Ou seja de navio com multiplas funções, desde apoio civil às de muito baixa intensidade, como combate a pirataria e trafico, segurança de rotas marítimas em geral, foi promovido a navio de turismo protocolar e carga de bagagens de ida e volta, com paragens em Marrocos.
Você tem razão, naturalmente, mas a questão, pelo menos como eu a vejo, não está relacionada com o que os politicos e os militares querem fazer com o navio. A questão é o que é que inicialmente se pretendia fazer com ele.
O NPO, devia servir para mostrar bandeira, como navio adequado para patrulha, busca e salvamento, ser utilzado no Atlantico Norte, na ZEE portuguesa de 200 milhas e especialmente na área contígua. que se lhe segue.
O navio não foi pensado para ter capacidade para utilizar helicóptero orgânico e em alto mar, a sua utilização é sempre complexa, quando não impossível.
Além disso, há o problema de que tipo de helicóptero ...
Busca e salvamento não se pode fazer com um helicoptero ligeiro, que com mar a partir de condição 4 na escala de Douglas, fica demasiado instável.
A plataforma do NPO foi aparentemente pensada para carga, ainda que possa ser utilizado um helicóptero.
Um hangar telescópico pode não funcionar em condições, porque em alto mar e nas condições do atlântico norte, ele vai ter que ser reparado constantemente.
O navio deveria ser resistente e garantir navegação e operação em segurança mesmo em más condições de mar. As armas não deveriam ter grande utilidade, já que o Atlantico é um mar próximo para as mais poderosas marinhas do mundo.
Grande, estável, fácil de produzir, relativamente barato, deveria ser simples de produzir.
É uma navio, pensado para a ZEE e para a ZEE contigua, é uma necessidade politica.
O problema é que os políticos empurram o problema com a barrica, avacalham, atrasam, não querem saber e estão sempre à espera que os militares resolvam o problema e façam omeletes sem ovos.
E a tradicional capacidade de desenrascanço do portuga vai tapando os buracos.
E para tapar buracos, agarra-se na plataforma que está à mão, mesmo que completamente desadequada.
Mais uma vez: O problema, na minha humilde opinião, não é a plataforma, o problema é a sua utilização indevida.