Sobre as possíveis alterações, a ter em conta o exemplo Checo (também com 2 batalhões), informação retirada do trabalho académico já referido:
"Foram executadas várias alterações ao nível da visão do campo de batalha em redor da viatura, devido aos vários ângulos mortos que possui para o condutor e chefe de viatura. Nas RWS 30mm foram colocadas duas câmaras novas CCR/IR14, com medidor de alcance e laser, com cobertura 360º. Uma das câmaras substituiu a original, tendo a segunda sido montada no topo direito da arma de 30mm. Com um display no interior para o chefe de viatura, ligado à câmara instalada no topo, foi eliminado o visor de observação (escotilha), permitindo a proteção, vigilância e designação de alvos, por parte do chefe de viatura. Nesta vertente, a alteração mais significativa em todas as viaturas, foi o incremento de três câmaras robustas na esquerda, direita e retaguarda da Pandur, pela empresa Orlaco, permitindo ao condutor (através de uma display) recuar ou efetuar manobras mais complicadas, sem o apoio do chefe de viatura ou outro elemento da SecAt.
Como proteção adicional aos misseis ACar, a indústria de defesa da República Checa, criou uma slat-armour especifica, similar à usada pelas Stryker no Iraque. Estão a ser desenvolvidos projetos para incremento de proteção superior, contra ataques de UAV e UAS, bem como sistemas para a sua deteção e localização (M. Smrcka, op. cit.). Tendo em consideração as exigências da NATO, está a ser testado o projeto Pandur L415, com o intuito de garantir proteção adicional M4b às Pandur IFV.
A área onde foram efetuados avultados investimentos, foi no poder de fogo. Às 78 Pandur 30mm, incrementou-se um sistema de acoplação (launcher pod) para dois misseis ACar de longo alcance (Spike-LR), uma metralhadora coaxial 7,62mm (M240) e seis tubos lança granadas de fumos de 76mm (Wegmann). Este poder de fogo opcional, garante 140 munições HE, 60 munições Armor Piercing, dois misseis ACar, 460 munições 7,62mm e seis granadas de fumo. Todas as viaturas Pandur (93 unidades) equipadas com 12,7mm são RWS, não existindo problema na proteção do atirador da MP"
Sobre o planeado para as "torres" PT - parece que utilizamos "doutrina" que entretanto foi alterada por outros: queríamos versão 105mm (e como de costume não houve "vil metal") mas os Franceses abandonaram o conceito por um veiculo com um canhão de 40mm e plataforma comum com os "Pandur" deles ; escolhemos a SP-30mm (que retira capacidade de transporte) e a RWS Protector 12,7mm e ambas não (?) permitem a colocação de ATGM; o nosso "conceito" parece ter sido apostar em veículos dedicados, com lançadores "manuais" TOW (falta de recursos e/ou "doutrina"); e, claro, não termos desde o início considerado apenas RWS 12,7mm (e termos os apontadores desprotegidos).
Sobre este ultimo caso é uma situação bem reconhecida pelo exercito:
"…seria importante manter os dois sistemas, a RWS e com proteção através de uma torreta. O importante é poder disparar a arma pesada protegido pela viatura numa situação e noutra com a perceção exterior do apontador, mas com a sua devida proteção. O ideal seria um sistema que permitisse estas duas valências (…) tem a ver com as situações na RCA ou Afeganistão (…) a viatura Pandur tem o problema de a escotilha estar mal colocada. Onde está o apontador devia ser o lugar do chefe de viatura, devendo a escotilha do apontador encontrar-se mais à direita (…) a proteção como está do condutor é que não pode continuar. Basta simplesmente na RCA um indígena com uma fisga fazer vários estragos ao apontador de MP.".
Talvez este possível investimento permita resolver parte das vulnerabilidades...