E Portugal escolheu um velho para dirigir os...

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Tiger22

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E Portugal escolheu um velho para dirigir os...
« em: Agosto 13, 2005, 12:42:40 am »
Não consegui resistir a “actualidade” deste artigo do papatango e decidi abrir este tópico. São impressionantes as coincidências de ambas as épocas.
Dou-vos um conselho: Distribuam este artigo pelos vossos contactos e amigos: é um serviço em prol de Portugal.


Citar
E Portugal escolheu um velho para dirigir os destinos da Nação
Em 1580 a notícia chegou poucos dias depois.
O exército de D.Sebastião, havia sido desbaratado. Como um século e meio antes, aquando do ataque a Ceuta, um exército foi preparado para atacar o norte de África. No entanto, a preparação do ataque e as opções tácticas resultaram numa amarga derrota, em Alcácer Quibir.

O país, desabitado por cento e cinquenta anos de sangria humana, economicamente deprimido pela desorganização económica, dado que os lucros das viagens à Índia não chegavam para pagar os custos, encontra-se de um momento para o outro sem Rei, e sem herdeiro.

Do outro lado da fronteira, tenebroso e maquiavélico, Filipe II da família dos Habsburgo, sabe que é um forte pretendente ao trono de Portugal.

Os portugueses, desorientados, confusos como baratas tontas, não sabem o que fazer. O herdeiro legítimo - dado não haver descendência de D. Sebastião – é um velho cardeal, de nome Henrique, que velho, doente e cansado assume o trono de Portugal.

O Cardeal-Rei, no entanto, sabe ser um Rei a prazo. No país há imensos partidos. O Duque de Bragança, D. António (Prior do Crato) e o rei castelhano, Filipe, aparecem como opções.

Mas, perante um país que parece ter chegado ao fim da linha, e embora as classes populares, com o seu sentimento anti-castelhano, rejeitassem Filipe, este começa a insinuar-se como a melhor opção.

Para mais, os vários partidos estão completamente desunidos. D. Henrique foge para fora de Lisboa, onde dominam os partidários de D. António. Noutros lugares, há partidários do Duque de Bragança, e outros mesmos são abertamente favoráveis a Filipe de Habsburgo.

Seja como for, a verdade é que os partidários das varias opções, não foram capazes de se entender. Perante a possibilidade e o perigo de desaparecimento de Portugal, preferiram prostituir-se em vez de se entender. Assim, muitos dos nobres, fazem acordos com Filipe de Habsburgo, por dinheiro, tenças, subsídios e benesses. Vendem-se a um rei estrangeiro, e assinam, com a sua mão a destruição de Portugal.

Perante o vandalismo dos traidores e dos prostitutos, o pobre e velho Rei, nada podia fazer. Fraco e pressionado por toda a gente, fez o que lhe pareceu melhor e entregou o país a quem mais pagou. Assinou a sentença de morte de Portugal e morreu.

Os nobres que se prostituíram, encontraram forma de, “dourar” a pílula, garantido a existência formal do Reino de Portugal. No fundo, os vários reinos dos Habsburgo eram apenas uma confederação sem qualquer nexo entre si, o que de facto era verdade.

Sessenta anos depois, aqueles que se prostituíram e venderam o país, verificando que a opção espanhola tinha fracassado - mergulhando Portugal numa situação ainda mais miserável que a anterior, o que prejudicava as tenças e os subsídios - decidiram armar-se novamente em patriótas e revoltam-se contra aqueles a quem tinham beijado os pés.

Do povo ficaram versos que explicam o sentimento popular:


Viva el-rei D. Henrique
No inferno muitos anos,
Pois deixou em testamento
Portugal aos castelhanos.


425 anos passaram.
No entanto, num período de decadência, quando alguns empresários se prostituem aos espanhóis vendendo Portugal por “tuta e meia”, utilizando os mesmíssimos argumentos daqueles que se prostituíram em 1580, ( o argumento de que a tomada de Portugal pelos castelhanos não se pode evitar); Quando os vários partidos se digladiam, preferindo o debate político, como se este fosse um objectivo em si mesmo, em vez de tentarem defender os interesses do país; Quando o país parece afundar-se...
Mais uma vez, Portugal, qual barata tonta, prepara-se para considerar a possibilidade de ter um vetusto político como supremo magistrado da nação.

Tragicamente a História repete-se
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Rui Elias

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Agosto 17, 2005, 04:45:56 pm »
Interessante.

Mas o poder do Presidente é muito relativo nos dias de hoje.

Pessoalmente acredito num regime em que a marca presidencial fosse mais marcante, ao estilo francês, mas também acredito que se assim fosse, não faltariam candidatos ao  lugar.

Em Portugal, decorrente dos poderes presidenciais, o perfil dos candidatos ao cargo fica-se pelos chamados "senadores" da República, pouco interventivos, quase reformados da política activa e executiva, os que já passaram por tudo.

Daí que uns se considerem ter perfil para PM e outros, mais perfil para PR.

No entanto há algo que falha:

Portugal ainda não escolheu o "velho".

Pode ser que escolha outro, um pouco menos velho, doutorado em economia. :mrgreen:

No Portugal do século XVI, o Rei "mandava" mais que o actual PR.
 

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Miguel Roque

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Re: E Portugal escolheu um velho para dirigir os...
« Responder #2 em: Setembro 11, 2005, 06:39:35 pm »
Pois é amigo, ... NÃO DEVEMOS DEIXAR QUE A HISTÓRIA SE REPITA... Nem Espanha nem presidentes de 80 anos, QUEREMOS SANGUE NOVO PARA LEVANTAR PORTUGAL.

 :Ups:  :Ups: :Ups:  :Ups:
Citação de: "Tiger22"
Não consegui resistir a “actualidade” deste artigo do papatango e decidi abrir este tópico. São impressionantes as coincidências de ambas as épocas.
Dou-vos um conselho: Distribuam este artigo pelos vossos contactos e amigos: é um serviço em prol de Portugal.


Citar
E Portugal escolheu um velho para dirigir os destinos da Nação
Em 1580 a notícia chegou poucos dias depois.
O exército de D.Sebastião, havia sido desbaratado. Como um século e meio antes, aquando do ataque a Ceuta, um exército foi preparado para atacar o norte de África. No entanto, a preparação do ataque e as opções tácticas resultaram numa amarga derrota, em Alcácer Quibir.

O país, desabitado por cento e cinquenta anos de sangria humana, economicamente deprimido pela desorganização económica, dado que os lucros das viagens à Índia não chegavam para pagar os custos, encontra-se de um momento para o outro sem Rei, e sem herdeiro.

Do outro lado da fronteira, tenebroso e maquiavélico, Filipe II da família dos Habsburgo, sabe que é um forte pretendente ao trono de Portugal.

Os portugueses, desorientados, confusos como baratas tontas, não sabem o que fazer. O herdeiro legítimo - dado não haver descendência de D. Sebastião – é um velho cardeal, de nome Henrique, que velho, doente e cansado assume o trono de Portugal.

O Cardeal-Rei, no entanto, sabe ser um Rei a prazo. No país há imensos partidos. O Duque de Bragança, D. António (Prior do Crato) e o rei castelhano, Filipe, aparecem como opções.

Mas, perante um país que parece ter chegado ao fim da linha, e embora as classes populares, com o seu sentimento anti-castelhano, rejeitassem Filipe, este começa a insinuar-se como a melhor opção.

Para mais, os vários partidos estão completamente desunidos. D. Henrique foge para fora de Lisboa, onde dominam os partidários de D. António. Noutros lugares, há partidários do Duque de Bragança, e outros mesmos são abertamente favoráveis a Filipe de Habsburgo.

Seja como for, a verdade é que os partidários das varias opções, não foram capazes de se entender. Perante a possibilidade e o perigo de desaparecimento de Portugal, preferiram prostituir-se em vez de se entender. Assim, muitos dos nobres, fazem acordos com Filipe de Habsburgo, por dinheiro, tenças, subsídios e benesses. Vendem-se a um rei estrangeiro, e assinam, com a sua mão a destruição de Portugal.

Perante o vandalismo dos traidores e dos prostitutos, o pobre e velho Rei, nada podia fazer. Fraco e pressionado por toda a gente, fez o que lhe pareceu melhor e entregou o país a quem mais pagou. Assinou a sentença de morte de Portugal e morreu.

Os nobres que se prostituíram, encontraram forma de, “dourar” a pílula, garantido a existência formal do Reino de Portugal. No fundo, os vários reinos dos Habsburgo eram apenas uma confederação sem qualquer nexo entre si, o que de facto era verdade.

Sessenta anos depois, aqueles que se prostituíram e venderam o país, verificando que a opção espanhola tinha fracassado - mergulhando Portugal numa situação ainda mais miserável que a anterior, o que prejudicava as tenças e os subsídios - decidiram armar-se novamente em patriótas e revoltam-se contra aqueles a quem tinham beijado os pés.

Do povo ficaram versos que explicam o sentimento popular:


Viva el-rei D. Henrique
No inferno muitos anos,
Pois deixou em testamento
Portugal aos castelhanos.


425 anos passaram.
No entanto, num período de decadência, quando alguns empresários se prostituem aos espanhóis vendendo Portugal por “tuta e meia”, utilizando os mesmíssimos argumentos daqueles que se prostituíram em 1580, ( o argumento de que a tomada de Portugal pelos castelhanos não se pode evitar); Quando os vários partidos se digladiam, preferindo o debate político, como se este fosse um objectivo em si mesmo, em vez de tentarem defender os interesses do país; Quando o país parece afundar-se...
Mais uma vez, Portugal, qual barata tonta, prepara-se para considerar a possibilidade de ter um vetusto político como supremo magistrado da nação.

Tragicamente a História repete-se
 

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Doctor Z

  • Analista
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    • http://www.oliven
(sem assunto)
« Responder #3 em: Setembro 12, 2005, 11:33:45 am »
Estou convencido que é preciso bem pouco para poder novamente ánimo a Portugal. Basta um presidente forte, um governo forte que luta para os portugueses, Portugal e os seus interesses ...
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./