Temos de concordar.
Há quem ache que somos uma US Navy, que temos mais de 100 escoltas de superfície, e portanto nos podemos dar ao luxo de encostar os patrulhas e outros tantos navios às boxes em caso de conflito.
Não podemos ignorar que aproximadamente 4/5 da Marinha, são navios de patrulha, hidrográficos ou navios escola. Portanto é completamente descabido, acreditar que navios como os NPOs tiram férias, enquanto a Marinha fica reduzida a 20% dos seus meios para combater alguma adversidade.
Só por curiosidade, um AOR e até mesmo um LPD, acabam por ter capacidades defensivas que, em média, não fogem muito àquilo que um OPV tem ou pode ter. Esses já são usados num conflito, mas um NPO não?
Aqui se calhar em vez de terem esta mentalidade de que "os NPOs não são para a guerra", deviam ter pensado nisso antes de comprarem navios de patrulha, para ser o grosso da Marinha de Guerra, praticamente sem valor militar. Muitos países andam com corvetas bem armadas, ou navios com capacidade de se transformarem em corvetas a sério (FFBNW), outros têm simplesmente um rácio navio combatente/não combatente muito mais reduzido que nós (o nosso ronda os 5 navios não combatentes para cada 1 navio combatente).
Uma das desculpas que se ouve sempre, é que nós somos diferentes, que temos muito mar para fiscalizar, portanto precisamos de mais patrulhas que certos países. Tudo bem, então para isso, olhem para o "duplo-uso", em que fazia muito mais sentido ter intermédios entre um OPV e uma fragata (portanto uma corveta, como o caso das Sigma marroquinas, que não são topo de gama, mas que são muito superiores aos NPOs e ao mesmo tempo quase que se batem bem contra as nossas fragatas não-modernizadas).
Mas lá está, nunca se quis gastar muito dinheiro com a defesa.