Defesa de Pontos e Areas Sensiveis

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HCardoso

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Defesa de Pontos e Areas Sensiveis
« em: Abril 13, 2004, 11:57:06 am »
Ola a todos!

Gostaria que dessem a vossa opinião relativamente a estes assuntos:

A quem deve ser atribuida defesa de pontos e areas sensiveis no Territorio Nacional :?:
Componente Aeria (Força Aerea Portuguesa) :?:

Espero respostas super interessantes, desde ja agradeço vossas respostas :oops:
 

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Fábio G.

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« Responder #1 em: Abril 13, 2004, 03:09:27 pm »
Na minha opinião a defesa de pontos e áreas sensiveis no território nacional deveria ser responsabilidade do Exército, enquanto que a FAP seria responsável pela defesa apenas das Bases Aéreas.  

A artilharia anti-aérea em Portugal tem desde á muitos anos sido completamente ignorada, passando sempre "ao lado" das LPM, e pelo vistos vai continuar a ser ignorada por uns anos logo o futuro continua não ser risonho, as coisas têm tendência a manter-se como estão ou seja muito mal  :x  . Não está sequer em equação qualquer aquisição, nem de material novo nem de material em 2ª mão para esta importante vertente da defesa nacional.
 

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Ricardo Nunes

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 13, 2004, 03:39:39 pm »
Penso que antes de iniciarmos uma discussão deste tipo temos de analisar e defenir 2 questões:

- O que são os pontos sensíveis?

- Que ameaças são as plausíveis?

__________________________________

O que são os pontos sensíveis?

Ora bem, não podemos analisar que medidas defensivas deveremos tomar sem primeiro saber o que vamos defender. O que tomamos como pontos sensíveis do nosso país?
Estamos a falar de um ponto de vista estritamente militar? ( Bases militares, sistemas de controlo e comando, estações de radar? ) Ou de um ponto de vista económico e social? ( AutoEuropa, Ponte 25 de Abril, etc... ) Ou mesmo de um ponto de vista político e de liderança? ( S. Bento/Assembleia, Belém )

Lembro-me que, durante a I guerra do golfo, e isto é algo que muitos poucos nacionais sabem, os silos da trafaria tiveram seguranaça extrema. Isto pois, para os muitos que não sabem, na altura os silos da trafaria representavam a 4ª ( !!! ) maior reserva alimentar do mundo.

Vamos tomar o pressuposto que os pontos sensíveis nacionais são todos aqueles pontos, militares, sociais, económicos ou outros, que influenciam de uma forma directa ou indirecta o bem estar e soberania do país de uma forma bastante considerável.
Sendo assim, vamos analisar a outra questão.

Que ameaças são as plausíveis?

Penso que é absurdo atribuir a defesa de algum "ponto" a apenas um ramo isoladamente pois as ameaças possíveis seriam tantas, e com tantas variáveis, que apenas 1 ramo com os seus meios poderia não conseguir dominá-la. É óbvio que em caso de conflito ( qualquer que seja a escala, declarado ou não, mesmo a nível de terrorismo ) a defesa dos pontos cruciais do país seria feita pelos 3 ramos e forças de segurança civis, consoante o grau da ameaça, pois, sem saber qual seria a ameaça seria impossível atribuir tarefas.  
Dando como exemplo as reservas de gás natural da GALP em Sines, estas seriam defendidas, num hipotético cenário de conflito ou ataque terroristra, pelos 3 ramos. Enquanto que a Força Aérea monitorizaria o espaço aéreo e impediria qualquer ameaça, a Marinha patrulharia o litoral e o exército ou forças de segurança civis ( PSP ou GNR ) ficariam encarregues da segurança do local em terra.
Agora imagem lá se fosse apenas um ramo a dar protecção?

____________________________

A protecção de pontos vitais do país a nível estratégico é sempre feita em conjunto pelos 3 ramos e com autoridades civis. Sendo assim penso que a sua questão está um pouco mal estruturada, ou então não entendi o seu sentido.  :wink:

Citar
Artilharia Antiaerea em Portugal que caminho a seguir?  


Por enquanto será o caminho da inexsistência, o que na minha opinião é pena, mas existem áreas da Defesa que justificam, e em muito, os fundos que eventualmente seriam destinados à aquisição de material de defesa anti-aérea.
A única solução a curto-prazo que concebo seria a entrega de algum material excedentário de outros países ( estou a lembrar-me de baterias HAWK holandesas e norte-americanas ) através da NATO, com base num qualquer acordo de protecção mútua.

Cumprimentos
Ricardo Nunes
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Fábio G.

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« Responder #3 em: Abril 13, 2004, 04:07:17 pm »
Eu penso que o HCardoso se refere a que ramo se deveria atribuir a artilharia anti-aérea Exército ou Força Aérea, para que esse ramo possa fazer a defesa desses pontos e áreas (por exemplo se se comprasse umas baterias de misseis qual o ramo que as deveria utilizar para defender esses pontos e áreas?).

Claro que quando se está por exemplo a defender uma central eléctrica, e perto do mar, claro que a Marinha contribui com navios, a FAP com aviões, mas eu só respondi que a parte de defesa desta central (por exemplo) destinada á artilharia anti-aérea deveria ser operada pelo Exército. O Exército é que deveria operar os meios anti-aéreos (misseis, canhões, radares) para defesa desses pontos á excepção das Bases da Força Aérea que deveria de dispôr dessa auto-defesa.

Posso ser eu que estou a perceber mal a pergunta não sei só o Hcardoso nos poderá esclarecer ou reformular a pergunta.
 

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HCardoso

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« Responder #4 em: Abril 13, 2004, 04:31:26 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Penso que antes de iniciarmos uma discussão deste tipo temos de analisar e defenir 2 questões:

- O que são os pontos sensíveis?

- Que ameaças são as plausíveis?

__________________________________

O que são os pontos sensíveis?

Ora bem, não podemos analisar que medidas defensivas deveremos tomar sem primeiro saber o que vamos defender. O que tomamos como pontos sensíveis do nosso país?
Estamos a falar de um ponto de vista estritamente militar? ( Bases militares, sistemas de controlo e comando, estações de radar? ) Ou de um ponto de vista económico e social? ( AutoEuropa, Ponte 25 de Abril, etc... ) Ou mesmo de um ponto de vista político e de liderança? ( S. Bento/Assembleia, Belém )

Lembro-me que, durante a I guerra do golfo, e isto é algo que muitos poucos nacionais sabem, os silos da trafaria tiveram seguranaça extrema. Isto pois, para os muitos que não sabem, na altura os silos da trafaria representavam a 4ª ( !!! ) maior reserva alimentar do mundo.

Vamos tomar o pressuposto que os pontos sensíveis nacionais são todos aqueles pontos, militares, sociais, económicos ou outros, que influenciam de uma forma directa ou indirecta o bem estar e soberania do país de uma forma bastante considerável.
Sendo assim, vamos analisar a outra questão.

Que ameaças são as plausíveis?

Penso que é absurdo atribuir a defesa de algum "ponto" a apenas um ramo isoladamente pois as ameaças possíveis seriam tantas, e com tantas variáveis, que apenas 1 ramo com os seus meios poderia não conseguir dominá-la. É óbvio que em caso de conflito ( qualquer que seja a escala, declarado ou não, mesmo a nível de terrorismo ) a defesa dos pontos cruciais do país seria feita pelos 3 ramos e forças de segurança civis, consoante o grau da ameaça, pois, sem saber qual seria a ameaça seria impossível atribuir tarefas.  
Dando como exemplo as reservas de gás natural da GALP em Sines, estas seriam defendidas, num hipotético cenário de conflito ou ataque terroristra, pelos 3 ramos. Enquanto que a Força Aérea monitorizaria o espaço aéreo e impediria qualquer ameaça, a Marinha patrulharia o litoral e o exército ou forças de segurança civis ( PSP ou GNR ) ficariam encarregues da segurança do local em terra.
Agora imagem lá se fosse apenas um ramo a dar protecção?

Ate aqui Concordo com tudo o que disse, pois faz uma analise realista e concreta de toda a situação relativamente defesa aeria

____________________________

A protecção de pontos vitais do país a nível estratégico é sempre feita em conjunto pelos 3 ramos e com autoridades civis. Sendo assim penso que a sua questão está um pouco mal estruturada, ou então não entendi o seu sentido.  :wink:

O que me levou a colocar esta situação, foi a informação que recolhi, de que em portugal de acordo com directiva 5/96 CEMGFA foi atribuido a F.A.P protecção de pontos vitais no nosso pais

Citar
Artilharia Antiaerea em Portugal que caminho a seguir?  

Por enquanto será o caminho da inexsistência, o que na minha opinião é pena, mas existem áreas da Defesa que justificam, e em muito, os fundos que eventualmente seriam destinados à aquisição de material de defesa anti-aérea.
A única solução a curto-prazo que concebo seria a entrega de algum material excedentário de outros países ( estou a lembrar-me de baterias HAWK holandesas e norte-americanas ) através da NATO, com base num qualquer acordo de protecção mútua.

Cumprimentos
 

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« Responder #5 em: Abril 13, 2004, 04:41:39 pm »
Desde ja lamento ter escrito na tua resposta Ricardo Nunes

Não era essa a minha ideia, desculpa

So queria informar-te de que em Portugal a responsabilidade da defesa de pontos sensiveis e da responsabilidade da F.A.P de acordo decreto operacional 5/96 CEMGFA

A qual eu discordo plenamente, pois para acho que tem de ser feito pelos tres ramos das forças armadas

Desde ja agradeço a ua resposta :oops:
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #6 em: Abril 13, 2004, 04:43:05 pm »
Peço desculpa se interpretei mal.

Afinal de contas estamos a falar apenas de defesa aérea através de meios terrestres? ( Entenda-se, SAM e AAA )
Ricardo Nunes
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HCardoso

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« Responder #7 em: Abril 13, 2004, 04:50:29 pm »
Eu entendo que devia ter posto a questão de outra forma

Mas a minha ideia era tentar entende pq? F.A.P responsavel pela defesa de tais pontos

Se os politicos frequentassem estes foruns, aprendiam mto :oops:
 

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HCardoso

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« Responder #8 em: Abril 13, 2004, 05:07:46 pm »
A ideia era a que ramo das forças armadas se deve atribuir a defesa ANTI-AEREA em Portugal, de momento atribuida F.A.P, não tendo a mesmo qualquer meio para o poder efectuar

Estou Plenamente  de acordo com tudo o que escreveram, mas gostava de mais opiniões :(
 

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JNSA

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« Responder #9 em: Abril 15, 2004, 06:37:45 pm »
Para mim, todos os ramos deveriam ter meios próprios para defesa anti-aérea... No entanto, como é lógico, com características diferentes para cada um deles.

A Marinha deve operar (e felizmente já opera... também era melhor se assim não fosse  :cry:

Abraços
JNSA

P.S. Espero que não me interpretem mal - eu não disse que temos que comprar, nem que podemos comprar todos os meios que enumerei... apenas tentei mostrar o que seria a cobertura de defesa anti-aérea mais adequada para as FA.
 

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LM

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« Responder #10 em: Maio 13, 2008, 12:57:25 pm »
Este assunto é dos (muitos) que pouco sei e tenho curiosidade - até porque julgo ser uma área onde Portugal está pior em termos de capacidades...

Mantendo preferencialmente a questão dentro dos limites do plausível (ie, nada de baterias de Patriot / Arrow nos próximos tempos, equipamentos russos, etc) tendo em conta o futuro orçamental/geoestratégico previsível gostava de lançar os seguintes pontos:

- Os canhões ainda são uma opção válida, em especial SHORAD/ anti-missel cruzeiro? Por outras palavras vale a pena investir recursos muito escassos em sistemas tipo Skyshield?  

- Protecção de ponto e das brigadas da responsabilidade do exercito, acima disso Força Aérea (não vendo eu possibilidade de "theatre missile defence", nem sequer de equipamentos "High to Medium Air Defense" mais dedicados ao segmento "High" tipo Patriot...)

- Assim, para o exercito (batalhões/brigadas/pontos sensíveis): MANPADS (ex Stinger Block 2) e M1097 Avenger... talvez na BrMec algo do tipo Gepard (versão com Stinger), mas só talvez. Ter disponivel o sistema Skyshield para pontos sensíveis.

- A FrAerea com Skyshield e algo do tipo SLAMRAAM (preferencialmente um sistema NASAMS, mas o custo/forma de pagamento deve tornar esta hipotese dificil...)

- Prioridade ao Avenger

- Existe mercado em "semi-novo" que possamos aproveitar?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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zecouves

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« Responder #11 em: Maio 13, 2008, 03:00:47 pm »
Este tópico para além de bastante interessante é por demais complexo para umas linhas num post, mas ainda assim vale a pena discuti-lo.

Se calhar, como disse o Ricardo Nunes, primeiro tem que se definir alguns parametros para objectivar o assunto. É algo que me parece bastante vasto  ...

Senão vejamos:

Assumindo a definição de Ponto/Area Sensivel (PAS) apresentada pelo Ricardo Nunes: "são todos aqueles pontos, militares, sociais, económicos ou outros, que influenciam de uma forma directa ou indirecta o bem estar e soberania do país de uma forma bastante considerável. "

Outro parametro é contra que ameaças mais prováveis temos que defender estes PAS? E quais são as mais perigosas? Terrorismo? Vandalismo? Ataques terrestres convencionais? Ataques Aéreos? Ataques nucleares?

Outro parametro: qual o grau de importancia e portanto as consequencias que advirão se sofrerem danos? Ou qual o grau de danos admissivel?

Outro parametro: Em quanto tempo se pode reforçar ou intervir na defesa do PAS?

Outro parametro: Qual o grau de vulnerabilidade? Caracteristicas fisicas e sua localização e facilidades de acesso?

Outro parametro: durante quanto tempo tem que ser assegurada a defesa dos PAS?

Outro parametros: quem são os proprietários? Estado, SONAE?

etc, etc, etc.

:lol: Agora que julgo ter lançado a confusão, ou talvez não, passo a dar a minha muito superficial opinião.

Partindo do pressuposto que estamos a falar do estado de coisas actual, parece-me obvio que os PAS de carácter militar são responsabilidade das Forças Armadas e por sua vez dos Ramos a quem estão sob responsabilidade. No entanto sempre trabalhando num espirito colaborativo inter-ramos.

As restantes PAS (sociais, económicas, culturais e outras) sob responsabilidade directa do Estado Português são: ou das forças de segurança (com prioridade em PAS de elevada importancia para a GNR) ou até de empresas de segurança privadas. Não podemos também também esquecer que os proprietários particulares/privados das PAS também devem ser responsabilizados e o Estado também deve colaborar com eles. Em caso de Guerra ou de ameaça elevada a coia pia de outra maneira, claro.

Se calhar o melhor é analisar caso a caso.

Foi poucochinho mas tentou ser honesto.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #12 em: Maio 15, 2008, 01:38:24 pm »
No seguimento do dito pelo zecouves, é importante introduzir o conceito de Infra-Estruturas Críticas Nacionais (IC’s).

Estas Infra-Estruturas são aquelas em que a sua destruição pode colocar em perigo a acção governativa, a segurança, a defesa nacional ou a capacidade de resistência da nação e a protecção das populações. A sua classificação foi feita numa perspectiva funcional de interdependência. É tanto maior a sua importância quanto maior for o número de outras IC’s que dela estiverem dependentes para funcionarem.

O levantamento de estas Infra-Estruturas ainda está a ser realizado.

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Terrorismo e catástrofes: Portugal tem 207 pontos críticos identificados - estudo

Lisboa, 19 Fev (Lusa) - Portugal tem identificados 207 pontos críticos susceptíveis de sofrerem ameaças terroristas ou catástrofes naturais, segundo um levantamento do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência (CNPCE) hoje apresentado.


No seminário "Infra-estruturas nacionais críticas e sectores de interesse económico vitais: Prevenção, protecção e resposta às ameaças", o vice-presidente do CNPCE, João Maria Piroto, apresentou os pontos críticos ou sensíveis existentes no país por actividade, estudo que está a ser feito desde 2004 por aquele organismo que depende do primeiro-ministro, mas que por sua delegação tem vindo a ser presidido pelo ministro da Defesa.

Segundo João Maria Piroto, em Portugal há 11.156 infra-estruturas identificadas, das quais 207 são consideradas críticas.

João Maria Piroto disse aos jornalistas que os pontos críticos são aqueles que, sendo afectados, perturbam o funcionamento do "país ou o bem-estar das populações".

Dos 207 pontos sensíveis, 16 são da área da comunicação, 37 da segurança e defesa, 48 da energia, sete dos media, oito da saúde, 30 dos transportes, 58 da justiça, dois do Governo e um no sector da administração pública.

O mesmo responsável sublinhou que aos 207 pontos "tem que corresponder um plano de emergência".

No entanto, João Maria Piroto salientou que há infra-estruturas que actualmente já dispõem de um plano de emergência, sendo essencial que o Estado defina os graus de risco.

"É fundamental que o Estado diga qual o risco. Se é para o risco sísmico ou de cheias. O Estado tem que dizer de que é que o país se defende para evitar medo", frisou.

O vice-presidente do CNPCE adiantou que, das 11.156 infra-estruturas identificadas, ainda não estão incluídos os sectores financeiros, transportes terrestres e água.

Quando todos os sectores estiverem trabalhados, Portugal terá cerca de 12 mil infra-estruturas identificadas.

O levantamento insere-se no plano de segurança que está a ser elaborado pela União Europeia (UE) e que deve ser aprovado durante o segundo semestre deste ano, no âmbito da presidência francesa.

Este plano da UE é que vai permitir que cada país elabore os seus próprios mecanismos de prevenção e segurança.

Na abertura do seminário, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse que o Governo está a preparar planos de segurança e prevenção para dar resposta aos diferentes riscos, entre os quais ameaças de terrorismo e catástrofes naturais.

"Os Ministérios da Administração Interna e da Defesa estão em cooperação a elaborar os planos de segurança para os vários pontos críticos", adiantou Rui Pereira.

CMP.

Lusa/Fim
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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