Moody’s outlook for Portuguese banks changed to negative
16 April 2020
The financial rating agency put the outlook for Portuguese banking system in negative, along with Norway, Finland and Hungary and Slovakia, due to the effects of the Pandemic.
Moody’s revised the European banking systems and decided to put the outlook of five of them in negative due to the effects of the Pandemic crisis. Portugal is one of the targets of those rating cuts, along with Norway, Finland, Hungary and Slovakia, reveals the rating agency in a statement released on Thursday.
“We changed our outlook for the Portuguese banking system to negative from stable” starts by saying the note dedicated to Portugal, with the financial rating agency considering that the Pandemic “erodes the quality of assets and profitability” of the national banks.
“We now expect Portuguese banks’ asset quality and profitability to deteriorate over the next 12-18 months as the economy contracts in response to government restrictions aimed at controlling the spread of the coronavirus,” Moody’s considers, warning that “Government’s support measures will only partially mitigate the adverse economic impact.”
In this regard, the U.S. agency expects that the risk of assets will rise. “Portuguese banks’ problem loans will increase as economic disruption reduces the repayment capacity of households and businesses,” warns Moody’s, considering that “the scale of the increase will depend on the duration of the crisis” and that “Government support measures will provide some counterbalancing uplift, but will not be sufficient to offset the adverse impact on asset quality.”
Despite the temporary easing of capital requirements, Moody’s considers that the banks’ internal capital generation “will decline as their profitability weakens”, and also foresees that they may report losses that will erode their capital in the event of a prolonged economic disruption.
“Portuguese banks’ profitability will decline due to lower lending volumes and continued pressure on earnings because of low interest rates,” the rating agency further anticipates, while predicting that weaker activity and falling financial markets will decrease their commission income and that growing problem loans will increase their provisions for losses. “The increase in loan-loss provisions will be greater the longer the coronavirus-induced crisis persists,” Moody’s once again insists, pointing out that “Portuguese banks have limited margin to offset cost reductions.
Tenho várias questões para quem saiba mais deste tópico.
1 - Porque é que Portugal aparece num grupo de países que nada tem a ver consigo ( Noruega, Finlândia, Hungria e Eslováquia)?
2 - Tudo o que dizem é verdade, MAS, há algum país neste momento na Europa que não esteja a passar pelo mesmo?!
3 - Então a Grécia, ou a Itália, ou Espanha, ou...
A Moody's coloca no mesmo patamar de perspectiva negativa, os bancos de Portugal, Noruega, Finlãndia..... não tem nada a ver com a economia, já que não são comparáveis.
Referem apenas o óbvio, de que os bancos não têem grandes possibilidades de ganharem dinheiro em economias moribundas! O facto de estarem no mesmo grupo, tem a ver com o facto de estarem com níveis semelhantes de ratings. No caso português, devido à intervenção da troika, os bancos foram obrigados a desalavancar imenso, ou seja, desinvestirem em muitas áreas arriscadas (de não cumprirem com os pagamentos, nomeadamente os grandes investimentos) e passarem apenas a investir em áreas seguras (como os empréstimos-habitação), mas essa alteração fez com que passassem a ganhar muito menos dinheiro!
Em relação à Grécia, os ratings são mais positivos, porque também o ponto de partida está mais lá em baixo!!!! Mas a perspectiva baixou de positiva para estável! (
https://www.ekathimerini.com/251729/article/ekathimerini/business/moodys-changes-greek-and-cypriot-banks-outlook-from-positive-to-stable)
Infelizmente os jornalistas até podem ser muito bons a português, mas costumam ser uma nódoa a darem notícias. Cada casa de notação tem a sua própria escala que utiliza para avaliar empresas ou estados, a pedido destes. Qualquer grande empresa ou estado, tem de ter um rating para poder pedir emprestado e para os investidores saberem se o cliente tem um grande ou pequeno risco.
Vendo a escala da Moody's, temos estes níveis:
Aaa
Aa1
Aa2
Aa3
A1
A2
A3
Baa1
Baa2
Baa3
Abaixo temos o não investimento ou lixo:
Ba1
Ba2.....
Depois, para além do rating, temos a perspectiva futura que a empresa de rating dá, como que um aviso ou alerta para a próxima análise dessa empresa. Por exemplo, se a perspectiva for positiva, que dizer que da próxima vez, é muito provável que o rating da empresa avaliada suba, se for negativa, como aconteceu com os bancos nacionais, quer dizer que o notação vai provavelmente descer!
Conjungando a notação com a perspectiva, temos por exemplo:
Empresa A tem rating Aaa com perspectiva negativa
Empresa B tem rating Baa1 com perspectiva positiva
As perspectivas só significam que a empresa A na próxima avaliação vai descer e a empresa B provavelmente vai subir. Mas o rating da empresa A é muito superior ao rating da B, logo é preciso cruzar as duas informações, o rating com a perspectiva, que é o que sucede quando compara com a banca Grega.... coitada, está tão lá em baixo que a perspectiva até pode ser melhor que os bancos tugas, mas mesmo assim continuam, por norma, atrás!