Estudo classifica como iniviável 80% da superfície agrícola

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Marauder

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Estudo classifica como iniviável 80% da superfície agrícola

Um estudo de uma equipa de investigadores da Universidade de Évora conclui que cerca de 80% da superfície agrícola de Portugal só será viável, para além de 2013, caso surja uma aposta noutras funções do mundo rural, como apontam as estratégias europeias par o sector. Pelo contrário, dois terços dos produtos agrícolas portugueses podem sobreviver sem os apoios comunitários, caso seja garantida a sua competitividade.

 

Segundo este mesmo estudo sobre o abandono rural, cujas conclusões são reproduzidas esta segunda-feira no jornal Público, estes produtos ocupam, no entanto, apenas 20% da superfície agrícola, o que levanta a questão sobre o que fazer com os restantes 80%.
De acordo com a equipa coordenada por Teresa Pinto Correia, a solução passa por recorrer a actividades comerciais, como a caça ou o ecoturismo, ou a pagamentos públicos pela prestação de serviços à colectividade, como a prevenção dos fogos ou a conservação da biodiversidade.

Levando em conta a trajectória da agricultura portuguesa e das pessoas a ela ligadas nos últimos anos, a equipa apresenta uma classificação dos territórios consoante as principais vocações que apresentam e que não necessariamente passam pela produção.

Desta análise resultou uma divisão do país de onde ressaltam as áreas que reúnem condições para conseguirem independência face aos subsídios europeus, portanto, viáveis depois de 2013 - são as regiões da hortifruticultura, do vinho, das estufas, dos porcos ou das aves, entre outros, sobretudo no Ribatejo e no Oeste, Douro e partes do Minho e do Algarve.

No restante território - a esmagadora maioria - a dependência dos subsídios vai garantindo o rendimento dos produtores mas, porque o futuro não termina em 2013, há que avaliar as diferentes potencialidades destas areas, que extravasam a agricultura.

«O estudo mostra que há vários mundos rurais em Portugal, uns com potencial agrícola, outros com potencial ambiental, outros com potencial multifuncional, e o reconhecimento desta realidade deve-se reflectir nas prioridades das políticas públicas», considera Rui Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas.

20-03-2006 7:49:57
 

de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=64768
Engraçado...então e os 11mil milhões que recebemos do PAC? Para que é que serviram?