A mim o que me faz confusão é sermos obrigados a comprar algo que ainda não existe na prática... algo que é uma incógnita, não se sabe preços nem capacidades reais da aeronave... Resumindo, somos obrigados a comprar "às escuras"? Então e se daqui a dois anos houver algum/alguns problemas com o avião e isso origine um aumento no preço final? Se um avião que inicialmente ia custar 50 milhões (penso que era mais ou menos este valor apontado inicialmente) viesse a custar 100, como seria? É aqui que quero chegar, veja-se o exemplo de certos países relativamente ao Gripen, não quiseram arriscar ir para um projecto que estava apenas no papel e que acarretava riscos... o Brasil arriscou e já começam a haver aumentos absurdos no preço...
Quanto à LPM em si, a modernização dos C-130 é garantida, a não ser que venha a Lockheed Martin com uma mega proposta de C-130 novos ou se analise os C-130J que a RAF está ou vai retirar... Fora isto, é impossível os C-130 aguentarem mais 4 anos à espera do primeiro KC-390! Portanto, essa possibilidade está fora de questão, até porque é no minimo uma piada pensar que vender os 6 C-130 com tantos anos, mesmo que modernizados, vai chegar para pagar um avião novo em numero igual (seja KC-390, A-400, C-130J...), nem com esses 40 milhões extra... deviam estar a pensar que iam vender por 40 milhões cada um
Se estavam/estão na duvida se se vai comprar novo agora ou modernizar, então reparem na realidade, por muito que o governo reze, o KC-390 estaria fora da corrida numa compra imediata, ainda é um protótipo e só daqui a uns 3 ou 4 anos é que entra em produção... enquanto os outros, num espaço de um ano, teríamos a voar com as cores nacionais... É tão simples quanto isto! Se querem KC-390, então têm obrigatoriamente de modernizar os C-130 para voarem mais uns anos, e esta modernização poderia implicar que estes voassem por mais 10/15 anos. Se querem aviões novos, então lamento, mas o KC-390 está fora da corrida... Portanto, acho uma estupidez sermos obrigados a assinar contratos de aquisição (contrato de compra, o qual se por ventura fosse cancelado pagaríamos multa) para um avião que não garante ainda prazos de entrega nem preços nem nada.
Mais uma razao que a decisao tem de ser tomada em breve. Ou se gasta o dinheiro na compra de avioes novos ou se faz a modernizacao dos actuais...nao se pode fazer as duas coisas.
Pronto, esta frase diz tudo, se queremos o KC-390 temos de modernizar os C-130, se não quisermos modernizar os C-130 e ir comprar novo, então o KC-390 não pode ser adquirido pelas razões que já sabemos. Se são essas as condicionantes, então é ainda mais fácil de resolver este "problema" do que eu pensava...
O que eu estou a ver é que quem sai lixado com isto tudo é a FAP... Pelo que se vê, o MLU dos C-130 vai ficar dependente do KC-390, sendo sempre adiada essa modernização para não "ferir os sentimentos" da Embraer... No fim, vamos ter os C-130 a voar por mais 4 ou 5 anos sem modernização enquanto esperamos pelo KC-390 que só ao fim de uns anos é que vamos saber os custos de aquisição, e já tendo assinado o contrato, teremos de comprar, custe 50 ou custe 200 milhões...
Quanto ao assunto dos helis... a ideia descabida não era a aquisição dos NH-90 em si, mas sim a criação de uma unidade independente no exército para operar helicópteros... Porque vejamos, a FAP tem falta de helicópteros... os 12 Merlin não chegam para tudo, estão grande parte deles em alerta 24h, não restando muito para as outras missões... e era aqui que os NH-90 entravam, quando necessário executar missões SAR, depois com o eventual Navpol podiam embarcar compensando parte dos Merlin e executariam as missões de cariz mais militar, para as quais nem sempre os Merlin têm disponibilidade. Para terminar, como é que beneficiaríamos de um desconto para a aquisição do substituto dos Al3?