aquilo que, naturalmente, é diferente.


Como se já não fosse suficiente deixar invadir uma instituição que foi sempre cumprindo bem a sua missão, durante séculos, sem precisar de incorporar mulheres, ainda as foram admitir em Armas e especialidades directamente expostas ao combate, quando não são mesmo o esteio desse combate – o que parece de todo contrário à compleição e natureza feminina. È o caso da Infantaria.


A senhora aspirante era a primeira a aventurar-se a assumir tal desiderato como oficial do quadro permanente. A pressão psicológica era grande, como se deve compreender e como transparece numa entrevista que deu ao “Jornal do Exercito” em Janeiro deste ano. Mas para que haja sucesso os candidatos ao curso têm que ultrapassar as provas curriculares. Lá estão os instrutores – que não pertencem propriamente a uma associação de malfeitores, note-se –, para o aferirem. É campo onde não nos metemos.


Acontece que a militar em questão, logo no início da instrução baixou à enfermaria e veio a ter que abandonar o curso por faltas. Durante um fim-de-semana em que foi a casa, sentindo-se mal foi ao hospital. O médico que a assistiu entendeu que o que observou poderia derivar de alguma “agressão”física e, ou, psicológica e como parece ser de lei, reportou o facto às autoridades competentes. O assunto caiu nos jornais e logo se relacionou as eventuais “lesões” com o ocorrido em Mafra.


No “processo” relativo à futura oficial existente na Escola Prática de Infantaria, nada constará passível de censura relativamente ao treino a que foi submetida. Somos sempre pelo apuramento da verdade dos factos e pela prevalência da Justiça. No entanto:

Não parece bem fazer-se chicana nos “media” com coisas sérias;
Ou haver aproveitamento jornalístico, ou não, para ataques infundados, ou em prol de interesses pessoais;
Deve ter-se em conta que como me disse um instrutor em tempos idos “a infantaria não é nenhuma pêra doce”, e que parece não haver nenhum infante no mundo que tenha chegado ao fim dos treinos sem um conjunto alargado de nódoas negras;
A Infantaria se destina ao combate puro e duro e que tão importante é a preparação física como uma forte componente moral e psicológica;
Nem toda a gente que se propõe atingir um objectivo na vida, tem capacidade para o levar a cabo. As coisas são como são e não podem ser de outra maneira.

Ainda uma última achega: A chegada dos tirocinantes à EPI e respectivo curso envolve uma série de “praxes” e tradições antigas, que longe de estarem deslocadas, são fundamentais à vivência dos Exércitos, não só porque endurecem o corpo e a mente como, sobretudo, por criarem laços afectivos e deontológicos para todo o sempre; espírito de corpo; camaradagem e outros laços morais fundamentais à Instituição Militar e sem os quais esta não se sustenta.



Falar do que não se sabe, ainda por cima podendo afectar negativamente um dos pilares da Nação Portuguesa, não parece ser o mais avisado.


http://www.jornaldefesa.com.pt/noticias_v.asp?id=427
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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ricardonunes

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« Responder #1 em: Março 20, 2007, 03:18:29 pm »
Acho que problema não é só as mulheres, também existem os "meninos" :wink:
Potius mori quam foedari
 

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pablinho

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« Responder #2 em: Março 20, 2007, 05:07:49 pm »
¿Cal é o porcentaxe de mulleres no exercito en Portugal?
¿Aceptades edxtranxeiros nas vosas filas?
 

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PereiraMarques

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« Responder #3 em: Março 20, 2007, 05:35:04 pm »
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As Forças Armadas têm actualmente 4301 mulheres em regimes de voluntariado e contrato. O que representa 21 por cento do total de efectivos: 21 892. A maioria (66 por cento) das mulheres presta serviço no Exército.
Fonte: http://www.correiodamanha.pt/comentario ... &id=216758

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¿Aceptades edxtranxeiros nas vosas filas?

Não, nem a prestação de serviço militar serve de acesso à cidadania portuguesa. Mesmo no caso de emigrantes/filhos de emigrantes que prestem serviço nas Forças Armadas fazem-no apenas depois de naturalizados cidadãos portugueses.
 

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hellraiser

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« Responder #4 em: Março 20, 2007, 09:09:53 pm »
Este texto dá me vontade de rir... :roll:

Quando um coronel ligado a este caso me disse que realmente ocorreram abusos e discriminação, ainda vem este cromo dizer que se fosse um homme não tinha ido a baixo...
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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ricardonunes

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« Responder #5 em: Março 20, 2007, 09:38:26 pm »
Citação de: "hellraiser"
Este texto dá me vontade de rir... :roll:

Quando um coronel ligado a este caso me disse que realmente ocorreram abusos e discriminação, ainda vem este cromo dizer que se fosse um home não tinha ido a baixo...


Acho que isto explica cuase tudo.
Potius mori quam foedari
 

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Yosy

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« Responder #6 em: Março 20, 2007, 09:53:34 pm »
Factos:

O tirocínio/treino na EPI é duro? É.

É para todos? Não.

Há praxes? Há.

Há quem leve as praxes longe demais? Sim.

Essas pessoas são a regra? Espero (e penso) que não.


A partir daqui tirem as vossas conclusões.
 

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Raven

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« Responder #7 em: Março 20, 2007, 10:47:43 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Acho que problema não é só as mulheres, também existem os "meninos" :wink:


e não é só nas forças armadas que ainda me lembro há uns anos atrás ver na SIC um aspirante a oficial da PSP ter saido ou ter sido expulso, isso já não recordo ao certo, por causa das "praxes" a que foi submetido.
 

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lazaro

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« Responder #8 em: Março 20, 2007, 11:11:24 pm »
Mulheres na Infantaria? Isso é um bocado vasto, não? Depende da especialidade. Concordo com mulheres até nos Comandos ou Rangers, desde que cumpram exactamente e com aproveitamento as mesmas provas que os homens tambem cumprem, inclusivé as provas de admissão aos cursos.

Não pode acontecer o que um amigo meu viu faz agora cerca de 2 anos no 1º BIMec em que as sargentos e as soldados de atiradores eram redondinhas e bastante abastadas de rabo.
 

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« Responder #9 em: Março 21, 2007, 03:44:18 am »
Citação de: "hellraiser"
...ainda vem este cromo dizer que se fosse um homme não tinha ido a baixo...

Não vejo essa parte em que o autor diferencia homens e mulheres. Li precisamente o contrário.

O autor é uma das poucas pessoas que sempre demonstrou uma excelente (e sobretudo genuína) perspectiva das nossas Forças Armadas, e chegou a "pagar" por isso. Ser apelidado de "cromo" é no mínimo injuriante e, julgo, totalmente deslocado.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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ricardonunes

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« Responder #10 em: Março 30, 2007, 11:00:45 am »
Mulheres já são 15% do total do Exército

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Começaram pelas secretarias e serviços de apoio, mas agora é vê-las nos carros de combate e na infantaria, de espingarda na mão ou manuseando equipamentos de aquisição de alvos na artilharia. São as novas mulheres do Exército, um percurso iniciado faz hoje precisamente 15 anos, numa adolescência a galopar para a idade adulta. É a procura de um lugar ao sol rasgando preconceitos.

Mas o igualitarismo nas fileiras vai ter custos. O Estado-Maior do Exército aponta que as mulheres "querem cada vez mais aceder a especializações" que, em caso de conflito, as pode colocar na linha de frente. "É nossa intenção abrir ainda mais as opções na 'componente de combate', mas vamos também estabelecer iguais níveis de exigência independentemente do sexo", garante-se.

É que até agora a selecção de voluntários tem tido por base duas tabelas, com distintas exigências para homens e mulheres, mas "é intenção do Exército eliminar essas diferenças, que se verificam de um modo mais acentuado nas provas físicas".

Foi a 30 de Março de 1992 que a primeira fornada de mulheres chegou ao Exército, entrando pela porta-de-armas do então Batalhão de Informações e Reconhecimento das Transmissões na Trafaria, na Margem Sul do Tejo.

A presença de mulheres nas fileiras do ramo terrestre tinha tido antes um enquadramento muito próprio, incidindo exclusivamente na área médica, mas isso também ajudou a alterar condutas e mentalidades. E o número tem sido sempre em crescendo, particularmente com o fim do serviço militar obrigatório, em 2004. "Hoje, as mulheres são 3 017, num total de efectivos de voluntários e contratados de 14 906", aponta, ao JN, o Estado-Maior do Exército.

E ainda que na junção entre voluntários e contratados e os do Quadro Permanente, a relação seja diferente - as mulheres são 15 por cento do efectivo total, ou seja, em 21 042 militares, 3 165 são mulheres -, é cada vez maior o número de mulheres que se voluntarizam para entrar no Exército, a grande maioria originárias do Norte e do Centro do país, aliás como os homens. E já este ano as mulheres preenchem 29 por cento das candidaturas.

Mas, para elas, há ainda muito caminho a percorrer. A segundo-sargento de Infantaria Ana Magina é desta opinião foi a primeira classificada do curso de sargentos - entre homens e mulheres - e a sua opção pela arma de Infantaria justificou-se "por ser a que mais exigência física implica". Passou pela Bósnia, mas agora os seus horizontes são outros: "Gostava de entrar para um força especial". Já se ofereceu para os pára-quedistas, mas o seu grande objectivo é o Centro de Instrução de Operações Especiais. Reconhece que a parte física pode ser um obstáculo, mas contra-argumenta: "Actualmente as operações especiais têm missões onde as mulheres são necessárias". Recusa especificar por razões associadas ao secretismo que cada vez mais rodeia aquele tipo de forças. O JN dá-lhe uma ajuda: "Está a falar de infiltração, num meio comum, para recolha de informação? É isso que quer dizer?". Responde com um sorriso e um silêncio.

Desafio e constrangimento

Mas há quem já tenha atingido o objectivo. Elisabete Silva, uma tenente de 27 anos, nascida em Lousada, tem a seu cargo uma força de carros de combate M-60 e blindados M-113. "Comando um pelotão de reconhecimento", diz a jovem que, um dia, quis entrar para a Academia Militar, para a arma de Cavalaria. Trepa para o M-60 e instala-se na torre do carro. Dali, a jovem bonita e elegante e de voz suave, tem o poder de destruir um alvo blindado num raio de dois mil metros, mas o stress do combate não a assusta "não há diferença entre um homem e uma mulher, é uma questão de treino".

A soldado Sónia Rodrigues faz parte do pelotão da tenente Silva e afadiga-se no lugar de condutor do M-113, mas lamenta não ter podido ir para o Líbano "Já não houve possibilidade". Veio de Fafe para a Brigada de Santa Margarida e dela destacam outros oficiais a dedicação e o espírito de sacrifício.

São características que, no entanto, são reconhecidas a outras mulheres, onde apenas a gravidez traduz constrangimentos. Mas há outras características reveladas num desafio ao JN por parte da tenente Silva "Já agora pergunte aos meus homens o que acham do meu comando". Um olhar de desafio acompanha as palavras. Argumentamos que a sua presença e que o espaço físico do quartel são condicionantes de uma resposta objectiva, mas o olhar mantém-se.

Partimos para as perguntas e, embora as frases sejam encurtadas pelo constrangimento, a conclusão é só uma as mulheres estão menos disponíveis para aceitar erros, delas e dos outros. A tenente sorri e vira as costas - ela como a sargento Felgueira, também de cavalaria e do quadro permanente, numa cumplicidade de mulheres e combatentes.

Helena Pinto foi das primeiras mulheres a chegar ao Exército. Foi em 1990, antes das fornadas que abriram caminho na Trafaria. A sua condição de militar ganhou-a no dia 1 de Abril, ao transpor a entrada do então quartel de Tavira. E ganhou-a porque "chegar à vida militar era uma ambição. Sempre gostei do rigor, da disciplina, da farda". Na altura já tinha concluído Medicina e frequentava a especialidade de Pneumologia, mas o "primeiro dia no quartel não foi agradável". O que a chocou não foi, no entanto, a farda ou a saída do ambiente familiar - "estava casada e já tinha um filho". É que, no quartel, além dos instrutores, esperavam-na os jornalistas, perguntas, disparos de flashs, tudo repentino. Passou a formação e seguiram-se os quartéis, mas do que mais gostou foi de Santa Margarida. "Estive lá dois anos, comandava a Companhia Sanitária e andávamos sempre em exercícios", diz. Teve entretanto um segundo filho, que levou para Santa Magarida "para não sobrecarregar o meu marido, que tinha ficado com o outro". As missões sucederam-se e chegou naturalmente à Bósnia. Hoje, a tenente-coronel de 46 anos é subdirectora do Hospital Militar de Belém e partilha o tempo entre o gabinete e as consultas, mas a memória profissional está nos exercícios "Profissionalmente foi muito bom". E o Exército mudou muito? "Mudou e continuará a evoluir".

JN
Potius mori quam foedari
 

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foxtrotvictor

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« Responder #11 em: Abril 04, 2007, 04:55:12 am »
Não fosse o comandante da EPI o Guerra Pereira.

Até os pinheiros de Penude tremiam...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Mulheres na Infantaria
« Responder #12 em: Abril 10, 2014, 06:42:31 pm »
Fourteen women have tried, and failed, the Marines’ Infantry Officer Course. Here’s why.
By Sage Santangelo, Published: March 28
Sage Santangelo is a second lieutenant in the United States Marine Corps.

I awoke to Eminem blasting hours before dawn at Quantico Marine Base. A fog of breath and sweat permeated the cold January air as I joined 104 other nervous lieutenants hauling gear to the classroom where we would receive our first instructions. With body armor, Kevlar, a rifle and a huge pack on my 5’3’’ frame, I must have looked like a child next to the buff guys assembling for Day 1 of the Marine Corps’ Infantry Officer Course.

I was one of four women in the group, bringing the number to 14 female officers who had attempted the course since it was opened to women in the fall of 2012. All the women so far had failed — all but one of them on the first day.

I wasn’t thinking about that, though. I was excited to have a shot at the Marines’ premier training course.

I’m typical of a Marine in that I’ve always sought out challenges. I flew my first solo flight when I was 15 and got my private pilot’s license three years ago at 21. I’ve climbed 10 of the 14,000-foot peaks in my home state of Colorado. As an ice hockey goalie for more than a decade, I put myself in the path of pucks flying at 80 mph.

I expected that this, though, would be the toughest experience I’d ever had.

There’s a lot of mystery surrounding the arduous 13-week course used to screen and train potential infantry officers. Past participants are asked not to talk about it, in order to preserve the uncertainty for future classes. So we lieutenants had little idea of what we were getting into. But we knew that the first day is always the Combat Endurance Test, and that it pushes people to the limits of their physical and mental capabilities.

Several hours into the test, I jogged past a lieutenant who was overcome with cramps and vomiting on the side of the road. The temperature hovered just above freezing. A blister bled on my foot and sweat poured down my face, yet I felt relatively good. I had completed all the tasks so far within the time allotted, and I was determined to make it to the end without showing any weakness. A packet of MRE cheese spread gave me new life. I shook frost from my uniform, threw my pack on my back, slung my rifle and jogged on through the woods.

But there came a point when I could not persuade my body to perform. It wasn’t a matter of will but of pure physical strength. My mind wanted more, but my muscles quivered in failure after multiple attempts. I began to shiver as I got cold. I was told I could not continue.

That night I forced every step to be normal as I dragged myself — weighed down by gear, disappointment and exhaustion — back to the barracks. It was no consolation that 28 other lieutenants, including the other three women, failed along with me or that the Infantry Officer Course commonly drops 20 to 25 percent of each class. As I sat in my room, famished and waiting for pizza that seemed like it would never arrive, I reflected: Why did I fail?

The question matters because Marine leaders have been watching female participants like me to help them decide how to integrate women into units and positions whose primary mission is to engage in direct ground combat. The Marines have until Jan. 1, 2016 , to request any exemptions from the Pentagon directive to open all combat roles to women. “If members of our military can meet the qualifications for a job — and let me be clear, I’m not talking about reducing the qualifications for the job . . . then they should have the right to serve,” then-Defense Secretary Leon Panetta said when he rescinded the direct-combat exclusion rule last year.

Marine Sgt. Maj. Micheal P. Barrett, the senior enlisted adviser to the commandant, affirmed: “Our plan is deliberate, measured and responsible. We will not lower our standards.”

My failed attempt at Quantico, and the fact that no woman has yet made it through the Infantry Officer Course, shouldn’t be interpreted as evidence that women can’t handle combat environments. To date, 13 female Marines have passed the two-month enlisted infantry training course at Camp Geiger in North Carolina. While that course is significantly less demanding than the one at Quantico, it is still grueling — participants must lug 85-pound packs on 12-mile treks through the woods — and it establishes the standard for enlisted warfighters.

Even more telling, on the front lines, where roles have already blurred, women have performed exceptionally well in traditionally male situations. Consider Sgt. Leigh Ann Hester . A Kentucky National Guard soldier, Hester was leading a team on a mission outside Baghdad in March 2005 when her convoy was attacked by insurgents. She orchestrated a counterattack with grenades and M203 rounds. The unit killed 27 insurgents, including three taken out by Hester with a rifle, and not a single soldier was lost. Hester became the first woman to receive a Silver Star since World War II.

So what’s held women back in the Marines Corps Infantry Officer Course? I absolutely agree that we shouldn’t reduce qualifications. For Marine infantry officers, mistakes mean risking the lives of the troops you are charged to protect. But I believe that I could pass, and that other women could pass, if the standards for men and women were equal from the beginning of their time with the Marines, if endurance and strength training started earlier than the current practice for people interested in going into the infantry, and if women were allowed a second try, as men are.

Female lieutenants aren’t as prepared as male lieutenants for the Infantry Officer Course’s tests of strength and endurance because they’ve been encouraged to train to lesser standards. Officer Candidates School, where all Marine officers start out, is segregated by sex. I was in an all-female platoon. We worked with the men on a few occasions but never competed with them. That was odd for me. As someone who grew up playing hockey on boys’ teams, I was used to facing off with the guys.

The Basic School, where I reported after graduating from Bowdoin College in 2012, has long been co-ed. But physical double standards persist. In the Physical Fitness Test, for example, a male perfect score is achieved by an 18-minute three-mile run, 20 pull-ups and 100 sit-ups in two minutes. A female perfect score is a 21-minute three-mile run, a 70-second flexed-arm hang and 100 sit-ups in two minutes. There was a move to shift from arm hangs to pull-ups for women last year. Yet 55 percent of female recruits were unable to meet the minimum of three, and the plan was put on hold.

I understand not wanting to discourage new recruits. But dual standards highlight and foster differences in a way that undercuts the goal of integrated military units. Women aren’t encouraged to establish the same mental toughness as men — rather, they’re told that they can’t compete. Men, meanwhile, are encouraged to perceive women as weak. I noticed that women were rarely chosen by their peers for some of the harder tasks in basic training.

Yes, men have biological advantages in tests of upper-body strength. But women can do pull-ups if given enough time to build that strength. (I did 16 in my last physical fitness test, and I have no illusions that I’m the most qualified female Marine.) Recognizing biologically based advantages and disadvantages and developing training programs that work to balance them are key.

It would be especially helpful if the Marines allowed people to decide on an infantry career earlier and offered some infantry-oriented training earlier, too. Basic training doesn’t include enough physical gruntwork under a combat load. More exercises such as running, jumping and climbing while wearing a flak jacket, Kevlar and a pack would help build strength and endurance. They would also help prevent injuries by increasing bone density. My class had only a month between the end of the Basic School and the start of the Infantry Officer Course. I wish there’d been more time to train to the endurance test’s demands.

I also would have liked to have had the opportunity to try the course again. The Marine leadership has said it doesn’t want female lieutenants taking the course multiple times, at least until combat positions are available to women, because it doesn’t want to delay the rest of their training. Yet many of the men who failed alongside me in January are back at Quantico, training to retake the course in April.

They’re more likely to pass the second time around. The course is designed to create young officers who thrive in an uncertain environment. Going into the endurance test, you don’t know how far you’ll have to go, what the obstacles will be or what time constraints will be imposed. The uncertainty makes the test overall much more difficult than any of its individual parts. Some of the details change for each new class. But the male lieutenants who have taken it before have an advantage in that they know generally what to expect.

For me, the next stop is Marine flight school in Pensacola, Fla. I’ve been told, though, that it will be 12 months before there will be an open slot. So reporting for Infantry Officer Training next month wouldn’t have hurt my career.

UPDATE, April 4: In response to this essay, Gen. James F. Amos announced that female Marines would be allowed to retake the Infantry Officer Course, as male Marines are, and he offered Sage Santangelo a posting in Afghanistan while she waits for a flight school opening.

I’ve always been taught that failure provides the greatest learning opportunities. My failed effort at Quantico has helped me better understand the needs of the Marines on the ground and will allow me to better support them in the future. At the same time, I love the Marine Corps philosophy that failure should never be viewed as permanent or representative; it is an opportunity to remediate. Marines cannot meet standards all the time. What do we do? We train until every Marine is competent. “No Marine joins the Corps to be a failure,” Gen. James F. Amos has said. “We don’t raise them up that way.”

It’s frustrating to me that there are still doubts about whether women are capable of handling combat environments. The women who have been awarded for their valor in combat, and the women who have died in combat for their country, have already answered the question about capability.

Now, instead of passively evaluating their performance, we need to figure out how to set women up to excel in infantry roles. My hope is that the Marine Corps will allow every Marine the opportunity to compete. And that when we fail, our failure is seen simply as a challenge to others to succeed.


 :arrow: http://www.washingtonpost.com/opinions/ ... story.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.