Com a atual equipe governativa, não há solução nenhuma.
As pessoas que estão no governo olham para a defesa nacional, como uma chatice inconveniente, uma dor de cabeça, uma maçada que já veio do governo anterior, porque no governo anterior também havia ministério da defesa.
Este calibre de pessoas se falassem com alguém deste forum, olhariam para nós como se fossemos todos atrasados mentais, mongoloides, ou coisa que o valha.
Já no caso de haver dinheiro, a compra de um navio petroleiro muito grande de qualquer forma não faz sentido nenhum
O Bérrio já era demasiado grande para as necessidades. Comprar um navio petroleiro ainda maior, quando não temos dinheiro para comprar petroleo, era deitar dinheiro fora.
Estou de acordo com a afirmação de que a senhora a quem deram o ministério (porque era preciso arranjar uma mulher, porque sim, e porque os espanhóis tinham uma gaja e nós não podiamos ficar atrás) aparenta não ter qualquer conhecimento de causa. Caiu na defesa de para-quedas.
A Lei de Programação Militar é uma farsa.
A lei é destinada a programar gastos com a defesa de forma constante e organizada.
Nunca foi cumprida.
Neste momento, enfrentamos uma situação de absoluta excepção. Não podemos resolver o problema com programações.
Só podemos fazer alguma coisa com um orçamento de emergência.
O problema :
A grande diferença entre Costa e Sócrates, é que o Costa tem os pés assentes no chão em termos de necessidade de controlar a dívida.
Portugal tem vindo, a tentar reduzir o peso da dívida e isso é positivo.
Se o governo apresentar um qualquer programa de orçamento de emergência para a defesa, vai-se grande parte do sucesso, do único sucesso do governo, que consiste em pagar a dívida e ao mesmo tempo manter a economia a crescer, mesmo que pouco.
A única solução é cansar as pessoas que protestam, movimentos como o dos professores, que tem uma probabilidade enorme de ajudar a criar buracos enormes no orçamento e ficar à espera.
As despesas militares são sempre a primeira vítima quando queremos organizar as finanças.
Em 1926, quando os militares chegaram ao poder com Afonso Costa, a primeira coisa que fizeram foi comprar armas e aumentar os salários.
Depois, tiveram que chamar o Salazar, porque obviamente os militares não sabiam governar o país.
O Salazar não comprou muitas armas, mas iniciou programas de renovação nomeadamente na marinha.
Mas Salazar pode implementar uma politica "monetarista" de controlar (cortar) nas despesas, cobrar todos os impostos possíveis, sem que isso implicasse contestação nas ruas...
Hoje, isso não é possível.
Estamos metidos numa situação de solução iompossível no curto prazo. E soluções de curto prazo, como comprar o que está disponível "porque sim", nunca deram bom resultado.