Embraer interessada na privatização das OGMA

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Tiger22

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Embraer interessada na privatização das OGMA
« em: Fevereiro 10, 2004, 12:33:13 am »
Público 2004/02/09

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O construtor de aviões brasileiro Embraer manifestou hoje interesse em participar na privatização das OGMA - Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, revelou hoje à Lusa o presidente da empresa.

"Não temos como afirmar se vamos participar na privatização da OGMA. Só os factos vão demonstrar se vamos à frente", adiantou Maurício Botelho, presidente da Embraer, construtor que fornece parte da frota da companhia portuguesa PGA Portugália.

Na próxima quarta-feira, Maurício Botelho participa num encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros portuguesa, Teresa Gouveia, que irá reunir dezenas de outros investidores interessados em fazer negócios em Portugal.

De acordo com a imprensa, altos responsáveis da Embraer, incluindo o próprio presidente, têm feito visitas regulares às instalações das OGMA em Alverca, desde que foi anunciada a abertura do capital da empresa.

Entre os interessados na privatização da empresa portuguesa estão também a franco-alemã EADS e a italiana Finmeccania.

O Governo anunciou em Julho de 2003 a intenção de encontrar um novo parceiro estratégico para as OGMA, abrindo o capital da empresa de reparação aeronáutica.

As OGMA têm a exclusividade da manutenção dos aparelhos Embraer na Europa, que inclui os aviões da PGA Portugália.

Recentemente, as OGMA ganharam um contrato de oito milhões de euros para a manutenção dos ERJ-145 da Força Aérea belga, válido para os próximos 20 anos.

Criada há 34 anos, a Embraer é actualmente a terceira maior exportadora brasileira e a quarta maior empresa mundial de aeronáutica regional, mantendo escritórios e bases de serviços na Austrália, China, França, Singapura e Estados Unidos.

Em Dezembro de 2003, a Embraer, com sede em São José dos Campos, tinha cerca de 13 mil funcionários e a sua carteira de encomendas rondava os 10.600 milhões de dólares (8356 milhões de euros).


Sem dúvida uma boa opção para parceiro estratégico :G-Ok:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #1 em: Fevereiro 10, 2004, 07:57:31 am »
Completamente de acordo.

Seria uma excelente escolha para parceiro estratégico,  até de um ponto de vista cultural e histórico.
Estou convencido que com a EADS as OGMA passariam para segundo plano e dúvido muito da capacidade da Finmeccania em manter as OGMA "saudáveis".

Quem sabe, finalmente poderíamos começar a montar por cá aeronaves ...  :roll:
Ricardo Nunes
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Fábio G.

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« Responder #2 em: Maio 27, 2004, 05:15:02 pm »
Dinheiro Digital, 27.05.2004

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Governo quer privatizar 35% a 65% das OGMA

O Governo aprovou em conselho de ministros a privatização de 35% a 65% do capital das Oficinas Gerais de Manutenção Aeronáutica (OGMA), estando o processo aberto aos consórcios interessados, avançou esta quinta-feira o ministro da Defesa, Paulo Portas.

Paulo Portas afirmou que a privatização das OGMA se deve ao facto de esta empresa ter sido uma das heranças mais pesadas que o Governo recebeu. O ministro da Defesa considerou ainda que este processo, que deverá estar concluído até ao final de 2004, permitirá modernizar e consolidar as indústrias de defesa em Portugal.
De acordo com as informações dadas pelo ministro já foram contactados 10 consórcios que poderão estar interessados, embora não tenham sido avançados nomes. O processo de alienação de parte do capital social da empresa será feito por negociação, uma vez que esta será a melhor forma de garantir um bom preço e um projecto industrial que modernize as OGMA, defendeu.

Por último, o ministro da Defesa afirmou ainda que o parceiro estratégico do Estado deverá ser um consórcio com presença internacional, que potencie a internacionalização da empresa, embora as oficinas das OGMA se mantenham em Vila Franca de Xira.
 

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Fábio G.

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« Responder #3 em: Maio 28, 2004, 11:37:41 am »
DN

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Aprovada privatização das OGMA entre 35% e 65%
MARTIM SILVA EDUARDA FROMMHOLD
O Governo aprovou ontem, em resolução do Conselho de Ministros, a privatização de 35% a 65% do capital social das OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal.

O processo deverá ficar concluído «até ao final de 2004», sendo a escolha do parceiro realizada «por negociação» com os interessados, adiantou o ministro da Defesa. Paulo Portas, que não especificou qual o encaixe financeiro esperado com esta operação para os cofres públicos, assegurou, porém, que o Estado irá manter sempre uma posição relevante na empresa, mesmo no caso de alienar mais de 50% do capital, garantida por uma minoria de bloqueio.

«Para além do preço, o que é estruturante e decisivo é a apresentação de bons projectos industriais», afirmou Paulo Portas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do Conselho de Ministros, em Lisboa.

Neste processo de «internacionalização», o ministro garantiu já terem sido consultados «dez consórcios ou empresas internacionais». Por outro lado, e para evitar qualquer contestação social, assegurou o futuro da empresa: «queremos um pólo aeronáutico de competência europeia em Portugal, moderno, amplo e com mercado» e, como tal, as OGMA «não serão deslocalizadas de Vila Franca de Xira» (Alverca).

O ministro da Defesa afirmou em relação à empresa que, depois da «pesada herança» recebida, esta está agora muito melhor, tendo «subido a sua facturação em 47%» em 2003. «Há dois anos nenhum parceiro se interessaria», sublinhou. Recorde-se que o Estado assumiu, em Outubro último, a quase totalidade do passivo da empresa, no total de cerca de 135 milhões de euros. O processo de reestruturação empreendido permitiu também que as OGMA quase duplicasse no ano passado a sua facturação face a 2002.

Os resultados operacionais, positivos em cerca de 107,4 milhões de euros, representaram um aumento de 47% face ao ano anterior, quando no Verão de 2002 as OGMA se encontravam à beira da falência, com prejuízos de 70 milhões de euros. Por sua vez, o endividamento foi reduzido em 72%, ficando ligeiramente abaixo de 46 milhões de euros, e a empresa conseguiu fechar o exercício com resultados de 120,7 milhões de euros antes de impostos.

Actualmente com 1700 trabalhadores, menos 300 do que há dois anos, as OGMA têm orçado para 2004 uma facturação (com IVA) de quase 121 milhões de euros, contra 111,6 milhões em 2003 e 68,6 milhões em 2002.

Justificando o facto de a empresa deixar de ser constituída na íntegra por capital público nacional, o ministro da Defesa salientou não existir na Europa «nenhuma indústria de Defesa 100% pública e 100% nacional». De qualquer forma, as OGMA continuarão a «manter o serviço à Força Aérea», que durante anos constituiu a principal valência da estrutura, garantiu ainda Paulo Portas. O comunicado do Conselho de Ministros refere também que as regras e princípios fundamentais a que deve obedecer a privatização da empresa «passam, fundamentalmente, pelo desenvolvimento da capacidade industrial das OGMA SA, num contexto de reforço da internacionalização da empresa, com respeito do interesse económico geral da respectiva actividade, no âmbito da Defesa Nacional.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #4 em: Dezembro 23, 2004, 09:40:20 pm »
Lusa: 2004/12/23

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Indústria/Defesa: Embraer e EADS adquirem 65% capital das OGMA por 11,4 ME
 
Lisboa, 23 Dez (Lusa) - O consórcio formado pela Embraer e a EADS vai comprar 65 por cento do capital da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, por 11,4 milhões de euros, no âmbito da privatização da empresa de engenharia e manutenção aeoronáutica.

O anúncio foi feito hoje à noite pelo ministro da Defesa, Paulo Portas.
 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Nautilus

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« Responder #5 em: Dezembro 23, 2004, 11:50:58 pm »
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23-12-2004 22:40:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-6618828
Temas:  economia portugal defesa indústria aviação

Indústria/Defesa: Embraer e EADS adquirem 65% capital das OGMA por 11,4 milhões de euros

 
Lisboa, 23 Dez (Lusa) - O consórcio formado pela Embraer e a EADS vai comprar 65 por cento do capital da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, por 11,4 milhões de euros, no âmbito da privatização da empresa de engenharia e manutenção aeoronáutica.

O anúncio foi feito hoje à noite, em Lisboa, pelo ministro da Defesa, Paulo Portas.

Durante cinco anos, as acções agora privatizadas não poderão ser alienadas, nem as da sociedade formada pelo consórcio, a Air Holding.

O acordo prevê a transferência para a OGMA de "pacotes de trabalho nas áreas de manutenção, reconfiguração e conversão de aeronaves ou manutenção de motores".

Estes pacotes permitirão, segundo o acordo, aumentar a facturação em 22,5 milhões de euros anuais, o que corresponde a mais 17 por cento relativamente ao valor estimado para 2004.

Enquanto a "holding" pública Empordef ou o Estado mantiverem mais de 10 por cento do capital da OGMA, terão direito a nomear dois administradores da empresa.

Ficam sujeitos a aprovação do accionista público "qualquer alteração ao modelo de relacionamento com a Força Aérea Portuguesa, deslocalização de actividade da OGMA, mudança de sede, suspensão ou redução parcial significativa da actividade, e ainda decisões que possam conflituar com a política de Defesa do governo português".

Também só poderá passar com aprovação do Estado qualquer "aumento significativo do endividamento" e acordos "de valor significativo", sendo que o Estado não tem poder sobre estas duas cláusulas a partir do momento em que tiver uma participação abaixo dos 10 por cento.

O acordo hoje assinado impede explicitamente qualquer alteração dos estatutos da empresa no que se refere ao relacionamento com a Força Aérea.

O Estado continua responsável pelo passivo da OGMA, que assumiu em final de 2003 como preparação do processo de privatização e escolha do novo parceiro internacional da empresa.

Ao contrário do que indicou inicialmente fonte do gabinete do ministério da Defesa, o consórcio vencedor não irá cobrir o passivo, estimado em 133 milhões de euros.

PDF/ACC.

Lusa/fim

 
"Que o país deixe de ter medo!"
Humberto Delgado

Cumprimentos
Nautilus
 

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Paisano

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« Responder #6 em: Dezembro 24, 2004, 04:30:41 am »
Consórcio liderado pela Embraer compra estatal portuguesa OGMA

Fonte: Folha de São Paulo

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O consórcio formado pela Embraer e pela EADS (empresa aeroespacial da Europa dona da Airbus) venceu o processo de privatização da empresa portuguesa OGMA (Indústria de Aeronáutica de Portugal S.A.).

O consórcio vai adquirir 65% do capital da OGMA do governo português por 11,4 milhões de euros. A OGMA atua na manutenção, reparo e vistoria de aviões, bem como na modificação e integração de sistemas de aeronaves.

A aquisição será feita por meio da Airholding SGPS, S.A., empresa controlada pela Embraer com participação acionária de 99% --a EADS tem 1% do seu capital. A participação da EADS nesta empresa poderá atingir no futuro até 30%.

A conclusão do negócio está sujeita à aprovação final das autoridades locais de defesa da concorrência, o que é esperado para os próximos 60 dias.

"Com o anúncio, a Embraer expande a sua presença na Europa por meio de uma marca reconhecida como líder mundial em uma variedade de operações aeroespaciais, inclusive manutenção e produção", diz a nota divulgada hoje pela Embraer.

Os principais clientes militares da OGMA são a Força Aérea Portuguesa, a Força Aérea e a Marinha dos Estados Unidos, a Agência de Manutenção e Suprimento da OTAN, as Marinhas da Noruega e Holanda, além da Força Aérea Francesa. No lado comercial, a OGMA vem prestando serviços a empresas aéreas como a TAP, Portugalia, British Midland e Luxair, e também para companhias como a Embraer e Rolls-Royce.

Além de trabalhos na área de manutenção, a OGMA fabrica componentes estruturais e materiais compostos para a Boeing, Airbus, Lockheed Martin e Pilatus, entre outras.

Atualmente, a OGMA emprega cerca de 1.700 pessoas e suas vendas em 2003 totalizaram 107 milhões de euros.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Luso

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« Responder #7 em: Dezembro 27, 2004, 09:36:40 pm »
Gostaria que alguém, despido das vestes (ganga) partidária fizesse alguns comentários às linhas que aqui transcrevo e que retirei de:
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

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O dr. Portas privatizou as OGMA por tuta e meia. Passe toda a prosápia do Dr. Portas é um negócio no minimo curioso. O Estado, vendedor, assume o passivo e vende as OGMA por uma verba que nem cobre 10% deste. O mais espantoso é que a horas do negócio ser fechado o que se pensava é que o passivo seria assumido pelo comprador. Por aqui aguardamos que o Ministério da Defesa torne pública toda a documentação relevante, afinal não haverá nada a esconder.


Obrigado
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #8 em: Dezembro 27, 2004, 10:17:39 pm »
Ê cá nã aprecebe nada diste

11 milhões dele pelas OGMA  :shock:
Eu diria que está um becadinho pró baratinho.
A não ser que eles nos ofereçam algum aviãozito. :mrgreen:

No entanto também é possível que o Estado Português se tenha visto livre de dores de cabeças e de lutas laborais e por isso tenha decidido vender as lutas laborais por um preço razoável.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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soultrain

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« Responder #9 em: Dezembro 30, 2004, 01:28:47 am »
Na altura da compra dos NH-101 tive a oportunidade profissional, mas  casual, de privar com pessoas de topo da então Augusta-Westland a qual é detida pela Finmeccanica e não Finmeccania com o artigo refere.

Jantamos e bebemos uns copos e como não sou do ramo, tive de ouvir o que queria e não queria sobre a empresa. Granda bebedeira, acreditem!

Baseado apenas em não factos, ainda bem que foi a Embraer, EADS a ficar com o negócio.

O ideal teria sido só a EADS ou com a EADS em posição maioritária, tenho dúvidas que a Embraer tenha capacidade de alanvancar a industria cá em Portugal. Ainda não compreendi os jogos de interesses e com a EADS só com 1 % dá a ideia que "tomem lá uns trocos e se correr mal, que tem grandes prababilidades de correr, eu salto fora".

Agora os 11 milhões... espero para ver outras contrapartidas. Mas lembro que grandes empresas já foram vendidas por um dolar!!

Cumprimentos e boas Festas.