Bom, neste caso temos que reconhecer uma coisa:
A língua portuguesa tem origem na Galiza e não naquilo que a que normalmente chamamos Lusitânia. E se há uma verdade que temos por absoluta sobre os lusitanos, é que eles não falavam português.
Por isto, há de facto uma contradição na expressão Lusofonia, dado que tal implicaria que se tratava da lingua dos lusitanos.
Ora, a língua que os lusitanos falavam não teve documentos escritos, e não era de certeza o português...
Já quanto à Galegofonia, a verdade é que a língua galega foi sendo destruida ao longo de séculos. A tentativa de a recuperar durante o século XIX não foi exactamente bem sucedida por causa da política de castelhanização.
O resto foi feito pelos jornais, pela rádio, e pela televisão.
Já não é na Galiza que está a fonte da língua, porque ela foi atacada na fonte. Felizmente, tinha-se expandido o suficiente e criado raízes em Portugal, conforme os povos que utilizavam essa língua se foram expandindo para sul.
A língua galega é aliás um caso único, porque sendo praticamente extinta na sua origem, acabou por se expandir pelos cinco cantos do mundo.
O problema da língua galega é também um problema político, porque nós temos tendência a considerar como mais próximos aqueles que entendemos com maior facilidade. Isto, coloca a Galiza numa situação incómoda perante Madrid.
E coloca a Galiza numa situação incómoda, seja qual for o tipo de governo.