Programa de substituição do C-130

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Get_It

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #360 em: Abril 24, 2015, 01:39:51 pm »
Sim, a Boeing também moderniza aeronaves C-130. Mas dado que os nossos C-130 já têm alguns anos, presumo que qualquer proposta de modernização de C-130 seja de aeronaves mais novas, por exemplo os C-130 que os britânicos querem vender.

Mas isto é um bocado esquisito. Esta proposta da Boeing não é nova, já há alguns anos (2006?) que fizeram uma proposta idêntica: 2/3 C-17 e a modernização dos nossos actuais C-130H. É uma proposta que hoje acho que já não fará muito sentido, pois iria implicar ter três aeronaves de transporte distintas: C-295M, C-130, C-17. É algo que teria feito mais sentido se não tivéssemos adquirido o C-295 para transporte, ou pelo menos em número bastante inferior.

O que torna isto ainda mais esquisito é o facto da Boeing ser uma empresa parceira no programa do 390. Obviamente que eles iriam preferir vender os seus próprios produtos (C-17) e aproveitar o apoio do governo norte-americano para vender aeronaves mais baratas e talvez em segunda-mão (C-130). Especialmente se levarem em conta a actual situação financeira do país e a possibilidade de perderem o negócio para a Lockheed Martin (também C-130) ou para a Airbus (A400M).

Mas essa notícia do jornal Valor está muito esquisita. É possível que não tenha qualquer fundamente e que seja simplesmente um rewash daquela proposta da Boeing de à uns anos atrás. Como também é possível que ao noticiar que os EUA estavam a oferecer outra aeronave a Portugal foram pesquisar e encontraram aquela proposta antiga da Boeing e pensaram que teria qualquer coisa a haver com isto.

Citação de: "night_runner"
Porque até lá também tem que se pensar no que se vai fazer com os Alpha Jet, por ex.....
Essa é fácil. Não se faz nada. Enviamos o pessoal para o estrangeiro para fazer a formação e os tirocínios e acabou-se. Claro que existem outras opções, mas esta será a mais provável.

Citação de: "dc"
Bem, a confirmarem-se todas estas propostas, parece-me que a Embraer terá a vida dificultada, a menos que ofereçam uns Super Tucano no pacote e assim
Cruz credo, não. Os Epsilon ainda vão demorar mais uns bons anos e o Super Tucano não terá performance nem sistemas o suficientemente avançados para substituir o Alpha Jet, e porventura mais tarde o Epsilon.

Citação de: "dc"
Se isto for gerido com inteligência, isto é, sem politiquices à mistura, podemos sair com um belo negócio...
Infelizmente os interesses vão estar sempre associados a este tipo de negócios. Especialmente se certas pessoas continuarem na máquina do Estado. Temos é de esperar que tanto os norte-americanos (seja Lockheed Martin ou Boeing) e a Airbus proponham boas alternativas de forma a criar uma competição e que o governo não escolha o 390 «apenas porque sim».

Seja como for, e digam o que disserem, temos bastantes opções e com as suas vantagens.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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dc

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #361 em: Abril 24, 2015, 02:16:12 pm »
Citação de: "Get_It"
Cruz credo, não. Os Epsilon ainda vão demorar mais uns bons anos e o Super Tucano não terá performance nem sistemas o suficientemente avançados para substituir o Alpha Jet, e porventura mais tarde o Epsilon.

Mas quando falei nos Super Tucano era para substituir sim os Epsilon, mas não necessariamente nos próximos 4 ou 5 anos, em vez disso manter a proposta em aberto até uns 10 ou 15 anos... Mas eu sinceramente já não "quero" o KC-390... depois da arrogância de certos indivíduos do lado de lá a dizer que somos obrigados a comprar, reduzindo-nos ao que der do projecto KC-390, dê para o torto ou não... para mim não dá. Querem vender o avião então que seja sem chantagens.

Citação de: "Get_It"
Infelizmente os interesses vão estar sempre associados a este tipo de negócios. Especialmente se certas pessoas continuarem na máquina do Estado. Temos é de esperar que tanto os norte-americanos (seja Lockheed Martin ou Boeing) e a Airbus proponham boas alternativas de forma a criar uma competição e que o governo não escolha o 390 «apenas porque sim».

Seja como for, e digam o que disserem, temos bastantes opções e com as suas vantagens.

Pois claro, nada de escolhas politicas, apenas que se avalie as propostas e se escolha o melhor para a FAP. De nada nos serve o governo brasileiro e a Embraer já andarem a tentar fechar o negócio, quando pouco se sabe do avião e como vai correr o desenvolvimento até lá. Fala-se de preços que estão longe de ser sabidos, de capacidades que ainda têm que ser testadas e já nos querem impingir algo que, quer queiram ou não, ainda é uma incógnita, tal como o é o Gripen NG.

Citação de: "Get_It"
É uma proposta que hoje acho que já não fará muito sentido

Se calhar até faz, visto que o MLU aos C-130 terá de ser feito inevitavelmente, pois não será adquirida nenhuma aeronave nova nos próximos 4/5 anos... Depois, dependendo do tipo de MLU feito (e do estado dos aviões claro), as aeronaves poderão vir a operar até mesmo por mais anos, podemos estar a falar de mais 15 anos de operação dos mesmos.

Mas claro está que, até serem apresentadas propostas formalmente, isto é tudo especulação. Há que esperar e não apressar as coisas, nada de ir a correr para o Brasil e assinar logo a compra do KC-390... faça-se as coisas como deve ser, que como o caro Get_It disse muito bem, temos bastantes opções e tudo depende agora do que venha a ser proposto.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #362 em: Abril 24, 2015, 02:40:58 pm »
Citação de: "dc"
Mas eu sinceramente já não "quero" o KC-390... depois da arrogância de certos indivíduos do lado de lá a dizer que somos obrigados a comprar, reduzindo-nos ao que der do projecto KC-390, dê para o torto ou não... para mim não dá. Querem vender o avião então que seja sem chantagens.

Ó DC, então não se fazia negócio porque uns quantos trolls vieram a um fórum impôr a sua visão?! Eu posso ou não gostar de uma aquisição, mas apresento dados/factos concretos, espero isso de qualquer membro do FD (incluindo uns seres iluminados que demonstram ter alguma dificuldade em assimilar e tratar a informação que recebem de terceiros).

O Super Tucano é um aparelho muito interessante, muito mesmo! Se tem espaço na FAP? Isso não sei, só perguntando a quem sabe.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #363 em: Abril 24, 2015, 02:53:09 pm »
Os japoneses não tem Kawasaki C-1 para venderem? De longe até parece um Kc390... :mrgreen:
Não resisti. Penitencio-me por isso... :twisted:

Cumprimentos

P.S. Nada contra o Kc390.  :wink: http://en.wikipedia.org/wiki/Kawasaki_C-2

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #364 em: Abril 24, 2015, 02:59:49 pm »
Johnnie obrigado pelo seu reparo.
 Obviamente a Boeing nada tem a ver com o C-130J. Por lapso referi a Boeing, quando quis dizer Lockheed que é o fabricante.
 Se a Lockheed, através do governo dos EUA propuser o C130, este não terá qualquer hipótese face ao KC390.

 Mas a Boeing como sabe executa um programa de modernização de C-130H que é o AMP.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #365 em: Abril 24, 2015, 03:04:38 pm »
As semelhanças são bastante claras e aposto que é um avião muito bom para a sua tarefa. O busilis da questão é que qualquer armamento Made in Japan é caríssimo! c34x  :G-beer2:
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Menacho

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #366 em: Abril 24, 2015, 03:09:43 pm »
Japao, por a sua constituçao, nao pode vender armas a extrangeiro.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #367 em: Abril 24, 2015, 03:13:39 pm »
Menacho, isso não está em vias de ser mudado (ou pelo menos minimizado)? É  que pelo menos electrónica e componentes as industrias de defesa japonesas já estão a exportar (para a Raytheon, por exemplo). E pretendem alargar inclusive à exportação do C2, partcipação num concórcio com os australianos para um novo submarino, etc, embora as vendas sejam analisadas caso a caso e só depois aprovadas (ou recusadas). http://www.wsj.com/articles/japans-military-contractors-make-push-in-weapons-exports-1405879822
Citar
On Thursday, the Ministry of Defense approved exports of a sensor made by Japan's largest military contractor, Mitsubishi Heavy Industries Ltd., for use in air-defense missiles manufactured by Raytheon Co. of the U.S. The ministry also cleared a Japan-Britain research project involving technology for air-to-air missiles.
Mas pronto. Se o problema é o preço (o C2 está nos 100 milhões) e a constituição japonesa (o famoso artigo IX) arranja-se outra coisa. Que tal uma troca com os Ucranianos? Mandamos para lá umas Chaimites e uns M60 e eles cedem-nos estas "2 jolas" que custam 70 milhões a unidade? Ainda ganhávamos cá uma fabrica da Antonov em Beja :twisted:

Saudações  :G-beer2:
« Última modificação: Abril 24, 2015, 04:44:13 pm por mafets »
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dc

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #368 em: Abril 24, 2015, 03:23:39 pm »
Não é por causa dos "trolls" que aqui apareceram, segundo li, o governo "quer" assinar até não sei que mês, ainda deste ano, a aquisição dos KC-390 (não me lembro onde li isso, se encontrar ponho o link) e isso cheira-me a chantagens/luvas/o que seja... Porque é que havia o Governo de querer assinar de repente a compra do KC-390 quando se sabe que primeiro vai ser feito o MLU aos C-130 e só mais tarde é que se trata da sua substituição definitiva? Não acha isso estranho?


Encontrei, não era esta, pois li algures uma que falava numa data limite para assinar o contrato de compra...
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49

Esta noticia fala da intenção de Aguiar Branco assinar ainda este ano o contrato de compra do KC-390, e eu pergunto: Não é estranho que, depois da LPM ser aprovada na qual foi dito explicitamente que não seriam adquiridos novos aviões e apenas modernizados os C-130, o ministro mude de ideias a ponto de querer assinar à pressa o contrato? Sem consentimento da força aérea e mesmo sabendo que o avião ainda está em fase de desenvolvimento preliminar? Para quê? Depois fazer o mesmo que se fez com o A-400 em que começaram a achar "caro demais"? Ou como o NH-90, que já tava assinada a compra há não sei quantos anos, e depois esta foi cancelada, tendo nós que pagar uma multa, multa essa que hoje daria para comprar o LPD Siroco? Então e tendo em conta que até 2030 ficarão ao serviço os C-130, se até lá não mudamos de ideias/necessidades ou se há outra crise que impeça, como aconteceu estes últimos anos, investimentos desta natureza?

E não são só os outros dois que andaram a impingir a compra do KC-390 como se tratasse de uma obrigação... Em todos os sites destas temáticas, a maior parte quer "obrigar" a que seja realizada esta compra e para além disso ainda veio o Vice-presidente do Brasil dizer, e passo a citar: É mais do que natural, que se a Embraer está a produzir aviões aqui em Portugal, que Portugal compre aviões da Embraer e espero que isso venha a acontecer. Então, por esta de ideias, temos de comprar tudo o que é aviões a serem produzidos cá? Certo? Então que venha o C-130 mais o A-400M (que, segundo o presidente da Airbus, tem componentes a ser fabricados cá) e o KC-390...
A questão é, esse argumento já foi à vida, agora ou fazem propostas que consigam equiparar-se com as da concorrência ou então têm em risco um cliente.

Depois, por falar em chantagem, a própria Embraer a faz... basta ver quando afirmaram que planeavam construir partes dos novos aviões comerciais em Portugal, mas apenas se tivessem assegurados fundos comunitários. Resumindo, não se interessam se é ser feito em Portugal, o dito "país irmão", importam sim os fundos comunitários e as ajudas que recebem.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #369 em: Abril 24, 2015, 04:18:58 pm »
Mas aí o que se pede é um MDN com sentido de estado e que defenda os nossos interesses!

MDN assim, procura-se para ontem! :evil:
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #370 em: Abril 24, 2015, 09:47:26 pm »
Citar
MELBOURNE, Australia — Boeing said it still had five C-17A Globemaster transports for sale following confirmation that the Royal Australian Air Force would take another two.

Australian Prime Minister Tony Abbott announced April 10 the purchase of the two strategic airlifters at RAAF Base Amberley, southwest of Brisbane. The two aircraft will bring the total number of C-17s in Australian ownership to eight.

Minister for Defence Kevin Andrews said that AUS $1 billion (US $777 million) would be spent on acquiring the two aircraft, including $300 million of infrastructure works at Amberley.
http://www.defensenews.com/story/defense/air-space/support/2015/04/23/australia-c17-boeing-air-force-globemaster/26137493/
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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paraquedista

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #371 em: Abril 25, 2015, 12:59:39 am »
Citação de: "dc"
Não é por causa dos "trolls" que aqui apareceram, segundo li, o governo "quer" assinar até não sei que mês, ainda deste ano, a aquisição dos KC-390 (não me lembro onde li isso, se encontrar ponho o link) e isso cheira-me a chantagens/luvas/o que seja... Porque é que havia o Governo de querer assinar de repente a compra do KC-390 quando se sabe que primeiro vai ser feito o MLU aos C-130 e só mais tarde é que se trata da sua substituição definitiva? Não acha isso estranho?


Encontrei, não era esta, pois li algures uma que falava numa data limite para assinar o contrato de compra...
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49

Esta noticia fala da intenção de Aguiar Branco assinar ainda este ano o contrato de compra do KC-390, e eu pergunto: Não é estranho que, depois da LPM ser aprovada na qual foi dito explicitamente que não seriam adquiridos novos aviões e apenas modernizados os C-130, o ministro mude de ideias a ponto de querer assinar à pressa o contrato? Sem consentimento da força aérea e mesmo sabendo que o avião ainda está em fase de desenvolvimento preliminar? Para quê? Depois fazer o mesmo que se fez com o A-400 em que começaram a achar "caro demais"? Ou como o NH-90, que já tava assinada a compra há não sei quantos anos, e depois esta foi cancelada, tendo nós que pagar uma multa, multa essa que hoje daria para comprar o LPD Siroco? Então e tendo em conta que até 2030 ficarão ao serviço os C-130, se até lá não mudamos de ideias/necessidades ou se há outra crise que impeça, como aconteceu estes últimos anos, investimentos desta natureza?

E não são só os outros dois que andaram a impingir a compra do KC-390 como se tratasse de uma obrigação... Em todos os sites destas temáticas, a maior parte quer "obrigar" a que seja realizada esta compra e para além disso ainda veio o Vice-presidente do Brasil dizer, e passo a citar: É mais do que natural, que se a Embraer está a produzir aviões aqui em Portugal, que Portugal compre aviões da Embraer e espero que isso venha a acontecer. Então, por esta de ideias, temos de comprar tudo o que é aviões a serem produzidos cá? Certo? Então que venha o C-130 mais o A-400M (que, segundo o presidente da Airbus, tem componentes a ser fabricados cá) e o KC-390...
A questão é, esse argumento já foi à vida, agora ou fazem propostas que consigam equiparar-se com as da concorrência ou então têm em risco um cliente.

Depois, por falar em chantagem, a própria Embraer a faz... basta ver quando afirmaram que planeavam construir partes dos novos aviões comerciais em Portugal, mas apenas se tivessem assegurados fundos comunitários. Resumindo, não se interessam se é ser feito em Portugal, o dito "país irmão", importam sim os fundos comunitários e as ajudas que recebem.

Caro dc,
Parece-me que nao esta a par de uma serie de coisas sobre o KC390...eu tambem preferia que nao fossem tao complicadas...mas isto da Politica e assim !?!?
Ou seja onde eu quero chegar e que...para Portugal produzir uma serie de componentes para o KC390 o Ministro da Defesa do Governo anterior a este, assinou uma carta de intencoes para adquirir estes avioes. E tinha ate uma certa data que confirmar ou nao essa intencao. Depois ja neste Governo o ministro da Defesa alterou essa data limite ate ao final de 2014, e em Dezembro do ano passado para cumprir com o que ficou no contrato pediu formalmente a Embraer que fizesse uma proposta para venda de 5 ou 6, KC390.
Ou seja, agora quando receber a proposta da Embraer vai ter de tomar uma decisao.
A questao da LPM...eu tambem preferia que estivesse defenido se se vai modernizar os C130 ou comprar novos...mas o que esta na LPM sao verbas para a Modernizacao dos C130 e mais 40 milhoes, se a opcao for compra de novos avioes...o Ministro disse que as verbas, para a modernizacao dos c130 e os 40 ME, mais a alienacao dos C130 deviam servir para a possivel aquisicao de avioes novos.
Mais uma razao que a decisao tem de ser tomada em breve. Ou se gasta o dinheiro na compra de avioes novos ou se faz a modernizacao dos actuais...nao se pode fazer as duas coisas.

Sobre a questao dos NH90...eu sempre achei que isso era mais uma das ideias megalomanas do nosso Exercito, que conseguiram convencer uns quantos Ministros da Defesa anteriores da sua necessidade...tendo-se andado a esbanjar dinheiro que fez muita falta noutros equipamentos...substituicao das G3, mais uns carros de combate, artilharia etc.
Quanto a mim este Ministro fez muito bem acabar com esse projecto e pelo menos beneficiamos na construcao de componentes e ainda podemos ter um desconto consideravel nos futuros helicopteros ligeiros que vao substituir os AlIII a partir de 2018.
Cumprimentos.
 

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dc

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #372 em: Abril 25, 2015, 12:51:39 pm »
A mim o que me faz confusão é sermos obrigados a comprar algo que ainda não existe na prática... algo que é uma incógnita, não se sabe preços nem capacidades reais da aeronave... Resumindo, somos obrigados a comprar "às escuras"? Então e se daqui a dois anos houver algum/alguns problemas com o avião e isso origine um aumento no preço final? Se um avião que inicialmente ia custar 50 milhões (penso que era mais ou menos este valor apontado inicialmente) viesse a custar 100, como seria? É aqui que quero chegar, veja-se o exemplo de certos países relativamente ao Gripen, não quiseram arriscar ir para um projecto que estava apenas no papel e que acarretava riscos... o Brasil arriscou e já começam a haver aumentos absurdos no preço...

Quanto à LPM em si, a modernização dos C-130 é garantida, a não ser que venha a Lockheed Martin com uma mega proposta de C-130 novos ou se analise os C-130J que a RAF está ou vai retirar... Fora isto, é impossível os C-130 aguentarem mais 4 anos à espera do primeiro KC-390! Portanto, essa possibilidade está fora de questão, até porque é no minimo uma piada pensar que vender os 6 C-130 com tantos anos, mesmo que modernizados, vai chegar para pagar um avião novo em numero igual (seja KC-390, A-400, C-130J...), nem com esses 40 milhões extra... deviam estar a pensar que iam vender por 40 milhões cada um  :roll:

Se estavam/estão na duvida se se vai comprar novo agora ou modernizar, então reparem na realidade, por muito que o governo reze, o KC-390 estaria fora da corrida numa compra imediata, ainda é um protótipo e só daqui a uns 3 ou 4 anos é que entra em produção... enquanto os outros, num espaço de um ano, teríamos a voar com as cores nacionais... É tão simples quanto isto! Se querem KC-390, então têm obrigatoriamente de modernizar os C-130 para voarem mais uns anos, e esta modernização poderia implicar que estes voassem por mais 10/15 anos. Se querem aviões novos, então lamento, mas o KC-390 está fora da corrida... Portanto, acho uma estupidez sermos obrigados a assinar contratos de aquisição (contrato de compra, o qual se por ventura fosse cancelado pagaríamos multa) para um avião que não garante ainda prazos de entrega nem preços nem nada.

Citação de: "paraquedista"
Mais uma razao que a decisao tem de ser tomada em breve. Ou se gasta o dinheiro na compra de avioes novos ou se faz a modernizacao dos actuais...nao se pode fazer as duas coisas.

Pronto, esta frase diz tudo, se queremos o KC-390 temos de modernizar os C-130, se não quisermos modernizar os C-130 e ir comprar novo, então o KC-390 não pode ser adquirido pelas razões que já sabemos. Se são essas as condicionantes, então é ainda mais fácil de resolver este "problema" do que eu pensava...
O que eu estou a ver é que quem sai lixado com isto tudo é a FAP... Pelo que se vê, o MLU dos C-130 vai ficar dependente do KC-390, sendo sempre adiada essa modernização para não "ferir os sentimentos" da Embraer... No fim, vamos ter os C-130 a voar por mais 4 ou 5 anos sem modernização enquanto esperamos pelo KC-390 que só ao fim de uns anos é que vamos saber os custos de aquisição, e já tendo assinado o contrato, teremos de comprar, custe 50 ou custe 200 milhões...

Quanto ao assunto dos helis... a ideia descabida não era a aquisição dos NH-90 em si, mas sim a criação de uma unidade independente no exército para operar helicópteros... Porque vejamos, a FAP tem falta de helicópteros... os 12 Merlin não chegam para tudo, estão grande parte deles em alerta 24h, não restando muito para as outras missões... e era aqui que os NH-90 entravam, quando necessário executar missões SAR, depois com o eventual Navpol podiam embarcar compensando parte dos Merlin e executariam as missões de cariz mais militar, para as quais nem sempre os Merlin têm disponibilidade. Para terminar, como é que beneficiaríamos de um desconto para a aquisição do substituto dos Al3?
 

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paraquedista

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #373 em: Abril 25, 2015, 04:20:08 pm »
Caro dc,

Os argumentos que voce tem contra o KC390...sao exactamente os mesmo que devia ter contra o NH90...nao passava de um projecto e os custos foram para cima dos 500 ME !!! quando inicialmente eram a volta de 300 ME.
Concordo plenamente...o Exercito, em vez de acabar com todas as chafaricas que tem... queria, entrar numa outra coisa para a qual nao tem a minima experiencia...devia deixar para quem sabe !!! Quem tudo quer fazer...nada faz bem.

O desconto nos futuros subsitutos do ALIII foram acordados aquando do acordo de cancelamento da aquiscao dos NH90...que o governo teve de pagar 34 ou 35 ME por esse cancelamento...se estes foram adquiridos a uma das companhia que fazem parte do NH.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #374 em: Abril 25, 2015, 05:35:45 pm »
Citação de: "paraquedista"
Ou seja onde eu quero chegar e que...para Portugal produzir uma serie de componentes para o KC390 o Ministro da Defesa do Governo anterior a este, assinou uma carta de intencoes para adquirir estes avioes. E tinha ate uma certa data que confirmar ou nao essa intencao.
Nós também assinamos um monte de cartas de intenções para equipamento que não chegamos a adquirir. E isso não tem nada a ver com a produção (e desenvolvimento) em Portugal de componentes para o 390. Os fundos estatais e europeus, que não são apenas atribuídos neste tipo de projectos de defesa, já cobriram isso e foram o que teve maior peso. (E nem falamos na transferência de tecnologia.) Não temos nenhuma obrigação de estar a comprar o 390. Temos é de adquirir a melhor proposta com base na nossa situação financeira, estratégica e nas nossas necessidades.

Citação de: "paraquedista"
Depois ja neste Governo o ministro da Defesa alterou essa data limite ate ao final de 2014, e em Dezembro do ano passado para cumprir com o que ficou no contrato pediu formalmente a Embraer que fizesse uma proposta para venda de 5 ou 6, KC390.
Ou seja, agora quando receber a proposta da Embraer vai ter de tomar uma decisao.
Pode ver aqui (ou foi no tópico do 390?) numas páginas atrás uma notícia acerca disso no qual a Embraer nem respondeu ao pedido do MDN porque simplesmente ainda é muito cedo para poderem responder a uma série de questão acerca das capacidades da aeronave.

Citação de: "paraquedista"
Mais uma razao que a decisao tem de ser tomada em breve. Ou se gasta o dinheiro na compra de avioes novos ou se faz a modernizacao dos actuais...nao se pode fazer as duas coisas.
A decisão já foi tomada: o ministro já disse que se ia avançar pela modernização dos C-130. Claro que pode acontecer o do costume: o ministro diz uma coisa e depois mais tarde faz outra.

Citação de: "paraquedista"
Quanto a mim este Ministro fez muito bem acabar com esse projecto e pelo menos beneficiamos na construcao de componentes e ainda podemos ter um desconto consideravel nos futuros helicopteros ligeiros que vao substituir os AlIII a partir de 2018.
Não percebi esta. Então fizemos bem em sair do NH-90 (pelas questões óbvias) e fizemos bem em beneficiarmos da produção de componentes, no entanto já diz que temos de adquirir o 390 porque estamos a produzir cá componentes do 390? :roll:

Concordo em parte com a vossa posição acerca do NH-90. Contudo, não estejam a comparar o NH-90 ao projecto do 390. São coisas completamente diferentes. O projecto do NH-90 tinha muitos mais países envolvidos inicialmente do que o 390. Os custos do NH-90 foram cobertos na sua maioria por outros países e muitos mais países. O número estimado de vendas do NH-90 também era muito superior que aquele para o 390 e com muitos mais operadores. O NH-90 também foi adquirido a pensar em opera-lo em missões no estrangeiro com outros países com quem é bastante frequente operarmos lado a lado. Países com o qual até já partilhamos cadeias de logística, doutrinas, standards e temos treino conjunto. Quando é que foi a última vez que participamos numa missão real no estrangeiro com o Brasil? Quando foi a última vez que utilizamos no estrangeiro a cadeia de logística das forças armadas brasileiras? O próprio NH-90 também tem (o mal) de trazer já de raiz e de fábrica um monte de equipamento e capacidades para fazer várias missões a nível NATO, como as de CSAR e missões anfíbias, o que supostamente iria ajudar a reduzir os custos de aquisição comparado com a aquisição de outros helicópteros que seriam adquiridos individualmente pelos países e depois modificados para essas missões. Infelizmente a verdade foi outra e os orçamentos de defesa dos países também foram outros.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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