Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5910 em: Março 30, 2024, 07:11:51 pm »
E mais gajos para tirar cafés e servir os medalhados à mesa
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5911 em: Abril 12, 2024, 10:56:08 am »
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"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5912 em: Abril 12, 2024, 11:35:09 am »
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Pergunto se esse sistema não podia estar na posição B das BD para defesa contra drones e lanchas rápidas. Deve até ser viável colocar uma de cada lado a substituir as fisgas.
Os espanhóis com uma visão realista do que é uma Marinha até o montam nesses patrulhas antigos. Cá fazem NPO maiores e existe uma claque  que diz não fazerem falta

https://www.eme-es.com/wp-content/uploads/2020/05/DataSheet-SENTINEL-30-Spread.pdf
1200 kg vazio . Semelhante aos peso das Marlin 30mm mas parece ocupar menos espaço
« Última modificação: Abril 12, 2024, 11:44:03 am por Pescador »
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5913 em: Abril 12, 2024, 11:43:19 am »
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Pergunto se esse sistema não podia estar na posição B das BD para defesa contra drones e lanchas rápidas. Deve até ser viável colocar uma de cada lado a substituir as fisgas.
Os espanhóis com uma visão realista do que é uma Marinha até o montam nesses patrulhas antigos. Cá fazem NPO maiores e existe uma claque  que diz não fazerem falta

Há uns tempos coloquei aqui o contrato de aquisição destas RWS. Custaram cerca de 1M€ cada uma. Seria uma boa opção como armamento secundario para as fragatas e para os navios de patrulha. Creio que a maior limitação face às Marlin é na capacidade antiaérea.
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5914 em: Abril 12, 2024, 11:48:48 am »
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Pergunto se esse sistema não podia estar na posição B das BD para defesa contra drones e lanchas rápidas. Deve até ser viável colocar uma de cada lado a substituir as fisgas.
Os espanhóis com uma visão realista do que é uma Marinha até o montam nesses patrulhas antigos. Cá fazem NPO maiores e existe uma claque  que diz não fazerem falta

Há uns tempos coloquei aqui o contrato de aquisição destas RWS. Custaram cerca de 1M€ cada uma. Seria uma boa opção como armamento secundario para as fragatas e para os navios de patrulha. Creio que a maior limitação face às Marlin é na capacidade antiaérea.

Usa o mesmo canhão e mesmo calibre e cadencia de tiro. Só se for pelos sensores.
 
https://www.eme-es.com/sentinel-30/

Aqui no vídeo dá para ver como se "encaixa" bem num espaço reduzido.

Mas de 1 milhão cada é muito dinheiro que pode ser aproveitado para a cenas domésticas dos almirantes e de fazer figura de padrasto fora
« Última modificação: Abril 12, 2024, 11:57:07 am por Pescador »
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5915 em: Abril 12, 2024, 02:25:36 pm »
Eu até acho que a pergunta que se devia fazer, é como é que em tantos anos com falta de armamento nos NPO, e com a inadequabilidade de ter viaturas blindadas sem protecção para o atirados da .50, como é que nunca se tentou desenvolver uma RWS nacional.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5916 em: Abril 12, 2024, 02:46:55 pm »
Eu até acho que a pergunta que se devia fazer, é como é que em tantos anos com falta de armamento nos NPO, e com a inadequabilidade de ter viaturas blindadas sem protecção para o atirados da .50, como é que nunca se tentou desenvolver uma RWS nacional.

- Ter-se-ia que criar a indústria de raiz. Tanto quanto sei, nada existe de parecido sequer em solo pátrio.
- A capacidade de absorção do material pelas FAP seria muito reduzida. Mesmo que tudo o que devesse ter RWS efetivamente o tivesse, estaríamos sempre a falar de algumas centenas de vendas. No máximo.
- Financeiramente seria (praticamente) inviável.
 
Last but not least... Décadas de desinvestimento massivo no sector industrial. E na Defesa Nacional.

 

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dc

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5917 em: Abril 12, 2024, 03:12:23 pm »
Depende do ponto de vista. Será que o desenvolvimento de uma RWS, é assim tão mais caro que o desenvolvimento de um drone? É que quando olhamos a preços e quantidades de ambos, ambos são equiparáveis, e a complexidade dos dois tipos de sistemas também não difere assim tanto. Os sensores serão sempre "off the shelf", o resto até podia ser desenvolvido em conjunto com universidades.

Também não existia indústria de drones em Portugal, e esta teve de ser criada de raiz. Agora temos pelo menos 3 empresas no sector, que ainda assim produzem quantidades muito inferiores àquilo que se poderia produzir de RWS (e não é por isso que são consideradas inviáveis). Uma RWS mais barata e relativamente simples, seria tangível se houvesse vontade.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5918 em: Abril 12, 2024, 03:21:45 pm »
Não estou a ver como é que uma empresa que produzisse RWS conseguia sobreviver em Portugal, é porque por aqui não se compra e lá fora empresas são mais do que muitas. Por exemplo, os espanhóis têm as suas RWS, para além deles, quantos países compraram esse material? E estamos a falar de Espanha, país que não é propriamente desconhecido nesta área.

https://www.eme-es.com/guardian-l-hit/

Drones é diferente, até porque há todo um mercado civil a consumir muito desse material. Penso que a Tekever produz essencialmente para o mercado civil.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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dc

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5919 em: Abril 12, 2024, 04:31:53 pm »
A própria Força Aérea desenvolveu drones, em parceria com universidades e como uma das contrapartida de um programa qualquer (creio que da modernização dos P-3). Algumas empresas de drones começaram em garagens, agora uma garagem é uma complexo industrial? O mercado civil de drones não paga o suficiente para financiar os drones militares da empresa. Uma empresa para obter financiamento de 2 milhões de euros, precisa de vender 2000 drones de 1000 euros (e vamos fingir que este valor não tem que pagar salários nem matéria prima), num mercado civil completamente saturado com concorrência feroz (drones made in china equivalentes a custarem metade do preço). Por outro lado, é bem mais fácil a dita empresa simplesmente obter um investimento de 2 milhões para desenvolver determinada capacidade.

Neste momento temos a Tekever, a UAVision e a BeyondVision, estas duas últimas continuam a ser de pequena dimensão por falta de investimento. Ainda assim, a UAVision venceu o concurso dos UAVs da FAP, e continua a produzi-los numa garage.

Não seria inconcebível ter no Exército um pequeno grupo capaz de desenvolver um pequeno número de RWS .50 para testes em conjunto com alguma universidade, ainda por cima sabendo que existe a necessidade de uma solução para a falta de protecção para os atiradores montados em Pandur e não só.
Para isso, nem sequer é preciso investir na capacidade industrial, visto que não seria algo para produzir em massa (a não ser que surgisse mercado para isso), sendo que a mesma lógica dos drones produzidos numa garagem se aplicaria a uma RWS. A maior parte do equipamento seria off the shelf, realisticamente não se produzia nada, tal como já acontece com alguns drones.

Mas isto sou eu a ultrapassar a etapa do "brainstorming" para o "brainarmageddon".
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5920 em: Abril 12, 2024, 05:36:00 pm »
A própria Força Aérea desenvolveu drones, em parceria com universidades e como uma das contrapartida de um programa qualquer (creio que da modernização dos P-3). Algumas empresas de drones começaram em garagens, agora uma garagem é uma complexo industrial? O mercado civil de drones não paga o suficiente para financiar os drones militares da empresa. Uma empresa para obter financiamento de 2 milhões de euros, precisa de vender 2000 drones de 1000 euros (e vamos fingir que este valor não tem que pagar salários nem matéria prima), num mercado civil completamente saturado com concorrência feroz (drones made in china equivalentes a custarem metade do preço). Por outro lado, é bem mais fácil a dita empresa simplesmente obter um investimento de 2 milhões para desenvolver determinada capacidade.

Neste momento temos a Tekever, a UAVision e a BeyondVision, estas duas últimas continuam a ser de pequena dimensão por falta de investimento. Ainda assim, a UAVision venceu o concurso dos UAVs da FAP, e continua a produzi-los numa garage.

Não seria inconcebível ter no Exército um pequeno grupo capaz de desenvolver um pequeno número de RWS .50 para testes em conjunto com alguma universidade, ainda por cima sabendo que existe a necessidade de uma solução para a falta de protecção para os atiradores montados em Pandur e não só.
Para isso, nem sequer é preciso investir na capacidade industrial, visto que não seria algo para produzir em massa (a não ser que surgisse mercado para isso), sendo que a mesma lógica dos drones produzidos numa garagem se aplicaria a uma RWS. A maior parte do equipamento seria off the shelf, realisticamente não se produzia nada, tal como já acontece com alguns drones.

Mas isto sou eu a ultrapassar a etapa do "brainstorming" para o "brainarmageddon".

Tudo que seja trabalho em "ferro" custa muito dinheiro e é preciso maquinaria cara para o fazer, enquanto os drones é uma "brincadeira", pois com um modelo RC é possivel começar a desenvolver o software (que é uma das peças esseciais) daí para a frente e derivado ao mercado civil e o tipo de construção das peças também já existe um conjunto de empresas nacionais/estrangeiras com capacidade de fabricar peças. Apartir do momento que mete "polvora" ao barulho os custos disparam drasticamente.

Ex: com 40-80 mil € é possível ter um prototipo de um drone semelhante ao que a FAP e a Marinha tem (Estou a falar de prototipos já muito proximos de um protudo final pois com a impressão 3d é possivel coisas ainda mais baratas), por esse valor não é possivel ter o mesmo para um sistema RWS (há maquinaria que custa esse valor)
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5921 em: Abril 12, 2024, 06:24:43 pm »
Continua a ser plausível (ou teria sido, se feito há uns 15 anos), principalmente quando as alternativas a isso são, ter o militar completamente exposto, ou comprar RWS de 200-300 mil euros cada uma. Produzir sob licença também seria uma opção.

Mas aqui a pergunta passa a ser: se assim é, onde é que querem investir na Indústria de Defesa afinal? É que para a produção de munições, as desculpas eram as mesmas "ah as máquinas são caras".
 

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saabGripen

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5922 em: Abril 12, 2024, 07:16:14 pm »
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Pergunto se esse sistema não podia estar na posição B das BD para defesa contra drones e lanchas rápidas. Deve até ser viável colocar uma de cada lado a substituir as fisgas.
Os espanhóis com uma visão realista do que é uma Marinha até o montam nesses patrulhas antigos. Cá fazem NPO maiores e existe uma claque  que diz não fazerem falta

Há uns tempos coloquei aqui o contrato de aquisição destas RWS. Custaram cerca de 1M€ cada uma. Seria uma boa opção como armamento secundario para as fragatas e para os navios de patrulha. Creio que a maior limitação face às Marlin é na capacidade antiaérea.

Há companheiros aqui do forum que, perante uma notícia de um despacho recente, convenceram-se que se podia comprar duas RWS por 78,000.00 Euros (78 mil).

                                                                   ::)
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5923 em: Abril 12, 2024, 10:04:28 pm »
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Pergunto se esse sistema não podia estar na posição B das BD para defesa contra drones e lanchas rápidas. Deve até ser viável colocar uma de cada lado a substituir as fisgas.
Os espanhóis com uma visão realista do que é uma Marinha até o montam nesses patrulhas antigos. Cá fazem NPO maiores e existe uma claque  que diz não fazerem falta

Há uns tempos coloquei aqui o contrato de aquisição destas RWS. Custaram cerca de 1M€ cada uma. Seria uma boa opção como armamento secundario para as fragatas e para os navios de patrulha. Creio que a maior limitação face às Marlin é na capacidade antiaérea.

Há companheiros aqui do forum que, perante uma notícia de um despacho recente, convenceram-se que se podia comprar duas RWS por 78,000.00 Euros (78 mil).

                                                                   ::)

Foi menciona  1 milhões para este modelo com canhão 30 mm e toda a parafernália electro óptica e de estabilização.
Existe também para .50, decerto mais barato


Mas não há uns 4 milhões para dois pares delas?
Faz falta para gastar com os moinantes a sul?
Só pode
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5924 em: Abril 12, 2024, 10:14:16 pm »
Bom, nós já sabemos que, assim por alto, o valor médio de uma RWS .50 para veículos de um determinado modelo, ronda os 200 e tal mil dólares. Logo aí, não dá para concluir absolutamente nada do preço de 1 milhão de euros pela RWS espanhola, visto que não se compara sequer aos modelos para instalar em veículos.