Unir os Pontos

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #315 em: Dezembro 15, 2012, 10:06:14 pm »
Outro caso dentro do mesmo assunto, que poderá investigar, Fernando, é a tese, quanto a mim muito interessante, da sabotagem do U2 de Gary Powers para efectuar promover escalada de tensão entre blocos, mesmo antes da realização de  uma cimeira de desanuviamento. Creio que está num livro do Joseph Farrell. Os responsáveis não seriam os "nossos amigos", mas outros: aqueles do filme da "Soma de Todos os Medos". :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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FoxTroop

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Re: Unir os Pontos
« Responder #316 em: Dezembro 15, 2012, 11:15:50 pm »
Alguém autoriza um plano de voo direitinho à capital soviética durante a fase mais critica de uma crise nuclear. Maior acto de sabotagem não consigo imaginar por isso o caso de Gary Powers seria apenas mais um no rol.
 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #317 em: Dezembro 16, 2012, 12:14:04 am »
Aqui vão algumas páginas de "LBJ and the Conspiracy to Kill Kennedy" de Joseph P. Farrell, ISBN 978-1-935487-18-0















Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Fernando Negro

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Re: Unir os Pontos
« Responder #318 em: Dezembro 18, 2012, 07:49:43 pm »
Luso,


Por, há já muito tempo, saber eu de histórias reais que ultrapassam, em muito, qualquer história de ficção*, o tipo de histórias fictícias que mencionou - de "A Soma de Todos os Medos" - também há muito tempo que me deixou de despertar interesse. E, por isso, não sabia que história era essa de que você falava. Mas já tratei, entretanto, de ver o filme correspondente - e penso que entendo, agora, o paralelo por si traçado.

Li também, com interesse, as páginas que publicou, pois desconhecia a história do Gary Powers. Mas, quanto a investigar sobre este caso, em particular... Tenho já, entre as minhas fontes, muitos bons historiadores que fazem - e muito melhor do que eu alguma vez seria capaz de fazer - esse tipo de trabalhos por mim e que me proporcionam o que mais me interessa sempre nestes casos - que é o "grande quadro" do que se passa, ou passava. E tenho, por isso, antes o hábito de ler simplesmente o resultado das investigações destes muito bons investigadores, como é o caso do Daniel Estulin e do Dr. John Coleman. Sendo o melhor que conheço - neste caso, de vários importantes episódios históricos, em particular - definitivamente, o Dr. John Coleman.

Quanto a este autor chamado Joseph Farrell, não tenho ainda um julgamento feito e terei de confirmar algumas fontes antes de o fazer. Mas, se a tese dele é - como parece ser dado a entender pelo comentário do Luso - de que são nazis, que estão infiltrados dentro do governo norte-americano, os responsáveis por tudo isto - tal como defende um outro autor, que é mencionado nas páginas fotografadas, chamado Jim Marrs - posso-lhe, desde já, dizer que essa é uma tese sem fundamento. Pois - como explicarei, mais adiante - os nazis nunca constituíram qualquer ameaça real ao Império Anglo-Americano/Britânico(/Veneziano).

Contudo, posso também, desde já, dizer que a essência do que este autor diz - de haver quem, dentro do governo dos EUA, quisesse manter as tensões com a União Soviética - é, no entanto, verdadeira.

E, passando a explicar um pouco do que já sei sobre isto...


A "Guerra Fria" foi, em grande parte, um enorme teatro. Pois, a União Soviética era, desde a sua fundação, economicamente dependente dos EUA - que podiam, quando quisessem, destruí-la pela via económica.

Como pode ser lido nas obras do historiador Antony C. Sutton, não só a Revolução Bolchevique, em si, foi uma operação ocidental, como uma grande parte da indústria soviética era constituída por sucursais ocidentais, que eram quem a mantinha economicamente.

Para além disto, tenho até, ouvido repetidamente, ao longo dos anos, diferentes autores dizer que o arsenal militar soviético (incluindo o nuclear) era constantemente exagerado pelo Ocidente - aparentemente, com o objectivo de gerar medo (na verdade, infundado) no seio do mesmo.

Eu ainda não sei muito sobre as componentes passadas (Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial e para trás destas) desta conspiração da NOM, que não considere eu serem essenciais para compreender o Presente - pois, estou propositadamente a acumular os livros e as monografias do Dr. Coleman, e de outros autores, que explicam estas coisas, sem os ler, na totalidade, para ter com que me entreter quando não tiver mais Internet ;) - mas, do que já sei, e pelo que já pude entender, os objectivos da Guerra Fria eram

(1) o de criar um pretexto para os EUA estabelecerem uma presença militar em todo o Mundo, com a desculpa de que estavam a salvar o Mundo do Comunismo,

(Da mesma maneira que, por exemplo, aquando da "Primeira" Guerra do Golfo, deram a entender ao Saddam que poderia invadir o Koweit, sem problemas, e depois usaram essa mesma invasão para estabelecer uma presença militar na Arábia Saudita - que agora poderá ser de muita utilidade para poderem, eventualmente, atacar o Irão. E da mesma maneira que, por exemplo, o Napoleão foi financiado pelo Império Britânico para, com o pretexto de estarem a libertar a Europa das Invasões Francesas, esse mesmo Império Britânico pudesse ocupar os países invadidos - como foi o caso do nosso, em que, depois da suposta "libertação", não queriam os britânicos ir embora.)

(2) talvez (como disse, ainda não sei tudo...), o de criar uma (suposta) situação de perigo, para que todos os países ocidentais - perante um tão grande e supostamente poderoso inimigo - sentissem uma necessidade de se unir, em alianças como a OTAN, para enfrentar tal inimigo e, com isto, lançar as bases para uma mais profunda união no futuro(?)

(3) e o de criar um pretexto para a criação de instituições de controlo e vigilância: como a CIA e afins, que começassem a vigiar, e a colher informações sobre, todos os países estrangeiros (para que agora, no Presente, melhor possam atacar e invadir esses mesmos países); assim como, departamentos, dentro do FBI e afins, que tivessem como função vigiar os dissidentes políticos internos (com a desculpa do suposto perigo que era a subversão comunista - que era, também ela, incentivada pelo próprio poder estabelecido, ou "governo sombra", de que se fala nas páginas fotografadas, que o Luso publicou - tal como estava a começar a descobrir o Senador McCarthy, antes de terem acabado com a sua Inquisição) e que são agora usados para impedir e suprimir essa mesma dissidência política.


Por outras palavras: essencialmente, para aumentar o poder e o controlo do Império Anglo-Americano sobre os restantes países do Mundo e também sobre a sua própria população doméstica - coisas que os governos, que fazem parte deste mesmo Império, faziam de modo muito limitado, antes da ocorrência desta suposta Guerra Fria.

(Sendo esta nova suposta "Guerra contra o Terrorismo" uma repetição da aplicação desta mesma fórmula.)


A propósito disto, há até um interessante filme sobre espiões da Guerra Fria - que aparenta ser um daqueles em que, a dada altura, são ditas algumas verdades sobre o mundo real - em que, após estar constantemente a mencionar o termo "controlo" durante o filme, a dada altura, uma das personagens se interroga se todo aquele jogo de espionagem não servirá um interesse maior, desconhecido da maior parte dos vários agentes secretos, peões em todo esse mesmo jogo.

(Fiz, há pouco, o carregamento para o YouTube do mencionado trecho, para que o possam ver...)



Sobre os nazis, e o perigo que estes supostamente representam e representavam...

A nova versão destes, é de expressão muito reduzida. E está já a ser combatida através das novas leis que violam a Liberdade de Expressão - como é o caso da europeia, que também já está em vigor em Portugal, que proíbe alguém de exprimir ideias racistas ou de negar aquela que é considerada a "verdade oficial" de um acontecimento histórico, em particular, que é o Holocausto.

Quanto aos originais, foram uma criação do Império Britânico - com o objectivo de (tal como no mencionado filme "A Soma de Todos os Medos") criar uma grande guerra, em que os inimigos alemão e russo, deste mesmo Império Britânico, se destruíssem um ao outro.

Razão pela qual esse mesmo Império Britânico (ou Anglo-Americano) só iniciou a "libertação" da Europa assim que os russos começaram a avançar em direcção à Alemanha, e não antes disso.

Isto, para além do facto - de que muitos já sabem, ou poderão deduzir - de que esta Grande Guerra serviu também: de pretexto para estabelecer uma maior presença militar norte-americana no Mundo (vejam, por exemplo, a Base das Lajes, nos Açores) com a desculpa de estarem a salvar esse mesmo Mundo do inimigo por esse mesmo Império Anglo-Americano criado; e de pretexto para a criação da ONU - ela própria, uma segunda tentativa da falhada Sociedade das Nações, que surgiu após a anterior Grande Guerra, também instigada por esta mesma gente - controlada, em grande parte, por esse mesmo Império Anglo-Americano e que deverá servir, no Futuro, como um embrião para o tão falado Governo Mundial.


---
* (a propósito disto, têm, por exemplo, aqui, em português, a história daquela que foi a primeira pessoa que, prontamente, se tornou seguidora do meu blogue, ou aqui, em inglês, uma história que faz lembrar, um pouco, a do mencionado filme "A Soma de Todos os Medos", que gira à volta da recorrente personagem "Jack Ryan")
Assinado,

Filho de um oficial militar que esteve envolvido no 25 de Abril e alguém que está presentemente sob vigilância pelo que escreve na Internet ;)
 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #319 em: Dezembro 18, 2012, 09:53:23 pm »
Fernando, eu tenho um... "bichinho" que me diz que os "outros" ainda existem mas adaptaram-se aos tempos e que apenas conservam, nas cúpulas, a doutrina nazi. E essas cúpulas traçam a estratégia para ser executada pelas bases que não sabem o que se passa. Tal como na Maçonaria, se tomarmos como verdadeiro o que Pike e Hall afirmam. E eu tomo.
Continuando na senda da especulação, não estranharia nada que, quando fosse de interesse comum que as duas partes se unissem.

Chamo a atenção que não é só Tom Clancy que pode estar a mandar achegas indirectas e "negáveis". Um romance é óptimo para isso, já para não falar da fonte de inspiração gratuita que é ter acesso a certas coisas "classificadas". Veja o que se passa com parte da obra de Ian Flemming. Ele também deixa uns lamirés aqui e ali. Logicamente que nisso não interessa o pormenor mas a ideia fundamental dos livros e filmecos.

Regressando aos nazis, eles foram uma ferramenta dos nossos amigos, mas que, como parece ser a regra, a coisa saiu-lhes fora do controlo quando viram que as coisas poderiam ser mais interessantes fazendo-se à vida (quanto aos comunistas ainda não tenho bem a certeza devido à "encomenda" de Sacalina).

Quanto ao Farrell, recomendo vivamente que ignore os títulos mas nunca os livros. Ainda no fim de semana comprei logo o último no Kindle. É honesto, cita fontes e declara abertamente quando especula. E desmonta muito mito. Farrell não afirma que são os Nazis por detrás de tudo, mas com influência em muita coisa. Melhor será dizer que são compagnons de route dos "ingleses" quando lhes cheira. Não competidores mas cada vez mais - ao que parece - paralelos. Outros objectivos, pelos vistos.

Para quem está de fora isto parece conversa de malucos. E se calhar até é! :mrgreen:
Mas não o creio.
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Re: Unir os Pontos
« Responder #320 em: Dezembro 18, 2012, 11:08:19 pm »
Citação de: "Fernando Negro"
E quem manda em tudo, no topo - e pode facilmente eliminar, ou castigar, quem se intrometa nos seus planos, ou deles roube (como já tem acontecido) - são os principais conspiradores da NOM - organizados em grupos como o Comité dos 300, Clube Bilderberg etc.

Talvez, talvez... Afinal quem é que pode fazer declarações perentórias neste tema?
A minha suspeita - e repito-me - é que os nazis são uma estrutura paralela e autónoma, quando muito cooperante com os "ingleses" quando lhes for conveniente. Os "ingleses" poderão fazer mossa "à bruta" mas a "finesse" tecnológica estará do lado dos nazis.

Por exemplo: o que me diz da tese da Judy Wood?

Atenção pessoal: isto é especulação pura e dura. Não é mais do que isso.
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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #321 em: Dezembro 19, 2012, 09:28:55 am »
Não há problema, Fernando. A descrença pode ser saudável. O resto é uma questão de tempo. :mrgreen:
Quanto aos autores, há aqueles que também o tempo faz cair e os caídos que o tempo acaba por enaltecer. Faz parte do jogo e "vem com o território".

E caramba, num instante ignora logo a Judy Wood?
Porquê a confiança exclusiva em meia dúzia de fontes?
Ou melhor, porquê tanta confiança?

Neste momento sei que são perguntas retóricas mas aqui ficam.
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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #322 em: Dezembro 19, 2012, 10:46:03 am »
Especulações de lado, ouçam isto:

http://vimeo.com/46666760

Que música é esta?
Quem a escreveu?
Em que contexto foi utilizada?

Porque é que não sabemos disso?
Eu pelo menos não sabia.

Onde estão os nossos "artistas" e "intelectuais"?
A "nossa" Igreja?

Onde estão os Portugueses?
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vmpsm

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Re: Unir os Pontos
« Responder #323 em: Dezembro 30, 2012, 08:17:15 pm »
Citar
EU should 'undermine national homogeneity' says UN migration chief

The EU should "do its best to undermine" the "homogeneity" of its member states, the UN's special representative for migration has said.
Peter Sutherland told peers the future prosperity of many EU states depended on them becoming multicultural.
He also suggested the UK government's immigration policy had no basis in international law.

http://www.bbc.co.uk/news/uk-politics-18519395
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #324 em: Janeiro 03, 2013, 09:51:17 am »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #325 em: Janeiro 04, 2013, 10:49:48 am »
Relativamente à teoria conspirativa do B-52, se os americanos quisessem razões para um novo incidente como o do Golfo de Tonquim, eles só precisavam de aproveitar os recontros com as lanchas iranianas:

http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=483
O Irão não tem feito outra coisa que não facilitar a vida aos americanos. Seria simples, muito simples.

A lei do menor esforço aplicada, permite perguntar porque se deveriam organizar complicadíssimas tentativas para criar uma guerra, se bastava argumentar e distorcer um pouco a realidade, para transformar uma passagem mais agressiva de uma lancha iraniana à frente de um navio de guerra americano, num deliberado ataque Kamikaze ?

Quer melhor razão para iniciar uma guerra que um ataque deliberado a um navio americano ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #326 em: Janeiro 04, 2013, 11:12:43 am »
Citar
Por outras palavras: essencialmente, para aumentar o poder e o controlo do Império Anglo-Americano sobre os restantes países do Mundo e também sobre a sua própria população doméstica - coisas que os governos, que fazem parte deste mesmo Império, faziam de modo muito limitado, antes da ocorrência desta suposta Guerra Fria.

Portanto vejamos...

O Estaline não atacou Berlim mais cedo para garantir que ficava com a cidade e não tinha realmente uma desconfiança patológica do ocidente, que o levou a não acreditar em todos os relatórios ingleses que lhe diziam que os alemães invadiriam a URSS a 22 de Junho de 1941.

Todos os regimes da Europa de leste eram indiretamente controlados por uma organismo secreto e obscuro.
Curiosamente esses regimes, controlavam outros regimes e mantinham no poder déspotas como Kadafi ou Assad.

Devemos deduzir que neste momento os ocidentais ajudaram a expulsar essa gente da Líbia e apoiam os que lutam contra ela na Síria ?

E claro, o Partido Comunista da China, tambem deve fazer parte do complot.

E a India de Ghandi, já agora, ou será que o Nehru era conspirador também ?

Quando se parte para uma teoria conspirativa tão ampla, cai-se completamente no ridiculo.




O que aconteceu foi simples. As democracias tinham o problema do voto e a população opta sempre por soluções pacificas. Se não houvesse forma de manter a população com medo de um ataque comunista, os comunistas teriam aproveitado e controlado toda a Europa.
Os russos nunca esqueceram que não passaram de Berlim em 1945, mas que no século XIX chegaram a Paris.

Tudo o que foi feito teve em vista garantir que se continham os comunistas. Caso contrário, alguma vez os americanos e os ingleses tinham aceite a formação de um grande estado alemão como a Republica Federal Alemã ?
Os russos queriam uma Alemanha completamente dissolvida e transformada em pequenas repúblicas (Baviera, Renania, Holstein, Palatinado), esvaziando a Europa central de um poder maior como o alemão.

Se o mundo anglo-saxonico queria controlar a Europa, como é que vão aceitar voltar a criar a Alemanha no centro da Europa, sendo certo que mais tarde ou mais cedo eles voltariam a ser dominantes ?
E os franceses ?
Porque não foram controlados e porque os deixaram desenvolver as suas próprias armas atómicas e ter uma politica independente ?
Então esses países super poderosos não são capazes de controlar a França ?

Essas teorias baseiam-se todas em meias verdades e em alguns casos em décimos de verdade e não se sustentam.
Três ou quatro perguntas e já não há respostas para sustentar a teoria conspirativa.


O neoconservadores americanos são uma realidade. É uma corrente que se considerou ter alguma lógica nas suas suposições, É verdade que ainda hoje sofremos com os resultados das suas ideias já que estas se baseavam no desproporcional aumento do poder do sistema financeiro, aliado ao desmembramento dos potênciais rivais dos Estados Unidos.

Mas sempre que uma força se organiza, normalmente há sempre um contra-poder que reage. E neste caso foi a China, que apareceu (ou voltou para re-ocupar o lugar que quase sempre teve).

É assim que o mundo vive há milénios. Vive de movimentações de uns poderes contra os outros. A inércia, o desgaste, o esforço demasiado,  acabam sempre por corroer o poder de um império ou de uma força muito poderosa, por muito poderosa e invencível que ela pareça.

O Egito dos faraós, parecia invencível no século X AC, o Império persa parecia invencível no século V AC, O império de Alexandre o Grande, parecia invencível no século III AC, o Império Romano parecia invencível no primeiro século, o império de Carlos Magno parecia invencível no século X , o império do Islão parecia invencível por volta de 700 AC, o império marítimo português parecia invencível no inicio do século XVI, o império espanhol parecia invencível no final do século XVI, o império britânico parecia invencível no final do século XIX, o império russo parecia invencível em 1970 e o americano parecia invencível em 1990.

Contra esses impérios levantam-se forças e todos eles se protegem, nem sempre por operações às claras.
Todos jogaram com a corrupção, os favores sexuais, a chantagem, os truques, o assassinato. Quando nada disto funcionou e só quando nada disto funcionou é que se optou pela guerra.

É assim o mundo. Sempre foi assim.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #327 em: Janeiro 04, 2013, 11:27:22 am »
acho apropriado para este tópico:

Citar
A classe média e a quinta coluna
Posted on Janeiro 3, 2013

O modelo de sociedade que ainda hoje nos guia é essencialmente uma relíquia do estado pós primeira grande guerra, o voto universal, os serviços também universais, a paz com objectivo… tudo pagamentos feitos ao homem comum por uma aristocracia (terratenente, industrial e cada vez mais financeira) que sentiu o seu poder a falhar pela primeira vez em quase cinco séculos. O sangue que correu em Ypres, no Somme e em Verdum foi demasiado para apagar da memória. Os mortos para além de qualquer justificação. A sanidade mantida apenas a custo de um pulso pessoal forte perante a loucura do mundo. Regressou uma geração quebrada, cheia de fúria justificada contra o embuste de que foram vítimas durante quase cinco anos. Foi o apaziguamento das massas. Pelo menos das que saíram da guerra do lado vencedor. Agora não temos guerra, tirando em sítios distantes que a maioria não saberia apontar num mapa, cujos líderes se desconhecem e com costumes para os quais as pessoas se estão nas tintas. Não temos também um grande inimigo em quem concentrar os nossos terrores e manter as nossas elites na linha. A espada de Dâmocles que foi a União Soviética foi quebrada. Ao fim de um século os princípios geradores da nossa ordem social estão a dar de si. As razões para a nossa organização económica e política a desaparecer e as nossas elites já se encontram em movimento para se reorganizarem de acordo com as novas regras que elas próprias podem voltar a ditar sem interferência. Ao fim de um século o cidadão perdeu de novo a guerra.

O processo começou no dia que o muro de Berlim caiu. A última ameaça credível às elites ocidentais estava morta. As potências comunistas depressa seriam desmembradas e absorvidas no sistema-mundo de forma particularmente vingativa e punitiva (como não se fez com a RFA em 1949 diga-se). A partir deste momento o regresso de alguns elementos à vida Europeia, talvez mundial, seria inevitável. O desemprego estrutural (um nome pseudo técnico que visa tapar a realidade: desemprego permanente) estava destinado a regressar. Ao fim de duas décadas cá está ele. Em larga escala como não era visto desde a ascensão do fascismo, e com mais ou menos os mesmos efeitos. Ao criar uma situação irresolúvel para milhões de pessoas está-se a desintegrá-las da sociedade que fazem parte. A partir desse momento saem de um circuito e entram noutro, que apesar da vulnerabilidade acrescida e miséria tem também menos limites e fornece menos razões para alguém se conformar com imposições exteriores. Ao contrário dos Bourbon, que apesar de nada esquecerem nada aprenderam, as elites europeias aprenderam e sabem, pelo menos em parte, as consequências das suas acções. Não é por acaso que surgem propostas de militarização crescente das forças policiais. Não se trata apenas de recompensar o único corpo paramilitar (com a excepção da polícia política) que permaneceu fiel ao antigo regime de 73. É o reconhecimento que a partir deste momento haverá duas tarefas. Lidar com os cidadãos (que mantêm empregos e são “respeitáveis”) e o que em breve receberá o nome de “escumalha” (desempregados permanentes completamente desintegrados que vivem numa realidade quase paralela). A primeira tarefa requer algum tato e a segunda apenas repressão.

Apesar de terem existido recentemente algumas manifestações de grande dimensão temos causa para perguntar porque é que estamos perante um processo que parece em grande medida silencioso. A resposta é um segredo social sujo. Os portugueses empregues e que se encontram a salvo do pior estão prontos a aceitar esta versão dos acontecimentos e a nova realidade que os acompanha. Daí preferirem ignorar tudo o que se passa à sua volta e prosseguirem o seu estilo consumista e alienador. Não querem lidar com política (coisa que aliás pensavam que estava morta). Não querem lidar com o lado negro da sua realidade, isso só acontece aos novos sub-humanos que, começam a acreditar, são realmente inteiramente responsáveis pela sua sorte. Os “debates” públicos (não merecem esse nome porque as conclusões já foram retiradas antes de uma só palavra ter sido proferida) centram-se em encontrar responsáveis individuais pelos “azares” do país num padrão amplamente reconhecido como a busca por bodes expiatórios para obter paz social – afinal os culpados terão sido punidos. Mas ignorada, porque é demasiado volumosa e útil ao novo sistema que começa a emergir, está a verdadeira quinta coluna. A classe média que resta que pensa que irá sobreviver a tudo e está disposta a vender os seus vizinhos pela promessa de “protecção” e mais alienação.

http://enclavept.wordpress.com/2013/01/ ... nta-coluna
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #328 em: Janeiro 04, 2013, 05:31:10 pm »
Isso é válido para todas as classes, P44.
Em todas há alienados e, com toda a franqueza, duvido do alegado "poder" da classe média.
Também se pode falar da alienção de quem recebe/recebia tudo e mais alguma coisa do Estado e está/estava a borrifar-se para a sua própria sorte e/ou dos outros, como os contribuintes que os sustentam.
Das elites já se disse tudo, porque é graças ao seu devorismo que isto está como está. Falo obviamente das elites com autorização para aparecer.

Eu só culpo as elites. O poder é e sempre será delas.
A cultura é por elas definido.
Os valores também.

Com o devido respeito P44, parece-me que o autor se preocupou mais em aparecer ao inventar mais um culpado que ninguém se lembrou.
E que ninguém consegue nomear.
É mais fácil que clamar por cabeças com culpas bem identificadas. É mais seguro e fino.

Porque é que o autor não questiona antes o porquê danatureza e da existência das elites que temos? *Tá quêdo...*
Isso seria claro e objectivo.

Porque é que os jornais não falam do Sócas?
Do Dias Loureiro?
Do tipo do Siresp?
De uma série deles?

São da classe média?
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Re: Unir os Pontos
« Responder #329 em: Janeiro 04, 2013, 07:17:43 pm »
Tens toda a razão no que dizes, Luso :roll:
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas