Independenteente de respeitar as convicções politicas do Tiguer, acho que a questão aqui não é de se ser socialista ou de direita ou de esquerda.
O Chile tem um governo de esqueda e aposta na sua defesa mais que no tempo de Pinochet.
A Espanha com o PSOE à frente continua com os seus programas e estratégias de Defesa.
O mal português é extra-partidário.
A questão é nacional.
Reparei nisto, no tal comunicado:
Tenemos muchas cosas en común; nuestra situación geográfica y nuestra historia determinan parámetros en gran medida coincidentes para el desarrollo de nuestras políticas de defensa respectivas. En primer lugar, somos europeos, solidarios con los demás del continente, lo que nos lleva a participar activamente en la OTAN y en la Unión Europea. Nuestra ubicación geográfica hace que nuestras áreas de interés estratégico vengan a coincidir en lo que respecta al Mediterráneo y a África.
Aí está a visão espanhola em todo o seu explendor:
Perante a fraqueza militar portuguesa, a Espanha que resolve por si mesma que Portugal e Espanha tem interesses coincidentes, se prepara para de um ponto de vista estratégico, e no âmbito da NATO tornar Portugal numa espécie de protectorado espanhol para o flanco sul e atlântico da Aliança.
O que a Espanha considera serem lugares de comum interesse, é para mim lugares de potencial atrito.
Mas isso é porque agora temos um ministro que se demite de uma liderança nas nossas políticas de Defesa.
Luis Amado já disse que as chefias militares definem as prioridades e o Governo define as verbas.
Ou seja, para o MDN e para o Governo, é indiferente que os militares queiram ter o equipamento A ou B, desde que esteja dentro do que o Ministério das Finanças possa disponibilizar para a Defesa.
Comporta-se como o pai que não pergunta ao filho o que quer para o Natal, desde que o brinquedo não custe mais que X, e é indiferente ao que o filho quer.
O Governo deve ser liderante e condutor, em sintonia com as FA's e com as suas chefias.
Não se deve demitir desse papel, como se os equipamentos militares fossem uma espécie de brinquedos que se dão aos generais e almirantes para que eles se entretenham nos quarteis e nos deixem em paz a tratar das negocaiatas e colocação de boys em lugares bem remunerados.
Mas infelizmente, temos uma população que continua a viver muito divorciada desta problemática da Defesa.