Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas

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Cabeça de Martelo

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« Responder #120 em: Julho 18, 2009, 05:47:10 pm »
Eu conheço um caso de uma militar da FAP que conseguiu tirar o curso universitário (nocturno é claro). Ela era de secretariado e era uma questão de fazer a sua vida normal e depois saia e ia directamente para a universidade.

Também conheço uma outra militar que tirou o 12º ano quando estava no Exército e agora está na universidade.

Isto é como tudo na vida, há casos e casos.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papoila

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(sem assunto)
« Responder #121 em: Julho 21, 2009, 05:16:30 pm »
Quem quer realmente estudar....consegue.
Mas é preciso muita força de vontade, muita presistência, do meu curso tenho um rapaz que entrou como SEN com o 7º ano, entretanto ficou como contratado, estudou à noite e fez do 7º ao 12º ano, concorreu ao meu curso e entrou e concluiu...agora quantas vezes não o desafiaram para ir a jantares e noitadas? Quantas vezes ele não recusou e lhe disseram que tinha a mania? Muitas certamente...mas ele conseguiu....e estava colocado numa unidade com uma forte componente operacional....mas não existem exercicios todos os dias....e também não foi por ser rapariga....foi porque tinha uma fome de querer singrar na vida...de mudar o destino....
Todos nós conhecemos pessoas que no 1º contrato não estudam porque não, no 2º e 3º contratos não sabem bem o que estudar...e continuam assim até ao ultimo contrato...ano em que concorrem a tudo e mais alguma coisa....e muitas vezes as coisas não correm como sonhado e a única saída, é a esperada...o espólio...
Mas nem toda a gente quer ir para os QP ou para a universidade, tenho um socorrista que está a tirar um curso profissional de cozinheiro com equivalência ao 12º ano....tem um sonho e anda a trabalhar....repito a trabalhar para o conseguir concretizar.....
No fundo....sonhos, vontade, sacrificio e muito trabalho...
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

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PereiraMarques

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #122 em: Março 20, 2010, 12:12:20 am »
Citar
APLICAÇÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR-ESTUDANTE AOS MILITARES DA MARINHA.

Considerando o estatuto aplicável aos trabalhadores-estudantes consagrado na Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro, que aprova o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas e o Regulamento de Incentivos à Prestação de Serviço Militar nos Regimes de Contrato e de Voluntariado, alterado e republicado pelo Decreto-lei n.º 320/2007, de 27 de Setembro, que estabelece o normativo específico relativo à aplicação das disposições constantes daquele estatuto a estes militares; [...]

 :arrow: http://museu.marinha.pt/OrdensBD/GetPDF ... e14d1c991e
 

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nelson38899

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #123 em: Março 25, 2010, 01:12:39 pm »
Código: [Seleccione]
Fim dos vínculos de vários pilotos-comandantes dos helicópteros e dos aviões de transporte, cujas qualificações são demoradas, ameaçam actividade do ramo a curto prazo.

A operacionalidade da Força Aérea será afectada se o Parlamento não aprovar, até ao Verão, um regime de contratos de longa duração nas Forças Armadas mais longo do que os actuais seis anos, admitiu ontem o chefe do ramo, general Luís Araújo.

Em causa está o fim do contrato de "vários pilotos-comandantes" nas frotas dos helicópteros EH101 e dos aviões de transporte C-295 e Aviocar, os quais serão obrigados a deixar as fileiras se o novo regime (previsto na lei mas ainda por regulamentar) não for aprovado antes.

"É desejável que [isso] seja aprovado até Junho ou Julho", observou o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), permitindo aos militares contratados manter-se nas fileiras até ao máximo de 20 anos - necessidade que também é sentida em particular pelo Exército, ramo que vê essa medida como a solução para acabar com a falta de efectivos a nível de praças que existe há anos.

O CEMFA falava ao DN à margem da cerimónia do dia da unidade no Campo de Tiro de Alcochete, onde inaugurou um monumento - uma bomba MK52 a "explodir" num bloco de cimento - com o título "A Força da Razão", alusivo à actividade de treino ali executada pelas Forças Armadas.

Segundo os dados da Força Aérea, em causa está o contrato de sete pilotos-comandantes naquelas três frotas de aparelhos, cujas qualificações e experiência para atingir esse patamar profissional são demoradas (e dispendiosas).

Em rigor, de acordo com uma fonte da Força Aérea, os contratos desses sete oficiais só terminam no início do próximo ano - pelo que o alerta do CEMFA pode ser interpretado como tendo, subjacente, o receio de uma crise política nos próximos meses que, no limite, conduza à realização de novas eleições legislativas.

Mesmo sem novas eleições, uma mudança de Governo tornaria muito secundária a regulamentação atempada dos contratos militares de longa duração. Por outro lado, sem qualquer crise, vão ter lugar as férias de Verão e, pouco tempo depois do início da nova sessão legislativa, iniciam-se os trabalhos em torno do Orçamento do Estado para 2011.

Recorde-se que a hipótese dos contratos com maior tempo de duração já são legalmente admitidos desde 1999. A Lei do Serviço Militar então aprovada, que define os dois e os seis anos como limites mínimo e máximo dos contratos de longa duração, diz, no seu artigo 28.º: "Podem ser criados, por decreto-lei, regimes de contrato com a duração máxima de 20 anos para situações funcionais cujo grau de formação e treino, tipo de habilitações académicas e exigências técnicas tornem desejável uma garantia de prestação de serviço mais prolongada."

Só que essa possibilidade continua por regulamentar. Mas, politicamente e no actual contexto de crise, a aprovação do novo regime de longa duração também permitiria "evitar", a curto e médio prazo, a ida de um número significativo de militares qualificados (a maioria ainda na casa dos 20 anos) para o desemprego.
[url]http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1527654[/url]
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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typhonman

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #124 em: Julho 14, 2010, 11:54:16 pm »
Citação de: "Ranger Rebelde"
COMANDOS COM FALTA DE MILITARES

Jornal 2 da RTP2, 03 de Abril de 2010

O Centro de Tropas Comandos (CTC) tem falta de militares para garantir a normal rotação para o Afeganistão.

O problema agrava-se pelo facto dos militares voluntários e contratados permanecerem apenas 7 anos, no máximo, nas fileiras do Exército Português (1 ano em RV e 6 anos em RC).

O Exército equaciona o alargamento do Regime de Contratos de 12 a 15 anos.

Depois de diversos estudos elaborados na última década junto da tutela, não existe uma decisão concreta sobre as especialidades militares a incluir num possível Regime dos Contratos de Longa Duração, actualmente sem legislação com força vinculativa.

Apenas existe o preconizado na Lei do Serviço Militar (LSM), desde 2000, que prevê diversos regimes de contrato até um limite de 20 anos, para situações funcionais cujo grau de formação e treino, tipo de habilitações académicas e exigências técnicas tornem desejável uma garantia de prestação de serviço mais prolongada.

Cecília Carmo


 :arrow: VIDEO DA REPORTAGEM


E depois desses 15 anos ?

Um chuto no traseiro ??
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #125 em: Novembro 25, 2010, 12:24:29 pm »
Só para oficiais? :evil:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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HSMW

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #126 em: Novembro 25, 2010, 07:53:35 pm »
Se é para esta 3 categorias concordo.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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typhonman

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #127 em: Novembro 27, 2010, 06:58:02 pm »
Ao fim de 18 anos, o médico pode ir para o privado ganhar o dele, o piloto também, e senhor capelão terá a sua disposição uma qualquer diocese, penso que estas 3 especialidades se adaptam bem a este RC especial.
 

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PereiraMarques

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #128 em: Dezembro 14, 2010, 09:16:50 am »
Decreto-Lei n.º 130/2010. D.R. n.º 240, Série I de 2010-12-14
Ministério da Defesa Nacional
Aprova o regime de contrato especial para prestação de serviço militar

http://www.dre.pt/util/getpdf.asp?s=dia ... p=20103007
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #129 em: Dezembro 14, 2010, 09:25:06 am »
Ah! Vencido por 5 minutos. Vinha agora postar a mesma coisa.

Esta lei vem ainda com a nova funcionalidade do DRE, o resumo em linguagem clara:

Citar
O que é?

Este decreto-lei aprova o regime de contrato especial para a prestação do serviço militar.

Em 2004, o serviço militar em Portugal deixou de ser obrigatório para passar a ser feito através de:

    * regime de voluntariado, por um período máximo de um ano
    * regime de contrato, por um período máximo de seis anos.

Para responder a necessidades específicas das Forças Armadas, a Lei do Serviço Militar permite contratos mais longos para funções que exigem mais qualificações e formação.

O que vai mudar?

Vai haver contratos especiais para algumas funções

Os oficiais das áreas de medicina, pilotagem de aeronaves e assistência religiosa vão passar a beneficiar de contratos especiais. Um oficial é qualquer militar de posição superior à de sargento, que é a segunda posição na hierarquia militar (a contar da base).

O regime de contrato especial tem a duração mínima de 8 anos e máxima de 18 anos. Para estes 18 anos contam os anos de serviço militar em regime de voluntariado e em regime de contrato.

Em regra, os contratos são renovados de dois em dois anos.

Quem pode beneficiar dos contratos especiais

Para recrutar através de contrato especial, as Forças Armadas abrem concursos para:

    * cidadãos em reserva de recrutamento (pessoas dos 18 aos 35 anos que ainda não prestaram serviço militar)
    * cidadãos em reserva de disponibilidade (pessoas que já terminaram o serviço militar mas que ainda podem, no prazo de seis anos após o fim do serviço, ser chamados a cumprir deveres militares)
    * militares em regime de voluntariado ou com contrato, desde que cumpram as condições de admissão (independentemente dos limites de idade).

Para além das condições previstas na Lei do Serviço Militar, os candidatos ao regime de contrato especial podem ter as seguintes idades máximas:

    * 30 anos, se tiverem um mestrado integrado, ou equivalente, em medicina e estiverem habilitados para trabalhar sem supervisão
    * 27 anos, se tiverem uma licenciatura ou um mestrado.

Em caso de igualdade de classificação no concurso, serão escolhidos os candidatos que já prestam o serviço militar através de um contrato normal, desde que tenham as habilitações necessárias.

Incentivos à prestação do serviço através de contrato especial

Os militares em regime de contrato especial beneficiam dos seguintes incentivos:

   1. estatuto de trabalhador-estudante
   2. épocas especiais de avaliação, em todos os níveis de ensino
   3. subsídio de desemprego
   4. assistência na doença
   5. apoios para encargos familiares (abono de família, subsídio de parentalidade, etc)
   6. no final do contrato, pagamento de uma quantia por cada ano de serviço cumprido em regime de contrato especial; esta quantia é igual à remuneração anual dividida por 12.

Que vantagens traz?

O regime de contrato especial permite planear e gerir os recursos humanos militares no médio prazo e rentabilizar a formação dada a estes profissionais.

Quando entra em vigor?

Este decreto-lei entra em vigor no primeiro dia útil do mês seguinte ao da sua publicação.
 

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FoxTroop

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #130 em: Dezembro 14, 2010, 09:46:28 pm »
Se querem mesmo gerir recursos, rentabilizar os mesmos e atrair pessoal competente às fileiras criem mas é a obrigatoriedade de serviço militar no acesso a certas carreiras na função pública e façam cursos de reconversão profissional para os militares que cumpram o máximo de anos de contracto e que pertencem a especialidades sem aplicação na vida civil.

Isso sim, talvez viesse resolver alguns problemas.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Alterações aos Incentivos Militares RV/RC das Forças Armadas
« Responder #131 em: Dezembro 16, 2010, 11:17:48 am »
Citação de: "FoxTroop"
Se querem mesmo gerir recursos, rentabilizar os mesmos e atrair pessoal competente às fileiras criem mas é a obrigatoriedade de serviço militar no acesso a certas carreiras na função pública e façam cursos de reconversão profissional para os militares que cumpram o máximo de anos de contracto e que pertencem a especialidades sem aplicação na vida civil.

Isso sim, talvez viesse resolver alguns problemas.
Essa primeira ideia nunca tinha ouvido. Está interessante, num jeito Starship Troopers, mas é altamente discriminatória (deficientes, objectores, pessoal simplesmente não apto por qualquer razão) e sinceramente, quem é que decide aos 18 que quer ter o cargo XYZ na FP?

A segunda é de elementar bom senso.