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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Viajante em Novembro 30, 2017, 04:00:38 pm

Título: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 30, 2017, 04:00:38 pm
Morreu Belmiro de Azevedo, empresário e líder histórico da Sonae

O empresário português Belmiro de Azevedo morreu esta quarta-feira. Tinha 79 anos. O líder histórico da Sonae estava internado desde segunda-feira.

(https://imageproxy-observadorontime.netdna-ssl.com/800x,q85/http://s3cdn.observador.pt/wp-content/uploads/2017/11/29160147/13918147_770x433_acf_cropped.jpg)

http://observador.pt/2017/11/29/morreu-belmiro-de-azevedo/

Morreu um grande empresário, que não deixava ninguém indiferente, com certeza com aspectos positivos e negativos, mas que criou riqueza no país e foi visionário em muitos aspectos. E também uma coisa de que se orgulhava era de dizer aos nossos políticos, fossem eles Presidentes da República, Primeiro-Ministros, Ministros ou deputados, o que ele (Belmiro) achava do político!

A sucessão do império SONAE fica nas mãos do filho do meio, Paulo Azevedo. E mesmo este para chegar a lider da SONAE, teve de começar a "aprender" e a trabalhar em quase todas as empresas do grupo. O pai só o colocou como Administrador de uma das empresas, quando já trabalhava à mais de 20 anos no grupo. A filha mais nova idem. Mas o caso mais caricato, é o filho mais velho que já quase à 20 anos que nem sequer trabalha para o grupo!!!!!! É apenas accionista!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2017, 11:01:41 am
Por que razão o PCP parece querer fechar a Autoeuropa?



Numa coisa, o PCP está certo: o PCP ou a Autoeuropa, um deles tem de morrer. Se o governo também percebe isso, que está a fazer ao lado dos comunistas?

A Autoeuropa, antes de ser uma fábrica, é o resto de um sonho. Na segunda metade dos anos 80, depois do ajustamento de 1983 e da cerimónia de adesão à CEE nos Jerónimos, em 1985, esperou-se em Portugal retomar a história dos anos 60: a industrialização do país, por via da deslocalização das indústrias do norte da Europa. Na década de 60, tinham sido os têxteis e o vestuário. Agora, depois da década perdida com a revolução, seria a indústria automóvel alemã e francesa. Não chegou, porém, a acontecer. Em 1989, a derrocada das ditaduras comunistas reabriu a Europa central às empresas alemãs. Nesse ano do “fim da história”, a classe política em Lisboa, muito à pressa mas sempre com as hesitações de quem não lia livros desde 1967, ainda tentou limpar a economia dos revolucionarismos de 1975. Demasiado tarde. Portugal na CEE não ia ser o país da indústria, mas dos centros comerciais e das urbanizações financiadas pelo crédito barato da moeda única. Das esperanças de um momento, restou a fábrica da Volkswagen em Palmela, a Autoeuropa.

Já nos disseram muitas vezes o que representa: mais de 3000 portugueses empregados, muitos negócios para outras empresas, 10% das exportações, um ponto percentual do PIB. Porque é que então o Partido Comunista decidiu fechá-la? Para começar, porque a Autoeuropa, resultado da integração europeia, violenta a ideia comunista de autarcia económica. Depois, porque a Autoeuropa significa “flexibilidade” e “negociação” nas relações de trabalho, isto é, a negação da intransigência e do confronto em que acredita o PCP. A Autoeuropa, como notam com manifesto desprazer os comunistas, insiste em que tem “colaboradores”, em vez de “trabalhadores”. Ora, o “colaborador” apresenta, para o PCP, este grande defeito: sente, enquanto tal, interesse em fazer prosperar a empresa, quando, como “trabalhador”, deveria ter como único objectivo a destruição do “regime capitalista” e a ruína da “sociedade burguesa”.

A história é conhecida. Durante duas décadas, os comunistas não conseguiram entrar na Autoeuropa, onde os “colaboradores” conseguiram sempre chegar a acordos como a administração. Infelizmente, como se tem visto, nada disso dependia de uma “cultura de empresa”, mas apenas do bom senso de um homem, António Chora, o presidente da Comissão de Trabalhadores, durante algum tempo deputado do BE. A oportunidade para os comunistas surgiu com a reforma de Chora e com a necessidade de criar condições para a produção de um novo modelo. O PCP pôde finalmente sujeitar a Autoeuropa ao conhecido regime da inflexibilidade e do conflito sem saída, que em 2006 já liquidou a fábrica da Opel na Azambuja, então a segunda maior unidade de montagem de automóveis do país.

O ministro Vieira da Silva aparece agora muito incomodado: “o tempo corre contra” o futuro de uma empresa sob “grande pressão externa”. Há rumores sobre “alternativas“, como no caso da Opel em 2006. Mas os comunistas não se deixam comover. Arménio Carlos, muito despreocupado, garante: aconteça o que acontecer, “eles não vão nada embora, vão cá ficar”, como se a Autoeuropa fosse uma fábrica de tijolo em 1943.

Entre 2012 e 2015, os sindicatos comunistas perderam 64 mil filiados, mais de 10% do total. Já este ano, o PCP passou por uma catástrofe municipal, com menos 10 câmaras e a pior votação desde 1976. Mas o comunismo português acredita que ainda se pode salvar, se conseguir recriar em Portugal o mundo de 1943. O cálculo é simples: quando mais empobrecido e ensimesmado, mais o país estará maduro para se render a um qualquer populismo nacionalista, que o PCP, que pouco aprende com a história, acha que pode ser o seu. Nisso talvez esteja errado, porque, se o país tiver de chegar a esse ponto, haverá certamente outras versões mais tentadoras de populismo nacionalista. Mas numa coisa, porém, o PCP está certo: o PCP ou a Autoeuropa, um deles tem de morrer. Se o governo também percebe isso, que está a fazer ao lado dos comunistas?

http://observador.pt/opiniao/por-que-razao-quer-o-pcp-fechar-a-autoeuropa/#comment-post-2403684-1764506
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Dezembro 12, 2017, 12:56:54 pm
Por que razão o PCP parece querer fechar a Autoeuropa?



Numa coisa, o PCP está certo: o PCP ou a Autoeuropa, um deles tem de morrer. Se o governo também percebe isso, que está a fazer ao lado dos comunistas?

A Autoeuropa, antes de ser uma fábrica, é o resto de um sonho. Na segunda metade dos anos 80, depois do ajustamento de 1983 e da cerimónia de adesão à CEE nos Jerónimos, em 1985, esperou-se em Portugal retomar a história dos anos 60: a industrialização do país, por via da deslocalização das indústrias do norte da Europa. Na década de 60, tinham sido os têxteis e o vestuário. Agora, depois da década perdida com a revolução, seria a indústria automóvel alemã e francesa. Não chegou, porém, a acontecer. Em 1989, a derrocada das ditaduras comunistas reabriu a Europa central às empresas alemãs. Nesse ano do “fim da história”, a classe política em Lisboa, muito à pressa mas sempre com as hesitações de quem não lia livros desde 1967, ainda tentou limpar a economia dos revolucionarismos de 1975. Demasiado tarde. Portugal na CEE não ia ser o país da indústria, mas dos centros comerciais e das urbanizações financiadas pelo crédito barato da moeda única. Das esperanças de um momento, restou a fábrica da Volkswagen em Palmela, a Autoeuropa.

Já nos disseram muitas vezes o que representa: mais de 3000 portugueses empregados, muitos negócios para outras empresas, 10% das exportações, um ponto percentual do PIB. Porque é que então o Partido Comunista decidiu fechá-la? Para começar, porque a Autoeuropa, resultado da integração europeia, violenta a ideia comunista de autarcia económica. Depois, porque a Autoeuropa significa “flexibilidade” e “negociação” nas relações de trabalho, isto é, a negação da intransigência e do confronto em que acredita o PCP. A Autoeuropa, como notam com manifesto desprazer os comunistas, insiste em que tem “colaboradores”, em vez de “trabalhadores”. Ora, o “colaborador” apresenta, para o PCP, este grande defeito: sente, enquanto tal, interesse em fazer prosperar a empresa, quando, como “trabalhador”, deveria ter como único objectivo a destruição do “regime capitalista” e a ruína da “sociedade burguesa”.

A história é conhecida. Durante duas décadas, os comunistas não conseguiram entrar na Autoeuropa, onde os “colaboradores” conseguiram sempre chegar a acordos como a administração. Infelizmente, como se tem visto, nada disso dependia de uma “cultura de empresa”, mas apenas do bom senso de um homem, António Chora, o presidente da Comissão de Trabalhadores, durante algum tempo deputado do BE. A oportunidade para os comunistas surgiu com a reforma de Chora e com a necessidade de criar condições para a produção de um novo modelo. O PCP pôde finalmente sujeitar a Autoeuropa ao conhecido regime da inflexibilidade e do conflito sem saída, que em 2006 já liquidou a fábrica da Opel na Azambuja, então a segunda maior unidade de montagem de automóveis do país.

O ministro Vieira da Silva aparece agora muito incomodado: “o tempo corre contra” o futuro de uma empresa sob “grande pressão externa”. Há rumores sobre “alternativas“, como no caso da Opel em 2006. Mas os comunistas não se deixam comover. Arménio Carlos, muito despreocupado, garante: aconteça o que acontecer, “eles não vão nada embora, vão cá ficar”, como se a Autoeuropa fosse uma fábrica de tijolo em 1943.

Entre 2012 e 2015, os sindicatos comunistas perderam 64 mil filiados, mais de 10% do total. Já este ano, o PCP passou por uma catástrofe municipal, com menos 10 câmaras e a pior votação desde 1976. Mas o comunismo português acredita que ainda se pode salvar, se conseguir recriar em Portugal o mundo de 1943. O cálculo é simples: quando mais empobrecido e ensimesmado, mais o país estará maduro para se render a um qualquer populismo nacionalista, que o PCP, que pouco aprende com a história, acha que pode ser o seu. Nisso talvez esteja errado, porque, se o país tiver de chegar a esse ponto, haverá certamente outras versões mais tentadoras de populismo nacionalista. Mas numa coisa, porém, o PCP está certo: o PCP ou a Autoeuropa, um deles tem de morrer. Se o governo também percebe isso, que está a fazer ao lado dos comunistas?

http://observador.pt/opiniao/por-que-razao-quer-o-pcp-fechar-a-autoeuropa/#comment-post-2403684-1764506

O exemplo da maneira de negociar dos comunistas quando estão no poder:

https://en.wikipedia.org/wiki/Novocherkassk_massacre
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2017, 03:25:14 pm
O exemplo da maneira de negociar dos comunistas quando estão no poder:

https://en.wikipedia.org/wiki/Novocherkassk_massacre

Eu não consigo perceber é como ainda há tantas aves raras comunistas em Portugal e como são protegidos principalmente pela comunicação social!

Eu tenho um exemplo pessoal, no meu primeiro emprego, de ver na 1ª pessoa como é que os comunistas lidam com os trabalhadores. Eles que são tão "defensores dos trabalhadores".........
No meu caso os comunistas eram donos da empresa onde eu estagiei! Acarinhavam os trabalhadores tanto que ficaram com os descontos para a Segurança Social durante 4 anos! Dinheiro que o trabalhador descontava e que supostamente ía para o estado! Também senti na pele o que era não receber a tempo e horas..... 1 semana, 1 mês e cheguei a não receber 2 meses. Em contrapartida os bufos da Administração recebiam sempre a horas!!!!! Mas o cúmulo foi uma reunião de urgência marcada pelos Administradores/Donos (comunistas) a todos os funcionários que moravam no concelho da sede da empresa, para que os Administradores percebessem porque é que tendo eles concorrido à Presidência de uma autarquia, ainda tiveram menos votos do que o número de trabalhadores na fábrica e com domicílio nesse concelho. Queriam saber quem eram as ovelhas tresmalhadas! (se calhar era mais rápido pensarem pela cabecinha que os comunistas sempre foram odiados no norte e centro do país...... e descobrirem o porquê?)
Atenção que isto não aconteceu nos anos 70, aconteceu 20 e tal anos depois, nos anos 90!
Escusado será dizer que no espaço de 1 ou 2 anos, saíram todos os quadros superiores, todos!!!!!!! A empresa já faliu à poucos anos, entretanto.
Portanto, já estou vacinado contra os comunistas. Principalmente quando vêem com o discurso do capitalismo selvagem...... a vontade de arrancar pedras da calçada é muita!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 13, 2017, 11:41:10 am
Autoeuropa a caminho do abismo

(https://capas.newsplex.pt/capas/capa_jornal_i_13_12_2017.jpg)

(https://cdn1.newsplex.pt/media/2017/12/13/616467.png?type=artigo)



O novo horário de trabalho contínuo imposto pela administração da Autoeuropa foi recusado pela Comissão de Trabalhadores, que já convocou um plenário para o próximo dia 20. Ministro Vieira da Silva chama de urgência a administração da fábrica de Palmela e a Comissão de Trabalhadores para discutir o futuro da empresa. A reunião está marcada para sexta, mas os riscos de deslocalização de parte da produção para outras fábricas do grupo alarmam o executivo

Depois de dois pré-acordos chumbados sobre mudanças de horários a administração da Autoeuropa decidiu unilateralmente avançar com o horário aos sábados a implementar a partir de janeiro do próximo ano sem esperar pela luz verde por parte dos trabalhadores da fábrica de Palmela. No entanto, deixa em aberto as mudanças de horário a partir de agosto – altura em que entra em funcionamento a laboração contínua – assim como uma porta aberta para o diálogo com a comissão de trabalhadores (CT).

Uma decisão que é rejeitada pela CT ao alegar que “este modelo de horário e as suas condições são mais desfavoráveis e contrariam a vontade expressa pela maioria dos trabalhadores” e defende que seja retomado o processo negocial. Uma ideia que já tinha sido defendida pela estrutura liderada por Fernando Gonçalves quando o segundo pré-acordo foi chumbado e, como tal, convocou um plenário para o próximo dia 20 de dezembro. Discutir a situação da empresa e exigência de nova negociação, assim como a apresentação do caderno reivindicativo são os temas em cima da mesa.

Ao que i apurou esta decisão por parte da administração não causou surpresa, uma vez que, desde o verão que a empresa estava a dialogar com a CT para avançar com estas mudanças e na semana passada já tinha alertado os trabalhadores para a necessidade urgente de implementar a nova carga horária. “É indiscutível a necessidade de ter no início do novo ano um modelo de trabalho que responda às encomendas dos clientes para a primeira metade de 2018, sob risco de entrarmos em incumprimento com o programa de produção”, revelou.

https://ionline.sapo.pt/artigo/592151/autoeuropa-alerta-vermelho-no-governo-?seccao=Dinheiro_i
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 13, 2017, 12:31:26 pm
O exemplo da maneira de negociar dos comunistas quando estão no poder:

https://en.wikipedia.org/wiki/Novocherkassk_massacre

Eu não consigo perceber é como ainda há tantas aves raras comunistas em Portugal e como são protegidos principalmente pela comunicação social!

Eu tenho um exemplo pessoal, no meu primeiro emprego, de ver na 1ª pessoa como é que os comunistas lidam com os trabalhadores. Eles que são tão "defensores dos trabalhadores".........
No meu caso os comunistas eram donos da empresa onde eu estagiei! Acarinhavam os trabalhadores tanto que ficaram com os descontos para a Segurança Social durante 4 anos! Dinheiro que o trabalhador descontava e que supostamente ía para o estado! Também senti na pele o que era não receber a tempo e horas..... 1 semana, 1 mês e cheguei a não receber 2 meses. Em contrapartida os bufos da Administração recebiam sempre a horas!!!!! Mas o cúmulo foi uma reunião de urgência marcada pelos Administradores/Donos (comunistas) a todos os funcionários que moravam no concelho da sede da empresa, para que os Administradores percebessem porque é que tendo eles concorrido à Presidência de uma autarquia, ainda tiveram menos votos do que o número de trabalhadores na fábrica e com domicílio nesse concelho. Queriam saber quem eram as ovelhas tresmalhadas! (se calhar era mais rápido pensarem pela cabecinha que os comunistas sempre foram odiados no norte e centro do país...... e descobrirem o porquê?)
Atenção que isto não aconteceu nos anos 70, aconteceu 20 e tal anos depois, nos anos 90!
Escusado será dizer que no espaço de 1 ou 2 anos, saíram todos os quadros superiores, todos!!!!!!! A empresa já faliu à poucos anos, entretanto.
Portanto, já estou vacinado contra os comunistas. Principalmente quando vêem com o discurso do capitalismo selvagem...... a vontade de arrancar pedras da calçada é muita!!!!!!!!

O meu pai nos anos 70 teve o "desplante" de perguntar numa reunião convicada pelo sindicato porque é que eles na empresa tinham que fazer greves por razões completamente alheias à dita empresa. Foi chamado até de FDP pelo sindicalista mor de plantão... resultado final, nunca mais fez greve ou foi mais a uma dessas reuniões. Ele é de esquerda mas nem penses em falar do PCP à frente dele! :crit:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 13, 2017, 08:51:11 pm
O meu pai nos anos 70 teve o "desplante" de perguntar numa reunião convicada pelo sindicato porque é que eles na empresa tinham que fazer greves por razões completamente alheias à dita empresa. Foi chamado até de FDP pelo sindicalista mor de plantão... resultado final, nunca mais fez greve ou foi mais a uma dessas reuniões. Ele é de esquerda mas nem penses em falar do PCP à frente dele! :crit:

No norte do país é igual, principalmente junto da população mais idosa do interior. No norte, já à séculos que os pais deixam as terras aos filhos. E chegamos aos dias de hoje com terrenos minúsculos, mas que são defendidos com a vida, qualquer metro quadrado. Um nortenho ouvir nos anos 70 falar da reforma agrária, que vem qualquer marialva tirar-lhe o terreno que já foi do pai (ou até o estado=Lisboa), avô..... ou então que comprou com imenso sacrifício (antigamente havia fome, e a única forma de garantirem que não passavam fome, era endividarem-se e comprarem terras que depois deixavam aos filhos).... só visto. No mínimo ouviam asneiras que nem sabiam que existiam e o mais certo seriam corridos a tiro! Se até em família nas heranças há guerras por causa de meia dúzia de metros quadrados, agora imaginamos um anormal querer apoderar-se da terra que é defendida com a vida!!!!

O meu falecido avô, que até aos últimos dias comprou terras para deixar pelo menos 1.000m2 a cada filho não podia ouvir o nome comunismo ou comunista que logo a seguir dizia asneiras.... e ele era extremamente calmo. Mas pior era o meu tio que tinha um cão chamado........ Cunhal LOL
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: perdadetempo em Dezembro 19, 2017, 10:49:33 am
Citar
Estado pagou 1.800 milhões em juros pelos apoios que concedeu à banca

Citar
"O esforço financeiro resultante das intervenções públicas, destinadas a apoiar o sistema financeiro nacional no seguimento da crise financeira internacional, iniciada em 2007, constituiu um encargo elevado para o erário público num contexto de finanças públicas deficitárias", lê-se no parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado 2016 (CGE 2016), divulgado hoje.

Segundo o Tribunal de Contas, nesse período, o apoio direto do Estado ao setor financeiro representou 0,4% das necessidades de financiamento em 2016, sendo que esse peso no endividamento variou entre 0,1% em 2011 e um máximo de 6,3% em 2012.

"Além disso, as necessidades adicionais de financiamento têm implícitos custos com juros da dívida pública que se estimam em 1.823 milhões de euros [tendo em conta a taxa de juro implícita da dívida pública, calculada pelo IGCP], no período 2008-2016", lê-se no parecer do Tribunal de Contas.

Nestes oito anos, o apoio financeiro totalizou 14.606,4 milhões de euros, dos quais 258 milhões de euros em 2016, uma redução face aos 2.525 milhões de euros verificados em 2015 (na sua grande maioria relativos à capitalização do Banif).

Neste período, a maior 'fatia' do apoio à banca foi dirigida para o BES/Novo Banco (4.614,7 milhões de euros), seguido do BPN (3.702,3 milhões de euros) e da Caixa Geral de Depósitos (3.035,2 milhões de euros). O Banif custou 2.978 milhões de euros e o BPP 659,9 milhões de euros.

Ainda assim, o Tribunal de Contas admite que o valor dos apoios possa ser superior, uma vez que ao défice do BPN e das sociedades-veículo Parups e Parvalorem pode acrescer capitais próprios negativos destas entidades em 2.033 milhões de euros e existem ainda garantias de 2.714 milhões de euros a estas sociedades veículos e de 1.800 milhões de euros ao Novo Banco.

http://24.sapo.pt/economia/artigos/estado-pagou-1-800-milhoes-em-juros-pelos-apoios-que-concedeu-a-banca (http://24.sapo.pt/economia/artigos/estado-pagou-1-800-milhoes-em-juros-pelos-apoios-que-concedeu-a-banca)

A titulo de comparação o total de despesas para a administração central na proposta do orçamento para 2018 seria de 129.327 milhões de euros.

https://www.dgo.pt/politicaorcamental/Paginas/OEpagina.aspx?Ano=2018&TipoOE=Proposta%20de%20Or%c3%a7amento%20do%20Estado&TipoDocumentos=Lei%20/%20Mapas%20Lei%20/%20Relat%c3%b3rio (https://www.dgo.pt/politicaorcamental/Paginas/OEpagina.aspx?Ano=2018&TipoOE=Proposta%20de%20Or%c3%a7amento%20do%20Estado&TipoDocumentos=Lei%20/%20Mapas%20Lei%20/%20Relat%c3%b3rio)

Na verdade o único organismo que no seu orçamento consegue ultrapassar o valor gasto nos bancos é o ministério das finanças e apenas por causa da rubrica "GESTAO DA DIVIDA E DA TESOURARIA PUBLICA" para a qual estes empréstimos bancários vieram contribuir.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 22, 2018, 02:32:02 pm
Vila Real recebe polo da Critical Software que quer contratar 100 engenheiros

A empresa Critical Software vai abrir um centro de desenvolvimento em abril, na zona de Vila Real, e contratar 100 engenheiros em dois anos, adiantaram hoje fontes da universidade e autarquia.

(https://www.noticiasdecoimbra.pt/wp-content/uploads/2017/06/critical.jpg)



De acordo com as fontes, a empresa, sediada em Coimbra e que atua nos setores da aeronáutica, da defesa e dos transportes, vai instalar um polo, numa parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Câmara Municipal.

O centro de desenvolvimento entra em funcionamento em abril com um grupo de 15 engenheiros que ficarão, numa primeira fase, instalados no Regia Douro Park – Parque de Ciência e Tecnologia.

 O objetivo da Critical Software é mudar, depois, para uma instalação definitiva no centro histórico da cidade.

 As fontes referiram que a empresa prevê contratar mais de uma centena de diplomados em engenharia nos próximos dois anos, principalmente informáticos e eletrotécnicos, mas também ligados à área aeroespacial ou física.

Será articulada com a UTAD a cooperação na formação especializada em alguns desses domínios. Entretanto, a empresa já lançou o processo de recrutamento.

Criada em 1998, a Critical Software é especializada no desenvolvimento de serviços para o suporte de sistemas críticos orientados para a segurança e para o negócio de empresas. Atua em setores como o da aeronáutica, da defesa, da segurança interna, dos transportes, das telecomunicações, das finanças e da energia.

É uma das mais importantes empresas de ‘software’ do mundo e trabalha para clientes como as Forças Armadas de Portugal e do Reino Unido, as agências espaciais norte-americana (NASA), europeia (ESA), chinesa (CNSA) e japonesa (JAXA).

 Atualmente, tem escritórios em Lisboa e Porto e marca presença, através de subsidiárias, no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos da América, Brasil, Moçambique e em Angola.

Já emprega, ao todo, cerca de 500 pessoas, das quais perto de 400 são da área da engenharia.

Vila Real tem reforçado esforços para atrair empresas e centros de investigação, com o objetivo de criar emprego qualificado e fixar pessoas.

Na semana passada, foi anunciada a instalação de um centro Fraunhofer no Regia Douro Park, também numa parceria com a UTAD, que prevê um programa de atuação ao nível da agricultura de precisão, nomeadamente nas áreas do vinho e da vinha.

A Fraunhofer-Gesellschaft é a maior organização de investigação aplicada na Europa, tem uma equipa de cerca de 25 mil pessoas distribuídas em mais de 80 centros de investigação no mundo, incluindo 69 Institutos na Alemanha.

https://www.noticiasdecoimbra.pt/vila-real-recebe-polo-da-critical-software-quer-contratar-100-engenheiros/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 24, 2018, 04:05:54 pm
Terminou uma série que aprecio (apreciava) bastante e que passava na RTP, chama-se: Fabrico Nacional, apresentada pela jornalista Catarina Portas.

Deixo o link para os episódios (relembro da Vista Alegre, Atum Ramirez, Licor Beirão, Ach Brito, Viarco, Dr. Bayard, etc....):

https://www.rtp.pt/programa/episodios/tv/p34307

Também há vídeos disponíveis no youtube sobre a série, mas deixo o link original da RTP.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Março 03, 2018, 04:56:11 pm
(https://www.mapmania.org/static/map/original/net_average_monthly_salary_in_europe_2017_65448.jpg)

Salário médio na Europa em 2017.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2018, 06:45:39 pm
Portugal continua com níveis de desigualdade bastante elevados à escala europeia


Portugal continua a ser um país com níveis de desigualdade social bastante elevados à escala europeia, uma situação que se agravou na última década e se traduziu no aumento da precariedade laboral e da pobreza.

O retrato social de Portugal nos últimos 10 anos é traçado no livro “Desigualdades Sociais, Portugal e a Europa”, que engloba vários estudos de investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-UNL) e que será divulgado na quarta-feira, em Lisboa, no colóquio comemorativo dos 10 anos de atividade do Observatório das Desigualdades.

“A crise cavou fundo na situação social dos desempregados, dos trabalhadores precários, dos pobres, dos pouco escolarizados, dos jovens em transição para o mercado de trabalho, das mulheres com menos recursos, dos imigrantes mais desfavorecidos, daqueles que saíram do país ao encontro de melhores oportunidades, dos que têm menos capacidade de mobilizar a ação coletiva”, lê-se no livro.

Apesar dos dados do INE e do Eurostat registarem “uma pequena evolução favorável” nos últimos três anos, Portugal ainda está “num nível de desigualdades bastante elevado”, disse à agência Lusa o diretor do Observatório das Desigualdades, Renato Carmo.

Desde que a crise surgiu em 2008, o Observatório das Desigualdades tem vindo a acompanhar de “forma muito sistemática e sistematizada” o que aconteceu no país em termos de desigualdade em setores como o emprego, educação, rendimentos e riqueza, saúde, ação coletiva.


"Foram 10 anos em que as desigualdades e a relação entre as desigualdades e a pobreza se agravaram profundamente em múltiplos setores e múltiplas dimensões" e o livro "é demonstrativo disto mesmo", ao abordar o problema numa perspetiva multidimensional e na relação com a Europa, explicou Renato Carmo.

Os estudos constataram que a desigualdade está presente em "muitas dimensões da vida das pessoas e isso significa" que a persistência do problema em Portugal se deve, em grande medida, ao facto de não se circunscrever a "um setor ou a um indicador”, sublinhou.

Para combater o problema são necessárias “políticas estruturais”: “Há perfis e padrões muito vincados que são quase transversais e que, se nada for feito de uma forma mais profunda, levará gerações até poder existir uma alteração mais profunda”, advertiu.

Um dos problemas apontados por Renato Carmo prende-se com a disparidade na distribuição de rendimentos, que é “muito acentuada em Portugal”, nomeadamente a nível salarial.

“A questão que se põe neste momento é como as dinâmicas de precarização do trabalho, nomeadamente em alguns setores que estão a emergir com muita força, como o turismo, podem reforçar estas disparidades salariais na medida em que muitos destes trabalhos são precários e com níveis salariais relativamente baixos”, sublinhou.

A fraca qualificação escolar da população empregada é apontada como um dos principais fatores de desigualdades.

“Portugal ainda é um país com níveis de escolarização abaixo da média europeia e isso reflete-se nas desigualdades” em vários setores, como no acesso a bens e serviços.

No caso da cultura, “é muito claro”, disse o investigador, adiantando que são, sobretudo, as pessoas mais qualificadas que têm práticas culturais “relativamente regulares”.

Os estudos também demonstram que são as classes mais escolarizadas que têm mais “capacidade da ação coletiva e de reivindicação”.

“Verificamos que a questão da qualificação e escolarização é ainda um grande desafio em Portugal”, uma situação que “questiona muito algumas ideias feitas, como o país ter “diplomados a mais”, disse Renato Carmo.

Em Portugal, as classes dirigentes têm níveis de qualificações profissionais abaixo da média europeia e inferiores até à população empregada, um problema que se reflete ao nível do mercado de trabalho, observou.

“Durante a última década, as desigualdades, não só se aprofundaram dentro dos países da Europa, incluindo os mais ricos, como se constituíram num problema para a própria coesão europeia”, frisou.


>>>>>>>>>> http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/portugal-continua-com-niveis-de-desigualdade-bastante-elevados-a-escala-europeia
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2018, 12:30:07 am
Vistos Gold: Portugal não é "suficientemente rigoroso", diz a Transparência Internacional


Portugal é um dos países da União Europeia em que a atribuição de 'vistos gold' regista falta de rigor, revelou esta segunda-feira a Transparência Internacional, que defendeu que não existem diligências suficientes para confirmar a origem do património dos aplicantes.

Na apresentação de uma investigação conjunta com o Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), em Bruxelas, o diretor estratégico da Transparência Internacional, Casey Kelso, apontou Portugal e Hungria como exemplos de países comunitários que não têm sido “suficientemente rigorosos” no cumprimento das diligências instituídas para a atribuição de ‘vistos gold’.

“Em Portugal, não há diligências suficientes para verificar a proveniência da riqueza dos aplicantes”, sublinhou, indicando que basta a apresentação de um registo criminal.

Para corroborar a sua afirmação, o diretor estratégico da Transparência Internacional, que referiu que Portugal é um caso de estudo de como estes programas podem corromper um Governo, indicou o caso do ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, que está a ser julgado no âmbito do processo em que se investiga a atribuição de ‘vistos gold’ a cidadãos estrangeiros.

“O julgamento que está a decorrer em Portugal é paradigmático [dos perigos dos ‘vistos gold’]. Há 11 pessoas que exerciam cargos públicos que estão a ser julgadas”, reforçou a responsável estratégica para a União Europeia (UE) da organização não-governamental Global Witness.

Rachel Owens elogiou a eurodeputada socialista Ana Gomes, que definiu como uma “campeã na luta contra os vistos gold”, e lembrou que uma vez que alguém obtém a cidadania portuguesa pode circular livremente na UE.

No caso português, a investigação destaca a aquisição de ‘vistos gold’ por parte de membros da “classe dirigente” de Angola, através da compra de propriedades em território nacional.

“Não sabemos quanto está a ser investido no imobiliário, porque é um setor tão opaco que simplesmente não conseguimos obter os dados”, reconheceu Casey Kelso, argumentando que os preços “excessivos” da habitação registados neste momento em Lisboa são uma consequência do programa.

Segundo dados publicados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, entre 08 de outubro de 2012, data de lançamento do programa, e 31 de janeiro de 2018, os ‘vistos gold’ representaram um investimento de 3,5 mil milhões de euros, dos quais 3,1 mil milhões resultantes do setor imobiliário.

O diretor da Transparência Internacional, Carl Dolan, assumiu “uma preocupação crescente” relativamente ao que estes esquemas representam para a integridade do Espaço Schengen. “Estas pessoas estão a comprar o acesso à cidadania comunitária e à UE”, completou.

A investigação concluiu que os programas dos ‘vistos gold’ são vulneráveis a abusos e minam a luta contra a corrupção na UE e nos países vizinhos, devido, entre outras coisas, à ausência de um escrutínio rigoroso à origem da riqueza dos beneficiários dos ‘vistos gold’, e à opacidade quanto à identidade dos beneficiários.

“[Os ‘vistos gold’] são irresistíveis para países pequenos, que tem alguns problemas económicos. Os governos tendem a manter o anonimato destas pessoas, que não querem ser expostas. O dinheiro é a base de tudo”, reconheceu Jody McPhillips, do OCCRP, que sublinhou que este é um negócio de milhares de milhões de euros para os Estados.

Os resultados da investigação, que decorreu nos últimos seis meses, e que incidiu sobre os programas de oito Estados-Membros – Portugal, Áustria, Bulgária, Chipre, Hungria, Letónia, Lituânia e Malta –, e de Arménia e Montenegro, serão apresentados esta tarde junto de entidades comunitárias.

“Vamos expor estes esquemas representam um risco para a integridade europeia e para os valores comunitários. A Comissão Europeia tem um papel crucial a desempenhar para proteger os seus cidadãos de esquemas de corrupção. Este estudo apresenta sugestões sobre as diligências que a União Europeia pode tomar para evitar que isto aconteça”, explicou Rachel Owens.


>>>>>>>>  http://24.sapo.pt/economia/artigos/vistos-gold-portugal-nao-e-suficientemente-rigoroso-diz-a-transparencia-internacional
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 14, 2018, 02:22:13 pm
Mais procura na Alemanha melhora perspectivas de crescimento em Portugal


A expectativa de um melhor desempenho das maiores economias europeias, com destaque para o efeito dos acréscimos dos estímulos orçamentais, investimento e salários previstos para a Alemanha, reforça a possibilidade de a economia portuguesa crescer mais do que os 2,6% até agora projectados para este ano pela OCDE e pelo Governo português.

No dia em que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apresentou as suas projecções interinas para as principais economias mundiais, o economista-chefe da instituição, Álvaro Santos Pereira classificou, em declarações ao PÚBLICO, como “muito provável” a possibilidade de Portugal beneficiar da conjuntura internacional positiva e garantir um ritmo de crescimento este ano maior do que o projectado no passado mês de Novembro.

“Obviamente que para Portugal será muito importante a evolução das economias europeias e aquilo que estamos a prever para economias como a Alemanha ou França pode ter um impacto muito positivo", disse o antigo ministro da Economia, que no início deste ano substituiu interinamente Catherine Mann no cargo de economista-chefe da OCDE.

Nas previsões publicadas esta terça-feira, a entidade sedeada em Paris passou a sua previsão de crescimento mundial este ano dos 3,7% antecipados em Novembro para 3,9%. E, no caso da zona euro (onde se encontram os principais destinos das exportações portuguesas), a previsão de crescimento em 2018 passou de 2,1% para 2,3%.

Nesta fase, apenas foram apresentadas novas previsões para as economias mais relevantes à escala mundial, pelo que no caso de Portugal a estimativa de crescimento em vigor é ainda aquela realizada pela OCDE em Novembro passado, de 2,6%, precisamente o mesmo valor projectado pelo Governo.

Se para a Espanha (o maior destino das exportações portuguesas) também não há novas previsões, para os segundos e terceiros principais parceiros a melhoria das expectativas da OCDE é significativa. Em relação à França, a previsão de crescimento para 2018 passou de 1,8% para 2,2%. E na Alemanha, a subida foi de 2,3% para 2,4%.

Para Álvaro Santos Pereira, aquilo que se está a passar na maior economia da zona euro é mesmo o que dá mais motivos para acreditar num desempenho forte da economia europeia este ano, havendo até a possibilidade de se verificarem taxas de crescimento mais elevadas do que as agora projectadas.

“A Alemanha está claramente a revelar-se como o motor do crescimento na zona euro”, afirma, salientando que “o investimento está a aumentar bastante” e que “o acordo de coligação governamental assinado aponta para um reforço muito significativo dos estímulos orçamentais, na ordem dos 0,3% do PIB ao ano”. Para além disso, há também indícios claros na Alemanha de que se possa assistir a uma evolução mais rápida dos salários, acrescenta Álvaro Santos Pereira, recordando o acordo recentemente assinado pelo sindicato IG Metal, “que já se está a reflectir noutros sectores”.

“Numa economia como a alemã, estes são sinais importantes e que, pelo efeito que podem ter na procura interna, podem ajudar o desempenho dos outros países da zona euro”, afirma o economista-chefe da OCDE, que no caso português, destaca também o facto de se estar a assistir a uma recuperação do investimento.

No relatório, a OCDE diz em relação à zona euro que “as políticas fiscais e monetárias acomodatícias, as melhorias nos mercados de trabalho e os elevados níveis de confiança dos consumidores e das empresas estão a ajudar a estimular a procura”.

Não é só em relação à zona euro que a OCDE está mais optimista. As revisões em alta da previsões foram generalizadas. No caso dos EUA, a OCDE mudou a sua previsão de crescimento este ano de 2,5% para 2,9%. No Japão passou de 1,2% para 1,5%, na China de 6,6% para 6,7%, no Brasil de 1,9% para 2,2% e na Índia de 7% para 7,2%.

Álvaro Santos Pereira aponta dois grandes factores por trás deste optimismo: “o aumento do comércio mundial e o regresso das variações mais elevadas no investimento”.

No relatório agora apresentado, há no entanto um risco a ensombrar o cenário genericamente positivo: a possibilidade de um aumento das políticas proteccionistas em várias economias do planeta. Uma ameaça tornada mais real com a decisão dos EUA de imporem taxas alfandegárias mais elevadas em produtos como o aço e o alumínio e que, a concretizar-se, “afectaria negativamente a confiança, o investimento e os empregos”.

O ex-ministro da Economia explica que, nas previsões agora divulgadas não foram incluídos efeitos negativos. “Não está no nosso cenário central. Achamos que será possível diminuir a tensões, continuamos a acreditar que o diálogo é possível”, afirma.


>>>>>>>>>   https://www.publico.pt/2018/03/14/economia/noticia/mais-procura-na-alemanha-melhora-perspectivas-de-crescimento-em-portugal-1806519
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 26, 2018, 10:23:31 pm
INE confirma inclusão dos custos com a Caixa Geral de Depósitos no défice de 2017

...O défice das contas públicas de 2017 sobe, assim, para os 3% do Produto Interno Bruto (PIB), o que contrasta com o défice abaixo de 1% (0,92%) que teria sido registado caso não tivesse havido esse efeito....

https://observador.pt/2018/03/26/ine-confirma-inclusao-dos-custos-com-a-caixa-geral-de-depositos-no-defice-de-2017/

Está explicado porque é que o Ministro das Finanças congelou tudo o que pode em 2017, incluindo as compras militares que já foram confirmadas mas ainda não se viu nada até ao fim de Março!!!!!!

O déficit de 2017 foi de 0,92%, mas com a ajuda a mais um banco, neste caso a CGD (quase 4 mil milhões de euros), o nosso déficit foi exactamente de 3%!!!! O limite máximo permitido pela UE! E não sabemos se temos de ajudar mais algum banco! Fala-se em mais uns camiões de notas para o Novo Banco e não se sabe se a contabilidade criativa no Montepio de 800 milhões + umas dezenas de milhões das Santas Casas é suficiente para repor os níveis de capital!

Percebem agora a prioridade nacional? Temos de passar necessidades para salvarmos os nossos bancos! Gostava mais que copiassemos os americanos e ingleses que dizem..... se um banco quer ajuda, os donos que metam lá dinheiro! Se o dinheiro público entrar num banco, o estado apodera-se do banco e vende assim que possível e com lucro! É difícil, mas é possível como aconteceu por exemplo no inglês Lloyds que tem o António Horta-Osório à frente!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 28, 2018, 09:00:13 pm
Parece que adivinhava..... afinal os camiões de notas podem ascender a 450 milhões de euros para o Novo Banco (o tal Banco Bom).

Novo Banco. Estado vai emprestar até 450 milhões ao Fundo de Resolução

O Estado vai emprestar até mais 450 milhões de euros ao Fundo de Resolução para reforçar os rácios de capital do Novo Banco. Instituição teve prejuízos de 1.395 milhões em 2017.

(https://imageproxy-observadorontime.netdna-ssl.com/800x,q85/https://s3cdn-observadorontime.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2015/11/18162179_770x433_acf_cropped.jpg)

......
https://observador.pt/2018/03/28/novo-banco-estado-vai-emprestar-ate-450-milhoes-ao-fundo-de-resolucao/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: perdadetempo em Abril 02, 2018, 02:44:01 pm
Guia resumo dos vistos dourados na Europa para o oligarca russo ou imodesto homem de negócios de outros continentes:

https://www.transparency.org/news/feature/navigating_european_golden_visas (https://www.transparency.org/news/feature/navigating_european_golden_visas)

E para o caso nacional
Citar
Portugal

Programme:

    The Portuguese Residence Permit for Investment (ARIs)

Status:

    Active since 2012

Key Features:

    Capital contribution of up to €1 million or real estate investment equal to or above €500,000 - or €350,000 if property is located in urban regeneration areas - or the creation of 10 jobs.
    Applicants should stay in Portugal for a period of seven or more days in the first year and 14 or more days in subsequent years.

Investigation highlights:

    In 2014, the programme was rocked by a major corruption scandal when criminal corruption charges were filed against former Interior Minister Manuel Macedo and the former heads of the notaries service and the immigration authority, among others. The latter were accused of being involved in a bribery scheme and accepting gifts in exchange for expediting residence permits. The trial is ongoing.
    Ninety per cent of the money raised by Portugal’s Golden Visa programme comes from real estate investment which, according to Transparency International Portugal, exponentially increases money laundering risks.
    The US State Department’s 2017 International Narcotics Control Strategy Report states that “suspect funds from Angola are used to purchase Portuguese businesses and real estate” and reports allegations that “Portugal serves as a hub for laundering illicit funds for Angola’s ruling class.”

Para quem estiver interessado os relatórios da Transparência Internacional sobre os vistos Gold Nacionais:

https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2018/03/TI-PT_Golden-Investments-or-Golden-Cityscape_March2018.pdf (https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2018/03/TI-PT_Golden-Investments-or-Golden-Cityscape_March2018.pdf)

O mesmo assunto mas noutra vertente ( e em português)

https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2018/01/TI-PT_Vistos-Gold_2017.pdf (https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2018/01/TI-PT_Vistos-Gold_2017.pdf)

e sobre "BENEFICIÁRIOS EFETIVOS E TRANSPARÊNCIA FISCAL"

https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2017/03/Relat%C3%B3rio-EBOT.pdf (https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2017/03/Relat%C3%B3rio-EBOT.pdf)

Cumprimentos,

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2018, 12:44:08 pm
Como estão agora as feridas abertas pela Troika em Portugal?

Os dois anos de Governo das esquerdas foram marcados por boas notícias, mas muitas feridas abertas na era da Troika ainda estão por sarar. Só neste ano é que o PIB regressará ao nível de 2010
Nuno Aguiar


Discussões sobre um segundo resgate, notícias sobre derrapagens no défice, sanções de Bruxelas, mercados impiedosos, anúncios da vinda do “diabo” e, claro, sucessivos avisos sobre o agravamento da “tensão” entre os partidos que apoiam o Governo. Nos primeiros dois anos de governação da exclusiva responsabilidade da esquerda, as hipóteses mais dramáticas sobre a economia e as finanças públicas não se concretizaram. No entanto, os progressos conseguidos não foram suficientes para recuperar 
o terreno perdido durante a crise.

Num balanço económico dos últimos dois anos, é difícil não começar pelos desenvolvimentos positivos. Portugal cresce ao ritmo mais rápido desde 2000, o desemprego está em mínimos de 2004 e o défice encontra-se no nível mais baixo da democracia; o País deixou de estar sujeito ao Procedimento dos Défices Excessivos e à classificação de “lixo” por duas agências de rating; e Mário Centeno foi eleito presidente do Eurogrupo. Um retrato longe da vaga pessimista que acompanhou o nascimento desta solução de Governo (jornais alemães falavam de “uma nova Grécia”, Cavaco Silva previa graves “consequências financeiras, económicas e sociais”) e o arranque débil de 2016. “Nenhum dos agouros da direita se confirmou”, conclui Mariana Mortágua, deputada do BE.

A aceleração que se seguiria e o ajustamento da estratégia orçamental do Governo deixaram esses cenários no espelho retrovisor. Contudo, é útil pôr os avanços recentes em perspetiva. O forte crescimento de 2017, o quarto ano consecutivo de recuperação, surge num ciclo europeu altamente positivo e, mesmo assim, não foi suficiente para pôr o produto interno bruto (PIB) no nível de 2010, antes da entrada da Troika em Portugal.

“Os resultados permitem dizer que os cenários extremistas não se verificaram, mas também questionam a festa que o Governo está a fazer”, sublinha o deputado do PSD António Leitão Amaro, em declarações à VISÃO. Os dados do INE publicados na semana passada confirmam que as exportações não pararam de galopar, mas o consumo e o investimento continuam, em termos reais, abaixo do pré-Troika. No mercado de trabalho, 
o emprego (medido em contas nacionais) só agora chegou ao nível de 2010 e a percentagem de precários não caiu. A banca está mais sólida, mas continua sem emprestar às empresas, em parte porque uma em cada quatro tem crédito malparado, cujo peso total mais do que duplicou face a 2010. A média salarial nacional pouco mexeu e o SNS ainda está nos cuidados intensivos.

Mariana Mortágua reconhece que 
“a recuperação é longuíssima, principalmente condicionada pelas regras orçamentais”. Uma das suas queixas encontra eco também à direita. “No investimento público não houve esforço. O Governo executa muito abaixo do orçamentado”, critica a bloquista. “Parte do problema está na preocupação em cumprir metas. A despesa é bloqueada pelas Finanças.”

Leitão Amaro nota também a evolução desapontante da produtividade, fruto de o emprego estar a crescer mais rápido do que a economia e em setores como o turismo. Mais: o social-democrata reforça que o desempenho nacional não é especialmente notável quando comparado com outros países europeus. Os 2,7% de crescimento alcançados por Portugal em 2017 estão em linha com a média, e a maior parte dos países até superou esse resultado. “Em comparação com o ciclo económico que estamos a viver, é um resultado medíocre.”

Do lado das contas públicas também há alertas. O maior de todos, aponta Joaquim Miranda Sarmento, professor de Finanças do ISEG, está na dívida: mesmo com um excedente primário, os juros e as ajudas aos bancos adiaram sucessivamente a descida de um dos endividamentos mais altos do mundo. O rácio atual está ainda muita acima de 2010: 126% vs. 96% do PIB. Será difícil enfrentar uma nova crise com uma dívida pública de três dígitos.

Sendo claro que Portugal está a crescer a um ritmo sólido, a discussão deslocou-se para o que o está a alimentar. A direita argumenta que, apesar de a estratégia do Governo se basear no estímulo do consumo via devolução de rendimentos, são as exportações e o investimento que estão a puxar pela economia. De facto, se olharmos para os contributos do crescimento dos últimos dois anos, as exportações foram mais relevantes do que a soma do consumo e do investimento. Além disso, o défice orçamental foi reduzindo mais rápido do que os planos iniciais do PS. O modelo inicial falhou? Ricardo Paes Mamede, do ISCTE, reconhece que as coisas não correram como era suposto. “Não sabemos se foi o contexto externo ou as hipóteses que estavam erradas, mas logo em 2016 o modelo não funcionou. O consumo privado ficou aquém, o investimento também”, explica.

Na segunda metade de 2016, Portugal começou a sentir ventos mais favoráveis, que facilitaram avanços em várias frentes, do défice à relação com Bruxelas. “É importante distinguir resultados de medidas. Acho positiva a compreensão, a partir do verão de 2016, que o caminho de contrarreforma e de aceleração do consumo estava a resultar mal”, refere Leitão Amaro. Embora tenha adotado um sistema gradualista em quase todas as devoluções de rendimentos, a verdade é que o Executivo as tomou: as pensões subiram, os salários dos funcionários públicos foram repostos, a sobretaxa eliminada e o salário mínimo reforçado. “A devolução de rendimentos não é, só por si, uma estratégia, mas faz parte. 
O consumo gera vendas, que cria emprego e dá origem ao investimento”, afirma Mariana Mortágua. Mesmo o PSD, que prefere dar crédito às reformas passadas, aos programas do BCE e ao ciclo europeu, reconhece o impacto. “Há um efeito de curto prazo com medidas do lado da procura”, reconhece Leitão Amaro.

Talvez poucos esperassem que um Executivo apoiado por PCP e BE tivesse este perfil de crescimento e um dos maiores excedentes primários do euro. Cumpriu as expectativas? “Sabíamos que rompendo com a austeridade seria possível entrar num melhor ciclo económico, [mas] que em áreas como a banca seria difícil estar de acordo com o PS”, lembra Mortágua. “Foi um acordo de mínimos.” Para já, foi suficiente para estancar hemorragias; falta agora fechar as feridas.

http://visao.sapo.pt/exame/2018-04-07-Como-estao-agora-as-feridas-abertas-pela-Troika-em-Portugal-
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 22, 2018, 06:06:46 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.vas3k.ru%2F7kk.jpg&hash=3d3f9a34768789de7339717911137e20)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 23, 2018, 10:13:41 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.vas3k.ru%2F7kk.jpg&hash=3d3f9a34768789de7339717911137e20)

Facilmente detectamos onde era o antigo bloco de leste! Com essa ideia peregrina de distribuir a pobreza por toda a gente!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Clausewitz em Abril 24, 2018, 03:00:37 am
Facilmente detectamos onde era o antigo bloco de leste! Com essa ideia peregrina de distribuir a pobreza por toda a gente!!!!!!

O problema é que nós nunca fomos do bloco de leste mas estamos quase na mesma... Aliás já estamos ou estaremos em breve pior do que vários desses países.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 24, 2018, 10:08:01 am
Facilmente detectamos onde era o antigo bloco de leste! Com essa ideia peregrina de distribuir a pobreza por toda a gente!!!!!!

O problema é que nós nunca fomos do bloco de leste mas estamos quase na mesma... Aliás já estamos ou estaremos em breve pior do que vários desses países.

Já estivemos muito pior. Se comparar a nossa situação antes de entrarmos na UE, verá como se vivia nessa altura em comparação com o resto da Europa (com excepção da Europa de leste que efectivamente estivemos sempre à frente). Mas connosco passou-se por breves momentos algo parecido, logo a seguir ao 25, quando destruímos grande parte da capacidade produtiva do país, com a ocupação de empresas que tinham um dono e passaram a não pertencer a ninguém! Sabe o que acontece quando algo não pertence a ninguém, não sabe!? Aliás estivemos para nos tornar num país semelhante aos de leste.
Outro aspecto que se prende connosco é a nossa aversão ao risco e mudança, mais do que nos outros países. Quem é que quer arriscar e deixar de ser empregado a ganhar o seu salário ao fim do mês, para apostar tudo numa empresa que pode correr muito mal e deixar essa pessoa/família sem absolutamente nada!? (ainda na semana passada tive conhecimento de um amigo que vivia muito bem, era empresário e........ os negócios correram mal e já perdeu tudo o que tinha, para já só tem a casa onde habita, como tinha avalisado todos os empréstimos da empresa com a responsabilidade pessoal dele e como não devia muitos milhões, os bancos limparam-lhe todos os bens e agora está com cinquenta e tal anos, sem empresa, sem rendimentos e sem subsídio nenhum!!!!!) Aliás eu entendo que essa nossa aversão ao risco é o nosso maior problema, porque leva a que toda a gente se encoste ao Estado para ver se chove mais uns dinheiritos, sejamos nós empregados, reformados ou empresários! Assim não se arrisca tanto e com a bênção do estado/políticos, temos sempre uns negócios mínimos garantidos!!!!!

Outro problema deve-se à nossa falta de qualificação em comparação com os restantes países, mesmo com os do leste. Porque não tenha dúvidas que quanto mais alta for a nossa qualificação, mais produtivos nos tornamos, mais riqueza criamos (esse é um grande problema de muitas empresas nacionais, em que o patrão tem baixa escolaridade, até consegue "safar-se", mas depois não tem conhecimentos para mais, para fazer crescer o negócio).

Dou-lhe outro problema, parece que o país é alérgico à indústria! Ou porque polui, ou porque faz barulho, ou porque deita maus cheiros. Temos de ser exigentes com a indústria, sem dúvida nenhuma, mas também lhe digo que nenhum país do mundo consegue enriquecer sem a indústria! A Europa fez um enorme disparate ao expulsar a indústria para a Ásia! Esse é o grande motivo para os europeus verem a sua vida empobrecer e aos asiáticos que à décadas atrás morriam à fome, agora são economias muito desenvolvidas e com a população a enriquecer a olhos vistos, mesmo em países comunistas como a China (só é comunista no papel, em termos económicos é extremamente agressiva e liberal com os outros e conservadora para si mesma).

E o motivo para nós não crescermos é a falta da indústria, não tenha dúvidas. Não existe nada à face da terra (nem o petróleo ou as minas), conseguem criar tanta riqueza como uma fábrica! E se tem dúvidas, vá ver quanto ganha o funcionário mais mal pago da Autoeuropa em Setúbal, da Vulcano em Aveiro...... Atenção que estou a falar de empresas que criam muito valor acrescentado (riqueza), não estou a falar das fabriquetas nacionais que até produzem com qualidade, para depois entregarem à Benetton, à Adidas ou outra empresa de renome só para colocar a sua etiqueta em cima e estas a entregarem à fabriqueta 5% do valor e elas ficam com 95% do valor da venda!!!!!! Nem estou a falar das call center ou do turismo (não vamos enriquecer com o turismo, disso pode ter a certeza, aliás mais facilmente enriquecemos com a agricultura do que com o turismo. Veja o aumento do preço dos imóveis e culpe o turismo e os vistos gold).

Por fim para não me alongar mais, a cultura da responsabilidade! Chegarmos a horas aos compromissos, cumprirmos com o que prometemos a alguém (porque nós lá por dentro também somos como os políticos, prometemos muito mas depois damos pouco), não olharmos só aos direitos, mas lermos também os nossos deveres. Levarmos a integridade a outro nível, porque eu não tenho ilusões, os nossos políticos são o que são, porque nós somos assim. Não se nasce político. A política no fundo amplifica os nossos pontos positivos e negativos! E para terminar mesmo, e como sou da área da gestão, falta ao português um bocado mais de conhecimentos/literacia financeira, para saberem fazer contas e chegarem à conclusão de que é um disparate pagarmos juros de 10% ou mais no crédito ao consumo, ou irmos de férias com crédito (mais vale passar 1 ano férias por casa e no ano seguinte saímos)......
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: perdadetempo em Maio 13, 2018, 05:01:09 pm
A acreditar nesta notícia talvez o Novo Banco/Ex grupo Espirito Santo, tenha uma boa noticia para dar nos próximos tempos.

Citar
...Currently in Portuguese hands, the Isle of Man Steam Packet Company (IoMSPC) is the oldest continuously operating passenger shipping company in the world. In 2011 the company was bought by the Banco Espírito Santo which has now reportedly accepted an offer of £124 million which will see the services transferred to public ownership. Under the current agreement the IoMSPC must provide an inbound freight capacity of 7,800 lane metres per week, with 936 UK return sailings and 63 Irish east coast sailings per annum...(continua...)

http://www.handyshippingguide.com/shipping-news/union-welcomes-proposed-deal-to-buy-freight-and-passenger-roro-lifeline-ferry-company_9049 (http://www.handyshippingguide.com/shipping-news/union-welcomes-proposed-deal-to-buy-freight-and-passenger-roro-lifeline-ferry-company_9049)

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 18, 2018, 08:42:35 pm
A acreditar nesta notícia talvez o Novo Banco/Ex grupo Espirito Santo, tenha uma boa noticia para dar nos próximos tempos.

Citar
...Currently in Portuguese hands, the Isle of Man Steam Packet Company (IoMSPC) is the oldest continuously operating passenger shipping company in the world. In 2011 the company was bought by the Banco Espírito Santo which has now reportedly accepted an offer of £124 million which will see the services transferred to public ownership. Under the current agreement the IoMSPC must provide an inbound freight capacity of 7,800 lane metres per week, with 936 UK return sailings and 63 Irish east coast sailings per annum...(continua...)

http://www.handyshippingguide.com/shipping-news/union-welcomes-proposed-deal-to-buy-freight-and-passenger-roro-lifeline-ferry-company_9049 (http://www.handyshippingguide.com/shipping-news/union-welcomes-proposed-deal-to-buy-freight-and-passenger-roro-lifeline-ferry-company_9049)

Cumprimentos,

Infelizmente as notícias não são muito boas!!!!
O Novo Banco (o tal banco bom), já pediu mais 800 milhões ao Fundo de Resolução e nos próximos anos, podem pedir mais 3 mil milhões (está escrito no contrato de venda do Banco aos americanos!!!!!!!!!)

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/recapitalizacao-do-novo-banco-acontecera-nos-proximos-dias
https://observador.pt/2018/05/18/governo-diz-que-recapitalizacao-do-novo-banco-acontecera-nos-proximos-dias/

Depois do que já nos limparam, o Novo Banco ainda pode rapar mais 3,8 mil milhões, ou aos bancos ou a nós mesmo!!!!!!!!!

E é inacreditável e até vergonhoso que este Banco tenha participado no perdão de quase 100 milhões de euros ao Sporting (em conjunto com o BCP), acordado à dias!!!!!!!!
Pois é muito fácil ao dono do Novo Banco perdoar as dívidas do Sporting, eles têem na mão um documento que lhes garante que recebem até 3,8 mil milhões por negócios ruinosos feitos antes da venda do banco........

O estado faz cada negócio!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Julho 25, 2018, 08:08:30 pm
http://expresso.sapo.pt/economia/2018-07-25-Portugal-tem-55-de-probabilidade-de-entrar-em-recessao-a-medio-prazo
"Portugal tem 55% de probabilidade de entrar em recessão a médio prazo"
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Julho 25, 2018, 09:58:20 pm
Impostos do tempo da crise rendem quase mil milhões de euros a António Costa

http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2018-07-24-Impostos-do-tempo-da-crise-rendem-quase-mil-milhoes-de-euros-a-Antonio-Costa#gs.vhAfEgQ
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 02, 2018, 11:08:15 am
Do “despejo imediato” à demissão, nove perguntas e respostas que explicam o caso Robles

A batalha legal de Robles e da irmã para despejar um inquilino. A intenção inicial de não fazer obras no andar ocupado. As isenções. O imposto Mortágua. E as diferenças face ao negócio da líder do BE.

(https://s3cdn-observadorontime.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2018/07/27190429/1q9a1001.jpg)

“Basta pensar-se que no balcão dos despejos o senhorio não precisa de nada para mandar despejar e o inquilino precisa de advogados para se defender. É um absurdo completo. Chama-se balcão do arrendamento, bem sei, mas eu pergunto se algum dos presentes achou alguma vez que o balcão servia para arrendamento”. As palavras são de Catarina Martins, em Abril deste ano. O Bloco de Esquerda defende o fim do Balcão de Arrendamentos, mas foi precisamente nesse balcão que Ricardo Robles interpôs a acção de despejo contra um inquilino com quem não conseguiu chegar a acordo.

O processo de licenciamento das obras no prédio de Alfama deu entrada na Câmara de Lisboa às 16h14 do dia 20 de Março de 2015. A autorização de utilização foi deferida pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, a 11 de Setembro de 2017.

As peças da batalha legal contra o inquilino e o processo de licenciamento das obras na Câmara de Lisboa são alguns dos documentos a que o Observador teve acesso e que ajudam a completar estas nove respostas a perguntas que ainda são pertinentes sobre o caso Robles, mesmo após a demissão do vereador, naquela que é provavelmente a maior crise da história do Bloco de Esquerda.

..........

https://observador.pt/especiais/do-despejo-imediato-a-demissao-nove-perguntas-e-respostas-que-explicam-o-caso-robles/

Seu capitalista! :)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 07, 2018, 11:41:15 am
Portugal: Preços da eletricidade e gás são dos mais caros da Europa

O Eurostat, autoridade estatística da União Europeia, foi criado em 1953 e é atualmente uma Direcção-Geral (DG) da Comissão Europeia que tem como papel fundamental fornecer estatísticas à Comissão e às outras instituições europeias para que possam ser definidas, implementadas e analisadas as políticas comunitárias.

Recentemente, e pela primeira vez, a Eurostat publicou um comparativo de preços da eletricidade e do gás e Portugal é dos que tem preços mais caros.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2018/08/energia_00-720x482.jpg)

Pela primeira vez, o Eurostat publica os preços para a eletricidade e gás natural que são totalmente comparáveis entre países. De acordo com os dados, só apenas a Bélgica e a Dinamarca estão à frente de Portugal no que diz respeito a preços da eletricidade e gás. Portugal aparece na terceira posição.

Os preços da eletricidade e do gás na UE podem variar de acordo com as condições de oferta e procura, incluindo a situação geopolítica, os custos da rede e as condições meteorológicas.

Entre os 24 Estados-Membros que forneceram os dados, o preço da electricidade por Quilowatt-hora (kWh) pago pelas famílias variou entre 10 cêntimos (Bulgária) e 28 cêntimos (Bélgica). Na grande maioria dos países, o preço está entre 10 e 20 cêntimos por KW/h. Portugal está perto dos 25 cêntimos por KW/h.

Preço da eletricidade para as famílias por kWh, em 2017

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2018/08/Household-electricity-prices-538x720.png)

Relativamente ao gás o cenário é idêntico. Portugal volta a aparecer na terceira posição e à sua frente está a Irlanda e a Suécia. O preço por kWh do gás doméstico é geralmente menor do que o preço da eletricidade doméstica e, em 2017, variou de 3 cêntimos (Roménia) a 12 cêntimos (Suécia). Na maior parte dos 21 Estados-Membros que conseguiram fornecer os dados, o preço era inferior a 8 cêntimos por kWh.

Preço do gás para as famílias por kWh, em 2017

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2018/08/Household-gas-prices-535x720.png)

Apesar de termos uma economia bem menor que outros países, a verdade é que somos dos que mais pagamos ao nível da eletricidade e gás. Apesar de existirem várias ofertas é importante saber quais as mais adequadas para cada cidadão.

Para ajudar a escolher o melhor tarifário, podem sempre consultar o portal Poupa Energia, que permite simular e comparar mais de 200 tarifários de energia – gás natural e eletricidade. Esta plataforma é gerida pela Agência para a Energia (ADENE), entidade privada sem fins lucrativos e de utilidade pública, e o objetivo principal é ajudar as famílias a poupar e a mudar os seus hábitos de consumo, aumentando em pelo menos dez por cento o atual número de mudanças de operadores de energia.

https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-precos-da-eletricidade-e-gas-sao-dos-mais-caros-da-europa/#comment-2190408
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 12, 2018, 08:55:57 pm
Navigator em guerra com o Departamento de Comércio dos EUA contra taxa anti-dumping

Empresa de pasta e papel, a terceira maior exportadora portuguesa, vai contestar nos tribunais americanos taxa anti-dumping imposta pelo Departamento do Comércio dos EUA.

(https://imageproxy-observadorontime.netdna-ssl.com/800x,q85/https://s3cdn-observadorontime.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2017/04/05195847/16048696_770x433_acf_cropped.jpg)

A Navigator vai contestar nos tribunais americanos a aplicação de uma taxa anti-dumping sobre as importações por parte da Alfândega dos Estados Unidos. A taxa pode penalizar em 45 milhões os lucros da empresa de pasta e papel.

Em comunicado enviado ao regulador da bolsa na sexta-feira à noite, a empresa de pasta e papel argumenta que não existem fundamentos para a aplicação de uma taxa final sobre as vendas de 37,4% definida pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Esta taxa deverá ser aplicada retroativamente sobre as vendas de papel para os Estados Unidos realizadas entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017.

A Navigator diz que vai interpor uma providência cautelar para impedir a Alfândega americana de aplicar a referida taxa sobre as importações. No entanto, avisa que enquanto o recurso estiver a ser apreciado a nova taxa “será aplicável a todas as importações da sociedade depois da data de publicação da decisão — prevista para dentro de aproximadamente uma semana — e a impugnação judicial pela Navigator irá também cobrir esta medida”.

A empresa liderada por Diogo Silveira garante que usará “todos os meios processuais disponíveis e está convencida que vai conseguir demonstrar perante os tribunais norte-americanos que a taxa acima mencionada para o período em causa é totalmente injustificada e, consequentemente, fazer com que o Departamento do Comércio reverta esta medida administrativa que tem um impacto estimado (à taxa de câmbio atual de aproximadamente 66 milhões de euros no EBITDA (margem bruta operacional) e de 45 milhões de euros nos lucros líquido do ano em curso“.

A Navigator é a terceira maior exportadora portuguesa, segundo dados de 2017, representando 2,4% das exportações nacionais. O mercado americano representa 10% das vendas da empresa que também opera diretamente nos Estados Unidos.

Empresa foi visada por alegadas práticas de dumping

O diferendo com o departamento do comércio remonta a 2015, quando foi fixada uma taxa de depósito provisória sobre as vendas para o mercado americano de 29,53%. Esta taxa resultou de uma investigação de alegadas práticas de dumping (venda com prejuízo) nas exportações de papel UWF para os Estados Unidos da América cujos resultados a empresa portuguesa contesta.

A avaliação final feita em janeiro de 2016 reduziu a taxa para 7,8%, por via da correção, diz a Navigator, de um “erro administrativo”. Essa taxa esteve em vigor até agora. Em abril deste ano, a empresa foi informada de que a taxa provisória a aplicar nesse período seria de 0%. Mas agora a empresa controlada por Pedro Queiroz Pereira foi notificada pelo United States Department of Commerce que a taxa final seria de 37,4%.

Considerando que existe uma “modificação substancial da taxa anterior” e que as autoridades americanas não pediram informação adicional nem houve alteração de circunstâncias, a empresa diz que esta é uma “mudança intencional dos pressupostos assumidos pelo Departamento de Comércio com o objetivo de aumentar a taxa final sobre vendas de papel Navigator para os EUA”, apesar da empresa ter colaborado. Esta “mudança” coincide com um endurecimento da política americana contra as importações da União Europeia.

https://observador.pt/2018/08/11/navigator-em-guerra-com-o-departamento-de-comercio-dos-eua-contra-taxa-anti-dumping/

A guerra comercial contra a Europa continua, desta vez apanhou uma empresa portuguesa!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Agosto 14, 2018, 09:36:34 pm
https://www.jn.pt/economia/interior/economia-acelera-no-segundo-semestre--9716159.html
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 18, 2018, 09:53:03 pm
The Guardian destaca cerâmicas portuguesas como tendência de “millennials”

Descritas como "êxito de culto", as cerâmicas portuguesas estão aparentemente na moda um pouco por todo o mundo e a culpa é do estilo de decoração, que se assemelha ao "das nossas avós".

(https://imageproxy-observadorontime.netdna-ssl.com/800x,q85/https://s3cdn-observadorontime.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2018/08/18161324/bordallo-pinheiro-pintura_1280x720_acf_cropped_770x433_acf_cropped.jpg)

Um “êxito de culto”, uma tendência para os millenials (jovens nascidos entre os anos 80 e finais dos 90): é desta forma que o jornal britânico The Guardian fala das cerâmicas portuguesas da Bordalo Pinheiro, histórica marca oriunda das Caldas da Rainha.

Num artigo publicado este sábado, 18 de agosto, a publicação começa por questionar como é que esta marca com 134 anos está a “tomar conta de mesas e Instagrams” um pouco por todo o mundo. Elogiando o “fantasioso, colorido e excêntrico” mundo destas criações portuguesas, o jornal justifica a nova moda afirmando que o estilo “casa da avó” está aí em força, seja materializado num jarro em forma de peixe, numa bandeja disfarçada de couve ou num aplique de croché em cima da televisão.

Depois de explicar um pouco da história da marca e do seu fundador — um “visionário subversivo e socialista que gostava de gozar com a sociedade portuguesa do final do século XIX” –, destacam os resultados de vendas, que vão levar a Bordalo Pinheiro a inaugurar as duas primeiras lojas no estrangeiro, uma em Paris e outra em Madrid, ambas a abrir ainda em 2018.

A tal tendência vai-se verificando, aos poucos, em territórios portugueses, com cada vez mais lojas a venderem os animais, vegetais e frutos da cerâmica caldense. É no estrangeiro, contudo, que se nota o maior crescimento na procura, com mais de metade do milhão de peças produzidas em 2017 (são todas feitas à mão) a serem vendidas para fora.

https://observador.pt/2018/08/18/the-guardian-destaca-ceramicas-portuguesas-como-tendencia-de-millennials/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 19, 2018, 12:04:49 pm
PQP, o piloto de competição que se tornou um dos grandes industriais portugueses

A sua paixão foi a indústria e o que gostava mesmo era de projetar fábricas. Construiu um grupo industrial do qual fazem parte duas das grandes empresas industriais portuguesas, a Navigator Company, ex-Portucel, e a cimenteira Secil.

(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=ODM4rkIANEPx4Uh8N9TPpmqGfZ/uwDjWmu0qnc1vIuB3PBU3u46XPQkQtSi6GAjQMvXxwl7rDU50E/4Q5jAOgPWBBJMiVAFgq2aN0gypIVLHvJA=&W=800&H=0&delay_optim=1)

Pedro Queiroz Pereira, que morreu esta madrugada aos 69 anos, é um nome incontornável na economia portuguesa do pós-25 de abril. Quando a revolução acontece, o então jovem Queiroz Pereira era mais conhecido como PêQuêPÊ - ou PQP, as iniciais do seu nome - nome conquistado ao volante dos carros, paixão que o levou a ser piloto de competição antes de assumir a sua vocação industrial e construir um dos maiores grupos empresariais do país.

Foi aluno do Colégio Militar e posteriormente frequentou o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa. No pós-25 de abril, a família, muda-se para o Brasil onde viveu entre 1975 e 1987. No Brasil continua ao volante, tendo inclusive chegado a participar de provas de competição de Fórmula 2 com Ayrton Senna de quem ficaria amigo.

Assume a liderança dos negócios da família perto dos 40 anos na sequência da morte do pai e do irmão mais velho. Da história da família Queiroz Pereira, cujos interesses se repartiram desde cedo por várias áreas do imobiliário à indústria e à banca, há episódios que ilustram bem o ascendente que teve na sociedade portuguesa: Manuel Queiroz Pereira, o pai, foi por exemplo um dos dez empresários desafiados por Salazar a construírem o primeiro hotel de luxo em Lisboa, o Hotel Ritz de que Pedro também viria mais tarde a ser parte da administração.

Nos anos 90 as privatizações mudam a face da economia portuguesa e Pedro Queiroz Pereira, já à frente dos destinos dos negócios da família, lança os alicerces do que é hoje o grupo ao comprar a Portucel e a Secil. Todavia, seria a disputa da Cimpor que faria correr rios de tinta e que estaria na génese da sua rutura com Ricardo Salgado, a quem chegou a acusar de traição, e com o grupo Espírito Santo com quem teve durante anos uma ligação histórica. Na notícia sobre a sua morte, o Expresso lembra - e bem - que "a guerra com Salgado foi determinante para o colapso do Grupo Espírito Santo".

A novela pela disputa da Cimpor foi longa mas é difícil falar do percurso empresarial de Queiroz Pereira sem a contar.  Começou em julho de 2000, quando lançou uma OPA (oferta pública de aquisição) hostil sobre a cimenteira numa operação cara  que custava 550 milhões de contos (mais de 2500 milhões de euros). Sabia desde o início que era uma compra arriscada pela dimensão da empresa a comprar que a tornava um alvo mais fácil e até mais lógico para um grande grupo internacional do que para outra empresa portuguesa.  Tentou, ainda assim, controlar a Cimpor, associando-se aos suíços da Holcim, com quem iria repratyi a empresa, separando a operação internacional. “Temos muita pena de dividir a Cimpor, mas se não me antecipasse haveria uma OPA de uma empresa estrangeira”, disse na altura. A proposta aparentemente bem recebida pelo governo socialista da altura acabou chumbada ministro das Finanças e da Economia - então reunidas na mesma tutela - Pina Moura e Queiroz Pereira acabou por perder para o bloco Teixeira Duarte, BCP e Lafarge - num concurso polémico em que o Estado entregou os últimos 10% do capital do Estado à Teixeira Duarte, apoiada pelo BCP, e única concorrente. Perdeu mas demorou anos até desistir mantendo a disputa quer via participação accionista quer através dos tribunais.

Em 2004, a compra da Portucel teria outro desfecho - desta vez bem sucedido  - mas não foi isenta de novas batalhas, tendo pela frente um outro interessado chamado Belmiro de Azevedo. Para controlar a empresa, o empresário teve de lançar uma OPA sobre a Portucel, coisa que Belmiro de Azevedo se recusou a fazer, e a Semapa teve de vender alguns dos seus ativos, nomeadamente a Enersis e 49% da Secil.

No perfil traçado em maio deste ano pelo Jornal de Negócios, é descrito como "o grande industrial português". Só a Navigator, recordava o jornal, investiu nos últimos 15 anos mais de 1,3 mil milhões de euros em Portugal. "Costuma dizer aos mais próximos que com o dinheiro que ganha podia comprar um palácio no sul de França. Mas Pedro Queiroz Pereira não gosta de palácios nem do sul de França. Prefere investir e inaugurar novas fábricas. E é o que tem feito, quase a uma média de uma por ano".

Acionista maioritário do grupo Semapa, proprietário da Navigator, da cimenteira Secil e de negócios na área do ambiente e da energia, Pedro Queiroz Pereira era, segundo o ranking da  Revista Exame,  o 7º mais rico de Portugal, detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe).

Nos últimos anos chamou para o grupo um conjunto de gestores de topo e foi abandonando funções executivas. Manteve-se como presidente do conselho de administração da Semapa, que tem como presidente executivo João Castello Branco, ex-líder da McKinsey em Portugal, e a The Navigator Company  tem como presidente executivo Diogo da Silveira. Na Secil, a liderança executiva é do suiço Otmar Hübscher.

Em 2014 ficou viúvo e caberá agora às filhas a gestão do património e dos negócios da família. Avesso à exposição pública, refugiava-se amiúde numa herdade em Coruche onde fazia criação de cavalos e uma das filhas está inclusive em competições desportivas. Dele dizia-se que tinha maus feitio, que era teimoso mas sempre frontal, determinado e sabendo valorizar opiniões fundamentadas. Deixa como herança um grupo industrial português que sempre foi a sua grande ambição.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/pqp-o-piloto-de-competicao-que-se-tornou-um-dos-grandes-industriais-portugueses

Mais um grande industrial que parte. Precisamente quando os EUA lançam uma guerra comercial contra uma das empresas do grupo, a Navigator! Outras grandes empresas do grupo são a Secil (cimentos), Semapa e ETSA.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 30, 2018, 11:08:48 am
Vai dar tudo certo

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimages-cdn.impresa.pt%2Fvisao%2F2016-08-26-JoseEduardoMartins-2%2F1x1%2Fmw-300&hash=1b14e6a8f6b0fff74aac2aef38980ae1)


Opinião

José Eduardo Martins

Advogado e ex-deputado do PSD


O dr. Costa goza o pagode sem o mínimo de pudor. Porque pode. Não precisa de exibir inteligência, competência, conhecimentos, bom senso, nada. Só falar e encher o vazio, porque ninguém o contraria?

Para pôr um grão de areia nesta alegria de verão, o Expresso foi entrevistar o antigo deputado do PS Henrique Neto e ele saiu-se com uma que felizmente passou despercebida: “O país não está melhor, mas os portugueses acham que sim.”

Uma semana depois, o mesmo jornal lá corrigiu o tiro no otimismo com uma belíssima e retemperadora entrevista ao nosso líder. Ficámos tranquilos. 
Estamos como um pero.

Virámos, explica com paciência e carinho o dr. Costa, a página da austeridade e estamos agora na fase do redentor rigor.

A carga fiscal bateu recorde no ano passado (que isto do rigor precisa de muita receita), mas agora, anuncia o nosso benfeitor, vem aí, pela redução de impostos, a resolução dos nossos maiores problemas. Tufas, mai nada.

Vamos atrair de volta os jovens emigrantes qualificados e vamos ter um bodo para os senhorios fazerem retomar um mercado de arrendamento normal.

Os quadros mais qualificados estão a fazer as malas para o regresso e até já o Robles desistiu lá disso do alojamento local. Que os salários desses mais qualificados continuem baixos e sem qualquer perspetiva de subir ou que os senhorios não tenham ganhado nenhum na ideia são minudências que não atrapalham quem lidera, até porque o nosso primeiro-ministro não é de grandes teorias. Só de grandes convicções. Ele que não leva o PS para a esquerda nem para a direita, só em frente. Toda a gente sabe que para a frente é que é o caminho.

Os pessimistas têm algum receio do que pode acontecer a uma pequena economia aberta na véspera de uma guerra comercial? Não há porquê, explica o nosso visionário dr. Costa… e desata a falar da confiança dos empresários cá na terra. Toma, vai buscar.

Também vamos precisar muito dos fundos comunitários, mas não haverá problema nenhum com o rombo orçamental inevitável que os derrotistas preveem se tudo for executado. E porquê? Porque sim. Arruma lá esta.

Não percebi aquilo da autoestrada onde não podemos ir sempre a 120, mas são assim os grandes, não importa decifrá-los, importa confiar.

Talvez porque o desejo torna o irreal possível, como escreve o poeta.

Talvez porque no dia da entrevista, ilustrou as redes sociais, com a mesma fatiota, ao comando do feito notável de Monchique.

Um sucesso nas palavras do dr. Costa. E aqui, coisa rara, deixou-se tolher pela modéstia. Mais do que um sucesso, inventou todo um novo paradigma no combate aos incêndios. Arrastar as pessoas, para não haver mortos e deixar arder tudo, não porque não haja químicos ou coordenação, mas pela beleza regeneradora da inatividade magistral. Notável, não é? Embrulha!

Estamos portanto a mudar de página, de vida, quase de planeta. O dr. Costa goza o pagode sem o mínimo de pudor. Porque pode. Não precisa de exibir inteligência, competência, conhecimentos, bom senso, nada. Só falar e encher o vazio, porque ninguém o contraria?

Tudo o resto é mera implicância do Henrique Neto e do CFP, com relatórios impróprios (90 páginas, que horror) para a época das festas e dos festivais e títulos aziagos (“Riscos orçamentais e Sustentabilidade das finanças públicas”).

Pois, parece que temos um risco superior a 50% de entrar em crise a cada cinco anos, que cada crise nos custa mas de 3% do PIB e levamos tantos anos a recuperar dela como os que dura, que só chegamos aos 100% de dívida em 2030, que temos uma concentração de carga fiscal e consequente risco apenas em dois impostos e, entre outros fatores igualmente graves, somos o país da EU com maiores passivos potenciais à conta do brilho e do equilíbrio das nossas PPP.

Preocupações que o verão felizmente enterra na areia, como normalmente nós também o fazemos até chegar o FMI.

Valha-nos a oposição e o PSD que não se deixa ficar. Lançámos um novo cartão de militante cuja imagem vai “reforçar a afetividade e, por isso, 
a proximidade às bases do partido”.

Como dizia o bispo Edir Macedo: vai dar tudo certo!

http://visao.sapo.pt/opiniao/2018-08-22-Vai-dar-tudo-certo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 24, 2018, 12:30:33 pm
Arrendamento: estragaram em 33 meses o trabalho de 33 anos

Decorridos três anos em que se sucederam anúncios e proclamações em matéria de habitação, o fracasso é evidente, os resultados são aterradores e as primeiras vítimas desta política são os mais frágeis

Há 33 anos, era aprovada a lei que ficou conhecida como “Lei das Rendas”. Corria o ano de 1985.

Esta lei pode ser considerada o primeiro passo, com efeitos reais, para desfazer o congelamento das rendas que se iniciara com a implantação da República e que o Estado Novo renovou na década de 40 em Lisboa e no Porto. Este congelamento, após a revolução de 1974, foi alargado a todo o país.

De então para cá, decorreu um trabalho que pretendia progressivamente reconstruir o mercado de arrendamento em Portugal, com o objectivo de encontrar uma resposta para as famílias que não podiam ou não queriam adquirir casa.

Um dos problemas mais sensíveis deste percurso relacionava-se com aqueles que viviam há várias décadas em casas antigas e com rendas congeladas e que não teriam capacidade económica para suportar o seu aumento. Nos anos 80, as famílias que estavam nesta situação com os chamados contratos antigos, excediam um milhão. Nos censos de 2001 e de 2011 este número desceu, primeiro para cerca de 440 mil e depois para 255 mil.

Ao longo destas décadas, foi sendo evidente que o Estado não tinha capacidade orçamental para financiar um subsídio de renda generalizado, que muitos preconizavam e consideravam indispensável para suportar o descongelamento das rendas. Também era óbvio que uma liberalização do arrendamento urbano, realizada sem um processo de transição, poderia ter efeitos imprevisíveis para os quais as instituições públicas não teriam capacidade de resposta.

Nestes 33 anos, houve uma dezena de governos, uns com maioria absoluta, outros minoritários ou de coligação. Todos os que antecederam o actual contribuíram de alguma forma para a progressão que se verificou no arrendamento urbano e cujos passos mais marcantes sintetizo seguidamente.

Em 1986 foi publicada a regulamentação da “Lei da Rendas” com a criação do primeiro subsídio de renda e a reformulação do regime de renda condicionada.

Em 1990 foi aprovado o RAU (Regime de Arrendamento Urbano) que tipificou os vários tipos de regimes de rendas e introduziu os contratos de duração limitada.

Em 1995 foi publicado o diploma que alargou estas reformas ao arrendamento não habitacional.

Em 2000 foi publicada legislação que determinou várias alterações, embora pontuais, para dar maior segurança entre as partes na celebração dos contratos.

Em 2004 foi apresentada uma reforma do regime de arrendamento que não se chegou a concretizar porque o Parlamento foi dissolvido e o governo caiu.

Em 2006, com o NRAU (Novo Regime de Arrendamento Urbano), deram-se novos passos para concluir o processo de descongelamento das rendas num horizonte de dez anos, criou-se um novo subsídio de renda e foi introduzido um mecanismo para inviabilizar os trespasses.

Em 2012, com as alterações realizadas ao NRAU, foi liberalizada a duração dos contratos, eliminou-se a exigência de realização de obras para actualizar rendas, estabeleceram-se novos prazos para a transição dos contratos antigos para o novo regime, nasceu o Balcão Nacional do Arrendamento (BNA) e o procedimento especial de despejo e foi introduzido um novo sistema de protecção dos arrendatários idosos ou com deficiência através de um outro subsídio de renda.

Muitos dirão que estes passos foram tímidos, pouco ousados e que se arrastaram demasiado no tempo. Têm razão.

O caminho percorrido foi sinuoso e certamente muito demorado. Olhando para trás, é possível dizer que deveríamos ter avançado mais depressa e que em muitos casos houve excessivas hesitações.

Mas em todas as alterações e independentemente da sua bondade ou resultados, procurava-se que o arrendamento urbano se tornasse uma actividade viável e atractiva para os investidores e que os proprietários tivessem motivos para confiar os seus imóveis para o arrendamento.

Esta questão tornou-se premente a partir de 2002, quando acabou o crédito bonificado à aquisição de casa própria, num momento em que o mercado de habitação já apresentava sinais de saturação e o setor da construção entrou em queda. É este o ponto de viragem no paradigma que, durante décadas, modelou e financiou a oferta habitacional em Portugal.

O crédito bonificado à construção e aquisição de casa própria foi durante estas décadas a solução para contornar os custos políticos de uma reforma do arrendamento urbano que, independentemente do seu alcance, seria sempre controversa e penalizadora.

Importa realçar que o PCP e a Associação de Inquilinos Lisbonense, sempre que se aprovava uma alteração às regras do arrendamento urbano, vaticinavam catástrofes e hecatombes sociais de proporções inimagináveis. Expressões como “crime social”, “fomento dos despejos” e “lei de despejos”, são recorrentemente usadas desde 1985 e com particular veemência aquando dos processos legislativos mais significativos, como sucedeu em 1985, 1990, 2006 e 2012.

Como agora se pode constatar, as catástrofes que anunciaram nunca ocorreram.

Mas este receio esteve sempre bem presente nos processos legislativos.

Para se conseguir que o mercado de arrendamento urbano começasse a funcionar com normalidade, era necessário eliminar definitivamente as situações residuais dos contratos antigos e com rendas congeladas e estabelecer um sistema que transmitisse segurança e confiança, sem que pairasse o espectro da incerteza sobre o contrato celebrado e o pagamento da renda.

Esse sistema tinha que garantir a qualquer proprietário ou investidor que as poupanças que colocariam neste negócio não estariam sujeitas aos constrangimentos que se verificaram no passado: contratos de duração vitalícia, transmissões dos arrendamentos, congelamentos de rendas ou limitações às suas actualizações, processos de despejo que se eternizavam, ocupação e vandalização das habitações sem consequências para os prevaricadores.

Como em qualquer negócio, a avaliação do risco determina a sua viabilidade.

Em Portugal, as flutuações políticas ocorridas em mais de 100 anos, tiveram sempre reflexos negativos sobre as regras de funcionamento do mercado de arrendamento. Primeiro no período final da Monarquia, depois na 1ª República e no Estado Novo e finalmente após o 25 de Abril de 1974.

No percurso de 33 anos vivido após 1985, foi possível manter uma trajectória reformista, porque havia um consenso entre as principais forças políticas e agentes do setor.

Tudo mudou no início de 2016.

Desde que o actual governo iniciou funções que no domínio da habitação se sucedem os anúncios, as proclamações, as medidas mais desmedidas que se podem imaginar, as acusações, as desculpas, os comícios e as manifestações. Não há memória de tanto se falar em habitação.

Mas como diz o provérbio “são mais as vozes que as nozes”.

Inicialmente foi o ataque ao regime de arrendamento apoiado, que se aplica aos bairros sociais. Aprovaram uma nova lei (a Lei 32/2016, de 24 de Agosto), que em menos de um ano, pela voz dos seus principais promotores, o PCP e o Bloco, passou de justa a injusta e de fantástica a desadequada. Bastou que as respectivas clientelas, que querem viver em casas do Estado praticamente de borla, fossem confrontadas com as óbvias obrigações de qualquer arrendatário.

O resultado imediato destas alterações foi a perda de autoridade dos senhorios públicos para aplicar a lei, a permissividade com as ocupações ilegais, a criação de dificuldades em actualizar as rendas e acima de tudo os constrangimentos para confrontar os “caloteiros” com uma escolha simples: ou pagavam a renda ou enfrentavam a acção de despejo.

Seguiu-se a investida sobre o arrendamento não habitacional. A pretexto do encerramento de alguns estabelecimentos comerciais decrépitos e que há muito tinham perdido viabilidade, criaram a figura das “lojas com história”. Em vez de definirem uma política pública que permitiria apoiar e valorizar os estabelecimentos considerados notáveis e que financiaria a sua manutenção e a reabilitação dos edifícios onde se encontram, atiraram para cima dos senhorios com todas as responsabilidades, prorrogaram os respectivos contratos e congelaram as rendas.

Trata-se de medidas que criaram um beco sem saída para todos. Para os comerciantes, para os senhorios e para os municípios, porque na maior parte dos casos são negócios inviáveis e só atrasará a reabilitação dos respectivos edifícios.

Quando percorremos as zonas mais antigas dos nossos centros urbanos, é confrangedor verificar a enorme quantidade de espaços não habitacionais encerrados e vazios. Esta realidade tem mais de uma década e é indissociável de dois acontecimentos: a crise económica que desde o ano 2001 tem vindo a reduzir o poder de compra das famílias e atingiu em cheio o comércio tradicional e o NRAU de 2006 da autoria de António Costa (então Ministro de José Sócrates responsável por esta reforma) que acabou e bem, com os trespasses. Para os que já não se recordam, os trespasses eram o passaporte para a reforma de muitos comerciantes que por esta via “vendiam” o seu estabelecimento arrendado, sem que o senhorio o pudesse impedir. Estes trespasses davam sangue novo a estas actividades, recapitalizavam-nas e permitiam em muitos casos a sua continuação.

A figura das “lojas com história” tem mérito, mas foi criada contra os senhorios, colocando nas mãos destes uma responsabilidade que devia ser assumida e financiada pelo Estado.

E as entidades públicas são as primeiras a ignorarem as regras que aprovaram, quando julgam em causa própria. A conduta da Câmara Municipal de Lisboa é reveladora desta indecência. No caso do “Restaurante A Gôndola” na Praça de Espanha, cujo edifício entretanto demolido era propriedade municipal, a câmara fez cessar o arrendamento e vendeu-o a uma instituição bancária. Também em Lisboa, na Rua de S. Lázaro, a câmara vai pelo mesmo caminho para realizar um negócio imobiliário.

Depois foi o ataque à “Lei dos despejos”, onde se criou uma encenação com notícias alarmantes sobre famílias que estavam a ser despejadas. Agora é claro que não se tratavam de despejos, mas de contratos celebrados na década que se seguiu à publicação do NRAU de António Costa de 2006, que tinham chegado ao seu termo. Ainda hoje continuamos sem saber a quantidade dos ditos “despejos” que serviram para provocar tanto alarido.

Mas ao criarem tanta agitação com algo que não passava de um logro, ficaram com um problema. Era preciso aparentar que se fazia qualquer coisa e em vez de aprovarem medidas concretas para resolver a crise de que tanto falam, produziram uma aberração: aprovaram uma lei que suspende até ao final de Março de 2019 os processos de despejo de arrendatários com idade superior a 65 anos e cujos contratos tenham mais de 15 anos.

Mais uma vez, armaram uma ilusão sem terem a menor ideia de quantos casos poderão existir nestas circunstâncias.

E fizeram-no ao mesmo tempo que enfiaram na gaveta o subsídio de renda criado em 2015 e que permitiria responder a estas e muitas outras situações de famílias em risco de perderem o alojamento. E a razão invocada é espantosa: “um problema orçamental” como reconheceu o ministro da tutela numa entrevista que deu em Agosto de 2017. Por outras palavras, não tinham dinheiro.

Não satisfeitos com estas decisões, em cima dos faseamentos de actualização de rendas iniciados em 2006, alargaram os prazos de transição da reforma de 2012, prolongando na prática o congelamento das rendas por mais uma década. Não deixa de ser curioso que esta nova prorrogação é criada quando os prazos de transição do NRAU de António Costa de 2006 já se encontravam esgotados. Ou seja houve prorrogação de prazos para a reforma de 2012, mas não para a de 2006, sendo que esta provocou em muitos casos, aumentos de renda superiores à da reforma de 2012.

Seguiu-se a crítica à precariedade habitacional supostamente criada pela reforma de 2012. Mas quando analisamos as propostas que estão para aprovação no Parlamento, constatamos que discutem se a duração mínima de um contrato de arrendamento deve ser de um, de três ou de cinco anos. Afinal, aquilo que hoje debatem é a dimensão da precariedade que tanto criticaram à reforma de 2012.

Logo a seguir anunciaram que os contratos de arrendamento se convertiam em vitalícios para arrendatários com idade superior a 65 anos, com grau de deficiência superior a 60% e que vivam nas casas que arrendam há mais de 25 anos. Também aqui se desconhece a dimensão desta realidade.

Novamente, atiraram para cima dos privados com a responsabilidade de assegurar o direito constitucional de garantir o acesso ao alojamento às famílias em situação de maior fragilidade.

Nunca o Estado levou tão longe a privatização das suas responsabilidades num dos pilares do estado social: a habitação.

E para degradar ainda mais a confiança neste sistema, fizeram duas alterações numa matéria que é crítica e que se relaciona com a cobrança das rendas: a mora pelo atraso no pagamento da renda será reduzida de 50 para 20% e o processo de despejo só poderá ser accionado se estiverem em dívida três rendas, quando antes bastavam duas.

A sucessão de anúncios, medidas e propostas, atingiu o clímax quando, a pretexto da venda das habitações da Fidelidade, se lembraram de alterar o regime do direito de preferência. Após ler o diploma aprovado, percebe-se a sua inutilidade e ineficiência, quer para os arrendatários, quer para quem pretenda vender um imóvel arrendado. O disparate chegou ao ponto de terem legislado sobre o exercício do direito de preferência relativo a uma parte de um imóvel que não está constituído em propriedade horizontal, ignorando que a respectiva câmara municipal tem poderes para impedir a constituição dessa propriedade horizontal. Pior ainda, ignoraram as situações em que a transacção pode envolver um imóvel cujo destino é a demolição. Enfim, mais um ato de propaganda, para gerar uma ilusão e simular uma solução com resultados aberrantes.

Depois do bode expiatório da “Lei dos Despejos”, viraram-se contra o alojamento local.

Aprovaram uma lei que “inventou a roda”, só que esta é quadrada. Ninguém sabe como é que os condomínios a poderão aplicar e os poderes conferidos aos municípios para “travar” a expansão desta actividade vai gerar todo o tipo de iniquidades e perversidades. A figura das quotas é um absurdo cujo único resultado será aumentar a quantidade de casas vazias, inflacionar os preços e expandir a “gentrificação” de que tanto se queixam. E a confirmar-se que vão limitar o número de alojamentos locais por proprietário, assistiremos a uma proliferação de pequenos proprietários que servirá para esconder uma realidade económica bem distinta.

Depois de terem perorado durante mais de três anos sobre os problemas do alojamento local, é escandaloso verificar que chegada a hora de aplicar a lei e fazer os regulamentos, limitam-se a suspender o licenciamento de novos alojamentos. Afinal, não sabem o que fazer.

Mas já perceberam as consequências da proliferação dos seus anúncios e medidas. Como não há casas para arrendar, agora propõem-se criar um regime para arrendar de forma forçada os imóveis que sejam qualificados como devolutos. Mais uma vez, estamos perante decisões inconsequentes e inviáveis. Bastaria analisar os resultados da aplicação do agravamento do IMI aos imóveis devolutos, que vigora há mais de uma década, para se perceber que estamos perante mais um embuste.

Mas a maior das anedotas é a criação da figura do “assédio no arrendamento”, também apelidado de “bullying imobiliário”, como se estivéssemos num ambiente escolar. Uma infantilidade. Cabe perguntar se as verdadeiras vítimas deste “bullying” não são aqueles que colocaram as suas poupanças em casas para arrendar e que, há décadas, são esbulhados dos investimentos que realizaram.

E finalmente vieram anunciar um grande pacote de benefícios fiscais para quem arrendar, esquecendo-se, mais uma vez, dos contratos antigos e ainda daqueles a quem foi prorrogado o congelamento das rendas.

Desculpem-me a imagem sórdida, mas estes benefícios fiscais parecem-se com uma aspirina que é oferecida a quem foi obrigado a engolir várias cápsulas de cianeto.

Há uma proclamação feita por um membro do governo que ridiculariza esta governação: “queremos uma política de habitação centrada nas pessoas e não nas casas”. Andam a brincar com as palavras, mas a triste realidade é que agora as pessoas não encontram casa…

Decorridos pouco mais de 33 meses desta governação, os resultados são aterradores. Os preços não param de subir. A oferta é cada vez mais escassa.

As medidas que anunciaram e as que aprovaram já têm efeitos perversos, cujas primeiras vítimas são as famílias em situação mais frágil e que esta esquerda proclama como os seus protegidos, bem como os que procuram uma casa para arrendar.

A idade e a deficiência constituíram-se como armadilhas que se viram contra as famílias que procuram casa. O espectro criado com a decisão de tornar vitalício qualquer contrato de arrendamento celebrado com pessoas nestas circunstâncias, passou a excluí-las do acesso a um arrendamento.

A figura das “lojas com história” ditará o fim dos contratos de arrendamento não habitacional assim que se aproximar o limiar dos 25 anos da sua duração. Estes contratos de arrendamento nunca mais alcançarão essa longevidade.

Os malabarismos realizados com o regime do direito de preferência terão efeitos devastadores. Ninguém celebrará contratos de arrendamento com duração superior a dois anos e nos poucos casos em que o direito de preferência se concretize sem que exista propriedade horizontal, estaremos perante condomínios que nunca irão funcionar. Entretanto, investidores institucionais no arrendamento como era o caso da Fidelidade, fogem deste negócio o mais rapidamente que podem.

Nestes 33 meses, com anúncios e medidas disparatadas e inconsequentes, esta governação destruiu a segurança e a confiança que se procurou criar ao longo de 33 anos.

Os danos perdurarão por muito tempo. O PCP e o Bloco de Esquerda, com a ajuda do PS, estão de parabéns. Conseguiram o que preconizaram durante décadas: a destruição da iniciativa privada no arrendamento urbano em Portugal. A partir de agora, este negócio será cada vez mais residual e só servirá quem tiver dinheiro para pagar rendas milionárias.

Só um ingénuo colocará as suas poupanças num sistema que, a todo o momento, está sob a ameaça de um assalto legislativo e fiscal conduzido por uma governação irresponsável que vive exclusivamente para as notícias e a propaganda.

Está novamente demonstrado que é possível estragar num ápice, o que levou muito tempo a consertar.

Por muito optimista que se seja, o mercado de arrendamento urbano em Portugal está morto e não se recomenda.

Arquitecto, presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana de 2012 a 2017

https://observador.pt/opiniao/arrendamento-estragaram-em-33-meses-o-trabalho-de-33-anos/

A Geringonça a destruir o mercado do arrendamento!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 26, 2018, 05:22:19 pm
Brasileiros vendem Cimpor ao turcos da OYAK

O novo dono da Cimpor é um conglomerado industrial e financeiro da Turquia.

(https://jornaleconomico.imgix.net/wp-content/uploads/2017/06/Cimpor-e1496957655504.jpg?w=850&h=532&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

Os brasileiros donos da Cimpor acabam de anunciar em comunicado que vão vender a cimenteira portuguesa e o negócio de Cabo Verde aos turcos da OYAK que é um conglomerado industrial e financeiro.

A InterCement e a Cimpor “assinaram com o Grupo OYAK um contrato que tem como objecto a venda de todos os activos que compõem a unidade de negócio de Portugal e Cabo Verde”, diz o comunicado enviado às redacções.

A InterCement é a antiga Camargo Corrêa Cimentos que é uma empresa brasileira pertencente ao Grupo Camargo Corrêa que actua na produção de cimentos, e que comprou a Cimpor em 2012.

Segundo o comunicado conjunto da Cimpor e do OYAK (Ordu Yardımlaşma Kurumu), este grupo assinou hoje um contrato com a Cimpor – Cimentos de Portugal com vista à aquisição de todos os activos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde da Cimpor.

Através desta aquisição, a OYAK integrará no seu portfolio as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde.

As actuais estruturas directivas das áreas produtivas e dos serviços centrais da Cimpor em Portugal e Cabo Verde manter-se-ão em funções, garantem as empresas.

O valor do negócio não foi avançado mas a Reuters está a relatar que a InterCement encaixa 700 milhões de euros. A Camargo investiu 1,5 mil milhões em 2012 para controlar a quase totalidade da empresa.

“No âmbito da sua estratégia de internacionalização, a OYAK Cement identificou o potencial de integração da Cimpor Portugal e Cabo Verde, valorizando em particular o seu know-how, capacidade operacional, a escala, o posicionamento geográfico e a sua capacidade exportadora”, diz o comunicado.

O OYAK é o primeiro e maior fundo de pensões (‘second tier’) na Turquia, fundado em 1961, e o grupo líder em investimentos estratégicos em sectores lucrativos e de crescimento continuado de diversas indústrias como o cimento e a betão, a exploração mineira e a metalúrgica, o automóvel, a energia e o sector químico, a agricultura, a logística, as finanças e a alumina especializada, explica a nota enviada pela Cimpor.

O OYAK emprega actualmente cerca de 30 mil pessoas em 19 países, e registou, em 2017, um volume de negócios de 10,2 mil milhões de dólares.

A OYAK Cement conta com 7 fábricas integradas de cimento, 3 moagens de cimento, 45 centrais de betão pronto localizadas na Turquia, com uma capacidade anual de produção de 12 milhões de toneladas.

Segundo o comunicado o novo dono da cimenteira portuguesa é líder de mercado na Turquia, “a OYAK Cement é uma referência no desenvolvimento de soluções inovadoras para a utilização de cimento, orientadas por critérios de eficiência, criatividade e rentabilidade, bem como pela sua actuação sustentável e responsável em termos ambientais e comunitários”, asseguram.

“A estes atributos juntam-se a reputação e a força comercial da marca e dos produtos Cimpor, que serão peças-chave no desenvolvimento estratégico do negócio de cimento da OYAK”, acrescentam.

A história de como a Cimpor foi comprada pelos brasileiros da Camargo Correia, em 2012 não escapou a críticas e polémicas. Tendo sido na sequência de uma OPA lançada em 2009 pela brasileira CSN (empresa de siderurgia), que queria através da Cimpor (que detém a Cimpor Brasil), entrar no sector dos cimentos no Brasil, o que não agradou aos concorrentes brasileiros que controlam o mercado, como a Camargo Correia e Votorantim. Para impedir a OPA da CSN, a Camargo lança uma OPA concorrente à Cimpor e foi a CGD que acabou por ajudar a Camargo Correia, porque faz um acordo com a Votorantim em nome de manter um núcleo de accionistas portugueses com um parceiro minoritário brasileiro, que incluía a CGD e a Teixeira Duarte. Mas esta roeu a corda e numa madrugada vendeu à Camargo Correia, mais tarde ambas as cimenteiras brasileiras entendem-se e assim a InterCement ficou a dona da Cimpor, uma empresa que em Portugal passou por uma crise que se traduziu em prejuízos anuais.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/brasileiros-vendem-cimpor-ao-turcos-da-oyak-370865

Mais um episódio da novela da venda de uma das maiores e melhores empresas cimenteiras do mundo a um grupo de empresas brasileiras de cimentos de 5ª categoria que destruíram completamente a Cimpor, só para destruir mais um concorrente no Brasil! Só assim se justifica a compra por 1,5 mil milhões e a venda agora por 700 milhões! Pelo caminho, a InterCement apoderou-se de todas as fábricas da Cimpor e só deixou as fábricas em Portugal e Cabo Verde. O princípio do fim da Cimpor começou a ser traçado, quando o Sócrates impediu a venda da Cimpor à portuguesa Secil, para vender aos amigos de Lula, já que é uma das 3 empresas brasileiras a operar em Portugal e investigadas no Lava Jato: https://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-17-Viagem-de-Lula-para-o-lancamento-do-livro-de-Socrates-foi-paga-pela-Odebrecht#gs.yibsBU8
A Actual Cimpor tem ainda como actual Presidente do Conselho de Administração o sinistro Proença de Carvalho!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 31, 2018, 01:34:41 am
Imposto subiu 6 cêntimos em 2016. Agora baixa 3 cêntimos e só na gasolina. Porquê?

Mário Centeno anunciou finalmente uma descida no imposto sobre os combustíveis para 2019. Mas são apenas três cêntimos, só vale para a gasolina e ninguém sabe quanto vai custar.

(https://bordalo.observador.pt/800x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2018/10/29184305/19113523_770x433_acf_cropped.jpg)

Finalmente uma boa notícia para os automobilistas. Durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2019, o ministro das Finanças anunciou que vai baixar o imposto sobre a gasolina. Mário Centeno afirmou, em resposta aos deputados do CDS e do PCP, que ia reverter o aumento extraordinário do imposto sobre os produtos petrolíferos decidido em 2016 no primeiro Orçamento do Estado da “geringonça”. Mas a anunciada descida do ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos) só irá abranger a gasolina e vai, segundo esclareceu Mário Centeno aos deputados, ficar pelos três cêntimos por litro. Este valor representa metade do aumento decidido há dois anos e meio e deixa de fora o combustível mais vendido em Portugal.

1 Se o imposto subiu 6 cêntimos em 2016 porque baixa agora metade?

É certo que o ministro das Finanças anunciou que ia reverter essa medida no caso da gasolina, mas Mário Centeno também afirmou que a descida prevista, mas não expressa na proposta de Orçamento do Estado, iria colocar o ISP aos níveis em que estavam antes da atualização feita em 2016, e que foi da sua responsabilidade.Uma consulta às estatísticas da Direção-Geral da Energia e Geologia ajuda a explicar o que parece uma contradição. Em fevereiro de 2016, o imposto petrolífero subiu seis cêntimos nos dois combustíveis. Uma medida que foi justificada pela necessidade de compensar a perda de receita no IVA sobre os combustíveis que resultava da descida dos preços finais dos combustíveis.

Mas, enquanto que no gasóleo o imposto petrolífero não só se manteve como até se agravou ligeiramente, na gasolina aconteceu o inverso. O ISP baixou ainda um cêntimo em 2016 e mais dois cêntimos em 2017. E apesar de ter sofrido um agravamento inferior a um cêntimo no início do ano, o imposto sobre a gasolina está hoje mais baixo do que no dia a seguir ao do “enorme aumento de impostos” sobre os combustíveis de 2016. Logo, regressar aos níveis anteriores a essa subida, implicaria baixar o ISP da gasolina em cerca de 3,8 cêntimos por litro. Centeno disse que seriam 3 cêntimos.

2 Porque fica o gasóleo de fora?

Essa será a pergunta que interessa à maioria dos automobilistas portugueses, já que o gasóleo representa cerca de dois terços das vendas de combustível rodoviário. Mário Centeno não deu grandes explicações, mas remeteu para a reforma da fiscalidade sobre a energia, uma reforma que teve um grupo de trabalho cujo relatório não é conhecido ainda, mas que apontará no sentido do agravamento fiscal sobre o gasóleo e a aproximação do nível de imposto cobrado sobre este combustível ao da gasolina.

Esta é uma tendência europeia que já tinha sido sinalizada na reforma da fiscalidade verde de 2014, feita pelo anterior Governo, com a criação de uma taxa de carbono nos combustíveis que, desde logo, penalizou mais o gasóleo. O movimento anti-gasóleo tem vindo a ganhar força em várias cidades e países europeus, muito por efeito do escândalo das emissões da Volkswagen que chegou a outras marcas. E não são apenas os governos que estão a penalizar o gasóleo com mais impostos e até interdições para daqui a algumas décadas. Também os consumidores estão a fugir dos carros a diesel e a procurar mais a gasolina e os modelos híbridos que combinam o abastecimento elétrico com a gasolina. O movimento irá chegar às vendas de gasóleo.

Outra razão que explica porque se continua a carregar no gasóleo, apesar de ser o combustível usado pelos transportes de mercadorias e com maior impacto na economia, é a criação do gasóleo profissional. Um produto que garante aos grandes transportadores de mercadorias, com camiões de 35 toneladas para consumos até 30 mil litros por ano, o reembolso do imposto a mais que é cobrado em Portugal em relação ao outro lado da fronteira. Mas este reembolso deixa de fora ligeiros de mercadorias e pesados que não cumpram estas disposições.

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https://observador.pt/2018/10/29/imposto-subiu-6-centimos-em-2016-agora-baixa-3-centimos-e-so-na-gasolina-porque/

Mais uma medida estranha e completamente estúpida deste desgoverno! Os donos de Ferraris, Porsche, Lamborguini, Bentley, Rolls Royce..... que são pessoas necessitadas, agradecem!!!!!!
No mínimo um disparate!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 03, 2018, 05:33:48 pm
Emissão de dívida em moeda chinesa avança até Junho

Portugal prepara-se para colocar 377 milhões de euros em Obrigações em renminbi para alargar a base de investidores. A data exacta irá depender das condições de mercado, do apetite dos investidores e das necessidades de financiamento do país.

(https://jornaleconomico.imgix.net/wp-content/uploads/2018/11/Panda-bons.jpg?w=730&h=456&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

A primeira emissão de dívida portuguesa em moeda chinesa deverá acontecer até ao final do primeiro semestre de 2019. O objectivo é diversificar a base de investidores que financiam a República e o Jornal Económico apurou que o montante das operações poderá chegar aos 377 milhões de euros no conjunto do ano.

“É um mercado que está a crescer muito, com uma dimensão já neste momento é muito significativa. Portanto estar nesse mercado e ser o primeiro país da área do euro a emitir nesse mercado é algo que nos orgulha, até pelas ligações históricas de Portugal ao Extremo Oriente”, explicou Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, em entrevista ao Jornal Económico.

A emissão deste tipo de títulos, conhecidos como panda bonds, foi anunciada pelo Governo em Setembro de 2017 e já tem autorização do banco central da China, mas até agora ainda não aconteceu. Mourinho Félix afirmou que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP está ainda a trabalhar na emissão, “mas deverá ser no primeiro semestre do próximo ano com uma probabilidade elevada”.

O secretário de Estado não especificou qual o montante indicativo para a operação, ou se será realizado em uma ou várias colocações, mas está inscrito na proposta do Orçamento do_Estado para 2019 que o Tesouro pretende emitir 377 milhões de euros em dívida denominada em moeda que não euro. Apesar de Portugal ter Obrigações em dólares, o Jornal Económico sabe que todo esse montante está planeado para títulos na divisa chinesa, que deverão totalizar os três mil milhões de renminbi, à taxa de câmbio actual.

A data exacta para a emissão irá depender das condições do mercado. “Temos que avaliar no momento da primeira emissão qual é o apetite dos investidores e também quais são as nossas necessidades de financiamento”, disse Mourinho Félix.

Regime fiscal desenhado para atrair investidores

O objectivo é sobretudo diversificar e alargar a base de investidores, de acordo com o secretário de Estado. Por isso, o Tesouro irá olhar para as condições no mercado nesse momento e para as necessidades de financiamento. Portugal tem beneficiado de condições externas favoráveis, bem como da maior confiança de agências de rating e investidores para emitir dívida a taxas de juro cada vez mais baixas. Depois da primeira emissão, e caso seja bem sucedida, o Tesouro irá avaliar depois se irá realizar emissões seguintes que dêem liquidez e que permitam aos investidores gerir essa dívida nas suas carteiras com lucro, mas também com benefício para a República Portuguesa. “Penso que por essa via também, temos todas as condições para ter aí um papel que seja muito bom para Portugal do ponto de vista do alargamento da base de investidores”, sublinhou.

Para aumentar a atractividade das panda bonds, o Governo propôs ao Parlamento benefícios fiscais para investidores estrangeiros que comprem dívida pública portuguesa emitida em moeda chinesa. A medida implica a isenção de pagamento de IRS ou de IRC dos juros decorrentes de contratos de empréstimo celebrados pelo IGCP em nome e em representação da República Portuguesa, sob a forma de obrigações colocadas em mercado primário.

A isenção é aplicada a títulos subscritos ou detidos por não residentes sem estabelecimento estável em território português ao qual o empréstimo seja imputado. A exceção são residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças.

De fora ficam também as transacções em mercado secundário. Sempre que os valores mobiliários abrangidos pela isenção sejam adquiridos em mercado secundário por sujeitos passivos residentes ou não residentes com estabelecimento estável no território português ao qual seja imputada a respectiva titularidade, os rendimentos auferidos devem ser incluídos na declaração de IRS ou IRC.

Governo previne turbulência no  mercado

Apesar das condições crescentemente favoráveis (desde 2016) que têm beneficiado a dívida portuguesa, as últimas colocações de dívida já têm resultado em juros ligeiramente mais elevados. Ainda na semana passada, o IGCP pagou um juro de 1,939% para emitir 782 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 10 anos, o que representa uma subida face à última colocação de dívida benchmark.

Não só os custos de financiamento do país subiram como não foi alcançado o montante máximo indicativo do leilão, que se situava nos mil milhões de euros. A principal razão foi a incerteza generalizada a todo o mercado de dívida da zona euro devido ao conflito entre Itália e a Comissão Europeia em relação ao défice do país.

A curto prazo, a tendência é a mesma. Esta quarta-feira, o Tesouro colocou 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) com juros médios negativos. No entanto, as taxas subiram tanto a três meses como a 11 meses em relação aos anteriores leilões comparáveis.

A colocação de panda bonds, que deverão ter uma maturidade próxima de cinco anos, poderá ser uma forma de Portugal contrariar a pressão em momentos de incerteza. “É um programa inicial e a ideia é ter também esse mercado. Em situações em que seja desejável diversificar para outros mercados é algo que é útil em situações de turbulência, ter mais um mercado disponível. Passamos a ter dívida portuguesa emitida em dólares, em euros e em moeda chinesa”, explicou Mourinho Félix.

Por outro lado, o principal desafio é expor a dívida portuguesa ao risco cambial do renminbi, numa altura especialmente crítica. A guerra comercial tem aumentado a volatilidade em relação à moeda chinesa, que já acumula uma desvalorização de 7% face ao dólar desde o início do ano. A queda não se deverá acentuar de forma significativa dado que o banco central da China já sinalizou que poderá intervir e apertar o controlo de capitais para limitar os efeitos da efeito comercial.

O Tesouro está também a acompanhar e acautelar a volatilidade cambial, através de cobertura de risco. “Ao emitir em moeda estrangeira, tal como quando emitimos em dólares, há a cobertura do risco cambial, portanto não há aqui uma especulação de em relação à taxa de câmbio”, garantiu o secretário de Estado.

Primeiro país da zona euro a emitir panda bonds

Portugal tornou-se um dos países preferidos para o investimento estrangeiro ao longo da crise, período durante o qual empresas chinesas adquiriram uma série de participações em firmas portuguesas, especialmente nos sectores energético e bancário. Mais recentemente, em maio, a China Three Gorges lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos 76,7% do capital da EDP, por nove mil milhões de euros. No campo da dívida, a operação será, no entanto pioneira.

Os bancos contratados para realizar a operação de colocação são a Caixa Geral de Depósitos, o Banco da China e a HSBC, segundo informações dadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, quando anunciou que o país tinha recebido luz verde dos reguladores chineses. Portugal irá, assim, juntar-se a um número muito limitado de países que já emitiu dívida em moeda chinesa, incluindo a Hungria, Polónia e Coreia do Sul.

A colocação de panda bonds poderá beneficiar de condições mais favoráveis do que o inicialmente previsto pelo Governo já que a China anunciou em Julho que está a preparar medidas de simplificação para os activos em renminbi com vista a encorajar a participação estrangeiro no mercado de dívida do país.

O montante actual de dívida estrangeira emitida em divisa chinesa é de apenas 160 mil milhões de renmibis, o que equivale a cerca de 20,1 mil milhões de euros e compara com um mercado de dívida no país que ascende a 9,6 biliões de euros. O interesse pelas panda bonds tem sido limitado, em parte, pelas regras pouco claras das qualificações dos emitentes e do destino dos retornos. O vice-governador do Banco da China, Pan Gongsheng, explicou à agência Reuters que as novas directrizes visam exactamente simplificar a emissão, a retirada de ganhos e o regime fiscal.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/emissao-de-divida-em-moeda-chinesa-avanca-ate-junho-2-373425

Portugal a ceder cada vez mais aos chineses.... e a Merkl é que era o diabo!
Ainda por cima vamos isentar os juros do IRS!!!! Só benesses!!!! (https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/oe2019-juros-das-panda-bonds-vao-ficar-isentos-de-pagar-irs-366336)
Seguros, Banca, Energia, tudo sectores irrelevantes, já têem uma percentagem muito grande de controlo Chinês! E vem aí o Presidente Chinês, para abrir ainda mais o mercado português e funcionar como entreposto comercial para a Europa!!!! (http://visao.sapo.pt/lusa/2018-10-22-Bruno-Macaes-diz-que-Emmanuel-Macron-receia-aproximacao-entre-Lisboa-e-Pequim)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 14, 2018, 11:15:12 am
O país ancorado a 36%

Luís Aguiar-Conraria



A região que se esperaria que fosse o motor do país, a Área Metropolitana de Lisboa, serviu como uma âncora, puxando o país para baixo. E pesando de 36% no PIB nacional, é uma âncora demasiado pesada.

Ontem foi apresentado, no Palácio da Bolsa, um estudo patrocinado pela Associação Comercial do Porto com o título “Assimetrias e Convergência Regional”. O trabalho foi coordenado por Fernando Alexandre, que contou na sua equipa com João Cerejeira, Miguel Portela e Miguel Rodrigues (todos meus colegas) e ainda com Hélder Costa (que é meu ex-aluno). O trabalho com quase 200 páginas foi feito ao longo deste ano e pude, por muitas vezes, ver os meus colegas a trabalhar nele; cheguei a com eles discutir algumas conclusões.

Imagino que haja quem queira desvalorizar os resultados deste estudo, alegando que foi feito por encomenda de uma associação do Porto que tem lutado pela descentralização do país. Tal seria um erro. Quando são contratados académicos sérios (e eu ponho as mãos no fogo pela seriedade dos autores), só o estudo é que é encomendado. Os resultados não, esses são aquilo que a análise dos dados indicar. E, como académicos sérios que são, gostam de sujeitar os estudos ao crivo da comunidade científica, pelo que, a partir deste estudo, já escreveram um artigo científico que está neste momento a ser avaliado por uma revista internacional da área. É em grande parte com base nesse artigo académico, e não no estudo ontem apresentado, a que ainda não tive acesso, que escrevo a minha crónica de hoje.

Neste artigo, os autores começam por notar que entre 2008 e 2016, ao contrário do que se verificou nos restantes países intervencionados pela troika e da maioria dos países da União Europeia, as desigualdades entre as regiões portuguesas diminuíram. Esta evolução, repito, foi ao arrepio do resto da Europa e quer obviamente dizer que as regiões mais pobres cresceram mais e as mais ricas menos (ou, se se preferir, que as mais ricas sofreram mais com a crise e as mais pobres menos). Ou seja, aquela região que se esperaria que fosse o motor do país, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), serviu como uma âncora, puxando o país para baixo. E, quando essa região tem um peso de 36% no PIB nacional, é uma âncora demasiado pesada para arrastar.

Como a crise financeira internacional e a crise da zona euro foram, no essencial, crises de sobreendividamento, uma hipótese para este comportamento era que o endividamento das regiões mais ricas de Portugal fosse maior. Uma riqueza a crédito, digamos assim. Por outro lado, no contexto da crise que atravessámos e dado o processo de consolidação das contas públicas, era inevitável que o principal factor de crescimento fossem as exportações. Assim sendo, era de esperar que as regiões com um maior peso do sector não transacionável tivessem tido mais dificuldades em reagir e em libertar-se da crise.

As hipóteses levantadas acima são, de um modo geral, confirmadas pelos dados, mas os autores vão mais longe. Vendo que as diferentes regiões do país têm diferentes graus de especialização, além de serem especializadas em sectores diferentes, conjecturam que isso tornará os seus ciclos económicos assíncronos. Quando assim é, é importante que as políticas regionais possam ser diferentes, dado que os problemas que enfrentam são também diferentes. Nesse sentido, os meus colegas testam se as regiões com maior peso de receitas próprias e, portanto, com maior margem para compensar quebras das transferências centrais conseguiram resistir melhor aos choques externos. E, mais uma vez, os dados confirmam esta tese, com as regiões que mais receitas conseguiram gerar a enfrentarem melhor os choques negativos que sofreram.*

(https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2018/11/14072952/imagem12.png)

O resultado de todos estes factores somados pode ser visto na tabela que apresento em cima. Nela podemos ver que, desde que começou a longa estagnação portuguesa, em 2000, a Área Metropolitana de Lisboa tem tido um desempenho verdadeiramente medíocre, sendo mesmo a região com pior desempenho entre 2008 e 2016, o que não surpreende se tivermos em atenção que é a região com maior peso da dívida (privada) sobre o PIB e que também tem um sector exportador com muito pouco peso. Para além disso, a AML é a região mais dependente do Estado, tendo uma grande fatia das vendas de bens e serviços a entidades públicas.

Por outro lado, as cinco regiões com maior vocação exportadora — Beira Baixa, Ave, Aveiro, Alto Minho e Trás-os-Montes — e o Alentejo Litoral (a região com maior peso de sectores transaccionáveis) estão entre as que mais contribuíram para o crescimento do país (entre 2000 e 2016) e para a recuperação da crise (2012-2016). E ainda para a alteração da estrutura produtiva, com o crescimento do sector da indústria transformadora a destacar-se.

Ao mesmo tempo que a região de Lisboa é uma das mais estagnadas do país, continua a ser aquela que mais recursos atrai. Há vários indicadores que o demonstram. O meu preferido é o da deslocação de diplomados, onde podemos ver a capacidade da região de Lisboa (e, em menor medida, do Porto) de captar quadros qualificados à custa de um brain drain das outras regiões.

(https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2018/11/14072906/imagem11.png)

A questão que temos de enfrentar é se faz sentido continuar a fazer da Área Metropolitana de Lisboa um sorvedouro de recursos de Portugal, quando já é de longe a região mais rica (sendo a única região com um PIB per capita superior ao da média da União Europeia), num momento em que esbarrou num modelo de desenvolvimento esgotado e há cada vez mais dados empíricos que mostram que a descentralização é boa para o crescimento.

* Imagino que alguns leitores estejam neste momento a pensar que a relação causa-efeito é a oposta, argumentando que foi graças ao facto de o crescimento ter sido maior que estas regiões geraram mais receitas próprias. Este problema da endogeneidade das receitas próprias foi tido em consideração nas estimações econométricas, pelo que os resultados não estão contaminados por ele.

https://observador.pt/opiniao/o-pais-ancorado-a-36/

Tradução simples: A região que mais desvia recursos do país, financeiros e humanos (licenciados) é a que mais arrasta o país para baixo!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 21, 2018, 10:08:47 pm
Bruxelas alerta Portugal para incumprimento das metas orçamentais


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 25, 2018, 05:55:58 pm
Quem tramou a Cimpor? De multinacional a pequena cimenteira

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Muitas alianças e traições depois, aquela que chegou a ser a maior multinacional portuguesa acabou reduzida a três fábricas. Em apenas cinco anos, a Cimpor passou de lucros a prejuízos, duplicou a dívida e reduziu a rentabilidade para metade. O que ditou este encolhimento?

Seis anos nas mãos dos brasileiros da Camargo Corrêa e Votorantim bastaram para que a Cimpor, que chegou a integrar o top 10 das cimenteiras mundiais, fosse desmantelada. Numa complexa operação de troca de activos e de transferências de dívidas, a empresa acabou reduzida a pouco mais que três fábricas, agora vendidas aos turcos da OYAK.

O P2 relembra alguns episódios que marcaram o (trágico) percurso daquela que foi a maior multinacional portuguesa. Entre eles, algumas alianças e traições entre accionistas, incluindo o papel do misterioso “cavaleiro branco”, as consequências da guerra no BCP, e as decisões dos ministros Pina Moura e Vítor Gaspar, que, em momentos distintos, marcaram o rumo da empresa.

A Cimpor nasceu em 1976 a partir da nacionalização de várias cimenteiras, entre as quais a fundada pela família Champalimaud. E o crescimento foi rápido e global. Em 1992, pela mão de Sousa Gomes, já falecido, iniciou-se na internacionalização, com a aquisição da Corporación Noroeste, na Galiza. Em 1994 arrancou a reprivatização e a entrada da cimenteira em bolsa. Até 2000 deu vários passos de gigante: entrou no Brasil, onde fez duas aquisições importantes (o Grupo Brennand e a Companhia de Cimento Portland), em Marrocos, na Tunísia e no Egipto.

No início do novo século já era uma empresa cobiçada no mercado interno pela cimenteira Secil, de Pedro Queiroz Pereira, pela construtora Teixeira Duarte, de Pedro Teixeira Duarte, e pelos dois maiores players internacionais do sector: a francesa Lafarge e a suíça Holcim (antiga Holderbank). A mexicana Cemex também já tinha tentado uma fusão.

Em 2000, a Teixeira Duarte, que detinha 10% do capital da empresa, controlava a gestão, apoiada pela participação de 10% da Lafarge (interessada em travar a entrada da Holcim), e em mais 20% do capital repartido pelo BCP e pelo BPI, através dos respectivos fundos de pensões.

O presidente da Secil, Pedro Queiroz Pereira, olhava para este grupo e via concertação accionista, uma batalha que alimentou durante anos nos tribunais e junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sem sucesso. Começa aqui o primeiro grande momento de fractura no cimento do poder da Cimpor.

Secil tenta controlo

Em Junho de 2000, a Secil, que detinha 10% da Cimpor, aliada aos suíços da Holcim (que pretendiam roubar a liderança mundial à Lafarge) lançam uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a cimenteira portuguesa, já espalhada por mercados importantes em todo o mundo. Os suíços financiavam a maioria da operação e ficariam com 70% dos activos, boa parte dos que estavam fora do país. Nessa altura, Pedro Queiroz Pereira defendia que a operação era a que melhor servia o interesse nacional, dada a iminência de a empresa passar integralmente para mãos estrangeiras.
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A oferta estava dependente do fim da golden share (direito de voto especial) detida pelo Estado português, que ainda mantinha 10% na empresa. E da consequente desblindagem de estatutos, que limitavam as participações a 10%. Condições que abriram a porta à intervenção do poder político.

É precisamente nos corredores do poder que a operação acaba por morrer. Enquanto o empresário que gostava de corridas de automóveis, onde era conhecido pelas iniciais P.Q.P., pedia autorização ao Governo de António Guterres para deter mais de 10% da cimenteira, os presidentes de alguns bancos, entre os quais o do BCP, Jardim Gonçalves, sensibilizavam, com sucesso, o ministro da Economia e Finanças da altura, Joaquim Pina Moura, para travar a operação, alegadamente em nome do “controlo nacional”.

A favor da desblindagem ficou, isolado, o BPI, que acabaria por vender a sua participação de 10% pouco tempo depois. Na altura, Fernando Ulrich, que era vice-presidente do banco, declarou: “Tendo sido lançada uma oferta pública de aquisição sobre a Cimpor, o controlo da empresa deve ser decidido pelo mercado e não por actos administrativos.”

A decisão de Pina Moura desagradou ao então secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, António Nogueira Leite, que em declarações ao P2 recorda que essa foi uma das razões que o levaram a sair do Governo de Guterres, pouco tempo depois.

O “cavaleiro branco”

Em 2001, o Estado vende os últimos 10% da Cimpor à Teixeira Duarte, a única entidade que apresentou a concurso, e que dessa forma elevou a sua participação para 20,44%.

Pouco tempo depois, apareceu à venda um lote de acções, correspondentes a 11% do capital da cimenteira (provavelmente do BPI), que Pedro Teixeira Duarte quer comprar através da TDP SGPS, a sua holding pessoal e da sua mulher, acreditando que, dessa forma, escapava à contabilização conjunta com as acções detidas pelo grupo. Mas o empresário não tem dinheiro para fazer e vai bater à porta do BCP, de que é accionista. O fundador do banco, Jardim Gonçalves, amigo de Pedro Teixeira Duarte, diz-lhe que não é possível financiá-lo, dado o seu nível de endividamento, mas, em alternativa, sugere-lhe a entrada de um investidor externo na TDP SGPS. O banco garante-lhe tratar-se de um “white knight” (um “cavaleiro branco”), designação usada no mundo financeiro para investidores financeiros que não interferiam na gestão (que vulgarmente também se designam de “testas de ferro”). Neste caso, o “cavaleiro branco” visava garantir a Pedro Teixeira Duarte condições para continuar na liderança da cimenteira, numa altura de alguma instabilidade accionista.

O tal investidor secreto era Manuel Fino, também accionista do BCP, mas a sua identidade, a pedido deste, foi mantida em segredo, incluindo do próprio Pedro Teixeira Duarte. Isto porque o empresário dos têxteis-lar e de perfumaria era simultaneamente próximo de Pedro Teixeira Duarte e de Pedro Queiroz Pereira, que por esta altura o tinha convidado até a assumir uma participação na Secil/Semapa (o que não veio a acontecer).

Para cimentar o plano, que garantia ao BCP a sua continuação como banco da cimenteira e de parte dos seus accionistas, numa lógica de domínio de fileiras industriais (como aconteceu mais tarde no caso do BES/PT e outros), o BCP Investimentos foi mandatado para vender a Manuel Fino duas offshores, a Someria e a Medex, sediadas nas ilhas Man e Virgens. E ainda a assegurar o seu financiamento, juntamente com a Caixa Geral de Depósitos.

A entrada de Fino na TDP SGPS foi feita através de aumento de capital, ficando o fundador da Teixeira Duarte com 52% e os restantes 48% nas mãos do empresário da Covilhã. Na referida holding estavam acções da Teixeira Duarte, do BCP e da Soares da Costa (acções preferenciais sem voto, em operação articulada com o BCP).

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) entra em campo e entende que a participação do grupo/família Teixeira Duarte é superior. Em comunicado ao mercado, de Março de 2003, a CMVM obriga o grupo de construção a comunicar que lhe eram imputados 32,08% do capital social da cimenteira. A imputação do regulador da bolsa somava as acções detidas através da empresa Teixeira Duarte e a holding pessoal do empresário, a TDP SGPS (e do seu accionista misterioso), contabilização que a empresa contestava.

Enquanto se esgrimiam argumentos accionistas, a Cimpor crescia e, de 2001 a 2003, reforça a presença em Espanha, compra uma cimenteira na África do Sul e entra em Moçambique.

Incansável em provar que existia concertação, Pedro Queiroz Pereira foi à procura do rasto do accionista misterioso da TDP e descobriu que o dono de uma das offshores era Manuel Fino. Por esta altura, já Pedro Teixeira Duarte e Manuel Fino desfaziam o “casamento”, com receio de que a CMVM os obrigasse a lançar uma OPA. Em 2004, a Manuel Fino SGPS anuncia ao mercado que, através da Someria Enterprises, Inc, comprou a totalidade das acções da TDP SGPS, “da qual já era accionista”, como assumiu em comunicado, passando a deter 11.283 acções da Cimpor. Desse divórcio ficou ainda com a participação de 16% no grupo Soares da Costa.

Contactado pelo P2, o grupo Teixeira Duarte não se mostrou disponível para relembrar estas operações. Já o empresário Manuel Fino, em conversa telefónica, disse não se recordar de alguns acontecimentos relativos à Cimpor, mas negou que tenha entrado na TDP em segredo ou através de offshores. O P2 contactou ainda José Fino, filho de Manuel Fino e conhecedor das operações relativas à Cimpor, mas este recusou-se a falar sobre este assunto.

Guerras na Cimpor e no BCP

De 2004 a 2006, a Teixeira Duarte continuava a liderar a gestão da cimenteira, que aumentava a presença nos mercados internacionais, com a entrada em Angola, Cabo Verde e na China, onde compra 60% de uma cimenteira. O BCP e a Lafarge prosseguem “alinhados” com a estratégia de gestão.

Entretanto, os franceses vão reforçando a participação até chegar a 17% e o mesmo faz Manuel Fino, enquanto vão entrando outros accionistas, com perfil mais especulativo, como a Fundação Berardo, financiada pela CGD. Por esta altura, os dividendos distribuídos pela cimenteira pagavam os juros dos empréstimos que financiaram as aquisições de acções da própria empresa.

Mas tudo se precipita em 2006, após a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo BPI sobre o BCP, que fracassa no mercado, mas cria uma forte divisão entre os seus accionistas, muitos deles comuns na cimenteira.

Armados por financiamentos da CGD, durante a gestão de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara (2005-2007), no primeiro governo de José Sócrates, surgem novos accionistas do BCP, alinhados contra o fundador do banco, e outros reforçam posições. Manuel Fino fica ao lado dos opositores a Jardim, no banco e na cimenteira.

No primeiro semestre de 2007, o BCP chama Manuel Fino, um dos dez maiores devedores do banco, e, como a outros, propõe-lhe a venda das acções da Cimpor (onde a sua posição já ascendia a 20% do capital), do BCP e da Soares da Costa, cujas cotações ainda estavam altas, o que permitiria pagar os empréstimos no próprio banco e na CGD e ainda libertar 150 milhões de euros (dos quais teria de pagar 30 milhões de euros de impostos). O empresário aceita, mas, entretanto, os meses vão passando e a venda não se faz, com o argumento de que se se esperasse até Março de 2008 já não seria necessário pagar os 30 milhões de euros de impostos. Entre a aparente razoabilidade do argumento de engenharia fiscal ou a importância dos votos de Fino na contagem de espingardas internas, as acções não foram vendidas.

A falência de Fino e a desgraça da Teixeira Duarte

Em 2008, por força dos conflitos internos no banco e da crise financeira internacional, as acções do BCP e da cimenteira sofrem uma forte desvalorização. Já com Carlos Santos Ferreira e Armando Vara na liderança do BCP (transitados do banco público), o valor das acções já não garantem os empréstimos e vários accionistas acabam na falência.

Manuel Fino é um dos vários accionistas que deixam de pagar os empréstimos no BCP e na CGD, mais de 600 milhões de euros, repartidos entre as duas instituições.

O banco público volta, em 16 de Fevereiro de 2009, a apoiar o empresário. No âmbito de uma renegociação de créditos, acaba por lhe comprar, com possibilidade de reversão, os 9,6% do capital da Cimpor, ao preço de 4,75 euros por cada acção (25% acima do valor negociado em bolsa). Os direitos de voto das acções ficam nas mãos de Fino. Os contornos da operação obrigaram o então presidente do banco público, Faria de Oliveira, a dar, com visível embaraço, explicações no Parlamento.

É este lote de acções que, mais tarde, vai ser determinante para a entrega do controlo aos brasileiros.

Na “guerra” do BCP, a Teixeira Duarte fica inicialmente ao lado de Jardim Gonçalves, mas depois procura uma posição de neutralidade, decisão que não lhe garantiu a simpatia dos vencedores. Dessa forma, passa a accionista mal-amado, e, numa altura de forte desvalorização das acções da Cimpor e do BCP, a ser pressionado para reforçar as garantias dos empréstimos, o que não tem condições de fazer.

A ofensiva dos brasileiros e o papel da GCD

A última etapa da vida da Cimpor multinacional — chegou a ser classificada como a verdadeira multinacional de bandeira portuguesa, pela dispersão geográfica global — começa com a mudança do eixo de poder para o capital brasileiro. O ano de 2010 marcou a entrada em força dos brasileiros na Cimpor, com a Caixa Geral de Depósitos a assumir um papel importante no futuro da empresa.

A 30 de Dezembro de 2009, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anuncia uma oferta pública de aquisição (OPA) hostil sobre a Cimpor, oferecendo 5,75 euros por acção, que acabou por ser registada em 27 de Janeiro de 2010. A oferta, que não cumpria parte da legislação nacional, não foi aceite por boa parte dos accionistas.

O receio da posição de domínio que a CSN viria a ter no mercado brasileiro, onde a Cimpor tinha uma importante presença, leva os brasileiros da Votorantim e da Camargo Corrêa a atravessar o Atlântico. E a abrir uma nova frente de batalha accionista na Cimpor.

A Camargo Corrêa, grupo construtor, e fabricante dos conhecidos chinelos da marca Havaianas, parceiro da Votorantim em vários negócios, apresenta a 13 de Janeiro uma proposta de fusão com a Cimpor, que viria a ser retirada no mês seguinte.

Num movimento aparentemente autónomo, a Votorantim anunciou a 3 de Fevereiro a compra dos 17% que pertenciam aos franceses da Lafarge. E nessa mesma data a Votorantim celebra um acordo parassocial (definição de uma estratégia conjunta) com a Caixa, que utiliza os 9,59% do capital comprados a Manuel Fino (mas que este ainda podia recomprar até Fevereiro de 2012).

E é nesta altura que a estratégia pelo controlo da Cimpor contagia o mercado, com uma série de comunicações confusas dos intervenientes nesta operação, sintoma de mais uma negociação trabalhada nos bastidores.

A 4 de Fevereiro (um dia depois do acordo parassocial), a CGD comunica que lhe são imputáveis 26,91% dos direitos de voto da Cimpor (Votorantim + Caixa), assumindo os direitos de voto que são imputados, mesmo em data posterior, a Fino. Mas no dia seguinte (5 de Fevereiro) vem a Votorantim dizer que é a ela que são imputáveis os 26,91% dos direitos de voto. O acordo previa ainda um direito de preferência recíproco na venda das referidas participações.

O acordo parassocial refere que “as partes têm como motivação a constituição entre si de um bloco accionista minoritário, representando menos de um terço dos direitos de voto na Cimpor, que seja coeso e estável e que contribua, designadamente, para favorecer a estabilidade accionista da Cimpor (…)”.

Teixeira Duarte: traidora ou traída?

A Teixeira Duarte (TD), com os seus 22,17%, já tinha sido afastada da administração da cimenteira, por pressão de vários accionistas, incluindo Manuel Fino, que viria a propor Francisco Lacerda para presidente da comissão executiva. E porque se aliou a CGD aos brasileiros e não ao velho conhecido grupo de construção nacional? É uma questão sem resposta, na ressaca das guerras na banca. Para alguns responsáveis ouvidos pelo P2, o banco público tentou criar um núcleo accionista estável, que não excluía a Teixeira Duarte. Para outros, “o acordo foi feito à revelia da Teixeira Duarte, que se sentiu traída, e convidada a sair”.

Certo é que a 10 de Fevereiro, apenas cinco dias depois do acordo parassocial, a Teixeira Duarte anunciou a venda da totalidade da sua participação à Camargo Corrêa, por um valor considerado interessante (6,50 euros por acção), que a ajudou a reduzir o seu elevado endividamento, garantindo a continuação de uma parte do grupo.

Em resultado das operações atrás referidas, as duas empresas brasileiras, que viriam mais tarde a dividir os activos da empresa portuguesa, ficam a “controlar” mais de 50% dos direitos de voto da cimenteira portuguesa.

........ (continua)

https://www.publico.pt/2018/11/25/economia/noticia/tramou-cimpor-multinacional-cimenteira-1852107

Um trabalho de investigação jornalistica mais aprofundado, para percebermos melhor como é que os nossos políticos (PS, PSD e CDS) permitiram que 2 empresas brasileiras de 5ª categoria e super-endividadas destruíssem a nossa melhor e maior empresa da altura, com fábricas (dezenas) espalhadas pelo mundo e fazia parte do TOP10 mundial do sector (compraram a Cimpor, apoderaram-se de todas as fábricas e do dinheiro e meteram as dívidas colossais que já tinham na CIMPOR)!!!!! O mesmo passou-se com a PT e não sei o que vai acontecer à EDP, Galp..........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Novembro 25, 2018, 06:21:15 pm
Mais um sindicato que corroeu tudo e uma chefia incompetente.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 25, 2018, 09:23:29 pm
Mais um sindicato que corroeu tudo e uma chefia incompetente.

Culpo mais neste caso, os políticos que por várias vezes apoiaram sem razão nenhuma, a venda aos brasileiros (excepto quando estão notas em cima da mesa) e dos próprios accionistas, que se endividaram muito para lá do que podiam, com a ajuda dos bancos, incluindo a pública CGD!!!!!!

Eu sou um absoluto europeista e tenho a certeza que hoje nunca o BCE aceitaria a CGD financiar empresários sem garantias reais (acções não valem para o BCE), e sem qualquer sentido ou que no mínimo proteja o dinheiro da CGD. Por isso é que o BCE obrigou os bancos nacionais a injectarem quantidades anormais de capital e obrigou ainda a venderam posições em Angola (lavagem de dinheiro), para que não se repitam empréstimos sem cobertura, que todos nós sabemos que em última análise quem paga somos nós o zé povinho!!!!!!

Quero ver o que acontece às grandes empresas nacionais que sobram, o que lhes vai acontecer, como na Galp (morreu o Américo Amorim, que controlava a Galp com a Isabelinha logo atrás, não sei se os herdeiros vão entender-se e o que vai fazer Angola com o capital investido!!!!). A Galp é só o maior exportador nacional!!!!! E mesmo a estrangeira Auto Europa, com tantas guerras e contratempos que vejo, não sei se vai ter futuro (exportador número 2!!!!!!!);

E as empresas em mãos de estrangeiros:
EDP;
BCP;
BPI;
REN;
SantanderTotta;
ANA;
Altice (ex-PT);
CTT.........

Nós somos peritos em destruir ou deixar destruir empresas nacionais que não ficavam nada a dever a qualquer outra nacional. A CIMPOR, CUF, PT ...... não tinham nada a temer de nenhuma outra empresa do sector, até a sangria que lhes foi infringida!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Dezembro 03, 2018, 01:42:33 pm
MSF Engenharia apresenta pedido de insolvência após ter esgotado “todas as vias”
https://www.sapo.pt/noticias/economia/msf-engenharia-apresenta-pedido-de_5c0516d9de9be52876304f44
(https://thumbs.web.sapo.io/?H=547&epic=zGl3n+ZsskiqtKdOjAcW/iv3MhrON1WzucZK6ZwtpBbxnDkoXYhuNB90/2fMGU60Xj17AYfFisD+KhU8WkgibPWTjedM8U/FFtBdKx5PX8k5T9E=)

Citar
Na origem desta situação estará a "drástica redução de investimento público", e a "diminuição dos contratos nos mercados internacionais da empresa", explica a administração.O Conselho de Administração da MSF Engenharia apresentou um pedido de insolvência da empresa, de acordo com a informação avançada à agência Lusa pela construtora, que diz ter “esgotado todas as vias para evitar este desfecho”.

Em comunicado enviado à Lusa, o Conselho de Administração da MSF Engenharia afirma que a empresa não consegue assegurar recursos financeiros “para fazer face às despesas da sua atividade, em particular os salários vencidos”.

“Esgotadas todas as vias que se afiguravam como possíveis para evitar este desfecho, não resta outra alternativa que não seja a apresentação da MSF Engenharia, S.A. à insolvência”, refere.
A empresa portuguesa, com 49 anos de história e um vasto curriculum de realização de grandes projetos em Portugal e no estrangeiro, encontrava-se em Processo Especial de Revitalização (PER), com a reestruturação do passivo e a contratação de um financiamento sujeito a determinadas condições de desenvolvimento do negócio.

“A grave crise que o setor da construção atravessa em Portugal devida à drástica redução de investimento público, especialmente nos últimos seis anos, conjugada com a diminuição dos contratos nos mercados internacionais da empresa, condicionados pelos baixos preços do petróleo sentidos no mesmo período, limitou a atividade da empresa e criou-lhe enormes dificuldades financeiras”, justifica a administração.

Depois disso, continua, a “inesperada indisponibilidade, recentemente manifestada, dos financiadores para flexibilizar essas condições [do PER], acrescida pela indisponibilidade, transmitida em simultâneo, para apoiar a emissão de garantias bancárias necessárias à atividade futura da empresa colocaram em causa a viabilidade desse plano”.

Segundo a MSF, também “os intensos esforços entretanto desenvolvidos, incluindo os efetuados no plano diplomático pelo Governo de Portugal, para obter uma solução para a volumosa dívida do Governo de Angola nos últimos meses, revelaram-se infrutíferos”.
No ano passado, a construtora foi afastada de uma das suas principais obras, um empreendimento imobiliário no Gana, no valor de 90 milhões de dólares (81 milhões de euros) que previa a construção de um polo de negócios e residencial numa das principais avenidas de Acra.

Conforme avançou na ocasião o jornal Expresso, em processo de viabilização e sem acesso a financiamento, a MSF não terá conseguido dar resposta à urgência das obras do complexo que combina torres residenciais (100 apartamentos) e escritórios, com um hotel da cadeia Radisson, um centro comercial (12.000 m2) e equipamentos desportivos e que se pretendia inaugurar em julho de 2018 e a obra foi entregue a outra construtora.

Nessa altura, a MSF estava também a braços com problemas numa segunda empreitada no Gana e que visava a conceção e execução do terminal de contentores e edifícios de apoio no porto de Tema, na costa atlântica. A obra portuária, no valor de 68 milhões de euros, estava em modo de suspensão e o estaleiro já esteve bloqueado por operários e fornecedores, reivindicando pagamentos em atraso.
A versão da MSF, citada pelo semanário, era diferente, justificando que o cliente “está com dificuldades pontuais em pagar as faturas vencidas, mas acreditamos que elas sejam passageiras”.

Estes conflitos seguiram-se a incidentes que ditaram também o colapso da MSF no Qatar, comprometendo uma carteira de 900 milhões de euros.

A construtora registou um recorde de faturação de 510 milhões de euros (em 2011) que se reduziu para 120 milhões em 2015 (80% no exterior), tendo após isso registado pesados prejuízos (57 milhões, no biénio 2014/15).

Enfim mais do mesmo!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 04, 2018, 05:05:21 pm
Três armadores internacionais trocaram Setúbal por portos espanhóis

Se estes três armadores não regressarem ao porto de Setúbal, estaremos a falar de uma ‘fuga’ de cerca de 8.550 TEU neste mês de Dezembro, por comparação com o mês homólogo de 2017.

(https://jornaleconomico.imgix.net/wp-content/uploads/2017/03/porto_setubal_1.jpg?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

A partir de ontem, dia 3 de Dezembro, três armadores internacionais, a McAndrews, a Tarros, e a Arkas, deixaram de escalar o porto de Setúbal, desviando os contentores maioritariamente para os portos espanhóis de Vigo e de Santander.

Esta decisão resulta do conflito laboral iniciado há várias semanas pelos estivadores do SEAL – Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística no porto de Setúbal e deverá provocar uma quebra de 70% na carga de contentores movimentada pelo porto sadino.

“A partir de hoje [ontem], o porto de Setúbal vai perder 70% das suas cargas em contentores. Três armadores, a McAndrews, Tarros e Arkas, decidiram deixar de escalar o porto de Setúbal porque não querem suportar mais custos acrescidos. E foram para portos espanhóis, maioritariamente para os portos de Vigo e de Santander”, revelou ao Jornal Económico, Diogo Marecos, administrador da Operestiva, uma das duas empresas fornecedores de pessoal de estiva aos operadores de terminais portuários em Setúbal.

Segundo os dados fornecidos pela AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes,  no mês de Dezembro do ano passado, o porto de Setúbal movimentou 12.211 TEU (medida padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento).

Se estes três armadores não regressarem ao porto de Setúbal, estaremos a falar de uma ‘fuga’ de cerca de 8.550 TEU neste mês de Dezembro, por comparação com o mês homólogo de 2017. Ou do ‘desaparecimento’ de de mais de 106 mil TEU num ano, tendo conta os dados do ano passado. Isto, se não houver mais debandadas de armadores internacionais do porto de Setúbal.

A paralisação do porto de Setúbal não está só a prejudicar o segmento da carga contentorizada.

A fabricante automóvel Autoeuropa corre sérios riscos de ter de suspender a produção já durante esta semana, enquanto a The Navigator está a exportar pasta e papel através de outros portos nacionais, mas com custos acrescidos em tempo e dinheiro.

A situação de impasse agravou-se a partir de sexta-feira passada, dia 30 de Novembro, com o fracasso do processo negocial entre estivadores do SEAL – Sindicato de Estiva e Actividades Logísticas e operadores do porto de Setúbal, mediado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

Com o Governo fora do processo e as posições a manterem-se irredutíveis por parte do SEAL e dos operadores portuários, resta pouca margem de manobra às empresas que utilizam regularmente o porto de Setúbal.

Neste momento, o porto de Setúbal está praticamente parado, asseguraram diversas fontes contactadas pelo Jornal Económico.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/tres-armadores-internacionais-trocaram-setubal-por-portos-espanhois-385243

Mais pregos para o enterro do Porto de Setúbal!
E se somarmos os 11 dias que a Autoeuropa vai parar, por falta de matéria-prima: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/faltam-motores-a-autoeuropa-paralisacao-vai-durar-11-dias-384859
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 06, 2018, 10:53:37 am
Simplex+2018: Facturas em papel acabam já em Janeiro de 2019

É já a partir de Janeiro de 2019 que os comerciantes ficam dispensados de dar facturas em papel aos seus clientes. Esta medida irá aplicar-se a empresas que tenham o software de facturação certificado e que transmitam as facturas ao Fisco em tempo real.

Caso o cliente pretenda a factura em papel ou no seu e-mail terá de solicitar ao comerciante.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2018/12/pagamento-ofline-590x389.jpg)

Numa era altamente tecnológica é verdade que já é um pouco estranho receber uma factura em papel. A partir de Janeiro de 2019, se efectuar uma compra e não receber a respectiva factura não considere estranho!

De acordo com o DN, o Governo vai dispensar os comerciantes e os prestadores de serviços da emissão da factura em papel. O cliente apenas receberá o comprovativo de pagamento se o solicitar expressamente. Caso pretenda factura, os comerciantes poderão entregar a mesma em papel ou por via electrónica (por exemplo, no email)… mas terá de a solicitar.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2018/12/pagamentos_00-720x468.jpg)

Esta é uma medida que faz parte do Simplex+2018 que foi anunciado em Junho. No decreto-lei que regulamenta essa medida, a que o “JN” teve acesso, exige-se o cumprimento de três condições para poder dispensar a emissão da factura em papel.

A factura terá de conter o número de contribuinte do comprador. Já o comerciante é obrigado a processar a factura num programa informático certificado e que garanta a sua transmissão electrónica “em tempo real” para a Autoridade Tributária.

O Governo pretende ainda avançar com a introdução de códigos QR nas facturas que evitará a necessidade dos contribuintes forneceram o seu número de contribuinte.

https://pplware.sapo.pt/informacao/faturas-em-papel-acabam-ja-em-2019/

Ou seja, a partir de 2019, quem quiser factura em papel, tem de pedir (o caso das garantias ou pedido de reembolsos de saúde, por exemplo). Ou seja, o Fisco transforma cada português num contabilista de sí próprio, para andar a tomar nota de todas as facturas que pede e depois a confirmar no e-factura se os comerciantes efectivamente emitiram a factura com o seu NIF!!!!

Qualquer dia estamos nós contribuintes a entregarmos o nosso SAFT de tudo o que compramos!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 06, 2018, 07:29:13 pm
Lisboa perde mais de mil milhões em dia negro nas bolsas

Detenção da administradora da Huawei abriu novo capítulo negro no histórico recente da confrontação entre EUA e China. Assustados, investidores fugiram ao risco. Bolsa lisboeta caiu mais de 2%.

(https://thumbs.web.sapo.io/?H=547&epic=OSyYmI89ZjOJzulwcwm6QZJs7Ktlt3xX0ofAFzItWo6GuNh3MOdJcWp14GyOBRKzK7GQcd8v8nw7uCN56xA7uyJi1YQ2OModlUICBIOWTduoxfE=)

Quanto custou a detenção da administradora financeira da Huawei no Canadá? Para os investidores em Lisboa, muito dinheiro. Mais de 1.000 milhões de euros foram retirados da bolsa nacional só na sessão desta quinta-feira, depois de Wanzhou Meng, filha do fundador da tecnológica chinesa, ter sido detida por suspeitas de violação das sanções aplicadas pelos EUA ao Irão. Mas o PSI-20 não foi caso único na dimensão dos prejuízos.

O índice português de referência caiu 2,1% para 4.817,69 pontos. Em termos de capitalização bolsista, isto representa uma perda de 1.270 milhões de euros para as cotadas que figuram na principal bolsa nacional. Apenas duas acções escaparam à pressão vendedora: a F. Ramada e a Sonae Capital.

Foram avultados os prejuízos entre os pesos pesados nacionais. Que o diga a Galp: as acções caíram 3,35% para 14,27 euros, num dos piores desempenhos por cá. Isto corresponde a uma desvalorização do market cap da petrolífera nacional na casa dos 380 milhões de euros, tendo sido castigada pelo tombo dos preços do petróleo em Londres: o barril londrino cai mais de 4%, apesar de a OPEP estar perto de chegar a um acordo para reduzir a produção e assim controlar a cotação do “ouro negro”.

Ainda no sector da energia, a EDP e a EDP Renováveis cederam mais de 2%. Também as acções do BCP, banco que viu a agência Fitch melhorar o seu rating esta quinta-feira, desceram de forma acentuada: -2,57% para 0,2425 euros.

Lá fora o dia também foi de fuga ao risco. O Stoxx 600 derrapou mais de 3%, assim como os índices de Milão e de Frankfurt. Aqui ao lado, o IBEX-35 de Madrid deslizou 2,75%. Do outro lado do Atlântico, Wall Street perde mais de 2%.

“A CFO da Huawei foi detida no Canadá onde dizem que vai ser extraditada para os EUA. Não se conhecem bem as causas desta detenção. Deste episódio, as elacções que se podem tirar, é que podem colocar em perigo as já instáveis relações entre os EUA e a China. A insegurança e a incerteza são os factores que mais pressionam as bolsas”, explicou Carla Maia Santos, da XTB Broker.

“Depois da solução apresentada na reunião do G20, os 90 dias de tréguas entre os EUA e a China são colocados em xeque“, contextualizou ainda.

Considerado um activo de refúgio, a onça do ouro brilha esta quinta-feira: valoriza 0,3% para 1.241,1 dólares.

(Notícia actualizada às 17h13)

https://www.sapo.pt/noticias/economia/lisboa-perde-mais-de-mil-milhoes-em-dia-negro_5c09516ffa5c5b285eb03c06

Mais um episódio da guerra comercial dos EUA contra o mundo (neste caso a China).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 02, 2019, 03:52:10 pm
Centeno eleito Ministro das Finanças do ano na Europa



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 02, 2019, 05:39:11 pm
Sindicato dos Estivadores entrega novo pré-aviso de greve de seis meses

A paralisação vai realizar-se nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores) durante seis meses, a partir do dia 16.

(https://bordalo.observador.pt/800x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2019/01/02154506/25130912_770x433_acf_cropped.jpg)

Os funcionários portuários associados ao Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL) decretaram esta quarta-feira greve ao trabalho nos portos nacionais entre 16 de Janeiro e 1 de Julho contra a proliferação de práticas antissindicais. O SEAL declara greve à prestação de trabalho “a partir das 08:00 do dia 16 de Janeiro de 2019 até às 08:00 do dia 01 de Julho de 2019”, lê-se no pré-aviso de greve.

A paralisação em causa vai realizar-se nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores), abrangendo todos os trabalhadores efectivos ou com vínculo contratual de duração limitada.

"Constatamos que, até ao momento, após a assinatura do acordo relativo ao Porto de Setúbal, não se encontram minimamente satisfeitas as garantias de resolução expedita dos problemas assinalados nos restantes portos nacionais, especialmente no Porto do Caniçal, garantias essas que faziam parte integrante desse acordo, o que nos obriga à declaração deste novo pré-aviso de greve”, justificou o SEAL."

De acordo com o sindicato, “constituem motivos graves, determinantes desta declaração de greve, a crescente proliferação de práticas antissindicais nos diversos portos portugueses, revestindo-se estas de extrema gravidade no Porto de Leixões, permanecendo ainda graves no Porto do Caniçal”, afirmou o sindicato.

O sindicato liderado por António Mariano disse ainda que as empresas portuárias, “em inúmeros casos coniventes com os sindicatos locais, protagonizam e introduzem uma série de comportamentos que configuram diferentes tipos de assédio moral”, como perseguição, coação, suborno e ameaças de despedimento. Comportamentos que a estrutura classificou como “criminosos”, defendendo que estes pretendem “não apenas colocar os trabalhadores uns contra os outros”, mas evitar que estes sejam sindicalizados.

“Destes comportamentos ilegítimos por parte das empresas, frequentemente para benefício próprio de alguns agentes no terreno em detrimento da qualidade e produtividade dos serviços prestados nos portos, resulta uma maior precarização da mão-de-obra portuária, com todos os aspectos negativos a ela associados”, defendeu.

A liberdade de filiação sindical tem constituído um dos principais motivos de reivindicação dos estivadores do SEAL, que estão em greve ao trabalho suplementar desde agosto de 2018. Esta paralisação foi interrompida apenas em Setúbal, durante Dezembro, após o acordo alcançado em conjunto com as empresas portuárias, após mais de um mês de protesto.

https://observador.pt/2019/01/02/sindicato-dos-estivadores-entrega-novo-pre-aviso-de-greve-de-seis-meses/

Estão a brincar com o fogo!!!! E até acusam outros sindicatos que não sejam comunistas!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 02, 2019, 08:25:08 pm
- Na Alemanha os metalúrgicos bateram-se até conseguirem a jornada de 7 horas diárias. Parte interessante, nada transpirava nos noticiários nacionais.

- Enquanto estive por Espanha, assistia ao vivo e a cores às greves e distúrbios de diversos sectores, desde os produtores de leite até ao sector naval. Boa parte das reivindicações foram aceites e mesmo assim continua a onda de paralisações e marchas de protesto. Mais uma vez, nada transpira nas noticias nacionais.

- Em França é o que se sabe, embora só se mostre os descatos, para que o zezinho tuga possa desaprovar esses "bandidos que não querem trabalhar" entre uma mini e uma tirada sobre futebol. Temos que criar anticorpos no zezinho porque somos um povo pacato e obediente......

Continuemos então.... Dickens e Zola.... Mas há uma diferença substancial, os de baixo já não andam tocados a vinho e Fé, andam a ser bombardeados por propaganda a um estilo de vida a que não conseguem chegar, nem que trabalhassem 50 horas por dia, pois a 24 não chegam sequer para desafogar as contas. E quando se intoxica a alma dizendo que ter é ser...... quem não tem, tarde ou cedo, vai virar a mesa e não tem nada a ver com "comunistazz bermelhozzz"



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 02, 2019, 11:08:44 pm
- Na Alemanha os metalúrgicos bateram-se até conseguirem a jornada de 7 horas diárias. Parte interessante, nada transpirava nos noticiários nacionais.

- Enquanto estive por Espanha, assistia ao vivo e a cores às greves e distúrbios de diversos sectores, desde os produtores de leite até ao sector naval. Boa parte das reivindicações foram aceites e mesmo assim continua a onda de paralisações e marchas de protesto. Mais uma vez, nada transpira nas noticias nacionais.

- Em França é o que se sabe, embora só se mostre os descatos, para que o zezinho tuga possa desaprovar esses "bandidos que não querem trabalhar" entre uma mini e uma tirada sobre futebol. Temos que criar anticorpos no zezinho porque somos um povo pacato e obediente......

Continuemos então.... Dickens e Zola.... Mas há uma diferença substancial, os de baixo já não andam tocados a vinho e Fé, andam a ser bombardeados por propaganda a um estilo de vida a que não conseguem chegar, nem que trabalhassem 50 horas por dia, pois a 24 não chegam sequer para desafogar as contas. E quando se intoxica a alma dizendo que ter é ser...... quem não tem, tarde ou cedo, vai virar a mesa e não tem nada a ver com "comunistazz bermelhozzz"

Olhe que não, olhe que não!!!!!!

Diga-me o que se passou na Autoeuropa quando o António Chora reformou-se? Antes com ele, apesar de ser do BE, havia paz social, apesar das muitas reivindicações, assim que saiu de cena, existiu uma luta fratricida pelo controlo dos trabalhadores (sabe quem manipulou nas sombras, não sabe?

O maior sindicato de estivadores de Leixões não é afecto ao PCP, logo são acusados de defenderem os patrões, etc, etc.....

Os enfermeiros afectos a 2 recém-criados sindicatos, apoiados pela Bastonária que é dirigente do PSD, criam uma greve e já chovem críticas de todos os lados, pode pode provocar mortes..... mas se forem sindicatos vermelhos já é legítimo assim como dos médicos! Um médico que faz greve não pode provocar a morte de doentes?

Tem razão na crítica que faz da nossa comunicação social, mas erra na tendência que é claramente apoiante da actual geringonça! As notícias por cá, ultimamente só referem como é asqueroso o Bolsonaro e nem ele tinha sido empossado!? Independentemente dele ser uma pessoa pouco recomendável. Assim como a nossa CS entretém-se a atacar o Trump por tudo e por nada e não olhar para perigos ainda maiores, que é o facto da extrema esquerda defender os mesmos princípios da extrema direita, entre eles o desmantelamento da UE!!!!!

Também não vejo a menor evidência de que a crise acabou, como dizem os aldrabões que nos governam, bem pelo contrário. E como a minha área é a das Finanças/Economia, posso dizer-lhe que os tempos que aí vêem vão ser muito negros para nós, a reter:
- Draghi (que tem sido um verdadeiro amigo de Portugal e dos países do sul), vai saír do BCE, quem o suceder e se for nórdico, como tudo indica, não vamos ter compras de dívida ilimitadas que têem mantido os nossos juros mais baixos que dos americanos!!!!!
- O que vai ser do país, quando as taxas de juro deixarem de ser negativas e as prestações dos portugueses começarem a subir?
- O próximo quadro comunitário já não vai ter o Reino Unido a contribuir para o orçamento;
- E já que falo do UK, como vai ser gerido o brexit? Vai ocorrer? Vai ser uma saída descontrolada? E as nossas exportações?

Eu ao contrário deste governo, antes de distribuir (gastar dinheiro), gostaria mais de pensar em ganhar cada vez mais dinheiro (economia crescer mais), mas isso não se faz favorecendo apenas os funcionários públicos e olharem para os restantes trabalhadores privados e para as empresas como o inimigo que tem de ser sugado até ao tutano para pagarem os direitos adquiridos!

E sobre os supostos milionários tugas, eu pergunto, onde andam eles!? Aqueles que ainda não faliram, onde param? Já que as empresas nacionais caiem uma atrás da outra nas mãos de investidores estrangeiros!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 04, 2019, 01:19:08 pm
Nunca fui sindicalizado em Portugal pela simples razão daquilo que os sindicatos funcionam como arma dos diversos partidos políticos. E isso é validos para todos eles. Não me lembro da UGT fazer barulho que se note, agora que estamos na era do PS sem D. O tal de sindicato dos enfermeiros "afecto" ao PS com D não se mobilizou quando o "Steps Rabbit" andava a destruir uma das poucas coisas decentes em Portugal para safar os salgados da vida, porque?!!

Isso desacredita tudo, tudo, conspurca tudo, enlameia a mais justa da reivindicações. Porque o professores têm razão, é para mim inaceitável que se trabalhe 10 anos e agora seja dito que só contam 2; porque os estivadores têm razão e é inclusive reconhecido de tal maneira que em vários portos europeus houve paragens em apoio aso nossos estivadores; porque os enfermeiros têm razão e ninguém que passe um dia num hospital será capaz de o negar.

Enquanto no resto da Europa têm havido uma aglutinação dos diferentes sindicatos em "super-sindicatos", como é o caso do sindicato do metal alemão, que já engloba inclusive profissões que são paralelas ao metal e faz com que esses sindicatos tenham um peso e uma capacidade realmente representativa da classe, ou como o caso dos sindicatos espanhóis que acertaram agulhas e concertaram esforços criando comissões coordenadoras, aqui assiste-se à fragmentação das classes em sindicatos de algibeira, em que um faz greve mas o outro não e aquilo que realmente deveriam defender passa ao lado na luta partidária.


Quanto aos milionários nacionais, existem mas, na esmagadora maioria, na pior classe de milionário. O milionário que, tal como o eucalipto, seca tudo à sua volta. Que se limita a sacar sem fazer o dinheiro correr e animar a economia. Isto porque boa parte deles, ficou milionária no jogo de cintura, nos buracos da Lei, nos amigos certos, não na criação de riqueza. Porque é essa a real diferença para as Nações que, pelo que eu percebo aqui devem ser comunistas, tipo a Noruega, Suécia, Finlândia, etc. Aqui, em vez de se gerar riqueza, gera-se ricos. Há uma diferença substancial, é que gerar um rico custa muitos pobres.

Quanto a "direitos adquiridos" caro Viajante, essa é a coisa que nunca me ninguém conseguiu fazer entender. Direitos?!!! Isso é o quê? Quanto muitotemos privilégios temporários, ganhos por gajos que lutaram e morreram para que nós aqui hoje os passamos usufruir e pelos quais devemos lutar diariamente. A partir do momento que um bacoro qualquer, ao serviço sabe-se lá de quem, mas com a certeza que não é ao nosso serviço apesar de lhe pagarmos o ordenado, chuta para canto esses tais "Direitos" com um simples rabiscar de uma caneta e nós calamos, não estamos só a mijar na campa de todos os que lutaram e morreram por uma vida melhor para nós, não estamos só a ser um cobardolas ranhosos, estamos a condenar os nossos descendentes a passar pelo que os nossos antecessores passaram. E não tenhoa menor sombra de dúvida que, à velocidade com que estamos a retroceder aos "direitos" laborais e sociais do Sec. XIX, inicio do Sec. XX, os nossos descendentes serão obrigados ser comunistas.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 05, 2019, 12:38:53 pm
Nunca fui sindicalizado em Portugal pela simples razão daquilo que os sindicatos funcionam como arma dos diversos partidos políticos. E isso é validos para todos eles. Não me lembro da UGT fazer barulho que se note, agora que estamos na era do PS sem D. O tal de sindicato dos enfermeiros "afecto" ao PS com D não se mobilizou quando o "Steps Rabbit" andava a destruir uma das poucas coisas decentes em Portugal para safar os salgados da vida, porque?!!

Isso desacredita tudo, tudo, conspurca tudo, enlameia a mais justa da reivindicações. Porque o professores têm razão, é para mim inaceitável que se trabalhe 10 anos e agora seja dito que só contam 2; porque os estivadores têm razão e é inclusive reconhecido de tal maneira que em vários portos europeus houve paragens em apoio aso nossos estivadores; porque os enfermeiros têm razão e ninguém que passe um dia num hospital será capaz de o negar.

Enquanto no resto da Europa têm havido uma aglutinação dos diferentes sindicatos em "super-sindicatos", como é o caso do sindicato do metal alemão, que já engloba inclusive profissões que são paralelas ao metal e faz com que esses sindicatos tenham um peso e uma capacidade realmente representativa da classe, ou como o caso dos sindicatos espanhóis que acertaram agulhas e concertaram esforços criando comissões coordenadoras, aqui assiste-se à fragmentação das classes em sindicatos de algibeira, em que um faz greve mas o outro não e aquilo que realmente deveriam defender passa ao lado na luta partidária.


Quanto aos milionários nacionais, existem mas, na esmagadora maioria, na pior classe de milionário. O milionário que, tal como o eucalipto, seca tudo à sua volta. Que se limita a sacar sem fazer o dinheiro correr e animar a economia. Isto porque boa parte deles, ficou milionária no jogo de cintura, nos buracos da Lei, nos amigos certos, não na criação de riqueza. Porque é essa a real diferença para as Nações que, pelo que eu percebo aqui devem ser comunistas, tipo a Noruega, Suécia, Finlândia, etc. Aqui, em vez de se gerar riqueza, gera-se ricos. Há uma diferença substancial, é que gerar um rico custa muitos pobres.

Quanto a "direitos adquiridos" caro Viajante, essa é a coisa que nunca me ninguém conseguiu fazer entender. Direitos?!!! Isso é o quê? Quanto muitotemos privilégios temporários, ganhos por gajos que lutaram e morreram para que nós aqui hoje os passamos usufruir e pelos quais devemos lutar diariamente. A partir do momento que um bacoro qualquer, ao serviço sabe-se lá de quem, mas com a certeza que não é ao nosso serviço apesar de lhe pagarmos o ordenado, chuta para canto esses tais "Direitos" com um simples rabiscar de uma caneta e nós calamos, não estamos só a mijar na campa de todos os que lutaram e morreram por uma vida melhor para nós, não estamos só a ser um cobardolas ranhosos, estamos a condenar os nossos descendentes a passar pelo que os nossos antecessores passaram. E não tenhoa menor sombra de dúvida que, à velocidade com que estamos a retroceder aos "direitos" laborais e sociais do Sec. XIX, inicio do Sec. XX, os nossos descendentes serão obrigados ser comunistas.

Já percebeu que nem o PCP nem o BE entusiasmam-me, muito pelo contrário.

Disto isto, não tenho a menor dúvida de que os nossos problemas são muito mais profundos do que aquilo que refere e explico já. Existe de facto uma diferença de tratamento e regalias entre os funcionários públicos e os restantes funcionários de empresas privadas, que são a larga maioria, mas apesar disso têem menos regalias que os primeiros!!!!
Esse facto é agora mais evidente com a geringonça, que só tem olhos para o seu eleitorado (onde o sindicalismo é mais forte) que são os funcionários públicos e também os reformados (chegam a dar-lhes aumentos de 1€ e ainda fazem publicidade disso)! É muito difícil a restante população, onde eu me incluo, defender as guerras sindicais dos funcionários públicos, quando estes à partida já têem mais direitos e regalias do que eu. Por isso não se admire com a apatia do povo, porque este vê que só uns é que podem ser beneficiados, os outros são os portugueses de 5ª categoria que só servem para pagar impostos que vão servir para pagar o salário dos funcionários públicos, esta é a realidade!
Vamos a factos, de um sector que eu conheço bem, o sector do ensino. Faço parte de um órgão de gestão de 3 pessoas (não somos funcionários públicos), eu e outro descontamos para a Segurança Social e um terceiro colega (porque é docente e vai gerir directamente os docentes) desconta para a CGA. Pois bem, apesar do salário ser exactamente igual para os 3, o colega da CGA se estiver de baixa, a partir do 4º dia recebe apenas um corte de 10% da remuneração normal (paga pela CGA), mas se for eu levo com um corte de 45% e que só baixa para um corte de 40% a partir de 30 dias de baixa. Acha isto justo? (veja por si estas regras explicadas por um dos sindicatos da FENPROF: https://www.spn.pt/Artigo/esclarecimento-spn-faltas-por-doenca-os-30-dias-os-3-primeiros-dias-os-descontos) Mais, um professor pode meter baixa ou falta (mete o chamado artigo) e falta 30 dias por conta das férias, que normalmente ocorrem no verão, mas se for ver se ele está presente por altura do verão no local de trabalho…….. E sabia ainda que um professor (homem), tem direito a dispensa para amamentação ou aleitamento? (julgo que os restantes funcionários públicos também têem esse direito).
Agora o horário, o horário completo de um professor é de 22 horas semanais no início de carreira e que vai reduzindo até chegar a 12 horas, incluindo cargos. Quer isto dizer que um desgraçado de um professor que entre na carreira, ganha 1/3 de um docente com cerca de 50 anos e trabalha o dobro das horas. Atenção que estes horários apenas se aplicam nas 32 semanas lectivas que tem o ano, sabe qual é o horário nas restantes semanas?
E da avaliação que os sindicatos nunca aceitaram? Acha normal todos os professores, bons e maus profissionais chegarem ao topo da carreira? Isso não se passa no Ensino Superior, basta copiarem o sistema das Universidades, que é muito mais justo. Nas Forças Armadas, era o equivalente a todos os oficiais chegarem a General só pela idade e tempo de serviço!!!!!!
Já para não falar nas idades de aposentação que são sempre mais baixas para alguém que desconte para a CGA em comparação com a SS (reforma e pré-reforma).
Mas posso alargar o debate para o salário mínimo, desculpe mas não encontro justificação para o FP ter um SM de 635€ e os restantes 600€!!!!!
Nem posso sequer concordar que não saia 1 cêntimo da CGA para os rendimentos mínimos, dados por funcionários públicos, e que seja apenas a SS a doar dinheiro de quem trabalha e desconta para quem nada faz na vida! Isso acho absolutamente revoltante! Se há dinheiro para os rendimentos mínimos e outros, que retirem do orçamento, se há dinheiro dá-se, se não há não se dá, agora não roubem é a SS!!!!!! Deveria existir apenas 1 só sistema de aposentação com regras iguais para todos!
Porque é que um funcionário público trabalha 35 horas e os restantes 40 horas?!?
E podia alargar o debate por exemplos para as regalias principescas de quem mora nos grandes centros urbanos como Lisboa, tem transportes públicos subsidiados e pagos por todos os portugueses (através das injecções de capital que todos os anos é feita nessas empresas públicas, através do Orçamento de Estado, ou seja, de todos os portugueses, que muitos deles nunca andaram sequer nesses transportes). Para cúmulo, este ano vai haver passes dos transportes ainda mais baratos e mais uma vez subsidiados por quem nunca tem transportes públicos (todo o interior do país e fora dos grandes centros urbanos). Se Lisboa quer passes mais baratos, a Câmara que compre as empresas públicas de transportes e por mim até pode oferecer os passes. É que este caso é exactamente o oposto da solidariedade nacional. O que é que tem o interior tem que o litoral não tem, depois de nos fecharem quase todos os serviços públicos e concentrarem tudo em meia dúzia de cidades? No interior do país, se quiser deslocar-se para o trabalho, para um Hospital que fica a 100km, para um cinema que fica a 60km, para uma loja do cidadão que fica a 60km, sem carro não vai a lado nenhum, porque não há transportes públicos sequer, quanto mais subsidiados! Se tiver a sorte de ter uma auto-estrada perto, já sei que é uma das que paga mais por km percorrido!
Depois desta dissertação e como não moro num grande centro urbano e nem sou funcionário público, tem a certeza de que quer mesmo que lhe explique porque é que eu e muitos milhões como eu não apoiam as reivindicações dos funcionários públicos que já são beneficiados e querem ser ainda mais beneficiados, quando eu sei que no fim vou ter de pagar mais impostos para essas benesses todas?
O nosso problema está no caciquismo e grupos que se encostam aos dinheiros públicos e que berram sempre que alguém quer cortar-lhes algo (veja as Cãmaras, veja as Juntas de Freguesia, veja os milhões de departamentos públicos que nem sonhamos o que fazem…..
Quando estivermos todos ao mesmo nível, eu vou para a rua manifestar por mais e melhores condições, mas assim não…..
Peço desculpa pelo desabafo!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 11, 2019, 11:33:27 am
Banco de Portugal condena Ricardo Salgado a pagar 1,8 milhões de euros por causa do BES Angola

Ex-banqueiro foi condenado pelo Banco de Portugal a pagar uma multa de 1,8 milhões de euros devido ao BES Angola. Defesa de Ricardo Salgado disse que vai recorrer.

(https://bordalo.observador.pt/800x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2019/01/10143918/18640943_1280x720_acf_cropped_770x433_acf_cropped.jpg)

O Banco de Portugal condenou Ricardo Salgado a pagar 1,8 milhões de euros na sequência do caso BES Angola. No total, foram condenados 8 dos 18 acusados. Os ex-administradores Amílcar Morais Pires e Rui Silveira também foram condenados ao pagamento de coimas, no valor, respectivamente, de 1,2 milhões e 400 mil euros.

Em causa, segundo o Expresso, estão falhas graves nos mecanismos de controlo interno e o não cumprimento de obrigação de comunicação ao Banco de Portugal dos riscos inerentes à carteira de crédito. No total, as coimas destes três ex-administradores somam um montante de 3,4 milhões de euros.  Os outros sete administradores acusados foram absolvidos – entre eles José Ricciardi.

Já o Banco Espírito Santo e o Espírito Santo Financial Group (ESFG) foram condenados ao pagamento de coimas – 3,4 milhões e 1 milhão, respectivamente – mas estas multas ficam suspensas, já que ambas as entidades estão em situação de insolvência. As coimas aplicadas a três dos ex-gestores desta holding são menos avultadas: Petracchini  foi condenado ao pagamento de 150 mil euros; e José Castella e Caldeira da Silva terão de pagar 120 mil euros cada um.

Os condenados, entende o Banco de Portugal, agiram de forma deliberada e dolosa para esconder da administração do grupo, assim como do Banco de Portugal, as dificuldades e riscos que o BES Angola atravessava. As multas são superiores para os envolvidos que estavam ligados ao BES. Isto porque, apesar de pertencer à holding ESFG, o supervisor acredita que as decisões eram tomadas no seio da administração do banco.

Em causa está um empréstimo que o BES concedeu ao BES Angola no valor de 3 mil milhões de euros sem que fosse feita a devida análise de risco. Aliás, o verdadeiro risco e a exposição a que o BES Angola estava sujeito não foi apenas ocultada: o supervisor entende que os agora condenados estiveram envolvidos na elaboração de um cenário fictício que pintava uma realidade paralela, muito mais favorável do que a verdadeira.
Ricardo Salgado vai recorrer da decisão do Banco de Portugal

A defesa de Ricardo Salgado informou, entretanto, que vai recorrer da decisão do Banco de Portugal, considerando-a injusta e acusando o regulador da banca de falta de imparcialidade.

“Face à injustiça desta decisão do regulador, a defesa de Ricardo Salgado interporá recurso para os Tribunais, ainda na esperança de que o Estado-de-Direito não cederá a pressões de qualquer espécie”, indicaram os advogados do ex-banqueiro numa nota enviada às redacções.

Para a defesa de Ricardo Salgado, a decisão do regulador “formaliza” declarações do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, datadas de 2014, quando — dizem os advogados — “pré-escolheu aqueles que seriam culpados do caso BES”.

O Tribunal de Santarém, acrescentam os advogados de Salgado, “já qualificou estas declarações do governador como um ‘excesso argumentativo’, como tendo ‘extravasado o estritamente necessário’, além de serem ‘excessivamente conclusivas'”.

    Isto (…) é revelador da total ausência de imparcialidade e isenção do Banco de Portugal para julgar factos respeitantes ao BES e a Ricardo Salgado”.

No entanto, em Dezembro último o Tribunal de Santarém recusou um pedido de incidente apresentado pela defesa de Ricardo Salgado para que a administração do Banco de Portugal fosse declarada como não isenta para tomar decisões nos processos de contra-ordenação movidos contra o antigo banqueiro.

A equipa de defesa — liderada por Francisco Proença de Carvalho — insiste agora que a decisão do Banco de Portugal surge “quase 5 anos depois de ter sido tomada a ilegal decisão de destruição de uma instituição centenária como o BES”, mas que se enquadra “numa linha estratégica de isolamento de certos arguidos”.

O objectivo, segundo a defesa? “Continuar a dissimular o desprezo que os então responsáveis do Banco de Portugal conferiram à garantia soberana de Angola de 5,7 mil milhões de dólares, que permitiria ter evitado muitos prejuízos”, concluem.

Notícia actualizada às 18:15 com a informação de que Ricardo Salgado vai recorrer da decisão do Banco de Portugal.

https://observador.pt/2019/01/10/banco-de-portugal-condena-ricardo-salgado-a-pagar-18-milhoes-de-euros-por-causa-do-bes-angola/

Pergunto se o Banco de Portugal não tem coimas mais pesadas que possa aplicar a quem tanto prejudicou o país!?
Ele tinha uma reforma de 90.000€ por mês. Já lhe cortaram e deixaram o mínimo de sobrevivência como fazem com qualquer desgraçado!?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 15, 2019, 12:26:41 pm
Portugal com terceira maior quebra homóloga na produção industrial

Em Novembro, a produção industrial portuguesa teve uma quebra de -2,9%, a terceira maior face ao mesmo período de 2017 dos Estados-membros da União Europeia, divulgou esta segunda-feira o Eurostat.

(https://bordalo.observador.pt/800x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2019/01/14102228/24487696_770x433_acf_cropped.jpg)

Portugal teve em Novembro a terceira maior quebra homóloga e a segunda em cadeia na produção industrial entre os Estados-membros da União Europeia (UE), divulgou esta segunda-feira o Eurostat.

Face a Novembro de 2017, a produção industrial recuou 3,3% na zona euro e 2,2% na UE, com Portugal a registar a terceira maior quebra (-2,9%), depois da Irlanda (-9,1%) e da Alemanha (-5,1%).

Comparando com o mês anterior, em Novembro a produção industrial caiu 1,7% na zona euro e 1,3% no conjunto dos 28, tendo a Irlanda registado o maior recuo mensal (-7,5%), seguindo-se Portugal (-2,5%), Alemanha e Lituânia (-1,9% cada).

Segundo o gabinete estatístico europeu, as maiores subidas homólogas do indicador observaram-se na Estónia (7,9%), Polónia (5,3%) e Hungria (3,5%) e as mensais também na Estónia (4,5%), Grécia (3,1%) e Malta (2,8%).

https://observador.pt/2019/01/14/portugal-com-terceira-maior-quebra-homologa-na-producao-industrial/

Mais sinais de alarme sobre o que vem aí.......
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 17, 2019, 02:44:41 pm
Jerónimo Martins e Sonae voltam a subir no 'ranking' das maiores retalhistas do mundo

De acordo com o estudo 'Global Powers of Retailing 2019', que engloba 250 empresas a nível mundial, a Jerónimo Martins é hoje o 55.º maior retalhista, avançando uma posição em comparação com o ano anterior.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2018-08/img_817x460$2018_08_29_16_55_30_338127.jpg)

A Jerónimo Martins e a Sonae SGPS voltaram a subir no 'ranking' global do retalho da Deloitte em 2018, em comparação com o ano anterior, ocupando agora, respectivamente, a 55.ª e a 156.ª posição, foi hoje anunciado.

De acordo com o estudo 'Global Powers of Retailing 2019', que engloba 250 empresas a nível mundial, a Jerónimo Martins é hoje o 55.º maior retalhista, avançando uma posição em comparação com o ano anterior.

Em dez anos, a dona do Pingo Doce subiu mais de 60 posições, tendo, em 2017, o ano sido marcado por "um forte desempenho operacional", com todas "as geografias e insígnias a reforçarem as suas posições de mercado (Portugal, Polónia e Colômbia) ".

Por sua vez, a Sonae SGPS ascendeu à 156.ª posição, quando, no ano anterior, ocupava o 167.º lugar, tendo, em dez anos, subido cerca de 20 posições.

A conjuntura económica da zona euro tem vindo a registar uma desaceleração e existe uma incerta e instabilidade associada a fenómenos como o 'Brexit' (saída do Reino Unido da União Europeia), que se tem reflectido numa descida da procura.

"Para os retalhistas, estes indicadores macroeconómicos vão traduzir-se num crescimento mais lento dos gastos de consumo, no aumento dos preços e em perturbações nas cadeias de fornecimentos globais", apontou, em comunicado, o sócio líder do sector de retalho da Deloitte, Miguel Eiras Antunes.

Por isso, de acordo com o responsável da consultora, "é expectável que, nos próximos anos, o sector enfrente alguns desafios nesta matéria. Contudo, os mercados maduros apresentam igualmente um conjunto de novas oportunidades ao nível da inovação tecnológica".

A liderar o 'ranking' ficaram, novamente, as norte-americanas Wal-Mart Stores, Costco Wholesale Corporation e The Kroger Co. Destaca-se no quarto lugar a Amazon, com uma subida impulsionada "por uma estratégia competitiva de preços", seguida pelo grupo alemão Schwarz.

No sentido inverso, a ocupar os últimos lugares da tabela ficaram a norte-americana The Golub Corporation (250.ª posição), a brasileira Magazine Luiza (249.ª), a japonesa Heiwado Co. (248.ª), a sueca Coop Sverige AB (247.ª) e a norte-americana American Eagle Outfitters (246.ª).

No 'ranking' registaram-se também algumas estreias como as alemãs Metro AG (26.º lugar) e a Ceconomy AG (40.º), a chinesa Wumart Holdings (187.º), a norte-americana Wayfair (205.º) e a brasileira RaiaDrogasil (223.º).

A Europa apresenta o número mais alto de retalhistas no Top 250, com 87 empresas, mais cinco que no período homólogo.

No mesmo documento, o sócio do sector de Retalho da Deloitte Pedro Miguel Silva, referiu que "os retalhistas europeus continuam a ser mais activos a nível global pelo facto de procurarem oportunidades de crescimento fora dos respectivos mercados maduros. Uma estratégia seguida também pelos dois maiores retalhistas portugueses, cujas operações em mercados externos continuam a representar uma forte aposta".

Segundo o estudo da Deloitte, as receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho a nível mundial totalizaram 4,53 triliões de dólares (3,96 biliões de euros) no ano fiscal de 2017 (exercício encerrado até Junho de 2018), valor que representa um crescimento homólogo de 5,7%.

Os dez maiores retalhistas do mundo contribuíram em 31,6% para a receita gerada no ano fiscal de 2017.

"O crescimento registado no Top 10 ultrapassou o crescimento reportado pelos 250 retalhistas neste estudo com 6,1% e 5,7% respectivamente. No entanto, a margem de lucro líquida total dos dez maiores retalhistas foi mais baixa quando comparada com o top 250", apontou, em comunicado, a consultora.

Esta realidade justifica-se com o facto de "oito dos dez retalhistas trabalharem no retalho alimentar, um sector com margens baixas, que estão permanentemente sob pressão devido ao aumento dos custos, baixo poder de inflação de preços imposto pela crescente concorrência e transparência e ao investimento necessário na transformação digital dos negócios".

O retalho alimentar foi o que mais contribuiu para o Top 250, com as 138 empresas deste sector a gerarem 66,2% das receitas do retalho no ano fiscal de 2017.

A 22.ª edição do 'Global Powers of Retailing' identificou os 250 maiores retalhistas do mundo e analisou o desempenho obtido pelo sector ao nível do volume de negócios, crescimento e rentabilidade nas várias geografias, segmentos de actividade e formatos de loja.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/jeronimo-martins-e-sonae-voltam-a-subir-no-ranking-das-maiores-retalhistas-do-mundo--?ref=HP_DestaquesPrincipais
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 17, 2019, 09:52:14 pm
Barnier: "Portugal continua muito ligado à economia do Reino Unido"


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Janeiro 19, 2019, 02:11:02 pm
Venda da Cimpor: como se desfez o ‘império’ cimenteiro em Portugal
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/venda-da-cimpor-como-se-desfez-o-imperio-cimenteiro-em-portugal-400239
(https://jornaleconomico.imgix.net/wp-content/uploads/2017/06/Cimpor-e1496957655504.jpg?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

Citar
A Cimpor chegou a operar em quatro continentes e em 12 países. A empresa extingue-se, mas permanece a marca. E fica a promessa dos turcos em “fazer da Cimpor novamente uma grande empresa”.A cimenteira Cimpor foi durante décadas um nomes mais altos da indústria portuguesa, dando cartas tanto em território nacional, como lá fora, onde conseguiu desenvolver negócio em 12 mercados estrangeiros, em quatro continentes. Está agora nas ‘mãos’ do maior fundo de pensões da Turquia, o Ordu Yardimlasma Kurum (OYAK) que, segundo a agência Reuters, comprou o que restava do ‘império’ cimenteiro em Portugal e em Cabo verde: três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão, revelaram, em comunicado.

O que é o OYAK?

É o fundo de pensões da forças armadas turcas fundado em 1961. Em 2012, já contava com mais de 250 mil membros. O Oayak detém o Oyak Holding, uma empresa de investimento e um dos maiores grupos industriais da Turquia, com diversos investimentos em variados setores de atividade, desde a metalurgia, o setor automóvel, a energia, a agricultura, finanças,betão e exploração mineira, entre outros.

Emprega cerca de 30 mil pessoas em 19 países e, em 2017, apresentou um volume de negócios de 10,2 mil milhões de euros, cerca de 8,92 mil milhões de euros.

Como se deu a desfragmentação da cimenteira?

A (parte da) Cimpor que os turcos adquiriram resultou da desfragmentação que assolou a empresa. Em 2012, a brasileira InterCement lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à cimenteira portuguesa, que aproveitou um guerra entre os acionistas da Cimpor na altura, onde se incluíam, entre outros a Caixa Geral de Depósitos, o fundo de pensões do BCP ou Pedro Queiroz Pereira.

A InterCement ‘aliou-se’ à rival, e também acionista da Cimpor, Votorantim, e a OPA concluiu-se com êxito. As duas empresas dilaceraram a Cimpor em duas partes idênticas, divindindo os ativos que a empresa detinha pelo mundo fora.

Em dezembro de 2018, o Oyak adquire os ativos que a Cimpor detinha em Portugal e Cabo Verde à InterCement. A transação passou pelo crivo da Bruxelas, com a Direção-geral da Concorrência da Comissão Europeia a dar luz verde ao negócio.

A InterCement tinha necessidade de reduzir a dívida do acionista brasileiro e vendeu a Cimpor ao Oyak, por 700 milhões de euros, segundo a agência Reuters.

Como nasceu a Cimpor?

A Cimpor nasceu da convulsão da revolução do 25 de abril, sendo criada em 1976, reunindo um conjunto de cimenteiras nacionalizadas. Regressou ao capital privado em 1994, mas há antes, o referencial de gestão da empresa, Sousa Gomes, iniciou a cimenteira portuguesa num dos mais interessantes e bem sucedidos processos de internacionalização da economia portuguesa, ajudando a criar bases operacionais em mais de uma dezena de mercados externos.

A Cimpor chegou a operar em quatro continentes e em 12 países: Portugal, Espanha, Brasil, Egipto, Marrocos, Moçambique, África do Sul, China, Índia, Tunísia, Turquia e Peru.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 21, 2019, 09:41:20 am
Venda da Cimpor: como se desfez o ‘império’ cimenteiro em Portugal


Tenho seguido o que se passou com a Cimpor, PT, entre outras e só há uma palavra para descrever o que se passou: CRIMINOSO. Conseguiram destruír 2 grandes empresas a nível mundial, quando se juntaram com parceiros brasileiros!!!!!!

E o mais irónico é que 2 empresários portugueses que já morreram, queriam comprar essas empresas e o poder político não deixou (o Belmiro de Azevedo queria a PT e o Pedro Queirós Pereira queria comprar a Cimpor). O resultado final já conhecemos, depois dessas 2 grandes empresas terem sido "sangradas" em mais de 10 mil milhões de euros, até definharem!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 22, 2019, 12:47:58 am
Exclusivo: Auditoria da EY revela perda de 340 milhões na CGD com “Obrigações Caravela”

A auditoria à gestão da CGD, entre 2000 e 2015, conclui que que foi realizado um investimento significativo em dívida pública designada ‘Obrigações Caravela’, cujo resultado foi uma perda de centenas de milhões de euros. Operação ruinosa visou eliminar perdas no balanço de dívida pública detida pela Caixa antes da adesão ao euro e sem análise prévia de riscos inerentes.

(https://jornaleconomico.imgix.net/wp-content/uploads/2016/09/caixa_geral_depositos_cgd_logo.jpg?w=730&h=456&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

Chama-se “Operação Caravela”, um investimento realizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) em eurobonds emitidos em escudos, por emitentes internacionais e colocadas no mercado internacional, no final dos anos 1990. A operação teve como o objectivo camuflar perdas no balanço do banco público face aos elevados níveis de dívida pública que se estava a desvalorizar, cujos títulos a Caixa não se conseguia livrar no final da década de 90. E veio a revelar-se ruinosa: gerou uma perda aproximada de 340 milhões de euros à CGD, segundo a auditoria da EY à gestão da Caixa que conclui que os elevados riscos desta operação  não foram analisados correctamente.

Esta é uma das conclusões da auditoria da EY aos empréstimos problemáticos concedidos pela CGD durante os anos de 2000 a 2015, cujo documento foi dado a conhecer neste domingo, 20 de Janeiro, pela comentadora da CMTV, Joana Amaral Dias no “CM Jornal 20h”. Segundo a comentadora avançou ao JE trata-se de uma versão preliminar da auditoria que já foi entregue aos supervisores e às autoridades de investigação criminal, na eventualidade de conter indícios de práticas que possam configurar crime. Mas, assegura, não sofreu alterações relevantes face ao documento final.

“Os motivos inerentes à operação são meramente contabilísticos, com a necessidade de eliminar uma menos valia potencial transitória numa carteira de obrigações de taxa fixa”, conclui a  auditoria à gestão da Caixa entre 2000 e 2015, revelando que o resultado desta operação, denominada “Operação Caravela”, “ foi uma perda de 340 milhões de euros” e que “tratou-se de uma tomada de operação com um risco elevado, sem evidência de análise de suporte nem conhecimento para riscos inerentes à operação”.

Esta operação foi desencadeada pela administração liderada por João Salgueiro (entre 1996 e 1999 e que tinha o actual chairman do Santander, António Vieira Monteiro, como vice-presidente), que realizou um investimento significativo em dívida pública designada ‘Obrigações Caravela’. Uma operação, cujos motivos, revela agora a auditoria da EY, “são meramente contabilísticos, com a necessidade de eliminar uma menos valia potencial transitória numa carteira de obrigações de taxa fixa”.  Até à venda, em 2006, das “obrigações Caravela”, a operação abrangeu ainda as administrações de António de Sousa que foi presidente do conselho de administração entre 2000 e 2004 e de  Carlos Santos Ferreira (que fez um mandato entre 2005 e início de 2008).

A auditoria explica que a 23 de Dezembro de 1999 as obrigações com cupão a taxa fixa detidas pelos bancos do Grupo em Espanha e sucursal de Paris, as quais estavam a originar perdas, foram vendidas a uma sociedade veículo, criada pelo Crédit Suisse criou que absorveu a dívida pública que a Caixa detinha e registava perdas no balanço e emitiu títulos conhecidos como ‘Boats Caravela’. Este veículo emitiu, por sua vez, obrigações de cupão a taxa variável que foram tomadas pelo Grupo CGD, sendo que o valor as das carteiras alienadas ascendeu a cerca de 90 milhões de contos (cerca de 447,1 milhões de euros) e o prazo da operação foi de 11 anos. A venda das obrigações ao veículo especial , segundo a auditoria da EY, permitiu a anulação de provisões de 5,1 milhões de contos (25,6 milhões de euros).

Mas, segundo a EY, os novos títulos também desvalorizaram, gerando ainda mais perdas. “A Caixa não se conseguia livrar deles e foi registando disfarçadamente as perdas no balanço até se resolver completamente o problema” , conta Helena Garrido no livro “Quem meteu a mão na Caixa”, referindo-se ao investimento em ‘obrigações Caravela’.   Um investimento que a auditoria da EY coloca agora em causa ao realçar na auditoria que “não existe evidência dos elevados riscos da operação terem sido analisados correctamente”, acrescentando que não foi disponibilizada à auditora  a documentação de suporte à análise original e subsequente monitorização.

O documento da EY conclui ainda que não obteve, “por outro lado, qualquer evidência de terem sido envolvidos outros agentes na análise da documentação da operação, nomeadamente agências de rating e organizadores de mercado”.

Segundo a auditoria, a falta de evidência de documentação de suporte inclui o período de  1996 a 2003 – vários documentos (Informações dos vários departamentos) não foram encontrados pela CGD. A EY Realça aqui que em 2002 a versão do documento que lhes foi disponibilizada “é uma versão preliminar que não se encontra completa” e “não contém qualquer parecer nem despacho”. Já em 2006, segundo o documento, relativamente à venda da operação, “a CGD não nos disponibilizou elementos suficientes para concluir que esta seria a melhor opção”.

Obrigações emitidas antes da adesão ao euro

O Jornal Económico avançou na edição de 14 de Dezembro do ano passado que estas obrigações, emitidas há mais de 18 anos, consistiam em eurobonds emitidos em escudos, por emitentes internacionais e colocadas no mercado internacional. Denominavam-se de ‘Obrigações Caravela’ porque foram emitidas na moeda antiga, antes da adesão de Portugal à moeda única, em 1999. Foram tomadas firme e colocadas por instituições financeiras que operam em Portugal.

“No final dos anos 1990, o banco do Estado tinha no seu balanço muita dívida pública que se estava a desvalorizar”, conta Helena Garrido, no livro “Quem meteu a mão na Caixa”, referindo-se ao investimento em ‘obrigações Caravela’.

Em 2000, a CGD estava com perdas significativas na carteira de dívida pública e para as camuflar  na conta de resultados, fizeram uma operação com o Crédit Suisse, que é descrita no mesmo livro.

O Crédit Suisse criou um veículo que absorveu essa dívida pública e emitiu títulos conhecidos como ‘Boats Caravela’. Mas, esses títulos também desvalorizaram, gerando ainda mais perdas. “A Caixa não se conseguia livrar deles e foi registando disfarçadamente as perdas no balanço até se resolver completamente o problema”, escreve Helena Garrido. A questão da responsabilidade de Vieira Monteiro nesta operação terá de ser apurada, uma vez que há fontes que dizem que não teve implicação directa na operação do Crédit Suisse.

Caixa vendeu as obrigações em 2006 por 84 milhões de euros

Segundo o relatório e contas de 2006, já no mandato de Carlos Santos Ferreira, “as obrigações ‘Boats Caravela’ foram alienadas em Março de 2006, por 102 milhões de dólares (84,4 milhões de euros, ao câmbio em vigor à data da venda)”, estancando perdas que, segundo as nossas fontes, acumularam ao longo dos anos um montante que ronda os 1,5 mil milhões de euros.

Outra fonte explicou que foi uma operação de venda de um conjunto bastante diverso de títulos com o objectivo de gerar resultados para o banco.

A EY terá avaliado mais de 180 operações de crédito entre 2000 e 2015 e, dessas, terá feito uma análise detalhada das 50 operações: as mais relevantes do ponto de vista financeiro, as que foram feitas sem a aprovação formal do departamento de risco e as que resultaram em perdas e em crédito malparado para o banco público. A auditoria  da EY   debruçou-se sobre três áreas principais de análise: concessão de créditos, aquisição e alienação de activos e decisões estratégicas de negócio.

Justiça investiga 100 maiores créditos em incumprimento da CGD

O JE avançou, em primeira mão, a 16 de Julho de 2017, que o  Ministério Público (MP) tinha, desde essa altura, na sua posse a lista dos 100 maiores créditos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que estão em situação de incumprimento num montante superior a 2,5 mil milhões de euros. Na mira da Justiça estão créditos concedidos a empresas e a alguns particulares sem garantias ou com garantias frágeis no âmbito do inquérito que investiga suspeitas de gestão danosa. Indícios de crime foram já detectados, apurou o Jornal Económico junto de fonte próxima à investigação.

A informação à Justiça foi disponibilizada ainda quando António Domingues liderava a instituição financeira, em Dezembro de 2016, antes do início de funções de Paulo Macedo, a 1 de Fevereiro deste ano.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/exclusivo-auditoria-da-ey-revela-perda-de-340-milhoes-na-cgd-com-obrigacoes-caravela-400817
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 22, 2019, 01:01:10 am
Caixa perdeu 1.200 milhões em créditos de risco. Veja a lista dos grandes devedores

A auditoria realizada à gestão da CGD revela que, entre 2000 e 2015, várias administrações aprovaram uma série de operações de risco elevado, que vieram a gerar perdas de quase 1.200 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reconheceu perdas de quase 1.200 milhões de euros num conjunto de 46 financiamentos, concedidos entre 2000 e 2015, nos quais não foram cumpridas as normas de concessão de crédito. Ao longo destes anos, as sucessivas administrações do banco público ignoraram os pareceres dos órgãos competentes ou aprovaram operações que não apresentavam garantias suficientes, concretizando negócios que vieram a revelar-se de risco “considerado elevado ou grave”.

Os dados constam de um relatório preliminar, divulgado por Joana Amaral Dias na CMTV e a que o ECO teve acesso, realizado pela consultora EY, que, a pedido do Ministério das Finanças, fez uma auditoria à gestão da Caixa no período de 2000 a 2015.

Na auditoria, a consultora identifica vários tipos de operações que caracteriza como “excepções face ao normativo e ao enquadramento regulamentar aplicável”. Leia-se, não cumpriram as regras. Há quatro tipos de operações que se destacam:

    Operações aprovadas com parecer de análise de risco desfavorável ou condicionado, não se encontrando documentadas as justificações para a tomada de risco contrária ao parecer da Direcção Global de Risco;
    Casos onde não foi apresentado parecer técnico da Direcção Global de Risco referente à operação, nem justificação para tal situação;
    Casos onde não existe evidência que tenha sido obtida toda a informação exigível para fundamentar a aprovação da operação (estudo de viabilidade, licenças associadas ao projecto);
    Casos em que as garantias assinadas em contrato não são suficientes para cobrir o rácio de cobertura de 120% conforme exposto no normativo.

Entre os 200 devedores que foram identificados pela EY como tendo gerado as maiores perdas para o banco público, há 64 casos em que ocorreu pelo menos uma das situações descritas em cima. A 31 de Dezembro de 2015, a CGD ainda tinha exposição a 46 desses clientes, num montante total de 2,96 mil milhões de euros em dívida.

Quase metade desse montante tinha sido dado como perdido no final de 2015: as perdas por imparidades com estes créditos totalizavam, por essa altura, 1.198.082.600 euros.

O montante perdido com cada cliente é muito variável. A Artlant representa a maior perda, num total que ultrapassa os 211 milhões de euros. Segue-se a Investifino (detida pelo empresário Manuel Fino), com perdas superiores a 138 milhões, a Fundação Berardo, com mais de 124 milhões, e a AE Douro Litoral, com 122,6 milhões.

Veja a lista dos grandes devedores da CGD

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/01/grandes-devedores-da-cgd-01-01.png)

Cada um destes créditos foi concedido entre 2000 e 2015, mas a EY não revela a data exacta da concessão, nem o montante inicial de cada crédito.

https://eco.sapo.pt/2019/01/21/caixa-perdeu-1-200-milhoes-em-creditos-de-risco-veja-a-lista-dos-grandes-devedores/

Aí está a famosa lista de caloteiros da CGD que não queriam mostrar nem aos deputados!!!!!!
A leitura da tabela é muito simples, coluna da esquerda tem os caloteiros, coluna do meio tem o valor em dívida a 31 de Dezembro de 2015 e na coluna da direita temos as imparidades, ou seja, os valores que a CGD reconhece que nunca mais vai por a vista em cima!!!!!! Dessa lista de 3 mil milhões de euros de dívidas, a Caixa reconhece que nunca mais vai ver 1,2 mil milhões, mas esse valor pode aumentar em direcção ao valor de exposição a esses devedores (3 mil milhões de euros).

No fundo esta lista mostra quem ajudou a colocar-nos a pão e água e depois fomos obrigados a ajudar os bancos a "limpar" os balanços de "activos tóxicos"!!!!!! E isto é só 1 parte e só relativa a 1 dos bancos, neste caso público!!!!!

Quem estiver interessado, ainda tem mais 2 artigos:
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/salarios-de-administradores-da-cgd-foram-fixados-sem-ligacao-ao-desempenho-revela-auditoria-da-ey-400926
e
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/caixa-aumentou-imparidades-na-construcao-e-imobiliario-quando-restante-banca-as-diminuiu-400874
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Janeiro 23, 2019, 02:59:25 am
Caixa perdeu 1.200 milhões em créditos de risco. Veja a lista dos grandes devedores

A auditoria realizada à gestão da CGD revela que, entre 2000 e 2015, várias administrações aprovaram uma série de operações de risco elevado, que vieram a gerar perdas de quase 1.200 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reconheceu perdas de quase 1.200 milhões de euros num conjunto de 46 financiamentos, concedidos entre 2000 e 2015, nos quais não foram cumpridas as normas de concessão de crédito. Ao longo destes anos, as sucessivas administrações do banco público ignoraram os pareceres dos órgãos competentes ou aprovaram operações que não apresentavam garantias suficientes, concretizando negócios que vieram a revelar-se de risco “considerado elevado ou grave”.

Os dados constam de um relatório preliminar, divulgado por Joana Amaral Dias na CMTV e a que o ECO teve acesso, realizado pela consultora EY, que, a pedido do Ministério das Finanças, fez uma auditoria à gestão da Caixa no período de 2000 a 2015.

Na auditoria, a consultora identifica vários tipos de operações que caracteriza como “excepções face ao normativo e ao enquadramento regulamentar aplicável”. Leia-se, não cumpriram as regras. Há quatro tipos de operações que se destacam:

    Operações aprovadas com parecer de análise de risco desfavorável ou condicionado, não se encontrando documentadas as justificações para a tomada de risco contrária ao parecer da Direcção Global de Risco;
    Casos onde não foi apresentado parecer técnico da Direcção Global de Risco referente à operação, nem justificação para tal situação;
    Casos onde não existe evidência que tenha sido obtida toda a informação exigível para fundamentar a aprovação da operação (estudo de viabilidade, licenças associadas ao projecto);
    Casos em que as garantias assinadas em contrato não são suficientes para cobrir o rácio de cobertura de 120% conforme exposto no normativo.

Entre os 200 devedores que foram identificados pela EY como tendo gerado as maiores perdas para o banco público, há 64 casos em que ocorreu pelo menos uma das situações descritas em cima. A 31 de Dezembro de 2015, a CGD ainda tinha exposição a 46 desses clientes, num montante total de 2,96 mil milhões de euros em dívida.

Quase metade desse montante tinha sido dado como perdido no final de 2015: as perdas por imparidades com estes créditos totalizavam, por essa altura, 1.198.082.600 euros.

O montante perdido com cada cliente é muito variável. A Artlant representa a maior perda, num total que ultrapassa os 211 milhões de euros. Segue-se a Investifino (detida pelo empresário Manuel Fino), com perdas superiores a 138 milhões, a Fundação Berardo, com mais de 124 milhões, e a AE Douro Litoral, com 122,6 milhões.

Veja a lista dos grandes devedores da CGD

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/01/grandes-devedores-da-cgd-01-01.png)

Cada um destes créditos foi concedido entre 2000 e 2015, mas a EY não revela a data exacta da concessão, nem o montante inicial de cada crédito.

https://eco.sapo.pt/2019/01/21/caixa-perdeu-1-200-milhoes-em-creditos-de-risco-veja-a-lista-dos-grandes-devedores/

Aí está a famosa lista de caloteiros da CGD que não queriam mostrar nem aos deputados!!!!!!
A leitura da tabela é muito simples, coluna da esquerda tem os caloteiros, coluna do meio tem o valor em dívida a 31 de Dezembro de 2015 e na coluna da direita temos as imparidades, ou seja, os valores que a CGD reconhece que nunca mais vai por a vista em cima!!!!!! Dessa lista de 3 mil milhões de euros de dívidas, a Caixa reconhece que nunca mais vai ver 1,2 mil milhões, mas esse valor pode aumentar em direcção ao valor de exposição a esses devedores (3 mil milhões de euros).

No fundo esta lista mostra quem ajudou a colocar-nos a pão e água e depois fomos obrigados a ajudar os bancos a "limpar" os balanços de "activos tóxicos"!!!!!! E isto é só 1 parte e só relativa a 1 dos bancos, neste caso público!!!!!

Quem estiver interessado, ainda tem mais 2 artigos:
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/salarios-de-administradores-da-cgd-foram-fixados-sem-ligacao-ao-desempenho-revela-auditoria-da-ey-400926
e
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/caixa-aumentou-imparidades-na-construcao-e-imobiliario-quando-restante-banca-as-diminuiu-400874

A Artlant. Outro grande investimento do Sócrates com os espanhóis...
E lá está a fundação berardo e outras fundações da treta...

https://www.cmjornal.pt/exclusivos/detalhe/estado-perde-milhoes-com-projeto-de-socrates-e-pinho
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2019, 11:10:45 am
Por acaso já "seguia" os gestores maravilha (amigos do Sócrates), que passaram da CGD (depois de a arruinarem) para o BCP e também este quase foi ao charco!!!!! Um desses gestores está preso em Évora, mas desconfio que só vai pagar por receber 25.000€ e nunca vai responder por estes buracos gigantescos!!!!!!

O que receio é que as imparidades (perdas definitivas) vão aproximar-se dos 3 mil milhões de euros e não só dos 1,2 mil milhões......

Só estes 1,2 mil milhões representam 120€ a cada um dos portugueses residentes!!!!!!!!!!! Os aumentos de capital na CGD serviram para pagar estes buracos!!!

E eu relembro uma coisa, se não tivesse vindo a troika ao país, nada disto se sabia, ía ser tudo abafado. Infelizmente tivemos o nosso poder de decisão limitado (como teve a Grécia.....), mas foi com a vinda da troika que descobriram o buraco na Madeira (foi descoberta quando passavam a pente fino as contas dos bancos e descobriam cartas de conforto da Região Autónoma da Madeira a servir de garantia a empresas de construção civil, mas na contabilidade da RAM não apareciam nenhumas facturas........).
A troika obrigou ainda a investigar as contas de todas as autarquias (por isso é que muitas delas foram intervencionadas à força para pagarem aos fornecedores a menos de 90 dias, porque sei de Câmaras que pagavam a 2 anos ou mais ainda!!!!!!!). Quando a dívida pública disparou na altura de Sócrates, foi porque fomos obrigados a reconhecer todos estes buracos que estavam bem escondidos!!!!!!

No mínimo todos estes gestores envolvidos nestes escândalos, deviam ser presos e despejados de todos os bens que tenham à face da terra!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Vicente de Lisboa em Janeiro 23, 2019, 03:27:51 pm
O que é que a CP está ali a fazer?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2019, 03:37:26 pm
O que é que a CP está ali a fazer?

Sem saber o que se passou em concreto, mas pode muito bem ter havido um perdão de juros (pelo valor baixo em relação à dívida total), ou uma reestruturação por perdão de uma pequena parte da dívida.

A CGD ao reconhecer 4 milhões de euros de imparidades na CP, quer dizer que deixou de receber esse valor em relação ao que era esperado.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: zocuni em Fevereiro 06, 2019, 10:40:13 am
Défice de 2018 ficou em 0,6%, anuncia Centeno
Governo calcula que o défice ficou ligeiramente abaixo dos 0,7% previstos. Dados oficiais serão divulgados pelo INE no final de Março.

LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O défice público durante o ano passado terá ficado em 0,6%, ligeiramente abaixo dos 0,7% que eram previstos pelo Governo, afirmou esta quarta-feira o ministro das Finanças.

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A falar na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, Mário Centeno afirmou que 2018 deverá ter fechado com um défice público, em contabilidade nacional, “próximo de 0,6%”, afirmando que o governo está a apresentar “ano após ano” os resultados para o défice “mais baixos do período democrático”.

“Foram cumpridas as metas orçamentais pelo terceiro ano consecutivo. Algo que antes nunca acontecia, tornou-se um hábito”, disse o ministro aos deputados.

Inicialmente, quando apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2018, o Executivo apontava para um défice de 0,9%. Mais tarde, já depois de ter terminado o ano de 2017 com um défice de 0,9% (3% se se incluir a despesa com a capitalização da Caixa Geral de Depósitos), essa meta foi revista em baixa para 0,7%.


Agora, revelou Centeno, o valor deverá acabar por se cifrar um pouco abaixo nos 0,6%. Os números oficiais, contudo, apenas serão conhecidos no final de Março quando o Instituto nacional de Estatística divulgar os seus cálculos relativamente às contas públicas de 2018.

Em relação à dívida pública, o ministro das Finanças revelou que em 2018 o seu valor terá ficado em 121,4% do PIB.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 07, 2019, 12:21:16 pm
Álvaro Sobrinho sobre o caso BESA: “Roubaram 3 mil milhões de euros aos portugueses”

Ex-líder do BESA acusa generais próximos de Eduardo dos Santos de terem dado um "golpe" para protegerem dívidas ao banco e diz que há mais políticos entre os "grandes devedores e nunca foram tocados".

“Golpe”. É assim que Álvaro Sobrinho descreve num entrevista à revista Visão o seu afastamento da liderança do Banco Espírito Santo de Angola (BESA) em 2013 e, acima de tudo, a transformação do BESA em Banco Económico por decisão do Banco Nacional de Angola. O ex-líder do BESA não poupa nas palavras e acusa as mais altas esferas da presidência de José Eduardo dos Santos de terem falsificado atas e a contabilidade do BESA para protegerem os políticos angolanos que deviam boa parte dos cerca de 6 mil milhões de euros de crédito irregular que foi concedido por aquela instituição financeira que fazia parte do Grupo Espírito Santo (GES). Entre esses devedores, Sobrinho situa o general Hélder Veira Dias ‘Kopelipa’, ex- chefe da Casa Militar de Eduardo dos Santos, e o general Leopoldino Nascimento ‘Dino’, ex-assessor de segurança do ex-presidente angolano, mas também empresas do GES.

Outra consequência desse golpe terá sido a perda de cerca de 3 mil milhões de euros que o Novo Banco, a instituição que substituiu o BES, nunca reclamou, diz Álvaro Sobrinho. “Roubaram 3 mil milhões de euros aos portugueses”, diz o banqueiro.

Recorde-se que, tal como o Observador noticiou, o Ministério Público continua a investigar a alegada concessão irregular de crédito do BESA no período 2009 a 2013 e que está avaliado em cerca de 6,8 mil milhões de dólares (cerca de 6 mil milhões de euros ao câmbio atual) — quando as suspeitas originais apontavam para um valor de 5,7 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros ao câmbio atual. Boa parte desse período apanha o mandato de Álvaro Sobrinho, que liderou o banco entre 2001 e novembro de 2012 por escolha direta de Ricardo Salgado, ex-presidente executivo do BES e líder da família Espírito Santo. Quer Salgado, quer Sobrinho são encarados pelas autoridades portuguesas como suspeitos no âmbito da investigação do chamado processo Universo Espírito Santo.

De acordo com os indícios recolhidos pelo DCIAP, os cerca de 6 mil milhões de euros terão sido distribuídos por três grupos de destinatários:

    Entidades do interesse de Álvaro Sobrinho — o que o ex-líder do BESA sempre negou, como voltou agora a repetir à Visão
    Entidades ligadas a titulares de cargos políticos e públicos de Angola;
    Entidades ligadas ao Grupo Espírito Santo que terão sido financiadas pelo BESA.

Estes dois últimos grupos terão sido os destinatários preferenciais da maioria do crédito concedido, avaliado pelo DCIAP em 6.849.845.000 dólares (cerca de 6.047.302.758 euros)

Generais “‘Kopelipa’ e ‘Dino’ eram dos maiores devedores do BESA. Havia outros ligados ao regime…”

A entrevista da Visão concentra-se em duas assembleias-gerais que decidiram o futuro de Álvaro Sobrinho e que levaram à transformação do BESA em Banco Económico com profundas transformações na estrutura acionista por decisão do Banco Nacional de Angola.

A primeira reunião relevante é de setembro de 2013. Foi nesta assembleia-geral, em que estiveram Ricardo Salgado (em representação do GES), ‘Kopelipa’ (em representação do acionista Portmill), e ‘Dino’ (em representação da acionista Geni), que Sobrinho diz ter sido “fuzilado” pelos acionistas que o acusaram de conceder cerca de 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) de crédito à sua própria família. Sobrinho diz que isso é mentira e que tal crédito foi concedido a sociedades que na ata dessa assembleia-geral aparecem como sendo suas mas que, segundo o ex-líder do BESA, pertencem ao GES. “Desmascarei o Salgado com todo o crédito do GES. E desmascarei os acionistas angolanos com todo o crédito deles. Mas isso não apareceu na ata. Acha que podia divulgar isto? Em Portugal tinha o Salgado, que mandava nos primeiros-ministros, em Angola tinha os angolanos e a minha família estava lá”, afirma.

“Foi uma assembleia-geral intimidatória para validar um ato ilegal, construído e manietado. Forjaram uma ata, puseram o que lhes interessava e omitiram o que não lhes interessava. Interessava-lhes culpar determinada pessoa, fuzilá-la [o próprio Sobrinho]. Tudo o que dizia respeito aos acionistas, aos empréstimos gigantescos que tinham no banco, não saiu em ata”, acusa Sobrinho

Os maiores devedores [do BESA] eram os acionistas”, diz Sobrinho, que confirma que o generais ‘Dino’ e ‘Kopelipa’ encontravam-se entre os maiores devedores do banco. Sobrinho diz, no entanto, que “o eng. Manuel Vicente não estava na reunião e não apareceu como acionista. Havia outros ligados ao regime que eram grandes devedores e nunca foram tocados. São as mesmas pessoas que pediram para eu sair do banco. Há uma maneira de pedir crédito em Angola: ou põe-se a filha ou põe-se a irmã…”, diz

Álvaro Sobrinho diz que a reunião que culminou com o seu afastamento do cargo de chairman do BESA, já depois de ter sido afastado em 2012 do cargo de presidente executivo do banco, foi um encontro deveras original. “Nunca tinha visto uma reunião daquelas. Até esse dia não houve uma em que os acionistas estivesse presentes fisicamente. De repente, aparecem todos. É normal um ministro de Estado e um chefe da Casa Militar do Presidente da República, o assessor mais importante do Presidente e um ex-primeiro-ministro aparecerem como acionistas de um banco privado? Não, não é. (…) Nessa reunião estavam os homens que mandavam no país e Ricardo Salgado diz que estavam os acionistas angolanos. Em Portugal é assim? Isso é uma aberração”, diz.

O “assalto” e a “manigância” do governador do Banco Nacional de Angola

A segunda assembleia-geral relevante aconteceu a 29 de outubro de 2014 e culminou com uma autêntica revolução na estrutura acionista do Banco Económico — o novo nome do BESA depois da intervenção do Banco Nacional de Angola (BNA) concretizada a 4 de agosto de 2014, depois do Banco de Portugal ter acionado os mecanismos da resolução do BES. Álvaro Sobrinho diz que foi “um assalto” promovido pelo então governador do BNA, o banco central angolano.

Antes, em julho de 2014, o Estado angolano tinha anunciado que iria injetar cerca de 3 mil milhões de dólares no Banco Económico, sendo que a petrolífera pública Sonangol passou a deter 35% do capital, o Novo Banco ficou com 9,9% (quando tinha herdado a posição de 55% do BES), a Portimill (ligada ao general ‘Kopelipa’ e a Manuel Vicente) manteve os 24% e o grupo Geni (ligado ao general ‘Dino’) também continuou a ser relevante com 18,99% do capital. Além da Sonangol, também a sociedade de capital de risco chinês chamada Lektron entrou como novo acionista, assumindo uma posição de 30,98%. Enquanto o BES (que ainda hoje tem existência jurídica, estando em processo de insolvência) foi expulso da estrutura acionista do Banco Económico.

De acordo com a Visão, a Comissão Liquidatária do BES defende que esta assembleia-geral é totalmente ilegal e está a tentar contestá-la na justiça angolana — sem sucesso até ao momento. O mesmo pensa Álvaro Sobrinho.

Os acionistas do Banco Económico são uma fraude. Não são acionistas de verdade. Tomaram a maioria do capital sem meter um tostão. A Sonangol, por exemplo, fez uma operação swap [troca]: comprou a sede do BESA e disse que aquele era o capital. E não há nada na lei [angolana] que permita dizer: os velhos acionistas não foram ao aumento de capital social, entao já não fazem parte da estrutura acionista. O BES tinha 55% de capital e, no fim, devia continuar a ter 55%”, diz Sobrinho.

De acordo com a Visão, os representantes do BES foram impedidos de entrar na Assembleia-Geral de 29 de outubro de 2014 com o argumento de que não tinham participado no aumento de capital social que, entretanto, tinha ocorrido e que permitiu injetar os já referidos 3 mil milhões de dólares no Banco Económico.

Álvaro Sobrinho acusa o então governador do BNA de ter promovido o que denomina como um “assalto”. “O governador do BNA é contabilista e viu ali um momento de ouro: há problemas em Portugal, nós temos uma dívida para saldar, vamos fazer aqui uma manigância para não pagar essa dívida. O regime angolano da altura foi muito inteligente, mais inteligente do que Ricardo Salgado e o Estado português”.

Para Sobrinho, os grandes beneficiados foram o “Estado angolano mas principalmente estes acionistas [do Banco Económico] porque entraram sem capital nenhum e beneficiaram de créditos que Ricardo Salgado lhes atribuiu num determinado período. Houve ali um golpe para ficar com o banco”, diz Sobrinho

“O BES ficou à deriva. Roubaram 3 mil milhões aos portugueses”, acrescenta o ex-líder do BESA, referindo-se à perda de capital e aos créditos que o BES concedeu ao BESA e que o Banco Económico nunca pagará.

Segundo o acordo feito com a administração do Novo Banco liderada por Stock da Cunha, o Banco Económico apenas terá de pagar cerca de 794 milhões de euros em duas tranches.

O antigo presidente do BESA defendeu na entrevista que concedeu que os créditos dados em Angola “não influenciaram a falência do BES em Portugal”. “O BES não faliu por causa do BESA”, reforçou. Disse, aliás, que “o que aconteceu ao BESA não foi uma falência, foi um conjunto de imposições do BNA [Banco Nacional de Angola]”.

Processos em Portugal? “Assumo as minhas responsabilidades no BESA”

Álvaro Sobrinho foi ainda questionado sobre os processos judiciais abertos no DCIAP em que é visado, tendo explicado que o que está em causa “são as origens dos meus rendimentos porque se criou este mito de que a falência do BES teve que ver com o BESA. Defendi-me sempre sem acusar ninguém. Assumo as minhas responsabilidades no BESA. Era um banco que estava alavancado? Era. Tinha problemas de liquidez? Sim. Não é justo, e é de uma grande hipocrisia intelectual, o dr. Ricardo Salgado não assumir também as suas responsabilidades”, diz o ex-líder do BESA que foi escolhido para o cargo por Álvaro Sobrinho.

Sobrinho responsabiliza ainda Amílcar Morais Pires, ex-chief financial officer do BES e braço direito de Ricardo Salgado, por ter tido um papel importante na queda do banco da família Espírito Santo. “O grande causador da derrocada do banco [BES] foi ele, inventando produtos aqui na sala de mercados do BES e vendendo a particulares e a instituições, usando a rede do grupo. (…) Não fui eu que montei as operações do BES para vender papel comercial a pessoas que nem sabem o que é um depósito a prazo, nunca fui criminoso a ponto de pôr velhinhos a comprar papel comercial e a ficarem sem nada. Durmo muito bem”,  concluiu.

https://observador.pt/2019/02/07/alvaro-sobrinho-sobre-o-caso-besa-roubaram-3-mil-milhoes-de-euros-aos-portugueses/

Mais um episódio do saque no BES. Juntando tudo percebemos o que andamos a pagar (20 mil milhões de euros)!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: zocuni em Fevereiro 08, 2019, 02:29:47 pm
Fábrica da PSA em Mangualde ganha novo modelo da Opel
Novo Opel Combo passa a ser produzido em Mangualde a partir do segundo semestre de 2019, nas versões comercial e de passageiros. Unidade portuguesa partilha com a fábrica da PSA em Vigo o "exclusivo mundial"


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: zocuni em Fevereiro 09, 2019, 05:38:46 pm
Exportação de Porco Ibérico para a China.


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: zocuni em Fevereiro 15, 2019, 11:35:59 am
Apresentação de relatório da OCDE sobre Portugal cancelada à última hora

Leonardo Ralha   14 Fevereiro 2019, 15:37

Ex-ministro Álvaro Santos Pereira seria um dos oradores numa sessão dedicada ao “Economic Survey of Portugal – 2019” da OCDE na terça-feira. Na véspera mantém-se uma apresentação oficial no Ministério da Economia.

Uma apresentação pública do relatório “Economy Survey of Portugal – 2019” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que estava agendada para a próxima terça-feira e contava com a presença do ex-ministro Álvaro Santos Pereira e do economista Ben Westmore, foi cancelada. Mantém-se, no entanto, uma apresentação oficial na segunda-feira, nas instalações do Ministério da Economia, com a presença do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.


A informação do cancelamento consta do site da Ordem dos Economistas, entidade que estava a organizar a sessão, que iria decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian entre as 11h00 e as 13h00 de terça-feira. “Quando for remarcada informaremos pelas vias habituais”, lê-se no site.

A sessão, que contava com os dois elementos do Departamento de Economia da OCDE, destinava-se a “discutir as mais relevantes descobertas e análises bem como as principais recomendações do referido estudo”.

Alegadas pressões do Governo sobre a OCDE foram noticiadas no mês passado pelo “Expresso”, tendo em conta que o relatório coordenado por Álvaro Santos Pereira faria referências à problemática da corrupção na relação entre o sistema de Justiça e a atividade económica portuguesa consideradas desajustadas pelo Executivo de Lisboa.

Com Siza Vieira e sem Santos Pereira.

Já na manhã da próxima segunda-feira vai ocorrer uma apresentação oficial do “Economy Survey of Portugal – 2019”, nas instalações do Ministério da Economia, com o ministro-adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

Além do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na apresentação e na conferência de imprensa estará Ben Westmore, o economista da OCDE que teve a seu cargo o relatório da entidade relativo à economia portuguesa – e que seria um dos oradores da sessão na Fundação Calouste Gulbenkian entretanto cancelada.

Ausente de Lisboa estará, segundo fonte oficial, Álvaro Santos Pereira, que coordenou este e outros 24 relatórios enquanto responsável pela divisão de estudos nacionais da OCDE.


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 15, 2019, 12:47:07 pm
Há cinco interessados em comprar a Tranquilidade

Segundo o jornal espanhol Cinco Días, a Mapfre, Ageas, Generali, Zurich e Allianz estão entre os interessados em ficar com a seguradora nacional.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2016-12/img_817x460$2016_12_05_17_22_09_299047.jpg)

Há cinco interessados em comprar a Tranquilidade, a segunda maior seguradora nacional. Entre os potenciais compradores estão os espanhóis da Mapfre, mas também os belgas da Ageas, avança o jornal Cinco Días. O processo poderá ficar concluído no início do verão.

As notícias de que a Apollo Global Management estaria a explorar a venda da seguradora Tranquilidade foram avançadas em setembro do ano passado pela Bloomberg. Isto numa operação que, segundo fontes próximas do processo, poderia render até mil milhões de euros e atrair quer seguradoras quer empresas de investimento.

Agora, o jornal espanhol avança, citando fontes da Mapfre, que a Tranquilidade terá enviado a um "grande número de seguradoras" o dossiê referente à venda. Não comentam, porém, o interesse em ficar com a empresa comprada ao Novo Banco em 2015.

A Mapfre detém uma quota de mercado muito reduzida - de 2% - em Portugal, tendo entrado em território nacional depois de ter comprado a atividade seguradora do Barclays, em parceria com o Bankinter.

Também a Ageas, a terceira maior seguradora do país, está incluída nesta lista, com uma quota de mercado bastante superior à da Mapfre: 13%.

Nesta corrida à Tranquilidade, o Cinco Días aponta ainda a Generali, Zurich e Allianz como as outras interessadas em ficar com a seguradora.

A Apollo concluiu a compra da Tranquilidade em 2015 ao Novo Banco. Esta operação permitiu encaixar 40 milhões de euros. Agora, para realizar a venda, o fundo norte-americano contratou a Arcano, prevendo que o processo fique concluído no início do verão.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/ha-cinco-interessados-em-comprar-a-tranquilidade?ref=HP_DestaquesPrincipais

Realmente nós somos uns negociantes de 1ª. Vendemos em 2015 a Tranquilidade (já depois da resolução do BES, a quem pertencia a companhia) por 40 milhões de euros aos americanos da Apollo. Estes venderam quase todos os imóveis da companhia, tudo bem que injectaram 150 milhões na Tranquilidade, mas passados 4 anos, esperam vender a Tranquilidade por mil milhões de euros!!!!!! Quem tem olhos para os negócios, quem tem!?

Já nos bancos fizemos o mesmo, depois de injectarmos 20 mil milhões de euros, entregamos os bancos a estrangeiros!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Fevereiro 18, 2019, 07:02:00 pm
https://www.jn.pt/economia/interior/ocde-quer-gasoleo-mais-caro-em-portugal-10583059.html
https://www.publico.pt/2019/02/18/economia/noticia/ocde-continua-portugal-crescer-acima-2-ano-1862361
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 27, 2019, 03:43:11 pm
Bruxelas pede a Portugal menos dívida e maior produtividade


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 08, 2019, 04:33:17 pm
Estado põe à venda projecto imobiliário de dois mil milhões na Margem Sul

Pensado há vários anos para a Margem Sul, o "Water City" vai agora ser colocado no mercado. Gerido pela Baía do Tejo, prevê habitação, hotelaria, uma marina, um terminal fluvial e zonas de lazer.

A  Baía do Tejo, propriedade da Parpública, pertencente ao Estado, vai colocar no mercado o “Water City“, um projecto com mais de 600 mil metros quadrados que prevê a construção de, entre outros, edifícios de habitação, um hotel e uma marina. Localizado ao longo de dois quilómetros do rio Tejo, o projecto tem vindo a ser pensado há vários anos e apresentado a investidores internacionais. Já são várias as entidades a demonstrar interesse neste plano, cujo investimento pode chegar aos 2.000 milhões de euros.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/03/lisnave.png)

É do outro lado do rio, na Margem Sul, que vai nascer um novo projecto imobiliário, numa área de 630 mil metros quadrados, dos quais 540 mil são terra e 66 mil são água. Idealizado pela Baía do Tejo, que pertence ao Estado, está inserido no Plano de Urbanização Almada Nascente e pensado para ser construído nas localizações da antiga Lisnave — Estaleiros Navais de Lisboa.

O objectivo é levantar naquela zona um projecto misto, isto é, que contemple habitação, escritórios, hotelaria, comércio e serviços, uma marina, um terminal fluvial e várias áreas de cultura e lazer, explicou ao ECO a Baía do Tejo. Nos últimos anos, a “Water City” — nome escolhido para ser mais fácil de apresentar no estrangeiro –, tem sido mostrado a vários investidores internacionais, presentes em vários eventos do sector imobiliários espalhados pelo mundo.

Após vários procedimentos administrativos que tiveram de ser ultrapassados, já estão reunidas as condições para o projecto ser colocado no mercado. De acordo com a Baía do Tejo, o interesse demonstrado por parte de vários investidores ajudou a que esse lançamento ocorra já no primeiro semestre deste ano, tal como foi adiantada inicialmente pelo sitePropertyEU. “Há intenção de colocar o projecto no mercado no primeiro semestre de 2019”, referiu a empresa.

E o processo de venda pode acontecer de duas formas: através de uma espécie de concurso público ou reunindo uma pool de investidores que estejam interessados em desenvolvê-lo, disse ao ECO uma fonte próxima do processo. “Existem várias manifestações prévias de interesse de entidades provenientes de diferentes geografias”, esclarece a Baía do Tejo.

A ideia é que o promotor agarre em todo o projecto e o desenvolva, de acordo com o que está estipulado. Contudo, tem direito a decidir o que construir em 65% da área — considerada zona mista –, referiu a mesma fonte ao ECO. Dos 630 mil metros quadrados que o Water City terá, cerca de 5% (178 mil metros quadrados) serão destinados a edifícios residenciais.

Questionada sobre o valor do investimento previsto, a Baía do Tejo não quis revelar, contudo, fontes do mercado imobiliários referiram ao ECO que se estima um investimento de 1,2 mil milhões a 1,5 mil milhões de euros, mas que pode chegar aos dois mil milhões de euros.

Maquete do projeto Water City, na Margem Sul

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/03/cam4lx__0.jpg)

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/03/cam3__0.jpg)

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/03/cam2__0.jpg)

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/03/cam1__0.jpg)

https://eco.sapo.pt/2019/03/08/estado-poe-a-venda-projeto-imobiliario-de-dois-mil-milhoes-na-margem-sul/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 04, 2019, 03:59:35 pm
Portugal tem mais cientistas que Espanha, mas menos dois mil milhões de euros de financiamento

Portugal tem muito mais investigadores do que Espanha e está um pouco acima da média da UE. Mas no que toca ao investimento é quase três vezes inferior à media da UE e 55% menor que Espanha.

(https://bordalo.observador.pt/800x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2019/04/04151507/12194062_770x433_acf_cropped.jpg)

Portugal tem mais investigadores que Espanha, em percentagem da população ativa, mas muito menos financiamento, segundo o professor Frederico Carvalho, que diz faltarem cerca de dois mil milhões de euros para igualar o país vizinho.

“Temos um sistema barato com uma produtividade científica que pode, por isso mesmo, surpreender”, afirmou esta quinta-feira Frederico Gama Carvalho, da Organização dos Trabalhadores Científicos, durante o colóquio “Políticas Científicas 2019” que está a decorrer na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

Baseando-se nos dados disponibilizados pelo Eurostat relativos a 2017, o especialista sublinhou que, em termos de percentagem de população ativa, Portugal tem muito mais investigadores do que Espanha e está um pouco acima da média da União Europeia. Comparando com Espanha, “o rácio é cerca de 50% superior”, sublinhou.

No entanto, o investimento fica muito abaixo. “A despesa ‘per capita’ de investigador ETI (equivalente a tempo integral) é quase três vezes inferior à media da União Europeia e cerca de 55% do correspondente valor para Espanha“, lamentou.

Através de um “cálculo simples”, o especialista concluiu que tendo em conta o número de investigadores em Portugal, a despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) “deveria ser aumentada em dois mil milhões de euros para que o rácio igualasse o espanhol ou cerca de 4,6 mil milhões para atingir o valor médio da União Europeia”.

Outro dos pontos focados foi o gradual aumento da verba investida pelas empresas em I&D e o seu real significado. Dois dos oradores presentes questionaram se o trabalho feito por muitas das grandes empresas pode ser definido como investigação.

“Pode duvidar-se do rigor com que são aplicados os critérios que devem definir como atividade de I&D uma determinada atividade”, começou por afirmar Frederico Carvalho que, em declarações à Lusa, classificou como “uma burla” a investigação que as empresas dizem fazer, porque “ninguém verifica a sua veracidade”.

Ana Delicado, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, lembrou que na Europa, mais de 60% do investimento em I&D é feito pelas empresas e em Portugal ronda os 50%.

No entanto, as “maiores produtoras de I&D” em Portugal são empresas da área financeira e informática, tais como a Meo Altice, Sonae, NOS, BCP e BPI e duas farmacêuticas, acrescentou a investigadora.

“A despesa em I&D está muito inflacionada, porque contam como I&D muitas coisas que são rotineiras. Fazer algoritmos para o BCP é I&D?”, questionou, considerando que esta “não é uma despesa que puxe Portugal para grandes inovações tecnológicas”.

Um dos resultados desta realidade poderá ser o baixo registo de patentes, lembrou Ana Delicado, salientando o elevado número de publicações em contraponto com “o registo de patentes, que não mexe”.

Para Ana Delicado, a explicação é simples: “Como as nossas empresas que fazem I&D não criam produto, as patentes têm-se mantido resilientemente baixas”.

Enquanto a média da UE é de mais de 100 patentes por milhão de habitantes, em Portugal o rácio está abaixo de 25.

https://observador.pt/2019/04/04/portugal-tem-mais-cientistas-que-espanha-mas-menos-dois-mil-milhoes-de-euros-de-financiamento/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2019, 10:50:29 am
Greve de motoristas de matérias perigosas prossegue


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2019, 07:37:20 pm
Greve deixa 40% das bombas sem combustíveis em Portugal



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 18, 2019, 01:42:23 pm
Motoristas celebram chegada a acordo



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Maio 13, 2019, 01:43:45 pm
Isenção fiscal oferecida por Portugal não agrada a outros países da UE


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Vicente de Lisboa em Maio 13, 2019, 06:45:00 pm
Isenção fiscal oferecida por Portugal não agrada a outros países da UE



Esta medida fiscal que cá temos é uma canalhice, mas deve ser mantida como moeda de troca para harmonização fiscal na UE. Os Finlandeses sentem-se roubados porque os reformados deles vêm cá viver sem pagar impostos? Percebo. Mas nós sentimos-nos muito mais roubados porque os nossos Pingos Doces vão para os Países Baixos não pagar impostos. Bora lá criar regras comunitárias então, e aí podemos todos ser menos roubados.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 15, 2019, 05:38:46 pm
De que se ri Berardo? A história de 7 negócios de Joe

Da OPA ao Benfica, passando pela PT, pela venda de palmeiras raras com Pik Botha, até ao Museu Berardo e ao "assalto ao BCP". Sete negócios que mostram a verdadeira cara de Joe.

(https://bordalo.observador.pt/2000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2019/05/14194034/26212367_1280x640_acf_cropped.jpg)

Empresário madeirense, emigrante na África do Sul, prospetor de ouro, colecionador de arte, acionista de bancos, benfiquista dos quatro costados, entre muitos outras designações que foi ganhando ao longo dos seus 74 anos, José Manuel Rodrigues Berardo tem um passado repleto de distinções. Portugal já lhe atribuiu o grau de Comendador, bem como a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, e França já lhe concedeu a sua mais alta condecoração, o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra. Tudo isso ficou para trás na passada sexta-feira.
E bastaram apenas cinco horas de audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos. O banco público, que em 2016 foi recapitalizado com 4 mil milhões de euros dos portugueses, registou perdas de muitas centenas de milhões devido a inúmeros negócios arriscados (ou simplesmente azarados) entre 2000 e 2015, e os deputados queriam ouvir as explicações de um dos maiores devedores da Caixa, Joe Berardo, responsável por créditos não pagos de quase 400 milhões de euros. Joe escolheu uma via diferente de muitos dos anteriores depoentes na comissão — escudou-se menos vezes no “não me recordo”, no “não me lembro” e “não fui eu”. Aconselhado, ou não, pelo advogado que o acompanhou, Berardo virou a mesa: “pessoalmente não tenho dívidas”, “não sou dono de nada” (logo não posso ser executado) ou “perguntem aos bancos” porque eles é que aceitaram o crédito. A opinião pública reagiu com fúria, a começar pela classe política.
Self-made man para uns, polémico e controverso para outros, o facto é que Joe Berardo é um velho conhecido dos portugueses, com negócios ao longo de mais de duas décadas: dos vinhos ao desporto, da banca às telecomunicações; dos media aos acordos com o Estado para expor a sua coleção. O Observador recorda alguns dos mais emblemáticos negócios de Joe, à luz também daquilo em que resultaram anos mais tarde.
1 O “assalto ao BCP”… com dinheiro emprestado pela Caixa Geral de Depósitos

A audição de Joe Berardo no parlamento, na passada sexta-feira (quando disse que, pessoalmente, não tem dívidas e também que não tem património), só acontece porque o empresário madeirense é um dos maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos, identificado numa auditoria da EY aos atos de gestão do banco público entre 2000 e 2015. Berardo contraiu — através da sua Fundação José Berardo e a empresa Metalgest — quase 400 milhões de euros à Caixa, em várias operações entre 2006 e 2007. Destino do dinheiro? Financiar a compra de ações no BCP, no decorrer de uma guerra de poder que, por essa altura, se verificava no banco fundado por Jardim Gonçalves. O episódio viria a ser conhecido na imprensa como “o assalto ao BCP”.
Ao mesmo tempo tornou-se numa das operações de crédito mais polémicas da Caixa Geral de Depósitos. Quando a poeira assentou, três bancos (BES, BCP e Caixa) haveriam de registar enormes perdas. Agora, em conjunto, exigem 962 milhões de euros ao comendador.
Tal como o Observador também já contou, o BCP entrou numa guerra interna em 2007, pouco depois de ter falhado uma OPA sobre o BPI. A fação do fundador e ex-presidente da instituição, Jorge Jardim Gonçalves — que se mantinha como presidente do Conselho Geral e de Supervisão —, tentou limitar a ação do presidente executivo da época, Paulo Teixeira Pinto, o “delfim” que tinha escolhido para lhe suceder, em 2005.

O confronto entre os aliados de Jardim Gonçalves, alguns dos quais se sentavam na maioria da comissão executiva do banco de Paulo Teixeira Pinto, e então presidente executivo do BCP deu-se numa célebre assembleia geral em maio de 2007 onde a proposta de mudança dos estatutos proposta pelo fundador do banco é chumbada. É desta reunião no Porto que fica a imagem de Joe Berardo a fazer o V de vitória. O comendador era um grande cliente do crédito do BCP e decidiu entrar na guerra ao lado de Teixeira Pinto.
Foi por esta altura que Berardo reforçou de forma significativa a sua participação no então maior banco privado português (chegou a ter 6,2% do banco, sendo o quarto maior acionista). O financiamento para esse reforço na estrutura acionista do BCP foi concedido precisamente pela Caixa Geral de Depósitos, ainda que contornando regras de prudência na concessão do crédito (ausência de pareceres da Direção de Risco ou pareceres condicionados). E a reestruturação do maior crédito de Joe Berardo foi mesmo feito com um parecer negativo. O banco público ajudou, em manobras semelhantes, o empresário Manuel Fino.
Apesar de ter ganho a batalha, Teixeira Pinto perdeu a guerra e demite-se do BCP no “verão quente” de 2007. Filipe Pinhal sobe à presidência no que foi visto como uma vitória do fundador do banco. Mas durou pouco tempo. Por esta altura, já Berardo e o advogado André Luiz Gomes estavam a preparar um dossiê explosivo sobre as offshores que terão sido criadas pelo próprio banco e usadas para comprar ações do BCP. Quando a denúncia chega ao Banco de Portugal, Vítor Constâncio chama alguns acionistas do BCP para os avisar das investigações e da necessidade de mudarem os membros da equipa de gestão que poderiam vir a ser processados e inibidos de funções na banca.
Consuma-se o chamado “assalto ao BCP”, uma expressão criada pelos administradores fiéis a Jardim Gonçalves quando o fundador se demite e a sua equipa é afastada dos órgãos do banco. Joe Berardo aparece como um protagonista incontornável neste “assalto”, ainda que visto como instrumento de outros interesses menos evidentes. O comendador é um dos nomes que apoia Santos Ferreira na célebre reunião na sede da EDP no final do ano da qual sai o nome do novo presidente do BCP. Carlos Santos Ferreira, o presidente da instituição que tinha financiado generosamente os acionistas apoiantes de Teixeira Pinto, tendo como única garantia as ações do banco privado.
Com a “paz” no BCP e Berardo aclamado como herói da mudança no banco, a Caixa ficou com várias “bombas por explodir” nas suas contas, sob a forma dos empréstimos ao comendador e a outros. A explosão, ou melhor implosão do valor das ações que eram a garantia do empréstimo, acontece com a crise financeira de 2008, mas a verdade é que o BCP já estava a desvalorizar antes disso.
Os números já eram conhecidos: no total, Berardo terá reunido cerca de 1.000 milhões de euros junto da banca portuguesa. Menos de dois anos depois, as ações que tinha comprado no BCP valiam menos de 190 milhões. A Caixa terá emprestado inicialmente cerca de 400 milhões de euros (tal como o BCP). O BES terá emprestado menos de 200 milhões).
O comendador ainda reforçou as garantias à Caixa algumas vezes, mas entrou em incumprimento em novembro de 2008. A história desta operação e do que o banco público fez para recuperar o dinheiro que emprestou tem sido um dos temas centrais na comissão de inquérito à Caixa.

2 Benfica. Uma OPA lançada para “ajudar o Benfica”

3 A casa (Madeira) e a casa longe de casa (África do Sul)

4 Um dos últimos empresários que ganharam dinheiro com os media

5 Portugal Telecom. Ao lado do Grupo Espírito Santo contra a OPA da Sonae

6 Sogrape. Quando Joe tentou ser o “DDT” no vinho português

7 Um museu à Berardo. Mau negócio para toda a gente?

Continua: https://observador.pt/especiais/de-que-se-se-ri-berardo-a-historia-de-7-negocios-de-joe/

PS: Este vai à Assembleia da República, goza com os políticos e com todos nós, e o Ministério Público está a ponderar fazer alguma coisa nas próximas décadas? Ou só interessam as reivindicações salariais?
Quem nos colocou a pão e água continuam a andar por aí impunemente?
Filipe Vieira? Berardo? Manuel Fino? Espiritos Santos? Roques? Sócrates? Ex-accionistas do BPN?………
Os Administradores que permitiram estes empréstimos são inimputáveis?
Governadores do Banco de Portugal não se recordam de nada?
Têem as fortunas a salvo? O estado português até tem um hacker preso especialista na pesquisa dessas contas bancárias manhosas!?!?!!?
Ou se quiserem saber como se investiga, podem analisar o que se passou com o Madoff nos EUA, gerou um buraco de 65 mil milhões de dólares e em 6 meses foi preso a 150 anos, e perdeu todos os bens e contas bancárias em nome dele e da família!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 17, 2019, 02:42:17 pm
Estes são os cinco recados do FMI para Portugal

Portugal está melhor. Está a crescer, o défice está a cair, assim como a dívida pública. Tudo sinais positivos, mas que exigem uma continuação dos esforços, diz o FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está satisfeito com a evolução do país. No Artigo IV, destaca tanto o “sexto ano de crescimento” económico, como o controlo do défice. No entanto, deixa alguns alertas. O abrandamento da economia é uma realidade que deve ser enfrentada com medidas, assim como o é a necessidade de manter os esforços para reduzir a dívida. Além destes, há mais três recados.

Défice de 0,2%? Sim, mas a dívida…

O FMI aplaude o rigor orçamental de Mário Centeno. E até alinha as suas perspetivas com as do Governo. No Artigo IV, melhorou significativamente a projeção para o défice deste ano, revendo-se de -0,6% para -0,2%, salientando que o objetivo definido por Portugal é “viável”.

Este resultado no défice é positivo para o país, sendo também um trunfo para mostrar no exterior. Mas o FMI defende que o país deve fazer mais “agora e nos próximos anos, para criar espaço para uma redução mais rápida da dívida pública que possa permitir-lhe uma diferenciação positiva perante outros países altamente endividados”. A redução do rácio da dívida para menos de 100% do PIB em 2024 é uma “perspetiva claramente positiva”.

Economia está a abrandar. São precisas medidas

“Portugal está no sexto ano de expansão económica”, nota o FMI. Cresceu 2,1% no ano passado, aquém dos 2,7% registados em 2017. E o abrandamento do ritmo de crescimento da economia vai continuar. “Em 2019, a missão do FMI prevê que o PIB abrande para 1,7% e, subsequentemente, deverá reduzir-se para o crescimento potencial de médio prazo de 1,4%”, diz o relatório preliminar. Neste sentido, o FMI vê uma “muito lenta convergência com a Zona Euro”.

“Apesar de as principais fontes de risco serem externas, são necessárias políticas internas sólidas para tornar Portugal mais resiliente” ao abrandamento económico global.

É prudente rever carreiras da Função Pública

“Os ciclos de paragem e início das progressões desde 2005 foram disruptivos para o Governo e para os funcionários públicos e levantam questões sobre a sustentabilidade desse regime face às flutuações económicas”, diz o FMI.

Face ao aumento previsto das despesas com os funcionários públicos e tendo em conta o histórico de congelamentos, o FMI considera, no Artigo IV, que seria prudente avançar-se com uma revisão das carreiras de forma a assegurar uma evolução estável desses gastos.

Poupança é fraca. Incentivos fiscais podem ajudar

O FMI está preocupado com o baixo nível de poupança apresentado pelos portugueses, tanto por parte das famílias como das empresas. Tendo em conta os riscos que o nível atualmente apresentado acarreta para a economia nacional, defende a necessidade de aumentar a taxa de poupança, sendo que o Governo pode ter um papel fundamental.

Neste sentido, no Artigo IV, apela à criação de “incentivos fiscais” com vista à promoção da poupança, olhando especialmente para os “sistemas complementares de reforma”, ou seja, os PPR.

FMI diz que lucros dos bancos ainda são baixos

Os bancos portugueses vão no bom caminho, mas ainda têm obstáculos pela frente, considera o FMI. Depois da crise financeira, o sistema financeiro está agora mais limpo, sólido e rentável, mas o esforço ainda não é suficiente, defendendo, por isso, que os supervisores se mantenham vigilantes em relação ao setor.

Ao mesmo tempo, o FMI dá parecer favorável à reforma da supervisão financeira promovida pelo atual Governo, embora reconheça que as dúvidas levantadas pelos supervisores são “legítimas”.

https://eco.sapo.pt/2019/05/17/estes-sao-os-cinco-recados-do-fmi-para-portugal/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 28, 2019, 07:06:25 pm
Estado injectou 23,8 mil milhões na banca nos últimos 12 anos, calcula Banco de Portugal

Relatório extraordinário do Banco de Portugal calcula em 23,8 mil milhões de euros o montante de fundos públicos injectados na banca nos últimos 12 anos. Falta recuperar cerca de 80%.

As ajudas públicas à banca nos últimos 12 anos somaram 23,8 mil milhões de euros, revela o relatório extraordinário do Banco de Portugal. Este foi o montante global injectado na banca pública e privada. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a instituição que absorveu mais dinheiros públicos. Um quinto do montante foi devolvido.

A informação consta do relatório extraordinário do Banco de Portugal publicado ao abrigo da lei 15/2019 e que foi enviado na passada quinta-feira para o Parlamento. Esta manhã, a mesa da Assembleia da República decidiu dar o aval ao Banco de Portugal para que fosse publicada a informação, sendo que parte dela (a que o banco central classificou como sendo abrangida pelo dever de segredo) não foi publicada. Cabe agora à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) decidir sobre o que pode ser publicado e o que fica de facto abrangido pelo dever de segredo. A questão será decidida na quarta-feira.

Por este motivo, para já, foi só publicada a parte da informação que a instituição liderada por Carlos Costa considera não ser sensível. De fora está o anexo com os dados sobre os grandes devedores por instituição.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/05/fundos-pub_tabela-01.jpg)

Para a CGD foram 6.250 milhões e euros, para o Banco Português de Negócios (BPN) seguiram 4.915 milhões de euros, ao BES/Novo Banco foram entregues 4.330 milhões de euros. Estes três bancos ocupam assim os três primeiros lugares no pódio das instituições públicas e privadas que beneficiaram de ajudas de dinheiros públicos.

O Banif e o BCP receberam 3.355 milhões de euros e 3.000 milhões de euros, respectivamente. O BPI recebeu 1.500 milhões de euros e o BPP teve direito a 450 milhões de euros, respectivamente.

No total, foram injectados nas instituições de crédito 23,8 mil milhões de euros, um montante que teve o seu ponto alto em 2012 quando foram injectados 11.065 milhões de euros.

Bancos devolveram um quinto do montante injectado

No mesmo relatório, o Banco de Portugal identifica também quanto deste montante já foi devolvido pelos bancos. Os reembolsos feitos até agora somam um valor superior a 5 mil milhões de euros.

O BCP reembolsou o Estado e 3.000 milhões de euros, o BPI em 1.500 milhões de euros, o Banif 411 milhões de euros e o BPN 40 milhões. Existe ainda a expectativa de que o montante injectado no BPP (450 milhões) ainda seja recuperado.

A recolha de informação do Banco de Portugal sobre os fundos públicos disponibilizados levou o banco central a fazer um levantamento sobre o que se passou nos últimos 12 anos. Este é, aliás, o horizonte temporal definido pela Lei 15/2019. No entanto, a mesma legislação obriga o banco central, a reportar operações nos cinco anos anteriores à atribuição de fundos públicos. Pelo que o período global de reporte de operações relevantes é mais alargado, começando em 2002.

https://eco.sapo.pt/2019/05/28/estado-injetou-238-mil-milhoes-na-banca-nos-ultimos-12-anos-calcula-banco-de-portugal/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 18, 2019, 11:52:15 am
Linux Ubuntu 18.04.2 LTS (long-term support, até Abril de 2023) Bionic Beaver da Canonical

(https://tecadmin.net/wp-content/uploads/2017/11/ubuntu-bionic.png)

Não sei se mais alguém, aqui presente, que trata das licenças de software, foi confrontado este ano com um aumento “brutal” de 30% no preço de renovação das licenças da Microsoft (licenças de volume)!!!!!! Ao tratar da renovação anual das licenças de volume da Microsoft, fui confrontado com este aumento. A Microsoft alega que se trata das repercussões da guerra comercial que envolve os EUA e a Europa, e que no nosso caso (já confirmei com outras empresas e instituições, de que este aumento é generalizado), implicava pagar quase 9.000€ por ano para mantermos 100 licenças + 35 portáteis com licenças próprias OEM.
Devo ter dito uma ou outra asneira e tomamos a decisão de alargar a utilização do Linux, para além dos nossos servidores, aos próprios postos de trabalho. Desta forma, só precisamos de adquirir 20 licenças SPLA (Microsoft Services Provider License Agreement) para 20 máquinas da gestão (calls + Windows pro pt + MS Office 2019 plus), as restantes 115 máquinas passam a utilizar exclusivamente o Linux Ubuntu 18.04.2 LTS, de 64 bits, com ambiente gráfico Gnome, Kernel 4.15 e inclui o Libreoffice 6.0 (equivalente ao MS Office).
Desta forma ajudamos a “guerra comercial” e a “amiga” Microsoft e metemos ao bolso mais de 7.000€ anuais em licenças.

P.S.: Não sei se algum utilizador da Microsoft deu conta, mas com as recentes actualizações do Windows 10 (no nosso caso o Pro e Enterprise em pt), a Microsoft fez-nos o favor de impedir o acesso a máquinas não Windows mais antigas, que utilizem SMB 1.0, como é o caso das nossas NAS, onde estão guardados todos os nossos dados!!!!!! A excepção são os servidores que correm Windows Server, a esses continuamos a aceder sem problemas!!!!! Esta “malandrice” da Microsoft, está a impedir que as máquinas novas acedam aos dados remotos, enquanto a QNAPP resolve o problema da actualização do firmware/software das NAS.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 17, 2019, 10:15:05 am
Morreu Alexandre Soares dos Santos, o Sr. Jerónimo Martins

"Senhor de uma personalidade poderosa e magnética, de presença imponente, não deixa ninguém indiferente". As palavras são sobre Alexandre Soares dos Santos e estão retratadas numa publicação da JM.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2017/09/alexandre_soares_santos_eco24_01_pn.jpg)

Alexandre Soares dos Santos, antigo líder do grupo Jerónimo Martins, morreu esta sexta-feira aos 84 anos. A notícia está a ser avançada pelo jornal Público.

“Só tive sorte na vida”. A frase é de Alexandre Soares dos Santos, um dos empresários mais emblemáticos do país, com uma fortuna avaliada em 3.419 milhões de euros, segundo dados da Forbes. Ainda assim, sempre defendeu que só queria deixar aos filhos “um exemplo de vida”.

Alexandre Soares dos Santos nasceu no Porto em 1934. Com um ano de idade, muda-se para Lisboa para o colégio académico dos Anjos. Regressa mais tarde ao Porto para fazer o liceu em regime de aluno interno e, conhece, como colega de carteira, Francisco Sá Carneiro, que anos mais tarde viria a ser primeiro-ministro.

Os tempos eram outros e as visitas a Lisboa aconteciam apenas duas vezes ao ano, no Natal e na Páscoa. Mas Alexandre Soares dos Santos recordava esses tempos com carinho. Segue-se o liceu D. João de Castro, de novo em Lisboa. Assegura a entrada em Direito, mais por vontade do pai do que propriamente por vocação. No terceiro ano do curso percebe que não é aquilo que pretende e abandona a faculdade. O pai não reage bem e estão três ou quatro anos distantes. Uma reação que, anos mais tarde, Alexandre Soares dos Santos diz compreender em absoluto. “Os meus filhos ligam-me todos os dias às 7h30 da manhã. Não fico preocupado se não me ligam, mas fico chateado”. A voz do patriarca da família a falar.

.......................

A criação da Fundação e o desencanto

Em 2009, Alexandre Soares dos Santos criava a Fundação Francisco Manuel dos Santos, uma homenagem ao homem que deu início a tudo: o avô.

“A Fundação é uma justa retribuição à sociedade portuguesa, que tanto deu e continua a dar ao grupo, por forma a partilhar as benesses que desde o meu avô temos vindo a receber”, justificava Alexandre Soares dos Santos.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2017/09/jsg_1998.jpg)

A ideia foi também a forma encontrada pela família para ajudar a ter “uma sociedade ativa, que sem medo e em plena liberdade, expõe os seus pensamentos, a sua crítica e os seus anseios. Uma sociedade que deverá ser consciente dos seus direitos, mas também dos seus deveres e que assume as suas responsabilidades. Que obriga os seus deputados e o seu governo a ouvi-la e a decidir de acordo com o que ela quer”.

Mas foi também com a criação da Fundação que Alexandre Soares dos Santos se desencantou. Era natural ouvi-lo dizer que “há um preconceito contra quem tem sucesso em Portugal”.

Seixas da Costa adianta mesmo que “Soares dos Santos tinha grande sentido social e que, por vezes, se sentia frustrado por esse sentido não ser percebido pelo exterior”. O ex-embaixador adianta ainda: ” Soares dos Santos considerava mesmo que a criação da Fundação Francisco Manuel dos Santos não foi bem percebida. Este sentimento incomodava-o, deixava-o frustrado mas, mais do que isso, desencantava-o”, sublinhando que “há um pouco a consciência de que a sociedade não dá o justo reconhecimento a quem se dedica a estas causas sociais, mas isso não o fazia desistir. Mas diria que se sentia um pouco frustrado e incomodado”.

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https://eco.sapo.pt/2019/08/16/morreu-alexandre-soares-dos-santos-da-jeronimo-martins/

Deixa um império na área da distribuição, quer em Portugal, quer na Polónia, mas para os investigadores deixa um bem muito mais valioso, deixa a Fundação que tem o portal mais consultado do país, para quem quiser saber qualquer aspecto de Portugal, económico, social, político, entre outros. Além disso, as bases de dados são validadas cientificamente, pelo que podem ser utilizadas em qualquer artigo/tese/dissertação, citando os dados. Inclusive podemos exportar directamente as bases de dados que pretendemos ou até mesmo os gráficos já trabalhados. Já foram-me muito úteis, utilizo em todos os artigos que já realizei!!!!!

https://www.pordata.pt/Homepage.aspx
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 28, 2019, 10:57:28 am
Na mira da “bazuca” de estímulos do BCE, investidores já pagam pelo “privilégio” de emprestar a Portugal

BCE vai lançar nova "bazuca" de estímulos. Antecipação está a aprofundar queda dos juros. À boleia, Portugal já goza de juros negativos na dívida até 8 anos. A 10 anos, só 0,1%. Boa notícia. Ou não?

Lembra-se de ver os telejornais abrirem com a notícia de que só a troco de rendibilidades superiores a 17% é que (alguns, poucos) investidores aceitavam “tocar” em dívida portuguesa com prazo de 10 anos? Foi no início de 2012, quando foram aplicados os últimos cortes de rating que vieram com o pedido de ajuda internacional, quando a Grécia estava prestes a ter o primeiro “perdão” de dívida e numa altura em que existiam as maiores dúvidas sobre o futuro da união monetária. Sete anos e meio volvidos, e com tanto que aconteceu nos mercados financeiros, essa parece uma página distante do livro que conta a história da crise da zona euro. Neste momento, as mesmas taxas de juro estão em zero, o que traz uma folga inédita para quem gere as contas públicas. É o marcador de mais uma página que se vira, mas isso só mostra que o livro ainda não chegou ao fim.

Há vários meses que quase todos os estados europeus beneficiam de taxas de juro negativas quando vão aos mercados financeiros — isto é, obtêm mais financiamento do que, depois, têm de reembolsar. Essa tendência começou, como seria de esperar, nos chamados bilhetes do Tesouro, instrumentos de curto prazo que funcionam mais como instrumentos de gestão de tesouraria do que outra coisa. O tesouro português já consegue juros negativos na dívida de curto prazo há longos meses. Mas, com avanços e recuos, em quase todos os outros países da zona euro — incluindo Portugal — os juros negativos alastraram-se para o principal instrumento de financiamento, as obrigações do Tesouro, em prazos cada vez mais longos.

No prazo de referência de 10 anos a dívida portuguesa já está a ser transaccionada entre os investidores com rendibilidades de 0,1%, um nível semelhante ao de Espanha — e não muito longe da Irlanda, que vende dívida a 10 anos com um juro negativo de -0,1%. São valores que comparam com as taxas de -0,7% e -0,4% que têm a Alemanha e França, respectivamente, gerando-se o aparente paradoxo que é ter investidores a comprar instrumentos financeiros com uma rendibilidade negativa, isto é, aplicando uma quantia financeira e (pelo menos, em teoria) recebendo menos dinheiro no momento em que, passado alguns meses ou anos, recupera o seu investimento. Porquê emprestar a um país e perder dinheiro?

Uma das explicações é que, na realidade, muitos desses investidores não irão perder dinheiro — porque não vão conservar as obrigações até à data da maturidade (o vencimento, quando o capital é reembolsado por quem o recebeu inicialmente). Para os investidores mais ágeis, que compram e vendem títulos da dívida nos mercados, pouco importa que um estado reembolse, passado alguns anos, apenas 100 euros por cada 111 euros que eles tenham pago para comprar esse título. Se esse investidor acreditar que consegue, depois, vender o mesmo título a outro investidor a 115, 116 ou 117 euros, acredita que pode ter uma mais-valia.
Ou seja, se as obrigações continuarem a subir (e a rendibilidade implícita a cair, porque é assim que funciona o mercado de dívida) a mais-valia pode existir mesmo que já se esteja a negociar a níveis elevados — como acontece hoje em quase tudo o que é obrigações soberanas na Europa e, também, nos EUA. Em todo o mundo, existe dívida no equivalente a mais de 12,5 biliões (milhões de milhões) de dólares que tem taxas de juro negativas.

A razão principal para este fenómeno é, contudo, a falta de alternativas. Os bancos, seguradoras e fundos de pensões têm de aplicar os seus capitais em algum lado. Mas não em qualquer lado: além da actividade de crédito, os bancos da zona euro também aplicam os seus capitais em títulos de dívida pública. Na gestão da liquidez, há poucas alternativas aos depósitos no BCE – que hoje não só não remuneram como, na verdade, cobram aos bancos uma taxa de 0,4%.

Está nesse valor (negativo) a chamada taxa dos depósitos no BCE e, apesar de toda a controvérsia, Mario Draghi deverá anunciar no próximo dia 12 de Setembro uma nova descida desta taxa, para terreno ainda mais negativo. A expectativa é que possa ser definido um sistema segmentado para tentar mitigar o impacto sobre os bancos, que veem esta taxa de juro como uma espécie de imposto sobre a actividade.

..................

https://observador.pt/especiais/na-mira-da-bazuca-de-estimulos-do-bce-investidores-ja-pagam-pelo-privilegio-de-emprestar-a-portugal/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 06, 2019, 11:17:47 am
Crédito para casa. Fixe a taxa a 30 anos (a custo zero) e durma tranquilo o resto da vida

https://observador.pt/especiais/credito-para-casa-fixe-a-taxa-a-30-anos-a-custo-zero-e-durma-tranquilo-o-resto-da-vida/

Artigo muito interessante para quem tem um empréstimo à habitação e quer precaver-se contra qualquer subida das taxas de juro, até ao fim do contrato.
O artigo pode aparecer bloqueado para assinantes, mas é fácil de contornar, basta que tenham outros browsers instalados, copiam o link e colam no outro browser e já têem acesso ao artigo completo.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 15, 2019, 09:38:03 pm
Educar para o socialismo

Infelizmente os esforços estatais de educação e doutrinação não têm produzido os resultados esperados. A grande maioria dos nossos jovens continua a não perceber o que é o socialismo.

Portugal é, constitucionalmente, um país a caminho do socialismo e o Estado português tem feito, durante os últimos quarenta anos, através de vários organismos públicos como o Ministério da Educação e a Comissão para a Cidadania e Igualdade um esforço notável na educação[1] e doutrinação das futuras gerações para uma sociedade mais justa, menos desigual e mais solidária.

Infelizmente os esforços estatais de educação e doutrinação não têm produzido os resultados esperados. A grande maioria dos nossos jovens continua a não perceber o que é o socialismo, nem as vantagens da redistribuição dos rendimentos[2]. A causa deste falhanço não está, como é óbvio, na competência e dedicação dos organismos públicos mencionados, nem dos seus agentes, mas no carácter ainda muito primitivo e patriarcal da sociedade portuguesa onde a família continua a exercer um papel preponderante na formação (neste caso, deformação) social dos jovens e crianças.[3] [4]

Parece, portanto, essencial que, dado o nosso estádio de desenvolvimento societário, as famílias sejam chamadas, e treinadas, a cooperar na educação dos nossos jovens para o socialismo. O que até não será muito difícil nem exigirá muito esforço aos pais. Bastará, por exemplo, que o pai diga, num sábado de manhã, ao filho adolescente que se prepara para passar a tarde a jogar à bola como os amigos, ou para uma sessão de gaming no sofá, que precisa da ajuda dele nessa mesma tarde para montar uma estante. Atendendo que ainda estamos a caminho para o socialismo, convém que ajuste com ele uma remuneração justa e um horário digno.[5] Suponhamos que acordam 50 euros por três horas. Findo o trabalho, deverá pagar-lhe atempadamente os 25 euros acordados. “Os 25 euros acordados?” espantar-se-á o puto.

“Sim,” dirá o pai, “25 para ti e 25 para a tua irmã: 50 euros como combinámos.”

“Mas ela não fez nada!” dirá certamente o rapaz, possivelmente acrescentando que a irmã passou a tarde a falar com amigas, a dormir a sesta ou a brincar com bonecas. Este é o ponto crítico para que o jovem ganhe uma correta compreensão do que é o socialismo. Para isso bastará que o pai diga algo como:

“Sim, mas esta é uma repartição de rendimentos socialmente mais justa, mais equitativa, mais solidária e que contribui para a igualdade entre as pessoas!”, ou alternativamente ler-lhe o último discurso sobre o assunto do camarada Jerónimo de Sousa ou da camarada Mariana Mortágua. Nesse momento far-se-á luz e o jovem compreenderá o que é a justiça social. Perceberá o equidade significa. Será conquistado para a solidariedade social e redistribuição do rendimento. E começará a ansiar pela igualdade entre os homens. E é tão fácil! Em duas gerações (mais uns quarenta[6] anos…) os portugueses serão todos convictamente socialistas.

Os avtores não segvew a graphya do nouo AcoRdo Ørtvgráphyco. Nem a do antygo. Escreuew como lhes qver & apetece.

[1] Educação: Aquilo que dá a conhecer aos sábios e esconde aos néscios a profundeza dos desígnios de Deus; também serve de biombo para os ignorantes se esconderem da sua ignorância e a esconderem aos outros.

[2] Rendimento: medida científica & objetiva do sucesso social; daí que sirva de critério, em substituição do sangue, heroísmo, denodo e serviço, na atribuição de comendas e ordens honorificas em Portugal; algumas pessoas, por pura modéstia, não o declaram em sede de irs.

[3] Outra possibilidade é que o ensino para o socialismo atualmente ministrado nas escolas ser teórico demais. Sugere-se a introdução de atividades próprias de sociedades socialistas, com carater mais prático, desde sessões públicas de autocrítica até trabalhos forçados em atividades físicas penosas e inúteis.

[4] Criança: acidente do amor entre homem e mulher; produto de unidade de produção familiar; produto que warxistas de várias estripes querem eliminar completamente ou, pelo menos, em casos mais moderados de sandice ideológica, trocar o método espontâneo e natural de produção pelo do planeamento central, substituir a confeção própria pela produção subcontratada e o fabrico caseiro pelo laboratorial; período ou idade intermédia entre a idiotia da infância e a estupidez da adolescência, a dois passos dos crimes e pecados da idade adulta e a três do remorso da velhice.

[5] Trabalhos forçados e remuneração de miséria são só para quando chegarmos ao socialismo.

[6] Quarenta: o produto de quatro por dez, e vice-versa, tal como o dr. Sócrates vice-versa com o eng. Costa; sendo quatro o símbolo da plenitude, quarenta simboliza o dr. Sócrates e o seu legado para o povo Português, tal como este estadista também simboliza quarenta para os portugueses; ademais “durante quarenta anos comeu Israel o maná” (Ex. 16, 35), findos os quais tiveram que ir trabalhar; de igual modo, segundo a profecia do Pe. Mário Centavo (vide o seu Oráculos e Profecias), “durante quarenta anos comerá Portugal dos fundos europeus, findos os quais terá que ir trabalhar”; número de companheiros que qualquer estadista nacional, tipificado pelo sr. Ali-Babá, leva consigo numa expedição governativa (não inclui familiares); metade de oitenta, tal como rendimento líquido para rendimento bruto em Portugal.

https://observador.pt/opiniao/educar-para-o-socialismo/

Muito divertido :)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Outubro 20, 2019, 03:20:34 pm
Patrões portugueses são os menos instruídos da Europa
https://hrportugal.sapo.pt/patroes-portugueses-sao-os-menos-instruidos-da-europa/
(https://hrportugal.sapo.pt/wp-content/uploads/2019/10/thumbs-down.jpg)

Citar

Portugal é o país da União Europeia (UE) onde há mais patrões sem o ensino secundário ou superior. Quase metade dos empregadores portugueses (49,4%) não têm escolaridade acima do ensino básico, segundo revela um estudo do portal Pordata, que retrata Portugal em 2019.

O «Retrato de Portugal na Europa: Edição 2019», divulgado hoje no âmbito do Dia Europeu das Estatísticas, mostra que o número de patrões com escolaridade básica é bem acima da média europeia, que se situa nos 16,6%. Já os trabalhadores por conta de outrem também são os menos instruídos entre os 28 países da UE: 42,2% não têm o ensino secundário ou superior, enquanto que o resto da Europa está nos 16,5%.

Segundo os dados da base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a população activa com 15 anos ou mais é de 58,9%, ligeiramente superior à média europeia, de 57%. Há 60,2% de homens empregados e 50,4% de mulheres.

Desses, 22% têm contrato de trabalho temporário. Portugal fica apenas atrás de Espanha e Polónia entre os 28 países da UE (14,2%).

A população empregada a tempo parcial é, hoje, de 10,5%, enquanto a média europeia corresponde a 20,1%.

As mulheres, por sua vez, representam a fatia mais desempregada. Enquanto a taxa de desemprego nos homens é de 6,6% (a média da UE), a das mulheres situa-se nos 7,4%, acima da média europeia (7,1%).

Quanto ao tempo que dedicam aos empregos, os trabalhadores portugueses trabalham mais cinco horas semanais que o resto dos países da UE. Enquanto a média europeia está nas 30,2 horas semanais, os portugueses trabalham 35,8 horas por semana.

Contudo, Portugal é um dos países onde a produtividade laboral por hora de trabalho é mais baixa (64,1%) face à média da UE (100%).

Remunerações
 Ainda em matéria de emprego, a remuneração média dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal permanece abaixo da média dos países da UE. O poder de compra padrão (PPS) em Portugal é de 25.516 PPS, com o país a ocupar o 21.º lugar de uma lista encabeçada pelo Luxemburgo, com 56.900 PPS. No entanto, o Pordata refere que a média da UE é de 37.003 PPS.

Ao nível do salário mínimo anual, Portugal ocupa o 15.º lugar da tabela, com 807 PPS. O Luxemburgo (1.636 PPS) e a Bulgária (566 PPS) encontram-se em primeiro e último lugar, respectivamente.

O documento do Pordata junta um resumo de indicadores sobre Portugal, em comparação aos restantes Estados-membros da UE, divididos por 11 áreas, como população, rendimento, educação, saúde, emprego, protecção social, ciência ambiente ou transportes.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 04, 2019, 02:32:16 pm
Gulbenkian concluiu venda da Partex aos tailandeses da PTTEP

A operação teve um valor de 622 milhões de dólares, conforme anunciado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Junho. Partex representava cerca de 18% dos investimentos totais da Fundação.

(https://jornaleconomico.sapo.pt/wp-content/uploads/2017/05/Funda%C3%A7%C3%A3o-Calouste-Gulbenkian.jpg?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou esta segunda-feira que concluiu o acordo com os tailandeses da PTT Exploration and Production  (PTTEP) para vender a gestora de activos petrolíferos Partex por 622 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros).

“Depois do acordo de venda, assinado a 17 de junho deste ano, e obtidas todas as autorizações necessárias, foram hoje assinados os documentos finais que permitem a esta prestigiada empresa tailandesa de exploração e produção de petróleo assumir o controlo da Partex, valorizando a sua história, a elevada qualidade do seu portefólio e a solidez da sua gestão e dos seus colaboradores”, explica a Fundação Calouste Gulbenkian em comunicado.

A operação teve um valor de 622 milhões de dólares, conforme anunciado pela Fundação Calouste Gulbenkian em Junho.

“Este é um momento especialmente relevante uma vez que este desinvestimento na Partex, um activo que representava cerca de 18% dos investimentos totais, permite alinhar a Fundação com a visão de futuro sustentável que partilha com outras grandes fundações internacionais”, refere a Fundação.

A Partex, foi criada em 1939 por Calouste Gulbenkian e participou nos grandes projectos do desenvolvimento da indústria no Médio Oriente. Além de continuar a deter participações minoritárias em projetos de gás em Abu Dhabi e no Omã, a empresa tem também posições no campo petrolífero gigante de Dunga, no Cazaquistão, no bloco 17/06 em Angola e nas bacias de Potiguar e Sergipe-Alagoas, no Brasil.

“O Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian congratula-se com a conclusão do processo, que permitirá o crescimento e expansão da Partex e a sua entrada num novo ciclo de desenvolvimento”, refere o organismo.

A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability. A operar desde 1985, tem 46 projectos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo, explica o comunicado. Em Junho, explicou que pretende utilizar a Partex como uma plataforma de crescimento, alargando as relações que a empresa hoje detém nos países em que opera.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/e-oficial-gulbenkian-vende-partex-aos-tailandeses-pttep-508921
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 09, 2019, 05:25:05 pm
Há cada vez mais milionários espanhóis a mudar-se para Portugal e a culpa é dos impostos

Os benefícios fiscais em Portugal atraem cada vez mais cidadãos para o país, sobretudo estrangeiros com elevado poder de compra. E os investidores espanhóis com grandes fortunas, a braços com um impasse político no Parlamento, não ficam alheios a esta realidade.
Segundo o “El Mundo”, em causa está o regime de Residente Não Habitual (RNH), criado em 2009 (e reformulado em 2012), que dá aos trabalhadores com profissões consideradas de alto valor acrescentado a possibilidade de beneficiarem de uma taxa especial de IRS de 20%. durante um período de 10 anos não renovável. Já os reformados com pensões pagas por outro país podem gozar de isenção do pagamento de IRS, caso exista um Acordo de Dupla Tributação e este confira ao país da residência fiscal (neste caso, Portugal) o direito de a tributar.
Outra vantagem do RNH, que permite uma diferença significativa na altura de pagar os impostos, é que para usufruir do regime não é necessário residir permanentemente em Portugal. Basta que o interessado prove que tem residência fiscal no país. Ainda assim, é necessário morar no país, pelo menos, 183 dias por ano e não ter sido residente fiscal nos cinco anos anteriores ao pedido de adesão.
O “El Mundo” escreve, citando uma sociedade de advogados, que «nos últimos dois meses, houve um aumento de perguntas por parte de empresas espanholas» sobre o estatuto de RNH.
«A tudo isto junta-se a estabilidade política liderada pelo socialista António Costa e as boas perspectivas de crescimento que os analistas concedem ao país», sublinha. Na última revisão de Bruxelas, a Comissão Europeia mostrou-se mais optimista que o próprio Governo, melhorando em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano.
Por outro lado, nas previsões económicas para Espanha, o executivo comunitário está ligeiramente mais pessimista que o Executivo, que estima um crescimento de 2,2% do PIB para 2019.
Recorde-se que, os socialistas do PSOE venceram as eleições em Espanha, mas sem maioria. Nas próximas terça e quarta-feira, vai realizar-se uma ronda de consultas aos partidos para avaliar se há condições para a tomada de posse de um Governo de coligação do PSOE e do Podemos.

https://executivedigest.sapo.pt/ha-cada-vez-mais-milionarios-espanhois-a-mudar-se-para-portugal-e-a-culpa-e-dos-impostos/

https://www.elmundo.es/economia/macroeconomia/2019/12/09/5de6a04ffc6c8362058b45a2.html

https://www.elmundo.es/economia/macroeconomia/2019/12/09/5ded2a12fc6c83e5238b463f.html
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 13, 2019, 12:50:04 pm
Tekever: sócio maioritário saiu da empresa depois de processos de arresto

(https://images.impresa.pt/exameinformatica/2019-12-10-AR3mk3-photo-600x337.jpg-1/original/mw-860)

Depois de perder o cargo de CEO por ordem dos tribunais, Pedro Sinogas perdeu igualmente os 52% do capital que detinha na Tekever. Ao que a Exame Informática apurou, a perda da participação do acionista maioritário foi determinada por um denominado mecanismo de amortização, que foi acionado pela própria empresa, na sequência de três processos na justiça que levaram ao arresto dos bens de Pedro Sinogas e de empresas para onde se suspeita que o ex-CEO tenha desviado cerca de 10 milhões de euros.

Com a saída de Sinogas, a Tekever passou a ser detida pelos outros dois sócios fundadores, ambos com 50% do capital: Ricardo Mendes, que assumiu o cargo de CEO depois do litígio iniciado com Sinogas, e Vítor Cristina, que é o líder pela área tecnológica da empresa que se tem destacado com o fabrico de drones.
Os processos de arresto impedem a venda ou qualquer tipo de movimentação ou usfruto dos bens abrangidos até que a Justiça apure as reais responsabilidades de Pedro Sinogas no que toca à acusação de desvio de fundos da Tekever. Num primeiro processo que levou à suspensão de Sinogas enquanto CEO, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa havia detetado gastos alegadamente indevidos num carro, obras de arte e férias de luxo, entre vários levantamentos que aparentemente contrariaram as melhores práticas de gestão.
Quando a Exame Informática publicou a primeira notícia sobre este assunto, Pedro Sinogas justificou a perda do cargo de CEO como resultado de uma «estratégia» de Vítor Cristina e Ricardo Mendes.

O ano de 2018 é considerado de má memória para aquela que será a startup portuguesa mais bem-sucedida do setor aeroespacial, tendo no currículo a participação em projetos de diferentes agências espaciais, bem como o desenvolvimento do primeiro satélite integralmente português e missões de patrulhamento para a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA). Além do diferendo entre os três sócios que começaram a projetar a empresa quando ainda eram alunos do Instituto Superior Técnico (IST), a folha contabilística da empresa registou no ano passado um prejuízo de 3,5 milhões de euros, face a uma faturação de cerca de oito milhões de euros.

No final de 2019, o período de «arrumação da casa», que teve início com a entrada de um novo diretor financeiro e novas regras de controlo de investimentos e receitas, já deverá produzir efeito: entre os líderes da empresa há expectativa de fechar o ano com uma faturação de 15 milhões de euros e um lucro de dois milhões de euros.

«O nosso objetivo é entregar mais produtos e serviços durante o ano de 2020, mas admitimos poder vir a encontrar parceiros estratégicos que nos ajudem a fazer crescer a empresa», refere Ricardo Mendes, recusando fazer qualquer comentário sobre o litígio em tribunal com Pedro Sinogas.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-12-10-Tekever-socio-maioritario-saiu-da-empresa-depois-de-processos-de-arresto

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/-traicoes-tesla-e-barco-de-luxo-fazem-rombo-na-tekever?ref=HP_Destaques3not%C3%ADciascompatro

Quando o poder sobe à cabeça........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: perdadetempo em Dezembro 13, 2019, 05:35:28 pm
Artista português SP1. Quando neste país na época das vacas gordas dos fundos comunitários até houve empresas que mandaram construir pavilhões dos quai só ocupavam uma magra porção para justificar um valor de investimento que permitisse ao empreiteiro acabar as obras na vivenda do "empresário"...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 15, 2019, 12:36:00 am
Artista português SP1. Quando neste país na época das vacas gordas dos fundos comunitários até houve empresas que mandaram construir pavilhões dos quai só ocupavam uma magra porção para justificar um valor de investimento que permitisse ao empreiteiro acabar as obras na vivenda do "empresário"...

Não é caso único, até é norma entre nós, o empresário confundir a empresa com o seu património pessoal! Não resulta bem mesmo quando é o único dono e funciona muito pior com outros sócios.

No fundo o dono acaba por nunca saber se ganha ou perde dinheiro.
Conheço pessoalmente o caso de um casal, antigos donos de uma charcutaria e várias talhos em supermercados, que claramente confundiam os bens da empresa com os pessoais....... mas também não faziam dinheiro para as despesas que tinham. Pensavam que trabalhavam com margens de 25%, mas na realidade a margem era de apenas 10 a 12% e não cobria as despesas........ até falir 3 anos depois de abrir!!!!!!

Falta-nos um bocado de cultura anglo-saxónica nos negócios, separar claramente os bens pessoais do negócio.
Cá seria quase impossível um Bill Gates, que apesar de ter criado uma empresa (Microsoft) que nunca na vida deu prejuízo, só muitos anos depois de ter nascido, é que começou a distribuir dividendos aos accionistas, para crescer mais depressa!!!!!!

O caso do Facebook, os actuais donos são milionários, mas no início, quando não eram famosos, podiam vender o negócio e tornarem-se ricos, mas resistiram e agora são só milionários!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Dezembro 16, 2019, 05:59:35 pm
Em Portugal as empresas são incentivadas a nunca dar lucro, caso contrário tem de pagar impostos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 11, 2020, 12:45:02 pm
LISBOA TORNA-SE HOJE CAPITAL VERDE. O FUTURO ACABOU DE CHEGAR, COM UMA RESPONSABILIDADE QUE “É PARA SEMPRE”

Chegou o dia. Os habitantes “alfacinhas” passam a ter hoje a sua Capital Verde Europeia durante o ano de 2020, dando início a um programa extenso de atividades. Sendo um “reconhecimento do trabalho” feito pelo município rumo à sustentabilidade ecológica, este é também um “compromisso de futuro”. A responsabilidade de envergar este selo é grande e os olhos vão estar postos em Lisboa, até porque ainda há problemas a resolver.
Lisboa torna-se hoje Capital Verde. O futuro acabou de chegar, com uma responsabilidade que “é para sempre”

Pedro Marques dos Santos e MadreMedia

Das ciclovias aos espaços verdes, do reaproveitamento da água aos painéis fotovoltaicos. Foi fazendo mudanças paulatinas que Lisboa, passo e passo, procurou tornar-se mais ecológica. O esforço compensou: a cidade foi agraciada com o prémio Capital Verde Europeia para 2020. Mas o esforço está longe de chegar ao fim.

Na apresentação da programação do Lisboa Capital Verde Europeia 2020, José Sá Fernandes, vereador das áreas da Estrutura Verde e Energia do município, realçou que a capital não foi distinguida com este selo por ser “a cidade mais sustentável”, mas sim porque “foi a cidade que evoluiu em todos os parâmetros ambientais – energia, água, mobilidade, resíduos e infraestrutura verde e biodiversidade”.

Ao SAPO24, o autarca reforçou essa ideia. “Ganhámos apesar de não sermos os melhores, basta ouvirmos o barulho deste avião para percebermos isso”, admite José Sá Fernandes enquanto sobrevoa uma aeronave, uma de muitas a ser uma presença indesejada nesta conversa. A atribuição do selo aconteceu “porque evoluímos muito em muitas matérias”, sendo este “um reconhecimento do trabalho que foi feito e do compromisso para o futuro”.

A conversa decorre no morro que se avoluma em frente à Reitoria da Universidade de Lisboa. Ajardinado e dotado de equipamentos de exercício ao ar livre, o espaço é, para José Sá Fernandes, uma conquista simbólica, não só porque oferece uma vista privilegiada para o Corredor Verde de Monsanto — uma das bandeiras ambientais deste executivo — mas porque neste espaço natural “eram previstos prédios, o que não fazia sentido nenhum porque perdíamos esta ligação e respiração”, defende.

Lisboa já tinha concorrido anteriormente por duas ocasiões, figurando no lote de finalistas na edição de 2019, mas aí a vitória foi para Oslo. No ano seguinte, porém, a capital portuguesa voltou a concorrer, sendo vitoriosa ao bater a concorrência de Gante (Bélgica) e Lahti (Finlândia), cidade que venceria a edição de 2021.

Para concorrer ao selo Capital Verde Europeia, o único requisito base é que seja uma cidade com mais de 100 mil habitantes, sendo o concurso aberto não só aos estados membros da União Europeia, como também aos países candidatos à adesão à UE, à Islândia, ao Liechtenstein, ao Noruega e à Suíça.

As cidades a concurso no Capital Verde Europeia são avaliadas por um painel internacional de 12 especialistas, tendo um conta um conjunto de critérios. Este inclui o trabalho feito pelos municípios quanto à atenuação das alterações climáticas, a forma como gerem resíduos, a sustentabilidade dos seus modelos de transporte ou os seus esforços em prol da ecoinovação e emprego sustentável.

Citar
Critérios de seleção para o prémio Capital Verde Europeia

Atenuação das alterações climáticas
Adaptação aos efeitos das alterações climáticas;
Transportes locais sustentáveis;
Zonas verdes urbanas que integram uma utilização sustentável do solo;
Natureza e biodiversidade;
Qualidade do ar;
Qualidade do ambiente acústico;
Produção e gestão de resíduos;
Gestão da água;
Ecoinovação e emprego sustentável;
Eficiência energética;
Governança.


Após essa primeira filtragem, as cidades concorrentes escolhidas para a fase final são submetidas a um júri internacional, encabeçado pela Comissão Europeia, tendo de apresentar um plano de estratégia e ação quanto ao que vão fazer se ganharem a competição e de que forma vão constituir-se enquanto modelos.

Mobilidade foi o trunfo de Lisboa

Segundo o comunicado da organização, o júri optou por Lisboa dada a “visão para a mobilidade sustentada” do executivo, ressalvando o “uso de medidas restritivas para a utilização de carros e a priorização de caminhadas, ciclismo e transporte público”, assim como a criação de “uma das maiores redes de carregamento de carros elétricos do mundo”. Para além disso, os especialistas não só referiram esta foi a primeira capital na Europa a assinar o Novo Pacto de Autarcas para Mudanças Climáticas e Energia em 2016, como também ficaram impressionados com o “foco em proteger e conectar as suas áreas naturais, providenciando ao mesmo tempo espaços recreativos ao ar livre de qualidade para os seus cidadãos”, citando o futuro projeto do Corredor Verde do Vale de Alcântara.

O tiro de partida para o Lisboa Capital Verde Europeia 2020 teve lugar ontem à noite com um jantar oficial na Estufa Fria, contando com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do comissário europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, assim como do presidente da câmara, Fernando Medina.

No entanto, para o público a cerimónia de abertura acontece hoje à tarde, incluindo a passagem de testemunho de Oslo para Lisboa, um ‘flash mob’ e outros espetáculos. O evento — que tem lugar no Jardim Amália Rodrigues, no Parque Eduardo VII e no Pavilhão Carlos Lopes — contará também com a presença das figuras acima mencionadas, assim como do vice-presidente da Comissão Europeia, Franz Timmermans, do comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, e do presidente-governador da Câmara de Oslo, Raymond Johansen.

Outro evento que marca o início da programação é a nova exposição imersiva do Oceanário de Lisboa “ONE o Mar como nunca o sentiu”, tratando-se de “uma instalação da autoria da artista portuguesa Maya, que apresenta imagens filmadas exclusivamente no mar de Portugal”. Inaugurada hoje, abre o público amanhã, que é quando também decorre outra ação pela cidade.

Anunciada como a “maior plantação de árvores de sempre” em Lisboa, cerca de 20 mil espécimes vão ser espalhados por quatro pontos específicos da capital. Os destinos são o Corredor Verde do Monsanto, o Parque Urbano do Rio Seco, o Parque do Vale da Montanha e o Parque do Vale da Ameixoeira, sendo que Fernando Medina comparecerá neste último para plantar também uma semente. O objetivo é o de somar mais 100 mil árvores até ao fim do ano às 800 mil já existentes, pelo que estas ações vão continuar a decorrer nos próximos meses.

Citar
Alguns dos destaques do Lisboa Capital Verde 2020

Plantação de 20 mil árvores no dia 12 de janeiro
Inauguração do Parque Ribeirinho Oriente, em janeiro
Exposição “ONE o Mar como nunca o sentiu”, no Oceanário de Lisboa, em janeiro
Exposição sobre parques e reservas naturais do país no Museu Nacional de História Natural, em março
Inauguração do Museu da Reciclagem (ReMuseu), em Alcântara, em abril
Conferência dos Oceanos da ONU, entre e 2 e 6 de junho
Inauguração do Eco Centro e CIRE - Centro de Interpretação de Resíduos e Energia, em novembro, no Parque das Nações

...

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/lisboa-torna-se-hoje-capital-verde-o-futuro-acabou-de-chegar-com-uma-responsabilidade-que-e-para-sempre

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Janeiro 17, 2020, 08:55:12 am
Espectáculo, um poço sem fundo já vai nos 3.300 milhões !!!!

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-prepara-injecao-final-de-14-mil-milhoes-no-novo-banco-536401

(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq90/924/UrfO5V.jpg) (https://imageshack.com/i/poUrfO5Vj)

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 17, 2020, 09:46:26 am
Espectáculo, um poço sem fundo já vai nos 3.300 milhões !!!!
E ainda “poupam” 600 milhões!!!!!!

Mas aqui há muitos culpados, não é só o Ricardo Salgado o único culpado.
Repare neste negócio espaçado 4 anos:

O Banco de Portugal e o estado português começam a desmantelar o ex-BES em 2015, depois de correrem com o Salgado, vendem a Tranquilidade ao fundo americano Apollo por 44 milhões de euros (https://www.publico.pt/2015/01/15/economia/noticia/novo-banco-conclui-a-venda-da-seguradora-tranquilidade-1682384).

4 anos mais tarde, o fundo Apollo vende a Tranquilidade e a Advancecare à Generalli por 600 milhões de euros!!!!!!! (510 milhões a Tranquilidade e 90 milhões a Advancecare).
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/generali-compra-tranquilidade-por-600-milhoes-de-euros

Vai uma grande diferença de 44 para 600 milhões e aí o Ricardo Salgado não é o responsável!

Também não foi um grande negócio a doação do Novo Banco com uma garantia de 4 mil milhões de euros sobre possíveis créditos ruinosos, já que obviamente o novo dono ía aproveitar a garantia para a utilizar e limpar as dívidas do tempo do Ricardo Salgado!!!!!
O senhor governador do Banco de Portugal, não aceitou uma garantia bancária do Estado Angolano de 5,7 mil milhões de euros sobre o BESA, prejudicando nessa medida os contribuintes portugueses, porque criou esse buraco de 5,7 mil milhões no BES!!!!!! É admirável a sensibilidade do Banco de Portugal ao proteger o Estado Angolano de pagar 5,7 mil milhões ao BES, por causa do BESA, quis poupar os contribuintes Angolanos para prejudicar os portugueses!!!!! (https://www.dinheirovivo.pt/banca/bes-banco-de-portugal-nao-aceitou-garantia-de-angola-por-falta-de-informacao/)

O Ricardo Salgado não era flor que se cheirasse, mas depois de correrem com ele, Banco de Portugal e Governo português deitaram fora uma garantia de Angola de 5,7 mil milhões + 4 mil milhões de garantia para a venda do Novo Banco (é verdade que se fosse liquidado, o estado português tinha de reconhecer logo um buraco de pelo menos 12 mil milhões de euros) + 536 milhões da venda desastrosa da Tranquilidade. Só aqui o estado português foi lesado no mínimo em 6,236 mil milhões de euros e 4 mil milhões que não sei se foram bom negócio!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Janeiro 17, 2020, 10:12:02 am
Ainda me lembro do passos coelho dizer que não ia custar nada ao contribuinte  ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 17, 2020, 10:26:16 am
Ainda me lembro do passos coelho dizer que não ia custar nada ao contribuinte  ::)

Tecnicamente até tem razão, porque o estado empresta dinheiro ao Fundo de Resolução. E o FdR tem como accionistas todos os bancos a operar em Portugal, que a contra-gosto, vão injectando dinheiro nos bancos aflitos.

Onde o Passos não tem nenhuma razão é no pequeno pormenor de que o maior contribuinte do FdR é a CGD com 1/3 do mercado!!!!! E a CGD ainda é pública...... portanto, na prática 1/3 do dinheiro que o FdR "doar" a instituições falidas, sai-nos dos bolsos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Janeiro 17, 2020, 11:47:15 am
Os nossos bancos foram, fundamentalmente, casos de "fraude" e não esquecer que na, devido à gestão do accionista, CGD foram 4.900 milhões de euros... mas o BES e BPN só visto (=> em 5/2019 (https://eco.sapo.pt/2019/05/28/banco-a-banco-como-o-estado-injetou-24-mil-milhoes-no-sistema-financeiro/))

Fico mais lixado (com um F gigante) por não haver castigo (ainda) digno desse nome; criticar o que os governos fizeram quando tomaram as decisões, com a informação, leis, mecanismos e "doutrina" na altura, até tento "criticar construtivamente"... agora a falta de mão pesada nos responsáveis pelas situação não. 
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 20, 2020, 11:53:52 pm
Os nossos bancos foram, fundamentalmente, casos de "fraude" e não esquecer que na, devido à gestão do accionista, CGD foram 4.900 milhões de euros... mas o BES e BPN só visto (=> em 5/2019 (https://eco.sapo.pt/2019/05/28/banco-a-banco-como-o-estado-injetou-24-mil-milhoes-no-sistema-financeiro/))

Fico mais lixado (com um F gigante) por não haver castigo (ainda) digno desse nome; criticar o que os governos fizeram quando tomaram as decisões, com a informação, leis, mecanismos e "doutrina" na altura, até tento "criticar construtivamente"... agora a falta de mão pesada nos responsáveis pelas situação não.

Na CGD foram 10 mil milhões!

Infelizmente por cá, parece que a justiça está muitas décadas atrás do resto da sociedade! Apesar de também reconhecer que quem faz as leis são os políticos na AR!!!!

Podiam ver o que aconteceu com o Madoff nos EUA, ele e a família perdeu todos os bens que tinham e foi condenado a 150 anos de prisão!!!! Tudo isto em 6 meses!!!!!

Mas mais grave ainda do que os buracos da banca provocados pelos desfalques, tal provocou que ficássemos sem nenhum banco de dimensão em mãos nacionais, excepto principalmente a CGD! BCP, BPI, Santander Totta, Novo Banco....... está tudo em mãos estrangeiras!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 04, 2020, 09:49:24 am
Portugal e Espanha podem ter "problemas graves" por governos só pensarem em "redistribuição" e "reversões", avisa o Commerzbank

Commerzbank avisa investidores que nos dois países "os políticos estão mais concentrados na redistribuição do que em fazer reformas estruturais, até mesmo revertendo parcialmente reformas já feitas".

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/02/04072226/156895368_770x433_acf_cropped.jpg)

Portugal e Espanha são “estrelas que não brilham tanto assim“, embora os investidores vejam os dois países como verdadeiras “estrelas” nos mercados financeiros nos últimos anos, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) acentuou os estímulos monetários na zona euro. O aviso é do economista do banco de investimento Commerzbank, Ralph Solveen, que acompanha as economias ibéricas – economias que podem vir a enfrentar “problemas graves” porque os seus governos “estão atualmente a concentrar-se mais na redistribuição do que em fazer reformas estruturais, até mesmo revertendo parcialmente reformas já feitas”.
No relatório, difundido pelos clientes do banco, o Commerzbank começa por recordar que “passaram menos de nove anos desde que apenas um pacote de assistência financeira evitou a bancarrota de Portugal” e que Espanha também precisou de ajuda europeia para recapitalizar os bancos. Ralph Solveen diz que tanto um país como outro fizeram progressos desde essa altura mas continuam a evidenciar “fragilidades consideráveis que não devem ser ignoradas” e que podem causar “problemas graves caso surja um ambiente menos favorável“.
Essa não é uma realidade a que os investidores estejam especialmente atentos, assinala o economista, já que a compressão das taxas de juro provocada pela política do Banco Central Europeu fez com que “estes dois países, aos olhos dos investidores, estejam a ser vistos mais como países do centro da Europa do que países da periferia”. Basta olhar para as taxas de juro no mercado: a dívida portuguesa a 10 anos está com taxas de 0,24% e a espanhola perto de 0,25% (embora estas taxas tenham de ser vistas à luz do facto de a Alemanha ter dívida a 10 anos com yields negativas de -0,43%).

As taxas de juro – que Mário Centeno disse recentemente não ser “por causa do BCE” mas, sim, por causa das políticas do Governo – devem continuar em níveis baixos, antecipa o Commerzbank, porque não há qualquer sinal de inversão da estratégia de estímulos do banco central. Mas há “vários fatores que colocam pontos de interrogação sobre a avaliação muito positiva que os mercados financeiros estão a fazer dos dois países“: o que é paradoxal é que alguns dos fatores de risco estão, na realidade, a dar um impulso positivo à economia (pelo menos no curto prazo) mas só irão evidenciar os seus efeitos negativos de forma significativamente retardada e, provavelmente, apenas quando existir um contexto económico menos favorável“.
Um desses fatores, onde Portugal aparece mal na figura, está nos indicador dos custos unitários do trabalho, sendo evidente que “a competitividade de preço em Portugal já começou a deteriorar-se nos anos recentes e, apesar de algumas reformas que foram feitas durante a crise, o país tem um desempenho significativamente pior do que a média da OCDE em vários estudos sobre eficiência no mercado de trabalho“.
O Commerzbank assinala que os mercados financeiros estão a concentrar-se, superficialmente, no facto de economias dos dois países terem crescido acima da média europeia em 2019 pelo quarto ano consecutivo. Mas este é um raciocínio que “tem de ser posto em perspetiva com uma avaliação mais aprofundada”:

“Não há qualquer dúvida de que Portugal e Espanha fizeram progressos significativos em muitos problemas estruturais e estão, agora, numa posição melhor do que estavam na altura da crise financeira ou da introdução do euro. Mas alguns dos pontos positivos têm de ser postos em perspetiva com uma avaliação mais aprofundada, e especialmente o mercado de trabalho poderá revelar-se uma fraqueza significativa nos próximos anos”.

O banco alemão destaca o equilíbrio das contas públicas (designadamente o excedente previsto no orçamento de 2020) que tem sido “celebrado nos mercados”. Mas “também isso acaba por ser menos extraordinário do que parece“. “Os progressos recentes nesta matéria devem-se apenas à boa situação económica cíclica e às taxas de juro cada vez mais baixas determinadas pelo BCE”, diz Ralph Solveen, assinalando que “sem estes dois efeitos o rácio de dívida/PIB de Espanha ter-se-ia agravado em quase três pontos percentuais desde 2014 e o défice de Portugal ter-se-ia mantido inalterado”, o que no caso de Portugal seria um desenvolvimento semelhante ao resto da zona euro mas que no caso de Espanha seria mais preocupante.
Além disso, uma parte significativa da redução do défice até 2014 foi obtida graças à redução do investimento público, no tempo da troika, mas “desde aí o investimento continua muito abaixo da média dos outros países da zona euro, o que é difícil de suster no longo prazo sem que surjam consequências negativas para a competitividade dos países”, avisa o Commerzbank.
O risco é que a mais longo prazo “fragilidades como estas podem tornar-se muito mais óbvias e fazerem abrandar o crescimento económico”, diz o banco alemão. Nesse caso, é provável que os mercados financeiros façam uma “reapreciação” da situação real de Portugal e Espanha, “o que provavelmente iria fazer subir os prémios de risco da dívida pública novamente”.

https://observador.pt/2020/02/04/portugal-e-espanha-podem-ter-problemas-graves-por-governos-so-pensarem-em-redistribuicao-e-reversoes-avisa-commerzbank/

Até aí, já todos tínhamos chegado. A esquerda e extrema-esquerda só se preocupa em distribuir, sem se focar em criar riqueza (exportações por exemplo). Não sei como é que insultando empresários e ameaçando subir ainda mais os impostos ou em prejudicar os aforradores (reestruturação de dívida, que na prática significa não pagar aos credores, como fez a Grécia. Basta relembrar que a Grécia reestruturou a dívida e não pagou uma parte, que acabaram de pagar os contribuintes portugueses, porque essa dívida era detida por bancos de todo o mundo e no nosso caso quem mais sofreu foi o BCP e BPI: https://observador.pt/2019/07/16/ajudas-ao-bpi-e-ao-bcp-grecia-foi-um-dos-grandes-devedores-que-gerou-perdas-de-766-milhoes/), vai ajudar a nossa economia a criar riqueza.

Não sei se quem nos governa está minimamente preocupado com a evolução das exportações: https://www.publico.pt/2020/02/03/economia/opiniao/anatomia-exportacoes-portuguesas-1902405 (https://www.publico.pt/2020/02/03/economia/opiniao/anatomia-exportacoes-portuguesas-1902405)
É que a riqueza do país só cresce obviamente com o aumento do consumo interno, mas fundamentalmente com o aumento das exportações, turismo e/ou remessas de emigrantes e até vistos gold.
Se só nos focarmos em gastar o dinheiro, sem pensarmos como podemos ganhar mais, sem ser pela forma mais óbvia que é a de subir impostos!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 05, 2020, 03:02:04 pm
Espanhóis do Abanca confirmam interesse em comprar EuroBic. Mas só se puderem ter mais de 75%

Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados anuais em Espanha, Abanca afirmou que há capital para fazer aquisições. Mas só compra EuroBic se tiver pelo menos 75%.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/02/04111207/img_3143_770x433_acf_cropped.jpg)

Os espanhóis do Abanca confirmaram esta terça-feira ter interesse em comprar o EuroBic desde que possam comprar, pelo menos, 75% do capital do banco. Em conferência de imprensa em Santiago de Compostela, para a apresentação dos resultados do banco, Juan Carlos Escotet, o presidente do banco, disse que o banco tem “estrutura de capital para crescer de forma inorgânica”, ou seja, através de aquisições.

Citado pelos jornais que viajaram a Espanha a convite do banco espanhol, como o Negócios e o Eco, o presidente do banco disse que o mercado português é “especialmente atrativo” aos olhos da instituição que comprou as operações de retalho do Deutsche Bank em Portugal. Haverá um processo competitivo” e “temos interesse em participar em todo o processo”, afirmou Escotet, já que “Portugal está claramente dentro das nossas prioridades estratégicas”.

Isabel dos Santos vai deixar de ser acionista do EuroBic, onde tem 42,5%, na sequência das revelações do Luanda Leaks. A 22 de janeiro, foi comunicado que a empresária angolana já estava a negociar a venda da sua posição. Algo que, garantia esse comunicado, era iniciativa da própria Isabel dos Santos (perante notícias de que o Banco de Portugal teria pressionado a empresária a vender a participação).

O banco disse que existiam interessados que asseguram a concretização da venda “a muito breve prazo”, sendo que o novo acionista (ou mesmo no caso dos compradores serem os atuais acionistas) terá sempre de ser autorizado pelo Banco de Portugal. Para além de Isabel dos Santos, são ainda acionistas do EuroBic, Fernando Teles que foi fundador do banco, e que tem 37,5%, e mais três acionistas a título individual.

Abanca vende posição na Media Capital e quer ficar com 10% da Cofina

O Abanca vai vender a posição de 5,05% que tem na Media Capital na oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Cofina. Com o dinheiro da venda, vai participar no aumento de capital do grupo de Paulo Fernandes para a compra da dona da TVI. O banco ficará com cerca de 10% da Cofina.

“Para levar a cabo o acordo de aquisição por parte da Cofina, vamos acompanhar o aumento de capital para manter a posição que detemos e que é ligeiramente abaixo de 10% da Cofina com Media Capital dentro”, disse o CEO do banco, Francisco Botas, na mesma conferência de imprensa.

No final de janeiro, a Cofina aprovou um aumento de capital até 85 milhões de euros para o financiamento da compra da TVI.
Prevê-se que Paulo Fernandes, o empresário Mário Ferreira e o Abanca fiquem com cerca de 51% da Cofina, dona de títulos como o Correio da Manhã, a CMTV, o Record e o Jornal de Negócios.

https://observador.pt/2020/02/04/espanhois-do-abanca-confirmam-interesse-em-comprar-eurobic-mas-so-se-puderem-ter-mais-de-75/

Muito bem! A isabelinha sai do capital do Eurobic e agora os espanhóis apoderam-se de mais um banco nacional! Muito bem. O governo e Banco de Portugal concordam com esta concentração excessiva de capitais espanhóis nos nossos bancos?
Ao contrário de muita gente que fala contra a EU e a Alemanha que manda na UE o que eu vejo é os espanhóis a apoderarem-se de todos os nossos bancos! Isso sim é muito preocupante!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 10, 2020, 02:55:12 pm
Abanca fecha acordo para comprar mais de 75% do EuroBic

O Abanca está disponível para comprar a totalidade do capital do banco controlado por Isabel dos Santos e o negócio será fechado durante este fim de semana, apurou o Jornal Económico.

Está tudo preparado para os acionistas do EuroBic fecharem durante este fim de semana um acordo com o Abanca para a venda do banco liderado por Fernando Teixeira dos Santos, apurou o Jornal Económico. Confirma-se, assim, a notícia avançada pelo jornal online “Eco” este sábado, de que a venda do EuroBic ao Abanca estaria por horas.
O Jornal Económico sabe também que o Abanca admite comprar 100% do EuroBic, estando assim em cima da mesa a compra da totalidade do banco no acordo que está prestes a ser assinado.

Recorde-se que o Abanca Corporación Bancaria admitiu aos jornalistas portugueses em Espanha que está a estudar a compra do EuroBic em Portugal, mas não comprará menos de 75% do banco detido por Isabel dos Santos e Fernando Teles.

Isabel dos Santos tem 42,5% do EuroBic através da Santoro Financial Holding SGPS (que detém 25%), com sede em Portugal, e da Finisantoro Holding Limited, que tem 17,5%, com sede em Malta. Mas o outro acionista, o luso-angolano Fernando Teles, que controla 37,5%, também vai vender, tal como avançado em primeira mão pelo Jornal Económico.
Há ainda outros acionistas no EuroBic: Luís Cortez dos Santos, Manuel Pinheiro Fernandes e Sebastião Bastos Lavrador têm, cada um, 5%, havendo ainda outros 5% nas mãos de outros investidores. Estes acionistas deverão também vender a sua posição ao Abanca, segundo fontes conhecedoras do processo.

O Jornal Económico sabe que chegou a haver outras manifestações de interesse no EuroBic mas nenhum dos interessados avançou com propostas concretas, exceto o Abanca.
O Bankinter e o BNP Paribas não avançaram, ao contrário dos rumores de mercado que os davam como interessados. O “Dinheiro Vivo” avançou com o interesse de um grupo chinês, mas também este não se materializou em qualquer proposta.

Um grupo de 20 empresários portugueses, “alguns com presença forte no Norte do país”, pôs em cima da mesa uma proposta pelo banco (detido em 42,5% por Isabel dos Santos e em 37,5%  por Fernando Teles), escreve o “Expresso” na sua edição deste sábado. O jornal adianta que um representante do grupo, José Fernando Figueiredo, teve encontros com o Banco de Portugal, um deles na passada sexta-feira, para falar da proposta”.

José Figueiredo é ex-presidente da Instituição Financeira de Fomento e o grupo de empresários inclui João Rafael Koehler, antigo presidente da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários). O grupo assegurou ao “Expresso” que tem “capital disponível para o negócio”. Mas esta “proposta” não terá recebido entusiasmo do supervisor bancário, segundo fontes contactadas pelo Jornal Económico.

Neste momento o único interessado na corrida e em vias de fechar um acordo é o Abanca, liderado por Juan Carlos Escotet e Francisco Botas, confirmou o JE. Contactado, o EuroBic, cuja venda não conta com intermediários financeiros, não quis comentar.

O Abanca está presente em Portugal, onde reforçou a sua presença no ano passado quando adquiriu a rede de retalho do Deutsche Bank (por um valor nunca revelado). Em Espanha, o Abanca – que é um dos quatro grupos financeiros da marca venezuelana Banesco – fez também uma aquisição recente em Espanha, ao comprar o banco que a Caixa Geral de Depósitos tinha no país vizinho. Pagou 384 milhões de euros pelo Banca Caixa Geral.

Ainda antes de ser conhecido o processo do “Luanda Leaks” já Isabel dos Santos estava a tentar vender o EuroBic, sabe o JE. Mas a hecatombe de revelações que vieram a seguir tornaram essa tentativa numa venda formal, legitimada por comunicado oficial. O desenvolvimento do processo judicial em Angola e revelação dos 715 documentos do “Luanda Leaks” aceleraram o processo. Para ajudar à celeridade está o facto de Isabel dos Santos ter agora o supervisor bancário (Banco de Portugal/BCE) como “defensor” da venda o mais rápido possível.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/abanca-fecha-acordo-para-comprar-mais-de-75-do-eurobic-545623

Ora aqui está a confirmação do que já se dizia! E a transparência é tanta que nem se sabe que valores estão envolvidos!
O Abanca, de origem Galega, depois de comprar todas as operações da CGD em Espanha, por 384 milhões de euros, compra mais de 75% do Eurobic, aumentando a lista de bancos nacionais em mãos espanholas!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 11, 2020, 11:26:37 am
Novo Banco consegue vender dívida de 11,3 milhões de euros Duarte Lima

Uma sociedade portuguesa e outra luxemburguesa compraram os 11,3 milhões de euros que Duarte Lima devia ao Novo Banco. Negócios foram fechados em 2018 e 2019, com valores desconhecidos.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85,jpeg/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/02/11073923/17954466_770x433_acf_cropped.jpg)

O Novo Banco vendeu por uma valor indeterminado a dívida que detinha de Duarte Lima a duas entidades, uma delas sediada no Luxemburgo e a outra em Portugal.
Desta forma, escreve o Público, a luxemburguesa LX Investment Partners II e a portuguesa Ares Lusitani passam a ser titulares da dívida que aquele antigo advogado e ex-líder parlamentar do PSD, que foi preso em abril de 2019, tinha junto do Novo Banco.

O Novo Banco reclamava junto de Duarte Lima, que está em processo de insolvência, um total de 11,3 milhões de euros.
Ainda segundo o Público, que consultou os autos do processo de insolvência de Duarte Lima, não é claro qual é a percentagem desses 11,3 milhões que cada uma das duas sociedades compraram — sabendo-se apenas que a LX Investment Partners II concluiu o negócio a 22 de dezembro de 2018 e que a Ares Lusitani fê-lo em 13 de setembro de 2019. Também não se sabe por quanto aquelas duas sociedades compraram a dívida de Duarte Lima.

Em 2014, Duarte Lima foi condenado a uma pena de 10 anos de prisão efetiva pelos crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais por se ter apropriado de um crédito imobiliário de 43 milhões de euros concedido pelo Banco Português de Negócios. O ex-líder parlamentar do PSD recorreu desta decisão e o Tribunal da Relação de Lisboa baixou-lhe a pena para seis anos em abril de 2016, alegando porém que por já nessa altura estar em prisão domiciliária que só teria de cumprir três anos e seis meses de prisão.
Duarte Lima foi ainda acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, ex-cliente daquele advogado e que foi casada com o já falecido milionário Tomé Feteira. O processo relativo ao alegado homicídio de Rosalina Ribeiro, que terá acontecido no Brasil, será julgado em Portugal.

https://observador.pt/2020/02/11/novo-banco-consegue-vender-divida-de-113-milhoes-de-euros-duarte-lima/

Como é que o Novo Banco apresenta prejuízos? É fácil. A Lone Star quando comprou 75% do Novo Banco (o Fundo de Resolução, que são todos os bancos, ficaram com 25%), só comprou o Banco por 750 milhões de euros (75% do capital), depois do Fundo de Resolução (os outros bancos todos) terem dado um avale de 3,89 mil milhões de garantia por prejuízos provocados antes da compra e com efeitos futuros!!!!!

O que é que a Lone Star faz, obviamente, vai ao balanço e vai lá desenterrar 3,89 mil milhões de euros de caloteiros e vende essas dívidas por uma fracção do seu valor a empresas especializadas de recuperação de crédito (sem grandes preocupações do valor de venda, porque não é ela que vai pagar esse prejuízo). Abate esses créditos todos (escolhem obviamente os mais complicados), até se podem dar ao luxo de negociarem com os caloteiros pagarem só uma parte, porque sabem que o Fundo de Resolução é que paga o prejuízo!!!!!!

Neste caso do Duarte Lima, para ser mais fácil perceber, tinha uma dívida de 11,3 milhões de euros ao Novo Banco, que é anterior à compra do banco pela Lone Star. O banco negoceia com a LX Investment Partners II e a Ares Lusitani (não divulgam sequer os valores do negócio), imaginamos que ambas as empresas pagam 2 milhões pelas dívidas do Duarte Lima, o Banco fica com o prejuízo de 9,3 milhões de euros! Mas não há problema para a Lone Star, quem vai pagar a factura dos 9,3 milhões, são os outros bancos (e em último caso o estado português)!!!!!

Somos uns ases a fazer negócios!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 27, 2020, 06:55:46 pm
Os 10 países que entraram na UE em 2004 estão "prestes a ultrapassar Portugal no PIB per capita"?
.......
(https://thumbs.web.sapo.io/?pic=https://mb.web.sapo.io/b12791afbe5525db09d0185da07bc10e0cdca6e4.png&W=545&H=936&delay_optim=1&tv=2&webp=1)

É notória a evolução negativa de Portugal, em contraste com a evolução positiva dos referidos 10 países, isto em termos relativos.

Concluímos assim que a publicação sob análise é factualmente correta.

Avaliação do Polígrafo:
Verdadeiro

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/os-10-paises-que-entraram-na-ue-em-2004-estao-prestes-a-ultrapassar-portugal-no-pib-per-capita

Ó diabo! Então os países da Europa de leste, fazem parte da UE e até fazem parte do Euro e estão todos a ultrapassar-nos!!!!!!!
E logo agora que já começava a acreditar nos euro-cépticos que afirmam que nós não crescemos por causa do Euro....... se calhar têem de inventar outra desculpa!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 27, 2020, 10:44:51 pm
Estar perto da Alemanha, ter salarios baixos e impostos baixos tem grandes vantagens.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Fevereiro 27, 2020, 10:59:38 pm
(https://f.i.uol.com.br/folha/ambiente/images/13322503.jpeg)
Belchatow

E continuar a queimar carvão (perto de 90% da produção total) para manter baixo o custo da energia.



E destruir floresta património da humanidade.

https://expresso.pt/internacional/2016-05-25-Polonia-comecou-desflorestacao-de-uma-das-mais-antigas-florestas-europeias
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Março 16, 2020, 08:02:41 pm

O falso milagre económico português
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 16, 2020, 10:32:38 pm
É verdade! E eu condeno este governo de aldrabões e incompetentes (tivemos estes irresponsáveis a gerir Pedrógão e o Sul de Viseu e agora esta pandemia, resta rezar para a desgraça não ser muito grande). Eu não esqueço que o vigarista Costa disse que a crise e austeridade acabaram!!!!! Ai sim? Vivemos melhor? Onde? Só se for no sector do emprego político, de resto eu vejo e sinto na pele o que é ganhar hoje menos do que ganhava em 2009!!!!! E digo mais, o aldrabão do Costa criticava os impostos altos no tempo da Troika, mas eu vejo agora que por exemplo o último escalão de retenção de IRS, de agora, ainda é mais alto do que no tempo da taxa extraordinária!!!!!

O sector da habitação o que se passa é que muitos estrangeiros estão a injectar muitos milhões nos grandes centros urbanos para ganharem muito dinheiro (os portugueses são poucos os que têem disponibilidade financeira para tamanhos investimentos e os bancos nem imagina a dificuldade neste momento para emprestarem para a habitação). Os vistos gold também inflacionam e de que maneira a construção, mas...... para se venderem casas tão caras em Lisboa e no Porto, alguém está a vender essas casas a estrangeiros e a ganhar muito dinheiro!!!!!!

Por fim...... venham morar para o interior :)
Se disser que por 230 000€ consegue-se construir uma casa de raíz, com 530 m2 e 2 pisos?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 25, 2020, 05:58:00 pm
Estar perto da Alemanha, ter salarios baixos e impostos baixos tem grandes vantagens.

Isso é extremamente redutor e provavelmente (especulo eu) nem será dos principais motivos.

Querem saber porque que não crescemos olhem para a burocracia sempre a crescer, a lei sempre a mudar, a lei que se ajusta a vontade de quem governa, o facto de primeiro se pensar em aumentar ordenados em vez de se pensar em como podemos aumentar a produção de riqueza.

Para dar um pequeno exemplo muito recente e simples:
Alguém se lembra das portagens + baratas para algumas ex-scuts? Secalhar não se lembram mas a complexidade do novo calculo custo é tão grande que na empresa onde trabalho (somos uma empresa de transporte) tínhamos um pequeno e simples report (sistema) que calcula e faz estimativas dos custos associados a utilização das portagens. Neste momento por causa da solução que o governo encontrou vai ser preciso reformular todo o sistema, e 1 pessoa vai perder 1 ou 2 dias a reformular o sistema e provavelmente não vamos ter capacidade de estimar com rigor qual vão ser as despesas para o mes inteiro, só vamos ter alguma noção do que vamos gastar no final do mes.

Sabem o que significa? que a pessoa que vai perder 2 dias de trabalho a reformular aquilo podia fazer outra coisa mais produtiva, que muito provavelmente não vamos ficar com uma ferramenta igual nem vamos conseguir criar estimativas.


Outro exemplo, temos 1 a 2 pessoas nos recursos humano com 2 a 3 meses de tempo acumulado (desde inicio 2019) só a tentar entender legislação do código de trabalho, e isto apenas para a Empresa tentar respeitar a LEI o máximo possível.

Tudo isto tira dinheiro às empresas e competitividade. Se aliarmos isto a já não termos salários baixos e cada vez mais nos parecermos a venezuelana da Europa.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 25, 2020, 11:47:17 pm
O Asalves não acha estranho termos os bens com taxas das mais elevadas da Europa?
Energia eléctrica a 23% de IVA?!?!? (algumas empresas não podem deduzir) IVA de um menu a 13% num restaurante, mas se levar para casa são 23%.... mas andamos a brincar?
Combustíveis....... 70% do preço são impostos!!!!!!
Se uma empresa tiver lucro, tirando os primeiros trocos, a taxa de IRC sobre o lucro é de 21%. Se a empresa decidir distribuir esse lucro, quem o recebe fica logo sem mais 28% a título de IRS ou IRS (só as SGPS têem benefícios de dedução)!!!!! 21 + 28 dá 49%! Ou seja, o estado ganha tanto em impostos como o empresário que arrisca o pescoço e investe e a esquerda psicopata ainda acha pouco!?!?!?!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Março 27, 2020, 10:20:10 am
A crise veio para ficar, avisa Banco de Portugal
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/coronavirus/detalhe/a-crise-veio-para-ficar-avisa-banco-de-portugal?HP_DestaquesTopo
(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2020-03/img_817x460$2020_03_15_17_49_10_371927.jpg)

Citar
O país levará, na melhor das hipóteses, dois anos a recuperar a atividade económica que será destruída em 2020, por causa da pandemia de covid-19. E estará muito longe do PIB que se acreditava, há apenas três meses, que seria possível atingir.

Claro na melhor das hipóteses, pois na pior será 3 a 4 anos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 01, 2020, 09:04:55 am
Recessão em Portugal. Desemprego pode ficar acima dos 10% este ano
https://www.tsf.pt/portugal/economia/desemprego-pode-ficar-acima-dos-10-em-2020-11989168.html
(https://static.globalnoticias.pt/tsf/image.aspx?brand=TSF&type=generate&guid=05a1cd2a-e27a-44fe-8e44-59fd3f7bd555&w=800&h=450&t=20200326151121)
Citar
A taxa de desemprego deverá subir acima dos 10% em 2020, na sequência da pandemia de Covid-19, de acordo com os cenários base e adverso projetados pelo Boletim Económico do Banco de Portugal, divulgado esta quinta-feira.

No cenário base, as projeções do Banco de Portugal (BdP) apontam para uma taxa de desemprego de 10,1% em 2020, com uma descida progressiva para 9,5% em 2021 e 8,0% em 2022.

"A contração da atividade económica em 2020 tem reflexo numa destruição de postos de trabalho, projetando-se uma redução do emprego de 3,5% (após um crescimento de 0,8% em 2019)", de acordo com o cenário base do BdP.
O banco central adverte que no cenário base "a evolução projetada para o desemprego depende crucialmente da configuração e magnitude das medidas de política que possam ser implementadas de imediato".

"As remunerações por trabalhador deverão desacelerar em 2020 - refletindo principalmente o impacto do aumento das baixas médicas e por assistência à família - e recuperar em 2021-22."
Já no cenário adverso, a taxa de desemprego 'dispara' para 11,7% este ano, descendo para 10,7% em 2021 e 8,3% em 2022.

"Ambos os cenários contemplam uma recessão da economia portuguesa em 2020, diferindo na magnitude assumida para o impacto económico da pandemia a nível mundial", pode também ler-se no documento.

Em 2019, a taxa de desemprego foi de 6,5%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o BdP, "os cenários procuram ter em consideração o potencial impacto das políticas já adotadas pelas autoridades nacionais e europeias em face do choque", avisando o banco central que "a magnitude da recessão e o perfil da subsequente recuperação dependem criticamente da resposta de política, que tem vindo a ser sucessivamente reforçada a nível nacional e global".

Mais uma crise sem procedentes, para mim esses números ainda estão baixo, ontem no jornal da noite na RTP a taxa de desemprego chegava até aos 11%.
Só em 2021 é que vinha para os 10% infelizmente isto parece que vai ser pior que em 2008.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: legionario em Abril 01, 2020, 01:59:13 pm
Uma questão que me tem ocorrido frequentemente nestes tempos conturbados.
 
Portugal ainda tem uma industria,de moldes, fabricas de plasticos e produção textil, etc.  porque razão não consegue prouzir em quantidade o material basico como mascaras, viseiras de proteção, zaragatoas, fatos de proteção biologicos descartaveis, luvas, etc. ?

Uma planificação da produção, organizando, impondo, requisitando, sancionando severamente se necessario, é imperativa neste momento. Deve-se incumbir UMA pessoa, com plenos poderes, para dirigir com mão de ferro estas operações.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Abril 02, 2020, 11:40:08 am
Uma questão que me tem ocorrido frequentemente nestes tempos conturbados.
 
Portugal ainda tem uma industria,de moldes, fabricas de plasticos e produção textil, etc.  porque razão não consegue prouzir em quantidade o material basico como mascaras, viseiras de proteção, zaragatoas, fatos de proteção biologicos descartaveis, luvas, etc. ?

Uma planificação da produção, organizando, impondo, requisitando, sancionando severamente se necessario, é imperativa neste momento. Deve-se incumbir UMA pessoa, com plenos poderes, para dirigir com mão de ferro estas operações.

Tanto quanto sei já temos várias dezenas de "fabricas" a produzir mascaras, fatos,... o problema é que esta produção ainda é na maioria feita manualmente, ou seja a cadencia de produção é demasiado baixa para o consumo diário.

Para além disso acho que começa a faltar matéria prima.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 05, 2020, 09:16:56 am
Lembra-se de Portugal nos anos 90? É para lá que a recessão nos pode levar
https://executivedigest.sapo.pt/lembra-se-de-portugal-nos-anos-90-e-para-la-que-a-recessao-nos-pode-levar/
Citar
O impacto do novo coronavírus na economia nacional, nomeadamente nas exportações e investimento, poderá levar Portugal numa viagem ao passado. Mais concretamente, fazer com que a economia nacional se assemelhe aos níveis verificados na década de 90 do século passado.

A previsão é apontada pelo jornal Expresso, que dá conta dos piores cenários possíveis, alimentados pela incerteza quanto à duração e profundidade da quarentena em que o País se encontra. Uma espécie de coma sem data prevista de fim.

O cenário mais adverso desenhado pelo Banco de Potugal aponta para uma recessão na casa dos 5%. Contudo, realça a mesma publicação, peritos do Católica Lisbon Forecasting Lab falam de um colapso de 20%, caso a paralisação se prolongue por seis meses.

Com bases nestas duas balizas, o Expresso calculou em quantos anos pode a pandemia fazer recuar a riqueza gerada pela economia nacional. Recorrendo à série do PIB a preços constantes – e assumindo uma taxa de inflacção na ordem dos 0% em 2020 – as estimativas dão conta de vários cenários.

O primeiro deles refere quem o consumo privado deverá recuar até aos níveis de 2017, caso caia apenas 5 a 6%. No entanto, se a ruptura for de 10 a 11%, o recuo já será a 2004; se for de 15 a 16%, Portugal estará em 1999/2000.

Sem mercados para exportar, as vendas de bens e serviços ao estrangeiro recuarão a níveis inferiores a 2015, 2014 ou 2013, caso contraiam 20%, 24% ou 28%, respectivamente, avança ainda. Os mesmos cálculos mostram que a formação bruta de capital fixo (FBCF) será inferior a 2017 caso tropece à volta de 15%. Já uma queda de 22% a 23% significa perder mais dois anos, até 2015. Se a descida for de cerca de 30%, será preciso recuar mais de 30 anos, até ao final da década de 80, para encontrar outro ano em que se tenha investido tão pouco.

O Expresso sugere ainda que uma queda do PIB na ordem dos 5 a 6% anulará a retoma dos últimos anos e levará novamente a riqueza gerada pelo País abaixo da fasquia de 2007. Uma contracção superior a 10% a 11%, por seu turno, aproximará o PIB dos tempos da Troika. E menos 15 a 16% no PIB será suficiente para afundar o País até ao século XX. Um colapso ainda maior, na ordem dos 20%, faria com que o PIB ficasse abaixo de 1998.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 05, 2020, 03:22:24 pm
Tudo depende do número de meses que vamos ficar fechados.

Apesar de tudo, há um aspecto que não permite baixar muito o PIB, temos sido deficitários em produtos alimentares, o fecho de fronteiras vai prejudicar mais os países exportadores e favorecer os países com balança comercial mais desfavorável.

É verdade que as nossas exportações vão caír imenso, mas as importações vão caír ainda mais.

Não sei se os países ditos "ricos" não vão passar FOME. Talvez mais para a frente, aconteça aos produtos alimentares, o que está a acontecer actualmente com o equipamento médico ao passar por vários países!!!!!!

Vamos conseguir alimentar a nossa população? Não contem por exportações dos outros países!!!!!

Vamos conseguir manter a nossa base industrial?

E o fornecimento de energia (só vejo o fornecimento de energia eléctrica com autosuficiência), petróleo e outras matérias-primas, assim que a crise passar, vão ter os preços a disparar!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: ocastilho em Abril 05, 2020, 04:02:03 pm
Tudo depende do número de meses que vamos ficar fechados.

Apesar de tudo, há um aspecto que não permite baixar muito o PIB, temos sido deficitários em produtos alimentares, o fecho de fronteiras vai prejudicar mais os países exportadores e favorecer os países com balança comercial mais desfavorável.

É verdade que as nossas exportações vão caír imenso, mas as importações vão caír ainda mais.

Não sei se os países ditos "ricos" não vão passar FOME. Talvez mais para a frente, aconteça aos produtos alimentares, o que está a acontecer actualmente com o equipamento médico ao passar por vários países!!!!!!

Vamos conseguir alimentar a nossa população? Não contem por exportações dos outros países!!!!!

Vamos conseguir manter a nossa base industrial?

E o fornecimento de energia (só vejo o fornecimento de energia eléctrica com autosuficiência), petróleo e outras matérias-primas, assim que a crise passar, vão ter os preços a disparar!!!!!


Sem duvida, caro viajante, não me parece que tenha sido à toa que o Presidente dos Afect(ad)os tenha ido ontem ver uma sementeira. Acho que já se chegou à sua conclusão, mas espero bem que esteja enganado.

Citar
O pão nosso

A epidemia teve o condão de nos fazer olhar para dentro, para aquele país que vive para lá dos holofotes da socialite da fama, das agendas do parece-bem, dos futebois e dos eixos do mal. De súbito, os cavadores de batatas, os pastores, os ordenhadores, os empresários agrícolas - todos os que permitem aos "investigadores" e faladores acordarem com a certeza do pão do pequeno-almoço, do bife do almoço e da sopa do jantar - surgiram como os actores silenciosos da vida colectiva. A tão chalaceada visita de Marcelo às trabalhadoras agrícolas merece ser vista de um outro ângulo. Foi uma tardia mas necessária revalorização desse campo que não dá votos, mas dá comida ao terciário improdutivo.

(https://www.dinheirovivo.pt/wp-content/uploads/2020/04/37319634_28580375-1060x594.jpg)

Um pinezinho na lapela com a estrela vermelha e era foto digna da RPDC.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 05, 2020, 04:58:19 pm
Tudo depende do número de meses que vamos ficar fechados.

Apesar de tudo, há um aspecto que não permite baixar muito o PIB, temos sido deficitários em produtos alimentares, o fecho de fronteiras vai prejudicar mais os países exportadores e favorecer os países com balança comercial mais desfavorável.

É verdade que as nossas exportações vão caír imenso, mas as importações vão caír ainda mais.

Não sei se os países ditos "ricos" não vão passar FOME. Talvez mais para a frente, aconteça aos produtos alimentares, o que está a acontecer actualmente com o equipamento médico ao passar por vários países!!!!!!

Vamos conseguir alimentar a nossa população? Não contem por exportações dos outros países!!!!!

Vamos conseguir manter a nossa base industrial?

E o fornecimento de energia (só vejo o fornecimento de energia eléctrica com autosuficiência), petróleo e outras matérias-primas, assim que a crise passar, vão ter os preços a disparar!!!!!

Então como vai ser na China, eles que já têm problemas para alimentar a população, a China depende muito da importação de alimentos.
Vamos ter uma terçeira Guerra Mundial pela insuficiência de alimentos, será?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 05, 2020, 08:04:23 pm
“Existe hoje um sério risco de a economia colapsar”, alerta o comércio
https://eco.sapo.pt/2020/04/05/existe-hoje-um-serio-risco-de-a-economia-colapsar-alerta-comercio/
Citar
Face à pandemia de coronavírus, há hoje um “sério risco” de a economia colapsar, alerta a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Para a entidade liderada por João Vieira Lopes, esta não é uma crise temporária que será seguida de um retorno à normalidade. “Admitir que a crise se possa circunscrever ao segundo trimestre deste ano é, já hoje, inverosímil”, considera a confederação.

“Não é necessário termos uma visão catastrofista da situação para podermos afirmar que existe hoje um sério risco de a economia colapsar. Um cenário altamente provável diz-nos que a situação que iremos enfrentar não encontra qualquer paralelo na nossa história contemporânea”, defende a CCP, numa nota enviada às redações este fim de semana.Na perspetiva dos representantes do comércio e serviços, para a economia, o “‘vírus’ mais maléfico” é aquele que está a moldar os comportamentos dos cidadãos, nomeadamente em termos de consumo, e que “perdurará certamente bem para além do contágio da doença”.

Para a CCP, não é, de resto, “realista” antecipar que a quebra do consumo se venha a situar, este ano, entre os 2,8% e os 4,8% (como projetou o Banco de Portugal), atirando a confederação que esse recuo “será seguramente muito superior”.

No mesmo sentido, a confederação sublinha que esta não será uma crise que será sentida apenas no segundo semestre e evoluirá mesmo para uma “crise da procura”, em que “o turismo e os consumos de bens duradouros não vão recuperar ao longo de todo o restante ano, independentemente das medidas de defesa da saúde pública adoptadas”. “A ‘normalidade’ futura dificilmente se confundirá com a normalidade passada”, acrescenta a CCP.

Face a este cenário, a confederação liderada por João Vieira Lopes destaca, além disso, como três maiores preocupações: “evitar que os juros da dívida de países mais vulneráveis, como Portugal, possam disparar”; assegurar capacidade financeira aos países para que possam promover políticas públicas de combate à crise; garantir a sobrevivência das empresas de modo a travar uma elevada “destruição de capital e um aumento expressivo do desemprego”.E atira a CCP: “Estas políticas têm que concretizar-se num quadro temporal alargado, não se podendo circunscrever aos meses de ocorrência da crise sanitária. De pouco vale aliás que os países possam agora criar
 dívida pública se, de seguida, se confrontarem com a necessidade de aplicarem dolorosas políticas de austeridade; De pouco vale ainda assegurar, de imediato, às empresas meios para suportarem as quebras ou paragens de atividade se passados dois ou três meses elas se confrontarem com dívidas impossíveis de saldar e que as conduzam a falências em massa”.

A confederação remata sublinhando que é essencial que, por um lado, o Banco Central Europeia e a União Europeia “adoptem as medidas necessárias para aumentar significativamente a capacidade de financiamento dos países europeus” e, por outro, que o próprio Estado português aja de modo a “evitar custos para as empresas”, “garantir a necessária liquidez para [essas empresas] efetuarem pagamentos inadiáveis”, bem como de modo a assegurar “que os apoios atuais não se concertem simplesmente em dívidas futuras“.

“O Estado e as instituições públicas não podem certamente fazer tudo, mas nós podemos hoje expressar a profunda convicção que do acerto das políticas públicas — nacionais e comunitárias — dependerá muito o nosso futuro. Políticas a executar não apenas nos dois ou três próximos meses, mas com expressão nos próximos dois ou três anos”, concluem os representantes do comércio e serviços.

Infelizmente creio que a economia mundial vai mesmo colapsar, apenas por um motivo, o consumo e a procura por bens não essenciais vai continuar cair e muito.
Um exemplo, não vai ser de hoje pra manhã que as pessoas voltam a sentir confiança para viajar, assim sendo, o sector da aviação comercial e hoteleiro vai ter uma quebra pior que em 2008/2009.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 05, 2020, 09:15:32 pm
Tudo depende do número de meses que vamos ficar fechados.

Apesar de tudo, há um aspecto que não permite baixar muito o PIB, temos sido deficitários em produtos alimentares, o fecho de fronteiras vai prejudicar mais os países exportadores e favorecer os países com balança comercial mais desfavorável.

É verdade que as nossas exportações vão caír imenso, mas as importações vão caír ainda mais.

Não sei se os países ditos "ricos" não vão passar FOME. Talvez mais para a frente, aconteça aos produtos alimentares, o que está a acontecer actualmente com o equipamento médico ao passar por vários países!!!!!!

Vamos conseguir alimentar a nossa população? Não contem por exportações dos outros países!!!!!

Vamos conseguir manter a nossa base industrial?

E o fornecimento de energia (só vejo o fornecimento de energia eléctrica com autosuficiência), petróleo e outras matérias-primas, assim que a crise passar, vão ter os preços a disparar!!!!!

Então como vai ser na China, eles que já têm problemas para alimentar a população, a China depende muito da importação de alimentos.
Vamos ter uma terçeira Guerra Mundial pela insuficiência de alimentos, será?

Eu respondo-lhe com uma pergunta:

Quem é que investe mais no continente Africano?

A China está literalmente a "comprar" o continente inteiro!!!!

https://en.wikipedia.org/wiki/Africa%E2%80%93China_economic_relations

Este tipo de relacionamento China-África, claramente desfavorável para África, faz-me lembrar à uns séculos atrás, quando Portugal financiou literalmente a revolução industrial inglesa (com ouro) e ficávamos também a perder na balança comercial!

Repare, mesmo com um bloqueio à China, o que esta pandemia nos mostrou, é que em caso de aperto, os chineses espalhados pelo mundo, enviam tudo o que for preciso para o país. Tem dúvidas disso?
Por outro lado, com os excedentes colossais de moeda que tem pelas exportações patrocinadas pela OMC, compra pouco a pouco (se lhes deixarem) todos os sectores vitais de cada país ocidental.

Basta olhar para o nosso caso, eles já estão na produção de energia (EDP), transporte de alta tensão (REN), na Banca e Seguros (BCP, Fidelidade....) até estão no sector da água!!!!!

Para quem acha que o capitalismo está em decadência, coloquem bem os olhos na China dita "comunista", vence o ocidente no próprio terreno (capitalismo) e todos a olharem e a baterem palmas!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 06, 2020, 09:31:25 am
Tudo depende do número de meses que vamos ficar fechados.

Apesar de tudo, há um aspecto que não permite baixar muito o PIB, temos sido deficitários em produtos alimentares, o fecho de fronteiras vai prejudicar mais os países exportadores e favorecer os países com balança comercial mais desfavorável.

É verdade que as nossas exportações vão caír imenso, mas as importações vão caír ainda mais.

Não sei se os países ditos "ricos" não vão passar FOME. Talvez mais para a frente, aconteça aos produtos alimentares, o que está a acontecer actualmente com o equipamento médico ao passar por vários países!!!!!!

Vamos conseguir alimentar a nossa população? Não contem por exportações dos outros países!!!!!

Vamos conseguir manter a nossa base industrial?

E o fornecimento de energia (só vejo o fornecimento de energia eléctrica com autosuficiência), petróleo e outras matérias-primas, assim que a crise passar, vão ter os preços a disparar!!!!!

Então como vai ser na China, eles que já têm problemas para alimentar a população, a China depende muito da importação de alimentos.
Vamos ter uma terçeira Guerra Mundial pela insuficiência de alimentos, será?

Eu respondo-lhe com uma pergunta:

Quem é que investe mais no continente Africano?

A China está literalmente a "comprar" o continente inteiro!!!!

https://en.wikipedia.org/wiki/Africa%E2%80%93China_economic_relations

Este tipo de relacionamento China-África, claramente desfavorável para África, faz-me lembrar à uns séculos atrás, quando Portugal financiou literalmente a revolução industrial inglesa (com ouro) e ficávamos também a perder na balança comercial!

Repare, mesmo com um bloqueio à China, o que esta pandemia nos mostrou, é que em caso de aperto, os chineses espalhados pelo mundo, enviam tudo o que for preciso para o país. Tem dúvidas disso?
Por outro lado, com os excedentes colossais de moeda que tem pelas exportações patrocinadas pela OMC, compra pouco a pouco (se lhes deixarem) todos os sectores vitais de cada país ocidental.

Basta olhar para o nosso caso, eles já estão na produção de energia (EDP), transporte de alta tensão (REN), na Banca e Seguros (BCP, Fidelidade....) até estão no sector da água!!!!!

Para quem acha que o capitalismo está em decadência, coloquem bem os olhos na China dita "comunista", vence o ocidente no próprio terreno (capitalismo) e todos a olharem e a baterem palmas!

Caro Viajante estou completamente de acordo, com tudo o que escrevestes, no que diz respeito ao continente africano Angola é um bom exemplo, os chinocas têm comprado tudo por lá.
Na Europa passa o mesmo, eles compram tudo o que podem, e os políticos europeos a dormir, lojas chinesas por todo o lado com produtos contrafeitos Made in China, e que ninguém controla. Não tenho a mínima dúvida que ser for preciso os chinocas mandam tudo o que for preciso para o país.

Algo que não me assusta muito é os chinocas terem empresas na Europa, pois sei que em caso de Guerra por exemplo, essas mesmas empresas passam para as mãos do Estado.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 06, 2020, 09:11:30 pm
POUCA VERGONHA!!!!!!!!

Clubes avançam para Layoff (para já o Chaves e o Belenenses SAD).

https://www.publico.pt/2020/04/06/desporto/noticia/desp-chaves-tambem-avanca-layoff-1911239

O Governo vai permitir esta POUCA VERGONHA?!?!?!?!

Vamos ter jogadores com salários milionários a entrarem em layoff? Brincamos!?
A salvar, que salvem as empresas, já que os trabalhadores ganham uma miséria em comparação com os jogadores.
Os clubes e os jogadores, sempre podem recorrer à UEFA ou Federação...... ou então às offshores onde escondem o dinheiro da fuga ao fisco!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 07, 2020, 01:18:02 pm
Daniel Bessa. Portugal em termos económicos está pior que “numa situação de guerra”
https://sol.sapo.pt/artigo/692078/daniel-bessa-portugal-em-termos-economicos-esta-pior-que-numa-situacao-de-guerra-
(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2020/4/7/731337.png?type=Artigo)
Citar
“Na esfera pública há, seguramente, áreas de investimento que vão ser aceleradas como forma de ajudar, assim haja recursos financeiros”. Já do lado do setor privado, não será essa a prioridade, alerta economista.
O economista Daniel Bessa considera que a atual situação económica, decorrente da pandemia, é pior do que uma "situação de guerra, quer em termos de paragem de produção, quer no que se refere à capacidade de recuperação”.

“Quedas destas ocorreram, embora não tão graves, em tempos de guerra”, começa por sublinhar o professor universitário, em entrevista à agência Lusa, acrescentando: “ainda estamos no princípio e só sabemos que, em termos económicos, o que se está a passar é gravíssimo”.

Daniel Bessa assegura que não há nada mais grave do que parar quase toda a produção ao mesmo tempo, tal como acontece atualmente, e que “esta é seguramente a crise mais grave por que passou o mundo”, lembrando que ainda não se sabe como vai acabar.

“Não sabemos quanto tempo é que vai durar e não sabemos onde está o fundo. Só sabemos que estamos numa descida inclinadíssima”, lamenta o antigo ministro da Economia do governo liderado por António Guterres, frisando que, “em tempos de guerra, de uma forma ou de outra, há uma máquina que tem de ser mantida a trabalhar para ganhar a guerra”, agora, “está tudo parado”.

O economista recorda que, em termos teóricos, se discute a forma das recessões, se em ‘V’, com uma queda abrupta seguida de uma recuperação também imediata e forte, ou em ‘U’, em que a queda não é logo seguida de uma igual recuperação. Discute-se, além da forma, em ‘V’ ou em ‘U’, se a queda é mais ou menos profunda.

Apesar dessa discussão, Daniel Bessa diz-se certo de uma coisa: “a produção está numa queda vertiginosa. A questão é saber como se sai daí, como é que se recupera, porque um dia terá de se recuperar”.

E, mais uma vez aqui, os efeitos económicos de uma guerra servem para exemplificar o que pode seguir-se.

“As situações de guerra são situações de enorme colapso e de que se sai muito rapidamente porque a guerra destrói tudo e há, portanto, uma capacidade produtiva que é preciso repor. No fim da guerra, o que é mais necessário é investimento, porque desapareceram as infraestruturas, desapareceram muitas unidades produtivas, e quando a paz chega é preciso um investimento maciço”, afirma.

Mas, mais uma vez, o atual cenário é diferente. “Desta vez, do ponto de vista económico, da criação de valor, está tudo parado e em certo sentido tudo destruído porque uma fábrica que não funciona não é uma fábrica, mas as capacidades estão lá”, salienta o economista, para concluir que não lhe parece que “à saída desta crise o mundo precise de um esforço de investimento tão maciço”.

Ainda assim, Daniel Bessa acredita que esse esforço de investimento possa vir a ser promovido pelo Estado.

“Na esfera pública há, seguramente, áreas de investimento que vão ser aceleradas como forma de ajudar, assim haja recursos financeiros”. Já do lado do setor privado, não será essa a prioridade.

“Do ponto de vista da produção civil, o que se torna absolutamente indispensável é repor o consumo e as cadeias de abastecimento porque as fábricas e os equipamentos já estão lá”, afirma.

Ou seja, explica o economista, este cenário sugere que “na recuperação da economia não podemos esperar uma fase ascendente tão rápida. Vamos ter uma recuperação mais lenta, que nunca será tão vertiginosa na subida como foi na descida e que vai demorar muito mais tempo a chegar aos níveis” antes do início da crise.

Para concluir, Daniel Bessa lembra que tem 72 anos, e diz “não acreditar que voltará a ver um Produto Interno Bruto mundial, nos anos que tem de vida, ao nível a que já viu”.

Eu aos poucos também começo a desconfiar, quando uma empresa tem de parar cerca de três semanas, e por esse motivo já não tem dinheiro, algo vai mal.
Temos maus administradores? Ou temos empresas economicamente muito fracas?  Qualquer empresa devia no mínimo ter capacidade financeira para infrentar este tipo de crise.
Não digo na sua totalidade, mas deviam ter alguma almoda financeira, o que parece não acontecer, pois a grande maioria precisa de ajuda do Estado e ainda assim muitas delas devem encerrar.  ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 07, 2020, 11:19:30 pm
Caro Daniel,

É uma misto de ambas, lembre-se que em 2012, quando o dinheiro era muito escasso, houve empresas que se endividaram para pagarem dividendos aos acionistas.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 08, 2020, 02:03:54 am
Eu aos poucos também começo a desconfiar, quando uma empresa tem de parar cerca de três semanas, e por esse motivo já não tem dinheiro, algo vai mal.
Temos maus administradores? Ou temos empresas economicamente muito fracas?  Qualquer empresa devia no mínimo ter capacidade financeira para infrentar este tipo de crise.
Não digo na sua totalidade, mas deviam ter alguma almoda financeira, o que parece não acontecer, pois a grande maioria precisa de ajuda do Estado e ainda assim muitas delas devem encerrar.  ::)

Daniel? 3 semanas? 3 semanas estão as empresas fechadas (a sua maioria) e quando é que vai terminar? Junho? Julho? Agosto?

Vou dar-lhe umas contas de merceeiro que fiz por alto, com base no relatório de gestão (a informação do relatório não chega para perceber os custos mensais totais). Veja por si só a magnitude do problema. A 31 de Dezembro a TAP tinha estes encargos mensais só com pessoal e encargos financeiros:
- Pessoal = 60 milhões€ (tem 9 000 pessoas a ganharem 700 milhões€ por ano)
- Juros = 5 milhões€ (60 milhões€ por ano)
- Leasing = 30 milhões€ (356 milhões€)
- Outros custos financeiros = 13,5 milhões€
Salários + encargos financeiros = 108,5 milhões€ por mês.

Agora acrescente-lhe 160 milhões de euros de dívidas de curto prazo a fornecedores e quase desapareceu os 426 milhões de euros que a TAP tinha em caixa/bancos!!!!!!

E ainda nem acrescentei futuros de combustíveis, manutenção, rendas, taxas, etc.....

Como as receitas são zero!!!!!! Diga-me lá o Daniel quanto tempo consegue aguentar uma empresa assim!!!!

O Daniel tem de pensar desta forma, quanto maior for a empresa e mais ramificações tiver um grupo, melhor aguenta uma crise.
Agora olhe para Portugal, com empresas minúsculas (quando digo minúsculas, não estou a exagerar, 96,1% são micro-empresas, até 10 trabalhadores, as pequenas representam 3,3%....... https://www.pordata.pt/Portugal/Pequenas+e+m%c3%a9dias+empresas+em+percentagem+do+total+de+empresas+total+e+por+dimens%c3%a3o-2859), como é que acha que se aguenta o Zé da esquina?
Não se esqueça que passamos por uma crise terrível, com queda nas vendas e pior, a banca fechou a torneira do crédito, com receitas de zero!!!! Como é que o zé da esquina vai sobreviver muito tempo!!!!!

Acho que está a avaliar mal o país, não temos resmas de milionários, a esquerda não deixa que "é pecado".

Agora faça estas contas, em 2019, o PIB nacional foi de 212 mil milhões € e as exportações foram de 60 mil milhões € (28,3%). Agora imagine que as empresas nacionais só conseguem exportar em Janeiro e Fevereiro (10 mil milhões), sem considerar a magnitude da quebra de consumo interna, consegue imaginar o que faz um queda de uns 50 mil milhões na nossa economia?!? Você mesmo já colocou aqui postes desses, consegue imaginar?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 14, 2020, 01:20:11 am

Covid-19: PIB cai 6,5% a cada 30 dias úteis. No 2º trimestre quebra será inédita, alerta Centeno


(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2017/12/mario-centeno-eurogrupo.jpg)

A economia portuguesa está “quase parada” e a “sofrer um choque inimaginável”, afirmou esta segunda-feira, em entrevista à TVI, o ministro das Finanças.

Os impactos desta paralisação serão de 6,5% do PIB anual a cada trinta dias úteis em que a economia esteja tão parada como está agora – mas o impacto é “tudo menos linear”, porque a economia se vai “deteriorando”, explica Centeno.

Ainda assim, sublinha, no conjunto do ano, “acho que não” vamos chegar a uma queda de dois dígitos do PIB. Mas alerta que no segundo trimestre, a queda será 4 ou 5 vezes qualquer queda já vista num trimestre em Portugal.

“O segundo semestre vai ter uma quebra próximo de 4 ou 5 vezes o máximo que já vimos um semestre cair em Portugal. (…) O défice de 2012 caiu 4,3 mas vai parecer uma flutuaçãozinha simples”, disse Mário Centeno.

Questionado sobre quando poderemos voltar à situação de 2019 – ano em que, pela primeira vez nos últimos 40 anos, o país fechou as contas públicas com excedente orçamental –  Centeno respondeu que calcula que regressemos a esses números em cerca de “dois anos”.

O ministro das Finanças revelou ainda o impacto das medidas até agora tomadas para fazer face aos efeitos da pandemia: “Pensamos que os estabilizadores automáticos possam representar juntamente com as medidas que já tomámos de apoio ao emprego números próximos dos seis, sete mil milhões de euros, que obviamente não vamos retirar da economia. São os efeitos que temos dos subsídios de desemprego, o lay-off simplificado, a flutuação cíclica com a economia na receita de impostos e contribuições”, adiantou o titular das Finanças.

Centeno foi ainda confrontado com a frase de António Costa, que na semana passada disse que não iria aplicar medidas de austeridade semelhantes à crise de 2008: “A austeridade não é solução” durante e no pós-crise, sublinhou.

Ao que o ministro respondeu: “O que temos que garantir é que há dinheiro para acudir à fase aguda da crise. É uma crise temporária, não é uma crise do nosso mercado de trabalho, não é uma crise do mercado financeiro, dos bancos. Estamos a tentar resolvê-la na sua origem, que não é económica. E temos que desenhar com a União Europeia o processo de saída desta crise. Não é uma saída imediata, porque não há solução definitiva para a crise sanitária, mas vamos tentar recuperar ao longo do ano”.

O ministro das Finanças lembrou ainda que em 2008, as contas públicas portuguesas foram sinalizadas por serem frágeis e que neste caso, Portugal entra na crise com superávite. “Desta vez, o paciente está em melhor estado”. E, desta vez, também a crise é diferente, concluiu.

https://executivedigest.sapo.pt/covid-19-pib-cai-65-a-cada-30-dias-uteis-no-2o-trimestre-quebra-sera-inedita-alerta-centeno/

Então talvez seja melhor em Maio, o governo ir abrindo sectores fundamentais da economia, em vez das Escolas não?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 14, 2020, 02:20:06 am
Vai ter de abrir progressivamente. Mas para os pais poderem ir trabalhar, os putos têm de ir para a escola.

Qual é a estimativa de queda do PIB para o final do ano? 30%?
Ainda o pessoal sonha com F-35 e Blackhawks...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Clausewitz em Abril 14, 2020, 02:57:23 am
Vai ter de abrir progressivamente. Mas para os pais poderem ir trabalhar, os putos têm de ir para a escola.

Qual é a estimativa de queda do PIB para o final do ano? 30%?
Ainda o pessoal sonha com F-35 e Blackhawks...

A estimativa é que a queda não chegue a 10%... O que já de si é um número catastrófico, inimaginável há pouquíssimo tempo atrás.
E sempre com base em cenários, depende de como as coisas acontecerem.

O pior é que penso que há sectores que não se levantam tão cedo, mesmo que as restrições sejam eliminadas. Com a crise por todo o mundo as exportações devem ressentir-se, principalmente o turismo. Até porque penso que também haverá receio das pessoas viajarem, sobretudo as mais velhas, que são das que mais gastam normalmente. Só isto representa uma enormidade de postos de trabalho, de micro e pequenas empresas, com um efeito de arrastamento enorme na economia...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 14, 2020, 12:47:32 pm
O problema das Escolas resolvia-se de uma forma muito simples, ATL para todas as idades e durante o verão todo! Agora que as Escolas públicas estão totalmente vazias, resolviam 2 problemas, o problema dos pais que não têem onde deixar os filhos (a TSF tem uma reportagem muito interessante de um médico português em Macau, que explica o que já se faz na Ásia e devíamos passar a fazer, como o uso de máscara em público e diz ele que é um disparate dividir as famílias por gerações, avós para um lado, filhos para outros e netos nem se sabe bem), e como é um ATL não é obrigatório, mas ocupava as crianças durante todos os meses. Porque mesmo que o governo abra as Escolas em Maio (11º e 12º) vai fechá-las em meados de Junho....... para férias!!!!!!!

Eu vou explicar como é que nós resolvemos o problema (Ensino Profissional do 10º ao 12º ano):
Na mesma semana que as Escolas foram encerradas, adquirimos o ZOOM Educação (2 066€), que permite criar até 20 salas virtuais. Tivemos uma primeira reunião com todos os formadores (quase todos a recibo verde, a nossa Escola de 180 alunos funciona com 13 pessoas a tempo inteiro, incluindo a Administração, serviços administrativos, auxiliares e até 1 professor a tempo inteiro) através do ZOOM, e uma pequena formação para os alunos do 10º e 11º (o 12º já terminaram as aulas e as Provas Finais, só falta mesmo é o estágio de 400h nas empresas).

Os nossos alunos do 10º e 11º estão a ter aulas no ZOOM (há Escolas Profissionais que utilizam o Teams da Microsoft), já tiveram 2 semanas com 4h síncronas (horas presenciais no zoom) por dia e 1h assíncrona (hora de trabalho, pesquisa ou teste on-line pelo google forms) por dia e a partir de hoje passam a ter 7h síncronas por dia e 1h assíncrona. Temos também a enorme vantagem de termos à anos um livro de ponto on-line que permite os alunos verem o seu horário, todas as notas, a matéria por cada módulo feito e por fazer e permite o professor receber trabalhos dos módulos pela plataforma do livro de Ponto.

Como nós no 10º ano oferecemos a todos os alunos 1 tablet, eles não podem alegar que não tem equipamento, mas mesmo assim, emprestamos portáteis a quem precisasse para assistir às aulas…… apesar do zoom permitir fazer videoconferências até pelo telemóvel!!!!

Não é a mesma coisa que as aulas presenciais, mas estão a ter aulas e em meados ou final de Junho, terminam as 1 100 horas que nos tínhamos comprometido (não podemos comprometer o arranque do próximo ano lectivo).

Além disso, como somos só 13, a Escola só tem 2 pessoas em simultâneo, 1 funcionário vem às instalações só 4 horas por semana. Somos só 3 da Administração, vem 1 dia cada. Temos luvas, máscaras, gel para todos! A esta hora não temos aqui nenhum aluno, mas estão a ter as aulinhas a partir de casa e cada turma com os seus professores como se estivessem aqui. Migramos todas as plataformas, desde contabilidade, salários, digitalização de documentos. Consigo trabalhar em casa como se estivesse aqui, acedendo a uma VPN.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Get_It em Abril 14, 2020, 05:42:28 pm
Temos também a enorme vantagem de termos à anos um livro de ponto on-line que permite os alunos verem o seu horário, todas as notas, a matéria por cada módulo feito e por fazer e permite o professor receber trabalhos dos módulos pela plataforma do livro de Ponto.

(...)

Migramos todas as plataformas, desde contabilidade, salários, digitalização de documentos. Consigo trabalhar em casa como se estivesse aqui, acedendo a uma VPN.
Um aparte: O problema que estou a assistir é que muitas empresas ainda estão na idade da pedra em termos de ERPs e sistemas que permitam o acesso remoto, seja por VPN ou sistemas SaS. Por isso é que tele-trabalho está a ser complicado para muitas empresas e um pesadelo para alguns patrões, especialmente aqueles controladores.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 14, 2020, 06:20:55 pm
Temos também a enorme vantagem de termos à anos um livro de ponto on-line que permite os alunos verem o seu horário, todas as notas, a matéria por cada módulo feito e por fazer e permite o professor receber trabalhos dos módulos pela plataforma do livro de Ponto.

(...)

Migramos todas as plataformas, desde contabilidade, salários, digitalização de documentos. Consigo trabalhar em casa como se estivesse aqui, acedendo a uma VPN.
Um aparte: O problema que estou a assistir é que muitas empresas ainda estão na idade da pedra em termos de ERPs e sistemas que permitam o acesso remoto, seja por VPN ou sistemas SaS. Por isso é que tele-trabalho está a ser complicado para muitas empresas e um pesadelo para alguns patrões, especialmente aqueles controladores.

Cumprimentos,

Também, mas não só. As indústrias não têem forma de trabalhar remotamente, só os quadros superiores e dirigentes. As pequenas empresas/comerciantes..... não imagina quantas vezes temos de explicar aos comerciantes que tirar o SAFT mensal é só necessário escolher a data inicial e final, carregar no botão que se chama...... SAFT e escolher o local para onde vai o ficheiro SAFT (de um POS).....

Nós estavamos a meio caminho, por acaso tinha de investir num servidor novo (o nosso HP DL480G7 já leva 10 anos em cima!!!!!), tinhamos de substituir 2 NAS QNAP de 8 discos cada (discos red 2Tb), switchs cisco com gestão L3, mais licenças da Micro$oft, firewall física com contrato....... está a imaginar a conta, não está?
Passamos a ter espaço físico num servidor da empresa que nos presta assistência, incluindo cópias de segurança, assistência 24 sobre 24 horas e...... não temos de investir nem mais 1 cêntimo :)

Mas o teletrabalho não é a solução para tudo. Está por exemplo a imaginar operários de uma fábrica, um professor de educação física, um cozinheiro!!!!!!!

Mas resolve muita coisa.
Só tenho queixa dos operadores, por causa da quebra muito significativa da qualidade das linhas...... de fibra!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 14, 2020, 07:42:08 pm
Vai ter de abrir progressivamente. Mas para os pais poderem ir trabalhar, os putos têm de ir para a escola.

Qual é a estimativa de queda do PIB para o final do ano? 30%?
Ainda o pessoal sonha com F-35 e Blackhawks...

A estimativa é que a queda não chegue a 10%... O que já de si é um número catastrófico, inimaginável há pouquíssimo tempo atrás.
E sempre com base em cenários, depende de como as coisas acontecerem.

O pior é que penso que há sectores que não se levantam tão cedo, mesmo que as restrições sejam eliminadas. Com a crise por todo o mundo as exportações devem ressentir-se, principalmente o turismo. Até porque penso que também haverá receio das pessoas viajarem, sobretudo as mais velhas, que são das que mais gastam normalmente. Só isto representa uma enormidade de postos de trabalho, de micro e pequenas empresas, com um efeito de arrastamento enorme na economia...

Caro Clausewitz estou completamente de acordo quando diz que o principal problema será o sector do Turismo, esse sector não se levanta tão cedo.
Sabemos que é um sector muito importante para a nossa economia, temos também o sector da aviação por exemplo a TAP, em que o governo já equaciona a sua nacionalização.

Ora se as pessoas não viajam, as companhias aéreas, hotéis, restaurantes, taxistas e as rentalcars por exemplo, simplesmente ficam sem trabalho.
Segundo o FMI a taxa de desemprego vai duplicar este ano em Portugal, quer dizer que teremos perto de 1 milhão de portugueses sem emprego, uma catástrofe.
Creio que este ano vai ser assim um pouco por toda a Europa e arredores, infelizmente, equanto a economia mundial contrai 3% e o PIB da zona Euro vai cair cerca de 8%.

A única coisa positiva no meio desta enorme crise pelo menos é a minha opinião, é que os bancos estão mais capitalizados e têm mais liquidez do que no passado, mesmo eu sabendo que também o sector bancário vai ser posto a prova.
A estabilidade financeira que tinhamos até aqui está ameaçada pelo Covid-19, e vai expor riscos dos juros baixos, como por exemplo no crédito habitação.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 14, 2020, 07:49:17 pm
Previsões país a país e na Zona Euro Portugal
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma recessão de 8,0% da economia portuguesa e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020, devido à pandemia de covid-19, de acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais hoje divulgadas.

A única referência a Portugal nas Perspetivas Económicas Mundiais (‘World Economic Outlook’) hoje divulgadas, intituladas “O Grande Confinamento”, encontra-se na tabela em que o FMI prevê uma queda de 8,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal em 2020 e uma taxa de desemprego de 13,9%, juntamente com uma deflação de 0,2% e um saldo da conta corrente positivo em 0,3% do PIB.

Para 2021 o cenário inverte-se, com a instituição liderada pela búlgara Kristalina Georgieva a apontar para uma recuperação de 5,0% do PIB, uma taxa de desemprego de 8,7%, uma inflação de 1,4% e um saldo da conta corrente a voltar para o negativo, nos 0,4% do PIB.

Em 2019, o crescimento do PIB foi de 2,2% e a taxa de desemprego foi de 6,5%.

Estas são as primeiras previsões para Portugal de uma instituição internacional no âmbito da pandemia de covid-19, e seguem-se às do Banco de Portugal (BdP), que, em 26 de março, estimou uma queda do PIB nacional de 3,7% num cenário base e de 5,7% num adverso.

No que concerne ao desemprego, os economistas do banco central projetaram uma taxa de desemprego de 10,1% em 2020, no cenário base, e de 11,7% no adverso.

Para 2021, o BdP apontava para um crescimento de 0,7% do PIB no cenário base e 1,4% no adverso, e quanto ao desemprego o banco central estima uma taxa de 9,5% no cenário base e 10,7% no adverso.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou na segunda-feira que as estimativas do Governo apontam para uma queda de 6,5% do PIB anual por cada 30 dias úteis em que a economia esteja paralisada devido à covid-19.

Questionado sobre se a queda do PIB poderá este ano atingir os dois dígitos, devido ao travão à atividade económica imposto pelo surto de covid-19, o ministro das Finanças admite que no conjunto do ano poderá não se atingir valores dessa magnitude, mas avisou que a queda homóloga no segundo trimestre será "com certeza de quatro a cinco vezes o máximo que alguma vez o PIB caiu num trimestre”.

Esse máximo, precisou, foi uma queda de 4,3% registada em 2012.

A China, segundo o FMI deverá escapar à recessão em 2020, crescendo 1,2%.  :snipersmile:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 14, 2020, 07:53:00 pm
Vai ter de abrir progressivamente. Mas para os pais poderem ir trabalhar, os putos têm de ir para a escola.

Qual é a estimativa de queda do PIB para o final do ano? 30%?
Ainda o pessoal sonha com F-35 e Blackhawks...

A estimativa é que a queda não chegue a 10%... O que já de si é um número catastrófico, inimaginável há pouquíssimo tempo atrás.
E sempre com base em cenários, depende de como as coisas acontecerem.

O pior é que penso que há sectores que não se levantam tão cedo, mesmo que as restrições sejam eliminadas. Com a crise por todo o mundo as exportações devem ressentir-se, principalmente o turismo. Até porque penso que também haverá receio das pessoas viajarem, sobretudo as mais velhas, que são das que mais gastam normalmente. Só isto representa uma enormidade de postos de trabalho, de micro e pequenas empresas, com um efeito de arrastamento enorme na economia...

Caro Clausewitz estou completamente de acordo quando diz que o principal problema será o sector do Turismo, esse sector não se levanta tão cedo.
Sabemos que é um sector muito importante para a nossa economia, temos também o sector da aviação por exemplo a TAP, em que o governo já equaciona a sua nacionalização.

Ora se as pessoas não viajam, as companhias aéreas, hotéis, restaurantes, taxistas e as rentalcars por exemplo, simplesmente ficam sem trabalho.
Segundo o FMI a taxa de desemprego vai duplicar este ano em Portugal, quer dizer que teremos perto de 1 milhão de portugueses sem emprego, uma catástrofe.
Creio que este ano vai ser assim um pouco por toda a Europa e arredores, infelizmente, equanto a economia mundial contrai 3% e o PIB da zona Euro vai cair cerca de 8%.

A única coisa positiva no meio desta enorme crise pelo menos é a minha opinião, é que os bancos estão mais capitalizados e têm mais liquidez do que no passado, mesmo eu sabendo que também o sector bancário vai ser posto a prova.
A estabilidade financeira que tinhamos até aqui está ameaçada pelo Covid-19, e vai expor riscos dos juros baixos, como por exemplo no crédito habitação.


Então foi bom o (absurdo) investimento para salvar certos bancos?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 14, 2020, 10:55:04 pm
Por acaso não é o turismo que eu lamento as quebras ou até as falências. O turismo é muito fácil de levantar, os hotéis não desaparecem e também não pagam salários por aí além!!!!

O que eu tenho pena e que merece ser salvo acima de tudo, é a nossa indústria. Temos muitos sectores com indústria de ponta em áreas que pouca gente sonha:
- Indústria automóvel (Autoeuropa, PSA de Mangualde, Renault de Cacia, Yasaki Caetano, ATOMIC em Gaia (pesados de passageiros), Salvador Caetano (pesados de passageiros), Mitsubishi, entre muitas outras fábricas que produzem carros completos ou só peças para automóveis;

- Indústria cerãmica nacional: Recer, Revigrés, Love Tiles, Margres, Sanindusa, Sanitana......

- Indústria dos moldes, Portugal é fortíssimo e um dos líderes mundiais;

- Indústria geral: Vulcano (do grupo BOSH e líder nos esquentadores), Semapa, Soporcel, Efacec......

- Indústria do móvel (Paços de Ferreira)

O norte do país tem milhares de pequenas indústrias com dezenas ou centenas de trabalhadores, que nunca ninguém ouviu falar e que são o motor das nossas exportações. E foi por causa da internacionalização da nossa indústria que o vírus entrou no país. Mas quem for a Aveiro, Braga, Matosinhos, Fafe, ....... existem indústrias a perder de vista, cada uma a facturar vários milhões de euros e que agora...... não vendem nem um cêntimo!!!!!!

O caso da banca é um caso de polícia, não foi incompetência de gestão, foi mesmo gestão danosa, com desvio de dinheiro, negócios fraudulentos, até na CGD. Muitos dos bancos deviam de deixar falir e escolher só alguns para serem salvos, sendo até o estado accionista, como fez o Reino Unido ou os EUA.

Não foram os empréstimos à habitação que afundaram a banca, mesmo quando as pessoas não puderam pagar, até porque os imóveis ficaram na posse dos bancos, não desapareceram, o problema foram os investimentos dados sem garantias que nunca chegaram ao fim e nos quais os promotores ficaram bem na vida sem ninguém os incomodar!!!! Um deles até é Presidente de um grande clube em Lisboa.....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 17, 2020, 10:07:58 am
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Moody’s outlook for Portuguese banks changed to negative

16 April 2020
The financial rating agency put the outlook for Portuguese banking system in negative, along with Norway, Finland and Hungary and Slovakia, due to the effects of the Pandemic.

Moody’s revised the European banking systems and decided to put the outlook of five of them in negative due to the effects of the Pandemic crisis. Portugal is one of the targets of those rating cuts, along with Norway, Finland, Hungary and Slovakia, reveals the rating agency in a statement released on Thursday.

“We changed our outlook for the Portuguese banking system to negative from stable” starts by saying the note dedicated to Portugal, with the financial rating agency considering that the Pandemic “erodes the quality of assets and profitability” of the national banks.

“We now expect Portuguese banks’ asset quality and profitability to deteriorate over the next 12-18 months as the economy contracts in response to government restrictions aimed at controlling the spread of the coronavirus,” Moody’s considers, warning that “Government’s support measures will only partially mitigate the adverse economic impact.”

In this regard, the U.S. agency expects that the risk of assets will rise. “Portuguese banks’ problem loans will increase as economic disruption reduces the repayment capacity of households and businesses,” warns Moody’s, considering that “the scale of the increase will depend on the duration of the crisis” and that “Government support measures will provide some counterbalancing uplift, but will not be sufficient to offset the adverse impact on asset quality.”

Despite the temporary easing of capital requirements, Moody’s considers that the banks’ internal capital generation “will decline as their profitability weakens”, and also foresees that they may report losses that will erode their capital in the event of a prolonged economic disruption.

“Portuguese banks’ profitability will decline due to lower lending volumes and continued pressure on earnings because of low interest rates,” the rating agency further anticipates, while predicting that weaker activity and falling financial markets will decrease their commission income and that growing problem loans will increase their provisions for losses. “The increase in loan-loss provisions will be greater the longer the coronavirus-induced crisis persists,” Moody’s once again insists, pointing out that “Portuguese banks have limited margin to offset cost reductions.

Tenho várias questões para quem saiba mais deste tópico.

1 - Porque é que Portugal aparece num grupo de países que nada tem a ver consigo ( Noruega, Finlândia, Hungria e Eslováquia)?

2 - Tudo o que dizem é verdade, MAS, há algum país neste momento na Europa que não esteja a passar pelo mesmo?!

3 - Então a Grécia, ou a Itália, ou Espanha, ou...

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 18, 2020, 02:16:53 am
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Moody’s outlook for Portuguese banks changed to negative

16 April 2020
The financial rating agency put the outlook for Portuguese banking system in negative, along with Norway, Finland and Hungary and Slovakia, due to the effects of the Pandemic.

Moody’s revised the European banking systems and decided to put the outlook of five of them in negative due to the effects of the Pandemic crisis. Portugal is one of the targets of those rating cuts, along with Norway, Finland, Hungary and Slovakia, reveals the rating agency in a statement released on Thursday.

“We changed our outlook for the Portuguese banking system to negative from stable” starts by saying the note dedicated to Portugal, with the financial rating agency considering that the Pandemic “erodes the quality of assets and profitability” of the national banks.

“We now expect Portuguese banks’ asset quality and profitability to deteriorate over the next 12-18 months as the economy contracts in response to government restrictions aimed at controlling the spread of the coronavirus,” Moody’s considers, warning that “Government’s support measures will only partially mitigate the adverse economic impact.”

In this regard, the U.S. agency expects that the risk of assets will rise. “Portuguese banks’ problem loans will increase as economic disruption reduces the repayment capacity of households and businesses,” warns Moody’s, considering that “the scale of the increase will depend on the duration of the crisis” and that “Government support measures will provide some counterbalancing uplift, but will not be sufficient to offset the adverse impact on asset quality.”

Despite the temporary easing of capital requirements, Moody’s considers that the banks’ internal capital generation “will decline as their profitability weakens”, and also foresees that they may report losses that will erode their capital in the event of a prolonged economic disruption.

“Portuguese banks’ profitability will decline due to lower lending volumes and continued pressure on earnings because of low interest rates,” the rating agency further anticipates, while predicting that weaker activity and falling financial markets will decrease their commission income and that growing problem loans will increase their provisions for losses. “The increase in loan-loss provisions will be greater the longer the coronavirus-induced crisis persists,” Moody’s once again insists, pointing out that “Portuguese banks have limited margin to offset cost reductions.

Tenho várias questões para quem saiba mais deste tópico.

1 - Porque é que Portugal aparece num grupo de países que nada tem a ver consigo ( Noruega, Finlândia, Hungria e Eslováquia)?

2 - Tudo o que dizem é verdade, MAS, há algum país neste momento na Europa que não esteja a passar pelo mesmo?!

3 - Então a Grécia, ou a Itália, ou Espanha, ou...

A Moody's coloca no mesmo patamar de perspectiva negativa, os bancos de Portugal, Noruega, Finlãndia..... não tem nada a ver com a economia, já que não são comparáveis.
Referem apenas o óbvio, de que os bancos não têem grandes possibilidades de ganharem dinheiro em economias moribundas! O facto de estarem no mesmo grupo, tem a ver com o facto de estarem com níveis semelhantes de ratings. No caso português, devido à intervenção da troika, os bancos foram obrigados a desalavancar imenso, ou seja, desinvestirem em muitas áreas arriscadas (de não cumprirem com os pagamentos, nomeadamente os grandes investimentos) e passarem apenas a investir em áreas seguras (como os empréstimos-habitação), mas essa alteração fez com que passassem a ganhar muito menos dinheiro!

Em relação à Grécia, os ratings são mais positivos, porque também o ponto de partida está mais lá em baixo!!!! Mas a perspectiva baixou de positiva para estável! (https://www.ekathimerini.com/251729/article/ekathimerini/business/moodys-changes-greek-and-cypriot-banks-outlook-from-positive-to-stable)

Infelizmente os jornalistas até podem ser muito bons a português, mas costumam ser uma nódoa a darem notícias. Cada casa de notação tem a sua própria escala que utiliza para avaliar empresas ou estados, a pedido destes. Qualquer grande empresa ou estado, tem de ter um rating para poder pedir emprestado e para os investidores saberem se o cliente tem um grande ou pequeno risco.

Vendo a escala da Moody's, temos estes níveis:
Aaa
Aa1
Aa2
Aa3
A1
A2
A3
Baa1
Baa2
Baa3

Abaixo temos o não investimento ou lixo:
Ba1
Ba2.....

Depois, para além do rating, temos a perspectiva futura que a empresa de rating dá, como que um aviso ou alerta para a próxima análise dessa empresa. Por exemplo, se a perspectiva for positiva, que dizer que da próxima vez, é muito provável que o rating da empresa avaliada suba, se for negativa, como aconteceu com os bancos nacionais, quer dizer que o notação vai provavelmente descer!

Conjungando a notação com a perspectiva, temos por exemplo:

Empresa A tem rating Aaa com perspectiva negativa

Empresa B tem rating Baa1 com perspectiva positiva

As perspectivas só significam que a empresa A na próxima avaliação vai descer e a empresa B provavelmente vai subir. Mas o rating da empresa A é muito superior ao rating da B, logo é preciso cruzar as duas informações, o rating com a perspectiva, que é o que sucede quando compara com a banca Grega.... coitada, está tão lá em baixo que a perspectiva até pode ser melhor que os bancos tugas, mas mesmo assim continuam, por norma, atrás!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Abril 18, 2020, 08:32:11 am
Ratings?!!! Feitos por aqueles gajos que diziam que o monte de lixo que estourou em 2008 era "top nocht"?!! Mais facilmente compro a um daquele vendedores da Nazaré um garrafão com "agua da onda gigante do McNamara"

Tal como aquele conceituado mapa com os países cheio de corzinhas que dizia que o EUA  era a nação mais bem preparada para lidar com uma pandemia.

Neste momento considero toda e qualquer informação vinda dessas "agencias" puro lixo até prova em contrário. O mundo está numa guerra económica de todos contra todos a um nível que, com as lideranças em certos países e com a ignorância de muitos entre a "massa de manobra", está prestes a descambar em algo bem mais grave e essas "agencias" servem a quem?!!! 
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 18, 2020, 10:34:22 am
Ratings?!!! Feitos por aqueles gajos que diziam que o monte de lixo que estourou em 2008 era "top nocht"?!! Mais facilmente compro a um daquele vendedores da Nazaré um garrafão com "agua da onda gigante do McNamara"

Tal como aquele conceituado mapa com os países cheio de corzinhas que dizia que o EUA  era a nação mais bem preparada para lidar com uma pandemia.

Neste momento considero toda e qualquer informação vinda dessas "agencias" puro lixo até prova em contrário. O mundo está numa guerra económica de todos contra todos a um nível que, com as lideranças em certos países e com a ignorância de muitos entre a "massa de manobra", está prestes a descambar em algo bem mais grave e essas "agencias" servem a quem?!!!

É verdade que as agências de rating são parciais, mas eu culpo muito mais as empresas que enganaram meio mundo, inclusive as empresas de ratings, Bancos Centrais, governos, público, etc. Só o BPN tinha o Banco Insular (em Cabo Verde) para fabricar contas falsas que camuflassem os desvios de dinheiro. Não acredito que as agências de rating soubessem das maroscas para os desfalques. Os Bancos Centrais também não viram nada!!!! Ninguém sabia de nada!!!!!

Para mim, paradigmático era o rating do Lehman Brothers até no dia em que faliu!!!! Tinha rating A!!!!

O que faz sentido é existir uma agência de rating europeia para contrabalançar o "mundo" anglosaxónico.

Mas não esqueça que o que fazem as agências de rating, é semelhante ao que faz um Revisor de Contas...... se lhes derem dados viciados...... e não descobrirem, não os culpo pelos desfalques, não são os principais responsáveis!!!!!! Quando muito, podemos exigir mais "inteligência" a quem fiscaliza nos Bancos Centrais e nas agências de rating!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Abril 18, 2020, 12:47:48 pm
Ratings?!!! Feitos por aqueles gajos que diziam que o monte de lixo que estourou em 2008 era "top nocht"?!! Mais facilmente compro a um daquele vendedores da Nazaré um garrafão com "agua da onda gigante do McNamara"

Tal como aquele conceituado mapa com os países cheio de corzinhas que dizia que o EUA  era a nação mais bem preparada para lidar com uma pandemia.

Neste momento considero toda e qualquer informação vinda dessas "agencias" puro lixo até prova em contrário. O mundo está numa guerra económica de todos contra todos a um nível que, com as lideranças em certos países e com a ignorância de muitos entre a "massa de manobra", está prestes a descambar em algo bem mais grave e essas "agencias" servem a quem?!!!

É verdade que as agências de rating são parciais, mas eu culpo muito mais as empresas que enganaram meio mundo, inclusive as empresas de ratings, Bancos Centrais, governos, público, etc. Só o BPN tinha o Banco Insular (em Cabo Verde) para fabricar contas falsas que camuflassem os desvios de dinheiro. Não acredito que as agências de rating soubessem das maroscas para os desfalques. Os Bancos Centrais também não viram nada!!!! Ninguém sabia de nada!!!!!

Para mim, paradigmático era o rating do Lehman Brothers até no dia em que faliu!!!! Tinha rating A!!!!

O que faz sentido é existir uma agência de rating europeia para contrabalançar o "mundo" anglosaxónico.

Mas não esqueça que o que fazem as agências de rating, é semelhante ao que faz um Revisor de Contas...... se lhes derem dados viciados...... e não descobrirem, não os culpo pelos desfalques, não são os principais responsáveis!!!!!! Quando muito, podemos exigir mais "inteligência" a quem fiscaliza nos Bancos Centrais e nas agências de rating!!!!

As agencias sabiam, essa é a questão!! Não se trata de terem números errados, simplesmente sabiam e, por diversas razões que deveriam ser levadas à justiça mas não há nenhum interesse nisso, continuaram a alimentar a palhaçada. E como muito bem disse uma senhora ligada a essas agencia aquando das inquirições nos EUA, davam a nota máxima porque se não dessem o "cliente" iria à agencia de rating do outro lado da rua. Simplesmente um negócio em que malta dos bancos vinha das agencias e vice versa e o que interessava era lucros independentemente do resto. Eram pagos para dar e manter nota máxima em produtos financeiros feitos literalmente de ar embrulhado em estrume.

Neste momento essas mesmas agencias estão a ser usadas como armas na guerra económica total que se iniciou e não é ao serviço da Europa que estão.
Em termos de vitalidade económica como é que se explica a relação entre o valor do WTI e do Brent? + de 50% de diferença!!!. Creio que sabe o que isso significa em termos de vitalidade económica no EUA.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 18, 2020, 04:28:01 pm
Ratings?!!! Feitos por aqueles gajos que diziam que o monte de lixo que estourou em 2008 era "top nocht"?!! Mais facilmente compro a um daquele vendedores da Nazaré um garrafão com "agua da onda gigante do McNamara"

Tal como aquele conceituado mapa com os países cheio de corzinhas que dizia que o EUA  era a nação mais bem preparada para lidar com uma pandemia.

Neste momento considero toda e qualquer informação vinda dessas "agencias" puro lixo até prova em contrário. O mundo está numa guerra económica de todos contra todos a um nível que, com as lideranças em certos países e com a ignorância de muitos entre a "massa de manobra", está prestes a descambar em algo bem mais grave e essas "agencias" servem a quem?!!!

É verdade que as agências de rating são parciais, mas eu culpo muito mais as empresas que enganaram meio mundo, inclusive as empresas de ratings, Bancos Centrais, governos, público, etc. Só o BPN tinha o Banco Insular (em Cabo Verde) para fabricar contas falsas que camuflassem os desvios de dinheiro. Não acredito que as agências de rating soubessem das maroscas para os desfalques. Os Bancos Centrais também não viram nada!!!! Ninguém sabia de nada!!!!!

Para mim, paradigmático era o rating do Lehman Brothers até no dia em que faliu!!!! Tinha rating A!!!!

O que faz sentido é existir uma agência de rating europeia para contrabalançar o "mundo" anglosaxónico.

Mas não esqueça que o que fazem as agências de rating, é semelhante ao que faz um Revisor de Contas...... se lhes derem dados viciados...... e não descobrirem, não os culpo pelos desfalques, não são os principais responsáveis!!!!!! Quando muito, podemos exigir mais "inteligência" a quem fiscaliza nos Bancos Centrais e nas agências de rating!!!!

As agencias sabiam, essa é a questão!! Não se trata de terem números errados, simplesmente sabiam e, por diversas razões que deveriam ser levadas à justiça mas não há nenhum interesse nisso, continuaram a alimentar a palhaçada. E como muito bem disse uma senhora ligada a essas agencia aquando das inquirições nos EUA, davam a nota máxima porque se não dessem o "cliente" iria à agencia de rating do outro lado da rua. Simplesmente um negócio em que malta dos bancos vinha das agencias e vice versa e o que interessava era lucros independentemente do resto. Eram pagos para dar e manter nota máxima em produtos financeiros feitos literalmente de ar embrulhado em estrume.

Neste momento essas mesmas agencias estão a ser usadas como armas na guerra económica total que se iniciou e não é ao serviço da Europa que estão.
Em termos de vitalidade económica como é que se explica a relação entre o valor do WTI e do Brent? + de 50% de diferença!!!. Creio que sabe o que isso significa em termos de vitalidade económica no EUA.

Claro que sim. Não é por acaso que os EUA sempre atacaram a UE e mais recentemente a China. Só quem anda muito desligado da realidade é que não percebe que é do interesse dos EUA que a UE colapse, assim como em certa medida a Rússia.

Os EUA controlam o seu elevadíssimo nível de vida à custa do resto do mundo, como? Precisam de dólares para comprar qualquer matéria-prima. Quando nasceu o Euro, nasceu um enorme problema para os americanos, se os países do mundo começassem a utilizar o euro e a abandonar o dólar. As guerras no Golfo Pérsico tiveram em parte essa função. Quando o Saddam Hussein abandonou o dólar e começou a utilizar o euro..... foi o fim dele!!!!!

Em relação à UE, já referi diversas vezes, quem é a única instituição que pode combater por exemplo a Google, Apple, Facebook, Microsoft....... não é nenhum país a título individual que consegue fazer o que quer que seja e colocar-lhes barreiras e coimas pesadas (basta ver a troca de multas entre os EUA e a UE, mais concretamente a Alemanha).

Os EUA estão a lutar para não deixarem de ser a única superpotência à face da terra. Mas acho que fez um enorme disparate ao quase abandonar os aliados Europeus (NATO).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Abril 19, 2020, 10:45:15 am
Caro Viajante, pelo que entendo da politica russa e dos planos traçados por eles, e é claro que é um entendimento muito limitado para mais porque, como é obvio não privo com altas esferas no Kremlin e dos poucos artigos que consigo ler a respeito muitos deles são em russo. Comecei a aprender mas as minhas capacidades são muito básicas ainda.
Quer parecer-me que embora não haja um interesse russo numa UE forte e esse interesse surgiu depois de nos idos 2000 termos repelidos as tentativas de aproximação russa por pressão anglo-saxónica, muito menos há em que a UE desapareça. 
Para os russos, a UE é o contrabalanço ao crescente poderio chinês, o desaparecimento da mesma enquanto bloco, deixará a Rússia completamente dependente economicamente da China, sem um parceiro de peso a ocidente e apenas com a capacidade MAD para impedir que os chineses comecem a olhar de outra forma para os vastos recursos da desabitada Sibéria. Por algum motivo o grosso das unidades de 1ª linha russas foram para o extremo oriente e os exercícios militares levados a cabo lá são massivos.
Isso deixa a China com um único caminho que é o de se projectar para o mar e aí entra em conflito com os EUA e/ou a India. Os russos têm conseguido manter um equilíbrio ao fornecer capacidade à India e por sua vez os chineses equilibram outra equação ao fornecerem ao Paquistão. A relação entre russos e chineses é uma relação de "tem que ser" e baseada num pragmatismo puro. Afinidades não existem ali. A Rússia quer ser europeia e isto é uma doutrina que vem desde Pedro o Grande e na qual Putin tirou as linhas que guiam o seu pensamento geoestratégico e politico.

Uma UE forte, com relações pragmáticas com a Rússia é a saída para este ciclo que terminou em 2008. Estamos agora num período de turbulência e reajustamento geopolítico mundial que, creio eu, estará terminado em 2025. Neste momento o lugar onde vamos ficar nesse novo ordenamento depende ainda exclusivamente de nós, mas a janela para que sejamos nós a decidir está a ficar mais fechada a cada semana que passa e ou agimos, ou reagimos sendo que na ultima opcção, vamos atrás dos acontecimentos em vez de criarmos os acontecimentos.

Quanto à questão do preço WTI vs Brent, o que eu queria dizer é que esta diferença significa simplesmente que a economia dos EUA colapsou. Antes de começarem a fechar os Estados por causa disto, os sinais já lá estavam, o défice orçamental tinha já passado os 10% e já havia instabilidade nos índices de emprego. Isto só veio dar o empurrão final.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 20, 2020, 06:24:48 pm
Ratings?!!! Feitos por aqueles gajos que diziam que o monte de lixo que estourou em 2008 era "top nocht"?!! Mais facilmente compro a um daquele vendedores da Nazaré um garrafão com "agua da onda gigante do McNamara"

Tal como aquele conceituado mapa com os países cheio de corzinhas que dizia que o EUA  era a nação mais bem preparada para lidar com uma pandemia.

Neste momento considero toda e qualquer informação vinda dessas "agencias" puro lixo até prova em contrário. O mundo está numa guerra económica de todos contra todos a um nível que, com as lideranças em certos países e com a ignorância de muitos entre a "massa de manobra", está prestes a descambar em algo bem mais grave e essas "agencias" servem a quem?!!!
:) :) :) :)
FoxTroop, trabalhando eu numa captive finance, onde aprovo linhas de credito para todo o mundo e uso frequentemente essas agencias com as quais ás vezes tenho algum contacto directo. Deixo-lhe aqui 2 excelentes exemplos:

Em 2012 ou 2013 numa acçao de formaçao uma pessoa da Moody's ou S&P deu o exemplo da Novartis, referindo-se como a ultima empresa europeia AAA. De acordo com o senhor, a agencia fez o downgrade por causa de uma acquisiçao que a Novartis fez. Ele admitiu que a aquisiçao até fazia sentido, mas os custos da mesma deterioraram o balanço e por isso deixou de ser AAA.

Logo a seguir falou de outra (acho que era a Diageo) que estava no ultimo patamar de investment grade e também fez uma aquisiçao que deteriorou o balanço (aumentou a divida financeira) e como tal as metricas defeniam-na como non-investment grade (lixo), no entanto mantiveram a empresa como investment grade. Qual foi a razao? Eles sabiam quem era a equipa de gestao e sabiam e já tinham visto que noutra empresa conseguiram dar a volta á situaçao.

E pronto, é nestas área cinzentas em que eles justificam os ratings, no primeiro caso o impacto do downgrade seria quase nulo, mas no segundo aumentaria significativament os custos da divida, pais a diferença de Baa3 para Ba1 é brutal.

É um erro enorme a UE nao ter uma agencia de rating consolidada, o Durao Barroso na altura da crise da dividas soberanas falou disso, mas entretanto a coisa passou, e mais uma vez vamos ter os americanos a determinar a qualidade das nossas empresas.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 21, 2020, 12:20:21 am
Sem dúvida de que a actual cotação do petróleo, os americanos chegaram a pagar 40 dólares por barril, para ficarem com o petróleo por falta de espaço para armazenar!?!?!?!?!?! Vai dar um enorme golpe em todos os países exportadores de petróleo. Mas atenção que não atinge só os EUA, atinge também a Rússia, Venezuela, Médio oriente, Brasil, ….. consegue imaginar o impacto na já debilitada Angola?

https://eco.sapo.pt/2020/04/20/porque-e-que-o-petroleo-vale-25-dolares-em-londres-e-esta-negativo-em-nova-iorque/

O covid-19, aliado à crise económica e agora à crise do preço do petróleo (obviamente não há consumo), vai dar um grande abanão no mundo inteiro. E não tenho dúvidas de que a instabilidade no mundo vai aumentar, mas isso os militares conseguem percepcionar muito melhor do que eu. Eu olhando para a economia…… não vejo nada de bom que venha por aí!!!!!

Sobre as vigarices e falta de independência das agências de rating ….. anglosaxónicas, a Europa respondeu com o BCE a manipular os mercados. O que vimos foi o BCE a comprar dívida dos estados para forçar os juros a caírem, independentemente do rating, desde que existe uma qualquer que dê nota de investimento!

Se o Euro e a UE se mantiverem em pé, podem ganhar mais peso no mundo. Para a Ásia….. e para a América, eu não vejo que a paz se vá manter muito tempo!!!!!

Voltando à política geoestratégica, eu não vejo uma grande aproximação Russa à UE, principalmente depois dos episódios passados-recentes e também enquanto o Putin se mantiver no poder. Mas com tantas alterações que aí vêem…… acho que só a Europa não previu a estabilidade política que quase de certeza vai existir no mundo!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 21, 2020, 01:21:33 am
E por cá?

Citar
Polónia e Dinamarca proíbem empresas sediadas em offshores de receber apoio do Estado

“Vamos banir os paraísos fiscais. São a desgraça da economia moderna”, disse o primeiro-ministro da Polónia

https://www.publico.pt/2020/04/20/economia/noticia/polonia-dinamarca-proibem-empresas-sediadas-offshores-receber-apoio-estado-1913054?fbclid=IwAR05aYKO6QWct2-Qbwyyf1eNq1R-Lll_ViDqNlZ72QgV3E20KBwJcqDmFvQ
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 21, 2020, 02:21:39 pm
E por cá?

Citar
Polónia e Dinamarca proíbem empresas sediadas em offshores de receber apoio do Estado

“Vamos banir os paraísos fiscais. São a desgraça da economia moderna”, disse o primeiro-ministro da Polónia

https://www.publico.pt/2020/04/20/economia/noticia/polonia-dinamarca-proibem-empresas-sediadas-offshores-receber-apoio-estado-1913054?fbclid=IwAR05aYKO6QWct2-Qbwyyf1eNq1R-Lll_ViDqNlZ72QgV3E20KBwJcqDmFvQ

Desconfio que as empresas com sede fiscal na Holanda, não vão pedir subsídios ao estado: Galp, EDP, Jerónimo Martins, Portugal Telecom, Sonae, BCP, Mota-Engil, Cimpor, Semapa, Portucel, Sonaecom, etc....
As empresas alimentares não vão ter grandes dificuldades, continuamos a precisar de nos alimentar-mos!

Eu colocava os impostos das empresas ao nível da Irlanda e tenho quase a certeza que o regresso do dinheiro que saiu, vai compensar a quebra de receitas.

Desconheço as cláusulas colocadas para o apoio das empresas, pelo que ouvi, preocuparam-se apenas com a salvaguarda dos postos de trabalho. Mas uma parte significativa das empresas não vai ter condições de saír do layoff e começar a funcionar normalmente!!!!! Infelizmente.

Entretanto a Galp vai parar a refinaria de Sines durante 1 mês, depois de já ter parado a refinaria de Matosinhos. Motivo óbvio, não tem onde armazenar tanto combustível que não é consumido!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Abril 21, 2020, 03:13:03 pm
Mas a Polónia e a Dinamarca fazem isso aos offshore de uma lista... que são:

1.   American Samoa
2.   Cayman Islands
3.   Fiji
4.   Guam
5.   Oman
6.   Palau
7.   Panama
8.   Samoa
9.   Seychelles
10.   Trinidad and Tobago
11.   US Virgin Islands
12.   Vanuatu

Os Países Baixos não são bem um "paraíso fiscal" - nós é que somos um inferno fiscal, principalmente com a nossa tendência de instabilidade da legislação... para além da nossa má imagem, ter a sede da SGPS em outros países ajuda na imagem internacional.   
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 21, 2020, 11:25:45 pm
Entretanto, a RTP anda a passar episódios muito interessantes (pré-covid), de empresas portuguesas admiráveis que agora podem ter os seus dias contados!!!!!! A série chama-se "Fabrico Internacional" e aborda das maiores empresas industriais nacionais, onde damos cartas.

À minutos passou na RTP 1, passou um episódio dedicado à Simoldes. É só a líder europeia no fabrico de moldes!!!! Factura mais de 800 milhões de euros, tem mais de 6 000 trabalhadores e 32 fábricas espalhadas pelo mundo. Exporta 95% da produção, mas os restantes 5% são para a Autoeuropa, pelo que pode-se considerar que exporta toda a produção!!!!!

A Simoldes fabrica moldes de apenas alguns kg em aço, para injectar 1 grama de plástico, até moldes de 100 toneladas em aço!!!!!! Referiram na reportagem que produzem moldes para todas as marcas de carro do mundo, excepto 1 marca Italiana!!!!!

Podem ver episódios já passados: https://www.rtp.pt/programa/tv/p38586

Para além da Simoldes, já abordaram episódios dedicados à:
- Serip
- Bial
- Frulact
- Luís Onofre
- Celso de Lemos
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 24, 2020, 02:04:20 pm
AEP propõe plano para reindustrializar país com ajuda estatal de 10 mil milhões de euros

Associação Empresarial de Portugal apresenta programa PEDIP 5.0 que pretende reindustrializar o país e diminuir a dependência que Portugal tem dos mercados fora da Europa. Financiamento viria da UE.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/04/24104116/10729824_770x433_acf_cropped-1.jpg)

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) vai apresentar ao governo um programa para a reindustrialização do tecido empresarial português para o qual pede um financiamento do Estado de 10 mil milhões de euros, avança o Jornal Económico na sua edição semanal impressa. O Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (PEDIP) já existia antes, mas foi agora redesenhado para um PEDIP 5.0 que já prevê a resposta aos efeitos da pandemia de Covid-19. O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, disse ao Jornal Económico que o grande objetivo deste plano é “fazer regressar a reindustrialização ao topo da agenda política“.

Luís Miguel Ribeiro diz que esta reindustrialização vai er virada para “os bens de consumo intermédio” de forma a ajudar na recuperação pós-crise, mas também retirar o país “da dependência de países fora da Europa” no acesso a determinados produtos. O próprio primeiro-ministro António Costa revelou na quinta-feira no final do Conselho Europeu que reduzir a dependência de outros mercados é também um dos objetivos a nível europeu.

O financiamento para este programa virá essencialmente dos fundos comunitários, quer do atual quadro (Portugal 20/20, cuja a execução estava no final de 2019 em 45%), quer do próximo orçamento comunitário (Portugal 20/30). A AEP quer assim elevar o peso da indústria para 28% do Valor Acrescentado Bruto total nacional, o que significa um aumento de 10 pontos percentiais ao valor médio registado desde 2010 (18%).

https://observador.pt/2020/04/24/aep-propoe-plano-para-reindustrializar-pais-com-ajuda-estatal-de-10-mil-milhoes-de-euros/

Uma boa medida e que bem precisamos, no entanto ressalta 2 pormenores muito importantes:
- A nossa indústria só contribui com 18% do PIB nacional!!!!! Ou seja, é quase inexistente (percebe-se bem porque é que o país não cresce só com serviços e agricultura!!!!!
- Os 10 mil milhões são financiados pela UE (que no caso representa sempre entre 40 a 60% do valor)!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Abril 24, 2020, 04:23:00 pm
10 mil milhões para 10 milhões habitantes... os húngaros, polacos, "andaluzes", "napolitanos", etc também vão querer de certeza e...  :-\   
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 24, 2020, 05:40:49 pm
Gostava que esse investimento fosse em industrias e tecnologias com futuro e aquelas que vimos que em caso de emergência são as que fazem realmente falta.

Não apenas fábricas de montar carros...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 24, 2020, 09:35:12 pm
Eu gostava era de ver o plano, caso contrario esta notícia está ao mesmo nível do processo de mordernizaçao das fragatas.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 25, 2020, 01:10:18 am
Não encontro um plano detalhado, mas as linhas gerais não são nada complicadas de cumprir: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/aep-propoe-plano-de-dez-mil-milhoes-para-reindustrializar-portugal-580277

No fundo apelam ao governo para aumentar a execução física dos subsídios da UE, que estão apenas a 45% do Portugal2020. Os empresários pedem até 2023 cerca de 2,9 mil milhões de euros do Portugal 2020 com taxas de cofinanciamento próximas de 100%, ou seja, dinheiro dado a fundo perdido na totalidade ou perto dos 100% (indirectamente pedem que o estado financie com a percentagem que a UE não financiar, normalmente 40 a 50% não é financiado). E pedem ainda a atribuição de mais mil milhões por ano, no próximo quadro comunitário que tem a duração de 7 anos até 2030.

Muito sinceramente, com dinheiro dado totalmente a fundo perdido, também eu me tornava num industrial (não tinha nada a perder), e garanto que tenho excelentes ideias para uma pequena indústria com futuro!

Como os fundos comunitários, costumam ter uma parte do investimento não reembolsável, agora pedem que o valor aprovado seja totalmente "doado" aos empresários, em vez dos 50 ou 60%! Percebem porque é que os nórdicos ficam muito renitentes connosco? Não pedimos pouco!!!!!!

Sem dúvida que temos de incentivar a indústria, mas 100% a fundo perdido...... acho demasiado!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 25, 2020, 09:19:53 am
Não encontro um plano detalhado, mas as linhas gerais não são nada complicadas de cumprir: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/aep-propoe-plano-de-dez-mil-milhoes-para-reindustrializar-portugal-580277

No fundo apelam ao governo para aumentar a execução física dos subsídios da UE, que estão apenas a 45% do Portugal2020. Os empresários pedem até 2023 cerca de 2,9 mil milhões de euros do Portugal 2020 com taxas de cofinanciamento próximas de 100%, ou seja, dinheiro dado a fundo perdido na totalidade ou perto dos 100% (indirectamente pedem que o estado financie com a percentagem que a UE não financiar, normalmente 40 a 50% não é financiado). E pedem ainda a atribuição de mais mil milhões por ano, no próximo quadro comunitário que tem a duração de 7 anos até 2030.

Muito sinceramente, com dinheiro dado totalmente a fundo perdido, também eu me tornava num industrial (não tinha nada a perder), e garanto que tenho excelentes ideias para uma pequena indústria com futuro!

Como os fundos comunitários, costumam ter uma parte do investimento não reembolsável, agora pedem que o valor aprovado seja totalmente "doado" aos empresários, em vez dos 50 ou 60%! Percebem porque é que os nórdicos ficam muito renitentes connosco? Não pedimos pouco!!!!!!

Sem dúvida que temos de incentivar a indústria, mas 100% a fundo perdido...... acho demasiado!!!!!!
Havendo dinheiro disponível, ainda para mais a fundo perdido, nao qualquer dúvida de que o plano irá para a frente e haverá fábricas a aparecer como cogumelos. O problema é como estas se irao manter, pois o que quer que produzam nao poderá competir com os preços da China e terao de se distinguir pela exclusividade, e aí sim vai esbarrar num dos grandes problemas de Portugal, que é o facto de sermos um país ainda muito atrasado. Somos dos países que menos que menos patentes cria, a articulaçao das empresas com faculdades é quase nula, os nossos melhores cerebros continuam a estudar ou a dar aulas ad eternum, etc.

Enquanto este paradigma nao mudar, nunca seremos lideres munduais de coisas nenhuma. Teremos de facto algumas empresas que competirao com alguns lideres mundiais em algumas áreas de negocio como a Bial ou Simoldes entre outras, mas só e apenas porque essas areas de negócio sao pequenas ( a facturaçao anual dessas empresas dentro do contexto mundial revela isso).

Depois também temos o problema do estado paternalista que pensa que dando subsidios aumenta a competitividade das empresas, o que nao deixa de ser verdade, no entanto, em muitos casos seria muito mais eficaz se o estado comprasse produtos a essas empresas, dando os chamados subsidios encobertos. Um exemplo, houve uma empresa em Guimaraes que construiu um planador com motor electrico (acho que se chama eurosportaircraft), porque é que o estado nao comprou 2 para a Academia da Força Aerea?

Enfim, há todo um paradigma que tem de mudar em Portugal, e enquanto a mentalidade nao mudar, o que quer que se faça será sempre começar a casa pelo telhado.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 25, 2020, 11:45:00 am
Não encontro um plano detalhado, mas as linhas gerais não são nada complicadas de cumprir: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/aep-propoe-plano-de-dez-mil-milhoes-para-reindustrializar-portugal-580277

No fundo apelam ao governo para aumentar a execução física dos subsídios da UE, que estão apenas a 45% do Portugal2020. Os empresários pedem até 2023 cerca de 2,9 mil milhões de euros do Portugal 2020 com taxas de cofinanciamento próximas de 100%, ou seja, dinheiro dado a fundo perdido na totalidade ou perto dos 100% (indirectamente pedem que o estado financie com a percentagem que a UE não financiar, normalmente 40 a 50% não é financiado). E pedem ainda a atribuição de mais mil milhões por ano, no próximo quadro comunitário que tem a duração de 7 anos até 2030.

Muito sinceramente, com dinheiro dado totalmente a fundo perdido, também eu me tornava num industrial (não tinha nada a perder), e garanto que tenho excelentes ideias para uma pequena indústria com futuro!

Como os fundos comunitários, costumam ter uma parte do investimento não reembolsável, agora pedem que o valor aprovado seja totalmente "doado" aos empresários, em vez dos 50 ou 60%! Percebem porque é que os nórdicos ficam muito renitentes connosco? Não pedimos pouco!!!!!!

Sem dúvida que temos de incentivar a indústria, mas 100% a fundo perdido...... acho demasiado!!!!!!
Havendo dinheiro disponível, ainda para mais a fundo perdido, nao qualquer dúvida de que o plano irá para a frente e haverá fábricas a aparecer como cogumelos. O problema é como estas se irao manter, pois o que quer que produzam nao poderá competir com os preços da China e terao de se distinguir pela exclusividade, e aí sim vai esbarrar num dos grandes problemas de Portugal, que é o facto de sermos um país ainda muito atrasado. Somos dos países que menos que menos patentes cria, a articulaçao das empresas com faculdades é quase nula, os nossos melhores cerebros continuam a estudar ou a dar aulas ad eternum, etc.

Enquanto este paradigma nao mudar, nunca seremos lideres munduais de coisas nenhuma. Teremos de facto algumas empresas que competirao com alguns lideres mundiais em algumas áreas de negocio como a Bial ou Simoldes entre outras, mas só e apenas porque essas areas de negócio sao pequenas ( a facturaçao anual dessas empresas dentro do contexto mundial revela isso).

Depois também temos o problema do estado paternalista que pensa que dando subsidios aumenta a competitividade das empresas, o que nao deixa de ser verdade, no entanto, em muitos casos seria muito mais eficaz se o estado comprasse produtos a essas empresas, dando os chamados subsidios encobertos. Um exemplo, houve uma empresa em Guimaraes que construiu um planador com motor electrico (acho que se chama eurosportaircraft), porque é que o estado nao comprou 2 para a Academia da Força Aerea?

Enfim, há todo um paradigma que tem de mudar em Portugal, e enquanto a mentalidade nao mudar, o que quer que se faça será sempre começar a casa pelo telhado.

Também, mas olhe que agora há muito mais ligação das empresas ao mundo académico, mas é verdade o que diz, temos muitos "teóricos" brilhantes mas com pouca prática.

Mas olhe que todas as Universidades e Politécnicos, têem grupos de investigação de áreas similares (já fiz parte de um), que investiga a pedido das empresas ou de qualquer pessoa que requisite os serviços e pague. Dou-lhe o exemplo da UTAD, que nos vários grupos de investigação, tem um com investigadores da área agrícola, que ajudam os agricultores da CIMDOURO a combater o "cancro" dos castanheiros, que dizima os soutos. Ainda não arranjaram a cura para a doença dos castanheiros, mas dão formação e ajudam no tratamento, poda e cura para salvarem as árvores sãs! Por exemplo, quem quiser, pode contratar uma Universidade para fazer um estudo de mercado, ou para desenvolver um produto.

Esta investigação a pedido já existe em todo o lado, muitas das vezes contratando a tempo parcial os investigadores para desenvolverem produtos novos.

Mas não deixa de ser verdade, que o normal numa Universidade é os investigadores serem "obrigados" a fazerem artigos "a metro", com investigação de 1 semana num escritório fechado, rodeado de artigos e computador ligado à internet!!!!!! Ou pior, incentivam os candidatos a investigador a fazerem um artigo e aproveitam-se do artigo para cumprirem os "objectivos mínimos" da Universidade (ao contrário do ensino até ao 12º, as Universidades exigem que os seus professores apresentem resultados...... teóricos!) ou até apropriarem-se dos artigos como aconteceu comigo, num artigo aceite para ser apresentado em Roma, no EuroMed Academy of Business......

O problema que refere advém de um factor muito importante, normalmente os nossos líderes políticos são apenas bons na oratória, mas depois são o oposto de que deve ser um visionário, um líder...... sabem o que fizeram para subir na hierarquia política (muitos aproveitamentos, facadinhas nas costas, compadrios, etc) e depois replicam isso nos cargos que ocupam, muitas das vezes sem o mínimo de conhecimento do que fazem!

Veja bem à sua volta, um político é ajudado por muitos amigos a subir ao poder e depois de atingir o poder, vai compensar os amigos em quase todos os contratos que faz. Isso prejudica imenso a sociedade, distorce completamente a economia e torna a economia muito paternalista como refere e bem, que existe entre nós desde os tempos "da outra senhora"! Somos o país do respeitinho, do compadrio, que encobre os seus pares. E isso é que nos tolhe as pernas.

Tivessem os nossos governantes mais visão, até no equipamento das Forças Armadas, que conseguimos muitas empresas dispostas a criar centros de competências. Mas como sabe, numa sociedade "socialista", a segurança nunca é prioridade, muito acima disso estão os amigos, os amigos dos amigos.......
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: legionario em Abril 25, 2020, 06:37:33 pm
Nada é a fundo perdido ; ha sempre contrapartidas visiveis ou invisiveis.
O financiamento vem do BCE, certo ?  é que ha uma diferença entre a instituição UE e a instituição BCE, so esta instituição tem poder de criar moeda.
Um banco central nacional, se existisse, tambem poderia criar moeda para investir ;  na realidade, é o que fazem os bancos centrais dos paises independentes como o Reino Unido, Marrocos,  o Japão, Israel,..
Uma politica de relocalização da industria europeia, em Portugal e nos outros paises da EU, é algo que esta a ser ponderado neste momento por todos os paises membros da UE, não é nenhuma originalidade portuguesa. Como diz o povo : "Depois de casa roubada, trancas na porta ! " .
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 25, 2020, 08:27:37 pm
Nada é a fundo perdido ; ha sempre contrapartidas visiveis ou invisiveis.
O financiamento vem do BCE, certo ?  é que ha uma diferença entre a instituição UE e a instituição BCE, so esta instituição tem poder de criar moeda.
Um banco central nacional, se existisse, tambem poderia criar moeda para investir ;  na realidade, é o que fazem os bancos centrais dos paises independentes como o Reino Unido, Marrocos,  o Japão, Israel,..
Uma politica de relocalização da industria europeia, em Portugal e nos outros paises da EU, é algo que esta a ser ponderado neste momento por todos os paises membros da UE, não é nenhuma originalidade portuguesa. Como diz o povo : "Depois de casa roubada, trancas na porta ! " .
Á partida viria do BEI (Banco europeu de Investimento), e o dinheiro pode ser angariado através do mercado de capitais, alocaçao de fundo comunitarios para projectos especificos de acordo com a estrategia da UE, ou um misto de ambos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 25, 2020, 09:01:35 pm
Nada é a fundo perdido ; ha sempre contrapartidas visiveis ou invisiveis.
O financiamento vem do BCE, certo ?  é que ha uma diferença entre a instituição UE e a instituição BCE, so esta instituição tem poder de criar moeda.
Um banco central nacional, se existisse, tambem poderia criar moeda para investir ;  na realidade, é o que fazem os bancos centrais dos paises independentes como o Reino Unido, Marrocos,  o Japão, Israel,..
Uma politica de relocalização da industria europeia, em Portugal e nos outros paises da EU, é algo que esta a ser ponderado neste momento por todos os paises membros da UE, não é nenhuma originalidade portuguesa. Como diz o povo : "Depois de casa roubada, trancas na porta ! " .
Á partida viria do BEI (Banco europeu de Investimento), e o dinheiro pode ser angariado através do mercado de capitais, alocaçao de fundo comunitarios para projectos especificos de acordo com a estrategia da UE, ou um misto de ambos.

Estão a falar de coisas distintas.

O que os empresários estão a propor é a utilização dos fundos comunitários que já existem à muitos anos, financiados pelo FSE ou outros fundos (a Fundo perdido e que representam normalmente entre 40 a 60% do investimento), não estão a referir-se a empréstimos nem do BCE nem do BEI.

O que eles pedem é que a taxa de financiamento da UE e do governo chegue perto dos 100%, como por exemplo existe desde 1986 para as Instituições públicas. Por exemplo as Câmaras de todo o país, tinham financiamentos a fundo perdido de cerca de 92,5% para o saneamento básico. As empresas agora querem algo do género. A fundo perdido.

O que vocês estão a falar, que presumo seja um dos planos previstos para salvar a economia e quem ainda nem se sabe como vai ser organizado, são outros quinhentos e nem se sabe se é empréstimo, a fundo perdido em parte ou no todo.

Os empresários referem-se apenas ao sector industrial e utilizando o que existe, desviando o dinheiro que não é utilizado para a Indústria!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 25, 2020, 09:13:14 pm
Com a visão estratégica que os últimos governos têm tido neste país de corruptos vai ser como os fundos da UE nos anos 90...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 25, 2020, 09:54:25 pm
Nada é a fundo perdido ; ha sempre contrapartidas visiveis ou invisiveis.
O financiamento vem do BCE, certo ?  é que ha uma diferença entre a instituição UE e a instituição BCE, so esta instituição tem poder de criar moeda.
Um banco central nacional, se existisse, tambem poderia criar moeda para investir ;  na realidade, é o que fazem os bancos centrais dos paises independentes como o Reino Unido, Marrocos,  o Japão, Israel,..
Uma politica de relocalização da industria europeia, em Portugal e nos outros paises da EU, é algo que esta a ser ponderado neste momento por todos os paises membros da UE, não é nenhuma originalidade portuguesa. Como diz o povo : "Depois de casa roubada, trancas na porta ! " .
Á partida viria do BEI (Banco europeu de Investimento), e o dinheiro pode ser angariado através do mercado de capitais, alocaçao de fundo comunitarios para projectos especificos de acordo com a estrategia da UE, ou um misto de ambos.

Estão a falar de coisas distintas.

O que os empresários estão a propor é a utilização dos fundos comunitários que já existem à muitos anos, financiados pelo FSE ou outros fundos (a Fundo perdido e que representam normalmente entre 40 a 60% do investimento), não estão a referir-se a empréstimos nem do BCE nem do BEI.

O que eles pedem é que a taxa de financiamento da UE e do governo chegue perto dos 100%, como por exemplo existe desde 1986 para as Instituições públicas. Por exemplo as Câmaras de todo o país, tinham financiamentos a fundo perdido de cerca de 92,5% para o saneamento básico. As empresas agora querem algo do género. A fundo perdido.

O que vocês estão a falar, que presumo seja um dos planos previstos para salvar a economia e quem ainda nem se sabe como vai ser organizado, são outros quinhentos e nem se sabe se é empréstimo, a fundo perdido em parte ou no todo.

Os empresários referem-se apenas ao sector industrial e utilizando o que existe, desviando o dinheiro que não é utilizado para a Indústria!!!!!
Correctíssimo, confesso que li a notícia na diagonal, pois ao ler fundo perdido associado a industria e nao ter visto o plano, perdi o interesse.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 25, 2020, 09:55:50 pm
Com a visão estratégica que os últimos governos têm tido neste país de corruptos vai ser como os fundos da UE nos anos 90...
Nao seja mauzinho, a industria italiana prosperou imenso nessa altura, nomeadamente na produçao de ferraris  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 25, 2020, 10:01:27 pm
Viajante,
Eu nao tenho qualquer duvida de que a investigaçao academica que se faz em Portugal está ao mesmo nível do que se faz nos países mais desenvolvidos. No entanto falta o elo de ligaçao entre o trabalho desenvolvido e a criaçao de um negócio, o chamado spin off. É aqui que de facto a nossa industria se pode desenvolver, pois o nosso sistema de ensino (por muito que alguns desdenhem) está ao nível de qualquer país desenvolvido, o problema é depois a mentalidade. O portugueses vao para a faculdade para terem bons empregos, os americanos vao para a faculdade para criarem a sua própria empresa e consequente o seu imperio.

E mais, a investigaçao nao deve ser compartimentada e apenas financiada pelo estado. Deveria have uma taxa simbolica para as empresas (tipo €1 por cada €100k do lucro liquido) de maneira a aumentar o orçamento do estado alocado á investigaçao. Nao só aumentava como motivaria as empresas a aproximarem-se dos investigadores e a procurar novas áreas de negócio. Eu vejo com muito agrado as parcerias que certas empresas privadas fazem com as academias da nossas forças armadas, mas no geral esta articulaçao ainda é muito pouca. Um exemplo interessante, no ano passado, tive de ir a Israel visitar um cliente, depois da reuniao, fomos almoçar e durante o almoço perguntei-lhe como é que Israel com os problemas que tem acaba por ser um mini Silicon Valley. Resposta: aos 18 anos os melhores alunos do liceu sao recrutados para prosseguirem o estudo nas instituiçoes militares, quando acabam as empresas matam-se umas ás outras para os recrutar  ;)

A grande maioria dos nossos politicos sao o principal cancro do país, porque os portugueses sao de facto um povo fantástico ( digo isto estando imigrado há 15 anos) solidario, trabalhador e quando quer é do melhor que há. Os politicos estao mais interessados em assaltar o orçamento de estado. Eu quando os ouço a utilizar a expressao: "empresa portuguesa grande" dá-me vontade de rir. As nossas empresas grandes sao pequenas, a PT, a Galp, o BCP sao minusculos quando comparados com a Telefonica, Deutsch Telecom, Repsol, BP, Santander ou ING. E quando uma empresa tem potencial para crescer é como voce diz tolhem-lhes as pernas, exemplo: " Em Portugal nao temos capacidade para construir navios complexos". Como se fossemos burros e nao conseguissemos aprender.

Bom, sinto que já estou a divagar, mas voltando ao tópico e como isto é um forum de defesa e eu até falei em navios no paragrafo anterior, aqui fica uma ideia para desenvolver a industria de bens intermédios que despoletou esta "discussao". Neste caso a industria metalurgica. Lembro-me do saudoso membro Chaimites dizer, aquando a construçao dos primeiros NPOs, que nem o aço dos navios era portugues. O que pelas minhas contas daria uma comparticipaçao nacional no total de 40/ 45% entre o projecto, mao de obra e alguns serviços/ componentes fornecidos pema EDI. A razao pela qual o aço nao era portugues era porque a nossa industria metalurgica nao conseguia fornecer dentro do prazo o tipo de aço usado na  construçao. Assim sendo, devia-se avançar com a construçao de 4 NPOs garantindo a compra do aço a empresas metalurgicas nacionais se estas se modernizassem para garantir os prazos. Nao é preciso subsidios, apenas vontade em fazer as coisas e eventualmente garantir financiamento bancario.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 26, 2020, 12:00:04 pm
Viajante,
Eu nao tenho qualquer duvida de que a investigaçao academica que se faz em Portugal está ao mesmo nível do que se faz nos países mais desenvolvidos. No entanto falta o elo de ligaçao entre o trabalho desenvolvido e a criaçao de um negócio, o chamado spin off. É aqui que de facto a nossa industria se pode desenvolver, pois o nosso sistema de ensino (por muito que alguns desdenhem) está ao nível de qualquer país desenvolvido, o problema é depois a mentalidade. O portugueses vao para a faculdade para terem bons empregos, os americanos vao para a faculdade para criarem a sua própria empresa e consequente o seu imperio.

E mais, a investigaçao nao deve ser compartimentada e apenas financiada pelo estado. Deveria have uma taxa simbolica para as empresas (tipo €1 por cada €100k do lucro liquido) de maneira a aumentar o orçamento do estado alocado á investigaçao. Nao só aumentava como motivaria as empresas a aproximarem-se dos investigadores e a procurar novas áreas de negócio. Eu vejo com muito agrado as parcerias que certas empresas privadas fazem com as academias da nossas forças armadas, mas no geral esta articulaçao ainda é muito pouca. Um exemplo interessante, no ano passado, tive de ir a Israel visitar um cliente, depois da reuniao, fomos almoçar e durante o almoço perguntei-lhe como é que Israel com os problemas que tem acaba por ser um mini Silicon Valley. Resposta: aos 18 anos os melhores alunos do liceu sao recrutados para prosseguirem o estudo nas instituiçoes militares, quando acabam as empresas matam-se umas ás outras para os recrutar  ;)

A grande maioria dos nossos politicos sao o principal cancro do país, porque os portugueses sao de facto um povo fantástico ( digo isto estando imigrado há 15 anos) solidario, trabalhador e quando quer é do melhor que há. Os politicos estao mais interessados em assaltar o orçamento de estado. Eu quando os ouço a utilizar a expressao: "empresa portuguesa grande" dá-me vontade de rir. As nossas empresas grandes sao pequenas, a PT, a Galp, o BCP sao minusculos quando comparados com a Telefonica, Deutsch Telecom, Repsol, BP, Santander ou ING. E quando uma empresa tem potencial para crescer é como voce diz tolhem-lhes as pernas, exemplo: " Em Portugal nao temos capacidade para construir navios complexos". Como se fossemos burros e nao conseguissemos aprender.

Bom, sinto que já estou a divagar, mas voltando ao tópico e como isto é um forum de defesa e eu até falei em navios no paragrafo anterior, aqui fica uma ideia para desenvolver a industria de bens intermédios que despoletou esta "discussao". Neste caso a industria metalurgica. Lembro-me do saudoso membro Chaimites dizer, aquando a construçao dos primeiros NPOs, que nem o aço dos navios era portugues. O que pelas minhas contas daria uma comparticipaçao nacional no total de 40/ 45% entre o projecto, mao de obra e alguns serviços/ componentes fornecidos pema EDI. A razao pela qual o aço nao era portugues era porque a nossa industria metalurgica nao conseguia fornecer dentro do prazo o tipo de aço usado na  construçao. Assim sendo, devia-se avançar com a construçao de 4 NPOs garantindo a compra do aço a empresas metalurgicas nacionais se estas se modernizassem para garantir os prazos. Nao é preciso subsidios, apenas vontade em fazer as coisas e eventualmente garantir financiamento bancario.

Por aquilo que eu vejo, já evoluímos muito.
Até 1986, viviamos muito fechados, proteccionismo às nossas empresas, falta de inovação, muito na sequência do plano de desenvolvimento que já vinha dos anos 60.

Com a adesão à então CEE, muita coisa mudou no país, nem tudo necessariamente para melhor, mas em termos geral mudamos muito e para melhor. Em tom de referência, lembro-me de usarmos chave para abrir uma lata de conservas!!!!! E já depois de aderirmos à então CEE, lembro-me bem de subscrever certificados de aforro com taxas de juro de 17% ao ano!!!!!!

A UE tem como principal princípio a protecção ao consumidor, quase impedindo as ajudas públicas às empresas, com o princípio correcto de que as empresas já são ajudadas com candidaturas de apoio ao investimento, entre outras, onde aquelas recebem fundos comunitários a fundo perdido de 40 a 60%. E por esse motivo a UE considera e eu acho muito bem, que as empresas já não precisam de mais apoios públicos!

Mesmo no sector metalomecânica, tenho uma ideia totalmente diferente da realidade actual. Eu vivo na "montanha" e no interior, e tenho perto de mim várias empresas metalúrgicas que fazem qualquer coisa à medida, desde estruturas metálicas de estádios, estruturas em ferro para casas, casas modulares pré-fabricadas, escadas, vedações, coberturas. Eu chego a uma dessas empresas, ou com um desenho ou explico a um Engenheiro o que quero e é feito o esboço do que pretendo construir, conforme a espera na linha de montagem, tenho o produto final que quiser. Aqui também existe muita extracção de granito e já aconteceu eu chegar junto de uma empresa de transformação de pedra (principalmente exportadora), com um desenho tosco feito por mim, de uma pedra de soleira a fazer em granito e a empresa entregou-me a pedra como eu queria e com o acabamento que tinha sido decidido! Posso escolher também o tipo de pedra para fazer os muros da casa, pedras de ornamentação, etc.

Em Aveiro por exemplo, você pode encomendar uma máquina/robot à medida! Você só tem de explicar o que a máquina tem de fazer, e passado um tempo tem a máquina que você pediu! Sem saír de Aveiro, você pode fazer azulejos ou mosaicos personalizados para a sua casa!!!! Sem saír do mesmo distrito, você encontra dezenas de fábricas de moldes que fazem o que você quiser à medida!
Agora também é verdade que muitas empresas desapareceram, não conseguiram viver num país que deixou de proteger as suas empresas!

Nesse aspecto temos de ser mais inteligentes e a resposta começa em cada um de nós. Eu quando vou às compras, costumo ver a origem dos produtos e não me importo de pagar um pouco mais por um produto nacional.
O estado, como muito bem falou, se tivesse pessoas com "2 dedos de testa", com visão estratégica para o país, protegia sectores estratégicos, por exemplo ao ser um cliente dessas empresas.

Quanto ao tamanho das empresas, temos ao tamanho do país, mas muitas delas dão cartas lá fora. Mas temos muitas empresas que lutam ombro a ombro contra qualquer empresa estrangeira em sectores como: calçado, téxteis, cerãmica, moldes, cortiça, automóvel, celulose....

Não podemos é ter governos que deixem destruir empresas que já foram players mundiais: PT, Cimpor, CUF, Quimonda (chegou a ser a maior exportadora nacional à frente da Autoeuropa)...... mas também lhe digo que é preferível termos muitas pequenas e médias empresas muito boas, do que 2 ou 3 gigantes. Se falir uma pequena ou média, não provoca muitos estragos, mas se falir por exemplo uma Galp ou Autoeuropa, faz bastante abalo no país!

Também temos uma mentalidade desviante, e que agora até governa o país, de que as empresas terem lucro é pecado!!!!! Assim não vamos lá. Não podemos depender sempre e para tudo do estado protector. Uma empresa pode e deve dar lucro (mesmo as empresas públicas) e se der prejuízo, os sócios devem ponderar se vale a pena salvar ou fechar as portas!!!!! Temos o exemplo que referiu dos ENVC, bastou mudar o dono, que não está preso à inércia do governo e...... parece-me que a West Sea safa-se muito bem, aliás os últimos relatórios de gestão da Martifer referem isso, as jóias da coroa são as construções metálicas e os estaleiros que possui (tem a West Sea e a Navalria em Aveiro).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 28, 2020, 10:54:18 am
Eu também acho preferivel ter muitas empresas médias do que 3 gigantes. Apenas referi o facto das nossas ditas gigantes serem pequenissimas no contexto europeu/ mundial, porque vivem essecialmente das vendas nacionais. A PT foi talvez a que conseguiu estar mais perto de se tornar maiorzita, mas só e apenas através da joint venture com a Telefonica, e depois deu no que deu.

Quanto ás nossas empresas médias que conseguem competir lá fora e terem algum volume de vendas sao poucas. Agarrando nos exemplos do programa "Fabrico Internacional", nós precisariamos de pelo menos 100 Simodes ou Frulacts. Empresas estabelecidas no mercado mundial, detidas por capital nacional. A Autoeuropa é uma excelente empresa, mas tem a produçao concentrada na VW com os riscos inerentes que isso significa. Uma das razoes pela lentidao da nossa retoma, foi nao termos empresas destas, se bem que muitas empresas portuguesas conseguiram começar a exportar, mas é um processo lento. A outra razao é que as empresas de serviços em Portugal vivem do estado, e se o estado nao tem dinheiro para gastar, elas nao tem vendas.

Uma coisa que me perturba imenso neste momento é a probablidade de extraçao de lítio em Portugal. Se isto nao tiver em conta o processamento do mesmo em território nacional, ainda para mais com esse tal plano do AICEP, é outra oportunidade perdida.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Abril 28, 2020, 02:49:34 pm
Eu não percebo muito de economia. O pouco que sei é de ler sobre questões sociais. Mas parece-me a mim que o problema de Portugal se explica com o tipo de economia praticada desde os tempos dos Descobrimentos. Continuamos a praticar uma economia extractiva, como nos tempos das colónias, sem no fundo nos preocuparmos em criar valor. Se olharmos para o PSI-20 vemos um grande número de empresas extractivas.

https://medium.com/@stephenjhinton/explainer-what-is-the-extractive-economy-65172f28bd6

As PMEs na Alemanha exportam tanto como as grandes multinacionais. E ao contrário das multinacionais não fazem lavagem de dinheiro e a evasão fiscal é muito baixa. O sistema de aprendizagem no trabalho alemão é também favorável às PMEs criando trabalhadores especializados e com elevado know-how que não só aumentam a capacidade de criar valor das PMEs, mas também estimula a criação de novas PMEs. Mesmo as empresas de família têm elevada capacidade tecnológica.
As multinacionais são importantes na criação de emprego, mas se não estiverem bem reguladas e supervisionadas podem ser mais fonte de problemas do que de riqueza. Basta ver a General Motors nos EUA, a PT em Portugal, o sistema bancário, etc.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 28, 2020, 08:36:18 pm
Bancos nacionais aceleram corrida ao dinheiro barato do BCE para responder à pandemia
https://eco.sapo.pt/2020/04/28/bancos-nacionais-aceleram-corrida-ao-dinheiro-barato-do-bce-para-responder-a-pandemia/
Citar
Com o Banco Central Europeu (BCE) a acenar com dinheiro barato num contexto de pandemia, os bancos portugueses estão a “correr” para o apanhar. Há mais bancos a assumirem a intenção de recorrer às operações de refinanciamento de prazo alargado, as designadas ORPA direcionadas III, disponibilizadas pela entidade liderada por Christine Lagarde com condições mais favoráveis. Resposta às necessidades de liquidez das empresas e particulares explicam o apetite, mas o setor quer também tirar partido das oportunidades de rentabilidade criadas pelo liquidez extremamente barata.

Dois bancos nacionais assumiram ter participado nas ORPA direcionadas III realizadas em março, de acordo com o inquérito sobre o mercado de crédito do Banco de Portugal. Mas houve quatro a revelar a intenção de participar em operações futuras deste mecanismo em que o BCE concede empréstimos de longo prazo aos bancos, oferecendo-lhes um incentivo — com juros mais baixos face ao habitual — de modo a que estes disponibilizem mais crédito às empresas e famílias.

As instituições financeiras nacionais que participaram nas ORPA de março, justificaram o recurso a esse mecanismo sobretudo com a necessidade de reforçarem o cumprimento dos respetivos requisitos regulamentares ou prudenciais, mas também com a necessidade de atenuarem dificuldades de financiamento atuais e pelas condições atrativas de rendibilidade permitidas.
Foi em março que a pandemia parou a maioria das economias europeias, acabando por reduzir a liquidez nos mercados. Muitos investidores, penalizados pela turbulência que se instalou nos mercados financeiros, retraíram-se, evitando novos investimentos em antecipação ao forte impacto do Covid-19 no ciclo económico.

Os bancos que pretendem agora participar em futuras ORPA apontaram precisamente as dificuldades de financiamento atuais, assim como condições atrativas de rendibilidade permitidas pela liquidez do BCE, para recorrerem a estas operações de financiamento em breve.

“Os bancos anteveem uma utilização da liquidez sobretudo para os dois fins referidos, mas também como alternativa ao crédito interbancário [em que os bancos se financiam junto de outros bancos] ou a outras operações de cedência de liquidez“, diz o inquérito realizado pelo Banco de Portugal. E também “para a aquisição de obrigações soberanas nacionais”, permitindo-lhes, com o BCE a comprar dívida pública no mercado — tem uma “bazuca” de 750 mil milhões de euros –, obter algum retorno.

Os bancos dizem ainda esperar que “a sua participação nestas operações contribua para melhorar a respetiva situação financeira, nomeadamente através da melhoria da capacidade para cumprir os requisitos regulamentares e prudenciais e da rendibilidade e posição de liquidez global do banco”, mas também “para o aumento do volume de crédito concedido a empresas e a particulares“.
De acordo com o inquérito do Banco de Portugal (BdP) aos bancos sobre o mercado de crédito, no que respeita à procura de crédito, os bancos “anteveem um forte aumento da procura por parte das empresas e uma forte redução por parte dos particulares, em particular no segmento da habitação”.

Este aumento da procura de crédito perspetivada do lado das empresas enquadra-se num contexto em que têm sido disponibilizadas linhas de financiamento que podem ser utilizadas pelas empresas para mitigar os efeitos da pandemia na sua atividade. Foram lançadas linhas que ascendem a milhares de milhões de euros, isto ao mesmo tempo que empresas e famílias passaram a ter acesso a moratórias nos créditos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 28, 2020, 09:05:14 pm
As PMEs na Alemanha exportam tanto como as grandes multinacionais. E ao contrário das multinacionais não fazem lavagem de dinheiro e a evasão fiscal é muito baixa. O sistema de aprendizagem no trabalho alemão é também favorável às PMEs criando trabalhadores especializados e com elevado know-how que não só aumentam a capacidade de criar valor das PMEs, mas também estimula a criação de novas PMEs. Mesmo as empresas de família têm elevada capacidade tecnológica.
As multinacionais são importantes na criação de emprego, mas se não estiverem bem reguladas e supervisionadas podem ser mais fonte de problemas do que de riqueza. Basta ver a General Motors nos EUA, a PT em Portugal, o sistema bancário, etc.

O sistema de ensino alemao é muito melhor que o nosso, porque desde muito cedo começa a diferenciar o trigo do joio (pelo menos há 20 anos era assim). A performance escolar é muito importante e logo a seguir á escola primária os alunos sao distribuidos por agrupamentos escolares mais puxados (para quem tem melhores notas), ou mais acessíveis (para os que tem mais dificuldades de aprendizagem). Isto nao é entanque, de acordo com a sua performance podem ir para um agrupamento mais avançado no ano seguinte. Quem nao sai da cepa torta acaba por aprender um ofício e sai da escola pronto a trabalhar. Para além disso há 20 anos tinha uma coisa muito interessante que era o acesso á faculdade; só os melhores entravam directamente de acordo com o numero de vagas, os outros tinham de esperar uns semestres e enquanto esperavam podiam escolher entre o serviço cívico ou serviço militar.

Por isso quando se diz que a populaçao na Alemanha é mais especializada, quer dizer que o trolha alemao estudou e tem um diploma em como assentar tijolo, enquanto que o trolha portugues foi aquele que nao deu para os estudos e foi trabalhar para as obras com o pai. Sei que existem escolas profissionais em Portugal, e apesar de haver algumas com qualidade, há ainda muitas com um longo caminho a percorrer.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 29, 2020, 11:54:31 am
As PMEs na Alemanha exportam tanto como as grandes multinacionais. E ao contrário das multinacionais não fazem lavagem de dinheiro e a evasão fiscal é muito baixa. O sistema de aprendizagem no trabalho alemão é também favorável às PMEs criando trabalhadores especializados e com elevado know-how que não só aumentam a capacidade de criar valor das PMEs, mas também estimula a criação de novas PMEs. Mesmo as empresas de família têm elevada capacidade tecnológica.
As multinacionais são importantes na criação de emprego, mas se não estiverem bem reguladas e supervisionadas podem ser mais fonte de problemas do que de riqueza. Basta ver a General Motors nos EUA, a PT em Portugal, o sistema bancário, etc.

O sistema de ensino alemao é muito melhor que o nosso, porque desde muito cedo começa a diferenciar o trigo do joio (pelo menos há 20 anos era assim). A performance escolar é muito importante e logo a seguir á escola primária os alunos sao distribuidos por agrupamentos escolares mais puxados (para quem tem melhores notas), ou mais acessíveis (para os que tem mais dificuldades de aprendizagem). Isto nao é entanque, de acordo com a sua performance podem ir para um agrupamento mais avançado no ano seguinte. Quem nao sai da cepa torta acaba por aprender um ofício e sai da escola pronto a trabalhar. Para além disso há 20 anos tinha uma coisa muito interessante que era o acesso á faculdade; só os melhores entravam directamente de acordo com o numero de vagas, os outros tinham de esperar uns semestres e enquanto esperavam podiam escolher entre o serviço cívico ou serviço militar.

Por isso quando se diz que a populaçao na Alemanha é mais especializada, quer dizer que o trolha alemao estudou e tem um diploma em como assentar tijolo, enquanto que o trolha portugues foi aquele que nao deu para os estudos e foi trabalhar para as obras com o pai. Sei que existem escolas profissionais em Portugal, e apesar de haver algumas com qualidade, há ainda muitas com um longo caminho a percorrer.

Há 2 aspectos que perdemos para a Alemanha, no ensino/competências (ensinado nas Escolas) e na educação/disciplina (ensinado em casa). Veja por exemplo como cumprimos prazos, ou horas que combinamos. Veja o arrastar dos estudantes para dentro da sala de aulas em contraposição com o fim da aula assim que se dá o toque de saída!!!! Você pode ter o melhor sistema de ensino (o nosso considero que está a maio da tabela dentro do que se passa na Europa), mas se os jovens não tiverem educação dada em casa, vai ser muito complicado progredirem!!!!!!

Mas há mais problemas, nós tínhamos um sistema de ensino que era muito bom no que fazia, as chamadas Escolas Industriais, que nasceram ainda na Monarquia e a ala esquerda que nos governou pós-25 de Abril destruiu, em 1975, ao colocar um ponto final. Porquê? Porque para a esquerda mais radical, era impensável os meninos serem distinguidos entre os que podiam ir para o Ensino Superior e os outros! Isso fazia-lhes muita confusão e lembravam as classes da idade média: nobreza, clero……..

Finalmente no final dos anos 80, mais concretamente em 1989, descobriram que acabar com as Escolas Industriais, que formava quadros intermédios, foi um dos maiores disparates que cometeram no pós 25-Abril. Para tentarem corrigir o tiro, criaram o Ensino Profissional (onde estou desde 2000, vindo de uma indústria….).

O objectivo do Ensino Profissional é o de formar quadros intermédios de jovens que podem ou não prosseguir estudos. Porque no ensino dito regular, os alunos se não tirarem um curso superior, não tem nenhuma formação para começarem a trabalhar! E para isso o Ensino Profissional é a resposta. Eu vou a um restaurante (não agora) e só pela maneira como os funcionários colocam os talheres, servem o vinho ou água, abrem uma garrafa, percebo logo se teve formação na área!!!!!

Vou dar-lhes um exemplo prático do problema do país:
Com o desaparecimento das Escolas Industriais, você num sector da construção civil, passou a ter uma obra comandada por um Engenheiro que nunca assentou um tijolo ou muro (os alunos de construção civil do Ensino Profissional têem aulas práticas de montar muros e depois demolirem o que fazem, utilizando várias técnicas, inclinações, etc) e do outro lado tem um operário que mal sabe ler ou nem sabe de todo e assenta um tijolo assim porque lhe disseram que era assim à 40 anos atrás!!!! Está a ver o problema? Depois o Engenheiro tem a planta para seguir a obra, mas tem os operários que nem sabem o que estão a ver ao olharem para uma planta!!!!! Por esse motivo o Ensino Profissional cria profissionais intermédios, porque não temos de ter vergonha nenhuma se toda a gente não prosseguir estudos ou até fazê-lo mais tarde. No fundo estes quadros intermédios sabem fazer plantas (o projecto de fim de curso na área de construção civil é o de entregarem um projecto completo de uma casa ou prédio) e sabem interpretá-las!!!! E olhe que estes quadros que formamos são muito bem pagos. Posso dizer-lhe que na área da electricidade, as empresas onde os nossos alunos estagiam (têem de estagiar no mínimo 600 horas até acabarem o 12º ano), “roubavam-nos” os alunos e nem deixavam concluir os cursos, porque precisavam de quadros intermédios (tivemos de colocar o estágio só no fim de tudo, para o caso da empresa pretender, pode ficar com o aluno a trabalhar por lá, porque já concluiu a parte lectiva).

Quanto aos empresários, passa-se a mesma coisa. Há de facto muitos empresários que nem saber fazer contas simples, como por exemplo:
Porque é que devemos trocar de computadores regularmente? Porque se um pc funcionar 8h/dia, 260 dias/ano e o KW/H = 0,20€
Um PC consome 450w/h, 8h por dia = 3,6Kw/dia ou  3,6 X 0,20€ X 260 = 187,20€ por ano

Se comprarmos um novíssimo Intel NUC com monitor, que consome 40w/h, 8h por dia = 0,32Kw/dia ou 0,32 X 0,20€ X 260 = 16,64€ por ano

Temos uma diferença = 170,56€ / ano / máquina
Ou seja, se deitarmos fora os velhos CRT e torres ineficientes, poupamos por ano e por computador, cerca de 170€, em 4 anos só a diferença paga o computador!!!!!!! No entanto ainda vemos muitas máquinas com o Windows 95, XT…….. E já nem falo nos benefícios fiscais que advêem pelas depreciações do imobilizado novo (por esse motivo, as grandes empresas e com gestão a sério, troca de computadores no máximo a cada 4 anos, só ganham dinheiro a fazer isso!!!!). Obviamente há excepções, ainda à pouco tempo li um artigo que referia que as torres de controlo de alguns aeroportos, ainda utilizam software específico e feito para funcionar no velhinho Windows 3.1!!!!!!!

Outro exemplo:
A passagem das lãmpadas de 36w fluorescentes para LED de 20w, reduz pelo menos para metade o consumo de energia eléctrica só na iluminação.

Ou se acabarem com os ventiladores e radiadores a óleo para aquecer no inverno, e instalarem Ar Condicionado inverter, com bomba de calor que consome 1Kw e produz 4Kw de calor, temos uma enorme redução do consumo. Para além de poder arrefecer o ambiente no verão!!!!

E também a grande diferença de conhecimentos/competências, faz com que muitas empresas não saiam do sítio. Eu lembro de falar com um empresário (faliu 1 ano depois) a referir-me que tinha uma margem de 20 a 30% a vender carne. Por mais que eu insistisse com ele, com cálculos a mostrar que na realidade ganhava no máximo 10% ele estava fixado nos 20 ou 30%!!!!! Esquecia-se que não pode olhar para a diferença entre o preço que compra e o que vende, ele também tem custos, tem funcionários que ganham o seu salário, tem impostos, tem leasings de máquinas, contas de energia, da água, IMI, etc……Enfim, dava para dissertar por horas com os problemas que nós temos internamente  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Abril 29, 2020, 02:05:27 pm
As PMEs na Alemanha exportam tanto como as grandes multinacionais. E ao contrário das multinacionais não fazem lavagem de dinheiro e a evasão fiscal é muito baixa. O sistema de aprendizagem no trabalho alemão é também favorável às PMEs criando trabalhadores especializados e com elevado know-how que não só aumentam a capacidade de criar valor das PMEs, mas também estimula a criação de novas PMEs. Mesmo as empresas de família têm elevada capacidade tecnológica.
As multinacionais são importantes na criação de emprego, mas se não estiverem bem reguladas e supervisionadas podem ser mais fonte de problemas do que de riqueza. Basta ver a General Motors nos EUA, a PT em Portugal, o sistema bancário, etc.

O sistema de ensino alemao é muito melhor que o nosso, porque desde muito cedo começa a diferenciar o trigo do joio (pelo menos há 20 anos era assim). A performance escolar é muito importante e logo a seguir á escola primária os alunos sao distribuidos por agrupamentos escolares mais puxados (para quem tem melhores notas), ou mais acessíveis (para os que tem mais dificuldades de aprendizagem). Isto nao é entanque, de acordo com a sua performance podem ir para um agrupamento mais avançado no ano seguinte. Quem nao sai da cepa torta acaba por aprender um ofício e sai da escola pronto a trabalhar. Para além disso há 20 anos tinha uma coisa muito interessante que era o acesso á faculdade; só os melhores entravam directamente de acordo com o numero de vagas, os outros tinham de esperar uns semestres e enquanto esperavam podiam escolher entre o serviço cívico ou serviço militar.

Por isso quando se diz que a populaçao na Alemanha é mais especializada, quer dizer que o trolha alemao estudou e tem um diploma em como assentar tijolo, enquanto que o trolha portugues foi aquele que nao deu para os estudos e foi trabalhar para as obras com o pai. Sei que existem escolas profissionais em Portugal, e apesar de haver algumas com qualidade, há ainda muitas com um longo caminho a percorrer.

Exactamente. Na Alemanha a partir da 4ª classe, na maior parte das regiões do país (há locais em que a escola é parecida com a portuguesa mas são casos raros e muitas vezes na ex-RDA), as crianças são divididas entre Hauptschule (mais fracos), Realschule (médios) e Gymnasium (os melhores). O modelo não é estanque mas é raro haver mudanças.
O modelo alemão tem prós e contras, mas está pensado de forma a garantir mão-de-obra especializada para todos os sectores de actividade. Um agricultor na alemanha tem uma formação que cá só é possivelmente superada por quem tira um curso de engenharia agrónoma. E isso também dá prestígio às profissões.
Quando era miúdo estudei na Alemanha e fiquei estupefacto quando o meu melhor amigo na altura me disse que queria ser agricultor. Isso foi até ter ido à quinta do tio dele e ver como a agricultura na Alemanha estava (nos anos 90) a anos-luz do que se fazia em Portugal e a séculos de distância da agricultura que eu via os meus avós praticar. Ou quando mais recentemente estive na Alemanha a ver uma farmácia de bairro em que tinham equipamentos que nas Universidades em Portugal se têm de marcar com antecedência de mêses para se fazer investigação (HPLC) e tinham um laboratório na farmácia que estava ao nível do que o Laboratório Militar tem cá. A mentalidade é muito diferente da nossa, no sentido em que o objectivo não é retirar o máximo de lucro fácil, mas de criar valor.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Abril 29, 2020, 03:41:37 pm
Lusitan,
Falta aí a Berufschule (escola profissional) e acho que a Realschule é mais fraca que a Haupschule. Mas independentemente do agrupamento os estudantes quando saem estao muito melhor preparados para a vida e mais propícios a inovar, uma vez que tem um conhecimento base muito sólido.
Agora imaginemos o que as bancadas á esquerda do PS fariam se em Portugal se quisesse descriminar as crianças desta forma.

Viajante,
há muitas escolas profissionais que só devem existir ou por causa de fundos europeus ou porque dao jeito ao governo para apresentaçao de estatísticas relativas á educaçao. O IEFP costuma ter cursos de formaçao para desempregados e sempre com muitos jovens e pessoal na casa dos 20. Isto nao é nada mais nada menos que um falhanço redondo do ensino em Portugal, mas deve dar imenso jeito a muitas pessoas.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 29, 2020, 04:08:03 pm
Viajante,
há muitas escolas profissionais que só devem existir ou por causa de fundos europeus ou porque dao jeito ao governo para apresentaçao de estatísticas relativas á educaçao. O IEFP costuma ter cursos de formaçao para desempregados e sempre com muitos jovens e pessoal na casa dos 20. Isto nao é nada mais nada menos que um falhanço redondo do ensino em Portugal, mas deve dar imenso jeito a muitas pessoas.

A única semelhança que existe entre a formação do IEFP e do Ensino Profissional é que ambas centram-se na formação!!!!!

O IEFP tem centros de formação direccionada para desempregados e jovens à procura do 1º emprego. São formações de curta duração e com 2 objectivos em mente, baixar a taxa de desemprego (enquanto frequentarem esses cursos não contam como desempregados) e tentar requalificar activos para áreas onde façam mais falta.

O Ensino Profissional é totalmente diferente, tem uma duração de 3 anos e que vai do 10º ao 12º ano, e só pode ser frequentado por quem tenho o 9º ano de escolaridade e idade máxima inferior a 20 anos! E como sabe os jovens actualmente são obrigado a estudarem até aos 18 anos ou até ao 12º ano!

Portanto, são mundos à parte e destinada a público alvo diferentes!

Quanto aos Fundos Comunitários que financia ambas as modalidades (FSE e Orçamento do Estado), tomara que fossem rentáveis, a única forma de sobreviverem é terem um accionista público (como o nosso caso) ou Associações Empresariais para formarem técnicos que precisem.

Um pormenor, os cursos ministrados no Ensino Profissional, têem de ter empregabilidade superior a 60% (estudar ou trabalhar) e quem escolhe é o Ministério da Educação em conjunto com os Municípios e as Associações de Municípios da zona em conjugação com os cursos pretendidos pelas Escolas, depois de obrigatoriamente questionarem as empresas da zona.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Abril 30, 2020, 11:24:19 am
Lusitan,
Falta aí a Berufschule (escola profissional) e acho que a Realschule é mais fraca que a Haupschule. Mas independentemente do agrupamento os estudantes quando saem estao muito melhor preparados para a vida e mais propícios a inovar, uma vez que tem um conhecimento base muito sólido.
Agora imaginemos o que as bancadas á esquerda do PS fariam se em Portugal se quisesse descriminar as crianças desta forma.

Viajante,
há muitas escolas profissionais que só devem existir ou por causa de fundos europeus ou porque dao jeito ao governo para apresentaçao de estatísticas relativas á educaçao. O IEFP costuma ter cursos de formaçao para desempregados e sempre com muitos jovens e pessoal na casa dos 20. Isto nao é nada mais nada menos que um falhanço redondo do ensino em Portugal, mas deve dar imenso jeito a muitas pessoas.

A Berufsschule é mais tarde, após completar o 10º ano. A Realschule é o nível médio e a Hauptschule é o nível mais baixo.

https://pt.slideshare.net/guestf68f14/das-deutsche-schulsystem/3
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 04, 2020, 09:29:34 am
Paradas, 25% das empresas ficam sem dinheiro para salários em pouco mais de um mês
https://eco.sapo.pt/2020/05/02/paradas-25-das-empresas-ficam-sem-dinheiro-para-salarios-em-pouco-mais-de-um-mes-embargo/
Citar
Se fossem a contar apenas com o dinheiro que têm em caixa ou nos depósitos bancários, 25% das empresas portuguesas não conseguiriam pagar mais do que um mês de salários numa paragem total da sua atividade. Essa situação é mais dramática no alojamento e restauração, grande parte do setor do turismo, segundo uma análise publicada no boletim mensal do Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia que, porém, não vincula o Governo.Num momento em que muito do tecido empresarial está há cerca de mês e meio (quase) paralisado, dois economistas do GEE, Gabriel Osório de Barros e Nuno Tavares, foram tentar perceber qual é a capacidade das empresas portuguesas para assegurar o pagamento das remunerações numa situação de paragem total da atividade. “Esta situação colocou-as numa situação única em termos da sua gestão corrente uma vez que a repentina quebra de receitas não pode ser, pelo menos no curto prazo, acompanhada por uma equivalente redução na estrutura de custos”, escrevem.

“No caso do encerramento compulsivo e na ausência de outras alternativas, restará às empresas fazerem uso das suas disponibilidades como forma de garantir a continuidade dos pagamentos“, concluem. Para aferir a margem das empresas, foi calculado o “cash-buffer” que corresponde ao rácio entre o valor das disponibilidades e a folha salarial mensal. Esta é uma forma de medir a resistência das empresas antes de as medidas de apoio anunciadas pelo Governo chegarem ao terreno, como é o caso das linhas de crédito ou do lay-off, medidas que não são tidas em conta neste exercício.
A conclusão é clara: há uma “forte prevalência de empresas com capacidade reduzida (em número de meses) para fazer face aos seus custos salariais recorrendo apenas à sua caixa ou a depósitos bancários“. Falando em números, é possível dizer que, com base nos dados disponíveis e apesar das limitações metodológicas, “25% das empresas não disporiam de recursos suficientes para fazer face a mais do que um mês de salários”.

Em termos setoriais, o alojamento e a restauração são os mais afetados com 50% das empresas sem recursos suficientes para assegurar “muito mais do que um mês” de salários. Estas áreas ligadas ao turismo são precisamente das mais expostas às medidas de contenção adotadas pelo Governo e a nível mundial, sendo também são das mais afetadas no volume de negócios, entre outros indicadores, tal como mostram os inquéritos semanais do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal.
(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2020/04/setor.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Maio 06, 2020, 07:11:49 pm
https://observador.pt/2020/05/06/portugal-quer-ser-cluster-da-industrializacao-na-europa-diz-ministro-dos-negocios-estrangeiros/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 06, 2020, 07:54:06 pm
https://observador.pt/2020/05/06/portugal-quer-ser-cluster-da-industrializacao-na-europa-diz-ministro-dos-negocios-estrangeiros/

Eu posso andar esquecido, mas ía jurar que foi este mesmo Ministro que maltratou os empresários nacionais ainda no final de 2019!!!!

Percebeu finalmente, de alguns acetatos da Faculdade de Economia do Porto, quando começou a leccionar, que o orçamento de estado só cresce (mais dinheiro para gastar) se os empresários ganharem mais dinheiro e pagarem mais impostos. E que a indústria, essa coisa poluente é a que mais riqueza cria!!!!!

Pode até dar-se o caso dos seus colegas de governo terem mais escolhas de empresas para fornecer o mercado nacional, sem recorrerem a empresas amigas do partido ou onde até foram sócios!!!!!! Mais empresas trás mais escolha e poder de decisão!!!!!

As voltas que o mundo dá!!!!!! O Santos Silva, que de parvo não tem nada, voltou a ser pragmático!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Maio 10, 2020, 03:51:46 pm
Um irlandês feliz por encontrar a cerveja Super Bock à venda no lidl na Irlanda.

(https://i.ibb.co/zXrmvwZ/Screenshot-20200510-154748.png) (https://ibb.co/9bNp5jW)

https://mobile.twitter.com/CiaranOConn0r/status/1259186482356649986
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 14, 2020, 12:21:41 am
Centeno fica no Governo. "Ficou esclarecida falha de informação ao primeiro-ministro"

https://observador.pt/2020/05/13/centeno-reunido-com-costa-em-sao-bento/

Acabou mais um episódio circense, com o divórcio mais que certo, marcado lá para Junho ou Julho, depois do Centeno apresentar o rectificativo e fazer as malas de cartão para o Banco de Portugal (Diz-se que paga melhor, não chateiam tanto e reformam-se mais cedo).

Depois de mais um número de circo do PM garantir que não havia mais dinheiro para o Novo Banco enquanto não terminasse a Auditoria Forense à gestão do BES/Novo Banco dos últimos 18 anos, quando o Costa estava farto de saber que não era esta auditoria que autorizava ou não mais transferências para o Fundo de Resolução, mas sim a auditoria que todas as sociedades cotadas têem sobre si e em relação à prestação de contas anual. Ainda por cima parece-me que o Costa já deveria ser PM em 2017 quando decidiram vender o Novo Banco à Lone Star e também devia saber que deram um aval de 3,9 mil milhões ao Fundo de Resolução (condição para a Lone Star aceitar a oferta!!!!!!!).

Não bastava o monumental disparate da resolução do ex-BES permitida pelo Passos, em 2014 (só para não ter de liquidar o banco e com isso o déficite disparar), o Costa continua o mesmo caminho em 2017 e permite a venda à Lone Star, com injecções indirectas ao Fundo de Resolução (assim também não conta para o déficite).

Das 2 uma, ou o PM é incompetente e fala na AR sem saber do que fala ou é aldrabão e estava farto de saber que o dinheiro tinha de ser transferido (os 850 milhões até estavam inscritos no Orçamento de Estado que a nova geringonça aprovou!!!!!!).
O senhor Costa não se lembra do que disse em Fevereiro?
https://www.publico.pt/2020/02/27/economia/noticia/injeccao-novo-banco-sera-orcamento-estado-costa-1905703
citação: "O primeiro-ministro afastou hoje a hipótese de uma injecção de capital única no Novo Banco, como defendeu o presidente do Fundo de Resolução, garantindo ainda que o Estado vai aplicar o tecto máximo de 850 milhões de euros." in Público de Fevereiro de 2020.

Agora a culpa foi do Centeno....... está certo!!!!!!

Mas mesmo depois da confusão do layoff que nunca mais é pago, a Ministra de Saúde meter os pés pelas mãos e até dizer que o 13 de Maio podia realizar-se depois do circo do 1º de Maio, o que é que o Costa tirou da cartola para passar a gafe da AR com o Novo Banco? Apoia o Ti Celito!!!! Desta ninguém estava à espera! Com esta jogada que eu reconheço de mestre, mete o PR no bolso (gaba-o a dizer que esteve bem no Parlamento e indirectamente sugere que o Centeno esteve mal), afasta possíveis candidatos socialistas como a Ana Gomes e ao mesmo tempo arruma com a confusão dos 850 milhões ao Novo Banco!!!!!!

Temos artistas!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 14, 2020, 02:41:02 am
Esse jornal Observador trabalha para quem?
Tem tido uns artigos pouco imparciais.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 14, 2020, 11:05:11 am
Esse jornal Observador trabalha para quem?
Tem tido uns artigos pouco imparciais.

Sigo o Observador desde que abriu. É dos poucos jornais que não é de esquerda e que não dá descanso a descobrir todos os podres da geringonça!!!!
É claramente um jornal com quase todos direccionados para centro-direita, mas mais inclinados para a direita, apesar de se ver nos accionistas muita gente endinheirada até do PS!!!!! (Jaime Gama, Luís Amado.....
Aqui está quem é o dono: https://observador.pt/ficha-tecnica/

Mas acho que até atacam mais o Rui Rio, para o observador, o Rui Rio é outro socialista-comunista!!!!!
No fundo são órfãos do Passos Coelho, e desde que o Rui Rio foi eleito, têem-lhe feito a folha.

Mas para quem está farto de notícias anti-Trump e Bolsonaro e esquecem os grandes exemplos de gestão da crise Covid-19 que fez a Espanha e a Itália........ o Observador é uma boa alternativa.
Aprecio muito vários colunistas com inteligência acima da média:
Tiago Dores
Manuel Vilaverde Cabral
José Diogo Quintela (apesar de humorista, é fenomenal)
João Carlos Espada
Helena Matos (excelentes crónicas)
Até o José Milhazes, ex-comunista desencantado
Alberto Gonçalves (muito bom)
Rui Ramos
João Miguel Tavares
E até o Jaime Gama e o Jaime Nogueira Pinto
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 15, 2020, 03:03:09 am
https://observador.pt/2020/02/27/estado-vai-injetar-o-teto-maximo-anual-de-850-milhoes-no-novo-banco/


Estado vai injetar o teto máximo anual de 850 milhões no Novo Banco

O primeiro-ministro afastou esta quinta-feira a hipótese de uma injeção de capital única no Novo Banco, como defendeu o presidente do Fundo de Resolução.


E este?! Quase dois submarinos "do Portas" todos os anos!! (como o jornalixo conseguiu que ficassem conhecidos)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 15, 2020, 10:36:59 am
https://observador.pt/2020/02/27/estado-vai-injetar-o-teto-maximo-anual-de-850-milhoes-no-novo-banco/


Estado vai injetar o teto máximo anual de 850 milhões no Novo Banco

O primeiro-ministro afastou esta quinta-feira a hipótese de uma injeção de capital única no Novo Banco, como defendeu o presidente do Fundo de Resolução.


E este?! Quase dois submarinos "do Portas" todos os anos!! (como o jornalixo conseguiu que ficassem conhecidos)

Por acaso no Novo Banco, em princípio é mesmo um empréstimo, porque vá lá, foram inteligentes e o Estado não injecta dinheiro directamente no banco, como refere e mal a comunicação social! O dinheiro injectado pelo estado, é feito ao fundo de resolução, que na prática são todos os outros bancos e só se estes falissem todos é que o Estado ficava sem o dinheiro, na prática quem pede emprestado não é o Novo Banco mas todos os outros!!!! Aí foi uma decisão inteligente! E como os outros bancos pagam uma pequena taxa anual para o Fundo, quando o Fundo tiver lucro, nessa altura o Estado pode começar a reaver os 3,9 mil milhões que vai emprestar!!!!!! (https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bancos-vao-pagar-taxa-mais-alta-de-contribuicao-para-o-fundo-de-resolucao)

Não ando a contar ao tostão o dinheiro injectado nos bancos, mas por alto o valor anda entre 25 e 30 mil milhões de euros, ou seja, dava para pagar 30 meses de layoff de todas as empresas que o pediram! Só a CGD já vai em 9 a 10 mil milhões!!!!!

O maior problema é que nós criticamos os americanos e os ingleses, mas esses na minha opinião geriram muito melhor a crise e não prejudicaram tanto os contribuintes, porque nos países anglo-saxónicos, não têem problemas em deixarem falir uma empresa qualquer, até um Banco, se virem que não vale a pena salvar e ajudarem quem "merece" e pode ser ajudado. Basta recordar o Lloyds inglês, gerido por um português, o Governo inglês injectou dinheiro mas ficou com a maioria do capital e aos poucos, conforme o banco foi recuperando, foi vendendo as acções e até teve lucro na operação!!!!! (https://www.dinheirovivo.pt/banca/tesouro-britanico-lucra-mil-milhoes-com-a-venda-da-participacao-no-lloyds/).

O que me lixa neste caso do Novo Banco, é que mesmo que corra tudo bem e os outros bancos sem culpa e sem dinheiro paguem ao estado os 3,9 mil milhões injectados no Novo Banco, a Lone Star recebe essas ajudas todas para limpar o Banco e no fim vai vender bem caro (como fez o Fundo Apollo, que tinha comprado a Tranquilidade por 40 milhões e vendem por 510 milhões, 4 anos depois!!!!!).

É que a Lone Star, que é um Fundo de Investimentos (ganha dinheiro a comprar barato e a vender caro, depois de fazer uma terapia de choque nas empresas que compra), quando ganhar rios de dinheiro com a venda do Novo Banco, não vai dar nenhum cêntimo aos contribuintes que emprestaram o dinheiro, no máximo ganhamos a quota-parte do lucro que a Caixa vai ter indirectamente, pelo facto do Fundo de Resolução (todos os bancos) serem donos de 1/3 do Novo Banco!!!!!

No fundo estamos a dizer aos Bancos isto: Não se preocupem, se derem prejuízo, nós os contribuintes pagamos, quando derem lucro é tudo vosso!!!!!! (tirando no máximo o IRC pago)
Assim estão a dar um péssimo exemplo de disciplina financeira!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Maio 20, 2020, 06:35:56 am


https://observador.pt/opiniao/portugal-nao-e-um-pais-e-um-milagre

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 24, 2020, 12:50:42 pm
Uma das mulheres mais ricas de Portugal usa barriga de aluguer para gerar herdeiro para o império Amorim
https://magg.sapo.pt/atualidade/atualidade-nacional/artigos/uma-das-mulheres-mais-ricas-de-portugal-usa-barriga-de-aluguer-para-gerar-herdeiro-para-o-imperio-amorim
(https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=YmU1yie3GN/ifK8fcPSZdscDRxwy4P5awtkbzBSmRKT/O9FZjL0xzsOUpUaDyMhK3Lfqkxq2v8DQOXl7JNpA7PjBaxyZxGnrBaYfaDMxOtv63is=)
Citar
Paula Amorim, que lidera os investimentos do grupo Amorim e é presidente do conselho de Administração da Galp, tem um império avaliado em mais de quatro mil milhões de euros.Aquela que é uma das mulheres mais ricas de Portugal tem um novo herdeiro depois de ter recorrido a uma barriga de aluguer nos Estados Unidos, onde esta é uma prática bastante comum. A criança é filha de Paula Amorim, que lidera os investimentos do grupo Amorim, é presidente do conselho de administração da Galp e foi considerada a mulher mais poderosa do universo empresarial português pela revista "Forbes" — numa altura em que o seu império está avaliado em mais de quatro mil milhões de euros.

O novo herdeiro chama-se Manuel Américo Amorim Guedes de Sousa, nasceu no início de maio e é o terceiro filho de Paula Amorim, depois de ter tido dois filhos do seu primeiro casamento com o empresário Rui Alegre de quem se divorciou em meados de 2005.
O segundo casamento, com o empresário Miguel Guedes de Sousa, deu-se em 2012 e desde então que o casal já planeava "há algum tempo ter um segundo filho e recorrer a uma barriga de aluguer", segundo apurou o "Correio da Manhã".O bebé já estará em casa de Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa e a família diz-se "feliz com chegada do novo elemento" numa altura muito difícil para os negócios em que se avista uma "crise económica provocada pela pandemia da COVID-19" em todo o mundo.

Ainda que os valores do serviço de barriga aluguer que Paula Amorim comprou não sejam conhecidos estima-se que, em média, o bebé possa ter custado cerca de 180 mil euros já que é este o valor geralmente praticado nos Estados Unidos.

Está na moda….
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 24, 2020, 03:43:47 pm
Em Sintra vai nascer uma “mini-Califórnia”. Brasileiros investem dez milhões em 20 moradias
https://eco.sapo.pt/2020/05/24/em-sintra-vai-nascer-uma-mini-california-brasileiros-investem-dez-milhoes-em-20-moradias/
Citar
Na pacata localidade de Nafarros, em Sintra, vai nascer uma “mini-Califórnia”. Inserido num pinhal, com vista para a serra, o futuro “Reserva Real” faz lembrar os trópicos: 20 moradias modernas, ruas particulares e palmeiras. As habitações deste projeto, que resulta de um investimento de dez milhões de euros da empresa brasileira Real Estate Allocation, poderão ser personalizadas ao gosto de cada um, mas mantendo sempre a arquitetura prevista.

É um projeto pensado para quem procura tranquilidade e qualidade de vida. Localizado em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais, o “Reserva Real” vai começar a ser construído no início de junho, depois de aqueles terrenos terem sido adquiridos pelos brasileiros da Real Estate Allocation a privados, como adiantou ao ECO Pedro Mateus, diretor de vendas da SilFiducia, empresa do Grupo SIL que está responsável pela comercialização.

O projeto é composto por 20 lotes para moradias, com áreas entre os 642 e os 1.550 metros quadrados. Contrariamente aos projetos comuns, os interessados em viver no “Reserva Real” podem comprar o lote com moradia incluída ou comprar apenas o lote e construir a moradia mais tarde. Esta última opção permite uma “construção personalizada”, mas sempre respeitando o estilo arquitetónico previsto.
Para quem preferir comprar o “pacote completo”, poderá optar por moradias T3 a T5, com áreas entre os 182 e os 354 metros quadrados, com dois pisos, piscina exterior e estacionamento. Ao ECO, Pedro Mateus explica que todo o “Reserva Real” deverá ficar concluído num prazo de quatro anos mas uma moradia deverá demorar cerca de dois anos a ser entregue ao novo dono. E das 20 moradias, quatro já estão reservadas, revelou.

Dependendo da opção escolhida, os preços são, claramente diferentes. Há lotes disponíveis desde 145.000 euros (666 metros quadrados) a 337.000 euros (1.550 metros quadrados). No caso de lotes com moradia incluída, os preços começam nos 567.000 euros (T4 com 183 metros quadrados) e vão até aos 1,09 milhões de euros (T5 com 235 metros quadrados). Para o diretor de vendas da SilFiducia, estes são “preços perfeitamente razoáveis”.
Pessoas estão a procurar um novo tipo de vida”

Pedro Mateus acredita que este projeto vai atrair pessoas que procuram um diferente estilo de vida. “Temos sentido um aumento da procura porque as pessoas estão a procurar um novo tipo de vida”, explica, referindo que “quem está à procura de casa deverá desistir de comprar um apartamento e irá procurar uma moradia”. E esta crise provocada pelo coronavírus, diz, vai dar ainda mais força a esta procura.
Quanto a esta procura, o responsável prevê que o projeto vai atrair tanto portugueses (primeira habitação), como estrangeiros. “Os estrangeiros vão continuar a investir em Portugal e até com mais força e empenho porque Portugal não foi assim muito atingido pelo coronavírus”, nota, referindo que, dentro da procura internacionais, o mercado asiático, francês e brasileiro deverá predominar.

O “Reserva Real” foi idealizado pelo arquiteto Fabiano Hayasaki, que já assinou projetos de nomes como Neymar Jr e Denilson. Em comunicado, o especialista nota que se inspirou no “lugar mágico que é Sintra e os seus palácios”. “Criei para este projeto um novo conceito de morar bem, com mais funcionalidade, muito mais design e ao mesmo tempo com simplicidade”.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 24, 2020, 04:09:48 pm
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Inserido num pinhal, com vista para a serra, o futuro “Reserva Real” faz lembrar os trópicos: 20 moradias modernas, ruas particulares e palmeiras

Palmeiras... Trópicos... Em Sintra? Que mer**....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 24, 2020, 04:57:44 pm
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Inserido num pinhal, com vista para a serra, o futuro “Reserva Real” faz lembrar os trópicos: 20 moradias modernas, ruas particulares e palmeiras

Palmeiras... Trópicos... Em Sintra? Que mer**....

Caro HSMW então, os investidores são brasileiros tem de ter Palmeiras,  ;D
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 26, 2020, 07:35:53 pm
Mercadona enviou para Espanha 90% das compras a produtores nacionais
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/mercadona-enviou-para-espanha-90-das-compras-a-produtores-nacionais?ref=HP_Destaquesduasnotícias
(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2020-01/img_817x460$2020_01_23_10_50_18_368428.jpg)
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A cadeia espanhola de supermercados adquiriu, no ano passado, 126 milhões de euros em produtos portugueses. A Mercadona enviou para as suas lojas em Espanha cerca de 90% dos produtos que adquiriu, no ano passado, a produtores de origem nacional. Numa nota enviada à imprensa esta terça-feira, a cadeia de supermercados espanhola revela que gastou 126 milhões de euros em produtos portugueses, e que conta atualmente com cerca de 300 fornecedores nacionais.

O valor das aquisições representa uma subida de 43% face ao ano anterior, em que a Mercadona tinha comprado o equivalente a 88 milhões de euros em produtos portugueses. A cadeia espanhola começou a abastecer as suas lojas com produtos portugueses em 2016, ano em que anunciou a entrada em Portugal. Desde então, gastou 329 milhões de euros em bens de origem nacional.

Entre os produtos mais procurados pela retalhista espanhola junto de fornecedores portugueses contam-se a fruta e os laticínios. No ano passado, a Mercadona adquiriu mais de 3700 toneladas de Maçã Royal Gala, 2350 toneladas de Maçã Golden, cerca de mil toneladas de Pera Rocha e 22 toneladas de banana da Madeira.

No mesmo ano, a empresa comprou 127 mil quilos de queijo e cerca de 30 mil litros de leite dos Açores, sendo que 100% do leite vendido nos supermercados da marca em Portugal é de origem nacional. A Mercadona destaca ainda as compras de peixe em lotas locais, como Matosinhos, Aveiro ou Peniche, que atingiram as 1500 toneladas.

A Mercadona entrou em Portugal no ano passado e conta atualmente com 10 lojas, prevendo abrir outras 10 ao longo de 2020.

Normalmente é ao contrário, mas a ser verdade eu  :palmas:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 27, 2020, 08:32:48 pm
Hertz Portugal imune à falência da empresa nos EUA, apesar do “dano reputacional”
https://eco.sapo.pt/2020/05/27/hertz-portugal-imune-a-falencia-da-empresa-nos-eua-apesar-do-dano-reputacional/
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O presidente executivo da Hertz Portugal afirmou que, apesar do inevitável “dano reputacional”, a falência da empresa nos EUA não afeta a sua atividade no país, onde opera de forma “independente” em regime de franchising desde 1998.

“Em Portugal o grupo Hipogest é uma entidade independente, privada, do setor automóvel há 45 anos e aquilo que nos liga à Hertz [EUA] é um negócio de franchise, em que pagamos royalties por aquilo que produzimos, estamos integrados em programas de clientes internacionais e temos ligações comerciais e algumas ligações de sistemas, mas nada crítico”, disse Duarte Guedes em entrevista à agência Lusa.
Assim, referiu o responsável, o anúncio feito na semana passada de que, devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus, a empresa norte-americana de aluguer de carros Hertz recorreu ao designado capítulo 11 da lei da bancarrota, ao fim de mais de um século de existência, representa sobretudo “um dano reputacional” que, espera, será superado pela “notoriedade internacional” da marca.O fundamental é que somos autónomos comercialmente, somos autónomos na compra das viaturas, e como tal, independentemente do que aconteça lá fora, quando entrámos neste período da pandemia tomámos as decisões e adaptámos o nosso negócio aquilo que irão ser tempos de menor negócio”, sustentou.

Segundo o presidente executivo (CEO) da Hertz Portugal, até ao momento o impacto da crise pandémica traduz-se numa quebra homóloga de “cerca de 40%” no volume de negócios da empresa, face aos 63 milhões de euros do ano passado, apontando o cenário base em cima da mesa “para uma quebra de cerca de 50%” no final do ano.

“O impacto foi grande, naturalmente. Temos uma área mais internacional, de turismo, e essa parte foi significativamente afetada. A restante parte doméstica do negócio [aluguer de viaturas para empresas e de veículos de substituição/assistência em viagem para oficinas e companhias de seguros] também foi afetada, porque se os carros não andam na rua há menos acidentes, menos avarias e menos deslocações de empresas, mas é o que nos tem permitido segurar uma parte da atividade”, afirmou.

Com 300 colaboradores e cerca de 35 lojas em Portugal, a maioria das quais próprias e as restantes de agentes, a Hertz manteve todas as lojas próprias em atividade durante os dois meses e meio de estado de emergência e de estado de calamidade e garante ter tomado “todas as medidas necessárias para uma abertura, que vai ser gradual, mas vai acontecer”.

“Já sentimos um reativar [da economia]. Todas as semanas melhora, pouco, mas melhora”, disse Duarte Guedes, explicando que “a componente local foi mais rápida a voltar” e o segmento de oficinas e concessionários está já “em níveis de cerca de 60 a 70% do pré-covid”, começando agora a surgir os anúncios de retoma das companhias aéreas, que dinamizarão o segmento turístico.

Convencido de que “as pessoas estão a ter confiança de voltar a uma vida mais normal”, o empresário acredita que o regresso à normalidade “vai ser gradual, mas se calhar mais rápido do que o esperado há um mês ou dois, em que a perspetiva era mais negra”.

No caso da Hertz Portugal, o CEO destaca como trunfo o facto de ter um modelo de negócio “flexível e maleável”: “O nosso principal custo é a frota, mas, ao contrário do que se passava nos EUA, nós aqui sempre comprámos cerca de 70 a 75% da nossa frota em regime de ‘buy back’ com as marcas, ou seja, é como se alugássemos os carros às marcas para depois podermos nós alugá-los, sabendo exatamente a que preços e em que período é que estes carros voltam a sair da nossa operação”.

Tendo a crise pandémica em Portugal rebentado no período que antecedeu a Páscoa, numa altura em que a empresa estava a preparar a frota para esse período, mas ainda não o tinha feito para o período forte do verão, Duarte Guedes diz ter sido possível “eliminar uma parte importante dos carros que iam entrar” no portfólio da Hertz para a época alta.

“Como resultado – acrescentou – lá para outubro teremos a nossa frota perfeitamente alinhada com o nosso cenário, o que é bom porque nos conseguimos adaptar com alguma rapidez”.

A empresa norte-americana de aluguer de carros Hertz anunciou no passado sábado que a pandemia do novo coronavírus a levou a recorrer ao designado capítulo 11 da lei da bancarrota, ao fim de mais de um século de existência.
Segundo informou na altura em comunicado, este procedimento diz respeito apenas às suas operações nos EUA e no Canadá, poupando as suas principais regiões operacionais, principalmente a Europa, a Austrália e a Nova Zelândia.

“O impacto da covid-19 na procura de viagens foi repentino e dramático, resultando numa queda acentuada nas receitas da empresa e reservas futuras”, apontou o grupo.

A Hertz diz que tomou uma “ação imediata” que prioriza a saúde e a segurança dos funcionários e dos
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Maio 30, 2020, 10:50:41 am
Pequeno mas bom artigo sobre a situação TAP.

http://merlin37.com/home-1/falardatap

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 10, 2020, 10:54:51 am
pois é, pois é, a marabunta só preocupada com a merda do KonaViruz, mas o que aí vem, em termos de descalabro económico, será bem pior, e o tão badalado e publicitado, excelente e muito profissional ex-ministro das finanças, pelo que está a emergir, parece que afinal...….

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/opiniao/em-risco-de-bancarrota-e-ninguem-diz-nada/ar-BB15g2Dx?ocid=spartandhp

Preparem-se, que a austeridade que aí vem, e que o sr António, jogo de cintura, Costa disse, há meses, que nunca haveria de haver, pois a economia estava mais que preparada para a tal dita crise, bem, afinal,...….afinal, havia outra, a outra, a verdade, coisa que os politicos são exímios em omitir, e, essa verdade é que nos vai fazer doer, mas a nós o POVO, porque os outros senhores, aqueles do Poder, esses, estarão, uma vez mais, imunes  a essas dores e a salvo de todos os males, á e é verdade, já me esquecia, alguns desses senhores tão competentes e profissionais, estarão até no BdP  !!!

Abraços e Viva Portugal
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 10, 2020, 11:38:41 am
pois é, pois é, a marabunta só preocupada com a merda do KonaViruz, mas o que aí vem, em termos de descalabro económico, será bem pior, e o tão badalado e publicitado, excelente e muito profissional ex-ministro das finanças, pelo que está a emergir, parece que afinal...….

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/opiniao/em-risco-de-bancarrota-e-ninguem-diz-nada/ar-BB15g2Dx?ocid=spartandhp

Preparem-se, que a austeridade que aí vem, e que o sr António, jogo de cintura, Costa disse, há meses, que nunca haveria de haver, pois a economia estava mais que preparada para a tal dita crise, bem, afinal,...….afinal, havia outra, a outra, a verdade, coisa que os politicos são exímios em omitir, e, essa verdade é que nos vai fazer doer, mas a nós o POVO, porque os outros senhores, aqueles do Poder, esses, estarão, uma vez mais, imunes  a essas dores e a salvo de todos os males, á e é verdade, já me esquecia, alguns desses senhores tão competentes e profissionais, estarão até no BdP  !!!

Abraços e Viva Portugal

Eu também não consigo perceber este delírio nacional que julgo que ninguém vai conseguir parar (o Mário Centeno tinha muito mais autoridade política, mesmo fragilizado, que o novo Ministro que desconfio vai ser triturado pelos xuxalistas, bloquistas e comunistas) o buraco. Eu fico de boca aberta como é possível o Governo já estar a negociar aumentos de salários para 2021 da Função Pública! Será que ainda não perceberam que as despesas do estado vão disparar (despesas de saúde, combate à pandemia, layoff, avales a empréstimos que passaram de 6 para 13 000 milhões de euros às empresas, reactivação da economia, injecção de capital nas empresas públicas, o aumento dos desempregados e pagamentos dos subsídios correspondentes) e em simultâneo as receitas vão cair a pique! É que não temos só o problema das despesas aumentarem brutalmente, é a riqueza do país que vai cair e por consequência gera muito menos receitas para o Estado. Além disso as nossas exportações estão em queda livre!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Junho 13, 2020, 06:14:57 pm
Ikea planeia devolver apoio do lay-off ao Estado português
https://eco.sapo.pt/2020/06/13/ikea-planeia-devolver-apoio-do-lay-off-ao-estado-portugues/
Citar
A sueca Ikea está a negociar com os Governos de nove países, incluindo de Portugal, no sentido de lhes devolver os apoios concedidos ao abrigo de regimes como o português lay-off simplificado, isto é, mecanismos que, nos últimos meses, ajudaram a empresa no pagamento dos salários aos trabalhadores. É que, afinal, o impacto da pandemia de coronavírus na sua atividade foi menos grave do que esperava.De acordo com o Financial Times (acesso pago), a Ikea decidiu abrir conversações com a Bélgica, Croácia, República Checa, Irlanda, Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha e Estados Unidos. Face às diferenças nos vários regimes em causa, a empresa ainda não consegue adiantar que valor planeia devolver a estes Estados.

Tolga Oncu, diretor da companhia sueca, explica que, inicialmente, antecipava que a atividade e as vendas cairiam 70% a 80% face à crise pandémica, mas o desconfinamento tem sido sinónimo de um aumento significativo da procura, daí a decisão de devolver os apoios estatais. “Agora sabemos mais do que sabíamos em fevereiro e março, pelo que o que devemos fazer passa por dizer ‘muito obrigado pela vossa ajuda durante este período difícil e agora vamos ver como poderemos devolver os apoios’“, explica Oncu ao Financial Times.


Em Portugal, a Ikea conta com cinco lojas em Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga. Estes estabelecimentos estiveram encerrados entre 18 de março e 31 de maio. E durante esse período, a empresa sueca decidir recorrer ao lay-off simplificado para 65% dos seus trabalhadores, assegurando-lhes, ainda assim, 100% da sua remuneração base.

Ao abrigo deste regime excecional, o empregador pode suspender os contratos de trabalho e reduzir os horários dos trabalhadores, cujos trabalhadores sofrem um corte máximo de 33%. No caso da suspensão dos contratos, os salários são, assim, reduzidos a dois terços, que são pagos em 70% pela Segurança Social. É esse o apoio que a Ikea quer agora devolver ao Estado português.

Até ao momento, mais de 100 mil empresas já recorreram ao lay-off simplificado, abrangendo mais de 800 mil trabalhadores.

Olha se fosse uma empresa portuguesa, é que nem chegava a planear. ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2020, 09:54:46 pm
Outra mentalidade, sem dúvida nenhuma. Mas também não deite os foguetes todos, o criador do IKEA criou um Fundação que é dona da IKEA e que por isso...... não paga impostos!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Junho 14, 2020, 11:27:26 am
Uma empresa portuguesa, mantinha o dinheiro e "no pasa nada".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 14, 2020, 05:29:53 pm
Agora fica limpo no final de 2020,  mas então porque é que vai precisar de + uns milhões em 2021 ??

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antonio-ramalho-objetivo-e-deixar-o-novo-banco-totalmente-limpo-no-final-de-2020-600558


Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 15, 2020, 10:33:12 am
Isabel dos Santos fecha empresas em Portugal

Empresária angolana fechou “vários” escritórios de empresas em Portugal, levando ao despedimento de “dezenas” de trabalhadores. Nega estar a ser investigada por branqueamento e fraude fiscal.

Isabel dos Santos fechou “vários” escritórios de empresas em Portugal, levando ao despedimento de “dezenas” de trabalhadores, depois ter tido contas bancárias arrestadas, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

O representante da empresária angolana explicou que “várias empresas portuguesas e angolanas enfrentam grandes dificuldades porque o Ministério Público português impediu e impede o pagamento de salários a trabalhadores portugueses, impede o pagamento de rendas, de água, de luz, de condomínio, dos contratos aos serviços informáticos e servidores, e inclusive impede o pagamento de impostos”.

A empresária angolana nega estar a ser investigada por branqueamento de capitais e fraude fiscal em inquérito que será relativo à compra da Efacec, em 2015. O mesmo representante da empresária afirmou, que em relação ao inquérito do Ministério Público (MP), “é falso que Isabel dos Santos esteja a ser investigada por suspeitas de branqueamento de capitais e fraude fiscal na operação de aquisição da Efacec, em 2015”. Nega ainda que tenha havido arresto de bens e contas bancárias no âmbito desse processo.

https://eco.sapo.pt/2020/06/15/isabel-dos-santos-fecha-empresas-em-portugal/

E por falar em bons rapazes (EDP), e porque a igualdade de género é importante, agora fica um artigo de uma "grande empresária" que começou a sua fortuna a vender ovos.....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Junho 15, 2020, 02:47:01 pm
Isabel dos Santos fecha empresas em Portugal

Empresária angolana fechou “vários” escritórios de empresas em Portugal, levando ao despedimento de “dezenas” de trabalhadores. Nega estar a ser investigada por branqueamento e fraude fiscal.

Isabel dos Santos fechou “vários” escritórios de empresas em Portugal, levando ao despedimento de “dezenas” de trabalhadores, depois ter tido contas bancárias arrestadas, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

O representante da empresária angolana explicou que “várias empresas portuguesas e angolanas enfrentam grandes dificuldades porque o Ministério Público português impediu e impede o pagamento de salários a trabalhadores portugueses, impede o pagamento de rendas, de água, de luz, de condomínio, dos contratos aos serviços informáticos e servidores, e inclusive impede o pagamento de impostos”.

A empresária angolana nega estar a ser investigada por branqueamento de capitais e fraude fiscal em inquérito que será relativo à compra da Efacec, em 2015. O mesmo representante da empresária afirmou, que em relação ao inquérito do Ministério Público (MP), “é falso que Isabel dos Santos esteja a ser investigada por suspeitas de branqueamento de capitais e fraude fiscal na operação de aquisição da Efacec, em 2015”. Nega ainda que tenha havido arresto de bens e contas bancárias no âmbito desse processo.

https://eco.sapo.pt/2020/06/15/isabel-dos-santos-fecha-empresas-em-portugal/

E por falar em bons rapazes (EDP), e porque a igualdade de género é importante, agora fica um artigo de uma "grande empresária" que começou a sua fortuna a vender ovos.....

Então, ouve um outro senhor que começou a sua fortuna a vender caracóis, porque não ovos. ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 15, 2020, 06:42:32 pm
Marcelo “estupefacto” com notícia de que Novo Banco precisa de mais capital

O Presidente da República declarou hoje ter ficado “estupefacto” com a notícia de que o Novo Banco vai precisar de mais capital do que o previsto para este ano devido ao impacto da covid-19.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre este assunto depois de ter dado uma aula em direto para o projeto de ensino à distância #EstudoEmCasa, nas instalações da RTP, em Lisboa.

“Eu não costumo comentar casos concretos de vida de instituições bancárias. Portanto, eu ouvi a notícia, fiquei estupefacto com ela, mas verdadeiramente não comento esse tipo de notícias, para não estar a entrar na situação concreta de instituições financeiras”, respondeu o chefe de Estado.

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, afirmou em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, divulgada no domingo, que “a deterioração da situação económica leva a necessidades de capital ligeiramente suplementares” às que estavam estimadas para este ano e que foram comunicadas ao Fundo de Resolução.

O dinheiro recebido pelo Novo Banco para se recapitalizar totaliza 2.978 milhões de euros desde 2017, depois de em 08 de maio o Governo ter confirmado que foi realizada uma nova injeção de capital através do Fundo de Resolução bancário.

O montante transferido nessa semana foi realizado ao abrigo do mecanismo acordado na venda do Novo Banco à Lone Star, em 2017, segundo o qual o Fundo de Resolução compensa o banco por perdas em ativos com que ficou na resolução do Banco Espírito Santo.

Contudo, uma vez que o Fundo de Resolução, entidade financiada pelos bancos que operam em Portugal, não tem o dinheiro necessário às injeções de capital no Novo Banco, todos os anos pede dinheiro ao Estado, a quem deverá devolver o empréstimo ao longo de 30 anos.

Desta vez, dos 1.037 milhões de euros que o Fundo de Resolução colocou no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram diretamente do Estado.

Também em 2018, dos 1.149 milhões de euros postos no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram de um empréstimo do Tesouro. Em 2017, dos 792 milhões de euros injetados, 430 milhões de euros vieram de um empréstimo público.

No total, o Novo Banco já recebeu 2.978 milhões de euros do Fundo de Resolução para se recapitalizar, dos quais 2.130 milhões de euros foram de empréstimos do Tesouro.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios e já fez mais de 433 mil morrtos a nível global, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.520 pessoas num total 37.036 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde.

O Governo prevê que a economia portuguesa recue 6,9% em 2020 e cresça 4,3% em 2021.

https://semanariov.pt/2020/06/15/marcelo-estupefacto-com-noticia-de-que-novo-banco-precisa-de-mais-capital/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Get_It em Junho 15, 2020, 07:14:53 pm
Eu é que fico estupefacto com a lata de certas pessoas.

(Já estamos em campanha eleitoral?)

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 10:23:19 am
Eu é que fico estupefacto com a lata de certas pessoas.

(Já estamos em campanha eleitoral?)

Cumprimentos,

Mas este demagogo populista alguma vez fez mais alguma coisa do que andar em campanha eleitoral????  :N-icon-Axe:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 10:23:31 am
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Junho 16, 2020, 10:40:05 am
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Há alguma coisa que este contrato não prevê? Este contrato é um autêntico baixar de calças, em que o Estado e os restantes bancos estão à mercê de qualquer tanga que a administração do NB invente.

Não é por nada, mas quer-me parecer que uma alínea do género "caso se justifique", fazia muita falta nesse contrato. Gostava de saber se há alguém a ver as contas do NB a confirmar realmente o impacto da pandemia, a ponto de justificar mais dinheiro, ou se vamos dar dinheiro apenas a acreditar na palavra da gerência do banco.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 10:41:40 am
Até devem receber dinheiro em caso de invasão alienígena

Os gajos que negociaram isto deviam estar presos
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2020, 11:43:44 am
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Há alguma coisa que este contrato não prevê? Este contrato é um autêntico baixar de calças, em que o Estado e os restantes bancos estão à mercê de qualquer tanga que a administração do NB invente.

Não é por nada, mas quer-me parecer que uma alínea do género "caso se justifique", fazia muita falta nesse contrato. Gostava de saber se há alguém a ver as contas do NB a confirmar realmente o impacto da pandemia, a ponto de justificar mais dinheiro, ou se vamos dar dinheiro apenas a acreditar na palavra da gerência do banco.

O mais grave de toda esta embrulhada, é nem sequer conhecermos esse famoso contrato que temos de cumprir, mas só alguns iluminados conseguem ler o que está lá escrito!

Começo a pensar se não seria melhor para o país terem emprestado os 2,5 mil milhões de euros que o Salgado pediu para o Banco, na condição de se afastarem todos os administradores do Banco e transformar os 2,5 mil milhões em capital no Banco, passando o estado a ser o maior accionista! Tal e qual como fizeram os ingleses com o Loyds Bank e até ía buscar o CEO do Loyds, o português António Horta Osório (é ele que assina as notas Escocesas em circulação!!!). Qualquer que fosse o seu salário que ele pedisse (actualmente ganha mais de 5 milhões de euros por ano), seria mais barato que o que temos agora!!!!!

Agora enriquecerem investidores à nossa custa, só para o déficite não subir!!!! E fazerem estes negócios!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Junho 16, 2020, 12:43:16 pm
Até devem receber dinheiro em caso de invasão alienígena

Os gajos que negociaram isto deviam estar presos

Mas é que não tenho dúvidas que isso está incluído nos "cenários de extrema adversidade". Se rompesse a terceira guerra mundial, está visto em vez de se usar o dinheiro para o esforço de guerra, ia para o Novo Banco.

Aliás, algures no contrato, deve incluir uma cláusula qualquer em que se o gerente for atacado por um leão na savana africana, escorrem mais 500 milhões para o banco. Ridículo.

filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Há alguma coisa que este contrato não prevê? Este contrato é um autêntico baixar de calças, em que o Estado e os restantes bancos estão à mercê de qualquer tanga que a administração do NB invente.

Não é por nada, mas quer-me parecer que uma alínea do género "caso se justifique", fazia muita falta nesse contrato. Gostava de saber se há alguém a ver as contas do NB a confirmar realmente o impacto da pandemia, a ponto de justificar mais dinheiro, ou se vamos dar dinheiro apenas a acreditar na palavra da gerência do banco.

O mais grave de toda esta embrulhada, é nem sequer conhecermos esse famoso contrato que temos de cumprir, mas só alguns iluminados conseguem ler o que está lá escrito!

Começo a pensar se não seria melhor para o país terem emprestado os 2,5 mil milhões de euros que o Salgado pediu para o Banco, na condição de se afastarem todos os administradores do Banco e transformar os 2,5 mil milhões em capital no Banco, passando o estado a ser o maior accionista! Tal e qual como fizeram os ingleses com o Loyds Bank e até ía buscar o CEO do Loyds, o português António Horta Osório (é ele que assina as notas Escocesas em circulação!!!). Qualquer que fosse o seu salário que ele pedisse (actualmente ganha mais de 5 milhões de euros por ano), seria mais barato que o que temos agora!!!!!

Agora enriquecerem investidores à nossa custa, só para o déficite não subir!!!! E fazerem estes negócios!!!!

O essencial, e para ontem, era o contrato ser tornado público. Até lá, nem mais um cêntimo devia escorrer para o NB.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 01:34:44 pm
Mudem o nome do país para

República do Banco de Portugal
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2020, 02:39:29 pm
Não sei se viram nas notícias. Os deputados vão ter acesso ao contrato, mas os dados estão encriptados, têem de ser desencriptados quando os deputados quiserem consultar o documento e além disso, os deputados não podem levar telemóvel ou outro meio de reprodução do contrato!!!!!

Estamos perante o documento mais secreto do estado português, o contrato de venda do Novo Banco!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 16, 2020, 03:00:43 pm
Não sei se viram nas notícias. Os deputados vão ter acesso ao contrato, mas os dados estão encriptados, têem de ser desencriptados quando os deputados quiserem consultar o documento e além disso, os deputados não podem levar telemóvel ou outro meio de reprodução do contrato!!!!!

Estamos perante o documento mais secreto do estado português, o contrato de venda do Novo Banco!!!!!!!

As trafulhices são de tal ordem neste país, diga-se de passagem, nada corrupto, pois então !!!!

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 16, 2020, 03:03:02 pm
Eu é que fico estupefacto com a lata de certas pessoas.

(Já estamos em campanha eleitoral?)

Cumprimentos,

Mas este demagogo populista alguma vez fez mais alguma coisa do que andar em campanha eleitoral????  :N-icon-Axe:

Estás a esquecer-te dos abracinhos, e das selfies ??
Olha que dão muito trabalhinho.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 16, 2020, 03:06:39 pm
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Cuidado com esses impropérios !!
Eu proferi uns quantos acerca dos filhos da puta dos que Vandalizaram as estátuas cá em Portugal, e não é que removeram o post ?
Mas está tudo bem, tudo calmo e sereno.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2020, 03:22:26 pm
Não sei se viram nas notícias. Os deputados vão ter acesso ao contrato, mas os dados estão encriptados, têem de ser desencriptados quando os deputados quiserem consultar o documento e além disso, os deputados não podem levar telemóvel ou outro meio de reprodução do contrato!!!!!

Estamos perante o documento mais secreto do estado português, o contrato de venda do Novo Banco!!!!!!!

As trafulhices são de tal ordem neste país, diga-se de passagem, nada corrupto, pois então !!!!

Abraços

Não tenho a menor dúvida de que existe, mas também não sabemos a magnitude!
A avaliar pelo que é julgado em Portugal e pelas prisões efectivas, podemos afirmar que com base na nossa justiça, praticamente não existe corrupção em Portugal!!!!!

E desconfio que o caso mais badalado dos últimos 10 anos, ainda vai dar direito a indemnização ao homem, por terem prendido quando regressava do "Erasmus".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 03:26:44 pm
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Cuidado com esses impropérios !!
Eu proferi uns quantos acerca dos filhos da puta dos que Vandalizaram as estátuas cá em Portugal, e não é que removeram o post ?
Mas está tudo bem, tudo calmo e sereno.

Abraços

Peço desculpa, não era minha intenção ofender as meretrizes desta maneira tão violenta :(
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2020, 03:27:22 pm
Entretanto.....

Banco de Portugal espera recessão de 9,5%, a pior desde 1928

O cenário central da instituição liderada por Carlos Costa passou a ser pior do que as projeções mais pessimistas que o banco central tinha imaginado em março. Agora o cenário severo já admite recessão de 13,1%.

O Banco de Portugal antecipa uma recessão cada vez mais profunda da economia portuguesa. Nas últimas projeções apresentadas sob a liderança do governador Carlos Costa, a instituição antecipa uma queda da economia portuguesa de, pelo menos, 9,5% este ano. Este é um cenário mais negro do que as projeções mais adversas que estavam a ser consideradas pelo banco há apenas três meses. Os números constam do Boletim Económico de junho, publicado esta terça-feira.

O aviso é deixado à cabeça: o nível de incerteza é radicalmente elevado e por isso os intervalos de projeção para o que vai acontecer ao PIB são, neste momento, muito alargados. As premissas utilizadas pelo Banco de Portugal para tentar antecipar a dimensão da contração económica têm por base um cenário muito negro também em termos internacionais e resultam, em parte, de um trabalho conjunto de todos os bancos centrais do euro.

Mas, feitas as ressalvas, os números são devastadores. O que o Banco de Portugal diz que vai acontecer à economia portuguesa é bastante pior do que o admitido em março, quando a pandemia mal estava a começar e as medidas de contenção ainda não tinham sido implementadas em pleno. Agora, com meio ano já volvido, a instituição apresenta uma recessão de 9,5% no seu cenário central, e de 13,1% num exercício que considera hipóteses mais severas para a evolução da covid-19.

As projeções do BdP contrastam com as que serviram de base ao Governo para desenhar o Orçamento do Estado Suplementar, a alteração à lei que pretende dotar as administrações públicas dos meios de financiamento necessários para responder à crise. No documento do Governo, defendido esta manhã pelo recém empossado ministro das Finanças João Leão, admite-se uma recessão de 6,9% da economia portuguesa, um cenário pouco provável nas contas do Banco de Portugal.

O cenário do banco central ainda não inclui todas as medidas previstas no Programa de Estabilização Económica e Social e no Orçamento do Estado, uma vez que a data de fecho da informação é anterior à apresentação dos documentos. Estas medidas terão um impacto positivo no crescimento - mas, mesmo assim, o que o relatório do BdP diz é que os riscos são no sentido negativo.

No cenário central do BdP, depois da quebra profunda em 2020, a recuperação será relativamente vigorosa (a projeção aponta para um crescimento de 5,2% em 2021 e de 3,8% em 2022) mas será apenas o suficiente para repor o PIB num nível próximo do de 2019. Face ao ponto que, em dezembro do ano passado, se esperava que Portugal chegasse, o PIB estará 6% aquém.

Serviços desta vez não são amortecedor da crise

Um dos motivos que justificam uma quebra tão profunda da economia portuguesa é o facto de ser fortemente sustentada nos serviços. Este setor, que habitualmente é o amortecedor das crises, desta vez propaga os efeitos da pandemia, porque é mais afetado do que os demais e também demorará mais tempo a recuperar, antevê o Banco de Portugal.

O turismo é o setor onde esta persistência dos efeitos nos serviços é mais evidente: enquanto as exportações de bens deverão evoluir em linha com o indicador de procura externa dirigida à economia portuguesa, as de serviços vão sofrer uma queda mais acentuada e terão uma "recuperação mais lenta", diz o BdP, devido à componente de turismo e outros serviços que lhe estão associados.

Do lado do consumo privado, a contração será maior do que a redução previsível do rendimento disponível, porque as famílias sofreram, por um lado, restrições no acesso aos bens, por causa das medidas de confinamento, e por outro aumentarão a taxa de poupança como reação à degradação das expectativas.

No investimento, os impactos mais negativos serão sentidos na componente empresarial, já que será a mais afetada pelos níveis historicamente elevados de incerteza. O investimento residencial vai beneficiar das condições de financiamento muito favoráveis, e de alguma procura de não residentes.

As consequências da recessão serão bastante evidentes no mercado de trabalho. O emprego deverá recuar 4,5% e a taxa de desemprego subirá até aos 10%. E chegados a 2022, mesmo assumindo os crescimentos expressivos previstos para o PIB, a recuperação será incompleta no mercado de trabalho, com os indicadores a ficarem piores do que os níveis de 2019.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2020-06/OriginalSize$2020_06_15_23_27_16_377913.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/banco-de-portugal-espera-recessao-de-95-a-pior-desde-1928?ref=DestaquesTopo

A concretizarem-se, as previsões são aterradoras!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 16, 2020, 03:28:32 pm
Não sei se viram nas notícias. Os deputados vão ter acesso ao contrato, mas os dados estão encriptados, têem de ser desencriptados quando os deputados quiserem consultar o documento e além disso, os deputados não podem levar telemóvel ou outro meio de reprodução do contrato!!!!!

Estamos perante o documento mais secreto do estado português, o contrato de venda do Novo Banco!!!!!!!

As trafulhices são de tal ordem neste país, diga-se de passagem, nada corrupto, pois então !!!!

Abraços

Não tenho a menor dúvida de que existe, mas também não sabemos a magnitude!
A avaliar pelo que é julgado em Portugal e pelas prisões efectivas, podemos afirmar que com base na nossa justiça, praticamente não existe corrupção em Portugal!!!!!

E desconfio que o caso mais badalado dos últimos 10 anos, ainda vai dar direito a indemnização ao homem, por terem prendido quando regressava do "Erasmus".

Não tenho qq dúvida quanto a isso, por acaso assisti a sua detenção quando sua senhoria, saiu do avião, ele já sabia o que ia acontecer.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 16, 2020, 03:29:06 pm
Calma, agora vai para lá o centeno e o mel vai escorrer por essas ruas banhadas a ouro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Junho 16, 2020, 03:29:58 pm
filhos de mil putas

https://eco.sapo.pt/2020/06/16/pandemia-garante-injecao-automatica-no-novo-banco-em-2021/

Cuidado com esses impropérios !!
Eu proferi uns quantos acerca dos filhos da puta dos que Vandalizaram as estátuas cá em Portugal, e não é que removeram o post ?
Mas está tudo bem, tudo calmo e sereno.

Abraços

Peço desculpa, não era minha intenção ofender as meretrizes desta maneira tão violenta :(

Assim sim, está muito melhor, muito mais soft. :nice:

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Junho 16, 2020, 03:49:38 pm
Não sei se viram nas notícias. Os deputados vão ter acesso ao contrato, mas os dados estão encriptados, têem de ser desencriptados quando os deputados quiserem consultar o documento e além disso, os deputados não podem levar telemóvel ou outro meio de reprodução do contrato!!!!!

Estamos perante o documento mais secreto do estado português, o contrato de venda do Novo Banco!!!!!!!

E nós ainda nos rimos do secretismo em torno do MLU das BD e outros programas das FA... Isto é azeite do mais puro... Azeite topo de gama mesmo. O contrato deve incluir submarinos nucleares e respectivos ICBMs.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Junho 17, 2020, 12:26:02 am
E não é que o contrato do Novo Banco inclui nada mais nada menos que... 600 páginas!!!

Não admira que este contrato contemple tudo o que é alíneas e variáveis para receber mais dinheiro.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 18, 2020, 10:23:05 am
https://24.sapo.pt/economia/artigos/novo-banco-comissao-politica-mantem-contratos-de-venda-a-lone-star-em-segredo

devem ser poucas as trafulhices devem
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 23, 2020, 12:39:40 pm
"Efacec é estratégica". Governo diz que adotará "todas as medidas necessárias" para proteger a empresa

Secretário de Estado da Economia diz que o Governo "adotará todas as medidas necessárias" para proteger a Efacec, empresa detida por Isabel dos Santos e envolvida numa reestruturação acionista.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/06/23101428/25664815_770x433_acf_cropped.jpg)

A questão da Efacec foi trazida ao debate pelo deputado Jorge Costa, do Bloco de Esquerda. O deputado bloquista aproveitou a audição dos secretários de Estado da Economia a propósito da discussão na especialidade do OE Suplementar para saber se o documento incluía alguma provisão para salvar a empresa de engenharia. Respondeu João Neves, o secretário de Estado Adjunto.

“Sobre a questão da EFACEC, nós temos acompanhado a questão de forma muito próxima a atividade da empresa, que resultou da situação – que é de todos conhecida – em relação ao acionista maioritário da empresa [a Winterfell, de Isabel dos Santos”.

E recordou que “a empresa é exclusivamente privada”. “Não há nenhuma intervenção pública no capital desta empresa”, disse João Neves, antes de acrescentar, no final da frase, a expressão “… no momento presente”. A possibilidade de nacionalização da empresa, para que o Estado pudesse acabar com a polémica acionista, tem vindo a ser falada, e foi proposta pelo PCP.

João Neves não falou diretamente sobre nacionalização. “Devemos olhar para aquilo que é a Efacec no quadro de uma atividade privada com características… normais. É óbvio que temos claro e presente que, em função das questões associadas a mais de 70% do capital da Efacec – detido por empresas do âmbito de Isabel dos Santos – nós temos uma preocupação adicional com esta empresa”, disse o secretário de Estado. A empresa tem vindo a reunir-se com o Governo sobre a estrutura acionista e sobre as suas necessidades de financiamento, como disse ao Observador o CEO da empresa, Ângelo Ramalho.

“É uma empresa estratégica e, do lado do Governo, adotaremos todas as medidas que forem necessárias para proteger esta empresa”, concluiu João Neves, sem detalhar.

........

https://observador.pt/2020/06/23/desemprego-numeros-sao-preocupantes-mas-menos-negativos-do-que-na-ue-diz-governo/

Esta sim, é uma empresa que merece e deve ser salva. Pode até seguir o rumo da Vista Alegre que em 2009 foi comprada pela Visabeira com o apadrinhamento do Estado ao consentir a CGD emprestar o dinheiro para a compra, ao ser encontrado um investidor nacional disposto a comprar a empresa.
Se nem assim existirem investidores nacionais, a Parpública podia ficar com a empresa, até haver a possibilidade de colocar no mercado a Efacec, para um investidor nacional...... que não esteja falido, porque é uma empresa muito importante, factura 500 milhões de euros por ano, emprega 2 400 pessoas e até dá lucro!!!!! O único problema da empresa é estar nas mãos da Isabelinha!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 25, 2020, 12:50:54 pm
A crise que aí vem!

Factos:
PIB nacional em 2019 = 212 mil milhões €
Endividamento público em Abril de 2020 = 262,1 mil milhões €
O Orçamento rectificativo acrescenta mais 20 mil milhões €
Dívida pública total em 2020 = 282,1 mil milhões €!!!!!!!!!!!
Dívida pública actual (262,1 mil milhões €) = 123,6%
Se não houvesse quebra do PIB, o endividamento passaria a 133% (com os 282,1 mil milhões €), mas......

Ora, se o PIB caír só 6,9%, como diz o governo, o nosso PIB em 2020 é de 198 mil milhões €
Dívida pública (282,1 mil milhões €) passa a representar 142,5%!!!!!!!!

Percebe-se agora porque é que o Ronaldo das Finanças pôs-se a andar!!!!
A nossa sorte é que nos próximos anos chegam ao país 56 mil milhões de euros de fundos comunitários + empréstimos + novo quadro comunitário!!!!!!!

https://expresso.pt/economia/2020-06-01-Divida-publica-sobe-para-o-valor-mais-elevado-de-sempre
https://eco.sapo.pt/2020/05/06/comissao-europeia-ve-pib-a-cair-68-em-2020-portugal-cresce-58-em-2021/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 25, 2020, 11:18:08 pm
É oficial. Mário Centeno é a escolha do Governo para o Banco de Portugal

A intenção do Governo é mesmo nomear Mário Centeno para o Banco de Portugal.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2020-05/img_817x460$2020_05_07_23_23_15_375713_im_637244906930935875.png)

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/concorrencia---regulacao/detalhe/e-oficial-mario-centeno-e-a-escolha-do-governo-para-banco-de-portugal?ref=HP_DestaquesPrincipais

Notícia que apanhou todos os portugueses de surpresa!!!! Não esperávamos esta notícia! Obviamente que o facto de ir ganhar mais 10 000€ por mês em relação ao salário de Ministro não foi predominante para a decisão do próprio, nem o facto da crise ir estragar-lhe as contas públicas e o país ir a caminho da maior dívida pública da sua história, nem o facto de ter de aturar o Costa e Marcelo já que o Governador do Banco de Portugal só tem de prestar contas ao BCE bem lá longe..... o motivo são as instalações mastodõnticas do Ministério em comparação com as instalações do Banco de Portugal, ainda por cima só tem de atravessar a Praça do Comércio com os tarecos!

Obviamente esta apresentação pública da candidatura, tão célere, nada tem a ver com a lei que estava prestes a ser aprovada na Assembleia da República que impunha um período de nojo a políticos antes de poderem ir para o Banco de Portugal...... e por ironia, o partido que criou a legislação está prestes a implodir!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 01, 2020, 06:28:00 pm
Espectáculo de notícia .

https://expresso.pt/economia/2020-07-01-Taxa-de-desemprego-continua-a-descer-em-Portugal.-Onde-estao-os-desempregados

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 01, 2020, 11:16:39 pm
Espectáculo de notícia .

https://expresso.pt/economia/2020-07-01-Taxa-de-desemprego-continua-a-descer-em-Portugal.-Onde-estao-os-desempregados

Abraços

É um uma táctica de alisamento (aldrabar) dos valores. O PSD não reclama porque fazia igual!
Portugal perde 105 000 trabalhadores activos só num mês e...... o desemprego diminui, maravilhoso!?!?!? Para onde foram? Para uma rubrica separada chamados inactivos (inactivos são considerados os desempregados que não procuram activamente emprego........ que foi precisamente isso que fizeram os desempregados, porque estavam confinados em casa!!!!!!).

Ironia, os inactivos já ultrapassam os 14%!!!!!!!

Até nos números mentem-nos!!!!!!!!

https://expresso.pt/economia/2020-07-01-Taxa-de-desemprego-continua-a-descer-em-Portugal.-Onde-estao-os-desempregados-
https://observador.pt/2020/06/03/aumento-do-numero-de-inativos-oculta-o-verdadeiro-impacto-do-desemprego-taxa-podera-estar-nos-8/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 02, 2020, 06:51:16 pm
Efacec nacionalizada....


https://eco.sapo.pt/2020/07/02/governo-avanca-com-a-nacionalizacao-da-efacec/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 02, 2020, 07:22:42 pm
Efacec nacionalizada....


https://eco.sapo.pt/2020/07/02/governo-avanca-com-a-nacionalizacao-da-efacec/

Esta sim, ao contrário da TAP, é uma boa notícia.
A EFACEC é uma excelente empresa, que dá cartas em vários sectores eléctricos, inclusive na rede de carregadores eléctricos de carros, transformadores de grandes dimensões, etc.
Esta, também ao contrário da TAP, não está falida, o que aconteceu, por nossa culpa, ao congelarem as contas da Isabelinha, deixaram a EFACEC em apuros com muitas restrições bancárias e que podiam levar uma empresa viável à falência.

Quando o Estado quiser voltar a vender esta empresa (o próprio decreto de nacionalização refere que é temporário até encontrar compradores), vai ter muitas empresas interessadas (eu por mim ficava com a EFACEC e tentava a REN e desfazia-me da TAP, mas isto sou eu).

Resta apenas um problema, a Isabelinha vai exigir muito dinheiro por esta nacionalização (200 milhões de euros, talvez? Provavelmente vai parar a tribunal o caso), mas sempre fica muito mais barata que a TAP e tem 1/4  do pessoal e factura 500 milhões por ano!
Assim que o estado se livrar da Isabelinha, a empresa vale seguramente mais do que os 200 milhões. Mas também é verdade que ao salvar a empresa do arresto e penhoras lançadas à isabelinha, está a aumentar um valor da empresa que vai ter de pagar por ele no futuro!

O Estado está a comportar-se como o Zé que ganhou o euromilhões e toca da gastar dinheiro!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 03, 2020, 10:28:36 am
40% dos restaurantes em risco de falência devido à pandemia da Covid-19
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/40-dos-restaurantes-em-risco-de-falencia-devido-a-pandemia-da-covid-19?ref=HP_OutrasNoticias3
(https://cdn2.cmjornal.pt/images/2020-07/img_900x509$2020_07_02_21_32_30_954970.jpg)
Citar
100 mil empregos ameaçados. Dificuldades em pagar ao pessoal, energia e fornecedores serão sentidas já em julho.

O descalabro na economia vai começar, com milhares de desempregados miséria e fome, semearam ventos, agora colham as tempestades, viva a CHINA.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 03, 2020, 11:12:40 am
Ó sr ministro há uns anos atrás os discursos sobre a situação e injecção de capital em alguns bancos foram exactamente os mesmos e deu no que deu
Não faça de nós parvos.

https://eco.sapo.pt/2020/07/02/reforco-na-tap-tera-efeito-marginal-na-divida-do-estado/

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 05, 2020, 06:20:34 am
Tal e qual, esta Sra sabe o que diz.
Mas como temos gente muito competente a gerir o País....., primeiro dao-se à TAP, 1200 milhões depois vai-se ver, a situação financeira da companhia.
Faz lembrar os 850 milhões que foram para o novo banco, sem a necessaria auditoria.
Se o dinheiro fosse dos ditos responsaveis de certeza que não o lá meteriam, sem as necessarias cautelas, mas como é nosso ....... :N-icon-Axe:

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/nazare-da-costa-cabral-deve-haver-uma-avaliacao-a-tap

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 06, 2020, 09:16:06 am
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 07, 2020, 10:07:59 am
(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2020/07/pib-ce.png)

Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Julho 07, 2020, 12:56:28 pm
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:

Pois... então pergunto eu, quais são as empresas portuguesas que ainda subsistem, com arcaboiço para obras da envergadura de um terminal de Sines, por exemplo?
Mesmo que essas empresas existissem onde está, ou melhor ainda, em que mãos está a banca nacional capacitada para dar o respectivo suporte financeiro a essas empresas?
Não queriam livre mercado sem interferência estatal, excepto quando é para salvar os negocios dos "tubarões" que aí já é bem vinda, pois aí está o resultado. Num país com capacidades incipientes, ter a economia atirada assim para dentro de uma UE, foi suicídio para a capacidade industrial pesada ou para as empresas de excelência dos diversos sectores. Andamos a criar belos "leitões" com os dinheiros do Estado para depois serem dados (privatizados) a "amigos" e devoradas pelos "lobos".
Conversa esta tida neste mesmo fórum vai à mais de 14 anos em que o destino das empresas de bandeira portuguesa foi "adivinhado" ao pormenor e sem recorrer à Maya e suas cartas. Mas eu sou "comuna" por isso não te acredites em mim. 

Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/

A economia mundial foi pelo esgoto, ponto. Estava suspensa em coisas tão solidas como "fé", "indices de confiança" e a subir, desde a queda de 2008, com base em injecções de dinheiro que não existe, não tem como existir e, a vir à existência através de mecanismos de divida exponencial, é matematicamente impossível de alguma vez vir a ser pago, a não ser que as leis da quântica passem a ser aplicadas e 2+2 serem 5 ou 3 ou 1 e a conta estar certa.
Portugal, tal como todas as economias periféricas, está quinado, mas onde o choque vai ser brutal é nas economias cujos cidadãos estavam habituados a outros níveis de vida e bem estar.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 07, 2020, 03:51:17 pm
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:

Pois... então pergunto eu, quais são as empresas portuguesas que ainda subsistem, com arcaboiço para obras da envergadura de um terminal de Sines, por exemplo?
Mesmo que essas empresas existissem onde está, ou melhor ainda, em que mãos está a banca nacional capacitada para dar o respectivo suporte financeiro a essas empresas?
Não queriam livre mercado sem interferência estatal, excepto quando é para salvar os negocios dos "tubarões" que aí já é bem vinda, pois aí está o resultado. Num país com capacidades incipientes, ter a economia atirada assim para dentro de uma UE, foi suicídio para a capacidade industrial pesada ou para as empresas de excelência dos diversos sectores. Andamos a criar belos "leitões" com os dinheiros do Estado para depois serem dados (privatizados) a "amigos" e devoradas pelos "lobos".
Conversa esta tida neste mesmo fórum vai à mais de 14 anos em que o destino das empresas de bandeira portuguesa foi "adivinhado" ao pormenor e sem recorrer à Maya e suas cartas. Mas eu sou "comuna" por isso não te acredites em mim. 

Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/

A economia mundial foi pelo esgoto, ponto. Estava suspensa em coisas tão solidas como "fé", "indices de confiança" e a subir, desde a queda de 2008, com base em injecções de dinheiro que não existe, não tem como existir e, a vir à existência através de mecanismos de divida exponencial, é matematicamente impossível de alguma vez vir a ser pago, a não ser que as leis da quântica passem a ser aplicadas e 2+2 serem 5 ou 3 ou 1 e a conta estar certa.
Portugal, tal como todas as economias periféricas, está quinado, mas onde o choque vai ser brutal é nas economias cujos cidadãos estavam habituados a outros níveis de vida e bem estar.

Caro Foxtroop, por ironia, quem está agora a ampliar o Porto de Sines até é uma construtora portuguesa, a Conduril: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/expansao-do-porto-de-sines-obras-foram-entregues-a-conduril-por-72-milhoes-544949
e
https://expresso.pt/economia/2019-04-03-Construcao.-Conduril-com-receita-e-lucros-em-queda-por-causa-de-Angola

A Construção Civil não foi protegida por nenhum governo, ao contrário do que acontece lá fora, em especial Espanha. A desaceleração na construção civil foi de tal forma brutal neste milénio, que fez desaparecer muitas empresas históricas e gigantes na área da construção civil. A ajudar a tudo isto, temos o quase desaparecimento de obras públicas a partir de 2009 e ao colapso financeiro que fez com que os bancos sem capacidade financeira, batessem com a porta para o sector da construção civil.

Mas mesmo depois desse tsunami num dos sectores que mais cresceu em Portugal e que dava cartas no sector, ainda temos grupos grandes: Mota-Engil com 30 000 trabalhadores (e que alberga 280 empresas!!!!!) e a facturar cerca de 3 mil milhões € por ano.
Depois tem a Teixeira Duarte que esteve também a um passo da falência, já factura 1,2 mil milhões e tem 14 000 trabalhadores (mas desconfio do grupo, porque a construção pesa menos de 50% na facturação, o resto vem ...... do turismo e sector automóvel!!!!).
Tem ainda a Elevo..... e muitas dezenas de empresas menores.

Eu arrisco a afirmar que mais valia o estado ter salvo algumas empresas de construção civil, sem lhes dar dinheiro, bastava mantê-las ocupadas a funcionar, através de obras públicas, do que enterrarmos 1,2 mil milhões na TAP agora e sabe-se lá o que mais vai ser preciso! E atenção e volto a repetir, nem era preciso dar-lhes dinheiro nenhum, às empresas de construção civil, bastava dar-lhes trabalho para fazerem!!!!!!

Quanto à Economia nacional, a UE serviu sem dúvida para acabar com muitas empresas que não se adaptaram à concorrência e desapareceram muitos grupos, porque estavam habituadas a um circuito fechado de compadrio entre o poder político e económico que se vivia por cá. A 1ª machadada foi dada em 1974 quando as empresas nacionais perderam grande parte do seu mercado fechado (Angola, Moçambique.........).

A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Devo também relembrar-lhe de que a UE não tem culpa que o dinheiro "DADO" ao país para se modernizar, tenha sido gasto em viaturas alemãs e em moradias de luxo, pick ups, etc!!!!

E também se reparar, há muitas empresas nacionais que ultrapassaram essa fase e até o COVID aparecer estava a correr bem, com exportações de 60 000 milhões de euros, recorde nacional obtido no ano passado.

O que nos falta é mais orgulho em nós próprios, que nos leve a escolher produtos nacionais em detrimento do que vem de fora, políticos com visão para proteger a nossa economia e acima de tudo o que nunca tivemos, legislação fiscal constante por muitos anos!!!!
Eu gostava de saber que empresas estratégicas temos para quem nos governa (não contam as empresas dos amigos). Manter o investimento público controlado mas estável e não haver picos de 4 em 4 anos!!!!!

Voltando ao tema das contratações públicas, quem lança as obras (dono de obra), selecciona por concurso e adjudica, são os nacionais, por isso é só escolher bem!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 07, 2020, 08:21:48 pm
Governo admite possível vaga de despedimentos após o fim do lay-off simplificado
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-admite-possivel-vaga-de-despedimentos-apos-o-fim-do-lay-off-simplificado-610414
Citar
O Executivo socialista não exclui a possibilidade de, no período pós lay-off, se registar uma vaga de encerramentos e despedimentos coletivos no tecido empresarial nacional, mas reitera que os apoios públicos impedem os despedimentos enquanto há crédito a ser concedido e têm como objetivo amortecer o impacto da crise. Governo admite a possibilidade de vir a ocorrer uma vaga de despedimentos com o fim do regime de lay-off simplificado, que permitiu a várias empresas enfrentar o impacto da pandemia da Covid-19. O Executivo socialista reitera, no entanto, que os apoios públicos em vigor impedem os despedimentos enquanto há crédito a ser concedido e têm como objetivo amortecer o impacto da crise.

“Obviamente que não podemos dar essa garantia [de que não haverá encerramentos de empresas e despedimentos após terminar o regime de lay-off]. Aquilo que a política económica do Governo está a tentar fazer é amortecer o impacto da crise”, afirmou o ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em audição na comissão parlamentar da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.


Isto depois de o semanário ‘Expresso’ ter noticiado que os escritórios de advogados “estão a ser inundados com pedidos de empresas que querem avançar para despedimento coletivo após o lay-off”.

Segundo Pedro Siza Vieira, “uma contração tão grande da atividade económica” leva a que “toda a capacidade produtiva das empresas que estava dimensionada para um determinado nível de procura” e que, quando essa procura é inferior ao esperado, fica “subaproveitada”, levando as empresas a “reagir a essa circunstância”, com medidas de redução de custos, que podem ir desde cortes nos salários a despedimentos.

“Não vou excluir que haja despedimentos coletivos, mas os apoios todos que o Governo estabeleceu inibem as empresas que dele beneficiaram de proceder a despedimentos coletivos durante o momento em que esses apoios estão vigentes e durante o período subsequente. Se as empresas procedem a despedimentos, têm de devolver os apoios”, sublinhou o ministro do Estado e da Economia.

Pedro Siza Vieira referiu que foi a preocupação em manter os postos de trabalho e proteger os trabalhadores que “norteou o desenho” dos apoios públicos disponíveis para as empresas.

O governante explicou que, numa primeira fase, a política económica do Governo é “amortecer” o impacto da crise. Esse amortecimento pode, segundo o ministro, ser feito através do lay-off, linhas de crédito, diferimento de impostos ou incentivos a fundo perdido. Depois, quando Portugal entrar numa fase de retoma económica, a ideia do Governo é “apoiar o investimento e crescimento e dar estímulos a toda a economia para que ela possa crescer”.

O ministro disse ainda que já estão contratados quase 5,5 mil milhões de euros das linhas de credito disponibilizadas pelo Governo e que está a ser feito um trabalho com os bancos para que o prazo de disponibilização seja mais rápido e que possa ser dirigido “às empresas que, neste momento, estão mais carecidas”.

É que nem é preciso ir a bruxa, quero mesmo estar enganado, mas acho que o pior ainda esta por vir não só em Portugal mas por todo o Mundo.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Julho 08, 2020, 12:13:44 am
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A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Não sei o que responder ao seu texto depois de ler este trecho. Confesso que todo o meu raciocínio descarrilou e não o estou a dizer de forma jocosa ou a trollar, mas fez-me perceber toda uma serie de coisas aqui.

O meu caro acha que a prioridade da UE é o consumidor e isso é, até prova em contrario, simplesmente um acto de fé, coisa que deixo para os padres.
Fala de uma empresa portuguesa ter ganho uma obra de 72 milhões, isto num investimento total de.... 661milhões.
Fala da construção civil e dos governos que nunca a ajudaram. As grandes obras publicas feitas por essas empresas a peso de ouro, hiperinflacionadas e com "derrapagens" de multiplicar o valor final não sei o que serão.....

A construção civil da forma como foi feita foi um dos maiores para não dizer o maior, erro estratégico do nosso Portugal moderno. O meu caro acha que deveriam ser ainda mais ajudados.

Também creio que não se lembre mas eu lembro e não foi por ouvir contar ou ver num qualquer programa de lavar mentes. Foi ao vivo e a cores que eu vi a frota pesqueira em Peniche a ser desmantelada, navios novos a serem abatidos ou vendidos a países terceiros porque a CEE pagava para não pescarmos mais.
Vi, na minha zona, todas as pequenas pecuárias e explorações agrícolas a receber para não produzir e a ameaça da CEE de pesadas multas se passassemos cotas de produção. Fecharem pecuárias por estarem "perto de habitações" e era "imposições europeias" enquanto numa Alemanha ou Holanda elas estão literalmente lado a lado com as habitações ainda hoje em dia.

VI e conheço casos de malta a receber 400€ por hectare para não semearem rigorosamente nada, vi Portugal a ser multado porque excedeu cotas de produção de leite e vi um primeiro ministro dizer na televisão que não valia a pena produzir que saia mais barato mandar vir da Europa. O mesmo palhaço que, depois enquanto presidente aqui do manicómio, dizia que tínhamos de produzir, como se um sector agrícola ou industrial fosse uma maquina que se apertava um botão e voltava a funcionar!!!

Sinceramente não sei......





Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 08, 2020, 01:12:38 am
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A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Não sei o que responder ao seu texto depois de ler este trecho. Confesso que todo o meu raciocínio descarrilou e não o estou a dizer de forma jocosa ou a trollar, mas fez-me perceber toda uma serie de coisas aqui.

O meu caro acha que a prioridade da UE é o consumidor e isso é, até prova em contrario, simplesmente um acto de fé, coisa que deixo para os padres.
Fala de uma empresa portuguesa ter ganho uma obra de 72 milhões, isto num investimento total de.... 661milhões.
Fala da construção civil e dos governos que nunca a ajudaram. As grandes obras publicas feitas por essas empresas a peso de ouro, hiperinflacionadas e com "derrapagens" de multiplicar o valor final não sei o que serão.....

A construção civil da forma como foi feita foi um dos maiores para não dizer o maior, erro estratégico do nosso Portugal moderno. O meu caro acha que deveriam ser ainda mais ajudados.

Também creio que não se lembre mas eu lembro e não foi por ouvir contar ou ver num qualquer programa de lavar mentes. Foi ao vivo e a cores que eu vi a frota pesqueira em Peniche a ser desmantelada, navios novos a serem abatidos ou vendidos a países terceiros porque a CEE pagava para não pescarmos mais.
Vi, na minha zona, todas as pequenas pecuárias e explorações agrícolas a receber para não produzir e a ameaça da CEE de pesadas multas se passassemos cotas de produção. Fecharem pecuárias por estarem "perto de habitações" e era "imposições europeias" enquanto numa Alemanha ou Holanda elas estão literalmente lado a lado com as habitações ainda hoje em dia.

VI e conheço casos de malta a receber 400€ por hectare para não semearem rigorosamente nada, vi Portugal a ser multado porque excedeu cotas de produção de leite e vi um primeiro ministro dizer na televisão que não valia a pena produzir que saia mais barato mandar vir da Europa. O mesmo palhaço que, depois enquanto presidente aqui do manicómio, dizia que tínhamos de produzir, como se um sector agrícola ou industrial fosse uma maquina que se apertava um botão e voltava a funcionar!!!

Sinceramente não sei......

Quanto ao sector da construção civil, deixo-lhe apenas uma questão: Quem são os responsáveis pelos trabalhos a mais que se encontram nas obras públicas, sejam as empresas nacionais ou não? Quem é que faz o projecto das obras? Não são as empresas de construção civil. Se o caro Foxtroop construír uma habitação e chegar ao fim com trabalhos a mais, os culpados só podem ser 2 pessoas, ou o dono da obra (que decidiu mudar algo) ou o arquitecto que fez o projecto. Já viu alguém responsabilizado por um erro de projecto? Ou por estar constantemente a mudar o projecto de obra?

Agora a agricultura. Sabe perfeitamente que as decisões dependem das negociações que os países fazem no seio da UE. A UE, por experiência própria tem as costas muito largas, vou dar-lhe alguns exemplos:
- Sector do azeite. Porque é que os terrenos no alentejo não produzem nada e.... vêem os espanhóis compram hectares às centenas, recebem os mesmos apoios dados a nacionais e os investimentos dão resultado? https://ionline.sapo.pt/artigo/609268/azeite-a-invasao-espanhola-?seccao=Dinheiro

- Sector vinícola. Já teve muitos avanços e recuos, mas tem alguma dúvida de que actualmente o nosso sector vinícola é muito mais competitivo e avançado que em 1986? Foi pago muito dinheiro para reconverter a vinha e no entanto cada vez mais o sector é competitivo, deixamos de ser o país que vendia vinho a granel e sem marca, se está recordado.

- Podia-lhe dar exemplos do sector da maça, laranja, frutos vermelhos.

Não tenho dúvidas de que os aspectos negativos que referiu devem-se muito mais à incompetência de quem nos representa na UE a negociar do que culpar a UE pelas nossas más decisões.
Aliás e já que se falou na esposa do Medina que trabalha na TAP, seria interessante revisitar o que disse o actual PR sobre o pai dela (Jaime Silva): "A sua atuação enquanto ministro foi criticada em vários setores, tendo-se assistido à paralisação das pescas [2], e das confederações do setor agrícola, as quais classificou como estando ligadas à extrema direita e esquerda portuguesas [3][4]. Após esta polémica Marcelo Rebelo de Sousa referiu que Jaime Silva é "o maior incompetente do mundo" https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_Silva

Mas dou-lhe mais exemplos. O estado atribui subsídios para as energias renováveis..... mas são as grandes empresas que beneficiam desses apoios: https://www.jn.pt/nacional/governo-investe-mais-de-800-milhoes-em-energias-renovaveis-5649507.html
Que depois são retribuídos "caridosamente" através da Fundação EDP, por exemplo, com supostos apoios ao consumidor...... se assinar um contrato de fidelização com a EDP!!!!!

Neste momento está a ser negociado o novo quadro comunitário na UE, ainda não há muitas certezas, mas sabemos que vamos receber mais dinheiro do que em qualquer outro programa, em conjunto com os apoios COVID-19, podemos estar a falar em 50 mil milhões de euros. Quem é o responsável pela distribuição do dinheiro, vai ver que devem estar a surgir reuniões "secretas" para os 2 maiores partidos nacionais "decidirem" o que apoiar. Nesse caso a UE não tem culpa! Já para não falar na crónica baixa execução financeira dos programas, que deixam muito dinheiro por investir!!!!!!

Mas agora fiquei com uma dúvida. Então acha que as empresas de construção nacional devam falir?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 08, 2020, 10:17:21 am
Caro Foxtroop, como a área das pescas não domino, tive de ir investigar, e o que descubro é que Portugal até passou a pescar mais a partir de 1986.
O sector esteve em queda até 1986, aumentou depois disso, não por pescarmos mais nas nossas águas, que o autor refere que apesar de termos uma ZEE muito extensa, é pobre para o sector da pesca (este é muito mais rico em águas pouco profundas, até 200 metros).
O autor refere ainda que o aumento das nossas pescas a partir de 1986 devem-se sobretudo ao facto da nossa frota pesqueira passar a ter licenças para operar noutras ZEE de outros países.
Ainda e em relação às pescas, nunca fomos autosuficientes, pelo simples facto de termos o maior consumo per capita da Europa.

https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiv1KbKpL3qAhUQ8hQKHeGZAe4QFjAAegQIBRAB&url=http%3A%2F%2Fwww.acad-ciencias.pt%2Fdocument-uploads%2F8102946_as-pescas-portuguesas.pdf&usg=AOvVaw1K20ndMh_xMKcZ-wc46_mo

Volto a reafirmar, a partir da nossa adesão à então CEE, em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos. Mas a grande responsabilidade das decisões nacionais não tenha dúvidas que recaiem em quem nos governa e nas boas ou más apostas que fizeram!

Apostamos muito no alcatrão, é verdade isso, mas sabe como era no interior, quando tínhamos de nos deslocar a Lisboa? Ou ao Porto e então ao Algarve? Tínhamos de nos despedir da família e só regressávamos dias mais tarde!!!!! Essa realidade acabou, posso sair de manhã do douro e à hora de almoço estou no Algarve!
Quer comparar a nossa economia de 1986 com a actual? Tem dúvidas de que estamos melhor? Podíamos estar melhor? Sem dúvida, mas deixo-lhe uma pergunta, ouvindo os nossos mestres políticos, você consegue dizer-me qual é o nosso objectivo? Quais são os nossos sectores estratégicos? E já nem falo na alteração de mini-objectivos que sobem e descem a cada quadriénio!!!!!!

Recuando à crise anterior da famosa troika, porque é que os nossos eleitos escolheram afogar o país para salvar a banca e aqui o país vizinho pediu ajuda mas só para a banca? Eu responsabilizo muito mais quem queria ir além da troika do que a UE. Tínhamos alternativas e escolhemos sacrificar a população para salvarmos os nossos bancos e... .e a seguir entregá-los a estrangeiros!?!?!?! Brilhante decisão política coadjuvada pelo demissionário Governador do Banco de Portugal!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Julho 08, 2020, 10:41:42 am
Repito, já ninguém se lembra de Portugal (muitos lembram-se, mas esqueceram  :mrgreen:) em 1986... interessante post do Viajante.

E "sol na eira e chuva no nabal" é difícil, logo "em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 08, 2020, 11:04:18 am
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 08, 2020, 12:14:27 pm
Repito, já ninguém se lembra de Portugal (muitos lembram-se, mas esqueceram  :mrgreen:) em 1986... interessante post do Viajante.

E "sol na eira e chuva no nabal" é difícil, logo "em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos".

É verdade, muita gente ou não sabe como era o país antes de 1986 ou já esqueceu  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 08, 2020, 12:51:41 pm
Universidade Católica diz que PIB pode cair 17% este ano num cenário pessimista

A queda do PIB português poderá atingir os 17% este ano, assumindo um cenário mais pessimista. O aviso foi deixado esta quarta-feira pelo núcleo de economistas da Universidade Católica, que consideram a projeção assumida pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado Suplementar demasiado "otimista".

Na síntese da folha trimestral de conjuntura do Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP, a que o Negócios teve acesso, os economistas explicam que os indicadores existentes permitem elaborar projeções de recessão para este ano que variam entre os 5% e os 17%, consoante se admita um desenvolvimento da atividade económica nos próximos meses mais ou menos otimista. Na análise anterior, publicada em abril, o intervalo de projeção ia ainda mais longe, admitindo uma contração de 20% este ano.

Já o cenário central da Católica continua a apontar para uma queda de 10%, que assume uma contração no segundo trimestre de 13% face aos primeiros três meses de 2020, e que está suportada no comportamento menos negativo de setores como a construção. O comércio a retalho também já está a dar sinais de recuperação, bem como as operações através da rede Multibanco. Neste caso, a taxa de desemprego ficará em torno dos 9%.

Mas num cenário mais negativo a queda vai até aos 17%. E também há indicadores que sustentam essa projeção. "A economia portuguesa poderá ter contraído cerca de 20%" no segundo trimestre, admitem os peritos. Esta estimativa é "suportada pela proporção muito elevada da população ativa, cerca de 25%, que esteve ausente do posto de trabalho normal durante o segundo trimestre," lê-se . Este cenário, explicam os economistas, é sustentado por indicadores como as vendas de veículos e o número de dormidas em estabelecimentos turísticos. A confirmar-se esta perspetiva, a taxa de desemprego será superior a 10%.

É por isso que os economistas consideram como "otimista" o cenário do Governo, que admite uma recessão de 6,9%. É que para que este valor anual se verifique é preciso "um segundo semestre do ano bastante favorável", argumentam.

Retoma pode ser "lenta e penosa"

A incerteza quando aos próximos meses é grande, mas os economistas colocam o foco no último trimestre de 2020. "Se a queda for muito superior a 5% então a destruição de capacidade produtiva, emprego e rendimento só permitirá uma recuperação lenta e penosa até aos níveis observados em 2019", avisam. Caso contrário, a recessão pode ser "curta e com rápida recuperação".

No cenário central do NECEP, a economia portuguesa ficará em 2021 cerca de 8% abaixo do nível de 2019 e em 2022 continuará 5% abaixo. Só num cenário otimista é possível admitir a hipótese de um regresso aos níveis pré-pandemia já no próximo ano, indicam.

https://www.record.pt/fora-de-campo/detalhe/universidade-catolica-diz-que-pib-pode-cair-17-este-ano-num-cenario-pessimista
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 09, 2020, 11:28:20 am
Portugal com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos

Os cabos submarinos não servem apenas para comunicações. Em Portugal há um projeto inovador que deverá entrar em operação no 2.º trimestre de 2021.

O cabo submarino internacional de comunicações que vai interligar Portugal ao Brasil vai ter a capacidade de deteção sísmica no ramo entre o Funchal e Sines, sendo o primeiro sistema internacional no mundo a ser dotado desta funcionalidade.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/07/submarino_00.jpg)

Portugal vai ter um sistema com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos. Os dados sísmicos recolhidos deverão ser entregues, para armazenamento, processamento e estudo, à academia nacional e às agências e institutos públicos que estudam e abordam a atividade sísmica.

Cabos submarinos a 5000 metros de profundidade

A ANACOM tem dado particular atenção a este tema e está a seguir iniciativas que permitam aos cabos submarinos de comunicações virem a realizar deteção sísmica e ambiental (aquecimento global/alterações climáticas de acordo com os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” da ONU), razão pela qual se congratula com o anúncio feito pelo futuro sistema submarino ELLALINK relativamente à Madeira e continuará a apoiar a utilização dos cabos submarinos de comunicações para a deteção ambiental e sísmica.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/07/submarino_01.jpg)

A deteção ambiental e sísmica, através da utilização destes cabos de comunicação, poderá ser possível através de variados métodos que se complementam e se confirmam, quer pela utilização de sensores submersos (deteção dita “molhada”), quer pela não recorrência à utilização de sensores submersos (deteção dita “seca”).

O novo anel de fibra vai também trazer uma maior velocidade nas comunicações entre Portugal Continental, ilhas e o mundo. Este sistema permitirá ainda promover a conectividade internacional do país, conferindo a Portugal “mais independência e possibilidade de escolha, com melhor qualidade e a melhores preços” ao nível das comunicações. Este anel de cabos submarinos terá 3500 quilómetros. Este equipamento ficará assente no fundo do mar, por vezes a mais de 5000 metros de profundidade e, estimam os especialistas, implicará um investimento de 119 milhões de euros.

https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-com-detecao-ambiental-e-sismica-por-cabos-submarinos/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Julho 10, 2020, 10:53:55 am
https://24.sapo.pt/economia/artigos/o-plano-de-costa-e-silva-para-portugal-inclui-um-novo-aeroporto-um-eixo-ferroviario-de-alta-velocidade-porto-lisboa-e-a-expansao-das-linhas-de-metro

O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro

"O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer". A frase é de António Costa e Silva e pode ser lida no Plano de Recuperação Económica de Portugal, programa que o professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e presidente da comissão executiva da Partex Oil and Gas foi convidado pelo Governo a coordenar.

Na proposta do gestor ao Governo, a que o Expresso teve acesso, Costa e Silva considera que para que o país possa ter sucesso é necessário a construção de várias infraestrutuas. Começando pela ferrovia, salienta a importância de concretizar o Plano Ferroviário do país e modernizar a rede, tornando-a mais 'verde' e competitiva. Neste campo, destaca dois projetos que já estão em curso, a construção do eixo Sines-Madrid e a renovação da Linha da Beira Alta, e propõe a construção de um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros. O objetivo é melhorar a circulação ferroviária dentro do país e com Espanha, seja ao nível de passageiros, seja ao nível de mercadorias.

No que toca ao setor marítimo-portuária, António Costa e Silva pretende aumentar a competitividade do porto de Leixões, sobretudo através de investimentos em equipamentos e instalações para receber grandes navios, construir em Sines um portuário de minérios, para exportar os recursos minerais disponíveis no território português, melhorar e expandir o porto de Portimão, tornando-o no de referência no Algarve, transformando-o num ponto de ligação com o norte de África, ao mesmo tempo que o porto de Faro passava a ser mais dotado para o setor da náutica de recreio. No documento é ainda possível ler sobre a intenção de reconverter Porto da Praia da Vitória, nos Açores, numa espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico, a necessidade de se resolverem os problemas estruturais do porto de Lisboa e a consolidação de um hub portuário nacional polivalente, num processo que terá como base a tecnologia 5G que permitirá a digitalização dos portos mais eficiente.

O investimento nas redes urbanas de transportes públicos é outro fator que Costa e Silva considera fundamental para a próxima década, desde fazer chegar a rede de metro de Lisboa às zonas da periferia até à expansão do metro na área metropolitana do Porto, nomeadamente a montante da ponte da Arrábida. Além disso, o gestor apela à necessidade de que cidades de média dimensão desenvolvam sistemas de transporte coletivo como importante medida para alcançar as metas de descarborização.

No documento de 119 páginas, António Costa e Silva defende ainda a importância da construção de um novo aeroporto na Área Metropolitana de Lisboa e necessidade de se assegurar que o norte do país, onde predomina um tecido empresarial com forte índole exportadora, tenha uma boa cobertura de ligações aéreas que possam tornar esta zona do país mais competitiva.

“Numa primeira fase, a construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”, escreve o gestor, segundo o que é publicado no semanário Expresso
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Julho 10, 2020, 01:55:25 pm
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?

Interessante, então e diga-me lá, as importações, como ficaram, subiram ou baixaram? E a balança comercial, agravou ou melhorou? E quando começou a melhorar foi devido a quê? Passamos a exportar mais por ter criado valor acrescentado ou mais volume ou será que foi porque perdemos poder de compra e ficamos mais pobres e sem mercado interno?

Sobre a parte que eu sublinhei no seu texto, negociar o quê e com quê?! Não controlamos a moeda, quando entramos na UE entregámos as nossas ferramentas de soberania, alienamos qualquer capacidade produtiva que nos permita um mínimo de sobrevivência, diga-me lá o que é que temos para negociar? Não há razão onde não há força e ponto.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 10, 2020, 03:22:49 pm
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?

Interessante, então e diga-me lá, as importações, como ficaram, subiram ou baixaram? E a balança comercial, agravou ou melhorou? E quando começou a melhorar foi devido a quê? Passamos a exportar mais por ter criado valor acrescentado ou mais volume ou será que foi porque perdemos poder de compra e ficamos mais pobres e sem mercado interno?

Sobre a parte que eu sublinhei no seu texto, negociar o quê e com quê?! Não controlamos a moeda, quando entramos na UE entregámos as nossas ferramentas de soberania, alienamos qualquer capacidade produtiva que nos permita um mínimo de sobrevivência, diga-me lá o que é que temos para negociar? Não há razão onde não há força e ponto.

Então mas indirectamente está a apoiar o que fez Passos Coelho ao limitar as nossas importações impondo austeridade? É que foi nessa altura que a nossa balança comercial esteve mais equilibrada desde 1974, excepto os juros (se retirarmos os juros dos empréstimos que pagamos anualmente, a balança comercial esteve equilibrada).

É verdade que Portugal perdeu autonomia quando aderiu ao Euro, mas tal aconteceu em 2002, não foi em 1986!!!! Perdeu autonomia, como perderam todos os outros que connosco aderiram à mesma moeda.
O facto de todos termos a mesma moeda, tem aspectos negativos, como referiu, mas recorda-se como é que os governos faziam quando tinhamos moeda própria?

Mais, vivemos agora melhor ou pior o que em 1986?
O nosso endividamento advém do que o estado e os privados fizeram, o estado em gastar dinheiro a criar infraestruturas, Escolas, Hospitais, Polos industriais, em alguns casos passamos do 8 ao 80 (estradas). Os privados foi essencialmente a comprarem a sua própria casa, que antes de 1986, tirando os casos das ocupações, ou as pessoas tinham dinheiro para construírem ou sujeitavam-se a juros de 30% ao ano! Recorda-se desses tempos?

O principal aspecto negativo do euro, prende-se com o limitado crescimento do país. Mas falando no aspecto mais negativo do Euro, o crescimento do país, sabe que o crescimento do país nunca foi tão grande como no tempo da "outra senhora", não sabe?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 11, 2020, 08:07:24 am
A ver vamos, o que vai acontecer a este investimento todo aqui elencado.

https://www.dn.pt/poder/mais-engenheiros-tgv-e-soft-power-conheca-o-plano-de-recuperacao-da-economia-20202030-12409773.html/

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 11, 2020, 11:15:31 am
https://24.sapo.pt/economia/artigos/o-plano-de-costa-e-silva-para-portugal-inclui-um-novo-aeroporto-um-eixo-ferroviario-de-alta-velocidade-porto-lisboa-e-a-expansao-das-linhas-de-metro

O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro

"O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer". A frase é de António Costa e Silva e pode ser lida no Plano de Recuperação Económica de Portugal, programa que o professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e presidente da comissão executiva da Partex Oil and Gas foi convidado pelo Governo a coordenar.

Na proposta do gestor ao Governo, a que o Expresso teve acesso, Costa e Silva considera que para que o país possa ter sucesso é necessário a construção de várias infraestrutuas. Começando pela ferrovia, salienta a importância de concretizar o Plano Ferroviário do país e modernizar a rede, tornando-a mais 'verde' e competitiva. Neste campo, destaca dois projetos que já estão em curso, a construção do eixo Sines-Madrid e a renovação da Linha da Beira Alta, e propõe a construção de um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros. O objetivo é melhorar a circulação ferroviária dentro do país e com Espanha, seja ao nível de passageiros, seja ao nível de mercadorias.

No que toca ao setor marítimo-portuária, António Costa e Silva pretende aumentar a competitividade do porto de Leixões, sobretudo através de investimentos em equipamentos e instalações para receber grandes navios, construir em Sines um portuário de minérios, para exportar os recursos minerais disponíveis no território português, melhorar e expandir o porto de Portimão, tornando-o no de referência no Algarve, transformando-o num ponto de ligação com o norte de África, ao mesmo tempo que o porto de Faro passava a ser mais dotado para o setor da náutica de recreio. No documento é ainda possível ler sobre a intenção de reconverter Porto da Praia da Vitória, nos Açores, numa espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico, a necessidade de se resolverem os problemas estruturais do porto de Lisboa e a consolidação de um hub portuário nacional polivalente, num processo que terá como base a tecnologia 5G que permitirá a digitalização dos portos mais eficiente.

O investimento nas redes urbanas de transportes públicos é outro fator que Costa e Silva considera fundamental para a próxima década, desde fazer chegar a rede de metro de Lisboa às zonas da periferia até à expansão do metro na área metropolitana do Porto, nomeadamente a montante da ponte da Arrábida. Além disso, o gestor apela à necessidade de que cidades de média dimensão desenvolvam sistemas de transporte coletivo como importante medida para alcançar as metas de descarborização.

No documento de 119 páginas, António Costa e Silva defende ainda a importância da construção de um novo aeroporto na Área Metropolitana de Lisboa e necessidade de se assegurar que o norte do país, onde predomina um tecido empresarial com forte índole exportadora, tenha uma boa cobertura de ligações aéreas que possam tornar esta zona do país mais competitiva.

“Numa primeira fase, a construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”, escreve o gestor, segundo o que é publicado no semanário Expresso

Lá vêm as obras megalómanas que nos vão levar a nova bancarrota

Não aprendem
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Julho 11, 2020, 11:40:28 am
Interessantes como repetimos sempre a mesma fórmula e esperemos resultados diferentes... usar fórmulas que outros usam com sucesso não é para nós.

Apesar de achar o investimento "pontual, pensado e limitado" na construção civil uma forma de ajudar economia, mas aqui é sempre no "red line".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: typhonman em Julho 11, 2020, 12:24:58 pm
https://www.noticiasdecoimbra.pt/conheca-o-plano-agressivo-de-recuperacao-economica-do-consultor-do-governo/ (https://www.noticiasdecoimbra.pt/conheca-o-plano-agressivo-de-recuperacao-economica-do-consultor-do-governo/)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 13, 2020, 11:38:48 am
O plano tem aspectos muito interessantes que ajudam a economia, mas tem outros que são cópia chapada da teimosia PS, como a aposta no TGV!!!!!!

Antes de se fazer contas a quanto custa este plano, é preciso recordar que o estado vai endividar-se pelo menos mais 30 mil milhões de euros só este ano a acrescer à divida gigantesca que já tínhamos. E como a riqueza do país vai caír, quer isto dizer que o endividamento em percentagem, medida mais exacta para vermos o colosso do nosso endividamento em comparação com a riqueza criada para..... pelo menos pagar os juros.

Alguém sabe quanto custa por exemplo este plano?

Vou referir só o TGV.
O Sócrates quando apostou no TGV, justificava que servia para os espanhóis virem passar férias a Portugal!!!!! Era essa a justificação para gastarmos 11 ou 12 mil milhões de euros! Chegou mesmo a adjudicar o arranque da obra, que foi parado logo a seguir.
Em 2017 o amigo Costa volta a insistir e agora aposta apenas do TGV de mercadorias!!!!! Mais tarde vem com certeza o de passageiros......

Porque a fixação do PS no TGV? Vai concorrer com a TAP? (para que é que salvamos a TAP então?) É para transportar mercadorias para a Europa? E passageiros?
Temos um enorme problema já com 100 anos, devido à decisão absurda por parte de Espanha em criar uma bitola diferente do resto da Europa (distãncia entre carris maior em 23 centímetros relativamente ao resto da Europa). Com essa decisão, Portugal e Espanha ficaram isolados do resto da Europa (reza a história que tal decisão não era por receio de uma invasão francesa a Espanha..... de comboio, mas sim porque os Engenheiros espanhóis pensavam que teriam de ter locomotivas mais largas, com caldeiras a carvão mais largas para gerarem maior potência para vencerem as montanhas!!!!!!).

Importa referir que TGV significa um comboio de alta velocidade (Train a Grand Vitesse) e que circula a mais de 280Km/h. Tem custos de construção, manutenção e locomoção estratosféricos e não vejo como possa ser rentável. Se a nossa actual CP não é rentável, o futuro TGV vai ser?

Pergunto eu, não é melhor construirmos linhas novas que permitam aproveitar aquilo que já temos (mesmo que sejam as famosas travessas especiais que permitam de futuro mudar para a bitola europeia)? O nosso Alfa Pendular, não sendo um comboio de alta velocidade, sempre consegue circular a 230Km/h. Só não o faz porque são poucas as linhas modernizadas que o permitam!!!!!! Até as nossas locomotivas Siemens 5600 conseguem circular a 220Km/h...... se as linhas permitissem, quer a transportar mercadorias como passageiros!!!! Por esse motivo não percebo a fixação no TGV que depois não podia ser aproveitado para aquilo que já temos, passávamos a ter as actuais linhas de bitola ibérica e incompatíveis com o novo TGV!!!!!!!
Não percebo esta fixação!
O actual pendular, se tivessemos linhas novas e quádruplas em vez de duplas, para evitar os engarrafamentos dos cruzamentos com os comboios regionais e de mercadorias, conseguia perfeitamente fazer Lisboa - Porto em menos de 2 horas, com apenas umas 6 ou 8 paragens!!!!! Pergunto eu, isso é mau?

Ou somos ricos e vamos já criar do zero uma linha de bitola europeia e substituímos tudo!? Comboios, linhas e até as obras nas paragens (os espertos dos franceses criaram um novo TGV mais largo que obrigou a fazerem obras em 1300 estações de comboios: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp-francesa-gasta-15-mil-milhoes-em-1800-novos-comboios-que-nao-cabem-nas-estacoes/), caso contrário e ao contrário dos franceses, ficamos com os comboios afastados das plataformas de embarque/desembarque!!!!!

Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

https://www.publico.pt/2017/09/26/economia/noticia/a-bitola-na-rede-ferroviaria-portuguesa-e-um-problema-1785629
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020
https://sol.sapo.pt/artigo/603695/tgv-avanca-mesmo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 13, 2020, 07:19:59 pm
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/portugal-esta-a-ser-ultrapassado-no-pib-per-capita-pelos-10-paises-que-aderiram-a-ue-em-2004

O QUE ESTÁ EM CAUSA?
"República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Malta e Chipre; 10 países que entraram na UE em 2004 estão a ultrapassar Portugal no PIB 'per capita'", sublinha-se em nova publicação nas redes sociais. Verificação de factos
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Get_It em Julho 14, 2020, 12:34:44 am
Não percebo esta fixação!
Deve ter havido muita gente que sabendo que os amigos iam investir no Train a Grand Vitesse investiram em muita propriedade por aí fora e que depois ficaram a arder quando a construção não se realizou. Deve ser por aí a fixação.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Julho 14, 2020, 10:19:53 am
O plano tem aspectos muito interessantes que ajudam a economia, mas tem outros que são cópia chapada da teimosia PS, como a aposta no TGV!!!!!!

Antes de se fazer contas a quanto custa este plano, é preciso recordar que o estado vai endividar-se pelo menos mais 30 mil milhões de euros só este ano a acrescer à divida gigantesca que já tínhamos. E como a riqueza do país vai caír, quer isto dizer que o endividamento em percentagem, medida mais exacta para vermos o colosso do nosso endividamento em comparação com a riqueza criada para..... pelo menos pagar os juros.

Alguém sabe quanto custa por exemplo este plano?

Vou referir só o TGV.
O Sócrates quando apostou no TGV, justificava que servia para os espanhóis virem passar férias a Portugal!!!!! Era essa a justificação para gastarmos 11 ou 12 mil milhões de euros! Chegou mesmo a adjudicar o arranque da obra, que foi parado logo a seguir.
Em 2017 o amigo Costa volta a insistir e agora aposta apenas do TGV de mercadorias!!!!! Mais tarde vem com certeza o de passageiros......

Porque a fixação do PS no TGV? Vai concorrer com a TAP? (para que é que salvamos a TAP então?) É para transportar mercadorias para a Europa? E passageiros?
Temos um enorme problema já com 100 anos, devido à decisão absurda por parte de Espanha em criar uma bitola diferente do resto da Europa (distãncia entre carris maior em 23 centímetros relativamente ao resto da Europa). Com essa decisão, Portugal e Espanha ficaram isolados do resto da Europa (reza a história que tal decisão não era por receio de uma invasão francesa a Espanha..... de comboio, mas sim porque os Engenheiros espanhóis pensavam que teriam de ter locomotivas mais largas, com caldeiras a carvão mais largas para gerarem maior potência para vencerem as montanhas!!!!!!).

Importa referir que TGV significa um comboio de alta velocidade (Train a Grand Vitesse) e que circula a mais de 280Km/h. Tem custos de construção, manutenção e locomoção estratosféricos e não vejo como possa ser rentável. Se a nossa actual CP não é rentável, o futuro TGV vai ser?

Pergunto eu, não é melhor construirmos linhas novas que permitam aproveitar aquilo que já temos (mesmo que sejam as famosas travessas especiais que permitam de futuro mudar para a bitola europeia)? O nosso Alfa Pendular, não sendo um comboio de alta velocidade, sempre consegue circular a 230Km/h. Só não o faz porque são poucas as linhas modernizadas que o permitam!!!!!! Até as nossas locomotivas Siemens 5600 conseguem circular a 220Km/h...... se as linhas permitissem, quer a transportar mercadorias como passageiros!!!! Por esse motivo não percebo a fixação no TGV que depois não podia ser aproveitado para aquilo que já temos, passávamos a ter as actuais linhas de bitola ibérica e incompatíveis com o novo TGV!!!!!!!
Não percebo esta fixação!
O actual pendular, se tivessemos linhas novas e quádruplas em vez de duplas, para evitar os engarrafamentos dos cruzamentos com os comboios regionais e de mercadorias, conseguia perfeitamente fazer Lisboa - Porto em menos de 2 horas, com apenas umas 6 ou 8 paragens!!!!! Pergunto eu, isso é mau?

Ou somos ricos e vamos já criar do zero uma linha de bitola europeia e substituímos tudo!? Comboios, linhas e até as obras nas paragens (os espertos dos franceses criaram um novo TGV mais largo que obrigou a fazerem obras em 1300 estações de comboios: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp-francesa-gasta-15-mil-milhoes-em-1800-novos-comboios-que-nao-cabem-nas-estacoes/), caso contrário e ao contrário dos franceses, ficamos com os comboios afastados das plataformas de embarque/desembarque!!!!!

Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

https://www.publico.pt/2017/09/26/economia/noticia/a-bitola-na-rede-ferroviaria-portuguesa-e-um-problema-1785629
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020
https://sol.sapo.pt/artigo/603695/tgv-avanca-mesmo

Viajante,

É preciso ter em conta que os planos para uma rede europeia de comboios de alta velocidade não apareceram do nada. Fazem parte duma estratégia criada pela Comissão Europeia. Obviamente que dentro do PS há muita gente a querer "mamar" à custa deste projecto, mas há uma pressão também proveniente de Bruxelas para criar uma rede europeia de comboios de alta velocidade. Mesmo depois de em 2018 ter existido um "special report" a questionar a estratégia.
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/themes/infrastructure/studies/doc/2010_high_speed_rail_en.pdf
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/media/publications/doc/modern_rail_en.pdf
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/#chapter4
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Julho 14, 2020, 01:32:24 pm
Quer dizer, um dos grandes problemas de competitividade que as nossas empresas enfrentam é o facto de o escoamento ter de ser feito por camião ou, mais raro, por navio.
Uma das razões do nosso atraso em infraestrutura ferroviária foi e é o lobby e ameaças veladas das ANTRAM além de que as ferrovias não alimentam portagens pornográficas a encher o cu a PPP's.
Podemos discordar, tal como eu discordo, do facto de, por pressão de Espanha, quererem ligar a Madrid, em vez de se apostar numa ligação directa a Vilar Formoso e daí para Hendaia, o  que nos tornará ainda mais periféricos, mas aí estamos sempre pendentes da vontade espanhola, mas é, na minha opinião, um projecto de maior prioridade para a economias nacional que o raio de um aeroporto.

Citar
Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

Creio que os comboios, sejam TGV ou outra coisa qualquer, servem mesmo para isso.........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 14, 2020, 02:51:45 pm
Quer dizer, um dos grandes problemas de competitividade que as nossas empresas enfrentam é o facto de o escoamento ter de ser feito por camião ou, mais raro, por navio.
Uma das razões do nosso atraso em infraestrutura ferroviária foi e é o lobby e ameaças veladas das ANTRAM além de que as ferrovias não alimentam portagens pornográficas a encher o cu a PPP's.
Podemos discordar, tal como eu discordo, do facto de, por pressão de Espanha, quererem ligar a Madrid, em vez de se apostar numa ligação directa a Vilar Formoso e daí para Hendaia, o  que nos tornará ainda mais periféricos, mas aí estamos sempre pendentes da vontade espanhola, mas é, na minha opinião, um projecto de maior prioridade para a economias nacional que o raio de um aeroporto.

Citar
Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

Creio que os comboios, sejam TGV ou outra coisa qualquer, servem mesmo para isso.........

Não percebeu o que eu queria dizer. Se vamos apostar no TGV, obviamente vai ser de bitola europeia e é aí que passamos a ter 2 sistemas completamente incompatíveis, comboios que ou só circulam em linhas de bitola ibérica ou só de bitola europeia/TGV!!!!!
E nesse caso vamos passar a ter comboios de mercadorias em bitola europeia, comboios de mercadorias em bitola ibérica e ainda comboios de passageiros de bitola europeia e comboio de passageiros de bitola ibérica.
Mas como somos ricos e até podemos dar-nos a esse luxo de gastar 12 mil milhões (preços de à 15 anos atrás) na construção de raíz de linhas, estações e comboios totalmente incompatíveis com o que temos agora...... vamos deixar de investir no que já temos agora!?!?! Ou vai ser um TGV para cada concelho!?!?

Não tenhamos dúvidas, eu vejo o governo estourar dinheiro na TAP (preparem-se para outro Novo Banco), só este ano já vai em 30 mil milhões a acrescer à nossa dívida, vamos apostar num sistema incompatível com o que temos?

Investindo no TGV, vamos ter dinheiro para manter os milhares de km que a CP já tem? Vai tudo para o lixo? É que a CP normalmente tem prejuízos anuais a rondar os 200 milhões e já tem uma dívida acumulada de quase 3 mil milhões.

Alerto apenas para isso, se a actual CP não é rentável, o TGV vai ser? E já agora se alguém conseguir, compatibilizar o futuro TGV com as os aeroportos (que já não são nossos) e até com a TAP!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 14, 2020, 03:02:15 pm
O plano tem aspectos muito interessantes que ajudam a economia, mas tem outros que são cópia chapada da teimosia PS, como a aposta no TGV!!!!!!

Antes de se fazer contas a quanto custa este plano, é preciso recordar que o estado vai endividar-se pelo menos mais 30 mil milhões de euros só este ano a acrescer à divida gigantesca que já tínhamos. E como a riqueza do país vai caír, quer isto dizer que o endividamento em percentagem, medida mais exacta para vermos o colosso do nosso endividamento em comparação com a riqueza criada para..... pelo menos pagar os juros.

Alguém sabe quanto custa por exemplo este plano?

Vou referir só o TGV.
O Sócrates quando apostou no TGV, justificava que servia para os espanhóis virem passar férias a Portugal!!!!! Era essa a justificação para gastarmos 11 ou 12 mil milhões de euros! Chegou mesmo a adjudicar o arranque da obra, que foi parado logo a seguir.
Em 2017 o amigo Costa volta a insistir e agora aposta apenas do TGV de mercadorias!!!!! Mais tarde vem com certeza o de passageiros......

Porque a fixação do PS no TGV? Vai concorrer com a TAP? (para que é que salvamos a TAP então?) É para transportar mercadorias para a Europa? E passageiros?
Temos um enorme problema já com 100 anos, devido à decisão absurda por parte de Espanha em criar uma bitola diferente do resto da Europa (distãncia entre carris maior em 23 centímetros relativamente ao resto da Europa). Com essa decisão, Portugal e Espanha ficaram isolados do resto da Europa (reza a história que tal decisão não era por receio de uma invasão francesa a Espanha..... de comboio, mas sim porque os Engenheiros espanhóis pensavam que teriam de ter locomotivas mais largas, com caldeiras a carvão mais largas para gerarem maior potência para vencerem as montanhas!!!!!!).

Importa referir que TGV significa um comboio de alta velocidade (Train a Grand Vitesse) e que circula a mais de 280Km/h. Tem custos de construção, manutenção e locomoção estratosféricos e não vejo como possa ser rentável. Se a nossa actual CP não é rentável, o futuro TGV vai ser?

Pergunto eu, não é melhor construirmos linhas novas que permitam aproveitar aquilo que já temos (mesmo que sejam as famosas travessas especiais que permitam de futuro mudar para a bitola europeia)? O nosso Alfa Pendular, não sendo um comboio de alta velocidade, sempre consegue circular a 230Km/h. Só não o faz porque são poucas as linhas modernizadas que o permitam!!!!!! Até as nossas locomotivas Siemens 5600 conseguem circular a 220Km/h...... se as linhas permitissem, quer a transportar mercadorias como passageiros!!!! Por esse motivo não percebo a fixação no TGV que depois não podia ser aproveitado para aquilo que já temos, passávamos a ter as actuais linhas de bitola ibérica e incompatíveis com o novo TGV!!!!!!!
Não percebo esta fixação!
O actual pendular, se tivessemos linhas novas e quádruplas em vez de duplas, para evitar os engarrafamentos dos cruzamentos com os comboios regionais e de mercadorias, conseguia perfeitamente fazer Lisboa - Porto em menos de 2 horas, com apenas umas 6 ou 8 paragens!!!!! Pergunto eu, isso é mau?

Ou somos ricos e vamos já criar do zero uma linha de bitola europeia e substituímos tudo!? Comboios, linhas e até as obras nas paragens (os espertos dos franceses criaram um novo TGV mais largo que obrigou a fazerem obras em 1300 estações de comboios: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp-francesa-gasta-15-mil-milhoes-em-1800-novos-comboios-que-nao-cabem-nas-estacoes/), caso contrário e ao contrário dos franceses, ficamos com os comboios afastados das plataformas de embarque/desembarque!!!!!

Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

https://www.publico.pt/2017/09/26/economia/noticia/a-bitola-na-rede-ferroviaria-portuguesa-e-um-problema-1785629
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020
https://sol.sapo.pt/artigo/603695/tgv-avanca-mesmo

Viajante,

É preciso ter em conta que os planos para uma rede europeia de comboios de alta velocidade não apareceram do nada. Fazem parte duma estratégia criada pela Comissão Europeia. Obviamente que dentro do PS há muita gente a querer "mamar" à custa deste projecto, mas há uma pressão também proveniente de Bruxelas para criar uma rede europeia de comboios de alta velocidade. Mesmo depois de em 2018 ter existido um "special report" a questionar a estratégia.
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/themes/infrastructure/studies/doc/2010_high_speed_rail_en.pdf
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/media/publications/doc/modern_rail_en.pdf
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/#chapter4

Eu percebo a ideia da UE em uniformizar, mas eu tenho muitas dúvidas a começar sobre o que é estratégico para o país!!!!
A linha do TGV que está traçada para o nosso país, tem 2 ligações a Espanha que lhes interessa a eles bastante, a ligação a Madrid e a Vigo.
Vamos investir pesadamente num novo sistema completamente incompatível com tudo o que tem a actual CP para servir os aeroportos da ANA que nem são nossos?

Depois de investirmos no novo TGV, temos dinheiro para o manter e manter ainda a actual CP que tem prejuízos anuais de 200 milhões!?!?! E que nem sequer tem dinheiro para comprar comboios novos, se estão recordados?!

Eu fico parvo com tantas dificuldades financeiras evidenciadas para mantermos e até modernizarmos o que temos, mas vamos lançar-nos de cabeça num projecto incompatível com o que temos e a custar para cima de 12 mil milhões!!!!!

Afinal há muito dinheiro no estado português!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 14, 2020, 06:09:39 pm
Porque não precisamos da TAP

O que traz prestígio a um país é o investimento na formação da população, na saúde e num nível de vida elevado. Não é ter a bandeira pintada numas quantas chapas de alumínio.

Quero começar por resumir o que de seguida vão ler: não só Portugal não precisa da TAP, como a TAP é o arquétipo de uma empresa disfuncional, arcaica, onde reinam o compadrio e as cunhas, e cuja nacionalização é dos maiores erros que o país pode fazer.  Por exemplo, esta injeção de 1,2 mil milhões de euros, que assumidamente não vai ser recuperado, é tanto como 50% do orçamento do Ensino Superior português e não pode ser desperdiçado em recursos não estratégicos. Queria trazer alguns números a um debate onde só há a ardente paixão do patriotismo rococó.

A TAP foi fundada em 1945 para suprir os desejos de conexão ao império colonial. Uma empresa sempre privada e sempre envolta em prejuízos avultados, já que nos últimos 20 anos, apenas deu lucro num, em 2017, possivelmente um resquício de um processo de privatização. Há já uma década, que a TAP está em falência técnica e em suporte de vida constante do Governo português, que se orgulha de ter as ditas bandeiras pintadas na fuselagem. Mesmo em 2018 e 2019, tendo Portugal assistido a um “boom” no turismo, que nos próximos anos muito dificilmente se vai repetir, a TAP apresenta prejuízos recordes, ao mesmo tempo que premeia descaradamente os seus gestores. Este facto deve-se, sem que alguma dúvida haja, à incapacidade de gestão da mesma, pois todas as outras companhias aéreas a operar em Portugal apresentam lucro. As que não o fazem, abrindo falência, são compradas, reestruturadas e depressa integram novas companhias, sem que o cliente sofra de alguma forma. As leis do mercado são simples e sempre foram: havendo  procura, há oferta. Hoje, com as dezenas de companhias aéreas a operar em Portugal, e com sede de expansão, com custo praticamente zero para os contribuintes, porquê sustentar uma empresa que tão mal nos serve?

1 Há quem diga que a TAP é indispensável para unir o país e que presta um serviço insubstituível à população. Na realidade, a TAP pouco ou nada serve a maioria da população. No ano de 2019, no aeroporto do Porto, 81% dos passageiros utilizaram outras companhias aéreas; em Faro são 96.5%; em Ponta Delgada são 84%; no Funchal 73%. A TAP apenas teve hegemonia em Lisboa, com 52% do número de passageiros transportados em 2019 (1). No Porto, a reestruturação prevê três rotas internacionais, às vezes com o argumento confuso de que o Aeroporto Sá Carneiro não é rentável – confuso, pois todas as restantes 29 companhias que operam a partir do Porto são rentáveis num período normal (é por isso que voam para lá, evidentemente). Isto vem de um dos maiores erros que a TAP fez. Em 2016, decidiu mudar grande parte das operações que tinha no aeroporto Francisco Sá Carneiro para a Portela, estabelecendo a Ponte Aérea, alegando que os voos a partir do Porto não eram rentáveis, motivando críticas de Rui Moreira e Pinto da Costa. Se foi alguma guerra interna ou pura negligência é difícil saber, mas pouco depois disso acontecer, a Ryanair e a easyJet entraram em força na Invicta, a primeira destas transportou 34% dos passageiros em 2019, eclipsando os 21% da TAP, e mostrando que procura sempre houve.

Em Faro, a situação é ainda mais gritante: não precisamos de um mestrado em turismo para perceber que uma grande percentagem dos turistas que visitam o Algarve é de nacionalidade britânica. A TAP realiza 0 (zero) voos internacionais, e apenas um voo para Lisboa. Sendo Faro o centro do turismo português, com 20 milhões de dormidas em 2019, é evidente que quase nenhum dos quase 9 milhões turistas estrangeiros lá chegou pela TAP – tinham essa possibilidade, se marcassem uma passagem de 5 dias por Lisboa, um disparate. Logo, é insensato desejar que os habitantes do Sul vejam o dinheiro das suas contribuições investido numa companhia que não beneficia a sua região em praticamente nada.

Nas ilhas, a situação repete-se. Embora a TAP ainda transporte a maioria dos passageiros para o Funchal, vai perdendo terreno para a easyJet e a Transavia, não apresentando um único voo para o estrangeiro (excetuando o Funchal-Sal, que retomou no dia 7). Nos Açores, onde a companhia de bandeira divide a responsabilidade de ligação do arquipélago com a SATA, já perdeu o segundo lugar do pódio para a Ryanair.

Em 2019 passaram pelos aeroportos do Porto e Faro, 13 e 9 milhões de passageiros (2), respetivamente, uma fatia de quase metade do total nacional, não servidos pela TAP. É de acrescentar que, durante anos, o lobby vigente da TAP barrou o estabelecimento de bases de companhias aéreas low cost, que atualmente a superam liminarmente.

No que remete para as ligações a África, a TAP enfrenta cada vez mais concorrência de outras companhias e chega mesmo a apresentar preços menos apelativos do que a Qatar Airways nas suas rotas, não obstante o salto de qualidade desta última.

2 Então e a Ponte Aérea? A TAP optou por concentrar operações num aeroporto sobrelotado, em Lisboa, e com enorme necessidade de reformas severas. A “solução encontrada” seria a de voos constantes a ligar Lisboa e o Porto, mas o produto final são 3 ou 4 voos diários, dispendiosos, a chegar a Lisboa a meio da tarde – o que leva qualquer turista a recusar esta opção, pois para apanhar um voo antes das 15h, com esta “ponte”, só mesmo com máquina do tempo (sábado, dia 22 de agosto: 3 voos da TAP, o primeiro a chegar às 16h45). Mais ainda, qual será a motivação de um habitante do Porto para perder uma hora num voo até Lisboa, mais uma hora em escala (excetuando os atrasos constantes) para depois apanhar um voo de ligação para um dos vários destinos que a TAP oferece na Europa, quando a easyJet, Ryanair, Transavia e Lufthansa oferecem o mesmo destino, com um preço mais barato e sem a necessidade de perder duas horas a viajar na direção errada? Sem falar sequer nos atrasos, que em algumas situações colocam os voos da Ponte Aérea à mesma velocidade que o Intercidades da CP, a ocupação de slots desnecessária na Portela, e o dano que é feito ao ambiente.

3 A fatura exorbitante para os contribuintes é justificada, pois melhora a imagem de Portugal no exterior” – este é um argumento um tanto ridículo, pois mais nenhum país europeu nacionalizou a sua companhia aérea (2019 e antes). A Suíça, um país riquíssimo em comparação com Portugal, deixou deliberadamente a companhia nacional, a Swissair, falir, em 2002. A companhia foi vendida, reestruturada, e em 2019 originou lucros de 540 milhões de euros – sem intervenção estatal. Atrevo-me a dizer que o que define o prestígio do país é o rigor da educação, a qualidade dos serviços de saúde, um salário mínimo elevado e dinamismo. E este último esbarra completamente com um artefacto dos tempos coloniais – diga-se, TAP. Hei-de de desafiar um suíço a vir a Portugal e dizer-lhe “estamos ao vosso nível!”, “Na educação?”, “Não”, “Na economia?”, “Não, mas temos uns aviõezinhos de bandeira que são uma beleza”. Não o iria convencer.


4 A qualidade ímpar da TAP tem de se pagar”: em termos de pontualidade, passo a citar, “TAP é uma das companhias menos pontuais do mundo” onde, de resto, “a maioria das companhias listadas são operadoras “low cost” de longo curso como a Norwegian ou a Air Asia X”(3, 4). Em termos de qualidade, a Skytrax, principal consultora de análise a companhias aéreas do Reino Unido, deu 4/10  à qualidade da TAP, classificando-a como uma companhia 3 estrelas. Em comparação, as low cost EasyJet e Ryanair tiveram ambas 5 em 10 – nada mal, e ficam mais em conta. Vendo a Lufthansa, uma concorrente direta, temos 6/10 e 5 estrelas. Falamos de companhias com qualidade superior à da TAP, a operar em Portugal com preços mais competitivos, e que, novamente, são privadas e não carecem de fundos públicos. Convém também acrescentar que, qualquer pessoa que tenha viajado com alguma regularidade na TAP nos últimos anos, nota a descida de qualidade. Refeições quentes, essas já não existem nos voos para a Europa, e se há qualquer tipo de refeição, esta não passa de uma sandes de 3,5 polegadas, que serve mais de insulto do que sacia a fome.

5 O português deve pagar a TAP, pois tem o direito de utilizar a TAP”: dois terços dos portugueses utilizam outras companhias aéreas devido à maior oferta e preços mais baixos, e essas, ele não foi obrigado a pagar. Acrescento: perante uma crise económica monumental, penso que a preocupação dos portugueses não é utilizar o bem público que é a TAP, mas sim focar nas suas necessidades básicas, quer incluam viajar ou não. Mais ainda, apesar de não haver dados, será que não se pode argumentar que os membros da nossa comunidade emigrante espalhada pela Europa não passaram a poder regressar a Portugal com mais frequência depois do aparecimento das low cost? E os estudantes em Erasmus e demais portugueses deslocados do nosso país?

6 A TAP faz serviço público e isso está à vista durante a pandemia”. É verdade que a TAP repatriou portugueses retidos em Luanda e Maputo, mas não há confusão nenhuma: o custo dos bilhetes foi superior ao já normal elevado (com um bilhete de ida a custar valores acima dos mil euros). O material trazido da China para Portugal veio através da HiFly e de outras companhias, o que não é de estranhar. Qualquer companhia aérea, nesta fase, está pronta a fazer leasing dos seus aviões parados para colmatar as necessidades dos países. Havendo concurso público, o custo desses voos será sem dúvida inferior aos da TAP. Nada contra ajuda humanitária taxada à hora, mas penso que poderíamos pagar apenas o custo do voo e não outros 1,2 mil milhões em cima.

7 É necessário proteger os 10 mil empregos da TAP” : Portugal serve de base de operações para inúmeras companhias aéreas, cujos trabalhadores são cidadãos portugueses e contribuintes. É inaceitável ter preferências e defender que uns devem ser salvos ao mesmo tempo que se despreza completamente os restantes. Este movimento não está restrito a companhias aéreas, pois testemunhamos a subida galopante do desemprego. Acrescento: 1,2 mil milhões de euros para 10 mil corresponde a 120 mil euros por posto de trabalho, o que é absolutamente impensável. Durante o período de  lay-off, a companhia recusou-se mesmo a reduzir os salários ao estipulado pelo Estado e optou por compensar os trabalhadores, uma medida ótima, não fosse ser paga após uns meses pelos milhares de portugueses que não tiveram essa sorte. Mesmo se a empresa falir, os seus bens e trabalhadores serão absorvidos pelas outras companhias, sem necessidade destes gastos.

8 A TAP contribui para 2% do PIB, tanto como 3,5 mil milhões de euros”: é igualmente verdade que as dívidas da TAP, tendo em conta o leasing de aeronaves, ronda igualmente os 3 mil milhões de euros.  A maior parte desta contribuição prende-se com serviços de manutenção e consumo de combustível, que, novamente, podem continuar a existir mesmo com a falência da TAP, ou de forma independente, ou integrando outras companhias. Não é descabido pensar que, se esta é a contribuição da TAP, servindo praticamente só um aeroporto, as outras companhias rentáveis devem ter contribuições da mesma ordem de grandeza, se não superiores. O mesmo pode ser dito das exportações, que a TAP diz serem no valor de 2 mil milhões de euros, mas cada um dos novos A330neo custa (a preços tabelados) 263,8 milhões de euros. Os 21 que a TAP encomendou custam no total 5,535 mil milhões de euros, sem falarmos sequer na compra de outros modelos, combustível, peças, etc.

Então e como proceder nesta crise? Nas palavras do CEO da Ryanair, em entrevista ao Público, “seria melhor distribuído através das várias companhias aéreas que operam em Portugal ,em proporção do seu contributo para a conectividade do país”. Em vez disso, a escolha dos dirigentes do país cinge-se a suportar uma única companhia, com ajudas que em março se estimavam ser de 300 milhões de euros, mas que já vão em 1,2 mil milhões, e que todas as partes envolvidas reconhecem ser impossível pagar nos 6 meses impostos pela UE.

Não nos deixemos enganar. A TAP até poderia ser muito rentável, se fosse feita uma reestruturação, uma que já vem não com anos, mas décadas de atraso, para reverter o que anos e anos de gestão danosa fizeram. E teria de ser uma reestruturação profunda, não fogo de vista, para limpar todas as cunhas, relações de compadrio impregnadas na empresa há décadas e fazer contratos de trabalho que não prejudiquem a empresa. Mas como isso nunca vai acontecer, não fosse a TAP deixar de ser tacho para qualquer que seja o partido no poder, se calhar é altura de abdicarmos da TAP, deste elefante branco, pois, do mesmo modo que não é com a Champions que se melhoram as condições dos trabalhadores de saúde, não é por ter as cores da bandeira nos aviões que somos melhor país ou os que estão lá fora nos veem melhor.

Em suma, favorecer uma empresa falida e não dar um cêntimo a outras companhias aéreas rentáveis e que melhor servem Portugal, especialmente durante uma crise económica onde os fundos são escassos e necessários em outras aplicações, é obsceno, imoral e um atentado às regras do mercado livre, onde a ineficiência, inutilidade e prejuízo são colocados num pedestal em nome do “orgulho” nacional, quando os potenciadores de mudança e ascensão do país são descartados para segundo plano.

Olhando a números e não a paixões, a escolha é clara, como foi para tantos portugueses.

(1) (2) Relatórios trimestrais ANAC 2019

https://observador.pt/opiniao/porque-nao-precisamos-da-tap/

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 18, 2020, 04:43:24 pm


https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/cip-condena-novo-impedimento-para-empresas-acederem-ao-lay-off-patroes-ja-escreveram-ao-governo-614883

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 21, 2020, 11:43:38 am
Dar a volta ao turismo

 :arrow: https://videos.sapo.pt/hIVCH4mM4lmHfI1CuHzu?jwsource=cl

 :arrow: https://videos.sapo.pt/5tQGcjpu2w5zCnWd86vU?jwsource=cl
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 21, 2020, 08:45:00 pm
Esta malta nem deve dormir para ver o que vai fazer ao dinheiro.

https://eco.sapo.pt/2020/07/21/nunca-portugal-recebeu-tanto-dinheiro-da-uniao-europeia-marcelo-alerta-para-a-responsabilidade-de-o-utilizar-bem/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Julho 21, 2020, 09:48:44 pm
É tudo para estourar!!!! Aeroportos, TGVs....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 21, 2020, 10:31:47 pm
Infelizmente há várias decisões que apontam sem dúvida para que o actual governo derreta o dinheiro todo sem contemplações! E o facto do Centeno (o cativador) ter ido para o Banco de Portugal, é a cereja em cima do bolo!!!!

Nacionalizar a falida TAP, novo aeroporto (em plena pandemia), TGV (custava à 15 anos pelo menos 12 mil milhões de euros)...... orçamento suplementar de 20 mil milhões de euros a agravar o défice.......

Depois admiram-se quando chegarmos à próxima crise, lá para 2030, estivermos ainda mais endividados e novamente em crise e de chapéu estendido na mão, desconfiem (no norte), da forma como aplicamos o dinheiro dado!!!! E vamos voltar a chamá-los forretas!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 22, 2020, 12:02:24 am
Mas é que a primeira coisa que me passou pela cabeça mal se tornou oficial o acordo da UE, foi precisamente esta dúvida face à nossa incapacidade de gerir a verba. Então aqueles 15 mil milhões a fundo perdido, devem dar para algumas obras públicas. Com jeitinho ainda dá para um mini aeroporto por cada distrito!

Gostava de acreditar que iam ter a decência de usar a verba como deve ser, mas isso é wishful thinking a mais.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 22, 2020, 07:25:23 am
Já deve dar para pintar muitas ruas e construir muitos obeliscos em Oeiras
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 22, 2020, 10:19:50 am
Se fossemos poupados, ao menos aproveitavamos esta oportunidade única e usavamos os 10,8 mil milhões de euros disponíveis em empréstimos (já que os restantes 45 mil milhões vão ser todos derretidos, não tenho dúvidas), para criarmos um fundo soberano à imagem do que tem a Noruega. Fundo este que seria auto-alimentado pelos dividendos gerados e até acrescentava outras receitas extraordinárias para ir engordando o fundo.

E só quando houvesse uma emergência, é que o estado podia recorrer ao fundo para cobrir despesas extraordinárias (como aconteceu agora).

Só a título de comparação, a Noruega tem um fundo de cerca de 1 bilião de euros (valor do orçamento da União Europeia para o próximo quadro comunitário de 7 anos a distribuir pelos 27 países de 2021 a 2027!!!!!!). Em 2019 este fundo teve um lucro de 30 mil milhões de euros e é a 2ª vez que a Noruega resgata esse valor (normalmente é sempre reinvestido para aumentar o fundo, conjugado com parte das vendas de petróleo que é entregue ao fundo) e mais uns positos. No total a Noruega vai resgatar 35 mil milhões do Fundo para ajudar a economia a ultrapassar esta crise dupla da Noruega (crise do petróleo e do COVID-19).

É um dos bons exemplos que devíamos seguir.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Julho 22, 2020, 03:29:55 pm
Se fossemos poupados, ao menos aproveitavamos esta oportunidade única e usavamos os 10,8 mil milhões de euros disponíveis em empréstimos (já que os restantes 45 mil milhões vão ser todos derretidos, não tenho dúvidas), para criarmos um fundo soberano à imagem do que tem a Noruega. Fundo este que seria auto-alimentado pelos dividendos gerados e até acrescentava outras receitas extraordinárias para ir engordando o fundo.

E só quando houvesse uma emergência, é que o estado podia recorrer ao fundo para cobrir despesas extraordinárias (como aconteceu agora).

Só a título de comparação, a Noruega tem um fundo de cerca de 1 bilião de euros (valor do orçamento da União Europeia para o próximo quadro comunitário de 7 anos a distribuir pelos 27 países de 2021 a 2027!!!!!!). Em 2019 este fundo teve um lucro de 30 mil milhões de euros e é a 2ª vez que a Noruega resgata esse valor (normalmente é sempre reinvestido para aumentar o fundo, conjugado com parte das vendas de petróleo que é entregue ao fundo) e mais uns positos. No total a Noruega vai resgatar 35 mil milhões do Fundo para ajudar a economia a ultrapassar esta crise dupla da Noruega (crise do petróleo e do COVID-19).

É um dos bons exemplos que devíamos seguir.

A ideia nao é má, mas em Portugal isso nao resulta, pois passaria a ser o FSPPDG (Fundo Soberano Portugues Para Desvarios Governamentais), gerido através do Banco de Portugal para dar seriedade á coisa, mas com os administradores sendo ex-politicos associados ao arco da governaçao.

A ideia do Aeroporto de raíz de que falam é o novo em Alcochete ou a conversao da BA6? É que se for o de Alcochete construido modularmente de acordo com o crescimento do trafego aereo para mim faria sentido. Pois o que o estado poderia ganhar com a venda dos terrenos do actual aeroporto pagaria grande parte da obra. 

En relaçao ao TGV, isso é uma decisao de Espanha nao é nossa. Sem a Espanha aceitar seremos apenhas uma ilha ferroviaria.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 22, 2020, 07:05:40 pm
Já deve dar para pintar muitas ruas e construir muitos obeliscos em Oeiras

Mas é que não duvides que para o ano não vão faltar zonas balneares e zonas ricas remodeladas. Ele é passadiços para bicicletas, passadeiras/lombas coloridas, palmeiras... Pequenas Beverly Hills pelo país!

Oh Viajante, não te ofendas... E falo muito a sério... Alguma vez os nossos políticos teriam pensamento estratégico para criar um fundo desses? O único fundo que conhecem é o dos seus bolsos e o dos amigos, e o buraco sem fundo do NB, TAP, etc.

Agora com o fundo da UE, somos um país rico, pelo menos é esta a mentalidade que muitos vão ter, até à próxima crise. Vai ser esbanjar à grande e à portuguesa.

Nem vou falar nos TGVs, porque aí então é o descalabro.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Get_It em Julho 23, 2020, 12:09:07 am
Só a título de comparação, a Noruega
Esses é que são os verdadeiros Ronaldos da economia e finanças.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 23, 2020, 01:26:00 pm
Para quê seguir o exemplo de um país como a Noruega, quando podemos seguir o exemplo de qualquer país terceiro-mundista, em que quem tem poder fica com tudo?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 23, 2020, 08:58:23 pm
Parem de ofender a Noruega sff
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 23, 2020, 10:48:11 pm
Portugal já tem um fundo, mas pertence à Segurança Social. No fim de 2019 ultrapassou pela primeira vez os 20 mil milhões de euros, o que é excelente (deve ter perdido alguma coisa com esta crise)!!!!!!

Mas se avançássemos para um novo fundo soberano, desta vez sobre a alçada do Banco de Portugal, com os 10,8 mil milhões...... e crescesse a mais de 4% ao ano como o da Segurança Social desde que nasceu em 2000, dentro de alguns anos, iríamos ter 2 fundos muito relevantes que podiam safar a economia quando fosse preciso. A economia nacional nunca vai crescer mais de 4% ao ano, mas os fundos sim, como se tem comprovado com o da Segurança Social!

Com este novo fundo e sem nenhuma entrada de capital, só capitalização dos rendimentos, em 57 anos tínhamos mais de 100 mil milhões de euros a somar aos quase 200 mil milhões de euros previsto para o Fundo da Segurança Social (apesar de que este para além dos reinvestimentos, também tem novas adesões e receitas extra). E assim sem grandes quebra-cabeças e esquemas e sem prejudicar nenhum português, daqui a 57 anos passávamos a ter 300 mil milhões de euros, o que representará de certeza muito mais do que 50% da riqueza criada pelo país nessa altura (2077).

Como dizia o outro, é fazer as contas, mas pelo menos essas 2 armas financeiras podem fazer toda a diferença se um dia precisarmos delas.... por exemplo num conflito!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 24, 2020, 06:52:33 am
Muita gente vai encher os bolsos
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 24, 2020, 10:42:43 am
Muita gente vai encher os bolsos

Infelizmente não tenho a menor dúvida. Desde as empresas que vivem encostadas ao estado, aos desvarios do próprio estado (nacionalização da TAP, TGV, .........) e não esqueçamos que temos 308 Presidentes de Câmara que vão a votos em 2021 e que não tenho dúvidas de que a partir do momento que se sabe dos subsídios que aí vêem, vão fazer uma grande romaria a Lisboa para construír mais uns milhares de rotundas, pavilhões multiusos, piscinas aquecidas, pavilhão do tremoço, pavilhão da erva daninha....... quando eu vejo campos de desporto com piso alcatroado para 20 habitantes de uma aldeia.......

Voltando ao TGV, que eu tenho poucas dúvidas que não vá para a frente, a não ser que o PS não chegue com o governo ao fim (têem uma fixação pelo TGV)...... para ligarmos as nossas linhas a Madrid e fazermos de Madrid a charneira de todas as linhas ferroviárias da Península..... e com isso enterrarmos mais de 12 mil milhões!!!!
Basta olha para este mapa, para vermos que vamos torrar dinheiro a transformar Madrid no centro da Peninsula: https://eltrapezio.eu/pt-pt/espanha/ligacoes-ferroviarias-aereas-e-fluviais-entre-portugal-e-espanha-suspensas_7008.html

Só por isso eu não avançava com o TGV, nem que fizesse apenas uma linha só para mercadorias a ligar a Sines e outra por Vigo a ligar a Leixões/Matosinhos.......
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 24, 2020, 01:02:49 pm
Por cá existe uma certa alergia ao conceito de "rentabilidade".

Foi feito algum estudo de mercado para saber se um TGV seria rentável? É que por um valor superior a 12 mil milhões, era bom que se justificasse tal investimento com a garantia de um retorno superior ao fim de poucos anos.

Quanto à aviação, alguma ideia da quantidade de passageiros e voos que vão de Lisboa para Faro, e do estrangeiro para Faro? E de que maneira se insere a estratégia da TAP nisto? Mantém a política de centralização em Lisboa, ou faz voos directos, por exemplo Londres-Faro?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 24, 2020, 04:48:41 pm
Por cá existe uma certa alergia ao conceito de "rentabilidade".

Sim, não fomos formatados para esse conceito. Pergunte a um comerciante (se tiver confiança para isso), se sabe dizer-lhe se tem lucro ou prejuízo (quando muito sabe que compra a X e vende a y, mas esquece-se dos custos fixos como luz, água, aluguer, salários, impostos,....... que também tem de imputar nos preços que cobra!!!!!

Vê muitos comerciantes/empresários a colocar todas as suas despesas pessoais nas contas da empresa, sem saber se esta ganha dinheiro para pagar ou sequer se o pode fazer!!!!!! Depois os funcionários com 2 dedos de testa vêem o festival e querem também aproveitar a farra!!!!!!

Foi feito algum estudo de mercado para saber se um TGV seria rentável? É que por um valor superior a 12 mil milhões, era bom que se justificasse tal investimento com a garantia de um retorno superior ao fim de poucos anos.

A essa pergunta eu respondo-lhe com factos, se a actual CP que explora linhas centenárias, já fechou centenas de km de linhas pelo país, desde os anos 80 e mesmo assim é sempre deficitária na exploração, como é que o TGV vai ser rentável? É matematicamente impossível.
Olhe, só amortizar 12 mil milhões de euros em 30 anos, dá a bagatela de 400 milhões de euros por ano (ignorando a manutenção, salários, etc, porque o investimento inicial, 50% é através de subsídios)!!!!! E se lhe disser que a CP em 2019 nem 300 milhões de euros facturou!?!?!!?!?!? Mesmo tendo transportado 145 milhões de pessoas (viagens)!!!!

Mas há mais, olhe, mesmo que todos os passageiros que andam no Alfa e Intercidades (cerca de 5 milhões de passageiros), passassem a andar de TGV, só se as viagens Porto-Lisboa, Lisboa-Faro ou Lisboa-Porto-Vigo custassem em média 100€ o bilhete é que as receitas cobriam só a amortização do investimento e ainda nem cheguei aos custos de exploração, porque o TGV não anda a água (consome muitos MW de potência eléctrica), salários, formação, manutenção........

E olhe que bilhetes de 100€ cá dentro não é para qualquer um!!!!!! E só para recordar que alguém que vá neste momento do Porto para Lisboa de Alfa Pendular, paga 31€ e a demorar a viagem 2 horas e 42 minutos. Quer isto dizer que os preços no mínimo vão ter de triplicar.

https://expresso.pt/economia/2019-09-13-Receitas-da-CP-sobem-para-74-milhoes-no-longo-curso
https://sol.sapo.pt/artigo/688404/passageiros-e-receitas-da-cp-aumentam-em-2019
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Luso em Julho 24, 2020, 06:44:14 pm
Leiam o estudo do ICEP sobre a IV revolução industrial e sobre a extrema importância do caminho de ferro para transporte de mercadorias.
É obrigatório!
Só isso arruma veleidades em "brinquedos".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 24, 2020, 11:24:22 pm
Leiam o estudo do ICEP sobre a IV revolução industrial e sobre a extrema importância do caminho de ferro para transporte de mercadorias.
É obrigatório!
Só isso arruma veleidades em "brinquedos".

Sem dúvida que as mercadorias deveriam ser a principal aposta ferroviária. Mas essa aposta não precisa de um TGV, aliás em lado nenhum. Mas o TGV que os socretinos preparam-se para fazer avançar, não privilegia as mercadorias, uma vez que a única ligação a Espanha far-se-á via Lisboa - Poceirão - Caia, quando as nossas mercadorias precisavam de outros pontos de entrada: https://expresso.pt/economia/tgv-de-cinco-linhas-para-meia-linha=f585497

Continuo a dizer que devíamos apostar em novas linhas para maximizar o que já temos. Nós já temos comboios como o Alfa Pendular que chega a 230Km/h, não temos é linhas para ele andar à velocidade máxima. Também já temos locomotivas Siemens que puxam carruagens de passageiros e mercadorias a 220Km/h.... mais uma vez não temos linhas para tanto!!!!!!!

Além de que não se percebe o salvamento da falida TAP, se afinal vamos apostar no TGV!!!!!

Pergunto, se não temos dinheiro para manter as linhas e comboios actuais, vamos ter para manter o TGV que é muitíssimo mais caro? Não percebo!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 25, 2020, 12:37:59 pm
Quanto é que custaria "modernizar" as linhas existentes, e criar novas ligações, que permitissem aos comboios atingir essas velocidades? É que este talvez seja um bom "meio termo", e as distâncias que envolvem Portugal-Espanha não são assim tão grandes para justificar um TGV. Além de que, nós sendo um país de vocação marítima, provavelmente ganhavamos mais em reforçar a nossa capacidade de transporte por esta via.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 25, 2020, 04:46:51 pm
Ainda a procissão não saiu da igreja e já há desentendimentos??

https://observador.pt/2020/07/25/tecnicos-nomeados-pelo-parlamento-criticam-projeto-de-obras-publicas-do-governo/

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 25, 2020, 05:21:46 pm
Quanto é que custaria "modernizar" as linhas existentes, e criar novas ligações, que permitissem aos comboios atingir essas velocidades? É que este talvez seja um bom "meio termo", e as distâncias que envolvem Portugal-Espanha não são assim tão grandes para justificar um TGV. Além de que, nós sendo um país de vocação marítima, provavelmente ganhavamos mais em reforçar a nossa capacidade de transporte por esta via.

Vamos pegar só na linha mais importante do país e para vermos a complexidade dos problemas, a linha do norte que liga Lisboa ao Porto (336km de linha férrea):

- Grande parte destes troços de linha foram construídos à mais de 150 anos!!!!! (obviamente os carris não, mas os declives, afastamentos, estações bem no centro das localidades, etc);
- Só para ter uma ideia, deixo apenas 2 artigos, da wikipédia e de um adepto da Alta Velocidade, para tirar você mesmo as suas conclusões:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Norte
https://portugalferroviario.net/politicas/2019/09/08/alta-velocidade-em-portugal-ja/

Actualmente você tem ou tinha 720 comboios por dia a percorrerem uma parte ou a totalidade da linha;
As linhas são duplas e apenas num pequeno troço são quadruplas;
As linhas são percorridas por comboios de mercadorias e comboios de passageiros, com apenas 1 linha em cada sentido (linha dupla, é bom recordar);
Existem muitos limites de velocidade ao longo da linha como pode comprovar e que vão desde os 50km/h aos 220Km/h:
- Limites de velocidades nos comboios convencionais: (https://portugalferroviario.net/politicas/wp-content/uploads/sites/2/2019/09/lnorte_normal.jpg)
- Limite de velocidade nos Alfa/Intercidades: (https://portugalferroviario.net/politicas/wp-content/uploads/sites/2/2019/09/lnorte_epndular.jpg)
O TGV não permite declives superiores a 1,5%, quando a actual linha chega a ter declives de 3,5%, ou seja, mais pontes, túneis, aterros gigantescos........
O TGV exige afastamentos superiores entre linhas, devido à velocidade, já para não falar de que usa uma bitola incompatível com a actual

O que é que acho que deveria ser feito, em vez de gastarmos 20 milhões de € por km de linha de TGV, que mais nenhum comboio pode utilizar, mais valia quadruplicar as linhas, com um custo de apenas 5 milhões de € por km, aproveitando todas as locomotivas actuais e reforçando os serviços.

Caso contrário vamos quadruplicar a linha do norte, mas 2 das linhas só funcionam para o TGV (20 milhões €/km) e as outras 2 linhas para tudo o resto.

Vamos passar a ter 2 sistemas incompatíveis, quer no material circulante quer nas próprias linhas, uns ao lado dos outros!!!!!

A fazerem o TGV que seja apenas para ligar a Europa, especialmente mercadorias!!!!!!

Mas façam lá as contas e vejam os prós e contras de usar 2 sistemas incompatíveis ou 1 só sistema!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Kalil em Julho 25, 2020, 06:14:52 pm
É só fumaça para enganar quem se quiser deixar enganar..

A alta velocidade em Portugal nunca será uma boa opção.

Andam há décadas para modernizar a linha do Norte, que é a principal, e nunca há financiamento para isso. Vamos agora investir numa linha completamente nova??!
É de loucos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 25, 2020, 10:46:37 pm
Estamos em Portugal por isso o que é de loucos, é perfeitamente viável para quem manda e sobretudo para quem tem "interesses". Não é à toa que o Aeroporto do Montijo é um atentado ao ambiente e ainda assim querem fingir que no pasa nada e seguir em frente com o dito.

A diferença do TGV face ao investimento nas linhas do Norte, é que agora vão aparecer os milhares de milhões milagrosos da UE, logo vai dar para esbanjar.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 25, 2020, 10:52:20 pm
Estamos em Portugal por isso o que é de loucos, é perfeitamente viável para quem manda e sobretudo para quem tem "interesses". Não é à toa que o Aeroporto do Montijo é um atentado ao ambiente e ainda assim querem fingir que no pasa nada e seguir em frente com o dito.

A diferença do TGV face ao investimento nas linhas do Norte, é que agora vão aparecer os milhares de milhões milagrosos da UE, logo vai dar para esbanjar.

.mas o problema maior nem é o atentado ambiental, é a falta de segurança nas operações aéreas, para pax tripulação e habitantes das zonas circundantes com os milhares de passaros, a curta extensão da pista, o corredor da aproximação da 01 e a saida da 19.

Eu sou daqueles que ainda vao pensando nos humanos antes dos restantes animais, mas se calhar ando enganadp....

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: dc em Julho 25, 2020, 11:24:22 pm
Sim, mas impacto ambiental é 100% garantido que vai acontecer e é incontornável. Ou seja, é um facto. O risco dos acidentes é uma questão de "probabilidades" não uma garantia de que vai acontecer. E ambos sabemos que estes meninos, têm muito jogo de cintura, portanto se ignoram algo que tem 100% de garantia de acontecer, não vão ignorar algo cuja % é menor? Creio que não.

O que quero dizer é, se a construção do aeroporto não esbarrar nas questões ambientais, muito facilmente eles olham para essa questão da segurança dos voos e pensam "bem, já que o impacto ambiental é inevitável, exterminamos as aves da zona para solucionar o outro problema". Este tipo de prática foi e é feito noutros países. Na lógica deles, seria "salvamos pessoas em detrimento das aves", e para mim não é solução.
Seria o mesmo que evitar a ocorrência de fogos florestais, através de um processo de desflorestação.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 31, 2020, 09:48:06 am
PIB português com quebra histórica de 16,5% no 2º trimestre

(https://www.dinheirovivo.pt/wp-content/uploads/2020/07/37791850_29030400_WEB-1060x594.jpg)

O 2º trimestre corresponde ao período do estado de emergência, quando as medidas de confinamento para evitar a propagação da covid-19 foram mais rígidas.

“Refletindo o impacto económico da pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma forte contração em termos reais no 2º trimestre de 2020, tendo diminuído 16,5% em termos homólogos, após a redução de 2,3% no trimestre anterior. Este resultado é explicado em larga medida pelo contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB, que foi consideravelmente mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo a expressiva contração do consumo privado e do investimento”, destaca o INE.

O instituto acrescenta: “O contributo negativo da procura externa líquida também se acentuou no 2º trimestre, traduzindo a diminuição mais significativa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”. Comparativamente com o primeiro trimestre, o PIB diminuiu 14,1% em termos reais. “Este resultado é também explicado, em larga medida, pelo contributo negativo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, verificando-se também um maior contributo negativo da procura externa líquida”, salienta o INE. Os dados do INE vêm confirmar as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontavam para uma contração em cadeia da economia nacional de 14,1% no segundo trimestre, contra a queda de 13,6% da zona euro.

Recorde-se que são já conhecidos os dados do produto interno bruto de várias economias europeias e dos EUA. O PIB alemão contraiu 10,1% no segundo trimestre, a queda mais acentuada desde que há registo, enquanto França registou uma queda histórica de 13,8%, mesmo assim menos negativa do que os 17% que eram esperados pelos analistas e pelo próprio Instituto Nacional de Estatística francês.

Já os efeitos do coronavírus na economia espanhola foram mais negativos do que o esperado, com produto interno bruto em Espanha a cair 18,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre. Dos Estados Unidos as notícias também não foram animadoras, o PIB caiu 32,9% a um ritmo anual, e 9,5% na variação em cadeia, ou seja, versus o trimestre anterior que, no caso americano, fora já negativo, com um recuo de 5%.

Em Portugal, a contração em cadeia do PIB no primeiro trimestre foi de 3,8% (menos 2,3% face ao período homólogo). Recorde-se que Bruxelas estima uma quebra de 9,8% do PIB nacional em 2020, bem acima das previsões do Governo que se ficam pelos 6,9%.

A nível global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial poderá cair 4,9% este ano, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/pib-portugues-quebra-historica-165-no-2o-trimestre/

Péssimas notícias, apesar de esperadas e ainda não acabou, quando terminar o layoff as notícias podem ser piores e definitivas!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Julho 31, 2020, 10:00:27 am
PIB português com quebra histórica de 16,5% no 2º trimestre

(https://www.dinheirovivo.pt/wp-content/uploads/2020/07/37791850_29030400_WEB-1060x594.jpg)

O 2º trimestre corresponde ao período do estado de emergência, quando as medidas de confinamento para evitar a propagação da covid-19 foram mais rígidas.

“Refletindo o impacto económico da pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma forte contração em termos reais no 2º trimestre de 2020, tendo diminuído 16,5% em termos homólogos, após a redução de 2,3% no trimestre anterior. Este resultado é explicado em larga medida pelo contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB, que foi consideravelmente mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo a expressiva contração do consumo privado e do investimento”, destaca o INE.

O instituto acrescenta: “O contributo negativo da procura externa líquida também se acentuou no 2º trimestre, traduzindo a diminuição mais significativa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”. Comparativamente com o primeiro trimestre, o PIB diminuiu 14,1% em termos reais. “Este resultado é também explicado, em larga medida, pelo contributo negativo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, verificando-se também um maior contributo negativo da procura externa líquida”, salienta o INE. Os dados do INE vêm confirmar as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontavam para uma contração em cadeia da economia nacional de 14,1% no segundo trimestre, contra a queda de 13,6% da zona euro.

Recorde-se que são já conhecidos os dados do produto interno bruto de várias economias europeias e dos EUA. O PIB alemão contraiu 10,1% no segundo trimestre, a queda mais acentuada desde que há registo, enquanto França registou uma queda histórica de 13,8%, mesmo assim menos negativa do que os 17% que eram esperados pelos analistas e pelo próprio Instituto Nacional de Estatística francês.

Já os efeitos do coronavírus na economia espanhola foram mais negativos do que o esperado, com produto interno bruto em Espanha a cair 18,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre. Dos Estados Unidos as notícias também não foram animadoras, o PIB caiu 32,9% a um ritmo anual, e 9,5% na variação em cadeia, ou seja, versus o trimestre anterior que, no caso americano, fora já negativo, com um recuo de 5%.

Em Portugal, a contração em cadeia do PIB no primeiro trimestre foi de 3,8% (menos 2,3% face ao período homólogo). Recorde-se que Bruxelas estima uma quebra de 9,8% do PIB nacional em 2020, bem acima das previsões do Governo que se ficam pelos 6,9%.

A nível global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial poderá cair 4,9% este ano, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/pib-portugues-quebra-historica-165-no-2o-trimestre/

Péssimas notícias, apesar de esperadas e ainda não acabou, quando terminar o layoff as notícias podem ser piores e definitivas!

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 31, 2020, 10:28:41 am
https://eco.sapo.pt/2020/07/31/economia-afunda-165-no-segundo-trimestre-a-maior-queda-de-sempre/

Economia afunda 16,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 31, 2020, 12:18:52 pm

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços

Também tenho poucas dúvidas de que a queda do PIB vai ser de 2 dígitos. Há muitas empresas que assim que terminaram as ajudas do Estado, abrem falência. Não aguentam manter custos e facturarem muito menos.

Basta imaginar o sector do turismo, que representa mais de 10% do PIB nacional, que vai ter uma quebra brutal e na melhor das hipóteses só recupera em 2021 e mesmo assim vamos ver como vai correr o ano!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 31, 2020, 04:00:50 pm
Esta pandemia devia ter sido atacada a sério, "a chinesa" , durante uns dois meses, e não neste chove não molha para não ofender os coninh@s de sabão, que vai sair muito mais caro!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 31, 2020, 04:04:23 pm
As quebras mais acentuadas do PIB na UE (e qual o lugar de Portugal)
Os dados disponibilizados pelo Eurostat, esta sexta-feira, revelam que variações homólogas superiores à de Portugal só se verificam em Espanha (-22,1%), França (-19%) e Itália (-17,3%).

https://www.noticiasaominuto.com/economia/1554518/o-pais-da-ue-com-a-quebra-mais-acentuada-do-pib-e-onde-fica-portugal
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 31, 2020, 05:09:25 pm
(https://pbs.twimg.com/media/EeQRmfWXYAACgOh?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Agosto 02, 2020, 02:37:09 pm
Encontrei estes dados muito interessantes do valor do PIB em termos reais dos últimos 25 anos de alguns paises europeus, Portugal incluido.

(https://pbs.twimg.com/media/EeZ-2T4XkAA3Edc?format=png&name=4096x4096)

Growth in real terms over the last 25 years (roughly)

UK + 62%
Spain +60%
France + 40%
Germany 37%
Portugal 37%
Greece + 21%
....
Italy + 8%

A Itália está quase com o mesmo nível de 1995, é evidente que a descida vai atenuar no próximo trimestre, mas o futuro é uma incógnita. Apertem os cintos meus amigos!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 03, 2020, 11:24:52 am
https://www.difbroker.com/pt/artigos/covid-19-o-maior-embuste-e-desastre-economico-do-seculo-xxi/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: miguelbud em Agosto 05, 2020, 09:12:02 pm

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços

Também tenho poucas dúvidas de que a queda do PIB vai ser de 2 dígitos. Há muitas empresas que assim que terminaram as ajudas do Estado, abrem falência. Não aguentam manter custos e facturarem muito menos.

Basta imaginar o sector do turismo, que representa mais de 10% do PIB nacional, que vai ter uma quebra brutal e na melhor das hipóteses só recupera em 2021 e mesmo assim vamos ver como vai correr o ano!!!!!!

Alguem que explique ao governo que 10% de queda do PIB sao mais de 20 mil milhoes num só ano, que nao serao recuperaveis no ano seguinte; porque eu apenas os vejo a fazer contas em como gastar os 15 mil milhoes a receber durante 5 anos  :bang:

A partir de 2015 a palavra cativaçoes passou a ser sinónimo de austeridade, qual será o novo sinonimo que o Antonio Costa vai inventar até ao final do mandato?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 16, 2020, 04:23:06 pm
Falta de pagamento de milhões de apólices pode obrigar a ajustamentos na moratória dos seguros

Os números são avassaladores. Em apenas um mês e meio, não foram pagas, no prazo fixado, mais de 3,3 milhões de apólices de seguros obrigatórios. Regulador dos seguros defende prolongamento do regime excepcional e o Governo admite essa possibilidade.

Os primeiros números relativos à aplicação do regime excepcional e temporário relativo aos contratos de seguro, a chamada moratória dos seguros, criada pelo Decreto-Lei n.º 20-F/2020, de 12 de Maio, mostram que entre 13 de Maio e 30 de Junho os portugueses falharam o pagamento de pelo menos 3,3 milhões de seguros obrigatórios (como o de responsabilidade civil automóvel ou de protecção contra incêndio ou outros danos). No mesmo período, os tomadores de seguros (particulares e empresariais) e as ... (quem tiver assinatura do público, consegue ver a totalidade do artigo).

https://www.publico.pt/2020/08/16/economia/noticia/falta-pagamento-milhoes-apolices-obrigar-ajustamentos-moratoria-seguros-1928190

Consequências directas e indirectas do COVID-19no nosso bolso!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 16, 2020, 07:28:27 pm
E ainda a procissão vai no adro...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 22, 2020, 03:22:47 pm
Teletrabalho: Há empresas a “espiar” os trabalhadores em Portugal

É verdade que o Teletrabalho não é propriamente uma nova forma de trabalhar. No entanto, com a pandemia por COVID-19, os portugueses viram-se obrigados a trabalhar a partir de casa recorrendo às novas tecnologias.

No entanto, há informações que em Portugal os patrões estar a vigiar os seus funcionários.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/08/telework.jpg)

Afinal o que é o teletrabalho?

O teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à distância consiste numa prática de trabalho efetuada à distância, por exemplo, a partir de casa, a qual é executada autonomamente, com o recurso ferramentas digitais de comunicação e de colaboração entre as entidades envolvidas (empresas, colaboradores e clientes).

Nos dias de hoje, existem centenas de ferramentas à sua disposição que permitem: comunicar e gerir equipas, realizar e agendar reuniões com colaboradores ou clientes, ensinar à distância, partilhar e criar documentos colaborativos, etc. Existem soluções muito diferenciadas, o difícil mesmo será optar pelas mais adequadas à sua realidade, pois escolha não falta de todo! Assim sendo, criámos uma lista com algumas das ferramentas que poderão ser úteis para dar início ao teletrabalho e manter a sua equipa 100% funcional.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/08/nopants-1.jpg)

De acordo com o semanário Expresso, há empresas portuguesas a espiar os trabalhadores à distância. Tal ação é ilegal no nosso país, mas mesmo assim os patrões insistem em controlar os seus funcionários. Segundo o semanário Expresso, para a “espiar” os seus funcionários têm sido usadas algumas das seguintes apps:

    TimeDoctor
    Hubstaff
    Timing
    ManicTime
    ActivTrak
    Teramind
    WorkExaminer
    Sapience
    OccupEye
    Softwatch
    Toggl
    Harvest

Na maioria das vezes, os funcionários nem sequer sabem que estão a ser “espiados”. As empresas que detêm este software confirmam também que há um crescente número de portugueses nas bases de dados de registo.

https://pplware.sapo.pt/informacao/teletrabalho-ha-empresas-a-espiar-os-trabalhadores-em-portugal/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Setembro 15, 2020, 01:02:25 pm
"Vamos piorar antes de começar a melhorar". António Costa Silva apresenta plano estratégico para a recuperação económica
https://24.sapo.pt/economia/artigos/vamos-piorar-antes-de-comecar-a-melhorar-antonio-costa-silva-apresenta-plano-estrategico-para-a-recuperacao-economica-acompanhe-aqui
Citar
O gestor e consultor do Governo António Costa Silva disse hoje que a recuperação da economia "vai ser lenta" e que a situação do país devido à pandemia de covid-19 "ainda vai piorar antes de começar a melhorar".

Costa Silva falava Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante a sessão de balanço da consulta pública da "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030", documento feito a pedido do Governo, com as prioridades para a saída da crise.

"Todos os nossos problemas e constrangimentos vêm ao de cima nesta crise: as empresas descapitalizadas, a dívida pública muito elevada que por si só é inibidora do crescimento, as limitações da nossa estrutura produtiva, o declínio do investimeto, a baixa produtividade e portanto é muito importante enfrentar a crise em todas essas perspetivas e ter em atenção que a recuperação vai ser lenta", defendeu o professor universitário.

"Nós vamos entrar ainda em decrescimento antes de haver crescimento, vamos piorar antes de começar a melhorar", sublinhou Costa Silva defendendo que o país precisa de usar "todos os seu trunfos", para preservar a sua capacidade produtiva.

"Não vamos ter ilusões, nós vamos ter empresas que não vão aguentar no decurso desta pandemia", reforçou o gestor.

Segundo disse, a crise pandémica "está na ponta do icebergue", mas em baixo está a crise ambiental e climática "gravíssima".
O documento inicial, designado “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030”, foi apresentado no dia 21 de julho e esteve em consulta pública no mês de agosto, recebendo 1.153 propostas de contributo, considerando Costa Silva que esta foi "uma contribuição extraordinária".
Os 1.153 contributos, de cidadãos e instituições, levaram à adenda do plano inicial em alguns temas, como a eficiência energética ou turismo.

Com base nas contribuições que a Visão Estratégica recebeu, foram feitas adendas ao documento inicial no "Cluster da petroquímica, química industrial e refinação", na "Eficiência energética", na “Mineração do mar profundo”, no "Comércio e serviços", "Turismo" e nas "Centrais de biomassa".


"É escusado pensarmos agarrados a muitos dos paradigmas e a ideias feitas do passado, e todos ouvimos neste país as campanhas pelo Estado mínimo, pelo desmantelamento dos serviços públicos, pela privatização cega dos serviços públicos, e ainda bem que esse modelo não vingou", sublinhou o professor universitário.

"Quando há uma epidemia como esta, não é o mercado que nos vai salvar, é o Estado, os serviços públicos é o Serviço Nacional de Saúde, e eu espero que haja a humildade de assumir esta derrota histórica que a realidade impôs a ideias ultraliberais", defendeu Costa Silva.

Para o gestor, este é um debate que vai ser travado agora, sublinhando que "a esmagadora maioria do povo português percebe" a importância dos serviços públicos e o investimento que é preciso fazer "em toda a galáxia" dos serviços do Estado.

A Administração Pública foi, aliás, uma das áreas que recebeu mais contributos durante o período de discussão pública do plano de Costa Silva que decorreu em agosto.

"Nós temos uma Administração Pública muito orientada para a emissão de pareceres e pouco orientada para a resolução dos problemas, temos de mudar essa cultura", defendeu Costa Silva.

Segundo o executivo socialista, com a conclusão da “Visão Estratégica”, o Governo aprova já na quinta-feira, em Conselho de Ministros, a primeira versão do Plano de Recuperação e Resiliência, instrumento do Governo que já terá tradução na proposta de Orçamento do Estado para 2021, que será entregue em 12 de outubro na Assembleia da República.

Ainda em termos de calendário político, o primeiro-ministro vai reunir-se com os partidos e com os parceiros sociais nos próximos dias 21 e 22 sobre o Plano de Resiliência e o Quadro Financeira Plurianual 2021/2027.

Depois, também na sequência de uma sua iniciativa política, António Costa discutirá o futuro Plano de Recuperação e Resiliência no dia 23 deste mês na Assembleia da República, durante um debate temático. O Programa de Recuperação e Resiliência será em seguida apresentado publicamente em 14 de outubro, na véspera de o documento ser entregue à Comissão Europeia.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Setembro 16, 2020, 03:12:21 pm
“HÁ UMA GRANDE DESCONEXÃO ENTRE VONTADE POLÍTICA E EXECUÇÃO”, AFIRMA COSTA SILVA
https://tvi24.iol.pt/economia/plano-estrategico/ha-uma-grande-desconexao-entre-vontade-politica-e-execucao-afirma-costa-silva
Citar
Gestor que traçou a visão estratégica para o plano da recuperação económica falou esta quarta-feira no parlamento, admitindo que o plano "não é de ação"O gestor ANTÓNIO COSTA SILVA disse esta quarta-feira, no parlamento, que o plano que traçou a pedido do Governo com a VISÃO ESTRATÉGIA PARA O PAÍS “não é de ação”, admitindo existir “uma grande desconexão entre vontade política e execução”.

Costa Silva respondia assim a críticas do PSD sobre a capacidade de executar o plano, durante uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre o documento "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030", realizada a pedido do PS.

[O PSD] SUSCITA UM PROBLEMA QUE FAZ PARTE DA MINHA PERPLEXIDADE: À MEDIDA QUE FUI DESENVOLVENDO O PLANO E O CONTACTO COM OS VÁRIOS ORGANISMOS, COM OS VÁRIOS POLOS DA ADMINISTRAÇÃO, VI QUE HÁ UMA GRANDE VONTADE A NÍVEL POLÍTICO DE FAZER COISAS, MAS QUANDO SE DESCE NO SISTEMA HÁ DE FACTO UMA GRANDE INCAPACIDADE DE CONVERTER OS PLANOS EM REALIDADE”, afirmou Costa Silva.

Para o professor universitário, “há uma desconexão muito grande entre a vontade política e a capacidade de execução”, pelo que defende o rejuvenescimento e a qualificação da administração pública.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 29, 2020, 04:57:27 pm
O ultimatum americano

Não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa soberania e da nossa segurança. Estas não podem estar desligadas da soberania e segurança da UE e dos EUA.

O embaixador americano em Lisboa, George Glass, numa entrevista ao Expresso, lançou um ultimatum. Portugal tem “de escolher entre os aliados e os chineses.” A opção pelos aliados implica o afastamento da Huawei da nova rede 5G e a não adjudicação do novo terminal do porto de Sines a uma empresa chinesa. Lançou também avisos sobre possíveis sanções em resultado da aquisição de 30% do capital da maior construtura portuguesa, a Mota-Engil, pelo conglomerado chinês, CCCC.

Estas ameaças do embaixador americano são mais um reflexo da “guerra fria tecnológica” entre os EUA e a China. Nos últimos anos, a China tornou mais notórias as suas ambições hegemónicas. A China é o maior exportador mundial e, em paridades de poder de compra, é a maior economia do globo. É um gigante com 1,4 mil milhões de habitantes e está na linha da frente da investigação e da inovação tecnológica em áreas como a inteligência artificial, o 5G, as energias renováveis ou o aeroespacial. A hegemonia dos EUA está em risco. Sentem-se ameaçados.

Não foram só os EUA a sentirem-se ameaçados pela ascensão meteórica da China no tabuleiro geopolítico mundial. Nos últimos anos, vários países europeus – e a própria União Europeia – manifestaram a sua preocupação com o investimento chinês em sectores considerados essenciais ou estratégicos para a sua segurança e soberania.

Desde 2014, a China aumentou significativamente o investimento na Europa. Empresas de áreas tecnológicas e infraestruturas críticas foram alvos importantes dos investidores chineses. Na primeira vaga de compras, destacou-se a aquisição de empresas como a REN e a EDP, em Portugal, e do principal porto grego, o porto de Pireu. A aflição financeira dos dois países resgatados pela troika tornou-os mais vulneráveis nos processos de alienação daqueles ativos estratégicos. Importa lembrar que a privatização daquelas entidades fazia parte dos memorandos de entendimento assinados com o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu. Nessa altura, a venda de ativos em sectores críticos para a soberania de países como Portugal ou a Grécia não incomodou os países do centro da Europa.

O caso mudou de figura quando se começou a associar a estratégia chinesa de aquisição de ativos à transferência de tecnologia. O momento de viragem foi, provavelmente, em 2016, com a compra pelos chineses da empresa alemã Kuka, um dos líderes mundiais na robótica. Em 2017, a Comissão Europeia, então liderada por Jean-Claude Juncker, dava sinais de inquietação e avançou com uma proposta. Pretendia passar a emitir pareceres não vinculativos sobre as compras de ativos por Estados estrangeiros que pudessem pôr em causa a segurança europeia. Portugal foi um dos países que se opuseram a esta proposta. Compreende-se a posição do Governo de António Costa. O investimento chinês, também no sector imobiliário através dos vistos gold, continuava a ser muito importante para a capitalização da economia portuguesa.

Nas últimas décadas, a Alemanha foi um dos grandes beneficiários do comércio internacional com a China. Enquanto a concorrência chinesa se fez sentir apenas sobre os sectores de baixa e média tecnologia – prejudicando economias como a portuguesa -, a Alemanha e os EUA desvalorizaram os efeitos negativos das relações comerciais com a China. Os próprios suecos estavam muito satisfeitos com a aquisição da Volvo, em 2010, pelos chineses. Afinal de contas, os chineses permitiram que tudo continuasse na Suécia, isto é, o carro elétrico continuou a ser desenvolvido na Suécia. Porém, convém não esquecer que toda a essa tecnologia passou a ser propriedade dos chineses.

Hoje, a China é uma ameaça à soberania industrial e tecnológica dos EUA e da Europa. Na sua estratégia industrial 2030, a Alemanha tem como lema o Made in Germany e a autonomia tecnológica como um dos seus objetivos. Também o programa Next Generation EU para a recuperação europeia tem como um dos princípios reforçar a autonomia da Europa em áreas consideradas estratégicas.

A perda de liderança tecnológica é um risco real para a soberania da Europa e os EUA. Sendo a China, por assim dizer, o challenger, os riscos para o Ocidente são maiores por dois motivos principais. Primeiro, o investimento e a atividade das empresas chinesas confundem-se com o Estado. As grandes empresas são um prolongamento do Estado chinês, não existem como entidades autónomas – esta é uma das especificidades do “capitalismo” chinês. Segundo, no centro dos recentes confrontos estão gigantes tecnológicos chineses, gigantes cujo acesso privilegiado a informação pode pôr em causa a segurança dos países ocidentais. Todos estes riscos são amplificados pela natureza totalitária do regime chinês.

Para combater aqueles riscos, os EUA têm recorrido a medidas, no mínimo, originais. Foi o que aconteceu no caso da rede social TikTok. A presidência americana obrigou a empresa proprietária chinesa a vender 20% do capital a uma empresa americana. A Oracle ficará responsável por controlar a utilização de dados daquela rede social.

Em relação à Huawei, os EUA mostraram nos últimos meses a sua determinação em limitar a expansão do maior fornecedor mundial de equipamento para redes móveis. Os receios de que as redes da Huawei possam permitir acesso a informação com carácter confidencial e relevante para a segurança nacional dos EUA não são de agora. Em maio deste ano, os EUA impuseram restrições à venda de componentes à Huawei produzidos por empresas americanas. Com a chegada da rede 5G, os EUA têm “aconselhado” os seus aliados a não utilizarem equipamentos daquela empresa chinesa.

Em Outubro, o governo português apresentará as regras para o leilão para a nova rede 5G. Esta discussão tem estado presente em vários países europeus. A opção parecia ir no sentido de limitar o acesso da empresa chinesa às antenas, afastando-a do coração da rede.  No entanto, nos últimos meses, muitos países optaram por excluir os equipamentos da Huawei das novas redes 5G. O Reino Unido, a França, a Austrália, Singapura ou o Canadá avançaram nesse sentido. Tal como Portugal, a Alemanha só anunciará a decisão nos próximos meses.

Para além de um aliado histórico, os Estados Unidos, em 2019, foram o quinto principal cliente das exportações de bens (5% das exportações totais) e de viagens e turismo (7% das receitas totais). Por outro lado, a China representa apenas 1% das vendas de bens portugueses ao estrangeiro e a Ásia como um todo representa apenas 3% das vendas de viagens e turismo (dados da Pordata).

Não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa relação com os EUA. Também não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa soberania e da nossa segurança. Estas não podem estar desligadas da soberania e segurança da UE e dos EUA. Para que todos estes interesses se conjuguem, é necessário que, ao contrário do que aconteceu no tempo da troika, os nossos aliados não nos falhem.

https://observador.pt/opiniao/o-ultimatum-americano/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 01, 2020, 02:55:16 pm
Bial investe 110 milhões em nova filial de biotecnologia nos EUA

Farmacêutica portuguesa investe 110 milhões em centro de inovação em Boston dedicado à doença de Parkinson e na aquisição de programas de investigação a empresa norte-americana na mesma área.

A Bial vai reforçar a presença no mercado norte-americano com a abertura de um centro de biotecnologia dedicado à doença de Parkinson. Chama-se “Bial Biotech Investments” e está localizado em Cambridge, nos arredores de Boston. Simultaneamente, a farmacêutica portuguesa comprou os direitos mundiais de três novos programas de investigação à empresa norte-americana Lysosomal Therapeutics. No total, o investimento feito pela farmacêutica portuguesa no país supera os 110 milhões de euros.

“A nossa entrada nos EUA com a criação da Bial Biotech, e a aquisição destes promissores compostos, é um passo decisivo para a concretização da nossa missão de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em todo o mundo”, diz António Portela, presidente executivo da Bial, em comunicado.

“O desenvolvimento deste centro de investigação nos EUA é um marco de enorme relevância. Estamos a investir em ciência e em investigação, e agora estamos presentes num dos mais importantes hubs de investigação mundiais numa das áreas mais promissoras da medicina”, explica António Portela, esta quinta-feira, num encontro com os jornalistas via Zoom.

Com o objetivo de desenvolver essas terapias, a farmacêutica portuguesa adquiriu também os direitos mundiais dos programas de investigação na área do Parkinson à companhia norte-americana Lysosomal Therapeutics, que irá integrar a equipa de investigação da empresa portuguesa.

O Bial Biotech estará focado no desenvolvimento de terapias para mutações genéticas associadas à doença de Parkinson e será liderado por Peter Lansbury, professor de neurologia na Harvard Medical School e especialista na doença geneticamente determinada. António Portela revelou que esta equipa de investigação da Lysosomal Therapeutics será constituída “por seis investigadores”.

“Estamos muito satisfeitos com esta integração na Bial”, refere Kees Been, antigo CEO da Lysosomal Therapeutics e agora CEO da Bial Biotech. “Estamos confiantes de que com o compromisso e os recursos da Bial conseguiremos dar um novo impulso aos nossos programas de investigação dirigidos ao tratamento personalizado dos pacientes com doença de Parkinson geneticamente determinada”, conta o CEO da Bial Biotech, citado em comunicado.

De acordo com a Bial, com esta aquisição, a farmacêutica está a expandir o seu pipeline, nomeadamente com a integração de compostos da área das neurociências já em fase de desenvolvimento clínico, concretamente para a doença de Parkinson, onde a farmacêutica portuguesa já atua.

Para o presidente da Bial, os compostos adquiridos “têm como princípio da sua investigação a análise genética, uma vertente nova para nós. O composto em fase mais avançada, e que tem agora o nome de código ‘BIA 28-6156/LTI-291’, apresenta um mecanismo de ação inovador e tem potencial para ser o primeiro fármaco modificador da doença de Parkinson. Completou a fase I de ensaios clínicos e deverá entrar em fase II em 2021. Passamos do tratamento sintomático para uma intervenção nos mecanismos da doença, o que representa para BIAL um desafio enorme”.

O valor global da operação anunciada esta quinta-feira poderá atingir os 130 milhões de dólares (equivalente a cerca de 110 milhões de euros). A empresa clarifica que o “montante estará dependente do cumprimento de diversas metas, decorrentes do desenvolvimento e aprovação das moléculas adquiridas”.

Mais de 20% da faturação anual da Bial destina-se à Investigação e Desenvolvimento. Face a esta aposta em investigação, a Bial foi a segunda empresa portuguesa com maior investimento em I&D, cerca de 54 milhões de euros, ocupando a 395ª posição no ranking das 1.000 empresas europeias.

https://eco.sapo.pt/2020/10/01/bial-investe-110-milhoes-em-nova-filial-de-biotecnologia-nos-eua/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 01, 2020, 03:29:42 pm
Dívida pública subiu em agosto para recorde de 267,1 mil milhões de euros

O valor absoluto da dívida pública em agosto (267,114 mil milhões de euros) é o mais alto desde o início da série divulgada pelo Banco de Portugal (que se inicia em 1995).

https://observador.pt/2020/10/01/divida-publica-subiu-em-agosto-para-recorde-de-2671-mil-milhoes-de-euros/

Devemos ficar bastante preocupados!!!!! Quase 270 mil milhões de euros de dívida que vai continuar a subir e além disso ouvimos:
- Aumento de salários;
- Nacionalização da TAP (os accionistas privados estão a sair todos, até os portugueses);
- Mais pontes;
- TGV;
- Plano nacional para o Hidrogénio;
........

O Leão ainda não percebeu que as receitas do Estado caíram e vão continuar em baixo (enquanto a economia não recuperar)?
O Centeno percebeu bem e pôs-se ao fresco!!!!!!
Em Dezembro de 2015 a dívida pública era de 231 mil milhões, já vai em 270!!!!!!!
Será que este governo tem alguém que saiba fazer contas!?!?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 06, 2020, 11:11:09 am
Portugal cobra mais de 4.300 taxas às empresas. Só a Agência Portuguesa do Ambiente é responsável por 600

Portugal subiu, em nove anos, da 16.ª para a 11.ª posição entre os Estados-Membros da União Europeia em matéria de peso dos impostos no volume de negócios das empresas, representando em 2017 20%, foi hoje anunciado.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=MmI2ZpV/gLgud+p5iGP34b+niVsLFU21hdPITZ9dn5dGhqJcASFx0I7WFMhGaRt0A0/L/Qa/DkPout/Gnk/0k1f2MxnlY5ninB9N6m/lwIs5/P4=)

O trabalho, realizado pelas consultoras EY e Sérvulo para a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a partir de um cálculo do peso da carga fiscal das empresas considerando os impostos pagos sobre o volume de negócios, mostra que “em 2017, Portugal ocupava a 11.ª posição entre os Estados-Membros da EU 27, representando os impostos 20% do volume de negócios das empresas.

Em 2008, Portugal ocupava a 16.ª posição tendo entretanto subido no ranking, apresentando a 5.ª maior subida, adiantou a CIP, num comunicado.

De acordo com a CIP, “entre 2008 e 2017, apenas oito países registaram subidas neste indicador, tendo-se, na verdade, registado uma redução da carga fiscal nos restantes 19 países”, lê-se na mesma nota.

“A estas conclusões, cabe acrescentar que, embora a tributação clássica (IRC, IRS, IVA, IMI e IMT) continue a constituir a principal origem de receita fiscal, verifica-se uma progressiva deslocação da tributação tradicional para um modelo tributário assente numa multiplicidade de figuras tributárias, nomeadamente, taxas e contribuições”, indicou a CIP.

A organização recordou que o “sistema fiscal tem vindo a focar-se em determinados setores de atividade económica que se presume serem dotados de maior capacidade tributária quando comparado com outros”, apontando a contribuição sobre o setor bancário como “a primeira das contribuições de âmbito setorial a surgir no ordenamento jurídico português e que deu o mote a figuras semelhantes que se seguiram”.

Segundo o estudo, “foi possível concluir pela cobrança total de mais de 4.300 taxas, das quais 2.900 se revelam da competência das entidades analisadas no âmbito da Administração Central do Estado e 600, unicamente, da competência da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., o que reflete a dimensão da realidade em causa”.

O estudo encontrou “diversas dificuldades” no “processo de recolha de informação” como “a falta de transparência sobre as taxas cobradas, a dificuldade para identificação da base legal aplicável (não sendo, por vezes, possível a sua determinação), a falta de uniformização e consequente dispersão e incompletude da informação, a complexidade da estrutura de cobrança e alocação de receita das taxas, a competência cumulativa de diversas entidades sobre diferentes aspetos de uma mesma taxa, e, inclusivamente, tornou-se evidente o desconhecimento, por parte de algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias”, indicou a CIP.

De acordo com o documento, verifica-se uma redução no peso da receita de IRC em função do PIB (Produto Interno Bruto) que é, “no entanto, a tendência verificada na maioria dos países, tendo o rácio subido em apenas 7 dos 27 países da UE. De entre os países que registaram um decréscimo no indicador, Portugal foi o 3.º com menos nível de descida”, concluiu o estudo.

Segundo os dados compilados pelos autores, em 2018 “Portugal apresentou receita referente a impostos sobre o rendimento das empresas correspondente a 3,3% do PIB, peso que decresceu em 0,2 pp [pontos percentuais] entre 2007 e 2018”. No mesmo ano, a receita fiscal foi na ordem dos 37,1% do PIB, sendo que entre 2007 e 2018, verificou-se uma subida de 2,1 pp neste rácio. O IVA registou de subida de 8,2% em 2007 para 8,7% em 2018.

https://24.sapo.pt/economia/artigos/portugal-em-11-o-lugar-no-ranking-de-impostos-sobre-empresas-na-europa

4 300 taxas e taxinhas cobradas às empresas é capaz de ser de mais, não? As empresas entregarem ao estado 20% de tudo o que facturam é obra!!!! Não é do lucro de uma empresa, é do total facturado!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Outubro 13, 2020, 08:58:03 pm
(https://pbs.twimg.com/media/EkE17PHWAAEz1wI?format=jpg&name=small)

Vamos lá para mais 20 anos de atraso!!!!  :bang:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 20, 2020, 03:12:44 pm
https://sicnoticias.pt/economia/2020-10-20-Numero-de-desempregados-em-Portugal-sobe-361-em-setembro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 22, 2020, 10:07:18 am
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 22, 2020, 12:51:45 pm
6 de julho de 1999....

(https://i.ibb.co/dKqPcZW/FB-IMG-16033674017827480.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 22, 2020, 02:07:28 pm
6 de julho de 1999....

(https://i.ibb.co/dKqPcZW/FB-IMG-16033674017827480.jpg)

As promessas dos políticos valem o que valem.....
No entanto há uma diferença (longe de mim defender os vígaros que nos governam), até 2030 não há nenhum TGV, o que vai ser feito é a melhoria das linhas actuais, que vão passar a beneficiar toda a circulação, até de mercadorias, e permitir circular a 300Km/h (mais ou menos o limite para considerarmos um TGV ou apenas, como é o nosso caso, uma linha de alta velocidade, sem ser o TGV).

Resumindo, não vamos ter TGV, o que vamos ter é linhas melhores que vão permitir os comboios circularem mais rapidamente e também a aquisição de comboios mais rápidos.
Relembro que a CP já tem vários comboios que podem circular a 220/230Km/h, o que não temos é linhas para essa velocidade.

Como não somos ricos para investir numa infraestrutura toda nova de raiz, acho que sim senhor, faz mais sentido pensarmos só em alta velocidade (250 a 300Km/h), com linhas que todos os comboios podem utilizar, sem gastarmos pelo menos o triplo para termos linhas que só permitem circular comboios com bitola europeia e de alta velocidade!!!!!!

Ou seja, em vez de gastarmos 15 mil milhões, faz mais sentido gastarmos apenas 4,5 mil milhões e ficamos na mesma bem servidos. 300Km/h não chegam para o nosso país? Queremos 500Km/h e gastarmos o triplo a duplicarmos as infraestruturas!?!?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: typhonman em Outubro 24, 2020, 12:03:43 pm
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões

Construção de LPD e AOR em Viana nada ?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Outubro 24, 2020, 03:05:23 pm
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões

Construção de LPD e AOR em Viana nada ?

Nada de nada, mas, quanto a mim, agora seria o tempo certo, mais que indicado, para se investir nas FFAA, e começar a construir/fabricar internamente, todo o tipo de equipamentos que fossemos capazes de fabricar, deste modo, investindo não só nas FFAA, mas e também, nas nossas empresas produtoras de tais equipamentos, criando mais postos de trabalho e fomentando a nossa economia, mas devo ser só eu que vejo esta oportunidade, devo ser ignorante e Burro !!!! :bang:

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 24, 2020, 04:48:17 pm
Estive em Viana no fim-de-semana passado (vou ver se tenho tempo de colocar aqui algumas fotos). A West Sea estava a trabalhar a todo o vapor e também já estavam a aprofundar a entrada do Porto (umas 10 ou 12 dragas!!!!!!!), para permitir construir e reparar navios de muito maior calado e dimensão, e lançá-los à água em qualquer altura, mas NPO não vi nenhum!!!!

Um senhor idoso esteve a explicar-me os pormenores da dragagem que demora imenso, por causa das rochas que "cimentam" a entrada do Porto e só permitia o estaleiro lançar navios com a praia mar. Esteve também a dizer-me que a West Sea vai ter uma rampa/estrutura (não sei o termo técnico), para lançar os navios directamente no mar!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 24, 2020, 04:57:13 pm
É normal, afinal os NPO já foram todos construídos. Agora se queres ver mais NPO em Viana, o governo tem que se chegar à frente e fazer novo contrato.

Em relação às obras (2018):

West Sea investe 26 milhões de Euros

Estudo de impacto ambiental deu luz verde ao aprofundamento do canal de acesso e da bacia de manobra dos estaleiros e a construção da nova doca seca.

O projeto foi feito com base num navio modelo  de 200 metros 36 de boca e 7 de calado. O custo do aprofundamento será de 15 milhões de Euros.

Será essa a futura capacidade do estaleiro que até aqui estava limitada a 180 metros 28 de boca e 5 de calado.

Para além do aprofundamento,  a atual bacia de aprestamento vai ser transformada em doca seca. Num investimento de 11 milhões de euros para  poder conter navios com as dimensões referidas acima.

O estudo de impacto econômico  as novas capacidades do estaleiro ditam um aumento da faturação anual de 90 milhões de euros e a criação de mais 400 postos de trabalho

Todos os anos os Estaleiros recusavam  pedidos de reparação de dezenas de navios por não terem capacidade para os acolher nas suas instalações.

PS: Esta obra era pedida há décadas pelo Estaleiro, sem nunca ter sido atendida por nenhum governo. Foi preciso privatizar para alguém por mãos á obra!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 26, 2020, 10:48:10 am
Allianz compra 75% da Galp Gás Natural Distribuição por 368 milhões

A operação ficou fechada por 368milhões de euros. A Galp Gás Natural Distribuição detém nove empresas regionais de distribuição de gás natural em Portugal.

(https://jornaleconomico.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/03/leitor_5e6b3c0d1523e_galp_2.png?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

A Galp vendeu 75% da Galp Gás Natural Distribuição (GGND) à Allianz Capital Partners, anunciou hoje a empresa.

A energética anunciou que “acordou com a Allianz Capital Partners, em nome das companhias de seguro da Allianz e da Allianz European Infrastructure Fund, a venda de 75,01% da sua participação na
Galp Gás Natural Distribuição, S.A. (GGND), atualmente de 77,5%”.

A Allianz Capital Partners é a gestora de fundos de private equity do grupo segurador alemão. A companhia detém mais ativos em Portugal: a central solar Ourika, com 46 megawatts de potência, em Ourique, distrito de Beja.

A GGND detém nove empresas regionais de distribuição de gás natural em Portugal.

A operação ficou fechada por 368 milhões de euros, com o valor implícito (EV) para 100% da GGND é de 1,2 mil milhões de euros, equivalente a um múltiplo EV de cerca de 13 vezes sobre o EBITDA estimado para 2020″.

“Esta transação está sujeita às aprovações regulatórias usuais e à obtenção de consentimentos de terceiros, sendo a sua conclusão esperada para o primeiro trimestre de 2021”, segundo a empresa.

Tal como o Jornal Económico tinha revelado a 16 de outubro, o Bank of America Merrill Lynch tinha recebido três propostas vinculativas para a venda desta participação que a Galp Energia detém na Galp Gás Natural Distribuição (GGND), incluindo a da Allianz.

Os restantes 22,5% da GGND são detidos pelos japoneses da Marubeni que entraram na empresa em 2016.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/allianz-compra-75-da-galp-gas-natural-distribuicao-654890
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Novembro 05, 2020, 02:33:35 pm
https://eco.sapo.pt/2020/11/05/bruxelas-melhora-previsao-para-portugal-pib-vai-cair-93-este-ano/

Continua a ser uma das maiores recessões de sempre, mas deverá ser ligeiramente mais baixa. A Comissão Europeia melhorou a previsão para a contração da economia portuguesa este ano de 9,8%, em julho, para 9,3% nas previsões de outono divulgadas esta quinta-feira
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Novembro 30, 2020, 09:17:20 am
PIB per capita. Polónia e Hungria nunca estiveram tão perto de roubar o lugar a Portugal
29.11.2020 às 11h04

https://expresso.pt/economia/2020-11-29-PIB-per-capita.-Polonia-e-Hungria-nunca-estiveram-tao-perto-de-roubar-o-lugar-a-Portugal

Os países do sul da Europa afundam-se no ranking do rendimento por habitante em 2020. Espanha cai quatro lugares, para 18º. Portugal arrisca perder o 19º
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 30, 2020, 10:52:50 am
PIB per capita. Polónia e Hungria nunca estiveram tão perto de roubar o lugar a Portugal
29.11.2020 às 11h04

https://expresso.pt/economia/2020-11-29-PIB-per-capita.-Polonia-e-Hungria-nunca-estiveram-tao-perto-de-roubar-o-lugar-a-Portugal

Os países do sul da Europa afundam-se no ranking do rendimento por habitante em 2020. Espanha cai quatro lugares, para 18º. Portugal arrisca perder o 19º

A maior riqueza criada pode ser artificial, repare que a Hungria com menos população que nós, recebeu em 2014-2020 o dobro de Portugal!!!!!
https://observador.pt/especiais/quanto-e-que-portugal-paga-e-recebe-da-uniao-europeia/

A Polónia também recebe uma brutalidade de subsídios, 70 mil milhões em 7 anos contra 15,6 mil milhões de Portugal.

Os países de leste têem enriquecido bastante (os que pertencem à UE). Falta saber se estão realmente a enriquecer ou apenas a distribuir subsídios!!!!!!
https://www.pordata.pt/Europa/PIB+per+capita+(PPS)-1778
https://www.pordata.pt/Europa/D%C3%ADvida+externa+l%C3%ADquida+em+percentagem+do+PIB-3007

Em termos financeiros, o que tem acontecido é que foram cortados subsídios aos países da Europa do Sul para beneficiarem os recém membros do leste, sem grandes aumentos do orçamento comunitário.

Agora ao nível das próprias economias, olhando por exemplo para as exportações, por exemplo a Hungria deixa-nos para trás...... estamos a falar do dobro de exportações e isso também é criar riqueza!!!!!!
Nós por cá não perdemos muito tempo a dinamizar as exportações, depois ficamos admirados pela estagnação da economia!!!!!

Nós enriquecemos todos se aumentarmos isto:
https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327

E diminuirmos isto:
https://www.pordata.pt/Portugal/Administra%C3%A7%C3%B5es+P%C3%BAblicas+d%C3%ADvida+bruta+em+percentagem+do+PIB-2786

E como é que enriquecemos?
Se calhar se dermos uma vista de olhos nos maiores exportadores e virmos indústria e mais indústria, talvez as cabecinhas pensantes do Palácio de São Bento percebam onde têem de apostar, de preferência apostar nas PME, porque essas são as que têem maior potêncial!!!!!
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/as-10-maiores-exportadoras-e-as-10-maiores-importadoras-de-2019
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Dezembro 03, 2020, 10:47:24 am
Os dois estarolas do cú da Europa sempre em alta....

https://rr.sapo.pt/2020/12/02/economia/salarios-portugueses-foram-os-que-mais-cairam-na-europa-durante-a-pandemia/noticia/217040/

https://www.ilo.org/global/about-the-ilo/newsroom/news/WCMS_762547/lang--en/index.htm

(https://i.ibb.co/N2HsXL9/impact.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 03, 2020, 02:41:51 pm
Os dois estarolas do cú da Europa sempre em alta....

https://rr.sapo.pt/2020/12/02/economia/salarios-portugueses-foram-os-que-mais-cairam-na-europa-durante-a-pandemia/noticia/217040/

https://www.ilo.org/global/about-the-ilo/newsroom/news/WCMS_762547/lang--en/index.htm

(https://i.ibb.co/N2HsXL9/impact.jpg)

Esse gráfico deve ser interpretado com muito cuidado. São estimativas da Eurostat para o 1º e 2º trimestres deste ano, da quebra de salários e de horas trabalhadas.

Essa redução não é definitiva e é mais evidente em Portugal e Espanha porque os trabalhadores estiveram em Layoff (que no caso dos 2 países, por decisão política, foram os mais forretas para os trabalhadores, não cobrindo a totalidade do salário) e o Estado não compensou essa perda, por esse motivo é que aparecem os 2 "estarolas" com a maior redução salarial. No caso português, se está recordado, os funcionários das empresas que recorreram ao layoff, perderam 1/3 do salário!!!!!!

Sem querer jurar, mas parece-me mais que evidente que tal se deveu aos layoff (que nunca repuseram a 100% o salário dos trabalhadores).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 14, 2020, 03:53:54 pm
Portugal e Espanha juntos numa “marca ibérica”?

https://www.publico.pt/2020/12/08/economia/noticia/portugal-espanha-juntos-marca-iberica-1941984

Quando o desnorte é grande...... qual é o nosso interesse numa estupidez destas!!!!! Marca ibérica? Numa altura em que o vizinho do lado desmorona-se (Catalunha), nós vamos metermo-nos numa estupidez de marca ibérica!?!? O que vai fazer a marca ibérica (minúsculas propositadas)? Publicitar as regiões? Portugal ao lado da Andaluzia? Ou da Galiza?

Parece mais uma ideia peregrina ao nível do Allgarve socretino!!!!!

Vê-se cada coisa...... marca Ibérica!?!?!?!?
O que acham os senhores foristas desta pérola?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Dezembro 14, 2020, 09:50:04 pm
Na parte do turismo penso que somos abertamente concorrentes.

Agora noutras áreas, como a energia que é referido pode haver mais cooperação, por exemplo muito do gás natural que é consumido em Portugal vem do pipeline do norte de África que abastece Espanha.

(https://thecorner.eu/wp-content/uploads/2014/04/gas-grid.jpg)

(https://www.euractiv.com/wp-content/uploads/sites/2/2014/03/spain_pipelines.jpeg)

Agora se Sines se vier a tornar um grande porto receptor de navios com GNL, também podemos injectar gás no sistema e vender a Espanha e restante Europa.

(https://adfersit.pt/uploads/article/198/corredoratlanticomapa-690x377.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitan em Dezembro 15, 2020, 09:39:33 am
Portugal e Espanha juntos numa “marca ibérica”?

https://www.publico.pt/2020/12/08/economia/noticia/portugal-espanha-juntos-marca-iberica-1941984

Quando o desnorte é grande...... qual é o nosso interesse numa estupidez destas!!!!! Marca ibérica? Numa altura em que o vizinho do lado desmorona-se (Catalunha), nós vamos metermo-nos numa estupidez de marca ibérica!?!? O que vai fazer a marca ibérica (minúsculas propositadas)? Publicitar as regiões? Portugal ao lado da Andaluzia? Ou da Galiza?

Parece mais uma ideia peregrina ao nível do Allgarve socretino!!!!!

Vê-se cada coisa...... marca Ibérica!?!?!?!?
O que acham os senhores foristas desta pérola?
É um tiro nos pés. Temos uma marca bem estabelecida no mercado e vamos diluí-la numa proposta ibérica onde somos um parceiro claramente minoritário. Alguém ganha com esta proposta, mas não é Portugal. Faz sentido fazer parcerias regionais com as regiões autónomas espanholas como por exemplo Galiza e Minho ou Extremadura e Alentejo, Trás-os-Montes e Leon. São zonas com alto potencial turistico transfronteiriço, mas pouca visibilidade. Nesses casos um pooling de recursos faz todo o sentido. Agora fazer acordos que diluem a marca turística Portugal é uma estupidez.
Além disso, Portugal tem dado prioridade ao turismo de qualidade, enquanto Espanha sempre preferiu dar prioridade ao turismo de massas. Não vejo mais-valias nesta parceria.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 15, 2020, 10:19:06 am
Caro Lightning, também concordo com parcerias estratégicas de investimentos comuns que podem passar pela energia, transportes rodoviários, ferroviários, entre outros, mas a marca Ibérica nunca a utilizamos nem vejo qualquer vantagem em utilizá-la!!!!!

Portugal e Espanha juntos numa “marca ibérica”?

https://www.publico.pt/2020/12/08/economia/noticia/portugal-espanha-juntos-marca-iberica-1941984

Quando o desnorte é grande...... qual é o nosso interesse numa estupidez destas!!!!! Marca ibérica? Numa altura em que o vizinho do lado desmorona-se (Catalunha), nós vamos metermo-nos numa estupidez de marca ibérica!?!? O que vai fazer a marca ibérica (minúsculas propositadas)? Publicitar as regiões? Portugal ao lado da Andaluzia? Ou da Galiza?

Parece mais uma ideia peregrina ao nível do Allgarve socretino!!!!!

Vê-se cada coisa...... marca Ibérica!?!?!?!?
O que acham os senhores foristas desta pérola?
É um tiro nos pés. Temos uma marca bem estabelecida no mercado e vamos diluí-la numa proposta ibérica onde somos um parceiro claramente minoritário. Alguém ganha com esta proposta, mas não é Portugal. Faz sentido fazer parcerias regionais com as regiões autónomas espanholas como por exemplo Galiza e Minho ou Extremadura e Alentejo, Trás-os-Montes e Leon. São zonas com alto potencial turistico transfronteiriço, mas pouca visibilidade. Nesses casos um pooling de recursos faz todo o sentido. Agora fazer acordos que diluem a marca turística Portugal é uma estupidez.
Além disso, Portugal tem dado prioridade ao turismo de qualidade, enquanto Espanha sempre preferiu dar prioridade ao turismo de massas. Não vejo mais-valias nesta parceria.

Completamente de acordo! Não vejo a menor vantagem para nós em associarmo-nos a uma marca.... Ibérica!!!!! Aliás, até acho que há um aproveitamento pelo facto de termos das regiões mais pobres da UE, ao contrário da Catalunha por exemplo, que serviriam para atrair subsídios comunitários para financiar....... a ibéria!!!!!!!

Quem conhece um e outro mercado, percebe que um foi feito para as massas e com baixa qualidade e o outro o oposto. Para onde é que os alunos fazem as viagens de finalistas? Porque não vão para o Algarve? €€€€€€
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Dezembro 16, 2020, 11:00:56 am
(https://i.ibb.co/yh8qs1S/Screenshot-20201216-104532.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 11, 2021, 09:42:12 am
Operação "Fora de Jogo": negócios de 500 milhões na mira do Fisco

A documentação apreendida na sequência da operação "Fora de Jogo", que em março último resultou em 76 buscas, mais do que duplicou o âmbito da investigação. Sob suspeita estão negócios de 500 milhões.

Os negócios no futebol sob suspeita do Fisco ascendem a 500 milhões de euros em transferências e envolvem clubes nacionais e estrangeiros, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias. Em causa está a operação “Fora de Jogo”, com os inspetores da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais da Autoridade Tributária (DSIFAE/AT) a analisarem todos os negócios feitos com 14 agentes e intermediários, incluindo Jorge Mendes, um dos principais arguidos no caso.

O jornal que cita uma fonte da AT explica que a extensão da investigação foi mais do que duplicada devido à análise de toda a documentação apreendida na sequência da operação “Fora de Jogo” — numa fase inicial, as transações suspeitas foram avaliadas em cerca de 200 milhões de euros. Aumentou também o número de futebolistas sobre os quais incidem estas transferências.

Em março do ano passado foram realizadas 76 buscas executadas um pouco por todo o país, sendo que 40 visaram domicílios e cinco escritórios de advogados — Osório de Castro, advogado de Jorge Mendes, foi um dos alvos das buscas. Todas as transferências em que estes juristas participam estão a ser alvo de escrutínio por parte dos inspetores.

A operação em causa envolveu buscas às principais SAD do futebol português, incluindo Benfica, Sporting, FC Porto e Sporting de Braga, com as casas dos presidentes dos quatro clubes a serem alvo de buscas — Jorge Nuno Pinto da Costa (FC Porto), Luís Filipe Vieira (Benfica), Frederico Varandas (Sporting) e António Salvador (Sporting de Braga).

A investigação visa sobretudo crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

https://observador.pt/2021/01/11/operacao-fora-de-jogo-negocios-de-500-milhoes-na-mira-do-fisco/

Estou curioso pelos resultados da investigação, dos 500 milhões que suspeita-se, "fugiram" ao fisco, quanto é que vamos recuperar.
E mais importante ainda é ver alguém preso, principalmente dos grandes clubes!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Janeiro 11, 2021, 10:11:22 am
Citar
E mais importante ainda é ver alguém preso, principalmente dos grandes clubes!!!!!!!

LOL
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 13, 2021, 02:38:01 pm
Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos

O Estado português financiou-se esta quarta-feira no prazo de referência a 10 anos com uma taxa negativa – -0,012% – o que aconteceu pela primeira vez na História.

O Estado português financiou-se esta quarta-feira no prazo de referência a 10 anos com uma taxa negativa – -0,012% – o que aconteceu pela primeira vez na História. A taxa de juro a 10 anos cruzou a “linha de água” em novembro, nas transações feitas entre os investidores no mercado secundário, mas esta foi a primeira vez que foi emitida dívida nova com este prazo e com uma taxa abaixo de zero.

Este é um momento histórico que acontece numa altura em que os participantes do mercado fazem refletir nos preços da dívida os recentes estímulos lançados pelo Banco Central Europeu (BCE), reforçados em dezembro. O agravamento das condições da pandemia em vários países também está a alimentar alguma expectativa de que o BCE poderá ter de tornar a política monetária ainda mais expansionista, para tentar apoiar as economias nesta fase.

No total, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) obteve juntos dos investidores 1.250 milhões de euros, num leilão duplo de obrigações do Tesouro com vencimento em 2030 e em 2035. Ao abrigo do prazo mais curto, a 10 anos, foram colocados 500 milhões de euros aos que se juntaram 750 milhões em dívida que será devolvida aos investidores em 2035.

Em 9 de setembro, quando Portugal fez a última emissão a 10 anos, o Estado pagou uma taxa média de 0,329%. Na maturidade a 15 anos, o IGCP, liderado por Cristina Casalinho, vendeu os títulos a um preço que pressupõe uma rendibilidade de 0,319% para os investidores.

“É impressionante, mas é isso que custa colocar dinheiro num ativo sem risco, hoje em dia”, comentou no final do ano passado Carlos Almeida, diretor de investimento do Banco Best, lembrando ao Observador que recentemente se atingiu um novo recorde a nível mundial: o equivalente a 17,05 biliões de dólares em ativos de dívida que têm rendibilidade negativa, em todo o mundo. Embora isto comporte preocupações óbvias sobre a sustentabilidade do sistema financeiro, a prazo, para as empresas e para os Estados esta é uma ótima notícia porque “estão a aproveitar para renovar dívida antiga a custos mais baixos e, também, a prazos cada vez mais longos”, afirma o especialista.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 13, 2021, 03:11:01 pm
Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos

O Estado português financiou-se esta quarta-feira no prazo de referência a 10 anos com uma taxa negativa – -0,012% – o que aconteceu pela primeira vez na História.

O Estado português financiou-se esta quarta-feira no prazo de referência a 10 anos com uma taxa negativa – -0,012% – o que aconteceu pela primeira vez na História. A taxa de juro a 10 anos cruzou a “linha de água” em novembro, nas transações feitas entre os investidores no mercado secundário, mas esta foi a primeira vez que foi emitida dívida nova com este prazo e com uma taxa abaixo de zero.

Este é um momento histórico que acontece numa altura em que os participantes do mercado fazem refletir nos preços da dívida os recentes estímulos lançados pelo Banco Central Europeu (BCE), reforçados em dezembro. O agravamento das condições da pandemia em vários países também está a alimentar alguma expectativa de que o BCE poderá ter de tornar a política monetária ainda mais expansionista, para tentar apoiar as economias nesta fase.

No total, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) obteve juntos dos investidores 1.250 milhões de euros, num leilão duplo de obrigações do Tesouro com vencimento em 2030 e em 2035. Ao abrigo do prazo mais curto, a 10 anos, foram colocados 500 milhões de euros aos que se juntaram 750 milhões em dívida que será devolvida aos investidores em 2035.

Em 9 de setembro, quando Portugal fez a última emissão a 10 anos, o Estado pagou uma taxa média de 0,329%. Na maturidade a 15 anos, o IGCP, liderado por Cristina Casalinho, vendeu os títulos a um preço que pressupõe uma rendibilidade de 0,319% para os investidores.

“É impressionante, mas é isso que custa colocar dinheiro num ativo sem risco, hoje em dia”, comentou no final do ano passado Carlos Almeida, diretor de investimento do Banco Best, lembrando ao Observador que recentemente se atingiu um novo recorde a nível mundial: o equivalente a 17,05 biliões de dólares em ativos de dívida que têm rendibilidade negativa, em todo o mundo. Embora isto comporte preocupações óbvias sobre a sustentabilidade do sistema financeiro, a prazo, para as empresas e para os Estados esta é uma ótima notícia porque “estão a aproveitar para renovar dívida antiga a custos mais baixos e, também, a prazos cada vez mais longos”, afirma o especialista.

A grande questão é porquê? Essa malta gosta de perder dinheiro? Deram em filantropos? Pois é........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 08, 2021, 02:20:44 pm
https://eco.sapo.pt/opiniao/a-farsa-orcamental-continua-mesmo-em-tempos-de-pandemia/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Fevereiro 09, 2021, 09:46:06 am
Portugal só recupera nível de dívida pré-Covid em 2028
https://eco.sapo.pt/2021/02/09/portugal-so-recupera-nivel-de-divida-pre-covid-em-2028/
Citar
De acordo com as projeções dos técnicos da Comissão Europeia, Portugal só conseguirá recuperar o nível de dívida pública pré-Covid em 2028. A dívida pública portuguesa subiu 16,5 pontos percentuais num só ano por causa da crise pandémica e reverter este aumento vai demorar pelo menos oito anos, de acordo com as últimas projeções dos técnicos da Comissão Europeia no relatório Debt Sustainability Monitor 2020 divulgado na passada sexta-feira. Só em 2028 é que Portugal voltará a ter um rácio (116,8% do PIB) inferior ao nível pré-Covid (117,2% do PIB em 2019. No cenário base (há cenários melhores e piores) da Direção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros, a dívida pública portuguesa terá atingido um pico em 2020 nos 135,2% do PIB — valor desatualizado face aos 133,7% apurados pelas autoridades estatísticas na semana passada — e passará o resto da década a cair até chegar ao nível anterior à pandemia em 2028.
(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2021/02/ce.png)
Contudo, o ritmo da queda será lento e no final de 2030 o rácio ainda continuará acima do “limiar psicológico” dos 100% do PIB. Apesar de parecer pouco uma vez que a dívida continuará num nível elevado, os técnicos notam que Portugal (a par do Chipre e da Irlanda) será dos países da UE que mais vai reduzir o endividamento nos próximos anos.

A boa notícia é que os custos de manter essa dívida pública, a terceira mais elevada da União Europeia neste momento, continuarão a descer ao longo dos anos. Em 2018, Portugal pagou uma fatura de juros equivalente a 3,4% do PIB, mas em 2020, apesar da subida do endividamento, esse custo baixou para 2,9% e assim vai continuar até atingir os 1,8% do PIB no final da década.

Este é o resultado da política de juros baixos do Banco Central Europeu (BCE), assim como da confiança dos investidores de que Portugal é capaz de reembolsar a sua dívida no médio prazo, como mostra o próximo gráfico. Os técnicos explicam que esta é uma diferença significativa face à crise financeira mundial de 2008/2009 em que os custos de financiamento aumentaram, em vez de descerem. Além disso, relembram que nos últimos anos os países têm aumentado a maturidade da dívida pública, contribuindo para “mitigar os ricos de stress financeiro”.
(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2021/02/ce2.png)
Ainda assim, Portugal faz parte dos oito países europeus identificados pela Comissão Europeia como sujeito a um “elevado risco” no médio prazo, junto da Bélgica, Espanha, França, Itália, Roménia, Eslovénia e Eslováquia (a Grécia tem uma análise especial, diferente dos restantes Estados-membros). No longo prazo, o risco é “médio” e a posição orçamental aparenta ser melhor do que a de outros países europeus, mas cautela é a palavra de ordem por causa dos custos com o envelhecimento e os cuidados de saúde continuados.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 09, 2021, 11:35:50 am
Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos

A grande questão é porquê? Essa malta gosta de perder dinheiro? Deram em filantropos? Pois é........
A resposta é simples, graças ao Mario Draghi quando esteve na Presidência do BCE (esse capitalista que foi Vice-Presidente do Goldman Sachs), salvou o Euro e muitos países da UE ao “obrigar” o BCE a comprar dívida de países com ratings baixos como o caso português (desde que pelo menos 1 agência de notação de crédito internacional cotasse a nossa dívida como investimento. No nosso caso tivemos a sorte da DBRS nunca nos ter puxado o tapete). Na prática o BCE serviu de almofada dos países do Euro (principalmente os aflitos) ao comprar toda a dívida dos aflitos que não tivesse compradores! Com essa jogada (que eu afirmo de mestre), o BCE deu o sinal que defende o Euro contra qualquer especulador e pode fazê-los falir se quiser…….. Obviamente que os aspectos positivos para os países é a colocação da dívida toda que pretenderem, conseguirem garantir sempre comprador e melhor de tudo, as taxas baixam consecutivamente, como é agora o caso de termos taxas negativas a 10 anos, ou a rondar os 0%!!!!!! Nem os americanos têem semelhante benesse!!!!!!
Neste momento, se pedirmos emprestado a 10 anos, pagamos menos que americanos, japoneses, UK, Suécia….. a nossa taxa de juro ronda os 0% a 10 anos!!!! Os americanos pagam 1,15% e o Brasil paga 7,5%
https://tradingeconomics.com/portugal/government-bond-yield
Com esta medida e com a nossa gigantesca dívida, conseguimos poupar vários milhares de milhões de euros em juros, principalmente se fizermos rolar a dívida (substituir a dívida cara do passado por dívida nova muito mais barata)

https://eco.sapo.pt/opiniao/a-farsa-orcamental-continua-mesmo-em-tempos-de-pandemia/
Primeiro eram os orçamentos retificativos, depois o Centeno descobriu uma estratégia muito melhor e que não precisa de autorização humilhante no Parlamento, as cativações (que até já vem no “kit” inicial que a geringonça ía aprovando!!!!!!!!!).  O resultado final é igual aos orçamentos retificativos, mas na prática passam despercebidos ao público, só os serviços se queixam!!!!!
O caso dos portáteis oferecidos aos alunos carenciados é exemplar, o governo já não contava cumprir a promessa porque era o exemplo mundial de como lidar com a crise…….. entretanto o novo confinamento lá veio obrigar o governo a cumprir a promessa e abrir os cordões à bolsa!!!!!
Outras estratégias são o exemplo recente da Forças Armadas, para além das cativações, agora existem as rendas de ocupação dos espaços pelas Forças Armadas. São exemplos de contabilidade criativa ou desorçamentação tão típica dos políticos, prometem mundos e fundos, mas na prática, em vez do porco sai um chouriço!!!!!!!

Portugal só recupera nível de dívida pré-Covid em 2028
https://eco.sapo.pt/2021/02/09/portugal-so-recupera-nivel-de-divida-pre-covid-em-2028/
A dívida não será o maior problema, até porque somos dos países que menos investem na recuperação económica: https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-foi-dos-paises-que-menos-gastaram-na-resposta-a-crise
Devido obviamente à nossa enorme dívida.
Mas o maior tormento que vamos passar, vai ser a recuperação da devastada economia. Sem estímulos e com confinamentos e semi-confinamentos, que só vão terminar quando estivermos pelo menos 70% de nós vacinados ou com anticorpos da Covid-19. Já nem falo nos sectores que até conseguem vender alguma coisa, mas eu pergunto o que vai ser da restauração, hotelaria, vestuário, calçado e restantes serviços que estão encerrados?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Fevereiro 20, 2021, 09:36:46 am
Está prestes a rebentar a bomba-relógio nas moratórias?
https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2021-02-20-bomba-relogio-nas-moratorias/
Citar
O adiamento do pagamento de prestações de crédito foi uma das principais armas de Portugal para mitigar os efeitos da crise, e o País está entre os que mais usaram este apoio. Mas depois de terem sido um balão de oxigénio para milhares de famílias e empresas, as moratórias podem ter-se tornado uma armadilha para a recuperação da economia

Preços das casas a subir, incumprimento nos empréstimos a descer e dinheiro guardado em depósitos a pulverizar recordes. À primeira vista, estes indicadores até poderiam estar associados a tempos de fulgor económico, mas têm-se repetido nos últimos meses, apesar de estarmos a atravessar um dos maiores choques económicos de sempre. Esses sinais de resistências são aparentes e devem-se em grande parte às moratórias de crédito, um balão de oxigénio que permitiu aliviar os encargos com prestações dos empréstimos bancários. Porém, o prolongamento da crise e o elevado recurso a este instrumento podem ter criado uma bomba-relógio em risco de explodir quando começar a recuperação económica pós-Covid-19.

O Presidente da República já deu a entender que a medida poderá ter de ser novamente estendida no tempo. Marcelo Rebelo de Sousa disse, em entrevista do Diário de Notícias, que, já que a economia apenas vai regressar ao ponto em que estava antes da pandemia em 2023 ou em 2024, faz sentido “não pensar em mais seis meses ou mais um ano [de moratórias], mas em mais três ou quatro anos”. O prazo das moratórias já foi prolongado por duas vezes, e as prestações dos empréstimos de quem aderiu a esse mecanismo poderão continuar suspensas até final de setembro.
Mas não será simples continuar a estender o prazo das moratórias. Essa decisão depende do aval da Autoridade Bancária Europeia (EBA) que permitirá aos bancos não contabilizarem o crédito com pagamentos suspensos como malparado. As agências de rating e os investidores internacionais já começam a apontar o dedo aos bancos dos países em que as moratórias foram mais utilizadas, dizendo que estão a mascarar a má qualidade dos ativos. E a ordem do Banco de Portugal é para que se comece a reduzir o recurso a esse mecanismo. Porquê? Porque, com os pagamentos dos empréstimos suspensos e com a economia num caos, o que acontecerá quando essas prestações tiverem de voltar a ser pagas?

“Quando as moratórias terminarem, vai ser um risco enorme, mas a sua continuação ad aeternum também não resolve o problema”, afirma Susana Peralta à VISÃO. A professora de Economia da Nova SBE avisa que “pode haver uma avalanche de malparado numa situação de risco generalizado”. O Conselho das Finanças Públicas alertava, ainda em outubro, para “o risco associado às moratórias de crédito, pois a eventual incapacidade de solvência dos compromissos por parte desses agentes poderá implicar perdas para o sistema financeiro e, consequentemente, obrigar à intervenção do Estado”. Desde então, esse perigo aumentou, já que a economia teve nova recaída, devido ao recrudescimento do vírus.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, numa audição perante os deputados, no passado mês de dezembro, sublinhou “a necessidade de, assim que possível, se retomar” os pagamentos das prestações e recomendou aos bancos, aos devedores e ao Estado para se prepararem para o fim dessa proteção. No relatório do supervisor bancário sobre os principais riscos e vulnerabilidades à estabilidade financeira, divulgado no final de 2020, a palavra moratória aparece 140 vezes. Também a CMVM, o regulador do mercado de capitais, elencou o fim das moratórias como um dos principais riscos para este ano. “As moratórias e o reconhecimento de perdas constituem uma das principais vulnerabilidades do setor financeiro. Uma maior duração da pandemia irá agravar a probabilidade de incumprimento”, afirmou a instituição num relatório divulgado nesta semana.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 01, 2021, 11:36:55 am
(https://i.ibb.co/wB6Gtwg/153467958-221149129713762-1229016022350867018-o.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Março 03, 2021, 09:17:29 pm

In the lead up to the Eurozone Crisis, Portugal's Economy was an outlier.
Whilst many economies went on an incredible run, the Portuguese Economy did not have such a good time.
Not only underperforming the average eurozone growth rate, but unemployment actually rose from 3.8% to 7.5% between the millennium and 2008.
Compare this against the likes of Greece, Spain and Italy, all of which had seen significant declines in unemployment.
Raising the question of why? Why had Portugal’s Economy stagnated in what were supposed to be the good times?
What was the impact of its long history as a colonial power? And to what extent did a 19th Century letter from Pope Leo the 13th influence its wider economic approach?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 09, 2021, 12:39:33 pm
https://eco.sapo.pt/2021/03/09/pib-portugues-com-quinta-maior-queda-homologa-da-ue-no-quarto-trimestre/

https://ec.europa.eu/eurostat/en/web/products-euro-indicators/-/2-09032021-AP

A economia portuguesa cresceu 0,2% no quarto trimestre em cadeia (face ao terceiro trimestre), mas caiu 6,1% em termos homólogos (face ao quarto trimestre de 2019). Esta queda homóloga foi a quinta maior da Zona Euro, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira, apenas superada pelas contrações registadas por Malta (-6,2%), Grécia (-7,9%), Espanha (-9,1%) e Itália (-6,6%).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Março 24, 2021, 11:02:01 pm

A campanha internacional de promoção MADE IN PORTUGAL naturally das fileiras Casa e Materiais de Construção é uma ação de cross-selling desenvolvida pela AICEP que dará a conhecer ao mundo o melhor da oferta de Portugal em matéria de decoração e lifestyle.

O objetivo desta campanha totalmente digital, é captar o interesse da procura internacional, dando a conhecer a inovação ancorada na qualidade e tradição dos produtos produzidos em Portugal e a sua oferta de valor diferenciadora.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 25, 2021, 02:34:13 pm
https://eco.sapo.pt/2021/03/25/defice-agrava-se-para-os-1-153-milhoes-de-euros-ate-fevereiro/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 26, 2021, 08:10:35 pm
(https://i.ibb.co/8B8dZsp/FB-IMG-16167892255496407.jpg)

 :snip: :snipersmile: :2gunsfiring: :N-icon-Gun: :G-bigun: :N-icon-Axe:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 29, 2021, 11:37:44 am
(https://i.ibb.co/8B8dZsp/FB-IMG-16167892255496407.jpg)

 :snip: :snipersmile: :2gunsfiring: :N-icon-Gun: :G-bigun: :N-icon-Axe:

Escolhemos talvez a pior solução relativamente ao ex-BES e actual Novo Banco, com culpas do actual e anteriores governos, porque se é verdade que foi um que resolveu acabar com o antigo BES em 2014, foi o actual governo que privatizou o Novo Banco em 2017.

O Novo Banco quando nasceu não cumpria os rácios de capital, tinha um enorme buraco no seu balanço e as soluções não eram famosas:
- Liquidar o Banco (secalhar a melhor opção), implicava o estado agravar o seu déficite em 10, 11, 12 mil milhões de euros talvez. E na altura Portugal ía saír do período de assistência da Troika, pelo que essa solução foi logo descartada para não ficar o governo da altura com a factura toda para pagar;
- Nacionalizar o banco. Já que pagamos, porque não ficarmos com o banco? Era também uma boa solução, mas tinha o problema da 1ª solução, ía agravar o déficite do estado. Não podia podíamos cometer o mesmo erro de entregar mais um banco nacionalizado à CGD, ou corríamos o risco de acontecer o mesmo que no BPN, esvaziar o BPN dos seus melhores clientes e abandonar completamente a gestão do banco, porque no fim de contas é concorrente da CGD........ a nacionalizar, deveria ser totalmente independente para ser viável;
- A última solução que é a conhecida e talvez a pior, foi escolhida pelos nossos políticos só porque era a solução mais barata na altura, porque a maior parte da dívida quem a assume não é o Estado, é o Fundo de Resolução (que pertence a todos os bancos a operarem no país). Apesar do Estado emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução para este injectar no Novo Banco, quem fica a dever são todos os bancos e não o Estado......

Resumindo, temos cá uns estrategas para nos lixarem!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 03, 2021, 12:04:58 pm
(https://scontent.flis8-2.fna.fbcdn.net/v/t1.6435-9/168306586_1576865622507429_3793457670913450894_n.jpg?_nc_cat=108&ccb=1-3&_nc_sid=825194&_nc_ohc=Gy5-NIi0T_IAX-RdGNP&_nc_ht=scontent.flis8-2.fna&oh=ff1ea2a63cdf2004bfc330f491eb693c&oe=608BE63A)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 06, 2021, 11:34:22 pm

Parabéns Camaradas!!!

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 13, 2021, 10:15:36 pm

Cada pobre = 1 subsídio = 1 voto no PS
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 16, 2021, 03:13:13 pm
Economia portuguesa volta a acelerar em abril face ao primeiro confinamento, indica o Banco de Portugal

A atividade económica em Portugal está a crescer mais de 20% face ao primeiro confinamento, sinaliza o indicador diário de atividade económica (DEI), calculado pelo Banco de Portugal. Na semana terminada a 11 de abril, este indicador acelerou face à semana anterior

Com a reabertura do país a avançar mais um passo após a Páscoa, a economia portuguesa voltou a acelerar face ao primeiro confinamento, há um ano, e está a crescer acima dos 20%. É esse o sinal dado pelo indicador diário de atividade económica (DEI), publicado pelo Banco de Portugal (BdP), cujos dados foram atualizados esta quinta-feira.

"Na semana terminada a 11 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI) apresentou uma variação homóloga superior à da semana anterior", escreve o BdP, numa nota publicada na sua página na Internet.

Depois de ter voltado a terreno positivo em meados de março - ao fim de um ano em valores negativos - o DEI acelerou e tem registado variações homólogas acima dos dois dígitos.

Segundo os dados do banco central, a média móvel semanal deste indicador, na semana centrada em 8 de abril - que abrange o período entre 5 de abril e 11 de abril - aponta para um crescimento homólogo da atividade económica em Portugal de 23,1%. Isto quando a mesma média móvel referente à semana centrada em 1 de abril sinalizava um incremento de 20% em termos homólogos.

A explicação para estes fortes crescimentos prende-se com o desconfinamento em curso no país, que deu mais um passo após a Páscoa, ou seja, precisamente a partir de 5 de abril, que corresponde ao início da semana em análise pelo BdP. Essa reabertura do país leva a uma dinamização da atividade económica.

Ao mesmo tempo há um forte efeito de base. Recorde-se que no mesmo período do ano passado Portugal estava em confinamento geral, por causa da primeira vaga da pandemia de covid-19, e a atividade económica caiu a pique.


Para mitigar a influência na análise económica deste efeito de base muito marcado, o BdP calcula ainda a taxa bienal do DEI, o que corresponde a acumular as taxas de variação deste indicador, em dias homólogos, para dois anos consecutivos.

Esta taxa bienal, em termos de média móvel semanal, indica uma queda de 2,9% em termos homólogos na semana centrada em 8 de abril, o que compara com um recuo de 1,3% na semana centrada em 1 de abril.

O DEI sumaria um conjunto de informação de natureza quantitativa e frequência diária, como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes. Por isso, permite traçar, em tempo real, um quadro da evolução da atividade económica no país.

Os dados atualizados são divulgados semanalmente pelo Banco de Portugal, à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente. A informação disponibilizada refere-se aos valores diários e à média móvel semanal deste indicador.

https://expresso.pt/economia/2021-04-15-Economia-portuguesa-volta-a-acelerar-em-abril-face-ao-primeiro-confinamento-indica-o-Banco-de-Portugal-89f78c6e
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 17, 2021, 08:43:31 am
970M enterrados hoje na TAP
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 17, 2021, 09:33:59 am
970M enterrados hoje na TAP

Isso não é nada, basta as receitas do Estado de 1 ano do IUC + ISV + todas as multas e coimas pelas infracções ao código da estrada + as taxas sobre a energia e já chega para pagar esse valor!!!!!

E já lá cantam 2,2 mil milhões de euros desde que foi nacionalizada!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 19, 2021, 02:30:53 pm

Portugal Open For Business
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 21, 2021, 11:12:06 am
https://eco.sapo.pt/2021/04/21/estado-ja-gastou-8049-milhoes-em-apoios-ao-emprego-em-2021/

Segurança Social já esgotou valor previsto para medidas Covid em 2021

A despesa já realizada até março representa um valor superior ao que tinha sido orçamentado para todo o ano de 2021 (776 milhões de euros), segundo o Ministério das Finanças.

OEstado gastou em três meses de 2021 o equivalente a 42% da despesa Covid-19 da Segurança Social realizada em todo o ano de 2020. Segundo o Ministério das Finanças, que adianta alguns números em antecipação da síntese de execução orçamental que será divulgada a 26 de abril, a despesa das medidas extraordinárias da Segurança Social atingiu os 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, mais do que o previsto para o ano todo. Neste período, Portugal entrou no segundo confinamento e vários apoios, como o lay-off simplificado, regressaram.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Abril 21, 2021, 12:44:49 pm
970M enterrados hoje na TAP

Isso não é nada, basta as receitas do Estado de 1 ano do IUC + ISV + todas as multas e coimas pelas infracções ao código da estrada + as taxas sobre a energia e já chega para pagar esse valor!!!!!

E já lá cantam 2,2 mil milhões de euros desde que foi nacionalizada!!!!!!!

eu disse aqui, há muitas semanas, que iriam ser colocados á disposição da TAP Falida, mais de 3500/4000 milhões, cá estamos para ver se tenho ou não razão.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 22, 2021, 02:05:56 pm
Olhem-me estes Gregos....que ousadia.  ::)

https://observador.pt/2021/04/22/grecia-baixa-impostos-as-empresas-para-as-ajudar-na-retoma/

Contra a crise, Grécia baixa impostos às empresas (e fica mais competitiva que Portugal)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 22, 2021, 03:38:55 pm
Olhem-me estes Gregos....que ousadia.  ::)

https://observador.pt/2021/04/22/grecia-baixa-impostos-as-empresas-para-as-ajudar-na-retoma/

Contra a crise, Grécia baixa impostos às empresas (e fica mais competitiva que Portugal)

O P44 está enganado, este governo xuxa que nunca aumenta impostos vai ajudar as empresas, principalmente as PME, além de lhes ir ao bolso com 30%, em média, sobre o lucro líquido (21% de IRC + 1,5% de derrama Municipal + 9% de derrama estadual..... até já temos impostos para sustentar os estados!?!?!?!).
Então para ajudar, o Costa vai acabar com a isenção do ISV sobre viaturas de mercadorias. Atenção é de mercadorias, que são aquelas com um máximo de 3 lugares: https://www.publico.pt/2021/04/22/economia/noticia/isencao-isv-acaba-carrinhas-comerciais-1959574

Agora, além das empresas perderem a isenção do ISV, do gasóleo só 50% pode ser dedutível no IVA..... passam a transportar mercadorias de transportes públicos? É que o ISV de um ligeiro, facilmente chega a 8 000€ mais IVA só de ISV!

E vem mesmo a calhar, como estamos numa fase de vacas gordas, vamos lá sacar mais uns cobres às empresas que agora devem nadar em dinheiro!!!!!
Só a EDP pobrezinha e pouco mais é que escapa........ será por ter no seu CGS vários ex-Ministros de todas as cores?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 23, 2021, 10:26:17 am
Deixem lá a "bazuca" chegar e vão a ver a quantidade de "novos milionários" com ligações ao PS que vão aparecer... ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 23, 2021, 11:18:00 am
As promessas...

Citar
Do hidrogénio aos dados: Os novos projetos de Sines

(https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/tres-toneladas-de-hidrocarbonetos-derramadas-no-porto-de-sines-2-1024x683.jpeg)

Tiago Miranda
Investimentos de milhares de milhões de euros foram anunciados nos últimos meses para aquela região do País. Hoje é a vez de um megacentro de dados
Os últimos meses têm sido férteis em anúncios sucessivos de novos investimentos para a região de Sines. Esta sexta-feira chega mais um, de uma multinacional, que quer investir 3,5 mil milhões de euros na área tecnológica.

Com o maior porto artificial e de águas profundas do País, virado ao Atlântico, a cidade alentejana viu fechar em janeiro passado o maior emissor de CO2 do país, a central termoelétrica a carvão da EDP, onde trabalhavam 400 pessoas, 150 das quais diretamente ligadas à elétrica. O encerramento antecipado da central com 35 anos, avaliado em 100 milhões de euros, abriu espaço para o surgimento de várias iniciativas na área energética, nomeadamente no hidrogénio.

Mas os investimentos previstos para a zona vão além disso, dos transportes (marítimos e ferroviários) à tecnologia, aproveitando a conexão entre a Europa e a América Latina. Estes são alguns dos projetos emblemáticos anunciados ou em desenvolvimento na região de Sines na última década, potenciados pela posição geográfica e recursos naturais:

Linha de mercadorias Sines-Badajoz

A construção do troço ferroviário Évora-Elvas/Caia, que faz parte do futuro corredor internacional sul, está em curso. Quando estiver terminada, aquela que já foi anunciada como a linha férrea mais extensa dos últimos 100 anos, permitirá ligar Sines a Badajoz de forma direta, escoando mercadorias de e para Espanha. Está prevista também uma ligação entre Sines e Grândola, que encurtaria ainda mais o tempo de deslocação.

Cluster do hidrogénio verde

É um dos projetos mais falados para a região, depois do anúncio feito pelo Governo, em novembro de 2019, de uma central de produção de hidrogénio verde para exportação. Um investimento mínimo de 2,85 mil milhões de euros e com capacidade de até 1 gigawatt, alimentada por energias renováveis, solar e eólica. Um consórcio que reúne EDP, Galp, Martifer, Vestas e REN está a avaliar a criação de um cluster de projetos em torno deste gás renovável.

Terminal Vasco da Gama

Apesar de quase 60 entidades terem acedido ao caderno de encargos do concurso para a construção e exploração do Terminal Vasco da Gama, um investimento de 642 milhões de euros, o procedimento ficou sem candidatos para a concessão. O Ministério das Infraestruturas, avançou o Público, diz que apesar das alterações em curso na logística mundial por causa da pandemia, quer lançar novo concurso para o novo cais, com 1.375 metros de comprimento. Recentemente foi assinado um contrato para a expansão do Terminal XXI, concessionado à PSA Sines.

Energias renováveis

Há dois mil hectares de terrenos que podem vir a receber investimentos na área da energia solar. Recentemente, o presidente da Câmara de Sines deu conta, em entrevista à Lusa, de que existem “em carteira” quase uma dezena de projetos renováveis, alguns praticamente aprovados, outros em vias de licenciamento. Nos concelhos limítrofes também decorrem projetos para investimentos.

Auto-estrada

Só existem dois pequenos troços da A26, prevista construir entre Sines e Beja (o último dos quais, Grândola Sul-Sta. Margarida do Sado, inaugurado há quase um ano), destinada a aproximar também a cidade da A2 e de Lisboa. As obras na via foram interrompidas em 2011, na altura da crise económica e financeira, por dificuldades da concessionária da subconcessão Baixo Alentejo em obter financiamento.

Cabo submarino de fibra ótica

Foi a 6 de janeiro que o novo sistema de cabos submarinos de baixa latência da empresa EllaLink ancorou em Sines. Investimento de 150 milhões de euros, que deverá ficar operacional no segundo trimestre deste ano, vai permitir ligar com maior velocidade de dados a Europa e a América Latina, nomeadamente Portugal e o Brasil (Fortaleza). Junto à zona onde ancora o cabo está a ser desenvolvido o Sines Tech – Innovation & Data Center Hub, para a implementação de infra-estruturas de dados.

Hyperscaler Data Centre – Sines 4.0

É o mais recente investimento anunciado para Sines e um dos maiores em volume de investimento. O megacentro de dados que é apresentado esta sexta-feira, 23 de abril, deverá começar a ser construído em 2022 e custar até 3.500 milhões de euros. De acordo com declarações de Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, o investimento da anglo-americana start campus deverá criar mais de 9.000 postos de trabalho até 2025, até 1.200 dos quais serão diretos.

https://visao.sapo.pt/exame/2021-04-23-do-hidrogenio-aos-dados-os-novos-projetos-de-sines/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 23, 2021, 11:21:38 am
Cabecita, o Eterno Optimista  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 23, 2021, 12:43:45 pm
Sines 4.0: MegaCentro de Dados será um dos maiores da Europa

Num momento em que o mundo continua a atravessar uma enorme crise por causa da pandemia por COVID-19, Portugal, mais concretamente Sines tem uma excelente notícia.

Sines vai receber um centro de armazenamento de dados que vai gerar até 1200 empregos. O investimento ronda os 3500 milhões de euros.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/04/dados.jpg)

Sines 4.0 será um dos maiores “campus” de centros de dados

O projeto tem a denominação de Sines 4.0 e é desenvolvido pela empresa Start Campus, detida por um fundo de investimento norte-americano, e por uma empresa britânica especializada em infraestruturas. Segundo a RTP, o projeto vai ser criado em Sines e representa um dos maiores investimentos estrangeiros em Portugal, desde a instalação da Autoeuropa em Palmela. O SINES 4.0 é um Projeto de Interesse Nacional (PIN) e será um centro de processamento de dados sustentável.

De acordo com as informações, o Sines 4.0 será um dos maiores “campus” de centros de dados [“Hyperscaler Data Centre”] da Europa e dá resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia fornecedoras de serviços de “streaming”, “social media”, “ecommerce”, “gaming”, educação “online”, videoconferência e outros de processamento e armazenagem de dados e de aplicações empresariais”.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/10/datacenter_md.jpg.jpeg)

Em declarações à Antena 1, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, destaca o potencial do projeto para o futuro da região e do País.

As obras do SINES 4.0 devem começar ainda este ano. Prevê-se que o centro esteja operacional daqui a dois anos. De salientar que este projeto prevê a criação de 1200 empregos diretos altamente qualificados e 8000 indiretos até 2025.

O projeto prevê a construção de cinco edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts (MW) de energia aos servidores, com 90 MW cada. Ficará localizado nos terrenos contíguos à recentemente encerrada central termoelétrica a carvão de Sines.

https://pplware.sapo.pt/informacao/sines-4-0-megacentro-de-dados-sera-um-dos-maiores-da-europa/

Este é um mega-investimento, para um centro de dados gigantesco! Muito maior que o da Altice.
Esperar que corra bem e tenha sucesso!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 23, 2021, 11:21:44 pm
Qual a razão que leva estes investimentos a vir para Portugal?

Será a electricidade que é mais barata?
Centralidade geográfica? Preços do terrenos?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 24, 2021, 10:08:17 pm
Qual a razão que leva estes investimentos a vir para Portugal?

Será a electricidade que é mais barata?
Centralidade geográfica? Preços do terrenos?

Bem, a Davidson Kempner é um edge fund (o que provoca algum receio, nunca está muito tempo numa empresa), mas tem dinheiro e muito, gere algo como 35 mil milhões de dólares de activos e salvou no ano passado a companhia aérea Virgin Atlantic da falência. A Pioneer Point Partners é inglesa, mas não conheço. Mas depois de ver alguma informação..... tudo tornou-se mais esclarecedor. A Pioneer Point Partners investe em Centros de Dados ....... encontrei uma referência com o Echelon em 2020!!!!! Não sei se sabem o que é (rede mundial americana de captação de dados a nível mundial).

E a escolha de Portugal é referida pelos investidores, Portugal tem uma posição estratégia a ligar por fibra todos os continentes, tem capacidade de fornecimento de energia eléctrica renovável e também acesso ao mar para os cabos submarinos que passam por Portugal e que ligam o mundo e também o fornecimento de água do mar para arrefecer o centro de dados!!!!!!

https://www.submarinecablemap.com/

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/investimento-de-35-mil-milhoes-cria-megacentro-de-dados-em-sines-com-1200-empregos-altamente-qualificados

https://pioneerpoint.com/our-investments/

https://www.reuters.com/technology/davidson-kempner-pioneer-point-invest-42-bln-data-centre-portugal-2021-04-23/

Acresce ainda mais bónus que os investidores referem, para além de apontarem Portugal como um dos países chave para ligar os dados de todos os continentes, Portugal tem reconhecidamente muitos cursos de Engenharia Informática e forma milhares de Engenheiros anualmente e com salários algo comedidos. Conheço vários amigos Engenheiros Informáticos que de vez em quando vão aos States ajudar a resolver problemas críticos de sistemas informáticos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 24, 2021, 10:20:32 pm
Mais uma razão para investir na soberania e defesa do mar mas também para "garantir" que os espanhóis fornecem os caudais fluviais a que estão obrigados.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 26, 2021, 01:33:07 am
(https://www.sciencenews.org/wp-content/uploads/2018/08/081818_waterstats_map_1070_rev.png)

Já agora a previsão Aqueduct Water Stress Projections do World Resources Institute em que os nossos vizinho aparecem como um dos pais com maior stress hídrico

https://www.sciencenews.org/article/future-will-people-have-enough-water-live.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 26, 2021, 04:58:30 pm
(https://www.sciencenews.org/wp-content/uploads/2018/08/081818_waterstats_map_1070_rev.png)

Já agora a previsão Aqueduct Water Stress Projections do World Resources Institute em que os nossos vizinho aparecem como um dos pais com maior stress hídrico

https://www.sciencenews.org/article/future-will-people-have-enough-water-live.

Espanha tem problemas graves de abastecimento de água ao sul do país!!!!
Para quem acha que a regionalização é a solução para Portugal.... leiam bem onde está o problema de abastecimento de água no país vizinho  :mrgreen:
https://www.iagua.es/blogs/jorge-chamorro/problema-agua-espana-tiene-solucion

No nosso caso, temos também falhas de abastecimento, principalmente a sul do país: https://www.sulinformacao.pt/2020/12/falta-agua/

Nós podíamos criar mais reservas de água estratégica se aproveitássemos os caudais colossais do Douro e afluentes no inverno, já que muito pouca água é armazenada nas barragens, em relação ao caudal do rio Douro, que chega a ultrapassar mais de 10 000m3 por segundo, no Inverno!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 29, 2021, 11:37:05 am

Afinal não estamos assim tão mal...  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 29, 2021, 11:10:05 pm
O salto visível a partir de 1986 :)

Mas avançamos muito..... porque vários países europeus fragmentaram-se, o bloco de leste colapsou.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Abril 29, 2021, 11:35:12 pm

Também há a comparação com os mais ricos.
Onde andamos sempre nos lugares de despromoção.  ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 30, 2021, 02:00:43 pm
Mais do mesmo. A nossa super economia sempre a dar cartas...

https://eco.sapo.pt/2021/04/30/zona-euro-contrai-06-no-primeiro-trimestre-pib-portugues-foi-o-que-mais-caiu/

Dos 12 Estados-membros da União Europeia para os quais já se conhece o PIB do primeiro trimestre de 2021, Portugal foi o que registou a maior queda (-3,3%). Em média, na Zona Euro a contração da economia foi de 0,6% e na União Europeia foi de 0,2%. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 30, 2021, 04:26:42 pm
Mais do mesmo. A nossa super economia sempre a dar cartas...

https://eco.sapo.pt/2021/04/30/zona-euro-contrai-06-no-primeiro-trimestre-pib-portugues-foi-o-que-mais-caiu/

Dos 12 Estados-membros da União Europeia para os quais já se conhece o PIB do primeiro trimestre de 2021, Portugal foi o que registou a maior queda (-3,3%). Em média, na Zona Euro a contração da economia foi de 0,6% e na União Europeia foi de 0,2%. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

Era expectável, basta recordar que foi no 1º trimestre que Portugal viveu o seu período mais negro da pandemia e o país esteve quase todo o trimestre confinado!!!! Só escaparam umas 3 semanas no máximo!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 07, 2021, 02:29:16 pm
Insolvências disparam 44% entre janeiro e abril
https://executivedigest.sapo.pt/insolvencias-disparam-44-nos-primeiros-quatro-meses/
Citar
Os efeitos nefastos da pandemia do Covid-19 estão à vista no seio do tecido empresarial português. De acordo com um relatório publicado hoje pela Iberinform, as insolvências tiveram um aumento global de 44% nos primeiros quatro meses de 2021, face ao período homólogo de 2020, com um valor absoluto acumulado de 2.045 empresas que fecharam portas neste período. “motivado em grande parte pelo encerramento de processos”, refere o relatório.

Apenas no mês de abril registaram-se 508 insolvências, mais 272 que no ano transato (aumento de 115%), das quais 319 são processos encerrados, 62,8% do total de insolvências apresentadas.

Em termos absolutos, os distritos do Porto e de Lisboa são os que apresentam maior número de insolvências: 503 e 408, respetivamente. Seguem-se Braga (249), Aveiro (161), Setúbal (119) e, a alguma distância, o distrito de Faro (70).

A Iberinform destaca que apesar da maioria dos distritos (68%) apresentar aumentos de insolvências, há decréscimos a registar, como sucedeu em Angra do Heroísmo (-50%), Bragança (-40%), Santarém (-18%), Faro (-15%), Évora (- 6,7%) e Leiria (-1,5%). No acumulado por setores, os responsáveis da Iberinform assinalam o crescimento de insolvências em todas as áreas de atividade, exceto no setor da Agricultura, Caça e Pesca.

Apesar destes números vermelhos, a Iberinform destaca também a criação de 13.857 novas empresas entre janeiro e abril, um aumento de 4,5% face ao período homólogo de 2020. Isto significa que, durante os primeiros quatro meses do ano, por cada 10 empresas que morreram, 68 abriram atividade.

A Iberinform destaca o crescimento exponencial de 194% de constituição de novas empresa somente no mês de abril, face a abril de 2020, evoluindo de um total de 1.185 para 3.481 novas empresas. O número mais significativo de constituições de empresas registou-se em Lisboa, com 3.973 novas empresas, e no Porto (2.666). No entanto, o distrito de Lisboa apresenta um decréscimo de 7,8% face a 2020, enquanto no Porto é de sublinhar um aumento de 9,5%.

No final de março, uma análise da Crédito y Caución (empresa detentora Iberinform) apontava para um aumento de 19% das falências em Portugal durante o ano de 2021, depois de terem diminuído 5% e 14% em 2019 e 2020, respetivamente.

Até Setembro vai melhorar..  :toto:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Maio 07, 2021, 02:34:40 pm

Também há a comparação com os mais ricos.
Onde andamos sempre nos lugares de despromoção.  ::)

vai mudar  ::)
com crescimentos de 27.5%, tal qual os politicozecos já começaram a alardoar hoje, não tarda nada estamos no posto cimeiro !! :bang:
Aldrabões da trampa estes ladroezecos de carreira.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Maio 07, 2021, 02:39:25 pm
Cimeiro só se fôr a contar do fim

Daqui a uns 10-20 anos até a Roménia e a Bulgária nos hão-de ultrapassar
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 07, 2021, 05:06:48 pm
Ora tomem lá com mais impostos:

Tem carro matriculado antes de 2007? APREN quer que pague mais IUC

O estudo “Uma nova política fiscal para a transição energética de Portugal” da Associação Portuguesa das Energia Renováveis (APREN) e da Deloitte está nas mãos do Governo para ser analisado.

O estudo propõe que passe a pagar um valor mais elevado de Imposto Único de Circulação (IUC) já a partir do próximo ano se o seu veículo tiver matricula anterior a 2007.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/05/carro-1.jpg)

Mais IUC e mais impostos para carros a diesel

Foi na passada quinta-feira que foi apresentado um estudo relativo à transição energética de Portugal. O estudo pretende que se passe a pagar um valor mais alto de IUC e mais impostos para também para o diesel. Contas feitas, relativamente ao IUC, seria um encaixe na ordem dos 150 milhões de euros por ano.

O objetivo passa pela renovação de frotas. O estudo sugere, no entanto, que as reduções do pagamento de IUC sejam aplicadas a veículos ligeiros com mais 10 anos e menos de 3.000 km/ano (pagam 10% do imposto) e veículos ligeiros com mais de 10 anos e entre 3.000 – 5.000 km/ano (pagam 50% do IUC). O estudo recomenda a isenção para veículos elétricos até 2025, sendo que passam a pagar gradualmente de 2026 até 2029.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/01/transito-carros-fumaca.jpg)

Sendo o gasóleo um combustível mais poluente, o estudo sugere que pague o mesmo nível de Imposto sobre os Produtos Petrolíferos do que a gasolina.

Contas feitas pela Deloitte, com esta medida o proprietário de um carro a gasóleo pagaria por ano mais 237 euros em combustível (de 928 euros em 2020 para 1.165 euros em 2022).

Outra medida de fiscalidade verde, que diz respeito aos automóveis, proposta pela APREN e pela Deloitte e referida pelo ECO, diz respeito à introdução entre os anos de 2022 e 2026 de deduções em sede de IRS e IRC para incentivar apenas a compra de veículos 100% elétricos. O benefício fiscal estará sempre dependente do abate de uma viatura com motor de combustão interna. O objetivo é ter 20% das frotas eletrificadas em 2030.

https://pplware.sapo.pt/motores/tem-carro-matriculado-antes-de-2007-apren-quer-que-pague-mais-iuc/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 09, 2021, 03:10:17 am
(https://pbs.twimg.com/media/E02jo1nXIAArRng?format=jpg&name=large)
(https://pbs.twimg.com/media/E02vlGBWUAY3maB?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Maio 13, 2021, 07:13:46 am
(https://i.ibb.co/3yLsXD4/E1-NUv-Kn-WUAIn-Box-2.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 13, 2021, 10:05:28 am
(https://i.ibb.co/3yLsXD4/E1-NUv-Kn-WUAIn-Box-2.jpg)

É uma evidência, que a hipocrisia disfarça!
Basta fazer uma conta muito simples, alguém que ganhe 2.700€ mensais brutos, entra logo no escalão de IRS de 45% a que se soma mais 11% para a Segurança Social. Ou seja, quem ganhar mais de 2.700€ mensais em Portugal, o estado fica-lhe com 56% do salário! Ganha mais o estado do que a pessoa a trabalhar!!!!!

Mas continua-se a ouvir que os ricos devem pagar mais impostos!!!! Mais? Aumentarem a carga fiscal para 60 ou 70% como fazem nos combustíveis!?!?!?

E os patrões, esses milionários...... que até deixam fugir as grandes empresas nacionais para estrangeiros...... por falta de €apital!!!!!
Um empresário se tiver lucro, a sua empresa vai pagar 21% de IRC (os primeiros 15.000€ pagam 17%)...... mais a derrama estadual que pode atingir 9% sobre o lucro!!!!!
O milionário empresário que recebe dividendos, além da empresa ter já pago 21% + 9% no limite, ainda vai ter de pagar mais 28% de IRS sobre todo o lucro que receber!!!!!! E já vamos em 58% de impostos sobre o lucro da empresa.

Mesmo assim ainda há iluminados que acham que devemos aumentar os impostos sobre o mais ricos!!!! Eu digo, vão mas é caçar quem foge ao fisco, como a EDP!!!!! Quem usa offshores para evitar pagar 28% na distribuição de dividendos.........

Mas ainda há mais...... muitas empresas têem carros caríssimos para os seus administradores, directores....... (as que têem, que eu nunca tive nenhum), esses carros se forem a combustão e tiverem mais de 3 lugares, para além de não poderem deduzir IVA na compra, ainda pagam tributações autónomas sobre todas as despesas que as viaturas têem por ano, a taxas que variam de 10% para os carros mais baratos (menos de 27.500€) até 35% para carros que custem mais de 35.000€. E este imposto é cobrado sobre todas as despesas anuais dos carros, desde pneus, revisões, combustível, etc. E se a desgraçada da empresa tiver prejuízo nalgum ano, estas tributações autónomas duplicam a taxa, para pagar um imposto de 70% sobre todas as despesas com carros a cima de 35.000€ e nem o IVA pode recuperar dessas despesas..... em todas as viaturas das empresas!!!!!

Mesmo assim ainda há quem queira mais!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Maio 17, 2021, 04:44:00 pm
(https://i.ibb.co/vJhD0NB/FB-IMG-16212660884804290.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 21, 2021, 03:41:58 pm
Depois de mais umas audições vergonhosas na Assembleia da República, onde pessoas sem escrúpulos ainda gozam com o desplante de não pagarem o que devem a bancos que agora andamos a sustentar. Nenhum deles se lembra de nada, continuam em lugares de poder e intocáveis à justiça, outros fogem para o Brasil e também não se lembra de nada e ele não tem dívidas...... enfim.....

Agora vamos ver outra causa do endividamento do país com a subsidio-dependência que é comum ao país e que só no caso de Lisboa são 200 milhões de euros!!!!!!!

"196 milhões em subsídios. Saiba quem está pendurado no orçamento da câmara de Lisboa

Em três anos a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu subvenções superiores a 196 milhões de euros - duas vezes o valor da transferência de Cristiano Ronaldo - a entidades públicas e privadas, de associações a fundações, passando por institutos, cooperativas ou sociedades.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=OGM0M3TkSa/lFICCLWDwH9K0a6CDROGpLJDqxuEGQMb0YCQRi30E6JbHfC3/DyMCWRhhqcX3l6UCphVJ4um47lW8M8v4lBRdLHxqS7uWOCJA9rQ=)

A Câmara Municipal de Lisboa já deu mais de 196 milhões de euros em subvenções neste mandato. No leque de beneficiários, cerca de 500 por ano, cabe um pouco de tudo; desporto e música, associações de vizinhos ou amigos da calçada portuguesa, empresas camarárias e sociedades unipessoais. Há até quem só sobreviva assim.

Fazer as contas não foi fácil, a informação não está disponível de forma sistematizada no site da CML e à pergunta "Qual o montante atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa em subsídios/financiamentos desde início do atual mandato até à presente data?" a resposta chegou com 22 linhas, mas sem um único número.

A câmara garante que "todos os apoios aprovados pela CML são escrutináveis, sendo publicados em Boletim Municipal". Depois de uma vista de olhos por quatro anos de atas de reuniões de câmara - onde, entre outras decisões, encontrámos esta: "Proposta n.º 858/2018 (subscrita pelo Sr. Vereador José Sá Fernandes) - Aceitar a doação, pela Secretaria de Estado do Ambiente, de uma galinha da raça Pedrês Portuguesa" -, escolhemos recorrer ao site da Inspeção-Geral de Finanças para obter a informação.

As autarquias locais do país - freguesias e municípios - concederam no total 1,623 mil milhões de subvenções entre 2018 e 2020. Só a CML atribuiu diretamente mais de 196 milhões no período em causa (duas vezes o valor da transferência de Cristiano Ronaldo); cerca de 23,1 milhões foram para as artes e espetáculos, 16,3 milhões para o desporto, 38,5 milhões para o turismo, 2,6 milhões para migrantes e refugiados, 4,9 milhões para sem-abrigo e 2,5 milhões para fundações. Ainda assim, nestas áreas está menos de metade do valor registado.

Os números podem ter desvios, quase sempre por defeito, uma vez que há subvenções cujo valor acaba por se revelar diferente do declarado, como veremos à frente, e também porque a finalidade a que se destinam os apoios nem sempre é clara só pela explicação descrita na IGF ou tão-pouco pela informação pública prestada pela entidade obrigada ou pelo beneficiário. Por outro lado, a apresentação anual da IGF não segue uma regra - cada ano é exposto de forma diferente -, dificultando a consulta de dados.

O caso das artes e espetáculos é um bom exemplo desta dificuldade. Em 2018 a CML declarou ter atribuído uma subvenção de 7.650.000 euros à EGEAC, mas nos dois anos seguintes não está registado qualquer valor em favor da empresa municipal responsável pela gestão de alguns dos espaços culturais de referência da cidade (sete museus, um deles com sete núcleos, dois monumentos, quatro teatros - tendo mais sete cedidos ou arrendados - e diversas galerias).

No entanto, a administração da EGEAC disse ao SAPO24 que os valores "realmente executados, e não os previstos em IGF", são 8.550.000 em 2018, 9.000.000 em 2019 e 22.600.000 em 2020. Só aqui estão mais 32,5 milhões do que o total contabilizado por nós, ou seja, do que o comunicado à Inspeção-Geral de Finanças.

De acordo com a lei, as câmaras municipais estão entre as entidades obrigadas a comunicar os benefícios e doações a pessoas singulares ou coletivas dos setores privado, cooperativo e social, bem como a entidades públicas fora do perímetro do setor das administrações públicas, reforçando os mecanismos de transparência.

A lista de empresas municipais que integram o perímetro do setor das administrações públicas no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais "tem sofrido alterações todos os anos", admite a IGF, mas, de acordo com a mais recente publicitada pelo Instituto Nacional de Estatística as transferências das verbas da CML para a EGEAC deviam, em princípio, ter sido comunicadas.

A Inspeção-Geral de Finanças lembra que "o processo de prestação de contas de 2020 ainda não está concluído, nomeadamente das autarquias locais (o prazo para apresentação de contas termina em 30/06/2021)", pelo que "não é possível, nesta fase, confirmar a totalidade das situações de eventual incumprimento da lei".

Considera-se subvenção pública “toda e qualquer vantagem financeira ou patrimonial atribuída, direta ou indiretamente, pelas entidades obrigadas, qualquer que seja a designação ou modalidade adotada”, “incluindo as transferências correntes e de capital e a cedência de bens do património público”. Acresce que o artigo 10.º prevê sanções para o "incumprimento ou cumprimento defeituoso" do disposto na lei. Apesar disso, não temos conhecimento de que estas tenham sido aplicadas.

Para justificar a verba recebida, a administração da EGEAC esclarece que "a gestão da empresa é orientada pelo interesse público, não pelo lucro. Note-se, aliás, que a empresa está impedida por lei de perseguir um fim comercial. Note-se também que dos vários equipamentos que gere, por transferência da CML, apenas dois não são deficitários. Não obstante, a EGEAC procurou sempre garantir fontes próprias de rendimento e conseguiu, até 2020, um rácio de receitas próprias superior a 50% do valor total do orçamento, o que é mais do que o exigido por lei. A CML, como acionista único da empresa, cobre com um subsídio à exploração o deficit da empresa que resulta da necessidade de garantir o serviço público. Como exemplo dessa atividade, estão as centenas de iniciativas que a empresa proporciona de forma totalmente gratuita ao longo do ano, designadamente no espaço público, como as Festas de Lisboa".

No bolo das entidade subsidiadas pela câmara de Lisboa estão também dois teatros do grupo EGEAC - Teatro Aberto e Teatro A Comuna -, cedidos para exploração por terceiros. "A programação e gestão artística dos dois Teatros, como é sabido, é da responsabilidade, há muitas dezenas de anos, das companhias Novo Grupo de Teatro e A Comuna, não tendo a EGEAC qualquer responsabilidade nestas áreas, apenas na gestão patrimonial dos espaços em questão", confirma a administração da empresa municipal.

A CML atribuiu à Comuna - Teatro de Pesquisa 120 mil euros e ao Novo Grupo de Teatro (Teatro Aberto) 700 mil euros no período em causa. As empresas, de resto, podem receber apoios de mais de uma entidade pública. O Novo Grupo de Teatro recebeu em 2018, por exemplo, 251.392,72 euros da Direção-Geral das Artes (DGA) e 12 mil euros do Fundo de Fomento Cultural (FFC), além dos 200 mil euros da CML. No mesmo ano, a Comuna - Teatro de Pesquisa recebeu da DGA 257.056 euros, além dos 40 mil euros da câmara municipal.

Há valores mais elevados. A Leopardo Filmes, Lda e a Medeia Filmes, ambas de Paulo Branco, receberam respetivamente 860 mil e 180 mil euros da CML nos últimos três anos. As duas empresas recebem ainda apoios do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e a Leopardo Filmes tem também um subsídio da Câmara Municipal de Sintra pela realização do Leffest - Lisbon & Sintra Film Festival. Entre 2018 e 2020, no total, as duas empresas receberam pelo menos 4.698.884,78 euros em subvenções públicas.

A câmara de Lisboa salienta "que não há projetos financiados integralmente pela CML. Por regra, a CML concede apoio até 50 por cento do montante global de um projeto,  o que quer dizer que os respetivos promotores têm de encontrar receitas próprias ou outros financiamentos para assegurarem a sua execução".

"Fica a sensação de que há clientelas"

O PSD considera que tem tido "um papel fundamental no plano da transparência". Teresa Leal Coelho, vereadora sem pelouro, tem "lutado para que todos estes apoios sejam escrutinados, e o partido mantém uma contabilidade própria sobre os subsídios que vão sendo concedidos às diversas áreas, embora com dúvidas, porque "os números não são claros".
Temos de exigir a todas as pessoas que recebem estes subsídios que apresentem relatórios de execução e de impacto económico, orçamentos previsionais e planos de concretização dos projetos".

Apesar de algumas entidades afirmarem que entregam à CML relatórios de atividade, os números raramente são publicados nos respetivos sites. Quando há sites. Torna-se, por isso, difícil estimar o impacto para a cidade de cada atividade apoiada.

Teresa Leal Coelho diz que "fica a sensação de que há clientelas" e que as subvenções são entregues "ad hoc", estranhando também que não haja cruzamento de informação para se saber quem recebe que montantes de quem, uma vez que há beneficiários que parecem viver de subvenções públicas.

O deputada municipal Margarida Bentes Penedo, do CDS, diz que "o escrutínio incomoda a esquerda". E quando diz esquerda, refere-se ao "PS, que foi dando à extrema-esquerda, Bloco de Esquerda e PCP, o poder que entendeu, já a pensar que viria a precisar dela". "Já João Soares governava com o PC", recorda. "Instalaram-se no Estado, na câmara de Lisboa, que governam há 14 anos, e encaram o exercício do poder e o poder que têm sobre a cidade como se fosse a sua casa. E qualquer oposição ou discordância, mais do que um incómodo é uma insolência. Não se sentem obrigados a dar respostas, que até podem dar, mas não sentem isso como um bem para a democracia; é mais uma formalidade que são obrigados a cumprir quando insistimos muito".

O desporto é outra das áreas mais subvencionadas: judo, atletismo, xadrez, corfebol, basquete, natação, rugby, ténis, ciclismo, vela, capoeira ou montanhismo, a lista é quase infindável. O Lisboa Ginásio Clube está entre as entidades mais apoiadas, com um valor acima dos 400 mil euros em três anos (mas que tem vindo a diminuir).

A justificação do coordenador-geral do clube, Ramiro Fernandes, podia aplicar-se a quase todos os outros: "A atividade regular é comum a todos os clubes da cidade", explica. "A câmara faz uma grelha de acordo com diversos critérios, como o número de praticantes, de federados, de modalidades, população feminina ou com necessidades especiais, idosos ou crianças e, em função disso, atribui um valor. Mas todos os anos temos de fazer uma candidatura em igualdade de circunstâncias com os restantes clubes". Há dez anos que o fazem.

Além disso, existem programas específicos negociados com a câmara e relatórios de participação. "Ainda hoje vou entregar um sobre o projeto Mov'In, para uma população com necessidades especiais", adianta Ramiro Fernandes. O acordo prevê a disponibilização de uma rede de instalações a que é possível ter acesso a custo zero, "a câmara paga o técnico e apoia-nos com algum material".

O coordenador-geral conta que em 2018, quando celebrou 100 anos, "o Lisboa Ginásio Clube tinha 2 mil sócios e mais de mil praticantes, o que não acontecia há anos. Fizemos um plano estratégico de recuperação e estávamos a crescer quando chegou a pandemia, íamos ter lucro no final do ano - que não seria para os sócios, mas para investir nas instalações, em técnicos qualificados, etc. Hoje temos 650 praticantes, regredimos seis anos".

Se era possível viver sem os apoios da câmara de Lisboa? "Se não fosse a câmara, muitas das atividades e muitos clubes da cidade não conseguiam fazer o trabalho que fazem com os miúdos. Quando quisermos ser rentáveis, acabamos com as competições, mas aí acabamos com a génese do clube. Se queremos medalhas, temos de dar condições aos atletas. Os atletas de competição pagam 50 euros por mês, e isso não paga o custo da modalidade".

Faz as contas em voz alta: "Na ginástica artística feminina ou masculina não podemos ter mais de cinco ou seis atletas, até por questões de segurança - nos trampolins é a mesma coisa. Um técnico recebe 12,50 euros/hora. Se trabalhar com uma criança duas horas por dia, são 25 euros, 125 euros por semana, 500 euros por mês. E, no mínimo, deve trabalhar três horas. Todas as atividades desportivas de competição são deficitárias", assegura.

O Lisboa Ginásio Clube tem cinco modalidades de competição. "O que compensa é o fitness, mas aí estamos a cair por causa dos ginásios lowcost, com quem não conseguimos competir. Eles abrem a porta e deixam as pessoas lá dentro, por isso o preço é tão baixo. E têm instalações novas, aspecto mais agradável, tornam-se mais atrativos".

À frente do LGC em subvenções está o Maratona Clube de Portugal, com 300 mil euros por ano, a Volvo Ocean Race, com 333,3 mil, ou a Federação Portuguesa de Judo que, excecionalmente e por causa do Campeonato Europeu de Judo, recebeu da CML mais de um milhão de euros em 2020.

Mas há outras contas a pesar, como a da Carris, que em dois anos recebeu uma subvenção de quase 51 milhões da CML (não há valor declarado para 2020), a da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), que em três anos recebeu mais de 2,9 milhões de euros para "eventos" e "iluminações de Natal", a dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, um pouco menos de que 3,5 milhões por ano, ou a da Associação de Turismo de Lisboa, cujos benefícios - quase 38 milhões de euros - têm vindo a subir de ano para ano e de onde sai dinheiro para a Web Summit: perto de 8,4 milhões de euros para as edições de 2019 e 2020.

Uma pedra no sapato chamada Web Summit

A Web Summit é, para alguns, uma pedra no sapato. PCP e Bloco de Esquerda são, desde a primeira hora, contra as subvenções destinadas ao evento.

O vereador João Ferreira, também eurodeputado e agora candidato à presidência da câmara de Lisboa, acredita que "a intervenção dos eleitos do PCP" tem sido no sentido de fazer "uma avaliação das propostas de acordo com a sua pertinência, relevância e benefício que trarão para quem vive e trabalha em Lisboa, procurando defender o direito à cidade para todos. Essa é a razão pela qual nos opusemos aos apoios muitíssimo vultuosos atribuídos à Web Summit ou outros eventos de natureza semelhante, organizados por entidades multinacionais, com fins lucrativos".

Esta é também a posição do Bloco de Esquerda, que "tem analisado sempre os apoios caso a caso", como assegura Manuel Grilo, vereador com o pelouro dos Direitos Sociais e da Educação. "No caso do Web Summit, desde a primeira hora que o Bloco se posicionou publicamente contra o apoio a esta iniciativa".

As coisas não são muito diferentes em relação à Moda Lisboa (cujos valores não incluímos na soma das artes e espetáculos). Teresa Leal Coelho congratula-se por "finalmente, ao fim de três anos de braço-de-ferro com a CML", terem "exigido à Moda Lisboa toda a documentação de suporte do subsídio de 700 mil euros/ano. Há 20 anos que a Moda Lisboa é financiada pela câmara de Lisboa e, na minha perspetiva filosófico-política do uso de dinheiros públicos, devia ganhar autonomia. Não estou a dizer que a câmara não dê apoios, mas o projecto tem de ter outras fontes de financiamento, como se faz em todo o mundo. Já é crescida para isso".

Só nestes três anos a Moda Lisboa recebeu mais de 2 milhões de euros. No protocolo celebrado com a câmara, como acontece com outras organizações, "o município de Lisboa compromete-se a ceder gratuitamente o local, garantir os licenciamentos camarários necessários, dar apoio da Polícia Municipal e do Regimento de Sapadores Bombeiros, apoio dos serviços eletromecânicos municipais, ceder grades e baias necessárias, plantas decorativas, recolher os lixos, proceder à impressão de materiais gráficos na imprensa municipal, apoiar a comunicação e a promoção do evento, nomeadamente com a cedência gratuita dos meios de divulgação de que a CML possui: mupis, Agenda Cultural, sites institucionais".

Da Moda Lisboa, Manuela Oliveira, communication manager, assegura que "todas as edições - vai na 56.ª - é entregue à câmara um relatório referente à edição anterior e, normalmente, com uma antecipação do que será a edição seguinte. Este ano foi pedido também um estudo de impacto económico, que está a ser elaborado pela câmara".

O relatório habitualmente entregue "tem vários indicadores, como o retorno mediático, por exemplo. Uma das nossas principais missões é promover a moda de autor, por isso medimos o retorno em comunicação. Depois há o número de convidados, o número de jornalistas presentes, contactos feitos, etc.", explica a responsável.

O impacto para a cidade de Lisboa não sabem. Este ano o evento, como outros, foi digital, por isso aberto a todos pela primeira vez. Manuela Oliveira confirma que a CML se compromete com uma série de ajudas, "sempre mediante a sua possibilidade". Ou seja, "quando tem disponibilidade, a gráfica municipal imprime conteúdos e materiais gráficos, mas nas últimas duas edições, por causa da pandemia, nem entregámos materiais impressos. Essas coisas não se aplicam literalmente a todas as edições", explica. "Mas este também é um evento da câmara".

A Moda Lisboa tem "uma estrutura fixa de nove pessoas o ano inteiro", mas para "um evento físico envolve cerca de 600 pessoas, o que implica a coordenação de várias equipas". É associação desde 1996 - o que lhe dá benefícios, entre outros, fiscais -, e "há anos" que tenta "outros financiamentos". "O objetivo é que 70% do investimento seja privado e 30% da CML, a questão é que o último ano foi difícil e nos anteriores não tem sido fácil arranjar patrocínios. Trabalhamos com um coletivo de designers que depende da Moda Lisboa para apresentar uma coleção, têm sido centenas de nomes ao longo dos anos, e não têm estrutura para fazer isto sozinhos", conclui.

Nem todas as subvenções são elevadas, os valores variam entre menos de cinco mil euros e os vários milhões. O valor médio é superior a 100 mil euros/ano. É nesta fasquia que se encontra, por exemplo, a PORPAV - Associação da Calçada Portuguesa. O site não tem praticamente mais informação além de quem são os associados, data de constituição e contacto.


.........

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/196-milhoes-em-subsidios-saiba-quem-esta-pendurado-no-orcamento-da-camara-de-lisboa
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 09, 2021, 11:12:35 am
Compras online fora da UE? A partir de 1 de julho vai pagar IVA

Em 2019 informámos aqui que todas as compras extra-comunitárias iriam parar na Alfândega a partir de 2021. As alterações estavam previstas iniciar em janeiro de 2021, mas de acordo com os CTT as novas regras para a importação de compras online feitas fora da UE só terão início no primeiro dia de julho de 2021.

Saiba o que muda.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/06/alfandega_2_wm-720x405-1.jpg)

A partir de 1 de julho de 2021 todas as compras eletrónicas extracomunitárias passarão a ser alvo de Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), independentemente do valor do objeto e da data em que foi adquirido, terminando assim a atual isenção de IVA nas compras extracomunitárias até 22 euros.

Segundo informação dos CTT, o processo de desalfandegamento será mais simples, envolvendo maior automatização, e o preço dos serviços de desalfandegamento será mais baixo.

Todas as compras passam a pagar IVA


-    Os pacotes postais/encomendas de origem extracomunitária contendo bens que derem entrada no espaço da União Europeia a partir de 1 de julho de 2021, independentemente da data em que foram adquiridos e do valor do bem, estarão sujeitos a pagamento de IVA e/ou direitos aduaneiros
-    Em alguns sites de vendas online os consumidores poderão ter a opção de pagar o IVA no momento da compra
-    O IVA e/ou direitos aduaneiros poderão continuar a ser liquidados à entrada em Portugal, devendo os consumidores acompanhar o processo de desalfandegamento no Portal de Desalfandegamento.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2015/06/alfandega_1.jpg)

São consideradas compras extracomunitárias aquelas que são realizadas em países fora da União Europeia. Existem também alguns territórios da União Europeia que, para efeitos fiscais, são considerados extracomunitários, estando por isso sujeitos a controlo aduaneiro e ao pagamento de IVA:

    Alemanha (Buesingen, Heligolândia)
    Espanha (Canárias, Territórios de Ceuta e Melilla, Andorra)
    França (Martinica, Guiana Francesa, Ilha da Reunião e Guadalupe)
    Grécia (Monte Athos)
    Itália (São Marino, Lago de Lugano, Livigno e Vaticano)
    Reino Unido (Guernsey, Jersey, Ilha de Mann e Gibraltar)
    Finlândia (Ilhas Aland)
    Dinamarca (Ilhas Faroé)

Para efeitos fiscais, deve ser considerado o país de origem do envio e não o país da loja online. Registe-se no Portal de Desalfandegamento e garanta que ao comprar online fora da UE indica o seu telemóvel e email.

https://pplware.sapo.pt/internet/compra-produtos-online-fora-da-ue-a-partir-de-julho-vai-pagar-iva/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 28, 2021, 10:35:08 am
Bem, todos nós estamos cientes do Cartel da indústria do petróleo, o que secalhar temos também de estar atentos é à nova indústria da mobilidade eléctrica associada às subsidiadas indústrias das energias renováveis! Até líderes que se oponham são derrubados:

Depois de se posicionar contra os carros elétricos, o CEO da Bosch deixa o cargo: https://pplware.sapo.pt/motores/depois-de-se-posicionar-contra-os-carros-eletricos-o-ceo-da-bosch-deixa-o-cargo/

Volkswagen vai acabar com as vendas de carros com motores de combustão em 2035: https://pplware.sapo.pt/motores/volkswagen-vai-acabar-com-as-vendas-de-carros-com-motores-de-combustao-em-2035/

Combustíveis sobem a partir de segunda-feira! Quais os novos valores?: https://pplware.sapo.pt/motores/combustiveis-sobem-a-partir-de-segunda-feira-quais-os-novos-valores/comment-page-1/#comment-2806901

Os combustíveis aumentam hoje mais um bocado e temos o combustível mais caro hoje com o Brent a 75 dólares o barril, do que em 2008 quando o mesmo Brent andava pelos 140 a 150 dólares: https://pt.investing.com/commodities/brent-oil

Secalhar mandaram calar o Ferro Rodrigues com receio que os tugas dessem conta dos preços de combustível que são comercializados nesse país africano onde a selecção jogou ontem e quem nem sequer usa o euro!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 15, 2021, 09:23:28 am
(https://pbs.twimg.com/media/E6UrpZdXIAAkkAr?format=jpg&name=900x900)

Mais campanhas difamatórias
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 20, 2021, 10:09:38 am
Portugal foi o maior produtor de bicicletas da UE. Produziu 2,6 milhões

Foram produzidas mais de 12,2 milhões de bicicletas na UE no ano passado, 2,6 milhões das quais em Portugal.

(https://media-manager.noticiasaominuto.com/1920/naom_5ba28330b9297.jpg)

Portugal foi o maior produtor de bicicletas no ano passado, tendo sido produzidas, por cá, 2,6 milhões de unidades, de acordo com os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Eurostat. No total da União Europeia (UE) foram produzidas 12,2 milhões de bicicletas.

Este valor representa um aumento de 1,2% em comparação com 2019, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu.

Entre os três maiores produtores, além de Portugal, estão Itália (2,1 milhões) e Alemanha (1,3 milhões).

Do lado oposto, foi na Dinamarca que se produziram menos bicicletas, ainda segundo os dados do gabinete de estatísticas.

    Which EU Member State is the biggest producer of bicycles
    🇵🇹 Portugal with 2.6 million bicycles in 2020, followed by:
    🇮🇹 Italy (2.1 million) and
    🇩🇪 Germany (1.3 million)
    For more info: https://t.co/o1dkGdYjJd pic.twitter.com/IyBY2Rk3oC
    — EU_Eurostat (@EU_Eurostat) July 20, 2021

https://www.noticiasaominuto.com/economia/1798847/portugal-foi-o-maior-produtor-de-bicicletas-da-ue-produziu-2-6-milhoes
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 21, 2021, 06:45:05 pm
Só “um louco investe em Portugal”, diz Luís Todo Bom
https://eco.sapo.pt/2021/07/21/so-um-louco-investe-em-portugal-diz-luis-todo-bom/
Citar
"O fascínio provinciano por ‘startup’, para mim, sempre foi um enigma. As ‘startup’ não mexem o ponteiro. As empresas grandes é que inovam", afirmou Luís Todo Bom.

O membro da direção do Fórum para a Competitividade Luís Todo Bom afirmou esta quarta-feira que só “um louco investe em Portugal”, condenando o “calvário” com licenciamentos e os atrasos nos tribunais, e criticou o “fascínio provinciano” por ‘startup’.

“O fascínio provinciano por ‘startup’ [empresas com rápido potencial de crescimento económico], para mim, sempre foi um enigma. As ‘startup’ não mexem o ponteiro. As empresas grandes é que inovam“, afirmou Luís Todo Bom, no debate “PRR: Potenciar os efeitos dos fundos europeus na economia nacional”, organizado pelo Fórum para a Competitividade, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa.
Para o responsável, a aposta em pequenas e médias empresas (PME) leva a uma “pobreza sistemática”, acrescentando que só é possível ter empresas de grande dimensão em Portugal através do investimento estrangeiro ou de processos de fusões e aquisições de empresas existentes.

Luís Todo Bom considerou ainda que só “um louco investe em Portugal”, condenando o “calvário” com os licenciamentos e os atrasos nos tribunais.

Presente na mesma sessão, o administrador do El Corte Inglés Portugal lamentou que o país esteja entre os que têm melhores infraestruturas rodoviárias e que, mesmo assim, 26% do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) seja destinado a estes investimentos.

“Portugal é o 8.º país no World Economic Forum com melhores infraestruturas rodoviárias, mas 26% do PRR é dedicado a este tipo de investimento. Temos um défice no investimento privado, dedicando apenas 20%, enquanto Grécia e Espanha atribuem, respetivamente, 49% e 43%”, indicou Alexandre Patrício Gouveia.

Durante a sua intervenção, este responsável vincou que não há crescimento económico sem investimento, notando que Portugal, “ano após ano, tem desprezado a criação de condições favoráveis ao aparecimento de investimento”.

Por outro lado, o administrador do El Corte Inglés Portugal lamentou que o país esteja a gastar mais de 14.000 milhões de euros em despesas públicas, dinheiro que deixa de ser aplicado em “investimento e poupanças”.

Já no que se refere ao investimento privado líquido, Patrício Gouveia lembrou que esteve sempre abaixo da média da União Europeia, sendo que em 2011 passou mesmo a ser negativo.

“Isso é fatal para um país que queira crescer. O investimento que nós temos é desequilibrado porque uma parte importante é dirigida à construção e obras públicas“, acrescentou.

O PRR tem um período de execução até 2026 e prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 22, 2021, 05:15:45 am
Preço da eletricidade atinge os valores mais altos de sempre

A eletricidade é um bem essencial a qualquer família, a qualquer empresa! Em Portugal, apesar de toda a aposta em sistemas de energia alternativos, o preço da eletricidade continua a ser dos mais elevados da Europa.

O preço da eletricidade atingiu esta terça-feira o valor mais elevado de sempre!

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/06/energia_00.jpg)

O preço da eletricidade no mercado grossista ultrapassou, pela primeira vez desde que há registo os 100 euros por megawatt hora, tendo no mercado ibérico atingido nesta terça-feira, os 106,57 euros por megawatt hora, batendo o máximo histórico do dia anterior, que fora já de 101,8 euros.

A Associação de Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado admite que esta tendência se irá “agravar mais ainda” nos próximos tempos e que o custo da componente energética da fatura “aumente exponencialmente durante este período de transição energética”.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/01/energia_00-1.jpg)

ERSE aplica multa de 72 mil euros por cortes de eletricidade

A ERSE- Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos condenou a SU Eletricidade ao pagamento de uma coima de 72 mil euros por interrupções indevidas do fornecimento de energia elétrica a consumidores.

Durante a investigação, a ERSE solicitou elementos à visada e ao operador da rede de distribuição de energia elétrica, tendo sido apurada a prática de contraordenações e deduzida nota de ilicitude contra a visada

Ponderados todos os factos e o direito aplicável, a ERSE aceitou a proposta de transação e aplicou à visada, pela prática de 12 contraordenações por interrupções a título negligente do fornecimento de energia elétrica fora dos casos excecionados ou permitidos por lei, uma coima única de 72 mil euros, reduzida nos termos legais para 36 mil euros, já pagos.

https://pplware.sapo.pt/informacao/preco-da-eletricidade-atinge-os-valores-mais-altos-de-sempre/

Ainda bem que apostamos só em energias renováveis para baixar a factura de energia e também ainda bem que viramos a página da austeridade e o estado nem carrega nos impostos  :mrgreen:

Boas notícias para os visionários que querem acabar em breve com os carros com motor a combustão para sermos mais ecológicos  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Julho 23, 2021, 11:20:24 am
Nuno Palma e as razões do atraso português

Programa especial de segundo aniversário com o investigador Nuno Palma, que analisa a História económica de Portugal e discute as causas do seu atraso e da sua falta de competitividade. (https://observador.pt/programas/e-o-resto-e-historia/nuno-palma-e-as-razoes-do-atraso-portugues/)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 02, 2021, 04:23:19 am
Empresa de vestuário Dielmar pediu a insolvência

(https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/AAMOPbw.img?h=1080&w=1920&m=6&q=60&o=f&l=f&x=389&y=179)

A empresa de vestuário Dielmar, com fábrica em Alcains (Castelo Branco) e 11 lojas próprias, apresentou o pedido de insolvência. A decisão surge na sequência da pandemia e da quebra de faturação e põe em causa mais de 300 postos de trabalho, a maioria no interior do país. Até março, a empresa liderada por Ana Paula Rafael faturou pouco mais de 700 mil euros, quando no ano anterior tinha registado um volume de negócios da ordem dos cinco milhões de euros.
A unidade fabril entrou em período de férias no final de julho, mas a gestão entendeu que não teria condições para manter o pagamento de salários a partir de agosto, mesmo beneficiando de apoio do lay-off, como sucedeu nos últimos meses. A Dielmar pagou os salários aos trabalhadores e as responsabilidades fiscais e da Segurança Social, mas há dívidas à banca, cujos números não foram possíveis de apurar, que vão passar a malparado.

O pedido de insolvência da Dielmar entrou no tribunal na sexta-feira e deverá ser agora nomeado um gestor de insolvência para liderar processo. Fundada em 1965, a empresa de vestuário era a maior empregadora da região de Castelo Branco. Liderada por Ana Paula Rafael, filha de um dos quatro fundadores, produzia roupa para homem e mais recentemente entrou no segmento feminino. Chegou a ser a marca de vestuário oficial da seleção portuguesa de futebol, mas a pandemia levou a uma quebra abrupta da produção e das vendas. Não só nas lojas próprias, mas também para exportação. A Dielmar trabalhava para cerca de 20 países, e a maior parte suspendeu as encomendas nos últimos meses com o confinamento nos respetivos países.

Nos últimos meses, a gestão da Dielmar alertou os poderes políticos, o central e o local, para o risco de insolvência da empresa na sequência do confinamento e tentou, em simultâneo, atrair investidores que entrassem no capital, mas tal processo revelou-se infrutífero. A ausência de vendas, associado aos custos parciais com os trabalhadores e com as lojas, nomeadamente os custos gerais nos centros comerciais, tornou a operação inviável.

O encerramento da Dielmar, que só uma solução de última hora poderá travar, vai ter um impacto regional relevante no emprego. Situado no interior do país, no distrito de Castelo Branco, a Dielmar era das maiores empregadores, juntamente com a fábrica de farinha Lusitânia.

https://www.msn.com/pt-pt/financas/noticias/empresa-de-vestu%C3%A1rio-dielmar-pediu-a-insolv%C3%AAncia/ar-AAMOMKd?ocid=msedgdhp&pc=U531

Infelizmente acho que vão começar a surgir mais casos destes de empresas com alguma dimensão a tombar devido à pandemia. Mas como é privada, suas excelências que desgovernam o país não estão preocupadas. O PRR que não tem nenhum projecto que venha salvar empresas do género, nada vai fazer para salvar postos de trabalho (https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/noticia?i=plano-de-recuperacao-e-resiliencia-recuperar-portugal-construindo-o-futuro).
Quase só tem alíneas para gastar dinheiro no próprio estado!

Quase 400 pessoas em risco de irem para o desemprego (a não ser que algum investidor ou os credores, salvem a empresa)!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 03, 2021, 03:52:40 pm
Siza Vieira sobre Dielmar: "Não vale a pena pôr dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação”

O ministro da Economia frisou que "as dificuldades da Dielmar são evidentes" e que é importante salvaguardar os cerca de 300 postos de trabalho em risco. "Os dinheiros públicos não servem para apoiar empresários", destacou Siza Vieira.

(https://cdn3.jornaldenegocios.pt/images/2021-07/img_900x560$2021_07_06_19_39_14_407127.jpg)

"Não vale a pena pôr dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação", disse Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, em declarações sobre a insolvência da empresa Dielmar. 

Em declarações feitas na Madeira, transmitidas pela RTP3, o ministro frisou que as "dificuldades da Dielmar são evidentes", notando que o Estado acompanha a situação da empresa "há mais de uma década".

"O Estado ao longo dos anos foi assegurando a capitalização da empresa, primeiro entrando no capital com 30%. Depois em 2017, aquando de uma reestruturação financeira que a empresa passou, o Estado ainda adquiriu imóveis por 2,5 milhões de euros. O Estado garante ainda uma parte muito substancial da dívida da Dielmar, mais de 3,2 milhões de euros de dívida são garantidos pelo Estado." Em 2019, ainda antes da pandemia, a empresa já tinha capitais próprios negativos, disse o ministro.

No total, Siza Vieira referiu que "mais de 8 milhões de euros públicos já estão a apoiar a empresa". E, questionado sobre a possibilidade de o Estado recuperar esse montante, Siza Vieira reconheceu que "se calhar o Estado não vai recuperar" esse valor.

"Acordámos sucessivamente com a administração da empresa a possibilidade de serem alienados determinados ativos ou de ser assegurada uma gestão mais profissional para a empresa. Isso não foi possível, empenhámo-nos também em encontrar investidores para entrar no capital da empresa, mas dado o elevado endividamento da dita não foi possível encontrar interessados", explicou Siza Vieira. O ministro classificou também a gestão da Dielmar como uma "situação muito pouco clara".

"Com esta gestão não foi possível assegurar a salvação da empresa", esclareceu, salientando a necessidade de "encontrar um novo destino" para a Dielmar, em "mãos mais capazes".

O ministro afirmou que agora é tempo de "gerir esta situação de insolvência no sentido de encontrar novas entidades que sejam capazes de dar destino útil à empresa" e, sobretudo, "salvaguardar empregos".

"Os trabalhadores da Dielmar têm uma experiência acumulada muito significativa, existe hoje em dia escassez de mão de obra no setor têxtil e de vestuário e estamos seguros de que, trabalhando com credores, vamos encontrar uma solução que salvaguarde aquilo que tem solução na empresa, que são os trabalhadores e que assegure que estes possam estar ao serviço da nossa economia", notou Pedro Siza Vieira.

"É necessário empenharmo-nos no sentido de assegurarmos novos destinos para estes ativos e sobretudo para estes trabalhadores", explicitou o ministro da Economia, assegurando que será nesta área que o Governo irá trabalhar.

A insolvência da Dielmar, em Alcains, em Castelo Branco, foi anunciada esta segunda-feira, dia 2 de agosto. Em comunicado, a administração da empresa têxtil, uma das maiores empregadoras da região, explicou que a Dielmar "sucumbiu à pandemia da covid-19", ao fim de 56 anos de atividade.

A empresa garantiu que "pagou pontualmente e até à data os salários aos seus trabalhadores". No mesmo comunicado, Ana Paula Rafael, a presidente da empresa, disse que "talvez a insolvência da Dielmar seja o alerta e o farol para que possam repensar com carácter de urgência o interior e apoiar as indústrias que ainda aqui existem".

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/siza-vieira-sobre-dielmar-nao-vale-a-pena-por-dinheiro-fresco-em-cima-de-uma-empresa-que-nao-tem-salvacao

A sério Senhor Ministro? A Dielmar não é viável pelo seu prisma de estratega, e qual foi a lente que o senhor usou para ver viabilidade na TAP e enterrar lá vários milhares de milhões de euros?!

É admirável como ainda temos cola-cartazes que pensam que estão a falar para analfabetos!!!!!!!

Pela lógica deste governo, uma empresa que emprega 350 pessoas, tem dívidas inferiores a 15 milhões de euros e facturava antes da pandemia, cerca 15 milhões por ano, é para fechar. Já uma empresa que sempre deu prejuízos de acumulados de vários milhares de milhões e já custou mais de 2 mil milhões de euros, por agora (TAP), é uma empresa viável!?!?!
https://www.publico.pt/2021/07/16/economia/noticia/bruxelas-volta-aprovar-ajuda-estatal-1200-milhoes-tap-1970609

Portanto, para o Governo, mesmo que o estado gastasse 14 milhões (8 milhões do estado + os 6 milhões de dívidas a fornecedores), o que dá um apoio de 40 000€ por posto de trabalho (14 000 000€ / 350 trabalhadores), não vale a pena, mas no caso da TAP, que já estão comprometidos pelo menos 3,2 mil milhões de euros ou seja, um apoio de 355 555€ (3,2 mil milhões de euros / 9 000 trabalhadores), é uma empresa viável e que vale a pena salvar!!!!!

Será pelo facto da TAP ter vários boys lá dentro? Ou porque a sede da TAP é em Lisboa?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Agosto 16, 2021, 02:41:49 pm
Bazuca já tem buraco de 1600 milhões de euros
https://www.cm-tv.pt/atualidade/detalhe/20210816-1003-bazuca-ja-tem-buraco-de-1600-milhoes-de-euros
Citar
Há um buraco de mil e seiscentos milhões de euros no programa de apoio de acesso à habitação, comparticipado com verbas comunitárias.

Saiba mais no Correio da Manhã.

Ainda a Bazuca não começou a ser disparada, e já tá com um buraco. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Agosto 18, 2021, 11:08:49 am
Portugal na cauda da UE no regresso ao PIB pré-Covid. Nove países já recuperaram da crise
https://eco.sapo.pt/2021/08/18/portugal-na-cauda-da-ue-no-regresso-ao-pib-pre-covid-nove-paises-ja-recuperaram-da-crise/
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A queda maior em 2020 e o percalço no arranque de 2021 deixaram Portugal na cauda da retoma na UE, apesar da aceleração da retoma no segundo trimestre. Há nove países que já atingiram nível pré-crise.
A pesar de ter registado o quinto maior crescimento da União Europeia no segundo trimestre deste ano, o PIB (produto interno bruto) de Portugal ainda está a 4,7% do nível pré-crise pandémica. Por um lado, há dois países na UE mais longe desse nível e, por outro lado, há nove países que já recuperaram totalmente. A média europeia está a cerca de 3% de completar a retoma, sendo influenciada pela maior demora nas quatro maiores da economia (Espanha, Itália, Alemanha e França).

Estas são as conclusões que se podem tirar dos cálculos do ECO a partir dos dados do Eurostat sobre o PIB do segundo trimestre de 2021 na União Europeia, ainda na ausência de números para sete países. A comparação é feita com o quarto trimestre de 2019, o último sem a pandemia de Covid-19 na Europa. No caso da China o PIB recuperou ainda em 2020 e no caso dos Estados Unidos a retoma ficou completa no segundo trimestre deste ano.

a União Europeia, entre os 21 Estados-membros para os quais há dados completos, 14 países ainda não recuperaram totalmente. O que está mais “atrasado” é Espanha onde o PIB estava no final de junho cerca de 7% aquém do nível pré-pandemia. A economia espanhola não sofreu tanto quanto Portugal no primeiro trimestre deste ano, tendo caído apenas 0,5%, mas tinha sido mais afetada durante 2020, registando a maior queda anual (-10,6%) da União Europeia.

Segue-se a República Checa (cerca de 5% aquém) e depois Portugal, cujo PIB está 4,7% abaixo do tamanho que tinha no quarto trimestre de 2019. Entre estes países poderá ainda estar Malta: o Eurostat ainda não tem dados do segundo trimestre, mas no primeiro trimestre o PIB do país estava 6% aquém do nível pré-pandemia.

O caso da economia portuguesa é explicado pela maior queda do PIB no segundo trimestre do ano passado, influenciado pela maior dependência económica do turismo em comparação com outros países europeus, e também pelo maior impacto da Covid-19 no arranque de 2021. Portugal registou a maior contração do PIB da UE no primeiro trimestre, fruto da difícil situação pandémica em janeiro e fevereiro, atrasando notoriamente a retoma da economia portuguesa.

Portugal na cauda da UE, lol o problema é que nunca de lá saímos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Agosto 30, 2021, 03:57:59 pm
Fim das moratórias. Dor de cabeça começa em 2022
https://ionline.sapo.pt/artigo/744917/fim-das-moratorias-dor-de-cabeca-comeca-em-2022-?seccao=Dinheiro_i
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As moratórias do crédito à habitação e de alguns créditos pessoais terminam a 30 de setembro, mas até 31 de agosto, os bancos têm de verificar se os clientes têm condições de retomar o pagamento “em falta”. E até 15 de setembro, se forem cumpridos os requisitos legais, “deverão apresentar propostas que permitam melhorar as suas condições contratuais”, esclareceu o Governo.

Em causa estão cerca de 243 mil devedores, dos quais 230 mil com empréstimo da casa, no montante total de 14 400 milhões de euros, que têm de retomar o pagamento das prestações, ou renegociar com os bancos novas condições de pagamento.

Natália Nunes, diretora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco garante ao i que as verdadeiras dor de cabeça começam em 2022. Mas de acordo com a responsável, setembro é um mês decisivo, “até porque os bancos estão a fazer as avaliações das situações das pessoas que estão com moratórias e irão contactar diretamente com as famílias para tentarem encontrar soluções”. No entanto, lembra que os créditos abrangidos por esta medida não podem ser alvo de ação judicial durante os próximos 90 dias, após o seu fim. “Estes 90 dias acabam em dezembro, como tal só é em janeiro é que haverá uma noção de quem é que não consegue cumprir o contrato e aí os bancos podem passar medidas mais drásticas, como a execução de hipotecas”, fruto da alteração ao decreto 227/2012.

Mas para Natália Nunes, as perspetivas não são animadoras.”Estou a crer que não este ano, mas em 2022 podemos assistir a um aumento do incumprimento, com as famílias a serem confrontadas com ações de execução e com a perda das suas casas e um maior número de famílias a recorrer aos processos de insolvência com a consequente da perda da casa”, diz ao i.

Insolvência é a resposta? Natália Nunes garante que tem recebido vários pedidos de aconselhamento em relação à questão de poderem vir a pedir insolvência. “Estamos a falar essencialmente do crédito à habitação e há pessoas que conseguiram recuperar os seus rendimentos durante o tempo em que esteve em vigência as moratórias e o retomar dos pagamentos vai ter um impacto negativo no seu orçamento familiar. O problema é para aquelas famílias que não conseguiram recuperar os seus rendimentos porque perderam as suas atividades, porque perderam os seus rendimentos extra ou, até mesmo, o seu rendimento principal porque ficaram desempregadas. Para essas é que vai ser a dificuldade em outubro de retomar o pagamento”.

E o pedido de informações em relação à possibilidade de poderem pedir insolvência mostra, no entender da responsável que, “as famílias estão preocupadas e não anteveem que a sua situação vá melhorar num curto prazo”. E vai mais longe: “Se não conseguiu resolver durante estes meses os créditos em moratória, depois em janeiro como é que vai conseguir pagar todo o incumprimento que já existe? Será muito difícil”, diz ao i.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Agosto 31, 2021, 01:18:19 am
(https://pbs.twimg.com/media/E-EndTlXMAAWizp?format=jpg&name=large)
(https://pbs.twimg.com/media/E-Ca2_2WYAA-ToX?format=jpg&name=medium)

Continuem o bom trabalho!!  :bang:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Setembro 01, 2021, 07:38:29 am
(https://pbs.twimg.com/media/E-EndTlXMAAWizp?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Setembro 03, 2021, 02:06:32 pm
Bazuca europeia? “Não vai sobrar um tostão”, diz Manuela Ferreira Leite
https://multinews.sapo.pt/atualidade/bazuca-europeia-nao-vai-sobrar-um-tostao-diz-manuela-ferreira-leite/
Citar
Manuela Ferreira Leite diz que o Orçamento do estado “está mais do que acertado” e que “é evidente que não vai sobrar um tostão” da bazuca europeia.

Comentando os discursos no Congresso Nacional do Partido Socialista, a antiga ministra disse que agora “há subsídios para tudo, creches gratuitas” e “resolve-se os problemas com dinheiro imediato”. “Esta distribuição de dinheiro é aquilo que mais critico no discurso do final”, defendeu no seu espaço de opinião da TVI.

Sobre a bazuca europeia, Manuela Ferreira Leite diz ainda que “aquilo é para distribuir dinheiro, não é para resolver problemas.”

“O dinheiro não é do Partido Socialista nem é para dar poder ao Governo”, sublinhou, afirmando que aquilo que ouviu no congresso “é um projeto de poder do partido socialista, não é um projeto para o país.”

No discurso inicial de António Costa, considera, “não houve nada que não tivesse feito bem, tudo correu às mil maravilhas” e no final vieram as medidas anunciadas que foram “claramente respostas ao Partido Comunista e Bloco de Esquerda”.

“Já vi aquilo várias vezes. Há sempre uma votação esmagadora por parte do líder”, recordou ainda a antiga ministra.

Querem ver que ela vai acertar em cheio.. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 03, 2021, 03:15:40 pm
Tenho poucas dúvidas neste momento, de que o PRR vai ser todo torrado até ao último euro e vamos continuar na mesma!
Vamos a números fáceis que qualquer português percebe:
Fundos comunitários que Vêem a caminho:
   - PRR = 16,6 mil milhões de euros (13,9 mil milhões a fundo perdido e 2,7 mil milhões em empréstimos (a investir de 2021 a 2026);
   - Novo Quadro Comunitário 2021/27 chamado Portugal2030 = 33,6 mil milhões de euros a fundo perdido;

Se virmos bem é muito dinheiro, é verdade, agora vamos às más notícias:
Do PRR, 2/3 já eram!!!!! Não acreditam? Vejam bem o próprio site do desgoverno: https://recuperarportugal.gov.pt/
Agora somem-lhe os 35 mil milhões de euros de dívida que o Costa acumulou desde que entrou no governo, incluindo mais 60.000 funcionários públicos: https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/ha-mais-60-mil-funcionarios-publicos-e-divida-publica-aumentou-em-35-mil-milhoes-de-euros-desde-2015

O que é que sobra? Realmente nada?!?!?!?!
Realmente a esquerda é mestre em fazer desaparecer o dinheiro sem nada fazer de relevante!!!!!!

No entanto o Zé Povinho gosta tanto destes inúteis que continuam a dar-lhe maioria!!!!!

Querem ver mais banha da cobra fresquinha? Há dias atrás, foi muito badalado na comunicação social um feito notável que foi o crescimento do PIB em 15,5% em comparação, vejam bem, com o 2 trimestre do ano passado!!!!!! (https://observador.pt/2021/08/31/ine-confirma-crescimento-de-49-no-2o-trimestre-gracas-a-procura-interna/)  Eu não sei se o Zé Povinho é tão amnésico que já se esqueceu que no ano passado no 2º trimestre esteve confinado e fechado em casa!!!!!
Porque se falassem que no ano passado o PIB do 2º trimestre caíu 16,3% (https://www.publico.pt/2020/08/31/economia/noticia/ine-confirma-queda-163-pib-segundo-trimestre-1929800), se calhar percebiam que a recuperação deste ano nem chega para cobrir os estragos do ano passado!

E a tormenta ainda não acabou, as moratórias de crédito ainda não terminaram, porque aí estamos a falar de 37,5 mil milhões de euros, que alguém vai pagar, ou os endividados, ou os bancos ou os do costume, os contribuintes: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2021/08/02/48345-familias-com-moratorias-de-credito-a-habitacao-ganham-nova-protecao

Acho que o P44 já colocou aqui uma informação a comprovar que os Alemães (esse povo do 3º mundo e que ganha uma miséria), tem um custo de vida muito mais baixo do que nós, nomeadamente o combustível, estradas totalmente gratuitas, saúde, etc…..

Pois bem, vou dar o meu exemplo, nas minhas mini-férias, e na minha passagem por Bragança, Rio de Honor….. segui em direcção a Espanha, passei em Pueblo de Sanabria, Lago glaciar de Sanabria a 1100 metros de altitude! Precisei de meter combustível e não é que chego a uma bomba de combustível “estrangeira” de nome Galp, com gasóleo a 1,21€ por litro? Que desfaçatez, então quem ganha mais paga o litro a 1,21 e nós cá somos brindados com cerca de 1,50€ por litro!!!!!

Conclusão, só podemos esperar que tudo corra bem com este governo de sanguessugas escolhido por nós (eu não, mas….), que nem com uma das maiores taxas de imposto per capita temos reflectido onde é que é gasto o dinheiro!!!!

Para acabar o ramalhete, ainda temos de ouvir os emigrantes tugas, quando ainda se lembram de falar em português (talvez por estarem cansados de repetirem sempre as mesmas palavras em francês), ainda temos de levar com a frase do costume: “Isto só em Portugal”, depois de terem de pagar por algum serviço público, e logo eles que não contribuem com nenhum euro de impostos para o país, vêem gozar o que temos e ainda criticam porque não é tudo de borla!!!!! Haja paciência!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Setembro 03, 2021, 03:35:20 pm
Também, só vamos ter a quarta bancarrota patrocinada pelo PS...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Setembro 10, 2021, 09:48:04 am
Também, só vamos ter a quarta bancarrota patrocinada pelo PS...

E a culpa vai ser da pandemia...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Setembro 13, 2021, 10:33:39 am
https://eco.sapo.pt/entrevista/para-alem-de-libertar-o-pais-das-mascaras-temos-de-ter-um-orcamento-libertador-diz-antigo-ministro-da-saude/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Setembro 13, 2021, 11:54:00 am
O meu Pai, reformado há quase 20 anos, trabalhou lá praticamente toda a vida...  :(

Citação de: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/da-efacec-779063
Após a auditoria feita pelos candidatos à compra, a empresa é economicamente inviável e diria que até se encontra novamente numa situação financeira muito difícil que, imporá, brevemente novo financiamento ou garantia estatal.

Citar
Ou Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central

Primeiramente, como se impõe, uma declaração de interesses: fui membro do conselho de administração de uma empresa do mesmo sector do da Efacec, tendo sido concorrente, cliente, fornecedor e parceiros em consórcios. Tal declaração não me impede de dar a minha opinião isenta sobre o enorme erro estratégico, motivado, por falta de outra razão válida, por puro preconceito ideológico, e que foi a nacionalização da Efacec.

Escapou à comunicação social e, mais grave, à oposição, a recente notícia sobre o processo de reprivatização da participação social do Estado na Efacec.  To make a long story short, nos documentos de venda a Efacec terá reportado no exercício de 2020 um Ebtida de 20 milhões de euros negativos. Ou seja, a Efacec custaria ao Estado, maior acionista da Efacec, a módica quantia de 20 milhões de euros por ano. E para quem não sabe, o resultado negativo da empresa é muitíssimo superior ao Ebitda se adicionarmos os encargos financeiros e as amortizações.

Acontece que, após a auditoria levada a cabo pelos concorrentes à compra, o Ebitda terá sido ajustado para 60 milhões de euros negativos, e com a expectativa de, nos anos seguintes, o ebitda regressar aos tais 20 milhões de euros anuais negativos.

Por tal facto, e tendo em conta a dívida financeira líquida da Efacec rondar os 170 milhões de euros, os dois concorrentes (nacionais, porque os estrangeiros, do sector, desinteressaram-se), em lugar de pedirem dinheiro para ficarem com a empresa, limitaram-se a pedir uma garantia do estado para esta dívida. Se tivermos em conta o múltiplo do benchmark para este tipo de empresa (4x) o Estado teria de pagar ao comprador, pelo menos, 80 milhões de euros (4x ebitda negativo reportado) para este ficar com a Efacec, sem contar com a dívida que o Estado deveria assumir…

Até aqui tudo normal nesta república das bananas, não fosse dar-se o caso de após a nacionalização, o Estado ter garantido um empréstimo de 70 milhões de euros, já integralmente consumido, ter nacionalizado a empresa sem uma prévia auditoria, ter mantido a equipa de gestão responsável por estas contas, e ter concluído publicamente que a Efacec, ao contrário da TAP, era uma empresa economicamente viável.

O ministro da Economia é um advogado experimentado neste tipo de transacções de empresas e sabia, ou devia saber, que quando adquiriu o controlo de uma empresa em situação financeira difícil, pelo menos devia ter garantido que a mesma era economicamente viável ou, mínimo, olhar para as contas… E, mais grave, atirou poeira para os olhos para quem o lia e ouvia, por diversas vezes, pois sempre manifestou publicamente que a empresa estava muito bem, que era economicamente viável e que estava a fazer o seu turn around.

Pois bem, após a auditoria feita pelos candidatos à compra, a empresa, para quem quiser ver, é economicamente inviável e diria que até se encontra novamente numa situação financeira muito difícil que, imporá, brevemente novo financiamento ou garantia estatal.

A empresa tem cerca de 2.500 trabalhadores, sindicatos muito fortes e coesos, localizada no norte industrial e é uma empresa de referência no sector onde actua. O que não é, é uma empresa economicamente viável e isso ficou muito claro no processo de reprivatização, onde se descobre que o Ebitda afinal não é de 20 milhões de euros, mas três vezes mais. E ninguém se demite? Os membros do Conselho de Administração, os auditores, o ministro?

Nacionaliza-se uma empresa sem se saber se as contas evidenciam a verdadeira situação económico-financeira da empresa? Nacionaliza-se uma empresa por razões alegadamente ligadas a uma acionista e mantém-se a anterior equipa de gestão indicada por aquela? E quando se sabe que as contas não reflectem integralmente a performance da empresa não há consequências jurídicas ou políticas?

Isto acontece porque a nacionalização se deveu a um mero preconceito ideológico, porventura, triste país, gerado numa das negociações de aprovação do OE pelo PCP. E agora? Como dizem alguns empresários neste tipo de situações: stop losses! Mas não é o Estado empresário que pode fazer isso. Mais capital, mais garantias públicas a novo endividamento da empresa, mais auxílios do Estado que só encontram limite, como vimos na TAP, na Comissão Europeia, é a triste realidade que nos espera.

Tanta preocupação deste Governo em somente apoiar as empresas economicamente viáveis, apesar da pandemia e dos constrangimentos de tesouraria que esta provocou, e agora não hesita em apoiar uma empresa, que actua num mercado concorrencial, e que não é manifestamente viável?!

E uma nota final: o sector onde a Efacec actua não sofreu, como outros sectores, com a pandemia. Alguém se demita, porque depois do Novo Banco e da TAP, este é o novo monstro despesista. O acrónimo EFACEC será doravante “Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central”. E a conta final será, como sempre, o contribuinte que a pagará.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 14, 2021, 10:16:50 am
Também fiquei surpreendido da situação financeira da EFACEC.
A empresa era e ainda é uma empresa de referência e reconhecida lá fora, mas desde que teimou em criar uma mega-fábrica nos EUA que a saúde financeira da empresa piora a cada ano que passa!!!!!
Estive ontem a ver o relatório de contas e...... factura 1/3 da empresa de à 7 anos atrás!
A empresa dividiu a sua actividade em 8 áreas de negócios e só 1, a dos transportes, dá lucro!!!!!!

O relatório de gestão refere que a degradação da actividade em 2020 deveu-se ao luandaleaks que paralisou a actividade da empresa (é verdade que durante meses, os tribunais nacionais decidiram arrestar e bloquear todos os bens da Isabelinha e em arrasto bloquearam as contas bancárias da EFACEC.......

O capital próprio da empresa está reduzido a metade do capital social (significa muitos prejuízos acumulados).....

Pelo que dizem os auditores externos, o Estado se quiser desfazer-se da EFACEC (privatização), vai ter de pagar 80 milhões de euros!!!!!!
E não esquecer que os donos originais ainda têem 25% da empresa, se calhar chegou a hora de ajustar o capital, ou o Estado só mete dinheiro na empresa e os restantes sócios assistem e abanam que sim com a cabeça?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 14, 2021, 11:47:58 am
Do que conheço e admito que não é muito mas acho estranho a EFACEC estar no vermelho, provavelmente mais umas negociatas dos amiguinhos, tanto quanto sei não existe muitas empresas a produzir os transformadores e produtos que a EFACEC produz, sei que houve tempo o principal cliente era os EUA, os "transformadores" tinha de ir de transporte especial até ao Porto e depois de barco, algo que devia aumentar bastante os custos, dai a fabrica nos EUA.

Outra situação, é que a EFACEC foi das primeiras empresas a meter no mercado carregadores rápidos de veículos elétricos. Por isso não entendo como é que uma empresa com teoricamente bons produtos está no vermelho.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 15, 2021, 12:20:28 am
(https://scontent.flis8-2.fna.fbcdn.net/v/t1.6435-9/242019892_359889679173039_2436088505697108388_n.png?_nc_cat=110&ccb=1-5&_nc_sid=9267fe&_nc_ohc=51fqornQQHIAX8GY8WL&_nc_ht=scontent.flis8-2.fna&oh=249d87aea55382adede39a3bf18f1ed1&oe=61665A4E)

Na época em que tinha maior esperança neste País.
E agora...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 15, 2021, 11:24:58 pm
https://twitter.com/i/status/1437449208576028682

2 minutos que explicam a insustentabilidade da economia nacional.

O jornalista da TVI 24 devia estar mortinho por sair dali.  ;D
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 16, 2021, 01:39:53 pm
https://twitter.com/i/status/1437449208576028682

2 minutos que explicam a insustentabilidade da economia nacional.

O jornalista da TVI 24 devia estar mortinho por sair dali.  ;D

É a dura realidade, vinda de um socialista que é neste momento marginalizado, porque ele é da ala mais à direita do PS!
Relativamente aos gráficos, as únicas boas notícias são o PIB nacional quase duplicou nesses 20 anos e a duplicação das exportações portuguesas (falta saber como ficam depois da pandemia passar e também pelo facto da geringonça ser anti-empresas).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Setembro 23, 2021, 02:24:49 pm
https://ionline.sapo.pt/artigo/747150/ine-rev-em-baixa-pib-para-2020-caiu-8-4-?seccao=Dinheiro_i

INE revê em baixa PIB para 2020: caiu 8,4%
JORNAL I
23/09/2021 12:46

Números fazem com que o ano de 2020 seja “o ano com maior contração da atividade económica desde 1995”.

A economia portuguesa contraiu mais em 2020 do que o estimado. O PIB caiu 8,4%, em vez dos 7,6% que até aqui o Instituto Nacional de Estatística (INE) calculava. Os dados, revelados esta quinta-feira pelo gabinete de estatística mostram uma diferença de oito décimas. Diferença que tem efeitos também no rácio da dívida pública, que cresceu para 135,2% do PIB em vez dos 133,6% estimados.

Segundo o INE “no ano de 2020, marcado pelos efeitos económicos da pandemia covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) ascendeu a 200,1 mil milhões de euros, o que representou uma diminuição nominal de 6,7% (+4,5% em 2019) e real de 8,4% (+2,7% em 2019), sendo o deflator implícito de 1,9% (1,7% em 2019)”. Estes números fazem com que o ano de 2020 seja “o ano com maior contração da atividade económica desde 1995”.

As contas mostram ainda que o Rendimento Nacional Bruto (RNB) caiu 5,7% no ano passado depois de ter crescido 4,3% em 2019. Já a taxa de poupança das famílias disparou para 12,8%, uma percentagem que representa mais 5,6 pontos percentuais (p.p) face ao ano anterior.

Diz ainda o INE que a economia apresentou uma necessidade de financiamento de 0,1% do PIB, que contrasta com a capacidade de financiamento (1%) registada em 2019.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Setembro 28, 2021, 11:00:04 am
"Não se pode dizer que existe uma folga orçamental", avisa líder do CFP (https://www.dinheirovivo.pt/economia/nao-se-pode-dizer-que-existe-uma-folga-orcamental-avisa-lider-do-cfp-14167974.html)

Citar
Nazaré da Costa Cabral defende revisão das regras orçamentais na União Europeia e lembra que a situação financeira de Portugal não é confortável.

Citar
Portugal está longe de poder dizer que está numa situação financeira confortável e tem de rever a sua estrutura de despesas. A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré da Costa Cabral, defende uma revisão das regras orçamentais na União Europeia e chama a atenção para a falta de apresentação do decreto-lei de execução orçamental.

"Esta ideia de que há uma folga é uma ideia para a qual temos de olhar com cuidado. Um défice orçamental nunca é uma folga. Um défice significa que as receitas efectivas são menores do que as despesas efectivas, o que obriga o Estado a ter de se financiar. Nas situações de excedente, podemos ter uma situação de folga orçamental, mas nem sempre, porque se um país tem uma dívida pública que é considerada excessiva, esse excedente tem de ser alocado à redução da própria dívida", avisou Nazaré da Costa Cabral em entrevista publicada esta terça-feira pelo jornal Público.

Devido a esta circunstância, a economista considera que é necessário passar a mensagem de "prudência orçamental" e apostar em "manter o controlo das finanças públicas, para que logo que possível a estratégia de descida da dívida pública possa ser seguida".

Citar
Sobre as regras orçamentais na UE, Nazaré da Costa Cabral defende a sua "simplificação" e que esteja pensada em torno da dívida pública: "não me chocaria que, em vez de termos uma regra igual para todos, tivéssemos a possibilidade de os países definirem uma trajectória de redução, em compromisso com a Comissão Europeia dentro de limites mínimos de redução de médio prazo predefinidos".

A economista critica ainda a falta de apresentação do decreto-lei de execução orçamental (DLEO): "a situação é de facto bizarra". Por causa disso, Nazaré da Costa Cabral chega a sugerir:
"se o Governo está desconfortável com o DLEO, penso que deve propor ao Parlamento uma alteração à Lei de Enquadramento Orçamental a suprimir a necessidade do DLEO. O que não faz sentido é termos uma exigência legal e o Governo não cumprir."
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Outubro 15, 2021, 05:50:29 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FBvfA4WWQA8WOPo?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Outubro 18, 2021, 09:59:04 am
(https://pbs.twimg.com/media/FBvfA4WWQA8WOPo?format=jpg&name=medium)

A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 18, 2021, 11:51:09 am
(https://pbs.twimg.com/media/FBvfA4WWQA8WOPo?format=jpg&name=medium)

A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)

E não só!
Que este governo é totalmente incompetente a tratar assuntos vitais para o país como as questões energéticas, isso salta à vista! Mas esta cegueira estende-se à Europa e a quase todas as forças políticas.

Relativamente aos combustíveis fósseis, para além do estado ficar com quase 2/3 do valor pago numa bomba de combustível (e num país onde temos um corporativismo à caça do subsídio ou das compras públicas), temos um pormenor que está a aumentar a olhos vistos que são os aditivos que são obrigatórios e com preços cada vez mais elevados e inclusivé a inclusão de depósitos extra para Ad Blue (norma Euro6) em todos os carros diesel actuais! E estas extravagâncias pagam-se!

A cegueira alarga-se a toda a Europa, porque esta quer tornar-se no farol ecológico da humanidade!!!!!!
Mas sem ter grandes alternativas!
Querem acabar com os veículos a combustão e até colocam datas....... e eu pergunto, e que alternativas temos nós? 1 Tesla para cada tuga a pagar em 20 anos?
A quem afirma que temos de usar mais os transportes públicos..... e fora da grande Lisboa e do grande Porto, onde é que há transportes públicos? Nunca os vi e moro no centro de um concelho!!!!!! A única coisa parecida com transportes públicos que eu vejo são os autocarros que transportam os alunos das aldeias para a sede do concelho e logo de manhã pelas 7h e o regresso ao fim do dia!

Mas deixo algumas perguntas aos iluminados, como é que transportam pessoas?
Como é que transportam mercadorias?
Seja de que forma forma, por via terrestre, marítima ou aérea. Já encontraram alternativas aos motores de combustão para camiões, autocarros, navios e aviões?
Ou só as viaturas ligeiras é que poluem?

As madres Gretas andam a fazer muito mal aos países europeus!
Faltam pessoas sensatas e que saibam do que falam sem serem fundamentalistas!

E já nem vale a pena perder grande tempo com os saloios do governo que ora falam do aquecimento global e da subida imparável dos oceanos..... e depois vão fazer um apeadeiro de nome novo Aeroporto do Montijo.......  precisamente ao nível do mar!!!!!
Gosto do contorcionismo destes visionários!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Outubro 18, 2021, 03:01:12 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FBvfA4WWQA8WOPo?format=jpg&name=medium)

A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)

E não só!
Que este governo é totalmente incompetente a tratar assuntos vitais para o país como as questões energéticas, isso salta à vista! Mas esta cegueira estende-se à Europa e a quase todas as forças políticas.

Relativamente aos combustíveis fósseis, para além do estado ficar com quase 2/3 do valor pago numa bomba de combustível (e num país onde temos um corporativismo à caça do subsídio ou das compras públicas), temos um pormenor que está a aumentar a olhos vistos que são os aditivos que são obrigatórios e com preços cada vez mais elevados e inclusivé a inclusão de depósitos extra para Ad Blue (norma Euro6) em todos os carros diesel actuais! E estas extravagâncias pagam-se!

A cegueira alarga-se a toda a Europa, porque esta quer tornar-se no farol ecológico da humanidade!!!!!!
Mas sem ter grandes alternativas!
Querem acabar com os veículos a combustão e até colocam datas....... e eu pergunto, e que alternativas temos nós? 1 Tesla para cada tuga a pagar em 20 anos?
A quem afirma que temos de usar mais os transportes públicos..... e fora da grande Lisboa e do grande Porto, onde é que há transportes públicos? Nunca os vi e moro no centro de um concelho!!!!!! A única coisa parecida com transportes públicos que eu vejo são os autocarros que transportam os alunos das aldeias para a sede do concelho e logo de manhã pelas 7h e o regresso ao fim do dia!

Mas deixo algumas perguntas aos iluminados, como é que transportam pessoas?
Como é que transportam mercadorias?
Seja de que forma forma, por via terrestre, marítima ou aérea. Já encontraram alternativas aos motores de combustão para camiões, autocarros, navios e aviões?
Ou só as viaturas ligeiras é que poluem?

As madres Gretas andam a fazer muito mal aos países europeus!
Faltam pessoas sensatas e que saibam do que falam sem serem fundamentalistas!

E já nem vale a pena perder grande tempo com os saloios do governo que ora falam do aquecimento global e da subida imparável dos oceanos..... e depois vão fazer um apeadeiro de nome novo Aeroporto do Montijo.......  precisamente ao nível do mar!!!!!
Gosto do contorcionismo destes visionários!!!!!!

Para variar a Europa não tem uma estratégia comum, mas sempre foi assim e sempre será assim enquanto isto não se tornar numa federação com orgulho próprio (algo difícil de acontecer).

A energia é um problema antigo na Europa, e a estupidez de muitos Governos veio agravar este problema.

Basicamente, existe um grande mercado Europeu de Eletricidade que permite aumentar a eficácia das nossas redes, contudo a estupidez nos nossos políticos torna este mercado vulnerável.

Portugal, estamos a algum tempo a "investir" nas renováveis, o problema é que as renováveis não são fiáveis, um dia produzem muito no outro produzem pouco, contudo até aqui havia alternativas, tínhamos centrais a Gás e a Carvão para compensar a baixa produtividade das renováveis e quando era preciso ainda importávamos eletricidade do tal mercado Europeu.

O problema é que as alternativas custam dinheiro e algumas são poluentes, aliado a necessidade de reduzirmos a emissões os nossos chalupas desataram a fechar centrais de produção a Carvão, isto sem encontrar alternativas, ou fiando-se no mercado Europeu ou nas centrais a Gás.

Ora isto aconteceu de forma generalizada um pouco por todo mundo, o que criou uma enorme pressão nas reservas e preço do Gás natural, a Europa que tem um problema crónico no abastecimento de Gás está a sentir as consequências, nós como nos fiamos no Mercado Europeu de Eletricidade estamos também a sofre as consequências.

Algumas Notas:
- Quando houve o corte de electricidade na Europa por causa da avioneta, Portugal e Espanha durante uma semana estiveram a ser suportados principalmente pelas centrais nucleares de Espanha, que estavam a trabalhar a cerca de 97% da capacidade, isto pk as renováveis não estavam a ter rendimento e a única central a carvão de retaguarda em Portugal não era suficiente.

- para o próximo ano o governo vai deixar de pagar a compensação para a central a carvão do Pego e com isso deixamos de ter mais uma rede de segurança em caso de necessidade.

- Existia um mecanismo que permitia de forma "automática" desligar cerca de 693 MW de eletricidade ás principais empresas consumidoras (mecanismo esse usado durante o apagão europeu), onde o estado pagava uma compensação anual a estas empresas, em Outubro esse mecanismo acabou.

Resumido acho que é necessário haver uma transição, mas é preciso ser-se sério, não andar a brincar, há países onde essa transição está a acontecer e está a acontecer de forma séria e bem estudada (Na Noruega os carros electricos novos não tem impostos quase nenhum o que ficam ao mesmo preço ou até mais baratos), em Portugal é a bandalheira do costume. Cobra-se imposto altíssimos nos combustíveis com a desculpa do ambiente, contudo esses imposto não são depois usados de forma inteligente para a transição energética.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 19, 2021, 08:37:21 am
(https://pbs.twimg.com/media/FCCwlNgWYAI2Yfp?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 19, 2021, 10:16:45 am
(https://pbs.twimg.com/media/FBvfA4WWQA8WOPo?format=jpg&name=medium)

A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)

E não só!
Que este governo é totalmente incompetente a tratar assuntos vitais para o país como as questões energéticas, isso salta à vista! Mas esta cegueira estende-se à Europa e a quase todas as forças políticas.

Relativamente aos combustíveis fósseis, para além do estado ficar com quase 2/3 do valor pago numa bomba de combustível (e num país onde temos um corporativismo à caça do subsídio ou das compras públicas), temos um pormenor que está a aumentar a olhos vistos que são os aditivos que são obrigatórios e com preços cada vez mais elevados e inclusivé a inclusão de depósitos extra para Ad Blue (norma Euro6) em todos os carros diesel actuais! E estas extravagâncias pagam-se!

A cegueira alarga-se a toda a Europa, porque esta quer tornar-se no farol ecológico da humanidade!!!!!!
Mas sem ter grandes alternativas!
Querem acabar com os veículos a combustão e até colocam datas....... e eu pergunto, e que alternativas temos nós? 1 Tesla para cada tuga a pagar em 20 anos?
A quem afirma que temos de usar mais os transportes públicos..... e fora da grande Lisboa e do grande Porto, onde é que há transportes públicos? Nunca os vi e moro no centro de um concelho!!!!!! A única coisa parecida com transportes públicos que eu vejo são os autocarros que transportam os alunos das aldeias para a sede do concelho e logo de manhã pelas 7h e o regresso ao fim do dia!

Mas deixo algumas perguntas aos iluminados, como é que transportam pessoas?
Como é que transportam mercadorias?
Seja de que forma forma, por via terrestre, marítima ou aérea. Já encontraram alternativas aos motores de combustão para camiões, autocarros, navios e aviões?
Ou só as viaturas ligeiras é que poluem?

As madres Gretas andam a fazer muito mal aos países europeus!
Faltam pessoas sensatas e que saibam do que falam sem serem fundamentalistas!

E já nem vale a pena perder grande tempo com os saloios do governo que ora falam do aquecimento global e da subida imparável dos oceanos..... e depois vão fazer um apeadeiro de nome novo Aeroporto do Montijo.......  precisamente ao nível do mar!!!!!
Gosto do contorcionismo destes visionários!!!!!!

Para variar a Europa não tem uma estratégia comum, mas sempre foi assim e sempre será assim enquanto isto não se tornar numa federação com orgulho próprio (algo difícil de acontecer).

A energia é um problema antigo na Europa, e a estupidez de muitos Governos veio agravar este problema.

Basicamente, existe um grande mercado Europeu de Eletricidade que permite aumentar a eficácia das nossas redes, contudo a estupidez nos nossos políticos torna este mercado vulnerável.

Portugal, estamos a algum tempo a "investir" nas renováveis, o problema é que as renováveis não são fiáveis, um dia produzem muito no outro produzem pouco, contudo até aqui havia alternativas, tínhamos centrais a Gás e a Carvão para compensar a baixa produtividade das renováveis e quando era preciso ainda importávamos eletricidade do tal mercado Europeu.

O problema é que as alternativas custam dinheiro e algumas são poluentes, aliado a necessidade de reduzirmos a emissões os nossos chalupas desataram a fechar centrais de produção a Carvão, isto sem encontrar alternativas, ou fiando-se no mercado Europeu ou nas centrais a Gás.

Ora isto aconteceu de forma generalizada um pouco por todo mundo, o que criou uma enorme pressão nas reservas e preço do Gás natural, a Europa que tem um problema crónico no abastecimento de Gás está a sentir as consequências, nós como nos fiamos no Mercado Europeu de Eletricidade estamos também a sofre as consequências.

Algumas Notas:
- Quando houve o corte de electricidade na Europa por causa da avioneta, Portugal e Espanha durante uma semana estiveram a ser suportados principalmente pelas centrais nucleares de Espanha, que estavam a trabalhar a cerca de 97% da capacidade, isto pk as renováveis não estavam a ter rendimento e a única central a carvão de retaguarda em Portugal não era suficiente.

- para o próximo ano o governo vai deixar de pagar a compensação para a central a carvão do Pego e com isso deixamos de ter mais uma rede de segurança em caso de necessidade.

- Existia um mecanismo que permitia de forma "automática" desligar cerca de 693 MW de eletricidade ás principais empresas consumidoras (mecanismo esse usado durante o apagão europeu), onde o estado pagava uma compensação anual a estas empresas, em Outubro esse mecanismo acabou.

Resumido acho que é necessário haver uma transição, mas é preciso ser-se sério, não andar a brincar, há países onde essa transição está a acontecer e está a acontecer de forma séria e bem estudada (Na Noruega os carros electricos novos não tem impostos quase nenhum o que ficam ao mesmo preço ou até mais baratos), em Portugal é a bandalheira do costume. Cobra-se imposto altíssimos nos combustíveis com a desculpa do ambiente, contudo esses imposto não são depois usados de forma inteligente para a transição energética.

A mim causa-me uma enorme perplexidade, para dizer outra coisa, face a esta irresponsável tomada de posição pela defesa ambiental a qualquer preço!!!!!!
Quando é a Europa quase a única a tomar decisões dessas que toda a gente com um mínimo de raciocínio percebe que não existem ainda verdadeiras e acessíveis alternativas energéticas!!!!!

Primeiro abateram grande parte da indústria porque era poluente..... esta refugiou-se na Àsia e agora estamos espantados por vermos todos os países asiáticos a ultrapassarem-nos em termos de riqueza criada para os seus países! Estavam à espera de enriquecer sem indústria? Quem é da área económica sabe que isso é uma impossibilidade, a forma mais rápida de um país enriquecer é termos Educação + Tecnologia + Indústria, tudo o resto vai de arrasto.

Nós gostamos de fazer ao contrário (e é esse o principal aspecto negativo de estarmos na UE), criamos uma legião de subsídio-dependentes (porque esses são votos garantidos para o partido do regime), depois não há dinheiro para o resto e o que se faz, carrega-se ainda mais nos impostos e depois ainda ficam admirados pelo país não crescer tanto como os outros países, pois pudera, os nossos competidores mais próximos têem custos de produção mais baixos!!!!!

Parece que há gente que não sabe olhar para um mapa e ver que somos a periferia da Europa e se queremos enriquecer, só pela via das exportações, ora se as nossas empresas são mais pequenas (mercado interno muito mais pequeno que o espanhol) resta atravessar a Europa para vendermos, temos de nos deslocar mais do que os outros (seja por via marítima, terrestre ou aérea), se nós temos os custos de produção mais altos (excepto apenas os salários), dificilmente conseguimos ser competitivos!!!! E então agora com o aumento dos combustíveis, imagino a competitividade das nossas exportações a chegarem ao coração da Europa!!!!! Ainda não inventaram transportes públicos para as mercadorias.................

Voltando ao fundamentalismo ambiental, é verdade o que diz, e o mesmo foi confirmado por um quadro superior da EDP que explicou-me o que estavam a fazer no Douro, criarem barragens reversíveis (já está neste momento todo o Douro transformado). Dizia-me a Engª que as energias renováveis são muito instáveis na produção e precisam sempre de ter centrais de reserva para garantir os picos (centrais a carvão, tinhamos 2 mas o brilhante governo fechou uma e quer acabar com a outra. Em contrapartida, só a China em 2021 vai construír 43 centrais a carvão. Repito, 43 centrais a carvão, porquê? Porque são das centrais mais económicas e agora os ricos dos europeus não querem o carvão poluente...... este fica ao preço da chuva......... https://time.com/6090732/china-coal-power-plants-emissions/
Os chineses não são ecologistas....... eles não são é parvos!

Sobre a reversibilidade das centrais, aproveitando o excesso de produção de energia eólica que Portugal tem à noite e de madrugada, a EDP instalou sistemas de bombagem para bombearem água nas barragens para montante, aproveitando o facto do custo dessa energia ser quase zero e ligam as centrais hídricas durante os picos de consumo, ganhando muito mais dinheiro!!!!!

O que eu gostaria de ver respondido é se agora todos nós mudássemos de automóveis de combustão para energia eléctrica, eu pergunto se há potência instalada para alimentar tudo (eu sei que a resposta é negativa)?
Nós ao termos da energia mais cara em todo o mundo, estamos à espera que as nossas empresas sejam competitivas?
Ao fecharem as centrais a carvão e fazerem o mesmo às centrais a gas, como é que conseguimos garantir o fornecimento de energia do país?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 19, 2021, 10:17:54 am
(https://pbs.twimg.com/media/FCCwlNgWYAI2Yfp?format=jpg&name=large)

Depois ficamos admirados por não conseguirmos exportar..... pois pudera, à partida as empresas têem quase todos os custos de produção mais caros!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Outubro 25, 2021, 06:15:46 pm
Despesa "rígida" do Estado está a aumentar e isso irá criar "pressões orçamentais nos próximos anos", avisa o Conselho das Finanças Públicas (https://observador.pt/2021/10/25/despesa-rigida-do-estado-esta-a-aumentar-e-isso-ira-criar-pressoes-orcamentais-nos-proximos-anos-avisa-o-conselho-das-financas-publicas/)

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Despesa primária em 2022 será 3,4 pontos percentuais do PIB acima da de 2019, mesmo excluindo as medidas da pandemia. Mais de dois terços são despesas com "elevado grau de rigidez".

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O peso no PIB da despesa pública primária (ou seja, excluindo juros da dívida) em 2022 será 3,4 pontos percentuais superior ao que foi em 2019, mesmo quando se excluem as medidas extraordinárias da pandemia. O Conselho das Finanças Públicas alerta que mais de dois terços deste aumento diz respeito a despesas com “elevado grau de rigidez”, ou seja, prestações sociais e custos com pessoal. É uma “tendência” que irá criar “pressões orçamentais sobre a despesa nos próximos anos“.

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O alerta do Conselho das Finanças Públicas (CFP) está na análise aprofundada feita à proposta de Orçamento do Estado para 2022, divulgada esta segunda-feira. O organismo liderado por Nazaré da Costa Cabral faz uma comparação com o ano de 2019 onde se “revela que mesmo removendo da despesa os efeitos das one-off [medidas não-recorrentes], o impacto do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e as ‘medidas de emergência’, a despesa primária prevista para 2022 situar-se-á 3,4 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) acima do valor pré-pandemia“.

O CFP acrescenta que dois destes 3,4 pontos percentuais de aumento na despesa primária dizem respeito a “despesa corrente primária, com destaque para o peso acrescido das componentes mais rígidas da despesa, designadamente a despesa com pessoal e prestações sociais“. E como é que o PIB em cada um desses anos (2019 e 2022) se compara? Este cálculo tem por base a expectativa para o final de 2022 de um PIB em volume 1,3% maior em 2022 do que o de 2019.

    As medidas de política explicitadas pelo Governo têm um impacto direto no saldo desfavorável em 3.043 milhões de euros (-2.875 milhões de euros se excluído o PRR), concentrando a sua maior expressão na despesa (6.002 milhões de euros). Retirando o efeito das medidas afetas àquele plano, o montante de medidas na despesa implícito na previsão orçamental ascende a 2.799 milhões de euros, dos quais mais de metade (1.700 milhões de euros) com impacto nas componentes mais rígidas da despesa pública – despesas com pessoal e prestações sociais”, escreve o Conselho das Finanças Públicas.

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Esta “tendência” de crescimento da despesa pública corrente, em componentes difíceis de ajustar em caso de necessidade, “implica um aumento das pressões orçamentais sobre a despesa nos próximos anos“, avisa o CFP numa caixa que dedicou especialmente à análise destes números.

“A despesa primária das administrações públicas deverá passar de 83.312 milhões de euros em 2019 para 95.518 milhões de euros em 2022, o que corresponde a um aumento de 12.206 milhões de euros (+14,7%) em três anos“, assinala o CFP, acrescentando que “mais de dois terços desse acréscimo deverá ser justificado pela despesa corrente primária (+8.781 milhões de euros) particularmente pelas despesas com elevado grau de rigidez, como é o caso das prestações sociais (+3.732 milhões de euros) e das despesas com pessoal (+2.630 milhões de euros).

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:85/rs:fill:560/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/10/25155359/cfp1.jpg)

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O governador do Banco de Portugal (e ex-ministro das Finanças), Mário Centeno, também alertou recentemente para este aumento da despesa pública.

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Riscos da pandemia, da TAP, do Novo Banco e das moratórias

O CFP já tinha considerado “coerentes” os pressupostos macroeconómicos da proposta,  num parecer divulgado na noite em que o documento foi entregue pelo ministro João Leão na Assembleia da República. Os riscos identificados na altura eram, sobretudo, relativos à evolução da situação pandémica e à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na economia.

Nesta nova análise, o organismo vai um pouco mais longe e assinala que um “eventual agravamento na sequência do surgimento de novas variantes do SARS-COV-2 poderá tornar necessária a manutenção das medidas de apoio ou mesmo a adoção de novas medidas“. Este é o maior risco para a economia portuguesa e para as contas públicas, embora se recorde que “no próximo ano esteja prevista uma dotação orçamental de 400 milhões de euros para fazer face a despesas imprevistas da pandemia”.

Mas os impactos de um novo agravamento da situação pandémica, caso ele se verifique, seriam generalizados, diz o CFP. Desde logo, na capitalização da TAP: “A imposição de novas restrições à circulação poderá fazer com que o apoio financeiro à TAP previsto para 2022 se revele insuficiente”, avisa Nazaré da Costa Cabral.

Por outro lado, “identificam-se, também, riscos descendentes associados ao Novo Banco”, já que a proposta de orçamento do Estado para 2022 “não considera qualquer transferência ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente” – e recorde-se que ainda restam quase 600 milhões de euros que o Lone Star pode pedir ao Fundo de Resolução.

A nível interno, o CFP destaca, ainda, “os riscos associados à eventual ativação das garantias do Estado concedidas no âmbito de algumas das medidas de resposta à crise pandémica (linhas de crédito) e às moratórias de crédito concedidas pelos bancos aos agentes económicos”.

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Por outro lado, entre os riscos externos “é de salientar que a situação pandémica assume novamente proporções preocupantes na Europa de Leste, na Rússia e também na Grã-Bretanha”:

    Estes desenvolvimentos negativos, se permanecerem e se se alargarem a outras economias, poderão significar um cenário externo menos positivo para a economia portuguesa do que aqueles que têm vindo a ser considerados nas projeções macroeconómicas”, diz o CFP.

Destaca-se, ainda, o risco que representam as “perturbações do lado da oferta, exógenas à economia portuguesa, mas que a afetam de forma significativa”. “A subida dos preços externos de combustíveis fósseis e de matérias-primas, do custo de transporte e distribuição com impacto negativo na capacidade produtiva interna podem induzir uma maior e persistente subida de preços do que considerado nas mais recentes previsões económicas”, receia o organismo liderado por Nazaré da Costa Cabral.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Outubro 26, 2021, 10:32:40 am
Alguém sabe qual era a dívida pública de Portugal em 1974? Ao que parece era apenas 14% do PIB e agora 120%
Conclusão, aumentou os ladrões e corruptos, aumentou a dívida. :snip:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 28, 2021, 12:32:11 pm
Como já todos devem ter reparado, o Orçamento de Estado para 2022 foi reprovado. Se não houver mais nenhum golpe de teatro, já que do PM e do PR, tudo é possível...... vamos ter eleições legislativas lá para finais de Janeiro ou início de Fevereiro de 2022.

Em termos económicos, não termos um orçamento socialista, até pode ser positivo, já que o que tinham cozinhado (PS, BE e PCP) não vai ser aplicado  :mrgreen:

O que vai acontecer na prática é vivermos em duodécimos com o orçamento de 2021..... se se recordam sem a famosa bazuca, porque o grosso iria ser aplicado a partir de 2022..... ía!

Quem mais vai sofrer será todo o sector público que vai ter muitos investimentos congelados.....
E todas as notícias bombásticas que o Costa dava a contar as maravilhas do OE e da Bazuca...... esqueçam, porque o próximo orçamento vai ser feito pelo governo que ganhar as eleições de Janeiro/Fevereiro de 2022!!!!!

E mesmo que corra tudo bem, o OE2022 só irá entrar em vigor lá para o início do verão!!!!

Por acaso em termos económicos eu prevejo mais problemas pela crise energética que se avizinha do que pela falta do Orçamento, que na realidade só vai afectar principalmente o sector público, funcionários públicos e pensionistas.

Com os campos políticos extremados, como é que vai ser o futuro da nossa economia?
Ganha o bloco de partidos mais à esquerda ou mais à direita?

Aceitam-se apostas, mas não vejo luz ao fundo do túnel!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Outubro 28, 2021, 03:02:08 pm
Como já todos devem ter reparado, o Orçamento de Estado para 2022 foi reprovado. Se não houver mais nenhum golpe de teatro, já que do PM e do PR, tudo é possível...... vamos ter eleições legislativas lá para finais de Janeiro ou início de Fevereiro de 2022.

Em termos económicos, não termos um orçamento socialista, até pode ser positivo, já que o que tinham cozinhado (PS, BE e PCP) não vai ser aplicado  :mrgreen:

O que vai acontecer na prática é vivermos em duodécimos com o orçamento de 2021..... se se recordam sem a famosa bazuca, porque o grosso iria ser aplicado a partir de 2022..... ía!

Quem mais vai sofrer será todo o sector público que vai ter muitos investimentos congelados.....
E todas as notícias bombásticas que o Costa dava a contar as maravilhas do OE e da Bazuca...... esqueçam, porque o próximo orçamento vai ser feito pelo governo que ganhar as eleições de Janeiro/Fevereiro de 2022!!!!!

E mesmo que corra tudo bem, o OE2022 só irá entrar em vigor lá para o início do verão!!!!

Por acaso em termos económicos eu prevejo mais problemas pela crise energética que se avizinha do que pela falta do Orçamento, que na realidade só vai afectar principalmente o sector público, funcionários públicos e pensionistas.

Com os campos políticos extremados, como é que vai ser o futuro da nossa economia?
Ganha o bloco de partidos mais à esquerda ou mais à direita?

Aceitam-se apostas, mas não vejo luz ao fundo do túnel!!!!!

Não sou especialista mas do que percebi, a situação é mais interessante que isso.

Sem orçamento e até que haja um orçamento aprovado tem que se usar o valor total do ultimo orçamento aprovado usado dividido por 12.

Se o PR dissolver a assembleia esta não pode funcionar (votações, propostas, inquéritos,...), contudo existe 2 tipos de mecanismos de governação, as leis que vão à assembleia e aquelas que apenas precisam de um conselho de ministros.

Como o governo diz que não se vai demitir e vai ter 1/12 de orçamento por mês, vai ainda conseguir aprovar decretos em conselho de ministros e com isto fazer alguma gestão política e orçamental.

Por isso até haver eleições esperem, ainda vai haver muita propaganda e muitas medidas a serem aprovadas a pensar nas eleições. E de certeza que o governo vai tentar aprovar medidas em conselho de ministros que deviam ser aprovadas na assembleia. E não me admirava nada de até dezembro haver uma corrida para aprovar gastos de dinheiro.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 28, 2021, 04:06:14 pm
Como já todos devem ter reparado, o Orçamento de Estado para 2022 foi reprovado. Se não houver mais nenhum golpe de teatro, já que do PM e do PR, tudo é possível...... vamos ter eleições legislativas lá para finais de Janeiro ou início de Fevereiro de 2022.

Em termos económicos, não termos um orçamento socialista, até pode ser positivo, já que o que tinham cozinhado (PS, BE e PCP) não vai ser aplicado  :mrgreen:

O que vai acontecer na prática é vivermos em duodécimos com o orçamento de 2021..... se se recordam sem a famosa bazuca, porque o grosso iria ser aplicado a partir de 2022..... ía!

Quem mais vai sofrer será todo o sector público que vai ter muitos investimentos congelados.....
E todas as notícias bombásticas que o Costa dava a contar as maravilhas do OE e da Bazuca...... esqueçam, porque o próximo orçamento vai ser feito pelo governo que ganhar as eleições de Janeiro/Fevereiro de 2022!!!!!

E mesmo que corra tudo bem, o OE2022 só irá entrar em vigor lá para o início do verão!!!!

Por acaso em termos económicos eu prevejo mais problemas pela crise energética que se avizinha do que pela falta do Orçamento, que na realidade só vai afectar principalmente o sector público, funcionários públicos e pensionistas.

Com os campos políticos extremados, como é que vai ser o futuro da nossa economia?
Ganha o bloco de partidos mais à esquerda ou mais à direita?

Aceitam-se apostas, mas não vejo luz ao fundo do túnel!!!!!

Não sou especialista mas do que percebi, a situação é mais interessante que isso.

Sem orçamento e até que haja um orçamento aprovado tem que se usar o valor total do ultimo orçamento aprovado usado dividido por 12.

Se o PR dissolver a assembleia esta não pode funcionar (votações, propostas, inquéritos,...), contudo existe 2 tipos de mecanismos de governação, as leis que vão à assembleia e aquelas que apenas precisam de um conselho de ministros.

Como o governo diz que não se vai demitir e vai ter 1/12 de orçamento por mês, vai ainda conseguir aprovar decretos em conselho de ministros e com isto fazer alguma gestão política e orçamental.

Por isso até haver eleições esperem, ainda vai haver muita propaganda e muitas medidas a serem aprovadas a pensar nas eleições. E de certeza que o governo vai tentar aprovar medidas em conselho de ministros que deviam ser aprovadas na assembleia. E não me admirava nada de até dezembro haver uma corrida para aprovar gastos de dinheiro.

Não, no caso dos políticos, eles raramente se demitem. Íam depois fazer o quê? Quem tem vínculo com o estado, pode sempre regressar às funções que tinha, quem trabalha numa empresa, sabe que o posto que deixa para trás vai ser entregue a outro, não há emprego garantido!!!!!

E no caso dos partidos, principalmente os 2 maiores, eles têem milhares de cabeças que vivem só da política. Aliás, desconfio que depois das eleições, se o PS não ganhar, vai haver um pico no desemprego  :mrgreen:

Se a dissolução da AR ocorresse à mais tempo, até acredito que o governo tivesse margem, agora quase no fim do ano e com a forma peculiar de gestão pública, em que se a instituição não esgotar as verbas, vai ter de devolver o dinheiro que não é gasto e pior, sujeita-se a um corte no próximo orçamento.......... poucas migalhas devem restar para o manhoso gastar!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Outubro 28, 2021, 05:13:14 pm
Como já todos devem ter reparado, o Orçamento de Estado para 2022 foi reprovado. Se não houver mais nenhum golpe de teatro, já que do PM e do PR, tudo é possível...... vamos ter eleições legislativas lá para finais de Janeiro ou início de Fevereiro de 2022.

Em termos económicos, não termos um orçamento socialista, até pode ser positivo, já que o que tinham cozinhado (PS, BE e PCP) não vai ser aplicado  :mrgreen:

O que vai acontecer na prática é vivermos em duodécimos com o orçamento de 2021..... se se recordam sem a famosa bazuca, porque o grosso iria ser aplicado a partir de 2022..... ía!

Quem mais vai sofrer será todo o sector público que vai ter muitos investimentos congelados.....
E todas as notícias bombásticas que o Costa dava a contar as maravilhas do OE e da Bazuca...... esqueçam, porque o próximo orçamento vai ser feito pelo governo que ganhar as eleições de Janeiro/Fevereiro de 2022!!!!!

E mesmo que corra tudo bem, o OE2022 só irá entrar em vigor lá para o início do verão!!!!

Por acaso em termos económicos eu prevejo mais problemas pela crise energética que se avizinha do que pela falta do Orçamento, que na realidade só vai afectar principalmente o sector público, funcionários públicos e pensionistas.

Com os campos políticos extremados, como é que vai ser o futuro da nossa economia?
Ganha o bloco de partidos mais à esquerda ou mais à direita?

Aceitam-se apostas, mas não vejo luz ao fundo do túnel!!!!!

Não sou especialista mas do que percebi, a situação é mais interessante que isso.

Sem orçamento e até que haja um orçamento aprovado tem que se usar o valor total do ultimo orçamento aprovado usado dividido por 12.

Se o PR dissolver a assembleia esta não pode funcionar (votações, propostas, inquéritos,...), contudo existe 2 tipos de mecanismos de governação, as leis que vão à assembleia e aquelas que apenas precisam de um conselho de ministros.

Como o governo diz que não se vai demitir e vai ter 1/12 de orçamento por mês, vai ainda conseguir aprovar decretos em conselho de ministros e com isto fazer alguma gestão política e orçamental.

Por isso até haver eleições esperem, ainda vai haver muita propaganda e muitas medidas a serem aprovadas a pensar nas eleições. E de certeza que o governo vai tentar aprovar medidas em conselho de ministros que deviam ser aprovadas na assembleia. E não me admirava nada de até dezembro haver uma corrida para aprovar gastos de dinheiro.

Não, no caso dos políticos, eles raramente se demitem. Íam depois fazer o quê? Quem tem vínculo com o estado, pode sempre regressar às funções que tinha, quem trabalha numa empresa, sabe que o posto que deixa para trás vai ser entregue a outro, não há emprego garantido!!!!!

E no caso dos partidos, principalmente os 2 maiores, eles têem milhares de cabeças que vivem só da política. Aliás, desconfio que depois das eleições, se o PS não ganhar, vai haver um pico no desemprego  :mrgreen:

Se a dissolução da AR ocorresse à mais tempo, até acredito que o governo tivesse margem, agora quase no fim do ano e com a forma peculiar de gestão pública, em que se a instituição não esgotar as verbas, vai ter de devolver o dinheiro que não é gasto e pior, sujeita-se a um corte no próximo orçamento.......... poucas migalhas devem restar para o manhoso gastar!

Eu já trabalhei numa instituição publica (não muito partidarizada) para outra entidade publica (completamente partidarizada), isto na altura das eleições em que saiu Passos entrou Costa, e posso dizer que nas 2 semanas seguintes à tomada de posse só nessas 2 instituições em conjunto houve umas 5 a 10 saídas e umas 10 a 13 entradas, de pessoas diretamente relacionadas com os partidos e muitas delas para cargos de chefia de topo. E até posso dizer que na instituição mais partidarizada havia 2 departamentos cujos chefes não se falavam por serem de cores diferentes.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 28, 2021, 11:30:41 pm
Como já todos devem ter reparado, o Orçamento de Estado para 2022 foi reprovado. Se não houver mais nenhum golpe de teatro, já que do PM e do PR, tudo é possível...... vamos ter eleições legislativas lá para finais de Janeiro ou início de Fevereiro de 2022.

Em termos económicos, não termos um orçamento socialista, até pode ser positivo, já que o que tinham cozinhado (PS, BE e PCP) não vai ser aplicado  :mrgreen:

O que vai acontecer na prática é vivermos em duodécimos com o orçamento de 2021..... se se recordam sem a famosa bazuca, porque o grosso iria ser aplicado a partir de 2022..... ía!

Quem mais vai sofrer será todo o sector público que vai ter muitos investimentos congelados.....
E todas as notícias bombásticas que o Costa dava a contar as maravilhas do OE e da Bazuca...... esqueçam, porque o próximo orçamento vai ser feito pelo governo que ganhar as eleições de Janeiro/Fevereiro de 2022!!!!!

E mesmo que corra tudo bem, o OE2022 só irá entrar em vigor lá para o início do verão!!!!

Por acaso em termos económicos eu prevejo mais problemas pela crise energética que se avizinha do que pela falta do Orçamento, que na realidade só vai afectar principalmente o sector público, funcionários públicos e pensionistas.

Com os campos políticos extremados, como é que vai ser o futuro da nossa economia?
Ganha o bloco de partidos mais à esquerda ou mais à direita?

Aceitam-se apostas, mas não vejo luz ao fundo do túnel!!!!!

Não sou especialista mas do que percebi, a situação é mais interessante que isso.

Sem orçamento e até que haja um orçamento aprovado tem que se usar o valor total do ultimo orçamento aprovado usado dividido por 12.

Se o PR dissolver a assembleia esta não pode funcionar (votações, propostas, inquéritos,...), contudo existe 2 tipos de mecanismos de governação, as leis que vão à assembleia e aquelas que apenas precisam de um conselho de ministros.

Como o governo diz que não se vai demitir e vai ter 1/12 de orçamento por mês, vai ainda conseguir aprovar decretos em conselho de ministros e com isto fazer alguma gestão política e orçamental.

Por isso até haver eleições esperem, ainda vai haver muita propaganda e muitas medidas a serem aprovadas a pensar nas eleições. E de certeza que o governo vai tentar aprovar medidas em conselho de ministros que deviam ser aprovadas na assembleia. E não me admirava nada de até dezembro haver uma corrida para aprovar gastos de dinheiro.

Não, no caso dos políticos, eles raramente se demitem. Íam depois fazer o quê? Quem tem vínculo com o estado, pode sempre regressar às funções que tinha, quem trabalha numa empresa, sabe que o posto que deixa para trás vai ser entregue a outro, não há emprego garantido!!!!!

E no caso dos partidos, principalmente os 2 maiores, eles têem milhares de cabeças que vivem só da política. Aliás, desconfio que depois das eleições, se o PS não ganhar, vai haver um pico no desemprego  :mrgreen:

Se a dissolução da AR ocorresse à mais tempo, até acredito que o governo tivesse margem, agora quase no fim do ano e com a forma peculiar de gestão pública, em que se a instituição não esgotar as verbas, vai ter de devolver o dinheiro que não é gasto e pior, sujeita-se a um corte no próximo orçamento.......... poucas migalhas devem restar para o manhoso gastar!

Eu já trabalhei numa instituição publica (não muito partidarizada) para outra entidade publica (completamente partidarizada), isto na altura das eleições em que saiu Passos entrou Costa, e posso dizer que nas 2 semanas seguintes à tomada de posse só nessas 2 instituições em conjunto houve umas 5 a 10 saídas e umas 10 a 13 entradas, de pessoas diretamente relacionadas com os partidos e muitas delas para cargos de chefia de topo. E até posso dizer que na instituição mais partidarizada havia 2 departamentos cujos chefes não se falavam por serem de cores diferentes.

Eu também vejo aqui bem perto de mim essas alterações por exemplo nas mudanças que surgem ao nível dos Municípios.
No caso das grandes empresas nacionais, principalmente as públicas ou que já foram públicas, conheço perfeitamente bem algumas delas por dentro e sei da existência de legiões de amigos do partido de um lado e do outro que fazem parte da folha de vencimentos, sem se saber muito bem o que fazem por lá e qual o objectivo.

O caso que salta mais à vista, para além da TAP (só encontro essa explicação para ter sido salva), temos por exemplo a EDP que chegou a juntar nos seus órgãos sociais 7 antigos Ministros de diferentes partidos...... será para terem uma via directa ao poder político? Para arrumar a casa não me parece! https://www.dn.pt/dossiers/tv-e-media/revistas-de-imprensa/noticias/ex-ministros-a-peso-de-ouro-na-edp-3785236.html

Em Portugal, ter bons contactos é mais importante do que ser competente! Seja a nível nacional, perante o governo, seja a nível local, perante um Município e até uma Junta de Freguesia!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Outubro 29, 2021, 08:54:51 pm

(https://pbs.twimg.com/media/FC4m2g_XoAMXqg0?format=jpg&name=large)
Ou seja tanto como no período homologo de 2020 quando o país estava parado!


Gostava de ver o próximo governo a utilizar a ultima oportunidade que este país pode vir a ter para evitar vir a ser a Venezuela da Europa.

Tornar este país atrativo de modo e retirar industria da China para a Europa.

A poluição e resíduos são é inevitáveis e portanto deve-se investir em medidas de mitigação.
A mesma coisa nas explorações mineiras, em que o plano de recuperação deve estar implementado e ser realizado desde o inicio da extração.



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Novembro 05, 2021, 02:16:22 pm
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/papel-higienico-10-mais-caro-e-frango-pode-ter-aumento-de-50-no-preco-os-efeitos-da-subida-nos-combustiveis?ref=HP_OutrasNoticias1
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 05, 2021, 05:07:42 pm
Não tenho acesso total à notícia, mas deixo só o título que é que os fundamentalistas ambientais, as Madres Gretas do Clima deviam responder antes de aplicarem barbaridades de impostos, taxas e taxinhas no nosso país, passando pela imposição legal de impedimento de venda de veículos a combustão sem alternativas viáveis (e o sector aéreo? E o marítimo? E os transportes terrestres de pessoas e mercadorias?):

Carros elétricos, comida biológica e empregos em risco. Temos dinheiro para ser sustentáveis?

As alternativas sustentáveis ainda são mais caras do que os sistemas convencionais — e a transição energética é um desafio à economia atual. Afinal, quanto nos vai custar a sustentabilidade?

https://observador.pt/especiais/carros-eletricos-comida-biologica-e-empregos-em-risco-temos-dinheiro-para-ser-sustentaveis/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Novembro 05, 2021, 07:04:16 pm
Não tenho acesso total à notícia, mas deixo só o título que é que os fundamentalistas ambientais, as Madres Gretas do Clima deviam responder antes de aplicarem barbaridades de impostos, taxas e taxinhas no nosso país, passando pela imposição legal de impedimento de venda de veículos a combustão sem alternativas viáveis (e o sector aéreo? E o marítimo? E os transportes terrestres de pessoas e mercadorias?):

Carros elétricos, comida biológica e empregos em risco. Temos dinheiro para ser sustentáveis?

As alternativas sustentáveis ainda são mais caras do que os sistemas convencionais — e a transição energética é um desafio à economia atual. Afinal, quanto nos vai custar a sustentabilidade?

https://observador.pt/especiais/carros-eletricos-comida-biologica-e-empregos-em-risco-temos-dinheiro-para-ser-sustentaveis/

Fica aqui o link para o  artigo completo, usando o outline.com na maior parte dos casos consegue-se visualizar conteúdos pagos

 https://outline.com/P8jNDu
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Novembro 18, 2021, 04:05:05 pm
Horta Osório: “É dramático que em Portugal se ganhe 1.000 euros em média por mês
https://eco.sapo.pt/2021/11/18/horta-osorio-e-dramatico-que-em-portugal-se-ganhe-1-000-euros-em-media-por-mes/
Citar
“Por que é que Portugal cresce 1% ao ano e a Irlanda cresce 5% ao ano?”, questionou António Horta Osório. O banqueiro diz que prioridade deve passar pela redução da dívida pública.


António Horta Osório considera que Portugal tem um problema de crescimento e questionou a ambição do país: “Estamos satisfeitos com o nível de riqueza?”, perguntou. Para o banqueiro, “é dramático que em Portugal se ganhe 1.000 euros líquidos em média por mês”, quando “na Irlanda se ganhe o dobro e em Espanha se ganhe 50% mais”.

“Temos aqui um problema claro de crescimento e de ambição da sociedade portuguesa. Estamos satisfeitos com o nível de riqueza que temos? Estamos satisfeitos com o país que não cresce? Não deveríamos ter uma ambição maior?”, questionou o presidente do Credit Suisse no encerramento da conferência “Banca de Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios.Segundo Horta Osório, é uma questão que não se tem falado: “Por que é que Portugal cresce 1% ao ano e um país como a Irlanda, pequeno como nós, cresce 5% ao ano?”

“Em termos práticos, isto significa que, em 20 anos, os irlandeses dobram o crescimento do salário médio em relação a Portugal”, disse o banqueiro português.

Horta Osório defendeu que a prioridade do país devia passar pela redução da dívida, que subiu “e bem” durante a pandemia, mas que tem de voltar a uma trajetória de redução, porque as taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) vão começar a subir, aumentando os encargos do Estado com a dívida pública.

“Se temos uma dívida de 130%, se mais tarde ou mais cedo as taxas de juro sobem para 2%, o custo da dívida pública portuguesa aumentará 2%, isso significará 2,5% do PIB, são cerca de cinco mil milhões de euros”, afirmou.

Por outro lado, Horta Osório considera importante debater como se está a alocar o dinheiro público: “Estamos a alocar o dinheiro em despesas correntes ou nos investimentos para o futuro?”

“O dinheiro é mais bem empregue pelos seus donos. (…) A iniciativa privada cria maior riqueza, mas é importante haver redes que protegem as pessoas e que os setores são bem regulados. Mas os recursos geram maior riqueza se forem aplicados pelos seus donos”, defendeu.

Sobre o discurso do BCE, de que a elevada inflação é temporária – algo repetido na conferência pelo governador Mário Centeno –, o presidente do Credit Suisse diz

O problema de Portugal por exemplo, é que tem o dobro dos corruptos da Irlanda, e o patrões são os golosos. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Dezembro 15, 2021, 04:54:19 pm
https://observador.pt/2021/12/15/poder-de-compra-em-portugal-cai-para-764-da-media-europeia-em-2020/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Dezembro 16, 2021, 09:44:37 am
(https://pbs.twimg.com/media/FGrpoA6XEAIwHQB?format=jpg&name=large)

Os únicos da parada com o passo certo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 16, 2021, 05:11:30 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FGrpoA6XEAIwHQB?format=jpg&name=large)

Os únicos da parada com o passo certo

O que é que se pode esperar de um país governado por iluminados que olha com desprezo para as empresas?

A riqueza de um país mede-se utilizando esta fórmula:
PIB= C (consumo) + I (investimento) + G (gastos governamentais) + X (exportações) - M (importações)

As importações "roubam-nos" riqueza (e é bom lembrar que somos deficitários comercialmente), os gastos do governo estão limitados aos impostos, caso contrário se aumentam para além destes, aumenta a dívida!!!!!
Resta aumentarmos as exportações (quem é que exporta?), o investimento (público e privado, mas de preferência atraír mais investimento estrangeiro produtivo e não especulativo) e por fim e por arrasto o consumo.

Eu tinha vergonha de olhar para esse gráfico e ter tido responsabilidade no destino do país e chegar à brilhante conclusão de que:
- A riqueza do país neste momento, é exactamente a mesma, proporcionalmente (em função da média da UE) do que em 1995!!!!!!!!!!!!!!!
- Em 1995 estávamos à frente destes 6 países todos e sem excepção e neste momento só falta a Bulgária ultrapassar-nos!!!!!!
Ainda por cima, estamos a comparar com cada superpotência!!!!!!

Brilhante, estamos a ir no bom caminho!
Criar riqueza devia ocupar muito mais tempo do que gastá-la, até porque dessa forma a nossa dívida diminui automaticamente!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Dezembro 17, 2021, 01:10:11 pm
Risco de pobreza em Portugal aumentou para 18,4% em 2020
https://eco.sapo.pt/2021/12/17/risco-de-pobreza-em-portugal-aumentou-para-184-em-2020/
Citar
Adesigualdade no país agravou-se durante a pandemia. O risco de pobreza em Portugal aumentou para 18,4% em 2020, naquilo que foi uma subida de 2,2 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.

É de sinalizar que a taxa de risco de pobreza, que correspondia em 2020 à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 6.653 euros (554 euros por mês), tinha vindo a cair. No entanto, a pandemia levou a uma inversão da tendência, sendo que, no ano passado, se registou a variação anual mais elevada da série.

Em 2020, eram 1.893 milhares os residentes em risco de pobreza, mais 228 milhares do que no ano anterior (1.665 milhares de pessoas em 2019), adianta o INE.Foi entre as mulheres que mais se sentiu o crescimento do risco de pobreza (mais 2,5 p.p., de 16,7% em 2019 para 19,2% em 2020), nomeadamente das mulheres idosas (mais 3 p.p., de 19,5% para 22,5%), sublinha o INE. No geral, o aumento da pobreza afetou todos os grupos etários, especialmente os adultos em idade ativa e a população idosa.

No que diz respeito ao impacto da situação laboral, verificou-se uma subida no risco de pobreza para a população desempregada de 5,9 p.p., para 46,5% em 2020. Já o risco para a população empregada aumentou para o valor mais elevado dos últimos dez anos: 11,2%.Olhando para um novo indicador da União Europeia, em 2021, tendo em conta os rendimentos de 2020, 2.302 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material e social severa) em Portugal.

Quanto aos indicadores relativos à pandemia, é possível perceber que os rendimentos das famílias foram bastante afetados. “Entre maio e setembro de 2021, 16,4% das famílias referiram a redução do rendimento familiar nos 12 meses anteriores, valor que se mantém bastante superior ao obtido em pré-pandemia (10,3% em 2019); 27,5% das famílias que referiram a redução do rendimento familiar, indicaram como motivo a pandemia Covid-19″, adianta o INE.

Ainda assim, as medidas extraordinárias do Governo chegaram a alguns portugueses: 5% das famílias referiram ter recebido apoios monetários do Estado em 2020 no âmbito da Covid-19 relacionados com o emprego dos trabalhadores por conta de outrem; 2,9% das famílias receberam apoios relacionados com o trabalho por conta própria; e 2,4% das famílias receberam apoios monetários relacionados com a família, as crianças e a habitação.

Apesar de as transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social terem contribuído para a redução do risco de pobreza de 4,6 p.p. (de 23% para 18,4%), este contributo foi inferior ao registado nos anos anteriores, como nota o gabinete de estatísticas.

Finalmente, olhando para a distribuição geográfica, “em 2020, considerando o limiar de pobreza nacional, o risco de pobreza aumentou em todas as regiões do Continente, principalmente nas regiões Norte (mais 3 p.p.), Centro (mais 3,3 p.p.) e Algarve (mais 3,9 p.p.), e diminuiu nas regiões autónomas (menos 6,6 p.p. na Região Autónoma dos Açores e menos 2,1 p.p. na Região Autónoma da Madeira)”.

A esquerda gosta é deste tipo de notícias, depois vêm com os subsídios, e fica tudo resolvido.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Dezembro 31, 2021, 02:49:53 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FH7Kw4rX0Ao1OiK?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 04, 2022, 01:06:33 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FH7Kw4rX0Ao1OiK?format=jpg&name=medium)

Ainda bem que o António Costa não aumenta os impostos e virou a página da austeridade!
Também só pagamos mais 1% de média do que no tempo do Passos Coelho!

Para percebermos a brutalidade de impostos que nós pagamos sobre quem trabalha, basta fazermos contas simples:
- O Manuel, solteiro, ganha o salário mínimo = 5 880€ (14 salários por ano). Paga 33,3% de IRS e mais 11% para a Segurança Social.
      Quanto recebe mensalmente o Manuel? 5 880€ - 33,3% de IRS - 11% da SS + 21 dias a 4,77€ = 5 880€ - 1958,04€ - 646,80€ + 100,17€ = 3 375,33€ líquidos mensais ..... 14 vezes por ano (apenas menos 3 meses de subsídio de refeição)!!!!!!
      E quanto custa para a empresa o Manuel? 5 880€ X 1,2375 (Segurança Social da entidade que é de 23,75%) + 100,17€ = 7 376,67€ também 14 vezes por ano e nem estou a incluír o seguro de acidentes de trabalho!!!!!! Ou seja, apesar do Manuel custar à empresa por mês 7 376,67€ (uma ninharia de 103 000€ por ano), este só leva para casa 3 375,33€ (pouco mais de 47 000€).

Resumindo, ganha mais o Estado do que o Manuel à custa deste!!!!!!!!

E ainda vamos pagar mais, porque a lógica é semelhante à de uma família:
Eu em minha casa também tenho um comunista e um bloquista (os meus filhos), que querem tudo e mais alguma coisa, só têem regalias, exigências e não contribuem monetariamente para o orçamento familiar!!!!
Os sociais democratas sou eu e a minha esposa, que temos os nossos trabalhos por conta de outrem e ainda temos uma minúscula empresa para gerir e pagarmos as nossas contas e dos nossos "ditadores" lá de casa!!!!!!!
Se seguirmos o que a esquerda exige, de dar mais a quem não trabalha, quem é que acham que vão ser sobrecarregados!?!?!!?!? Quem trabalha, obviamente!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Janeiro 26, 2022, 07:38:05 am
 :snipersmile:

Mas que primeiro ministro mais patético.
Todo ufanista porque o Pais cresceu 4.6% em 2021. :rir:

Sr António Costa, sabe quanto  Grécia e a Irlanda cresceram no mesmo periodo ?
Coisa pouca, mais de 7% e mais de 11%  respectivamente.

Tenha vergonha e vá fazer algo de útil pois é para isso que o Povo lhe paga o seu ordenado.

https://sol.sapo.pt/artigo/760404/costa-diz-que-pib-cresceu-4-6-em-2021-antes-do-ine-revelar-resultados

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 28, 2022, 10:29:02 am
:snipersmile:

Mas que primeiro ministro mais patético.
Todo ufanista porque o Pais cresceu 4.6% em 2021. :rir:

Sr António Costa, sabe quanto  Grécia e a Irlanda cresceram no mesmo periodo ?
Coisa pouca, mais de 7% e mais de 11%  respectivamente.

Tenha vergonha e vá fazer algo de útil pois é para isso que o Povo lhe paga o seu ordenado.

https://sol.sapo.pt/artigo/760404/costa-diz-que-pib-cresceu-4-6-em-2021-antes-do-ine-revelar-resultados

Abraços

Para um país que empobreceu 8,4% em 2020, mesmo que seja verdade (o que afirma o Costa não costuma ser verdade), se crescemos 4,6%, só recuperamos metade do que o país caíu em 2020!!!!! E é preciso recordar que o famoso PRR já foi torrado na totalidade no ano de 2020 e 2021. Não acreditam? Vejam bem: https://recuperarportugal.gov.pt/

O dinheiro ainda mal chegou e o que aí vem é para cobrir despesas que o estado já assumiu no passado!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Janeiro 28, 2022, 10:53:29 am
Portugal cada vez mais desigual: 42% da riqueza concentrada em 5% da população
https://multinews.sapo.pt/noticias/portugal-cada-vez-mais-desigual-42-da-riqueza-concentrada-em-5-da-populacao/
Citar
As desigualdades em Portugal são muitas e cada vez mais se faz sentir a diferença entre os mais ricos e os mais pobres, prova disso é o facto de 42% da riqueza no nosso país estar concentrada em apenas 5% da população, avança o ‘Expresso’.

Segundo a mesma publicação, falando apenas no fluxo de dinheiro, os 10% de portugueses que se encontram no topo da tabela dos mais ricos, concentram cerca de 25% de todo o rendimento de Portugal.

Por outro lado, se olharmos para o património acumulado, percebemos que o fosso é ainda mais acentuado, uma vez que os 5% mais ricos em Portugal têm nas suas mãos 42% de toda a riqueza.

Estes número são um reflexo do panorama da desigualdade portuguesa a nível europeu: Portugal é o quinto país mais desigual da União Europeia e também o quinto mais desigual da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico.

Alguém que fale com o Costa, pois o FDP, anda a viver no país da Alice.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Fevereiro 04, 2022, 12:18:34 am
(https://pbs.twimg.com/media/FKsz1itXMAA1QHQ?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Fevereiro 04, 2022, 07:44:40 am
(https://pbs.twimg.com/media/FKsz1itXMAA1QHQ?format=jpg&name=large)

HSMW, as FFAA não fazem parte do sector público ???
Que passem a fazer, e os problemas de falta de verbas acabaram. :mrgreen:

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Fevereiro 07, 2022, 02:54:16 pm
Juros da dívida continuam a subir para novos máximos desde primavera de 2020
https://executivedigest.sapo.pt/juros-da-divida-continuam-a-subir-para-novos-maximos-desde-primavera-de-2020/
Citar
Cerca das 13:45 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 1,029%, um máximo desde abril de 2020, contra 0,963% na sexta-feira.

Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.

No mesmo sentido, os juros a cinco anos subiam, para 0,356%, um máximo desde maio de 2020, contra 0,260% na sexta-feira, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros a dois anos também avançavam, para -0,153%, um máximo desde junho de 2020, contra -0,220% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.

Os juros das dívidas soberanas europeias começaram a subir mais significativamente depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter admitido em 03 de fevereiro uma subida das taxas de juro diretoras do banco central da zona euro já este ano, para combater o aumento da inflação.

Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga ‘flash’ da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.

Também na quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu, pela segunda vez em dois meses, a taxa de juro diretora de 0,25% para 0,5%.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Fevereiro 07, 2022, 03:09:20 pm
Juros da dívida continuam a subir para novos máximos desde primavera de 2020
https://executivedigest.sapo.pt/juros-da-divida-continuam-a-subir-para-novos-maximos-desde-primavera-de-2020/
Citar
Cerca das 13:45 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 1,029%, um máximo desde abril de 2020, contra 0,963% na sexta-feira.

Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.

No mesmo sentido, os juros a cinco anos subiam, para 0,356%, um máximo desde maio de 2020, contra 0,260% na sexta-feira, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros a dois anos também avançavam, para -0,153%, um máximo desde junho de 2020, contra -0,220% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.

Os juros das dívidas soberanas europeias começaram a subir mais significativamente depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter admitido em 03 de fevereiro uma subida das taxas de juro diretoras do banco central da zona euro já este ano, para combater o aumento da inflação.

Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga ‘flash’ da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.

Também na quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu, pela segunda vez em dois meses, a taxa de juro diretora de 0,25% para 0,5%.

Os juros estão à alguma tempo "estupidamente" baixos em parte pela crise em parte pela compra de divida nos mercados secundários pelo BCE, neste momento até os mais céticos já acreditam que existe e vai existir inflação (havia uma opinião que a inflação ia ser pontual e apenas para se reajustar às consequenciais  da pandemia), como tal acho (opinião pessoal) que vamos continuar a ver os juros a subir para valores "normais", e o peso da nossa divida publica vai voltar outra vez a ser importante.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 08, 2022, 06:45:22 am
2008 v2.0
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Fevereiro 08, 2022, 08:22:18 am
2008 v2.0

Não falta muito para acontecer !
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 08, 2022, 09:54:45 am
A nossa única esperança é que a inflação seja passageira (tenho dúvidas, porque é uma consequência das economias crescerem a ritmo acelerado, depois do colapso no início da pandemia).

Mas desta vez, o BCE já sabe que se subir muito os juros, como fez em 2007 e 2008, pode levar ao resgate de países expostos à dívida. Já tem essa memória bem fresquinha gravada naqueles cérebros. Mas que ninguém tenha dúvidas de que os juros vão subir, talvez ainda este ano. Não é possível ter juros negativos como agora e a inflação a disparar.

Resta-nos que aqueles que receberam a maioria sem a merecerem, façam melhor do que fizeram à 15 anos atrás, também com maioria absoluta!!!!!!!  :o
Mas já vimos do que estes estrategas são capazes de fazer, por exemplo na gestão da energia........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Fevereiro 08, 2022, 10:32:05 am
"Assusta um bocadinho" o fim das compras de dívida pelo BCE, diz a presidente do IGCP no dia em que os juros a 10 anos superam 1%
https://observador.pt/especiais/assusta-um-bocadinho-o-fim-das-compras-de-divida-pelo-bce-diz-a-presidente-do-igcp-no-dia-em-que-os-juros-a-10-anos-superam-1/
Citar
Cristina Casalinho reconhece, em entrevista, que os juros da dívida – que superaram 1% a 10 anos – estão a subir mais rapidamente do que o previsto. E confirma estar de saída do IGCP.

A “exuberância e a rapidez” da subida recente das taxas de juro da dívida portuguesa, nos mercados internacionais, “surpreendeu” o IGCP, a entidade que gere o endividamento público português. Em entrevista ao Observador, no dia em que as taxas a 10 anos superaram a fasquia de 1%, a presidente Cristina Casalinho reconhece que os custos mais elevados vão refletir-se no financiamento do Estado português – desde já, no leilão de Obrigações do Tesouro que está previsto para a próxima quarta-feira.

A presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que confirma estar de saída da instituição que liderou nos últimos 10 anos, defende que “as taxas de juro negativas ou muito baixas que temos vivido nos últimos anos não são taxas que sejam sustentáveis” e é preciso preparar uma subida que é natural mas que os bancos centrais terão de garantir que não acontece de forma demasiado brusca.

A poucas semanas do fim do programa de compras de dívida por parte do BCE, ao abrigo do programa pandémico que foi lançado, Cristina Casalinho admite que é algo que “assusta um bocadinho, pela dimensão” da intervenção que houve até agora e que, em certa medida, vai deixar de existir. É um “grande fator de incerteza” a forma como os mercados vão reagir a isso, nos próximos meses, reconhece a responsável.

As taxas de juro a 10 anos no mercado secundário superaram hoje a marca de 1%. No final do ano passado estavam abaixo de 0,2%. O IGCP tinha indicado que era expectável uma subida dos custos em 2022 mas antecipava que chegássemos a esta marca de 1% tão rapidamente, logo neste início de fevereiro?
Não, realmente… Nós, no IGCP, antecipávamos a inversão do ciclo de descida das taxas de juro este ano mas a exuberância e a rapidez da subida surpreendeu-nos. Mas não podemos pensar que isto está desligado do que está a acontecer com a inflação. De alguma forma, a surpresa com a velocidade a que as taxas de juro subiram é justificada pelo facto de a inflação também ter aumentado de forma muito significativa. E se há alguns meses havia a expectativa de que este aumento pudesse resultar de fatores predominantemente temporários, transitórios, neste momento há alguns receios de que haja algum caráter de maior permanência – ou, pelo menos, de que essa transitoriedade seja mais prolongada do que aquilo que se esperava.

Foi isso que foi reconhecido pelo BCE na semana passada, na sua leitura?
Na semana passada, a presidente do BCE sinalizou que, de facto, há hoje uma preocupação acrescida com a subida de preços e mesmo outros membros do Conselho do BCE têm vindo a indicar que – quer pela melhoria da atividade económica quer pela elevação dos preços – justifica-se que haja uma alteração mais acelerada do pendor da política monetária. Será o BCE a seguir as pisadas do que já foi feito por outras autoridades monetárias, quer a Reserva Federal [dos EUA] quer o Banco de Inglaterra, que também na semana passada subiu a taxa de juro, havendo mesmo alguns membros do comité monetário a defender que a subida devia ser até mais rápida. E quanto à Reserva Federal, há expectativa de que possa haver até sete subidas de taxas de juro este ano e admite-se que, em vez de as taxas serem subidas em 25 pontos-base em cada degrau, haver subidas mais expressivas.

O IGCP vai emitir mais dívida a 10 anos na próxima quarta-feira. Na última vez que o fez foi em meados de novembro de 2021, altura em que as taxas ficaram na casa dos 0,3%. A partir do contacto que tem tido com os investidores, nestes dias após a mensagem do BCE, quais são as expectativas em relação a esse leilão?
As expectativas são de que o leilão será bem sucedido, claramente com níveis de taxas de juro que são aqueles que nós hoje observamos no mercado secundário. O que tem acontecido é que as taxas de juro no mercado primário, como é natural e saudável que aconteça, refletem aquilo que é a negociação no mercado secundário.

Significa que o Estado vai pagar mais por este financiamento…
Sim, mas as pessoas têm de ter em consideração que as taxas de juro negativas ou muito baixas que temos vivido nos últimos anos não são taxas que sejam sustentáveis e não são taxas que devem ser encaradas como taxas normais. Taxas normais são taxas positivas e a subida a que agora assistimos resulta de uma normalização da atividade económica e resulta da evolução que se tem observado ao nível da crise sanitária, com uma diminuição muito acentuada das restrições à mobilidade e à atividade económica, que está a regressar a patamares de normalidade. Se, de um modo geral, toda a atividade económica evolui num sentido de um ciclo económico normal, não se justifica que a política monetária não acompanhe essa evolução. Portanto, que saiamos de um contexto de taxas de juro anómalas, extraordinárias, necessárias para sustentar níveis de atividade económica muito baixos. Não digo que devemos olhar para esta subida das taxas de juro com regozijo, mas acho que devemos vê-la com alguma sobriedade no sentido em que é um movimento que nós gostaríamos que acontecesse.

Quer dizer que, na sua opinião, a subida das taxas está a acontecer por boas razões, isto é, atividade económica a melhorar, e não por más razões, uma inflação demasiado rápida?
Sim, por boas razões. É por boas razões que as taxas estão a subir. E também temos de salientar que os economistas avaliam se as condições financeiras são acomodatícias ou são restritivas – ou seja, se são favoráveis a uma expansão da atividade económica ou se, de alguma forma, está a tentar-se promover algum abrandamento para conter alguma exuberância. Nós estamos com taxas de juro ainda muito acomodatícias, mesmo que subam significativamente. Hoje em dia as taxas de juro reais estão em níveis mais baixos do que tínhamos há um ano.

Na sua análise, a era de juros baixos é algo que está definitivamente para trás das costas? Não voltaremos a ver taxas de juro tão reduzidas no horizonte?
Eu gostava de acreditar que não, que não as voltaremos a ver tão cedo. Acho que esse contexto ficou para trás das costas, pelas boas razões que referi. Se nós acreditarmos que a atividade económica será retomada, dentro da normalidade, se voltarmos a ter as economias a crescer saudavelmente – na ordem dos 2,5% ou 3%, na Europa um pouco menos, historicamente – faz todo o sentido que as taxas de juro vão acompanhar esse regresso à regularidade. Mas repito: as taxas de juro continuam baixas se pensarmos nos períodos com maior estabilidade, ou seja, excetuando esta crise pandémica. Estamos com níveis do primeiro semestre de 2019 – não estamos tão longe assim dos níveis que vivemos antes da crise pandémica.

Como é que esta taxa de 1% a 10 anos se compara com o custo médio das emissões feitas no ano passado e como é que compara com o custo médio de todo o stock de dívida nacional?
O custo médio do stock da dívida no ano passado foi de 2% no ano passado, e o custo marginal [das novas emissões] foi de 0,6%. No ano anterior, 2020, tinha sido 2,2% o custo médio do stock e 0,5% no custo marginal, ou seja, das novas emissões feitas nesse ano. Em 2021 o custo marginal foi um pouco maior porque se optou por subir significativamente a vida média das emissões, para o dobro – ou seja, emitiu-se dívida com maturidades mais longas.

Hoje Portugal tem uma taxa absoluta de cerca de 1% – é o mesmo nível de juro absoluto que existia em abril de 2020, ou seja, mais ou menos desde o início da pandemia. Nessa altura, os mercados pediam à Alemanha uma taxa negativa de -0,3% ou -0,4%, hoje pedem 0,25% (positivos). Ou seja, o prémio de risco que temos agora é inferior. Como interpreta essa evolução dos prémios de risco, Portugal é visto como tendo menos risco agora?
Eu penso que sim, pelo menos é essa a perceção do mercado. As nossas necessidades líquidas de financiamento têm vindo a baixar e isso é reconhecido e avaliado positivamente pelo mercado. Mesmo nas agências de notação financeira, tivemos uma subida de rating no seguimento do outlook positivo que já existia antes – da Moody’s, no ano passado. E acreditamos que, face à evolução do stock da dívida pública, dos défices e da evolução da própria economia há condições para acreditar que esta avaliação positiva continua e que, mais dia menos dia, será refletida em alterações de perspetivas (outlooks).

Pelo menos…
Sim, pelo menos. Primeiro melhoria de perspetivas e, depois, alteração de notação.

Mas acha que o BCE vai ser mais audaz na retirada dos estímulos monetários, como os mercados financeiros parecem estar a prever? Ou acha que os investidores estão a precipitar-se?
Não digo que seja precipitação. Acho que há, sobretudo, um maior grau de incerteza, porque desde 2015 que o BCE tem sido muito interventivo no mercado, comprando a dívida pública – e estas compras de dívida acentuaram-se muito significativamente a partir de março de 2020. Com o programa de compras pandémico, não só o envelope de compras mensais aumentou muito substancialmente como, além disso, houve algumas limitações operacionais nas compras [que já eram feitas ao abrigo do anterior programa de intervenção] que foram removidas. E, agora, ao chegar a março, o programa pandémico acaba e evolui-se para a manutenção do programa de compras que já existia anteriormente – que tem limitações de compras mais ativas – e com montantes mais pequenos. E, em princípio, no final do ano, também esse programa pode desaparecer. O que todos nós desconhecemos é qual será o comportamento do mercado no momento em que o principal comprador de dívida pública europeia não digo desaparece, mas reduz muito substancialmente [a sua presença]… Esse é o grande fator de incerteza.

“Reduz substancialmente” a sua presença em que grau?
No ano passado, na maior parte dos mercados de dívida pública europeus o que nós verificámos foi que, se o BCE não comprou mais do que aquilo que foi emitido, comprou, pelo menos, o que foi emitido. Ou seja, na realidade, a maior parte dos emitentes soberanos europeus acabou por ter como destinatário final para os seus títulos não os investidores do setor privado mas o setor público – neste caso, o Eurossistema. A realidade em 2020-2021, a esse respeito, é muito avassaladora. E, no momento em que o BCE retrocede e a sua intervenção no mercado se reduz, isso assusta um bocadinho – pela dimensão. É claro que há aqui fatores mitigantes. Um deles é que o BCE vai eliminar as compras líquidas, reduzindo-as significativamente ao longo deste ano, mas mantém os seus planos de reinvestimento pelo menos até ao final de 2024. E isso é um fator significativo: o BCE irá absorver entre um terço e metade do que for refinanciado – mesmo que não existam novas compras líquidas.

Mesmo assim “assusta um bocadinho”, dizia…
Assusta um bocadinho, sobretudo porque o que está a começar a ser descontado no mercado é essa incerteza sobre a capacidade de absorção por parte do mercado na ausência – ou na redução significativa da intervenção do BCE. Sendo que o BCE não vai sair, não vai abandonar o mercado, como disse. A liquidez que existe no sistema ainda é muito significativa, quando olhamos por exemplo para os balanços dos bancos… Um segundo aspeto é que o BCE, apesar das taxas reais serem baixas, também tem consciência de que o aspeto nominal não é despiciendo.

Como assim?
Tem sido muito relevado por parte das organizações internacionais que os níveis de endividamento com que nós saímos desta crise são os máximos de sempre, com níveis recorde de dívida – tanto nos países mais desenvolvidos como em países menos desenvolvidos. As autoridades monetárias têm consciência de que, neste momento, uma subida avassaladora das taxas nominais num momento em que temos, simultaneamente, os preços a subir, cria constrangimentos a nível dos rendimentos. Têm de ter uma abordagem gradual – com níveis de endividamento muito elevados, espera-se uma normalização progressiva das taxas de juro mas não de maneira a que passemos de uma situação acomodatícia para uma situação restritiva muito rapidamente.

Lagarde deixou essa garantia esta segunda-feira, de que os ajustes serão “graduais”…
Penso que os prémios de risco não estão a subir muito porque há uma consciência de que os bancos centrais querem normalizar as taxas mas tendo consciência de que isso tem de ser um processo gradual, bem ancorado na evolução da economia real e consciente de que há constrangimentos que têm de ser acautelados. O BCE, além do seu mandato de estabilidade de preços, de forma implícita tem outro mandato associado à proteção da estabilidade financeira.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Fevereiro 16, 2022, 01:47:36 am
(https://pbs.twimg.com/media/FLrVP1DVcAQptqm?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 16, 2022, 10:36:18 am
(https://pbs.twimg.com/media/FLrVP1DVcAQptqm?format=jpg&name=medium)

O que é relevante aqui é a pancada que a FP levou num só ano.
De resto, só demonstra que não somos regionalizados e temos um SNS. Países regionalizados têm menos funcionários na administração central, e países com sistemas de saúde ou educação baseados em sistemas privados, mesmo que subsidiados, também não têm os médicos/professores na administração central.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 18, 2022, 03:01:09 pm
(https://i.ibb.co/YfGHKz4/FB-IMG-16451962022561216.jpg)

(https://c.tenor.com/AhE2BNYK_8YAAAAC/yes-danielbryan.gif)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Fevereiro 19, 2022, 07:11:16 am
Bons dias.

https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/como-vai-estar-portugal-em-2030-gulbenkian-traca-tres-cenarios-para-o-futuro-do-pais-14600362.html?utm_source=jn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=rec_edit_externo

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 19, 2022, 08:35:24 am
Bons dias.

https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/como-vai-estar-portugal-em-2030-gulbenkian-traca-tres-cenarios-para-o-futuro-do-pais-14600362.html?utm_source=jn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=rec_edit_externo

Abraços

Deixa-me adivinhar

-negro
-muito negro
-assustador
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Fevereiro 21, 2022, 01:34:24 pm
Associação fala em “tempestade perfeita” para a restauração com a subida dos juros e inflação
https://jornaleconomico.pt/noticias/associacao-fala-em-tempestade-perfeita-para-a-restauracao-com-a-subida-dos-juros-e-inflacao-850887
Citar
“Os aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis e de energia, que já estão a provocar um brutal aumento da inflação das matérias-primas e a previsão da subida das taxas de juro são a ‘tempestade perfeita’ para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico, alerta a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

Em comunicado a associação é taxativa: “o aumento galopante dos preços dos combustíveis e da energia, o aumento dos custos das matérias-primas, sobretudo alimentares, e o possível incremento das taxas de juro são os ingredientes que vão dar origem a uma tempestade devastadora com consequências imprevisíveis para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”.

Neste momento, o mundo vive com uma bomba relógio, que pode explodir a qualquer momento.
E se a bomba rebentar, às consequências ainda são muito imprevíveis, mas que parece que vai ser devastadora lá isso parece.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Kalil em Março 02, 2022, 12:16:25 pm
Pela primeira vez na tv, alguém disse exactamente o que se passa no sector energético em Portugal, o engodo que é o fecho das centrais a carvão e nucleares na Europa e o suicídio que isso representa em termos de produção elétrica.

Na sic notícias dia 1 de Março, a parti do minuto 00h34. É só puxar atrás e ouvir 5 mins.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 02, 2022, 12:56:27 pm
Pela primeira vez na tv, alguém disse exactamente o que se passa no sector energético em Portugal, o engodo que é o fecho das centrais a carvão e nucleares na Europa e o suicídio que isso representa em termos de produção elétrica.

Na sic notícias dia 1 de Março, a parti do minuto 00h34. É só puxar atrás e ouvir 5 mins.

Já referi aqui até à exaustão, que é de uma total palermice, para não dizer pior, fechar as nossas centrais a carvão e a gás, só para sermos mais limpinhos!!!!!!
Vamos pagar muito caro!
Imaginemos que este conflito na Ucrãnia escala (espero muito sinceramente que não), os outros países europeus que nos fornecem energia, vão ter condições de continuarem? Em primeiro lugar estão eles, digo eu!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Março 11, 2022, 05:44:38 pm
Dona espanhola “obrigada” a parar fábricas do Seixal e Maia com 700 trabalhadores
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/dona-espanhola-obrigada-a-parar-fabricas-do-seixal-e-maia-com-700-trabalhadores
Citar
Esta sexta-feira, 11 de março, o dono espanhol da SN anunciou que "o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia".

 

Em causa estão "700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais".

 

A Megasa adianta que a paragem "afeta a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica mantém-se a atividade de laminagem, utilizando o stock ainda existente".

 

A paragem ocorreu no passado dia 5, diz a empresa, alegando que "o contexto internacional" tornou "economicamente inviável a produção das duas unidades".


"Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha", sublinhou.

A Megasa afirma que já propôs ao primeiro-ministro "a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos".


"Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto", a companhia considera "ser possível manter a sua atividade", enfatizando que "tem vindo a manter informados os representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas".


Pelas mesmas razões, a Megasa interrompeu, a 4 de março, a produção da sua fábrica de Narón, na Corunha, onde o grupo está sediado.

Espero estar errado, mas o pior ainda está por vir...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 11, 2022, 05:55:55 pm
Dona espanhola “obrigada” a parar fábricas do Seixal e Maia com 700 trabalhadores
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/dona-espanhola-obrigada-a-parar-fabricas-do-seixal-e-maia-com-700-trabalhadores
Citar
Esta sexta-feira, 11 de março, o dono espanhol da SN anunciou que "o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia".

 

Em causa estão "700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais".

 

A Megasa adianta que a paragem "afeta a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica mantém-se a atividade de laminagem, utilizando o stock ainda existente".

 

A paragem ocorreu no passado dia 5, diz a empresa, alegando que "o contexto internacional" tornou "economicamente inviável a produção das duas unidades".


"Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha", sublinhou.

A Megasa afirma que já propôs ao primeiro-ministro "a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos".


"Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto", a companhia considera "ser possível manter a sua atividade", enfatizando que "tem vindo a manter informados os representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas".


Pelas mesmas razões, a Megasa interrompeu, a 4 de março, a produção da sua fábrica de Narón, na Corunha, onde o grupo está sediado.

Espero estar errado, mas o pior ainda está por vir...

A nossa industria de grande consumo energético que penso que não chega a 1 centena de empresas consome quase metade da eletricidade em Portugal.

Se tivéssemos um ministro que não fosse teimoso mandava abrir as centrais a carvão e criavam um programa de compensação ambiental (ex: reflorestar serra da Estrela, serra do caldeirão,...) mas não, o mais importante é o partido e manter o poder para o partido, ...

Por isso sim o pior ainda está para vir
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 14, 2022, 02:47:52 pm
https://lux24.lu/luxemburgo/luxemburgo-preco-dos-combustiveis-desce-gasoleo-baixa-417-centimos/

https://multinews.sapo.pt/noticias/franca-vai-aplicar-uma-reducao-de-15-centimos-por-cada-litro-de-combustivel-sem-mexer-nos-impostos/

Países sortudos, que não estão em guerra!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 14, 2022, 03:17:04 pm
https://lux24.lu/luxemburgo/luxemburgo-preco-dos-combustiveis-desce-gasoleo-baixa-417-centimos/

https://multinews.sapo.pt/noticias/franca-vai-aplicar-uma-reducao-de-15-centimos-por-cada-litro-de-combustivel-sem-mexer-nos-impostos/

Países sortudos, que não estão em guerra!!!!

2 Coisas a referir:

1- Para quem se lembra daquela treta da Lei para limitar as margens de lucro abusivas das gasolineiras, a lei até agora nunca foi aplicada pois afinal não existe até agora as tais margens de lucro abusivas que o governo dizia que havia.

2- A baixa de alguns cêntimos que houve a uns dias atrás, foi apenas para evitar que o Governo ganhasse mais dinheiro em Impostos, o governo continua com o mesmo nível de imposto. Contudo se o Governo baixasse os imposto para o mesmo nível que existia quando estávamos em austeridade (Antes do Costa ter tomado posse) havia uma baixa de cerca de 15 cêntimos por litro.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Março 21, 2022, 11:33:11 pm
https://recuperarportugal.gov.pt/#conteudo

Dados do PRR atualizados.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 22, 2022, 11:23:04 am
https://recuperarportugal.gov.pt/#conteudo

Dados do PRR atualizados.

Não acreditem completamente nesses dados, já tive contacto com o funcionamento de uma CCDR (entidades que gerem parte dos fundos comunitários) e existe vários patamares.

AS CCDRs são entidades altamente politizadas, em que num patamar superior apenas se trabalha (inventa-se procedimentos para maximizar os números) para os números parecerem bonitos e a execução do fundo andar o mais alto possível. Depois num nível inferior onde os Técnicos trabalham a coisa costuma andar vários meses senão anos atrás.

O mais importante é o valor pago e mesmo este por vezes sofre aldrabices pois paga-se adiantado (para entrar nos relatórios) sem que o processo burocrático tenha chegado a essa fase, e no final chega-se ao cumulo que a entidade que recebeu o dinheiro não consegue comprovar a utilização do mesmo para o que está documentado na candidatura e tem de devolver parte do dinheiro que recebeu (mas atenção que isto tb não é o normal)

O Contratado são valores de candidaturas que entraram (é feita a candidatura) e ainda não foram aprovadas (validados se as candidaturas cumprem requisitos), mesmo depois de aprovado há depois um sem fim de burocracia, na altura que lá estive havia prazos a terminar para entregar um conjunto de documentos burocráticos e o sistema ainda nem tinha desenvolvidos as funcionalidades para aceitar e validar/processar esses documentos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 22, 2022, 11:43:32 am
https://recuperarportugal.gov.pt/#conteudo

Dados do PRR atualizados.

Não acreditem completamente nesses dados, já tive contacto com o funcionamento de uma CCDR (entidades que gerem parte dos fundos comunitários) e existe vários patamares.

AS CCDRs são entidades altamente politizadas, em que num patamar superior apenas se trabalha (inventa-se procedimentos para maximizar os números) para os números parecerem bonitos e a execução do fundo andar o mais alto possível. Depois num nível inferior onde os Técnicos trabalham a coisa costuma andar vários meses senão anos atrás.

O mais importante é o valor pago e mesmo este por vezes sofre aldrabices pois paga-se adiantado (para entrar nos relatórios) sem que o processo burocrático tenha chegado a essa fase, e no final chega-se ao cumulo que a entidade que recebeu o dinheiro não consegue comprovar a utilização do mesmo para o que está documentado na candidatura e tem de devolver parte do dinheiro que recebeu (mas atenção que isto tb não é o normal)

O Contratado são valores de candidaturas que entraram (é feita a candidatura) e ainda não foram aprovadas (validados se as candidaturas cumprem requisitos), mesmo depois de aprovado há depois um sem fim de burocracia, na altura que lá estive havia prazos a terminar para entregar um conjunto de documentos burocráticos e o sistema ainda nem tinha desenvolvidos as funcionalidades para aceitar e validar/processar esses documentos.

Asalves? Trabalho com fundos comunitários e conheço a enormíssima carga burocrática que estes exigem (refiro mesmo que só quem tem muitos conhecimentos nas áreas de economia, gestão ou contabilidade é que conseguem perceber a teia burocrática que nós impomos na máquina administrativa). Aliás, deve ser rara a obra em Portugal que não tenha fundos comunitários por trás!

Mas o problema nem é esse, é que os fundos são tantos que não temos capacidade para esgotar as verbas (principalmente devido à componente nacional! Traduzido por miúdos, as finanças nacionais não têem dinheiro para a comparticipação nacional, que no caso das autarquias, obras públicas e ensino, anda pelos 15%! Os 85% da União Europeia existem, o nosso estado não tem é os outros 15% para avançar com os projectos......... e normalmente temos de devolver dinheiro que não é gasto!!!!!!!!). Agora imagino candidaturas com taxas de comparticipação nacional mais elevada (40, 50%.......)

Por exemplo, o Portugal2030 supostamente está a funcionar de 2021 até 2027, com 24 mil milhões de euros de financiamento (fora o PRR)............ mas neste momento o ensino está ainda a ser financiado pelas sobras do Portugal 2020!!!!!!! E em princípio só em Setembro é que vamos começar a utilizar o Portugal2030!!!!!!

Mas posso dizer-lhe que alguns sectores públicos nunca faltam verbas (autarquias, CIM........), agora vá lá o Asalves cortar nas 50 rotundas que o senhor autarca tem programadas por ano!!!!!! (apesar de que agora as obras estão numa crise inédita, são raros os construtores que aceitam obras com preços fixos........ porque os materiais das obras sobem a cada dia que passa!!!!!! Muitas obras públicas ficam sem concorrentes........................ só aceitam se houver revisão de preços!!!!!!

Nós não temos falta de dinheiro, ele é é mal gerido! Não me lembro de nenhum quadro comunitário que tenhamos esgotado todas as verbas!!!!!
A Alemanha e a Holanda agradecem quando devolvemos o que não gastamos depois do fase out de cada quadro!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 22, 2022, 12:05:25 pm
https://recuperarportugal.gov.pt/#conteudo

Dados do PRR atualizados.

Não acreditem completamente nesses dados, já tive contacto com o funcionamento de uma CCDR (entidades que gerem parte dos fundos comunitários) e existe vários patamares.

AS CCDRs são entidades altamente politizadas, em que num patamar superior apenas se trabalha (inventa-se procedimentos para maximizar os números) para os números parecerem bonitos e a execução do fundo andar o mais alto possível. Depois num nível inferior onde os Técnicos trabalham a coisa costuma andar vários meses senão anos atrás.

O mais importante é o valor pago e mesmo este por vezes sofre aldrabices pois paga-se adiantado (para entrar nos relatórios) sem que o processo burocrático tenha chegado a essa fase, e no final chega-se ao cumulo que a entidade que recebeu o dinheiro não consegue comprovar a utilização do mesmo para o que está documentado na candidatura e tem de devolver parte do dinheiro que recebeu (mas atenção que isto tb não é o normal)

O Contratado são valores de candidaturas que entraram (é feita a candidatura) e ainda não foram aprovadas (validados se as candidaturas cumprem requisitos), mesmo depois de aprovado há depois um sem fim de burocracia, na altura que lá estive havia prazos a terminar para entregar um conjunto de documentos burocráticos e o sistema ainda nem tinha desenvolvidos as funcionalidades para aceitar e validar/processar esses documentos.

Asalves? Trabalho com fundos comunitários e conheço a enormíssima carga burocrática que estes exigem (refiro mesmo que só quem tem muitos conhecimentos nas áreas de economia, gestão ou contabilidade é que conseguem perceber a teia burocrática que nós impomos na máquina administrativa). Aliás, deve ser rara a obra em Portugal que não tenha fundos comunitários por trás!

Mas o problema nem é esse, é que os fundos são tantos que não temos capacidade para esgotar as verbas (principalmente devido à componente nacional! Traduzido por miúdos, as finanças nacionais não têem dinheiro para a comparticipação nacional, que no caso das autarquias, obras públicas e ensino, anda pelos 15%! Os 85% da União Europeia existem, o nosso estado não tem é os outros 15% para avançar com os projectos......... e normalmente temos de devolver dinheiro que não é gasto!!!!!!!!). Agora imagino candidaturas com taxas de comparticipação nacional mais elevada (40, 50%.......)

Por exemplo, o Portugal2030 supostamente está a funcionar de 2021 até 2027, com 24 mil milhões de euros de financiamento (fora o PRR)............ mas neste momento o ensino está ainda a ser financiado pelas sobras do Portugal 2020!!!!!!! E em princípio só em Setembro é que vamos começar a utilizar o Portugal2030!!!!!!

Mas posso dizer-lhe que alguns sectores públicos nunca faltam verbas (autarquias, CIM........), agora vá lá o Asalves cortar nas 50 rotundas que o senhor autarca tem programadas por ano!!!!!! (apesar de que agora as obras estão numa crise inédita, são raros os construtores que aceitam obras com preços fixos........ porque os materiais das obras sobem a cada dia que passa!!!!!! Muitas obras públicas ficam sem concorrentes........................ só aceitam se houver revisão de preços!!!!!!

Nós não temos falta de dinheiro, ele é é mal gerido! Não me lembro de nenhum quadro comunitário que tenhamos esgotado todas as verbas!!!!!
A Alemanha e a Holanda agradecem quando devolvemos o que não gastamos depois do fase out de cada quadro!!!!!

Sim, a burocracia, eu pessoalmente acho que é um dos motivos para as empresas privadas não acederem tanto aos fundos comunitários (e por consequência sobrar dinheiro destes), tem uma burocracia enorme e os prazos são imprevisíveis. O que torna quase inviável qualquer estratégia de investimento, de alguns/muitos casos que conheço são empresas que não precisam do dinheiro para começar/manter a estratégia de investimento e o dinheiro dos fundos serve apenas como uma compensação ou um retorno mais imediato, Ou então pequenas/micro empresas que podem esperar meses pelo dinheiro dos fundos.

E a situação só não é pior pois já existem fartura de empresas especializadas em candidaturas e gestão dos fundos comunitários que basicamente andam a angariar empresas privadas para se candidatarem aos fundos e com isso sacam uma parte do bolo.

Em relação a utilização dos fundos comunitários, já vi tanta coisa grotesca que até mete medo, mas para mim o pior é usarem fundos para realização de eventos e festas ou coisas pontuais.

Mas secalhar é por isso que já fomos ultrapassados por outros que chegaram depois e pior que nós.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 22, 2022, 12:22:39 pm
Sim, a burocracia, eu pessoalmente acho que é um dos motivos para as empresas privadas não acederem tanto aos fundos comunitários (e por consequência sobrar dinheiro destes), tem uma burocracia enorme e os prazos são imprevisíveis. O que torna quase inviável qualquer estratégia de investimento, de alguns/muitos casos que conheço são empresas que não precisam do dinheiro para começar/manter a estratégia de investimento e o dinheiro dos fundos serve apenas como uma compensação ou um retorno mais imediato, Ou então pequenas/micro empresas que podem esperar meses pelo dinheiro dos fundos.

E a situação só não é pior pois já existem fartura de empresas especializadas em candidaturas e gestão dos fundos comunitários que basicamente andam a angariar empresas privadas para se candidatarem aos fundos e com isso sacam uma parte do bolo.

Em relação a utilização dos fundos comunitários, já vi tanta coisa grotesca que até mete medo, mas para mim o pior é usarem fundos para realização de eventos e festas ou coisas pontuais.

Mas secalhar é por isso que já fomos ultrapassados por outros que chegaram depois e pior que nós.

Mas não tenha a menor dúvida de que todo o foguetório feito pelo estado e autarquias são financiadas por fundos comunitários. Eram muito conhecidas as inaugurações de Sócrates que apareciam os concursos públicos dos 50 000€ + IVA da praxe.... às vezes publicados depois de decorrerem!!!!

No caso das empresas sim, a burocracia é tal que preferem pagar milhares de euros para algumas empresas resolverem a burocracia necessária para serem reembolsados no que quer que seja!!!!!! (extractos bancários descriminados com todos os gastos das empresas, comprovativos da entrega e pagamento dos impostos ao estado, comprovativos dos pagamentos dos salários, justificar as faltas de cada trabalhador......... muitos empresários desistem de candidaturas aprovadas só pelo facto de verem a montanha de papeis que têem de juntar para lhes pagarem!!!!!
Estava a falar com um fornecedor nosso que disse mesmo que abandonou uma candidatura porque não tem tempo nem paciência para perder horas a juntar os papéis necessários para ser reembolsado!!!!! Diz-me ele que ou trabalha ou trata dos papéis, mas não pode fazer os 2 ao mesmo tempo!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Março 24, 2022, 05:29:28 pm
Projeções do BdP para a economia portuguesa
https://www.bportugal.pt/comunicado/comunicado-do-banco-de-portugal-sobre-o-boletim-economico-de-marco-de-2022

https://eco.sapo.pt/2022/03/24/centeno-diz-que-taxas-de-juro-em-portugal-permanecem-baixas-ve-divida-nos-100-em-2026/
Reduzir em 4 anos para 100% a dívida?...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 24, 2022, 10:13:49 pm
Projeções do BdP para a economia portuguesa
https://www.bportugal.pt/comunicado/comunicado-do-banco-de-portugal-sobre-o-boletim-economico-de-marco-de-2022

https://eco.sapo.pt/2022/03/24/centeno-diz-que-taxas-de-juro-em-portugal-permanecem-baixas-ve-divida-nos-100-em-2026/
Reduzir em 4 anos para 100% a dívida?...

Isso é facílimo!!!!
Mas não pense que a dívida pública que é neste momento de 272 mil milhões de euros vai baixar um euro sequer!!!!!
O que vai acontecer é malabarismo financeiro, que só quem domina a área percebe!
O que o Centeno está a dizer é que a dívida nunca na vida vai baixar, nunca o PS baixou a dívida bruta (desde 2015 o maioritário Costa já aumentou 35 mil milhões de euros à dívida, note-se). O que vai acontecer é o governo acreditar que a riqueza do país vai crescer até aos 272 mil milhões de euros em 2026 e nessa altura atinge 100% do endividamento (PIB igual ao endividamento em cerca de 272 mil milhões de euros)!!!!!

Mas não quer dizer que a dívida diminuíu, apenas que a riqueza do país cresceu 50 mil milhões de euros em 4 anos em proporção à dívida!!!!!!!!!

Mais terra a terra, acredito que no mínimo o estado vai aumentar o endividamento em mais 20 a 30 mil milhões de euros (mais investimento na Defesa e Segurança Social pelo menos), o que obriga a que a riqueza chegue a 300 mil milhões em 2026!!!! Podemos pensar, os socialistas só sabem fazer o bem em aumentar a riqueza............. tretas!!!!!!
Dos 221 mil milhões da riqueza criada em 2021 até atingir uns 300 mil milhões, temos uma diferença de 80 mil milhões. Podíamos pensar que é um enorme avanço...... não é, basta recordar que o Portugal 2030 (que funciona de 2021 a 2027) + o PRR são 50 mil milhões de euros dados a Portugal!!!!!!! Basta o país criar mais 30 mil milhões de euros de riqueza (e que por acaso normalmente são os particulares e as empresas que criam e num espaço a 4 anos, o que não é complicado de se conseguir)!!!!!!

Espetáculo de contas socialistas, com o dinheiro dos outros são os melhores do mundo a criar riqueza!!!!!!!!  ::)

Percebeu agora a jogada xuxalista?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Março 26, 2022, 05:57:30 pm
Portugal e Espanha vão poder fixar preços de electricidade e gás

https://observador.pt/2022/03/25/ue-reconhece-excecao-iberica-portugal-e-espanha-podem-travar-preco-do-gas-para-produzir-eletricidade/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Srgdoido em Abril 08, 2022, 12:50:00 pm

Será que este senhor vai fazer alguma coisa positiva pela economia?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 11, 2022, 10:15:46 pm

Será que este senhor vai fazer alguma coisa positiva pela economia?

Sinceramente não espero nada de bom!
Apresentam um orçamento que já está em tudo ultrapassado, retiram mais poderes ao Ministro da Economia e por mais boa vontade que pareça ter para além da experiência, não tem peso político nenhum! Mais ou menos com a MDN que em plena guerra tem como preocupação a igualdade de género...... o que podemos esperar deste governo? A mim parece-me que propositadamente colocaram pessoas sem peso em áreas que não querem ver alterada uma linha em relação ao que (não) foi feito!

No caso do Ministro da Economia, parece-me um lírico! E como bom socialista, logo no início informou que vai criar mais um imposto para as empresas!!!!!!

Desde 2020 a TAP só por si engoliu o triplo dos apoios do estado em relação ao Layoff para as empresas do país inteiro!!!!!!!

https://maisliberdade.pt/maisfactos/auxilio-financeiro-a-tap-e-quase-3-vezes-superior-ao-apoio-as-restantes-empresas-em-lay-off-simplificado/

São medidas destas que não fazem o menor sentido e fazem-me desconfiar que este governo é composto por oportunistas que estão-se a borrifar para a economia, excepto se for a TAP!!!!!!! Sendo assim n espero nada deste Ministro, mesmo que tenha boa vontade, o Nuninho e o Medina (2 pesos pesados xuxas) não vão deixar o homem brilhar e a passar cheques só para a fofura francesa!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 12, 2022, 09:07:41 am
(https://pbs.twimg.com/media/FQIJz9_XoAAjFJ6?format=jpg&name=large)

Pela primeira vez em décadas a região mais rica do país fica abaixo da média da UE
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Abril 12, 2022, 09:14:19 am

Será que este senhor vai fazer alguma coisa positiva pela economia?

Sinceramente não espero nada de bom!
Apresentam um orçamento que já está em tudo ultrapassado, retiram mais poderes ao Ministro da Economia e por mais boa vontade que pareça ter para além da experiência, não tem peso político nenhum! Mais ou menos com a MDN que em plena guerra tem como preocupação a igualdade de género...... o que podemos esperar deste governo? A mim parece-me que propositadamente colocaram pessoas sem peso em áreas que não querem ver alterada uma linha em relação ao que (não) foi feito!

No caso do Ministro da Economia, parece-me um lírico! E como bom socialista, logo no início informou que vai criar mais um imposto para as empresas!!!!!!

Desde 2020 a TAP só por si engoliu o triplo dos apoios do estado em relação ao Layoff para as empresas do país inteiro!!!!!!!

https://maisliberdade.pt/maisfactos/auxilio-financeiro-a-tap-e-quase-3-vezes-superior-ao-apoio-as-restantes-empresas-em-lay-off-simplificado/

São medidas destas que não fazem o menor sentido e fazem-me desconfiar que este governo é composto por oportunistas que estão-se a borrifar para a economia, excepto se for a TAP!!!!!!! Sendo assim n espero nada deste Ministro, mesmo que tenha boa vontade, o Nuninho e o Medina (2 pesos pesados xuxas) não vão deixar o homem brilhar e a passar cheques só para a fofura francesa!!!!!!

Como é que um ministro da economia pode vir a ser alguma coisa de bom se uma das primeiras medidas é anunciar uma possível taxa extra para os lucros muito alto e pontuais de uma empresa?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 12, 2022, 09:51:59 am
(https://pbs.twimg.com/media/FQIJz9_XoAAjFJ6?format=jpg&name=large)

Pela primeira vez em décadas a região mais rica do país fica abaixo da média da UE

Orgulho xuxalista. Em vez de acabar com a pobreza e tornar-nos mais ricos, consegue o oposto, acabar com os ricos e tornar-nos mais pobres!!!! Grande Costa.

Mas ó P44? O Costa tem atenuantes, os últimos países do leste que entraram na UE eram riquíssimos!!!!!!
E o país que saíu no Brexit era muito mais pobre que nós e a média automaticamente subiu quando os pobretanas dos ingleses saíram!!!!!!

É este o ADN da esquerda, infelizmente, não pode haver ricos, temos de acabar com eles para ninguém sobressair!!!! Depois admiramo-nos que venham cá os estrangeiros comprarem as nossas empresas, porque não temos empresários com pilim!!!! Até chineses vêem cá comprar as nossas empresas, esses capitalistas!!!!!!

Mas agora aguentem, vamos ter mais 4 anos do mesmo. Querem dinheirinho? Só para a TAP!!!!!!!

A boa notícia é que os nossos políticos empobrecem tanto o país que agora até Lisboa pode receber fundos comunitários atribuídas às regiões mais pobres da UE!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 12, 2022, 10:02:35 am

Será que este senhor vai fazer alguma coisa positiva pela economia?

Sinceramente não espero nada de bom!
Apresentam um orçamento que já está em tudo ultrapassado, retiram mais poderes ao Ministro da Economia e por mais boa vontade que pareça ter para além da experiência, não tem peso político nenhum! Mais ou menos com a MDN que em plena guerra tem como preocupação a igualdade de género...... o que podemos esperar deste governo? A mim parece-me que propositadamente colocaram pessoas sem peso em áreas que não querem ver alterada uma linha em relação ao que (não) foi feito!

No caso do Ministro da Economia, parece-me um lírico! E como bom socialista, logo no início informou que vai criar mais um imposto para as empresas!!!!!!

Desde 2020 a TAP só por si engoliu o triplo dos apoios do estado em relação ao Layoff para as empresas do país inteiro!!!!!!!

https://maisliberdade.pt/maisfactos/auxilio-financeiro-a-tap-e-quase-3-vezes-superior-ao-apoio-as-restantes-empresas-em-lay-off-simplificado/

São medidas destas que não fazem o menor sentido e fazem-me desconfiar que este governo é composto por oportunistas que estão-se a borrifar para a economia, excepto se for a TAP!!!!!!! Sendo assim n espero nada deste Ministro, mesmo que tenha boa vontade, o Nuninho e o Medina (2 pesos pesados xuxas) não vão deixar o homem brilhar e a passar cheques só para a fofura francesa!!!!!!

Como é que um ministro da economia pode vir a ser alguma coisa de bom se uma das primeiras medidas é anunciar uma possível taxa extra para os lucros muito alto e pontuais de uma empresa?

Asalves? O homem é um sonhador. Não tenho dúvidas de que ele tem boas intenções, mas o asalves está a imaginar um Conselho de Ministros com ele a divagar e a pedir mais dinheiro para o que quer que seja e o Costa + Medina a aceitarem?

Você está a ver isso acontecer? Eu também não!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 12, 2022, 03:35:08 pm
Euribor a 12 meses regressa a terreno positivo pela 1.ª vez desde fevereiro de 2016
https://multinews.sapo.pt/noticias/euribor-a-12-meses-regressa-a-terreno-positivo-pela-1-a-vez-desde-fevereiro-de-2016/

Há semanas que às taxas Euribor estão a subir, a 12 meses já está positiva, parece mesmo que o pior vem a caminho.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 13, 2022, 12:19:45 pm
Continuando Asalves, olhe um apanhado sobre o novo Ministro da Economia  :mrgreen:

https://sic.pt/programas/istoegozarcomquemtrabalha/as-pessoas-fazem-pouco-do-ministro-da-economia-mas-ele-e-dos-homens-que-mais-nos-faz-sonhar-%ef%bf%bc/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 14, 2022, 10:54:42 am
Consórcio da Galp e Northvolt escolhe Setúbal para instalar nova refinaria de lítio

A Galp e a Northvolt anunciaram ter escolhido Setúbal para instalar a refinaria de lítio. Investimento ronda 700 milhões de euros.

A Galp e os suecos da Northvolt anunciaram esta quarta-feira ter escolhido Setúbal como a cidade onde vai ser instalada a nova refinaria de lítio. O investimento ronda os 700 milhões de euros e vai criar, aproximadamente, 200 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos.

Num comunicado conjunto, as empresas, que formam a joint venture Aurora, sinalizam que o local escolhido foi o Parque Industrial Sapec Bay, destacando que este “tem acesso a infraestruturas, caminhos-de-ferro, instalações portuárias e a localização ideal para obter reagentes e reutilizar subprodutos”.

Esta fábrica deverá ter uma capacidade para produzir “entre 28.000 e 35.000 toneladas de hidróxido de lítio” por ano, material utilizado no fabrico de baterias de ião-lítio, sendo que, para esse efeito, a unidade industrial vai utilizar “um processo de conversão comprovado, aproveitando os recentes avanços e tecnologias de processamento para aumentar a sustentabilidade e eficiência da operação”, explica ainda a Galp Energia, na nota de imprensa. Ou seja, o suficiente para a produção de 50 GW de baterias elétricas por ano (o suficiente para 700.000 veículos elétricos).

O consórcio Aurora tinha sido apresentado em dezembro do ano passado e resulta de uma parceira entre a Galp Energia e a sueca Northvolt, sendo detido em partes iguais. Este projeto “fará uso de energia verde para alimentar o processo de conversão, minimizando assim a dependência do gás natural” e é considerado um dos maiores investimentos previstos para o país nos próximos tempos.

A petrolífera portuguesa estima que neste projeto sejam investidos “cerca de 700 milhões de euros” e que sejam criados “mais de 200 empregos diretos qualificados e mais de 3.000 empregos indiretos na região“.

Face a este anúncio, o presidente da Câmara Municipal de Setúbal saúda a decisão, referindo que “Setúbal merece este investimento” e que a escolha revela como o município ” é reconhecido” pelas suas “áreas industriais qualificadas, boas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e portuárias e uma cidade, um meio social e cultural igualmente atrativos”, sublinha André Martins, citado em comunicado.

A empresa portuguesa prevê que as operações arranquem até ao final de 2025, ao passo que as operações comerciais deverão começar em 2026.

https://eco.sapo.pt/2022/04/13/consorcio-da-galp-e-northvolt-escolhe-setubal-para-instalar-nova-refinaria-de-litio/

Vá lá, parece que o lítio em Portugal não vai ser apenas uma aposta no emprego de mineiros e exportação de lítio em bruto!!!!!!!!
Parece que também querem criar valor e enriquecer cá, com empresas nacionais!!!! Esses capitalistas  :mrgreen:

Agora se não fosse uma maçada, o Ministro da Economia podia vasculhar uma empresa que aposte em baterias de lítio para colocar mesmo ao lado desta, se não for muito trabalho!!!! Então aí é que tinhamos uma cadeia completa de valor só sobre o lítio (extracção, transformação e criação de baterias!!!!!).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 15, 2022, 05:18:17 pm
OE2022. “Vamos ter salários reais mais baixos. Vão ser cobrados mais impostos”, alerta economista Vera Gouveia Barros
https://jornaleconomico.pt/noticias/oe2022-vamos-ter-salarios-reais-mais-baixos-vao-ser-cobrados-mais-impostos-alerta-economista-vera-gouveia-barros-879470
Citar
“Este orçamento mantém os escalões como estava previsto e para o mesmo salário nominal vamos ter salários reais mais baixos. E para esses salários, vai incidir a mesma fiscalidade que antes. Em termos reais, vamos cobrar mais impostos às pessoas”, realçou a economista Vera Gouveia Barros em análise ao OE2022.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 28, 2022, 01:51:44 pm
Filipe
@FilipeP95067018
·
19h
Comparemos a evolução do PIB per capita de Portugal, Letonia e Irlanda:

1993:
Portugal 14.474€
Letónia 1.000€
Irlanda 12.499€

2020
Portugal 18.126€
Letónia 23.060€
Irlanda 83.990€

Dedicado a todos os que dizem que baixos impostos não geram crescimento económico
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Abril 28, 2022, 03:28:51 pm
Filipe
@FilipeP95067018
·
19h
Comparemos a evolução do PIB per capita de Portugal, Letonia e Irlanda:

1993:
Portugal 14.474€
Letónia 1.000€
Irlanda 12.499€

2020
Portugal 18.126€
Letónia 23.060€
Irlanda 83.990€

Dedicado a todos os que dizem que baixos impostos não geram crescimento económico

Hum, isto é o que diz o Pordata no PIB real per capita

(https://i2.paste.pics/e6235418d3f665ff95e76b1cda024592.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 29, 2022, 03:02:30 pm
Inflação em Portugal dispara para 7,2% em abril, o valor mais alto dos últimos 29 anos
https://eco.sapo.pt/2022/04/29/inflacao-em-portugal-dispara-para-72-em-abril-o-valor-mais-alto-dos-ultimos-29-anos/
Citar
Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor atinge valor mais elevado desde março de 1993. Preços dos produtos energéticos estão em máximos de maio de 1985.

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o valor mais elevado desde março de 1993 e um aumento de 1,9 pontos percentuais face a março, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento é influenciado pelos produtos energéticos e alimentares não transformados.

Os dados indicam que o indicador de inflação subjacente (excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) continuou a acelerar em abril, passando de uma variação homóloga de 3,8% em março para 5% em abril, o registo mais elevado desde setembro de 1995.

Daqui para a frente vai ser sempre a doer, infelizmente.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 02, 2022, 11:14:38 am
Taxas Euribor devem ultrapassar os 1% em novembro. Aumento afeta quase 300 mil famílias
https://multinews.sapo.pt/noticias/taxas-euribor-devem-ultrapassar-os-1-em-novembro-aumento-afeta-quase-300-mil-familias/
Citar
As taxas Euribor devem subir nos próximos tempos, esperando-se que ultrapassem mesmo os 1% em novembro deste ano, avança o ‘Diário de Notícias’ (DN), citando um economista que analisou os efeitos da inflação no bolso dos portugueses.

Filipe Garcia, economista da IMF, considera que com a inflação a continuar com esta tendência crescente, o Banco Central Europeu deve subir os juros em 75 pontos base até final do ano, o que fará aumentar também as Euribor.

A taxa está agora em 0,118%, mas “espera-se que a Euribor a 12 meses esteja a 0,60% no início de agosto, a 1,06% no início de novembro e a 1,62% daqui a um ano”, sublinhou o especialista, em declarações ao ‘DN’.

Esta subida, adianta o jornal, vai afetar 292 mil famílias que estão abrangidas pelas Euribor e verão assim, a partir de novembro, o indexante subir para mais de 1%.

Também no que diz respeito às Euribor a três e a seis meses, que abrangem 382 mil e 495 mil famílias, deverá observar-se uma tendência crescente, prevendo-se que regressem a valores positivos já em julho. Contudo, só em 2023 devem ultrapassar os 1%.

Mas o que significam na prática estes aumentos? Quando as Euribor sobem, os consumidores com crédito a taxa variável terão de se preparar para maiores despesas na altura em que os contratos forem alvo de revisão.

O ‘DN’, com base nas contas da consultora ‘Reorganiza’, adianta que tendo em conta um contrato de 100 mil euros a 30 anos e com uma taxa de 1%, um aumento para 2% corresponde à subida de uma prestação de 322 para 370 euros, ou seja, cerca de 48 euros por mês ou 15%.

Por outro lado, segundo os cálculos do ‘Doutor Finanças’, tendo em conta um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos e em que o spread (margem de lucro do banco) é de 1,5%, se a taxa subir de cerca -0,53% para 1%, a prestação deverá aumentar de 375 para 448 euros, ou seja, cerca de 70 euros por mês.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Maio 09, 2022, 11:12:02 am
Rumo à 4a!

(https://pbs.twimg.com/media/FSTW-dBXsAABNiE?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Maio 15, 2022, 01:50:53 pm
Relação Economia/População!

É ver onde andam as pessoas, gráfico exemplificativo!!

(https://pbs.twimg.com/media/FSwTFpUWUAEnQiQ?format=png&name=4096x4096)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 16, 2022, 10:08:51 am
Rumo à 4a!

(https://pbs.twimg.com/media/FSTW-dBXsAABNiE?format=jpg&name=large)

É o chamado 2 em 1!
A suposta bazuca, vai ser gasta quase exclusivamente no Estado e no Estado todos sabemos que só há pessoas bem intencionadas!!!! E que os concursos públicos que vão ser lançados, não há nenhum combinado!!!!!!

Olhe, estava a falar com o dono de uma empresa informática de média dimensão e dizia-me ele que agora só lhe interessam os clientes/autarquias ou Institutos públicos, porque os privados não têem dinheiro e também não vão ter PRR!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Maio 20, 2022, 05:31:58 am
Uma vez mais a incompetência do Candongueiro e sua quadrilha a vir ao de cima.

https://expresso.pt/economia/2022-05-19-Governo-so-gastou-90-dos-500-milhoes-de-euros-do-PRR-previstos-para-2021-85d27ffe

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Kalil em Maio 20, 2022, 10:13:52 pm
Rumo à 4a!

(https://pbs.twimg.com/media/FSTW-dBXsAABNiE?format=jpg&name=large)

É o chamado 2 em 1!
A suposta bazuca, vai ser gasta quase exclusivamente no Estado e no Estado todos sabemos que só há pessoas bem intencionadas!!!! E que os concursos públicos que vão ser lançados, não há nenhum combinado!!!!!!

Olhe, estava a falar com o dono de uma empresa informática de média dimensão e dizia-me ele que agora só lhe interessam os clientes/autarquias ou Institutos públicos, porque os privados não têem dinheiro e também não vão ter PRR!!!!!!!

E a maioria absoluta garante que o tacho vai ser só para quem alinhar de rosa.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 25, 2022, 09:48:11 am
Portugal tem cada vez menos casas para vender. Escalada de preços à vista

No final de abril havia 135 mil imóveis disponíveis para venda, menos 15 mil do que no final do ano passado, “o que pode provocar uma escala de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”, alerta a consultora imobiliária Imovendo.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/portugal-tem-cada-vez-menos-casas-para-vender-escalada-de-precos-a-vista

Quando os juros começarem a subir, a procura abranda!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Maio 25, 2022, 10:34:30 am
Eu - o único português a perder dinheiro no imobiliário há uns 8 anos - não entendo esta escalada... compreendo o efeito do investimento estrangeiro, em especial em Lisboa (que afeta os subúrbios), compreendo a quebra (que demora, depois, a recuperar) da construção nova, compreendo a inflação recente na construção civil, compreendo apetência pelo investimento em imóveis... compreendo isso tudo e a junção de isso tudo; mas tanto?       
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 26, 2022, 12:03:41 pm
Eu - o único português a perder dinheiro no imobiliário há uns 8 anos - não entendo esta escalada... compreendo o efeito do investimento estrangeiro, em especial em Lisboa (que afeta os subúrbios), compreendo a quebra (que demora, depois, a recuperar) da construção nova, compreendo a inflação recente na construção civil, compreendo apetência pelo investimento em imóveis... compreendo isso tudo e a junção de isso tudo; mas tanto?     

Quando refere que está a perder no sector imobiliário à 8 anos, presumo que esteja a falar de fundos de investimento imobiliários, ou seja, o caro LM não tem os imóveis do seu lado, investe em conjunto com milhares de investidores, num grupo supostamente profissional que depois vai gerir esses dinheiro a fazer vários empreendimentos pelo mundo fora. O problema dos fundos é que a sua alavancagem pode estar comprometida logo à partida com os custos de gestão desse mesmo fundo e também de decisões de investimento que são tudo menos transparentes!

Mas a subida do sector imobiliário tem vários factores que vão terminar ou acabar muito em breve.
Dou-lhe vários factores:
- A pandemia e principalmente os confinamentos de meses, levaram as pessoas, principalmente das grandes cidades, a questionarem que secalhar um apartamento minúsculo pago a peso de ouro pode não ser a melhor solução ou a mais saudável. E houve muita gente a procurar locais mais calmos com mais espaço para poderem viver sem tantas restrições;
- As taxas de juro negativas, coisa que nenhum português teve, leva a alavancar ainda mais o sector da construção, que recordemos, viveu a pior crise com à 15 anos atrás, com a crise do subprime, precisamente no imobiliário;
- Com a pandemia, aconteceram vários fenómenos estranhos que estão a levar a uma escassez de quase tudo e consequentemente a um aumento de preços de tudo um pouco o que justifica a inflação. Pelo facto de termos muitas indústrias que estiveram ou ainda estão fechadas ou com a sua produção muito reduzida, o re-arranque torna-se penoso porque não há stocks de quase nada em quantidades;
- Esta escassez de stocks é agravada pelo facto de que grande parte do comércio acontecer por via marítima e esta não consegue restabelecer as linhas de fornecimento de um momento para o outro;
- Temos também o aumento do preço da energia desde o último trimestre do ano passado, e o sector da construção consome muita energia (sector das louças, azulejos, mobiliário, revestimentos). Posso dizer-lhe com conhecimento de causa de que estes produtos subiram todos entre 10 a 50%;
- E ainda por cima temos a guerra a ajudar à festa e a pressionar ainda mais a inflação.

Admito que haja ainda mais factores, mas estes são os que me recordo assim mais repentinamente.

Agora, o ciclo vai ser invertido. Até ao momento estamos de baixo do guarda-chuva do BCE, mas este não pode aguentar muito mais tempo este fardo! O BCE está a segurar principalmente as economias mais endividadas para não rebentar outro problema de dívida soberana na Europa (e por isso é que o aldrabão do Costa fecha a torneira ao investimento, menos para os camaradas, para não deixar crescer a dívida pública).

O BCE já sinalizou que os juros vão subir no 3º trimestre deste ano, já não aguenta mais os efeitos negativos do que estão a acontecer como:
- Aumento da inflação (subindo os juros as pessoas automaticamente recorrem menos ao crédito e consomem menos e passam a poupar mais, o que provoca o refrear e até mesmo declínio da inflação);
- Fuga de capitais. Se reparar, o euro está a desvalorizar, porquê? Porque somos o bloco com a taxa de juro mais baixa do mundo!!!!! E com isso, leva a que quem tem economias fuja para onde lhe dão mais dinheiro!!!!!!
- Mas a desvalorização da moeda, provoca ainda outro problema, que é o agravamento ainda maior da inflação!

Por todos estes motivos o BCE já avisou à muito tempo, para quem lê o que eles afirmam, de que os juros só não subiram, para a economia recuperar da pandemia e para evitarmos outra crise de dívidas!

E depois temos os bancos a apertarem cada vez mais o crédito incluindo o crédito à habitação.

Quem está a construír casa ou a comprar casa já construída, percebe que os bancos são muito mais duros!
Some-lhe a subida dos juros e o panorama não vai ser famoso para a construção!

Mas esta quebra eu acho que vai ser suave e até é saudável que seja suave e não brusca como em 2007 e 2008!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: LM em Maio 26, 2022, 12:44:38 pm
Expliquei-me mal - há 8 anos vendi, com prejuízo, a minha casa à "sócia"... e não comprei outra. Costumo, ao acordar, dar umas cabeçadas na parede pelo erro. 😉
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Maio 26, 2022, 02:34:53 pm
E eu, candidamente, a pensar que esta noticia foi claramente plantada para fazer com que os renitentes, devido aos tempo que se aproximam, corressem a ir comprar a sua casinha pois os "tubarões" sabem bem que com as taxas de juro a terem de subir, associado ao caos económico que vem no horizonte, têm uma bomba relógio de património sobrevalorizado nas mãos e não vão ser eles a quere ficar a arder. Havemos de ver muitas mais destas noticias "despachem-se que quase que não há, aproveitem agora".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 26, 2022, 03:58:37 pm
E eu, candidamente, a pensar que esta noticia foi claramente plantada para fazer com que os renitentes, devido aos tempo que se aproximam, corressem a ir comprar a sua casinha pois os "tubarões" sabem bem que com as taxas de juro a terem de subir, associado ao caos económico que vem no horizonte, têm uma bomba relógio de património sobrevalorizado nas mãos e não vão ser eles a quere ficar a arder. Havemos de ver muitas mais destas noticias "despachem-se que quase que não há, aproveitem agora".

Bem sei que está mortinho pelo colapso do capitalismo, mas parece que não percebeu o que escrevi.
Há de facto falta de imóveis!

Acha que há uma bolha no mercado imobiliário!? Acha que um apartamento em Lisboa que custa agora 1 milhão de euros, vai sofrer imenso por causa da subida dos juros? Isso seria verdade se quem os compra ganhasse o salário mínimo...... quem paga 1 milhão de euros por um apartamento não me parece que esteja preocupado com a subida das taxas de juros!!!!!

Há de facto uma enorme pressão no sector imobiliário, de tal ordem que....... tente fazer uma casa, chave na mão a ver se os construtores aceitam!!!!!! Idem para as obras públicas, lance um concurso público para uma construção qualquer, sem deixar a porta aberta à revisão de preços e vai ver que ficam os concursos às moscas, para enorme desilusão dos autarcas e políticos, agora que chovem milhões com o PRR!!!!!

E isso diz-lhe que os preços vão colapsar? Antes pelo contrário. Imóveis baratos, esses sim sofrem com uma crise, mas não os mais caros.......

E agora a guerra. Se me disser que o sector imobiliário à volta da Rússia e na Rússia vão caír eu acredito em si, e Portugal que está no extremo oposto da Europa? O que lhe parece?

Sobre as notícias "plantadas"....... e quais são as notícias que não têem nenhum interesse para ninguém e que são publicadas na CS? Conhece? Ou vai dizer-me que há jornais e TV isentas? (Sputnik e RT, não)?

Já foi dito até por pessoas de relevo nacional, mas não vale a pena referir o porquê no meio de uma guerra, que este conflito se vai beneficiar algum país, tenho poucas dúvidas de que um deles é o nosso e julgo que não é preciso discursar muito sobre o porquê!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 26, 2022, 03:59:56 pm
Expliquei-me mal - há 8 anos vendi, com prejuízo, a minha casa à "sócia"... e não comprei outra. Costumo, ao acordar, dar umas cabeçadas na parede pelo erro. 😉

À bom. Mas com descendência, metade do seu problema está resolvido  ;)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Maio 26, 2022, 07:46:03 pm
Sobre esse tema penso que este debate pode ajudar:

https://www.rtp.pt/play/p9995/e613654/fronteiras-xxi (https://www.rtp.pt/play/p9995/e613654/fronteiras-xxi)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Maio 26, 2022, 09:26:54 pm
Portugal tem cada vez menos casas para vender. Escalada de preços à vista

No final de abril havia 135 mil imóveis disponíveis para venda, menos 15 mil do que no final do ano passado, “o que pode provocar uma escala de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”, alerta a consultora imobiliária Imovendo.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/portugal-tem-cada-vez-menos-casas-para-vender-escalada-de-precos-a-vista

Quando os juros começarem a subir, a procura abranda!!!!!

Os juros crédito habitação já subiram...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 26, 2022, 09:43:13 pm
Portugal tem cada vez menos casas para vender. Escalada de preços à vista

No final de abril havia 135 mil imóveis disponíveis para venda, menos 15 mil do que no final do ano passado, “o que pode provocar uma escala de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”, alerta a consultora imobiliária Imovendo.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/portugal-tem-cada-vez-menos-casas-para-vender-escalada-de-precos-a-vista

Quando os juros começarem a subir, a procura abranda!!!!!
~

Os juros crédito habitação já subiram...

A taxa de juro de referência na UE, imposta administrativamente pelo BCE (na realidade é por todos os governadores reunidos em conjunto, da UE) continua em zero!

Efectivamente as as taxas de juro compostas variam todos os dias e já começaram a subir (normalmente e para nós, usamos as taxas Euribor), porque reflectem o que se espera que o BCE faça num futuro próximo (que é a de subir as taxas de juro). Mas a taxa de juro de referência do BCE ainda está em zero. No fim do verão, os indexantes vão todos acompanhar a subir das taxas de referência!

Aliás, se for ver neste momento, as taxas Euribor, usadas nos empréstimos à habitação, estão todas negativas, com a excepção da taxa a 12 meses, porquê? Por em menos de 12 meses espera-se que o BCE suba a sua taxa de juro!!!!! Que por acaso é a taxa normalmente aplicada nos empréstimos-habitação.

E o CruzSilva também tem de meter ao barulho o spread (margem do banco), e por isso muitos empréstimos têem taxas positivas por causa dos spreads!!!!!

Confirme aqui: https://www.euribor-rates.eu/pt/taxas-euribor-actuais/

e

https://bpstat.bportugal.pt/serie/12504589
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Maio 26, 2022, 10:25:43 pm
Portugal tem cada vez menos casas para vender. Escalada de preços à vista

No final de abril havia 135 mil imóveis disponíveis para venda, menos 15 mil do que no final do ano passado, “o que pode provocar uma escala de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”, alerta a consultora imobiliária Imovendo.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/portugal-tem-cada-vez-menos-casas-para-vender-escalada-de-precos-a-vista

Quando os juros começarem a subir, a procura abranda!!!!!
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Os juros crédito habitação já subiram...

A taxa de juro de referência na UE, imposta administrativamente pelo BCE (na realidade é por todos os governadores reunidos em conjunto, da UE) continua em zero!

Efectivamente as as taxas de juro compostas variam todos os dias e já começaram a subir (normalmente e para nós, usamos as taxas Euribor), porque reflectem o que se espera que o BCE faça num futuro próximo (que é a de subir as taxas de juro). Mas a taxa de juro de referência do BCE ainda está em zero. No fim do verão, os indexantes vão todos acompanhar a subir das taxas de referência!

Aliás, se for ver neste momento, as taxas Euribor, usadas nos empréstimos à habitação, estão todas negativas, com a excepção da taxa a 12 meses, porquê? Por em menos de 12 meses espera-se que o BCE suba a sua taxa de juro!!!!! Que por acaso é a taxa normalmente aplicada nos empréstimos-habitação.

E o CruzSilva também tem de meter ao barulho o spread (margem do banco), e por isso muitos empréstimos têem taxas positivas por causa dos spreads!!!!!

Confirme aqui: https://www.euribor-rates.eu/pt/taxas-euribor-actuais/

e

https://bpstat.bportugal.pt/serie/12504589

Obrigado Viajante pelas dicas! Efectivamente referia-me à Euribor a 12 meses... daí o meu comentário!

Estou a renegociar o meu crédito habitação... a ver como corre!  :mrgreen: :-X
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 27, 2022, 02:30:41 am
Obrigado Viajante pelas dicas! Efectivamente referia-me à Euribor a 12 meses... daí o meu comentário!

Estou a renegociar o meu crédito habitação... a ver como corre!  :mrgreen: :-X

Faz muito bem renegociar.

Dou-lhe mais umas dicas onde pode ganhar muitos milhares de euros na renegociação  :mrgreen:
- Aceite subscrever pequenas coisas para baixar o spread (cartões de débitou ou crédito, domiciliação de mais débitos directos, etc), mas se ainda não tiver subscrito não o faça por exemplo para seguros de saúde, porque este aumenta imenso com a idade;

- Se tiver subscrito o seguro de saúde e não puder livrar-se dele, baixe as coberturas para o mínimo, para pagar muito menos. Normalmente os bancos obrigam a um para baixar o spread, mas não conseguem opor-se se reduzir as coberturas (mas confirme no contrato original);

- Se tiver mais do que um crédito-habitação, junte se possível num só contrato (reduz logo os tarecos todos que lhe impingem);

- Mas a cereja no topo do bolo, e que é de longe uma das maiores parcelas de um empréstimo, mude de seguro de vida, mesmo que isso lhe custe aumentar ligeiramente o seu spread. Acredite que aqui num empréstimo de 200 000€ a 30 anos, pode poupar ao longo do empréstimo uns 40 000€ só no seguro de vida!!!!!!! Em vez de um seguro de vida caro (fica caríssimo com o aumento da idade dos titulares) e que às vezes é feito com valor fixo até ao fim do contrato, faça antes um seguro de vida com valor variável, ajustado ao seu capital em dívida (mostre mesmo à companhia o plano financeiro do empréstimo). Por exemplo, com um empréstimo de 200 000€ não faça um seguro de vida sempre de 200 000€ para os 30 anos de duração do empréstimo! Ajuste o valor conforme vai pagando as prestações até chegar quase a zero no último ano do empréstimo!;

Mas há mais  :mrgreen:
No seguro de vida, em vez da companhia que o banco lhe impinge (vá lá a Allianz agora até tem valores decentes), fuja das companhias que lhe indica o banco (a CGD empurra para a Fidelidade, o BCP para a ocidental, o BPI para a Allianz.........), peça simulações à Asisa e Real Vida. Eventualmente a outras companhias, mas quando estas duas lhe derem as simulações (a Allianz também se aproxima, o que não acontecia no passado), vai caír de quatro com as diferenças de preços. Posso dizer-lhe que no meu caso, em vez de pagar 76 000€ no meu seguro de vida indicado pelo banco, preferi pagar um spread superior em 0,1%, mas pago apenas 27 000€ em 30 anos (são só menos 49 000€ em 30 anos!!!!!!!!!)

Qualquer coisa diga.

E não se preocupe, a Asisa é uma companhia do país vizinho que só se dedica a seguros de vida, é só disso que eles vivem!

Abraço
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Maio 27, 2022, 10:32:15 am
E eu, candidamente, a pensar que esta noticia foi claramente plantada para fazer com que os renitentes, devido aos tempo que se aproximam, corressem a ir comprar a sua casinha pois os "tubarões" sabem bem que com as taxas de juro a terem de subir, associado ao caos económico que vem no horizonte, têm uma bomba relógio de património sobrevalorizado nas mãos e não vão ser eles a quere ficar a arder. Havemos de ver muitas mais destas noticias "despachem-se que quase que não há, aproveitem agora".

Bem sei que está mortinho pelo colapso do capitalismo, mas parece que não percebeu o que escrevi.
Há de facto falta de imóveis!

Acha que há uma bolha no mercado imobiliário!? Acha que um apartamento em Lisboa que custa agora 1 milhão de euros, vai sofrer imenso por causa da subida dos juros? Isso seria verdade se quem os compra ganhasse o salário mínimo...... quem paga 1 milhão de euros por um apartamento não me parece que esteja preocupado com a subida das taxas de juros!!!!!

Há de facto uma enorme pressão no sector imobiliário, de tal ordem que....... tente fazer uma casa, chave na mão a ver se os construtores aceitam!!!!!! Idem para as obras públicas, lance um concurso público para uma construção qualquer, sem deixar a porta aberta à revisão de preços e vai ver que ficam os concursos às moscas, para enorme desilusão dos autarcas e políticos, agora que chovem milhões com o PRR!!!!!

E isso diz-lhe que os preços vão colapsar? Antes pelo contrário. Imóveis baratos, esses sim sofrem com uma crise, mas não os mais caros.......

E agora a guerra. Se me disser que o sector imobiliário à volta da Rússia e na Rússia vão caír eu acredito em si, e Portugal que está no extremo oposto da Europa? O que lhe parece?

Sobre as notícias "plantadas"....... e quais são as notícias que não têem nenhum interesse para ninguém e que são publicadas na CS? Conhece? Ou vai dizer-me que há jornais e TV isentas? (Sputnik e RT, não)?

Já foi dito até por pessoas de relevo nacional, mas não vale a pena referir o porquê no meio de uma guerra, que este conflito se vai beneficiar algum país, tenho poucas dúvidas de que um deles é o nosso e julgo que não é preciso discursar muito sobre o porquê!!!!!

Temo bem que não tenha entendido absolutamente nada do que eu escrevi. Depois até me ajuda com o que escreveu. Tal como em muitas outras ocasiões, descreve bem a coisa e mostra uma boa capacidade de observar, mas depois falha completamente na interpretação do que escreve e/ou vê. Porque existe uma diferença fulcral entre ver e entender.

E sim, está uma bomba montada que não descortino qualquer solução matematicamente possível para ela. A ver vamos, mas a "santissima trindade" dos "funny times" já se está a fazer sentir e é apenas o inicio.

PS: Gostei dessa de eu "estar mortinho pelo colapso do capitalismo". Indica que me conhece muito bem e até sabe o que faço..... enfim....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 27, 2022, 11:21:09 am

Temo bem que não tenha entendido absolutamente nada do que eu escrevi. Depois até me ajuda com o que escreveu. Tal como em muitas outras ocasiões, descreve bem a coisa e mostra uma boa capacidade de observar, mas depois falha completamente na interpretação do que escreve e/ou vê. Porque existe uma diferença fulcral entre ver e entender.

E sim, está uma bomba montada que não descortino qualquer solução matematicamente possível para ela. A ver vamos, mas a "santissima trindade" dos "funny times" já se está a fazer sentir e é apenas o inicio.

PS: Gostei dessa de eu "estar mortinho pelo colapso do capitalismo". Indica que me conhece muito bem e até sabe o que faço..... enfim....

Não, eu só falho na interpretação que o Foxtroop pretendia ler nas minhas palavras! Mas isso é um problema seu não é meu!
Eu estou muito mais céptico em relação à forma de colocar um termo à invasão lunática Russa e às consequências para a Europa e sem dúvida da Rússia que vai caír para a mesa das crianças como já lá está a Europa, do que propriamente uma possível crise no sector imobiliário.
Está invasão do Csar Putin à Ucrãnia, vai empobrecer brutalmente a Rússia e vai fortalecer uma Super-potência que são os EUA e cá estaremos para comprovar ou não o que afirmo.
A dúvida é precisamente a China, mas mesmo essa não está a apreciar nada o que se está a passar...... basta ver quem são os maiores clientes da Rússia e da China e percebe a inquietação Chinesa!
Sabe que sector económico mundial vai dar um enorme salto, não sabe? Está agora a ter muito sucesso na Ucrãnia!

Voltando ao sector imobiliário, já foram lançados e ainda vão ser lançados mais obstáculos a quem pretende comprar casa, logo só por aí vai existir um refrear dos ânimos...... com excepção dos imóveis de luxo que eu próprio tenho oportunidade de verificar que dinheiro para comprar investimentos caros, não falta (no Douro por exemplo, que nem sequer um mercado ao nível de Lisboa, Porto ou o Algarve!).

Mas como lhe digo, se não acredita que há falta de imóveis, tente você mesmo comprar ou pior ainda, construír para verificar por sí o que escrevo!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Maio 27, 2022, 03:38:14 pm
Explique a razão disto que escreveu.

Citar
Há de facto uma enorme pressão no sector imobiliário, de tal ordem que....... tente fazer uma casa, chave na mão a ver se os construtores aceitam!!!!!! Idem para as obras públicas, lance um concurso público para uma construção qualquer, sem deixar a porta aberta à revisão de preços e vai ver que ficam os concursos às moscas, para enorme desilusão dos autarcas e políticos, agora que chovem milhões com o PRR!!!!!

Enumere as causas e, provavelmente, irá chegar a conclusões que são capazes de ser diferentes do que disse antes. E assim talvez a discussão saudável cresça em vez de andar aqui com rotulagens.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 28, 2022, 04:47:55 pm
Explique a razão disto que escreveu.

Citar
Há de facto uma enorme pressão no sector imobiliário, de tal ordem que....... tente fazer uma casa, chave na mão a ver se os construtores aceitam!!!!!! Idem para as obras públicas, lance um concurso público para uma construção qualquer, sem deixar a porta aberta à revisão de preços e vai ver que ficam os concursos às moscas, para enorme desilusão dos autarcas e políticos, agora que chovem milhões com o PRR!!!!!

Enumere as causas e, provavelmente, irá chegar a conclusões que são capazes de ser diferentes do que disse antes. E assim talvez a discussão saudável cresça em vez de andar aqui com rotulagens.

A inflação começou a subir no ano passado, quando a economia começou a recuperar da covid e deparamo-nos de que há falta de stocks de quase tudo e em quantidade! Obviamente que a guerra este ano agrava ainda mais a crise, no caso da Rússia a inflação já vai em mais de 20% e a queda do PIB em mais de 14% (dito pelo próprio Banco Central Russo).

Ora, se me lembro bem, não estou a ver como é que o sector imobiliário vai caír com a inflação em alta!!!!!
Mas se quiser esplanar, à vontade!

Se experimentar pedir orçamentos para construír uma casa, diga-me lá que resposta lhe dão os construtores? Chave na mão? Nem pensar! Obras públicas igual!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Junho 01, 2022, 03:32:06 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FUHJxLTX0AE48w3?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Junho 03, 2022, 10:01:28 am


A inflação começou a subir no ano passado, quando a economia começou a recuperar da covid e deparamo-nos de que há falta de stocks de quase tudo e em quantidade! Obviamente que a guerra este ano agrava ainda mais a crise, no caso da Rússia a inflação já vai em mais de 20% e a queda do PIB em mais de 14% (dito pelo próprio Banco Central Russo).

Ora, se me lembro bem, não estou a ver como é que o sector imobiliário vai caír com a inflação em alta!!!!!
Mas se quiser esplanar, à vontade!

Se experimentar pedir orçamentos para construír uma casa, diga-me lá que resposta lhe dão os construtores? Chave na mão? Nem pensar! Obras públicas igual!!!!

Deixe os chavões sobre a Rússia de lado, pois não contam para nada do que estamos a discutir. Sobre o preço das casas cair, nem sequer falei disso, pois não há nem têm como cair, o que referi é que há uma bomba de sobrevalorização que, devido aos factos que enumerou, não pode ser desarmada!!

Agora some o que eu escrevi ao que o meu caro escreveu e veja o retrato do que aí vem.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 03, 2022, 10:50:12 am


A inflação começou a subir no ano passado, quando a economia começou a recuperar da covid e deparamo-nos de que há falta de stocks de quase tudo e em quantidade! Obviamente que a guerra este ano agrava ainda mais a crise, no caso da Rússia a inflação já vai em mais de 20% e a queda do PIB em mais de 14% (dito pelo próprio Banco Central Russo).

Ora, se me lembro bem, não estou a ver como é que o sector imobiliário vai caír com a inflação em alta!!!!!
Mas se quiser esplanar, à vontade!

Se experimentar pedir orçamentos para construír uma casa, diga-me lá que resposta lhe dão os construtores? Chave na mão? Nem pensar! Obras públicas igual!!!!

Deixe os chavões sobre a Rússia de lado, pois não contam para nada do que estamos a discutir. Sobre o preço das casas cair, nem sequer falei disso, pois não há nem têm como cair, o que referi é que há uma bomba de sobrevalorização que, devido aos factos que enumerou, não pode ser desarmada!!

Agora some o que eu escrevi ao que o meu caro escreveu e veja o retrato do que aí vem.

Meu caro, pela enésima vez, o sector imobiliário vai estar muito longe das principais preocupações!

Um problema muito maior vai ser sim o combate à inflação, que recorde-se, já começou a subir no ano passado, quando começamos a recuperar da Covid. E porquê? Porque os bancos centrais despejaram imenso dinheiro na economia e esse dinheiro tem de ser retirado do mercado! E como? Obviamente subindo os juros!

Esse sim vai ser um problema muito mais relevante, especialmente para nós, muito endividados (Estado, particulares e empresas). O BCE já avisou com muita antecedência o que vai fazer para combater a inflação e que no resto do mundo já começou a ser feito, a subida das taxas de juro que são neste momento de 0% na UE!

Já escrevi aqui no Fórum que no fim deste ano a taxa de juro vai estar em 0,5% e vai continuar a subir!
Só ainda não subiram porque o BCE tem consciência dos efeitos que vai ter em economias endividadas como a nossa!!!!!!!!

O nosso problema mais imediato não é a fome nem a suposta crise no sector imobiliário. Vai ser sim a subida das taxas de juro que essas sim podem provocar uma crise na Europa!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 03, 2022, 11:57:40 am
https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/prestacao-mensal-da-casa-pode-subir-quase-300-euros

Vai ser lindo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Junho 03, 2022, 12:56:02 pm
https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/prestacao-mensal-da-casa-pode-subir-quase-300-euros

Vai ser lindo

Tudo o que desce eventualmente sobe, e vamos ver se mantém só nos 2%

https://www.euribor-rates.eu/en/euribor-charts/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Junho 03, 2022, 01:11:23 pm


Meu caro, pela enésima vez, o sector imobiliário vai estar muito longe das principais preocupações!

Um problema muito maior vai ser sim o combate à inflação, que recorde-se, já começou a subir no ano passado, quando começamos a recuperar da Covid. E porquê? Porque os bancos centrais despejaram imenso dinheiro na economia e esse dinheiro tem de ser retirado do mercado! E como? Obviamente subindo os juros!

Esse sim vai ser um problema muito mais relevante, especialmente para nós, muito endividados (Estado, particulares e empresas). O BCE já avisou com muita antecedência o que vai fazer para combater a inflação e que no resto do mundo já começou a ser feito, a subida das taxas de juro que são neste momento de 0% na UE!

Já escrevi aqui no Fórum que no fim deste ano a taxa de juro vai estar em 0,5% e vai continuar a subir!
Só ainda não subiram porque o BCE tem consciência dos efeitos que vai ter em economias endividadas como a nossa!!!!!!!!

O nosso problema mais imediato não é a fome nem a suposta crise no sector imobiliário. Vai ser sim a subida das taxas de juro que essas sim podem provocar uma crise na Europa!

Agradecido por me fazer ficar 100% convencido de algo que eu queria acreditar que não era o caso. É como é, há que lidar....
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 03, 2022, 01:41:21 pm


Meu caro, pela enésima vez, o sector imobiliário vai estar muito longe das principais preocupações!

Um problema muito maior vai ser sim o combate à inflação, que recorde-se, já começou a subir no ano passado, quando começamos a recuperar da Covid. E porquê? Porque os bancos centrais despejaram imenso dinheiro na economia e esse dinheiro tem de ser retirado do mercado! E como? Obviamente subindo os juros!

Esse sim vai ser um problema muito mais relevante, especialmente para nós, muito endividados (Estado, particulares e empresas). O BCE já avisou com muita antecedência o que vai fazer para combater a inflação e que no resto do mundo já começou a ser feito, a subida das taxas de juro que são neste momento de 0% na UE!

Já escrevi aqui no Fórum que no fim deste ano a taxa de juro vai estar em 0,5% e vai continuar a subir!
Só ainda não subiram porque o BCE tem consciência dos efeitos que vai ter em economias endividadas como a nossa!!!!!!!!

O nosso problema mais imediato não é a fome nem a suposta crise no sector imobiliário. Vai ser sim a subida das taxas de juro que essas sim podem provocar uma crise na Europa!

Agradecido por me fazer ficar 100% convencido de algo que eu queria acreditar que não era o caso. É como é, há que lidar....

Se me explicar como é que consegue ter uma bolha no imobiliário com inflação em alta!!!!
Ainda por cima, para além da inflação, vai ter uma subida dos juros, o perigo de uma possível bolha imobiliária são anulados.

Cá estaremos para comprovar!

O imobiliário vai arrefecer? É verdade, por causa da inflação e da subida dos juros, mas precisamente por esses factos que sabemos que vão acontecer, o suposto balão explosivo é esvaziado!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Junho 03, 2022, 04:33:13 pm
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/01/26/50674-bolha-imobiliaria-em-portugal-futuro-depende-da-subida-dos-juros (https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/01/26/50674-bolha-imobiliaria-em-portugal-futuro-depende-da-subida-dos-juros)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 03, 2022, 10:01:08 pm
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/01/26/50674-bolha-imobiliaria-em-portugal-futuro-depende-da-subida-dos-juros (https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/01/26/50674-bolha-imobiliaria-em-portugal-futuro-depende-da-subida-dos-juros)

Depois do título bombástico, no fim do artigo:

...No entanto, a oferta de casas não acompanhou a explosão da procura. A análise do CaixaBank mostra que desde 2006 que a construção de casas novas em Portugal é inferior a 20 por cada 1.000 habitações. E ainda que piorou ao longo do tempo, já que desde 2010 que se constroem menos de 10 casas por cada 1.000 lares. Os dados mostram, portanto, que “não houve excesso de oferta de novas habitações a exercer pressão em baixa sobre os preços das casas", conclui o estudo. A sustentar esta hipótese está o peso das casas novas no total de habitações transacionadas, que caiu de níveis superiores a 30%, em 2011, para valores na ordem dos 15% hoje em dia.

(https://st3.idealista.pt/news/arquivos/styles/imagen_big_lightbox/public/2022-01/pt_01.jpg?sv=5aQ12VMs&itok=9YSmY15N)

Há também quem desenhe um cenário de descida dos preços das casas por via do aumento da oferta e da queda dos rendimentos familiares. “O mercado residencial tenderá a consolidar a tendência de ligeira quebra de valores médios transacionados, consequência de um aumento de produto direcionado à classe média e à medida que o apoio do Governo durante a pandemia seja eliminado e a evolução do mercado de trabalho se torne menos favorável ao rendimento familiar”, disse em entrevista ao idealista/news Paula Fernandes, CEO da RAR Imobiliária.

Tal e qual o título do artigo  :mrgreen:
O gráfico não deixa a menor dúvida, a construção habitacional teve uma quebra tremenda!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Junho 05, 2022, 03:57:06 pm
O setor da construção implodiu com o governo de PS/José Sócrates.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 05, 2022, 04:09:22 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FUfRRJtWUAE-yL1?format=jpg&name=medium)

(https://pbs.twimg.com/media/FUfNPmEWUAEVfLN?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 11, 2022, 11:14:09 am
PRR. Muita parra, pouca uva

Dos mais de 16 mil milhões, apenas foram pagos 696 milhões, e as empresas só viram 1,4 milhões de euros. As críticas à execução do plano vão-se multiplicando e o Governo já admite a derrapagem do programa.

https://ionline.sapo.pt/artigo/773493/prr-muita-parra-pouca-uva?seccao=Portugal_i

Nem com dinheiro dado!!!!! Mas o desgoverno tem razão, é para não aumentar a inflação (aumento da execução do PRR)  ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 11, 2022, 11:20:15 am
Vão ser 4 anos de fartar vilanagem rumo à 4a bancarrota xuxa

Povinho miserável só está bem a levar no focinho
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Luso em Junho 11, 2022, 10:01:45 pm
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2022, 10:41:35 am
O vídeo é excelente e retrata fielmente o que se passa no país (os dois intervenientes são excelentes e com jogos de palavras fáceis que toda a gente percebe, o Jorge Marrão e Joaquim Aguiar).

É sempre uma luta que eu tenho, que sou da área da gestão (microeconomia para os economistas  :o tentar fazer perceber às pessoas que estão a ser enganadas!
Infelizmente a economia não é uma ciência, se fosse era mais fácil para resolvermos os problemas, muitas das vezes têem de ser feitas experiências para problemas novos!
E para ajudar à festa, interpretar economia para quem não é da área, é muito fácil encontrar argumentos a favor e contra!!!!!!

Quando à dias ouvi várias vezes a comunicação social e o governo a gabarem-se porque a economia tinha crescido mais de 11% no trimestre.... pensei cá comigo, mas estes fulanos não se enxergam? Estão a tentar enganar quem? Mas depois percebi que o "povo" nunca foi forte em contas........
Quem percebe, entende o disparate do crescimento artificial, porque na realidade a economia compara períodos homólogos (expurgando a sazonalidade), ora que período compara com os 3 primeiros meses de 2022? Obviamente os 3 primeiros meses de 2021...... em que estivemos fechados!!!!!!!

Outra, a função pública não pode ser aumentada por isso ía fazer subir mais a inflação (dito à 2 semanas) e esta semana que passou o aldrabão pede para os empresários subirem os salários em 20%!!!!! Estes fulanos não têem vergonha nenhuma das mentiras e incongruências que dizem no espaço de dias?

O que eu não percebo é como é que este desgoverno, que não tem nada para mostrar, nada, consegue maioria absoluta!

Gostei das bocas dos entrevistados, então aquela de transformar o símbolo do PS em vez do punho fechado em mão estendida  :mrgreen:
Aliás, o facto de Portugal ser um dos maiores entraves à entrada da Ucrãnia na UE, não tenho a menor dúvida de que se trata da inveja por entrar mais um "pedinte" na UE com quem temos de repartir as esmolas dos outros!!!!!!

E a boca do noivo (Presidente) que não reclama muito porque só quer é que não seja traído  :mrgreen:

Também gostei das bocas mandadas à esquerda com o ódio a tudo o que é privado, porque todos sabemos que o estado gere bem tudo em que toca.
E também da economia dirigida (que vem do tempo ainda de Salazar)......

Mas não vale a pena explicar muito mais.
Quem quiser saber o que tem de ser feito na nossa economia, basta ver o vídeo e ouvir também o saudoso Medina Carreira.

E também ajuda se lerem a antiga biblia da economia até à 15 anos atrás, o Samuelson (livro Economics ou Economia de Paul Samuelson e William Nordhaus): disponível gratuitamente aqui: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiQ7cG_g6r4AhWF0oUKHRcfAb8QFnoECAUQAQ&url=https%3A%2F%2Fmoodle.estgv.ipv.pt%2F201920%2Fpluginfile.php%2F59329%2Fmod_resource%2Fcontent%2F1%2Fsamunord19.pdf&usg=AOvVaw1sDVmab9dj6BPBOENCHXs3
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Junho 13, 2022, 05:45:29 pm
Hoje o dia não foi nada mau, acabei de receber juros de certificados do Tesouro de 7.53% taxa juro bruta!  ;D

(https://i2.paste.pics/8f4865b27f42c9abfe5611cf85b6d5ac.png)

https://www.igcp.pt/fotos/editor2/2022/CTPM_Taxa_Juro/06_TAXA_JURO_CTPM.pdf
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Junho 13, 2022, 07:41:03 pm
O vídeo é excelente e retrata fielmente o que se passa no país (os dois intervenientes são excelentes e com jogos de palavras fáceis que toda a gente percebe, o Jorge Marrão e Joaquim Aguiar).

É sempre uma luta que eu tenho, que sou da área da gestão (microeconomia para os economistas  :o tentar fazer perceber às pessoas que estão a ser enganadas!
Infelizmente a economia não é uma ciência, se fosse era mais fácil para resolvermos os problemas, muitas das vezes têem de ser feitas experiências para problemas novos!
E para ajudar à festa, interpretar economia para quem não é da área, é muito fácil encontrar argumentos a favor e contra!!!!!!

Quando à dias ouvi várias vezes a comunicação social e o governo a gabarem-se porque a economia tinha crescido mais de 11% no trimestre.... pensei cá comigo, mas estes fulanos não se enxergam? Estão a tentar enganar quem? Mas depois percebi que o "povo" nunca foi forte em contas........
Quem percebe, entende o disparate do crescimento artificial, porque na realidade a economia compara períodos homólogos (expurgando a sazonalidade), ora que período compara com os 3 primeiros meses de 2022? Obviamente os 3 primeiros meses de 2021...... em que estivemos fechados!!!!!!!

Outra, a função pública não pode ser aumentada por isso ía fazer subir mais a inflação (dito à 2 semanas) e esta semana que passou o aldrabão pede para os empresários subirem os salários em 20%!!!!! Estes fulanos não têem vergonha nenhuma das mentiras e incongruências que dizem no espaço de dias?

O que eu não percebo é como é que este desgoverno, que não tem nada para mostrar, nada, consegue maioria absoluta!

Gostei das bocas dos entrevistados, então aquela de transformar o símbolo do PS em vez do punho fechado em mão estendida  :mrgreen:
Aliás, o facto de Portugal ser um dos maiores entraves à entrada da Ucrãnia na UE, não tenho a menor dúvida de que se trata da inveja por entrar mais um "pedinte" na UE com quem temos de repartir as esmolas dos outros!!!!!!

E a boca do noivo (Presidente) que não reclama muito porque só quer é que não seja traído  :mrgreen:

Também gostei das bocas mandadas à esquerda com o ódio a tudo o que é privado, porque todos sabemos que o estado gere bem tudo em que toca.
E também da economia dirigida (que vem do tempo ainda de Salazar)......

Mas não vale a pena explicar muito mais.
Quem quiser saber o que tem de ser feito na nossa economia, basta ver o vídeo e ouvir também o saudoso Medina Carreira.

E também ajuda se lerem a antiga biblia da economia até à 15 anos atrás, o Samuelson (livro Economics ou Economia de Paul Samuelson e William Nordhaus): disponível gratuitamente aqui: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiQ7cG_g6r4AhWF0oUKHRcfAb8QFnoECAUQAQ&url=https%3A%2F%2Fmoodle.estgv.ipv.pt%2F201920%2Fpluginfile.php%2F59329%2Fmod_resource%2Fcontent%2F1%2Fsamunord19.pdf&usg=AOvVaw1sDVmab9dj6BPBOENCHXs3

Grato pela visão e pela partilha
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 15, 2022, 12:11:52 pm
Falta um aninho malta

Aproveitem bem

https://expresso.pt/economia/2022-06-14-Divida-portuguesa-juros-ja-estao-acima-de-3.-Medina-enfrenta-linha-vermelha-dos-7-daqui-a-um-ano-44bce0f1
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 15, 2022, 06:00:31 pm
O futuro deste país está cada vez mais brilhante... :-X

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-caiu-seis-posicoes-no-ranking-de-competitividade-global


Da 36.ª posição, em 2021, o país passa este ano para a 42.ª, uma descida em que somaram pontos, pela negativa, indicadores como o desempenho económico, eficiência governamental e empresarial e as infraestruturas. Dinamarca destronou a Suíça e lidera agora o ranking.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Junho 16, 2022, 03:26:00 pm

Governo abre as portas à mão-de-obra barata
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2022, 10:32:11 pm
Uma coisa é certa, vivemos tempos estranhos e com fenómenos (da área económica) que pouca gente conhece ou relembra-se!

O nosso maior problema, e da minha parte não escondo o cepticismo, não confio absolutamente nada no actual governo para ultrapassar esta crise que se avizinha! São incompetentes e não têem a menor capacidade de antecipar problemas!

Há um fenómeno que no passado não acontecia, a FED americana está a combater esta crise de forma oposta ao BCE!!!!!!
A FED teve humildade de reconhecer que não está a conseguir antecipar os problemas, mas agiu imediatamente e em força, para evitar alastrar mais problemas e sobe os juros acima do que toda a gente esperava e já vão em 3,75%! Esta medida visa combater com força a inflação, controlar a possível fuga de capitais mas também vai secar os mercados ao retirar dinheiro de circular. Com esta medida combate o possível desemprego e permite a economia crescer!!!!

Nós por cá temos o Banco de Portugal absolutamente optimista!!!!! Porque será!? E o BCE parece-me que tem como principal prioridade proteger as economias mais endividadas do sul!!!!! A Lagarde não tem o estofo do Draghi (esse capitalista que já trabalhou na Goldman Sachs, mas salvou o Euro, a UE e Portugal ao avisar o mercado que compra ILIMITADAMENTE toda a dívida de qualquer país da UE que precise!!!!!!!!), mas quer copiar a medida.

Nós em contrapartida temos os juros em 0,25% e em Setembro vai subir mais 0,25 ou 0,5%, muito atrás dos States que estão nos 3,75% neste momento!

Todos os países estão bastante endividados, o nosso caso já é conhecido, mas a França tem uma dívida de respeito e não muito longe da nossa, por esse motivo desconfio que a Lagarde, francesa como é, quer proteger os endividados.

Mas o elefante na sala chama-se Itália. A Itália tem as taxas de juro a disparar e não é por acaso!
Tem um endividamento crónico muito elevado e tem 2 bancos bastante grandes na iminência da falência! E é um problema que o governo italiano tem de resolver e a uma escala bastante grande!
Para além disso, durante a crise iniciada em 2007/8, a muito custo, por exemplo nós resolvemos os problemas dos nossos bancos e neste momento os rácios de cobertura de capital são muito elevados em qualquer um dos maiores bancos nacionais. O mais problemático é o Montepio e mesmo esse é..... pequeno!

No caso da Itália, eles tinham e continuam com o mesmo lixo dos incobráveis para resolver e não são trocos, são 350 mil milhões de euros!!! O que vão fazer com esse buraco? São só 100 vezes o dinheiro que injectamos no Novo Banco!!!!!!

Como parece que a nossa preocupação (do BCE) é a das taxas de juro do endividamento (para que não tenham de salvar mais nenhum país), não estamos a combater a inflação e a prazo o desemprego também vai ser um problema, mas inundamos o mercado com mais dívida e mais dívida.......

Mas também lhes digo que não me admira nada uma medida de desespero que este desgoverno tomou, a de abrir o mercado a mão-de-obra barata, que eu considero um disparate!
Então a esquerda criticou Passos por deixar os nossos jovens emigrar (só a classe mais instruída de sempre) e vamos buscar os indiferenciados para serem explorados no turismo, agricultura........

Mas uma coisa estranha que eu posso confirmar, não há pessoas para trabalhar! Colocamos no mercado de trabalho várias dezenas de jovens por ano e temos as empresas a implorarem para colocarmos lá os nossos alunos no fim do curso!!!!!! Os nossos alunos, de qualquer área dão-se ao luxo de escolher o que lhes der melhores condições!!!!! Seja na restauração, saúde, informática..... ainda esta semana mais um colega empresário que tem um Hotel, implorava para enviar-lhe um aluno qualquer!!!! A realidade é que não temos para tanta procura!!!! No interior!!!!

Nunca me lembra de tal falta de recursos humanos em décadas!

Mesmo licenciados já faltam em muitas áreas, até de professores!!!!!

Tempos estranhos e muito perigosos! E não é com habilidosos que passam pelos problemas como se não fossem deles.......
então a preocupação nacional agora são as ciclovias!!!!!
Valha-me Deus!!!!!
Com a saúde não se passa nada, nem com a inflação que nos está a fazer perder poder de compra com muito maior força do que no tempo da troika!!!!! É obra!

Mas como dobrámos a página da austeridade  ::)
Então que nome se dá a um desgoverno que aumenta os seus funcionários em 0,9% e temos uma inflação de 8%, o que é isto se não austeridade encapotada!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Vicente de Lisboa em Junho 17, 2022, 01:58:56 pm
Há um fenómeno que no passado não acontecia, a FED americana está a combater esta crise de forma oposta ao BCE!!!!!!
A FED teve humildade de reconhecer que não está a conseguir antecipar os problemas, mas agiu imediatamente e em força, para evitar alastrar mais problemas e sobe os juros acima do que toda a gente esperava e já vão em 3,75%! Esta medida visa combater com força a inflação, controlar a possível fuga de capitais mas também vai secar os mercados ao retirar dinheiro de circular. Com esta medida combate o possível desemprego e permite a economia crescer!!!!

Nós por cá temos o Banco de Portugal absolutamente optimista!!!!! Porque será!? E o BCE parece-me que tem como principal prioridade proteger as economias mais endividadas do sul!!!!! A Lagarde não tem o estofo do Draghi (esse capitalista que já trabalhou na Goldman Sachs, mas salvou o Euro, a UE e Portugal ao avisar o mercado que compra ILIMITADAMENTE toda a dívida de qualquer país da UE que precise!!!!!!!!), mas quer copiar a medida.

Nós em contrapartida temos os juros em 0,25% e em Setembro vai subir mais 0,25 ou 0,5%, muito atrás dos States que estão nos 3,75% neste momento!

Subir as taxas de juro não é uma medida para combater desemprego e por a economia a crescer. Pelo contrário, mais juros aumenta o desemprego e arrefece a economia - aliás, é dessa forma que funciona enquanto medida de controlo da inflação. A questão é que em determinadas circunstâncias os bancos centrais podem decidir que fazem menos dano com o aumento das taxas do que a inflação faz diretamente.

Nota também que o BCE não tem os juros a 0,25% mas a -0,5%. O que se passa é que anunciou que a próxima revisão vai colocar os juros a -0,25%. Repara os sinais de menos. Os Americans anunciaram ontem juros a 1,75%. Há quem diga que vão estar nos 3% la para o final do ano, talvez tenham razão, mas ainda não estão lá.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Junho 17, 2022, 02:13:54 pm
Viajante
Citar
Como parece que a nossa preocupação (do BCE) é a das taxas de juro do endividamento (para que não tenham de salvar mais nenhum país), não estamos a combater a inflação e a prazo o desemprego também vai ser um problema, mas inundamos o mercado com mais dívida e mais dívida....

O desemprego vai ser um problema, como assim, então se existe falta de mão de obra, mesmo não qualificada, só para os Hóteis falta cerca de 15 mil trabalhadores.
E esse problema não é só a nível nacional, mas sim por toda a EU, creio que nessa área isso não venha a ser um problema, mas sim a subida dos juros para combater a inflação.
A verdade é como tu dizestes, estamos a viver momentos estranhos, onde existe uma enorme incerteza acerca do que irá acontecer.
Uma coisa parece ser certa, os últimos meses deste ano, o 2023 e talvez o 2024, não vão ser anos nada fáceis. ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 17, 2022, 02:20:25 pm
Há um fenómeno que no passado não acontecia, a FED americana está a combater esta crise de forma oposta ao BCE!!!!!!
A FED teve humildade de reconhecer que não está a conseguir antecipar os problemas, mas agiu imediatamente e em força, para evitar alastrar mais problemas e sobe os juros acima do que toda a gente esperava e já vão em 3,75%! Esta medida visa combater com força a inflação, controlar a possível fuga de capitais mas também vai secar os mercados ao retirar dinheiro de circular. Com esta medida combate o possível desemprego e permite a economia crescer!!!!

Nós por cá temos o Banco de Portugal absolutamente optimista!!!!! Porque será!? E o BCE parece-me que tem como principal prioridade proteger as economias mais endividadas do sul!!!!! A Lagarde não tem o estofo do Draghi (esse capitalista que já trabalhou na Goldman Sachs, mas salvou o Euro, a UE e Portugal ao avisar o mercado que compra ILIMITADAMENTE toda a dívida de qualquer país da UE que precise!!!!!!!!), mas quer copiar a medida.

Nós em contrapartida temos os juros em 0,25% e em Setembro vai subir mais 0,25 ou 0,5%, muito atrás dos States que estão nos 3,75% neste momento!

Subir as taxas de juro não é uma medida para combater desemprego e por a economia a crescer. Pelo contrário, mais juros aumenta o desemprego e arrefece a economia - aliás, é dessa forma que funciona enquanto medida de controlo da inflação. A questão é que em determinadas circunstâncias os bancos centrais podem decidir que fazem menos dano com o aumento das taxas do que a inflação faz diretamente.

Nota também que o BCE não tem os juros a 0,25% mas a -0,5%. O que se passa é que anunciou que a próxima revisão vai colocar os juros a -0,25%. Repara os sinais de menos. Os Americans anunciaram ontem juros a 1,75%. Há quem diga que vão estar nos 3% la para o final do ano, talvez tenham razão, mas ainda não estão lá.

O Vicente está a misturar 2 coisas distintas. Já tinha explicado à 2 páginas atrás: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.480

Uma coisa é a Euribor que serve de referência a todos os empréstimos dos particulares e empresas: https://www.euribor-rates.eu/pt/taxas-euribor-actuais/
E mesmo aí a taxa de juro é de -0,5% só a 1 mês, porque a maior parte dos empréstimos está indexada à Euribor a 12 meses e essa já vai em 1%.

Eu estou a falar noutra coisa, que é a taxa de juro de cedência de liquidez do BCE aos Bancos (só esses podem pedir emprestado ao BCE) e essa taxa de juro está neste momento em 0% e a partir de 1 de Julho vai passar a ser de 0,25%. Em Setembro o BCE já avisou que vai subir mais 0,25 ou 0,5%. Confirme lá: https://bpstat.bportugal.pt/serie/12504589

Quando se fala nas taxas dos bancos centrais elas são sempre constantes quando fala na Euribor, ou antiga Lisbor ou outra qualquer, ela altera todos os dias.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 17, 2022, 02:51:07 pm
Subir as taxas de juro não é uma medida para combater desemprego e por a economia a crescer. Pelo contrário, mais juros aumenta o desemprego e arrefece a economia - aliás, é dessa forma que funciona enquanto medida de controlo da inflação. A questão é que em determinadas circunstâncias os bancos centrais podem decidir que fazem menos dano com o aumento das taxas do que a inflação faz diretamente.

Vicente? Eu sei que a Economia não é uma ciência exacta como a matemática, mas pode ter a certeza que a inflação trás desemprego (aumento da inflação em comparação com períodos anteriores). O aumento dos juros é uma medida de combate à inflação!

Para facilitar-lhe a análise, tem de separar conceitos, como já lhe expliquei, um tem a ver com a taxa de referência da moeda feita unicamente pelo BCE (a partir de 1 de Julho sobe para 0,25%) e a outra é a taxa da dívida pública ou dos empréstimos a particulares e empresas que varia todos os dias!!!!!!

Mas quem tem o poder de despejar dinheiro na economia ou retirar dinheiro (aumentar a taxa de juro de referência do BCE) é só um e chama-se BCE!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 17, 2022, 03:05:45 pm
Há licenciados a ir trabalhar para o Mercadona,que da condições e salários muito melhores que muitas empresas de "renome"

Cheira a 2011 por todos os lados e este governo insiste em arco íris e unicórnios
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 17, 2022, 07:50:04 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FVc2GsjWQAEPWZ9?format=jpg&name=900x900)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: goldfinger em Junho 17, 2022, 08:52:18 pm
Há licenciados a ir trabalhar para o Mercadona,que da condições e salários muito melhores que muitas empresas de "renome"

Cheira a 2011 por todos os lados e este governo insiste em arco íris e unicórnios

Mercadona paga muy bien a sus 93.000 empleados.

(https://pbs.twimg.com/media/FN4rEElXEAE5m6v?format=jpg&name=4096x4096)

(https://pbs.twimg.com/media/FN4rEFCXoAMjWe2?format=jpg&name=4096x4096)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 28, 2022, 12:29:35 pm
Um assunto importante e que já foi aqui abordado recentemente, sobre o imobiliário.
E para evitar erros, como o jornalista que colocou um título pomposo, mas logo no primeiro parágrafo percebemos que o Banco de Portugal fala no risco de descida do preço dos imóveis e o jornalista escreve em letras garrafais em certezas absolutas, quando não é nada disso que o Banco de Portugal diz e ao contrário o próprio BP já tomou medidas para apertar ainda mais o crédito à habitação o que aliada à pouca oferta (é verdade, temos poucas casas para venda, ao contrário de à uma década atrás), o BP não vê nenhuma bolha no horizonte  ::)

Artigo:
Banco de Portugal alerta para risco de queda dos preços da habitação

Banco de Portugal aponta a redução dos preços no mercado imobiliário residencial como um dos riscos para a estabilidade financeira. Redução do peso da dívida pública também está mais ameaçada.

A redução dos preços no mercado imobiliário residencial, decorrente de alterações nas condições de financiamento” é um dos riscos apontados no Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, divulgado esta sexta-feira. A entidade liderada por Mário Centeno não quer que a concessão de crédito contribua para o aquecimento do mercado.

“À semelhança do sucedido a nível internacional, e apesar da incerteza originada pela crise pandémica, os preços no mercado imobiliário residencial continuaram a aumentar em Portugal, refletindo, inter alia, a procura de habitação por não residentes, que se manteve, e a escassez de oferta”, assinala o documento. O INE divulgou, na quinta-feira, um aumento de 13% nos preços da habitação no primeiro trimestre do ano, acelerando face aos três meses anteriores.

“Nos últimos anos, o crédito bancário doméstico não tem sido o principal fator subjacente à subida dos preços da habitação. Contudo, no contexto do recente maior crescimento observado no crédito à habitação, é fundamental assegurar que este não passe a assumir um papel determinante para a evolução dos preços no mercado imobiliário“, apela o Banco de Portugal.

Desde o dia 1 abril que vigora uma recomendação macroprudencial que veio limitar os prazos máximos de pagamento dos empréstimos da casa consoante a idade dos titulares. “Uma medida que se tem traduzido numa melhoria do perfil de risco dos mutuários e das características da carteira de crédito à habitação”. O administrador Luís Laginha de Sousa, que fez a apresentação do documento, salientou que o rácio de empréstimo relativamente ao valor do colateral (LTV) da carteira de crédito à habitação “indicia resiliência a uma correção dos preços do imobiliário residencial”. O rácio médio é de 80%.

O Banco de Portugal fez ainda uma análise do risco de correção significativa nos preços praticados no ano passado, explanada numa das caixas do relatório. A conclusão é de que “ao longo de 2021, o risco de correção significativa dos preços da habitação foi avaliado como bastante limitado para o curto e médio prazos“. Assinala, no entanto, que “as circunstâncias atuais e esta análise justificam a necessidade de continuar a monitorizar os riscos no setor imobiliário residencial, em particular, num contexto de normalização da política monetária e de persistência da dinâmica de crescimento dos preços da habitação”.

BdP não espera aumento significativo no malparado

O supervisor assinala que “nos últimos meses, a economia europeia passou a estar sob o efeito simultâneo de dois choques exógenos sem precedentes e de abrangência internacional. A invasão da Ucrânia pela Federação Russa veio, em algumas dimensões, amplificar os efeitos da pandemia de COVID-19”. Além disso, “o balanço de riscos em torno das projeções da inflação está enviesado em alta devido à possibilidade de um conflito mais longo e a constrangimentos adicionais na oferta de energia”, que conduz a uma normalização da política monetária do BCE, com a subida dos juros.

Entre os principais riscos elencados, o Banco de Portugal aponta também a degradação das condições económicas das famílias. “No que respeita à situação financeira dos particulares, a redução do rendimento disponível real devido à inflação e o efeito do aumento das taxas de juro sobre o serviço de dívida, aos quais acresce a incerteza relativa à evolução da atividade económica e do emprego”, sublinha o documento.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/06/doc-20220624-38828291-mac2406224515.jpg)

O governador, Mário Centeno, não espera, ainda assim, um aumento significativo do incumprimento no crédito. “A resposta breve é não. As questões de incumprimento, em especial de crédito à habitação estão muito relacionadas com o mercado de trabalho e o mercado de trabalho tem demonstrado uma capacidade de resiliência que poucos antecipavam“, apontou. “As projeções para a nossa economia, para a área do Euro, para os EUA e outras jurisdições mostram uma evolução compatível com resiliência do mercado de trabalho, o que é muito positivo”, acrescentou.

O aumento do malparado pelas empresas é, no entanto, um risco apontado. “O aumento da probabilidade de incumprimento das empresas, refletindo o efeito conjunto da vulnerabilidade financeira de algumas empresas, da recuperação incompleta da atividade e da rendibilidade de alguns setores no pós-pandemia, bem como o enquadramento macroeconómico e financeiro atual”.

A subida das taxas de juro, embora beneficiando os resultados, pode levar a um maior incumprimento nas instituições financeiras. “Nos próximos anos, o aumento das taxas de juro deverá traduzir-se numa melhoria da margem financeira dos bancos e num aumento do reconhecimento de imparidades e de perdas potenciais decorrentes da desvalorização dos títulos de dívida a justo valor”.

O endividamento do Estado também é referido. A entidade liderada por Mário Centeno aponta o risco de o “rácio de dívida das administrações públicas em percentagem do PIB não prosseguir a trajetória de redução prevista, derivado da incerteza sobre a atividade económica e do aumento dos custos de financiamento”.

O relatório assinala que as taxas de rendibilidade da dívida soberana têm vindo a aumentar desde o final de 2022, refletindo-se também na subida das taxas de rendibilidade de dívida das empresas. “Nos segmentos com maior risco, as taxas de rendibilidade estão já em valores acima dos observados antes da pandemia”, aponta o supervisor.

O governador do Banco de Portugal pronunciou-se ainda sobre a nova ferramenta anunciada pelo Banco Central Europeu para evitar um grande afastamento entre as taxas de juro entre países, devido à diferente perceção de risco. “Este instrumento, que é um complemento ao processo de normalização da política monetária, vai com certeza mostrar a determinação do Eurosistema na contenção destes riscos de fragmentação”, garantiu Mário Centeno.

O responsável afirmou que o desenho da medida “não está ainda fechado”, mas não terá como objetivo limitar um determinado nível de spread (diferença face à taxa da Alemanha). “A avaliação não se reduz a um único indicador”, afirmou Mário Centeno. “Não me parece tão preocupante saber se é mais uma semana, um mês ou dois meses. O importante é a determinação do conselho de governadores”, disse sobre o tempo de aprovação da nova ferramenta.

“Se o mecanismo de transmissão da política monetária não funciona o Eurossistema tem de atuar. Foi o que fez na última década com grande sucesso e é o que continuará a fazer”, disse ainda Mário Centeno.

Criptoativos não constituem ameaça

O Relatório de Estabilidade Financeira debruça-se também sobre o papel da Finança Descentralizada ou “DeFi”, em que as transações são realizadas com recurso a smart contracts (blockchain) sem passar pela banca tradicional, e os cripoativos.

Luís Laginha de Sousa afirmou que o Banco de Portugal “não detetou evidência de que a DeFi e os criptoativos possam constituir uma ameaça à estabilidade financeira”, mas é um “tema que tem de ser acompanhado”.

O documento observa que “apesar do volume global ser pequeno, tal poderá mudar se a atividade de DeFi continuar a crescer a um ritmo acelerado, podendo vir a criar riscos para a estabilidade financeira”. Em 2021, Portugal ocupava a 18.ª posição em termos da adoção de DeFi a nível mundial.

Atualmente, o DeFi é em grande medida não regulado. “Tal deve-se ao facto de ser ainda um domínio relativamente recente, mas também às suascaracterísticass únicas, sobretudo ao seu caráter anónimo e descentralizado”, explica o Banco de Portugal, defendendo que “as autoridades de regulação terão de encontrar um equilíbrio entre a proteção da estabilidade financeira e dos consumidores e a necessidade de não bloquear a inovação”.

https://eco.sapo.pt/2022/06/24/banco-de-portugal-alerta-para-risco-de-desvalorizacao-da-habitacao/

Resumindo, esqueçam o título e leiam o artigo completo sobre a análise do BP relativamente ao sector imobiliário, reconhece que há um risco de correcção dos preços, mas não a curto nem a médio prazo, tanto que os preços continuam a subir, devido à escassez da oferta (poucas casas) e também devido à inflação!

Em lado nenhum do artigo refere que existe uma bolha!!!!!! :mrgreen:

Tanto assim é que o mercado viu os imóveis valorizarem 13% no primeiro trimestre deste ano!!!!!
https://eco.sapo.pt/2022/06/23/precos-das-casas-subiram-13-no-primeiro-trimestre/

Quem está a ponderar comprar casa, deve estar muito mais preocupado com os juros que em finais de 2023 vão chegar a 2%, pelo menos!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 29, 2022, 10:45:05 am
(https://pbs.twimg.com/media/FWXCdI_WIAAM2UT?format=jpg&name=900x900)
Gastos do Governo de António Costa a chegarem aos níveis de José Sócrates. A diferença é que agora temos uma dívida pública muito maior. Já (quase) todos sabemos como isto acaba. Tempos difíceis, muito difíceis à nossa frente.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Vicente de Lisboa em Junho 29, 2022, 12:43:10 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FWXCdI_WIAAM2UT?format=jpg&name=900x900)
Gastos do Governo de António Costa a chegarem aos níveis de José Sócrates. A diferença é que agora temos uma dívida pública muito maior. Já (quase) todos sabemos como isto acaba. Tempos difíceis, muito difíceis à nossa frente.
Descontando a inflação continua muito abaixo da despesa no tempo do Socas, o que é mau. Portugal precisa de tanto investimento e gente a trabalhar na AP e nem com os juros negativos o Costa andou perto do necessário, portanto agora com os juros a subir vai ser muito pior.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Julho 04, 2022, 12:35:21 am
Só para relembrar o que acontece a seguir...


(https://pbs.twimg.com/media/FWsZt8UX0AA4Kfz?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Julho 05, 2022, 11:41:14 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FW7O3EwXkAM1cOl?format=jpg&name=medium)

Já começa a vir aquele cheirinho...

A Troika...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 16, 2022, 01:51:48 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FXpF5ArUcAEHYLx?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 17, 2022, 08:24:39 am
(https://pbs.twimg.com/media/FXx7mCUUEAIVjy_?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 17, 2022, 02:35:31 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FXx7mCUUEAIVjy_?format=jpg&name=large)

Eu desde que escrevo aqui refiro precisamente isso. Eu não consigo perceber como é que a aposta nacional não é feita na indústria, como é possível referirem que a aposta nacional deve ser feita no turismo!?!?!?! Não aprendemos nada com os bancos intervencionados, onde grande parte dos buracos financeiros (um deles do Filipe Vieira na CGD e BCP) deveu-se aos investimentos em empreendimentos de turismo!!!!!!

Basta ler neste artigo do lado direito na 6ª linha, que o governo do vizinho, vai apostar na reindustrialização para diminuir a dependência do turismo! Eles sabem que o turismo não enriquece um país, mas claro que nós com os visionários da treta é que estamos certos, toda a gente sabe que o turismo não é sazonal, paga salários altíssimos e enriquece um país!!!!!!! (se me disserem qual é o país que enriquece com o turismo!!!!!!)

Tanto dinheiro que o país vai receber e tirando o lítio e hidrogénio, não vejo nenhum euro para a aposta na indústria!!!!! Parece que para esta gente a indústria é só a Auto Europa!?!?!? Só a PSA de Mangualde produz 1/3 dos automóveis da Auto Europa! E temos muitos mais polos, como a Renault, Toyota, Iveco.........
Se não sabem, pode ler os relatórios que o próprio sector produz: https://www.ilo.org/lisbon/publica%C3%A7%C3%B5es/WCMS_848400/lang--pt/index.htm

Mas secalhar esta enorme falta visão dos políticos só desaparece quando a advocacia e os professores, deixarem de dominar o Parlamento! Se eles (advogados) não são capazes de colocar a funcionar a justiça, vão ser capazes de gerir a economia, finanças..........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Julho 18, 2022, 03:52:22 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FXx7mCUUEAIVjy_?format=jpg&name=large)

Eu desde que escrevo aqui refiro precisamente isso. Eu não consigo perceber como é que a aposta nacional não é feita na indústria, como é possível referirem que a aposta nacional deve ser feita no turismo!?!?!?! Não aprendemos nada com os bancos intervencionados, onde grande parte dos buracos financeiros (um deles do Filipe Vieira na CGD e BCP) deveu-se aos investimentos em empreendimentos de turismo!!!!!!

Basta ler neste artigo do lado direito na 6ª linha, que o governo do vizinho, vai apostar na reindustrialização para diminuir a dependência do turismo! Eles sabem que o turismo não enriquece um país, mas claro que nós com os visionários da treta é que estamos certos, toda a gente sabe que o turismo não é sazonal, paga salários altíssimos e enriquece um país!!!!!!! (se me disserem qual é o país que enriquece com o turismo!!!!!!)

Tanto dinheiro que o país vai receber e tirando o lítio e hidrogénio, não vejo nenhum euro para a aposta na indústria!!!!! Parece que para esta gente a indústria é só a Auto Europa!?!?!? Só a PSA de Mangualde produz 1/3 dos automóveis da Auto Europa! E temos muitos mais polos, como a Renault, Toyota, Iveco.........
Se não sabem, pode ler os relatórios que o próprio sector produz: https://www.ilo.org/lisbon/publica%C3%A7%C3%B5es/WCMS_848400/lang--pt/index.htm

Mas secalhar esta enorme falta visão dos políticos só desaparece quando a advocacia e os professores, deixarem de dominar o Parlamento! Se eles (advogados) não são capazes de colocar a funcionar a justiça, vão ser capazes de gerir a economia, finanças..........

Deixe-me só corrigir, o problema dos banco intervencionados não foi o Turismo, foi a corrupção que permitiu emprestar dinheiro a projetos duvidosos com poucas garantias.

Em relação ao Turismo não é mau mas não é confiável (volátil) para basear toda a economia no mesmo, contudo é das poucas áreas onde ainda estamos a ter crescimentos significativos e onde não é preciso fazer nada para ter resultados. Daí ser a aposta fácil desta gente.

Em relação a Bazuca estou curioso para ver o que vão dizer daqui a uns anos quando chegar ao fim. Vejo com cada projecto que até mete medo, desde gastos com despesas que deveria ser correntes a gastos que não tem nada de estrutural.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 19, 2022, 11:00:02 am
Deixe-me só corrigir, o problema dos banco intervencionados não foi o Turismo, foi a corrupção que permitiu emprestar dinheiro a projetos duvidosos com poucas garantias.

Em relação ao Turismo não é mau mas não é confiável (volátil) para basear toda a economia no mesmo, contudo é das poucas áreas onde ainda estamos a ter crescimentos significativos e onde não é preciso fazer nada para ter resultados. Daí ser a aposta fácil desta gente.

Em relação a Bazuca estou curioso para ver o que vão dizer daqui a uns anos quando chegar ao fim. Vejo com cada projecto que até mete medo, desde gastos com despesas que deveria ser correntes a gastos que não tem nada de estrutural.

Julgo que se refere aos 2 magníficos administradores socialistas, que depois de afundarem a CGD (a CGD teve de levar com injecções de capital do estado de montante superior ao BPN, BES..........) e depois quase afundaram o BCP?
Nesse caso sim, tem razão, mas na generalidade dos casos, muitos bancos tiveram imparidades colossais com empreendimentos turísticos faraónicos que nunca foram rentáveis e nasceram e morreram afogados em dívidas!!!!!

Mas também há o caso singular de um ex-PM que foi preso e que tentou por todos os meios controlar a comunicação social e a banca, emprestando dinheiro a "supostos" empresários, para estes comprarem acções do BCP (sem garantias suficientes) e quem ficou a arder foi a CGD (que emprestou dinheiro) e o BCP.

Quanto ao turismo, repito e reafirmo, nunca pode ser um pilar a longo prazo da economia, porque não tem nem de perto nem de longe a criação de riqueza que trás a indústria ou até a agricultura!
Conheço pessoalmente vários casos de hotéis, no Douro, que tombaram por falta de rentabilidade dos donos iniciais (investimentos muito pesados na construção dos hotéis e depois um retorno magro nas receitas, mesmo estes pagando salários miseráveis).
Estas unidades hoteleiros que em alguns casos chegaram mesmo a falir, voltaram a abrir portas quando mudaram de dono e passaram a fazer parte de uma cadeia internacional, com uma base de clientes muito maior e maior disponibilidade.

Tocando num aspecto que está "na moda", o caso da Douro Azul, qual a mais valia para a região da vinda de turistas que passam a semana metidos num barco e só saiem para comprar caramelos ou deixarem o lixo nos cais da Régua, Pinhão, Porto? Esses turistas que pagam 5, 10 ou 20 000€ por semana, só vão ver alguns locais do Douro e que tenham algum tipo de relação com a Douro Azul, viajam em autocarros da Douro Azul, dormem nos próprios barcos ou em Hotéis da Douro Azul..... como a empresa nem paga impostos na região, confesso que desconheço a "enorme" mais valia do turismo! Mesmo os trabalhadores indiferenciados, que trabalham na agricultura no Douro, podem ganhar melhores salários, só não andam tão limpinhos e vestidos de branco e azul com chapéus de marinheiro!!!!!

Ganha muito mais dinheiro o Douro a vender vinho generoso e de consumo, com marca, do que todo o turismo junto. Se já foi ao douro, tirando muito poucas excepções, quase todas as quintas, têem a sua principal fonte de receitas na venda do vinho e não no turismo! Repare, quando o turismo perde na criação de riqueza para o sector primário (agricultura), não há muito mais a dizer!!!!!

Atenção, sem querer com isto dizer que o turismo dá muito emprego, é verdade, mas não cria tanta riqueza como as outras áreas!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 19, 2022, 11:39:34 am
Extinta a Fundação Berardo. Tem dez dias para entregar contas

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/extinta-a-fundacao-berardo-tem-dez-dias-para-entregar-contas

 ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 25, 2022, 11:29:44 am
À atenção deste governo.
Há muitas empresas alemãs (e haverá concerteza de outras nacionalidades), que querem deslocalizar as suas fábricas da China e Rússia para Portugal!!!!!

Abram os olhos:

Empresas alemãs à boleia da Bosch para entrar em Portugal

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/empresas-alemas-a-boleia-da-bosch-para-entrar-em-portugal

A própria Bosch já tem 5 unidades em Portugal e factura quase tanto como a Autoeuropa (Braga, Ovar, Aveiro e Lisboa).

https://www.bosch.pt/a-nossa-empresa/bosch-em-portugal/

O governo e as autarquias já deveriam estar no terreno a trabalhar para facilitar esta oportunidade de ouro de industrialização do país, com pouco investimento!
Vale muito mais esta captação de investimento (indústria) do que subsídios investidos sabe-se lá em quê!?!!?!?!?!!!!!

E se estivessemos noutro patamar, em vez de fazermos de Alemanha com a crise das dívidas soberanas à 10 anos atrás (quem não se lembra da Alemanha que colocou muitos entraves para que o BCE ajudasse os países do sul da Europa), devíamos aproveitar e enviarmos carregamentos de gás para a Alemanha (em vez de um saloio não)...... em troca das indústrias alemãs que querem vir para Portugal!!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Julho 28, 2022, 12:28:30 am
(https://pbs.twimg.com/media/FYrNAdFWQAEVqxW?format=png&name=4096x4096)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 28, 2022, 09:03:56 am
(https://pbs.twimg.com/media/FYnFvRGWIAU6oC9?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 29, 2022, 12:30:04 am
(https://pbs.twimg.com/media/FYrNAdFWQAEVqxW?format=png&name=4096x4096)

O BRUTAL aumento de impostos cobrados pelo Estado, vão servir para investir certamente na Defesa, Saúde, Educação.......  :mrgreen:
Na diminuição da dívida do Estado também não é, porque nunca foi tão elevada como agora (apesar do Centeno e do Governo falarem na descida em percentagem da dívida  ::)  .............. pudera, depois da pandemia, mal feito fora), mas em quantidade, em Maio ultrapassamos os 280 mil milhões de euros!!!!!!!

Não se percebe onde rebentam o dinheiro!!!! Tachos com boys!?!?!?  :mrgreen:

https://bpstat.bportugal.pt/dados/series?mode=graphic&svid=2678&series=12561508,12561489
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: ricardonunes em Julho 29, 2022, 11:45:00 am
Inflação acelera para 9,1% em julho

A taxa de inflação acelerou em julho para os 9,1%, segundo a estimativa do INE. É o valor mais elevado desde novembro de 1992

Em julho, a taxa de inflação acelerou para 9,1% em Portugal, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. É o maior valor desde novembro de 1992.

O índice de preços no consumidor (IPC) continua a ser pressionado pelos preços da energia e bens alimentares. O gabinete estatístico estima que
os preços da energia aumentaram 31,2%, o que representa uma queda de 0,5 pontos percentuais face ao mês anterior, mas ainda assim é a categoria que mais faz crescer a inflação.

Já os produtos alimentares terão crescido 13,2%, o que compara com um aumento de 11,9% em junho.

A inflação subjacente, que exclui a energia e os bens alimentares pela sua volatilidade, é significativamente menor, fixou-se em 6,2%, acelerando face aos 6% de junho. Este indicador é o mais elevado desde abril de 1994.

Face a junho, a variação da inflação terá sido nula. Já nos últimos doze medes a inflação cresceu, em média, 4,7%.

O INE estima, por fim, que o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC), o indicador de inflação que permite comparações entre países europeus, fixou-se em 9,4%, o que representa uma aceleração face aos 9% de junho.

https://expresso.pt/economia/2022-07-29-Inflacao-acelera-para-91-em-julho-76a6b777
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: sergio21699 em Julho 31, 2022, 02:17:13 pm
Citar
Endesa anuncia subida de 40% na fatura da luz. Governo rejeita alarmismo

https://www.jn.pt/economia/endesa-anuncia-subida-de-40-na-fatura-da-luz-governo-rejeita-alarmismo-15061252.html (https://www.jn.pt/economia/endesa-anuncia-subida-de-40-na-fatura-da-luz-governo-rejeita-alarmismo-15061252.html)

Nada como acabar o fim de semana com boas notícias
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 01, 2022, 02:52:23 pm
Temos de nos sacrificar para ajudar os nossos irmões alimões
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 02, 2022, 09:56:17 am
Vai de vento em popa a governação pós-socretina!!!!!

O Costa farta-se de fazer obras para aumentar a dívida pública, como......  ::) como a.......  ::)
Realmente é um mistério onde gasta o dinheiro, porque mesmo com a inflação a encher os bolsos de impostos, a dívida aumenta!!!!

Dívida pública acelera para 280,6 mil milhões até junho

Em junho de 2022, a dívida pública, na ótica de Maastricht, aumentou 0,2 mil milhões de euros.

(https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/AAQZt8H.img?h=1080&w=1920&m=6&q=60&o=f&l=f)

A dívida pública aumentou 0,2 mil milhões de euros para 280,6 mil milhões de euros em junho, divulgou o Banco de Portugal (BdP), esta segunda-feira. 

"Este acréscimo refletiu, essencialmente, as emissões de títulos de dívida, que superaram as amortizações em 0,5 mil milhões de euros", pode ler-se no comunicado do BdP.

Em sentido contrário, as responsabilidades em depósitos e em empréstimos diminuíram, respetivamente, 0,2 e 0,1 mil milhões de euros.

Os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,4 mil milhões de euros. Deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 2,2 mil milhões de euros, para 252,5 mil milhões de euros.

No segundo trimestre do ano, a dívida pública totalizava 126,7% do produto interno bruto (PIB), o que representa uma diminuição de 0,3 pontos percentuais relativamente ao final do trimestre anterior.

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/d%C3%ADvida-p%C3%BAblica-acelera-para-280-6-mil-milh%C3%B5es-at%C3%A9-junho/ar-AA10bcmw?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=edbb8cca001d4f0d93ed7b043cd3300e

O que é que o Costa vai dizer para enganar-nos? Que a dívida em percentagem está a diminuir!
Isso é verdade, mas tal só acontece porque o país está a crescer, mas em termos brutos não para de aumentar!!!!!!
Não se percebe onde gasta o dinheiro!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 02, 2022, 10:01:19 am
Agora uma notícia para se perceber o quanto somos enganados, pelas petrolíferas e pelo governo, porque a vigarice dá mais impostos ao governo para gastar.

A notícia: Cotação do barril Brent para entrega em outubro cai 9% para 100 dólares

https://www.noticiasaominuto.com/economia/2046859/cotacao-do-barril-brent-para-entrega-em-outubro-cai-9-para-100-dolares

Se se recordam, o preço do combustível nas bombas é feito pela média do preço na semana transacta e tem como barómetro o brent (Londres ou Q como diz o Luso  :mrgreen:

Ou seja, nós estamos a pagar o combustível inflacionado, neste momento, com base em petróleo que as empresas petrolíferas só lhes vão deitar a mão em Outubro!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Agosto 02, 2022, 08:37:17 pm
Está um navio na Trafaria a descarregar quase 84 mil toneladas de Milho (é muito milho) desde à uns dias

(https://i2.paste.pics/4e74b9962eb0aac29c769512998e8564.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 13, 2022, 10:35:18 am
A indústria nacional está a crescer imenso... entusiasmado começo a ler as notícias, sem dúvida há muito boas notícias, mas a maior parte do aumento estratosférico na indústria nacional explica-se com a inflação e não tanto com o aumento do volume de vendas, que também se verifica de facto  :mrgreen:

Exportações das empresas do metal sobem 40,5% em junho
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/exportacoes-das-empresas-do-metal-sobem-405-em-junho

Volume de negócios na indústria acelera 31,5% em junho
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/volume-de-negocios-na-industria-acelera-315-em-junho

Outra boa notícia, para quem não conhece que Portugal ainda tem clusters interessantes e produzimos já muito ao nível da indústria:

Portuguesa Grupel escolhida por gigante norte-americana para fabricar geradores

(https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/10/grupel.jpg)

A Grupel chegou a acordo com a gigante norte-americana Cummins para o desenvolvimento e produção de geradores elétricos até 700 kVA. Este acordo fará com que a empresa aveirense aumente a sua produção e proceda à contratação de profissionais.

A informação é avançada esta quinta-feira pelo ‘Negócios’ que dá conta que a Cummins faturou 23 mil milhões de euros em 2021

Com este acordo, a Grupel acredita que irá satisfazer as necessidades do mercado europeu de baixa potência, sendo que os primeiros geradores resultantes do acordo deverão chegar ao mercado até ao final do ano.

O CEO da Grupel disse ainda ao ‘Negócios’ que o acréscimo de produção resultante deste acordo deve contribuir para uma subida de 30% ou 40% do volume de negócios, prevendo que a faturação da empresa se situe nos 28 milhões de euros em 2022, sendo que 90% deste valor é proveniente de exportações.

https://executivedigest.sapo.pt/portuguesa-grupel-escolhida-por-gigante-norte-americana-para-fabricar-geradores/

Conclusão, a aposta nacional deve debruçar-se na Indústria + Indústria e + Indústria. E em vez de apostarmos no turismo, que pouco VAB gera, devíamos assediar as empresas que querem deslocalizar-se da China, Rússia e arredores da Rússia. Não devemos ter vergonha de dizer a bom som que estamos muito longe da Rússia e estamos localizados numa área geográfica muito mais estável.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 13, 2022, 01:56:13 pm
Gigante mundial foi a Aveiro escolher a Grupel para fabricar geradores

Produtor aveirense de geradores estabeleceu acordo com a Cummins, gigante mundial do setor que faturou 23 mil milhões de euros em 2021. Entendimento implica contratações para duplicar produção da fábrica.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2022-08/img_900x560$2022_08_10_21_04_13_434007.jpg)

A Grupel, líder nacional na produção de geradores elétricos, vai desenvolver e fabricar produtos para a multinacional norte-americana Cummins, um gigante mundial do setor, e pelo caminho fazer contratações e duplicar a capacidade de produção. O objetivo, a concretizar através de um acordo já firmado, é fazer o desenvolvimento e produção de geradores elétricos até 700 kVA.


...

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/gigante-mundial-foi-a-aveiro-escolher-a-grupel-para-fabricar-geradores
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 13, 2022, 07:23:31 pm
Bem se calhar isto está mesmo muito bom, cada vez vejo mais Porsches e Teslas na estrada
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 23, 2022, 01:30:47 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FazHBRXXEAIQA97?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Agosto 23, 2022, 02:16:10 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FazHBRXXEAIQA97?format=jpg&name=medium)

Se tal acontecer, é só mais uma mentira, só mais uma das muitas que já proferiu, este sr António, Jogo de cintura, Costa, o tal que só sabe é mentir, nada mais.

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Agosto 24, 2022, 01:45:51 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FazHBRXXEAIQA97?format=jpg&name=medium)

Isso é só a malta colocar mais uma bandeirinha da Ucrania no perfil e, quando passar o cartão na máquina ao pagar o "pitroil", gritar slava ukraina que isso passa.

Acções têm consequencias, como por exemplo aqui, em que de 0.05€/kW, passou para quase 0.50€/kW e ainda é Verão. A empresa que gera a rede já veio avisar para estarmos preparados para cortes no Inverno. O ultimo foi ameno, o minimo que apanhei foram  -28ºC durante o dia. Vamos ter fé.

Com que então iamos colocar sanções aos russos e eles iam continuar a vender-nos as coisas que necessitamos como se nada se passasse?!
Bem jogado!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Icterio em Agosto 24, 2022, 01:48:32 pm
Muito melhor pagar mais uns euros que vergar perante o ditador pudin.  Sacrifícios são necessários para defender valores e príncípios.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Agosto 24, 2022, 01:57:04 pm
Muito melhor pagar mais uns euros que vergar perante o ditador pudin.  Sacrifícios são necessários para defender valores e príncípios.

Yah, e eu sou o Pai Natal.

Mas vamos acreditar nisso dos sacrificios. Só falha aqui uma coisa, sacrificio para conseguir o quê? Qual é o plano? Porque se me estou a sacrificar ou estão a pedir-me sacrificios, tem de haver um propósito, tem de haver uma linha directora bem definida.
Qual é esse propósito pois, se não estamos dispostos a escalar e agora já se fala em abrir o NS2, isto foi tudo para quê? As respostas são multiplas e não são do agrado da "onda" aqui da FLAD.
Gostaria de ver aqui argumentos estruturados mas bem posso esperar sentado.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Icterio em Agosto 24, 2022, 02:26:15 pm
Mas vamos acreditar nisso dos sacrificios. Só falha aqui uma coisa, sacrificio para conseguir o quê? Qual é o plano? Porque se me estou a sacrificar ou estão a pedir-me sacrificios, tem de haver um propósito, tem de haver uma linha directora bem definida.

Plano? Simples.  Muito simples mesmo.
Derrotar uma ditadura criminosa que iniciou uma invasão de um país vizinho.  Uma invasão que provoca milhares de mortos e milhões de refugiados, além de destruição sem precedentes.
Uma invasão que preenche todos os requisitos de um dos maiores crimes contra a Humanidade - e que irá ser julgada como tal.

Esse é o plano, esse é o objectivo.  Mas para as caixas de ressonância do Kremlim isto até dói de ouvir.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 24, 2022, 03:05:27 pm
Muito melhor pagar mais uns euros que vergar perante o ditador pudin.  Sacrifícios são necessários para defender valores e príncípios.

Queres o meu NIB?

Pimenta no cu dos outros é refresco
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Icterio em Agosto 24, 2022, 03:07:38 pm
Queres o meu NIB?

Não, não, no teu caso podes fazer contribuições directas para a conta do pudin.
Ou para ele te fazer uns pagamentos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: FoxTroop em Agosto 24, 2022, 03:57:33 pm
Mas vamos acreditar nisso dos sacrificios. Só falha aqui uma coisa, sacrificio para conseguir o quê? Qual é o plano? Porque se me estou a sacrificar ou estão a pedir-me sacrificios, tem de haver um propósito, tem de haver uma linha directora bem definida.

Plano? Simples.  Muito simples mesmo.
Derrotar uma ditadura criminosa que iniciou uma invasão de um país vizinho.  Uma invasão que provoca milhares de mortos e milhões de refugiados, além de destruição sem precedentes.
Uma invasão que preenche todos os requisitos de um dos maiores crimes contra a Humanidade - e que irá ser julgada como tal.

Esse é o plano, esse é o objectivo.  Mas para as caixas de ressonância do Kremlim isto até dói de ouvir.

Parece-me um plano bem estruturado e detalhado com muitas horas de estudo e simulação. Alexandre o Grande ou Ciro devem estar a roer-se de inveja. Rommel era um menino ao pé deste génio traçado de Ramsés III com Afonso de Albuquerque e um cheirinho de Hercule Poirot.

Mas mesmo assim há uns pormenores que me escapam, devido à minha clara limitação e daí as minhas desculpas. Como é que tencionam fazer isso mesmo? É que os russos estão dispostos a combater e, pelo que aqui vejo, nós também, mas só enquanto houver ucranianos, o que limita um bocado a coisa.
E também me parece que 75% da população mundial, ou seja quase a totalidade dos países fora da Europa e América do Norte, está-se a cagar para a Ucrania e quer é negócios, matérias primas, etc, etc.
Ainda não percebi bem esse plano, queira elaborar, sff.

Também é bom saber que invadir países e provocar milhares de mortos e milhões de refugiados passou a ser um crime. Menos uma que os iraquianos, sérvios, afegãos ou líbios têm para nos mandar à cara.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Icterio em Agosto 24, 2022, 04:14:39 pm
Mas mesmo assim há uns pormenores que me escapam, devido à minha clara limitação e daí as minhas desculpas.

O seu problema não é (só) a limitação.  È ser cego pela ideologia anti-USA, anti-NATO, anti-ocidente e pró-russa.  Quando assim é, não vale a pena discutir.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 24, 2022, 04:50:13 pm
Queres o meu NIB?

Não, não, no teu caso podes fazer contribuições directas para a conta do pudin.
Ou para ele te fazer uns pagamentos.

Jovem.

Tens que idade? 12 anos?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Agosto 24, 2022, 05:02:02 pm
Agora aprenderam o caminho para aqui?

Se não se consegue debater a Guerra na Ucrânia, não há debate.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Agosto 24, 2022, 05:38:05 pm
Crise energética: EDP Comercial aumenta fatura do gás das famílias em média 30 euros em outubro
https://multinews.sapo.pt/atualidade/crise-energetica-edp-comercial-aumenta-fatura-do-gas-das-familias-em-media-30-euros-em-outubro/
Citar
A EDP Comercial vai aumentar o preço do gás às famílias em média 30 euros mensais, mais taxas e impostos, a partir de outubro, devido à escalada de preços nos mercados internacionais e após um ano sem atualizações.

Em declarações à agência Lusa, a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, anunciou a decisão de aumentar o preço do gás “em média, 30 euros na fatura dos clientes” residenciais, os quais são acrescidos de “cinco a sete euros de taxas e impostos”.

Não bastou o aumentou do crédito habitação, agora mais esta, mais pobreza para as famílias portugueses.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Agosto 24, 2022, 05:55:48 pm
(https://pbs.twimg.com/media/Fa8OPuuXwAAHnSZ?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Agosto 26, 2022, 10:48:29 am
Álvaro Beleza. "Portugal podia ser a Califórnia da Europa mas tem um problema de ambição
https://ionline.sapo.pt/artigo/779569/alvaro-beleza-portugal-podia-ser-a-california-da-europa-mas-tem-um-problema-de-ambicao?seccao=Dinheiro_i
Citar
Para o presidente da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, Portugal tem de ter a ambição de crescer mais economicamente e se o desafio era duplicar o Produto Interno Bruto (PIB), agora é ainda maior: triplicar. Aliás, foi este o mote para lançar o livro Ambição: Duplicar o PIB em 20 anos, que dá respostas aos desafios das mais variadas áreas, da economia à justiça, passando pela educação e pela saúde, entre outras. A obra vai ser lançada a 1 de setembro, mas Álvaro Beleza levanta o véu em relação a algumas das questões abordadas. Uma das medidas que propõe, por exemplo, é a diminuição significativa da carga fiscal.

Professor universitário e diretor de serviço no hospital de Santa Maria, faz também um raio-x ao setor da saúde e deixa uma garantia: “Temos de adaptar o sistema de saúde todo: público, privado, social, mas, ao mesmo tempo, o Estado não pode ir à falência”. Ao mesmo tempo defende que “o diagnóstico do sistema nacional de saúde está feito, é preciso melhorar, mas sem rutura. É preciso fazer mudanças graduais”.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 30, 2022, 02:52:27 pm
À atenção de quem tem ou vai comprar um imóvel:

Avaliação bancária da habitação atinge novo recorde

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/avaliacao-bancaria-da-habitacao-atinge-novo-recorde

Subida da Euribor aumenta prestação mensal em mais de 120 euros mensais

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/credito/detalhe/subida-da-euribor-aumenta-prestacao-mensal-em-mais-de-120-euros-mensais?ref=DET_Recomendadas_pb#loadComments

Ou seja, prudência, porque o mercado vai apertar (por via do aumento das taxas de juro e da inflação). Mas é benéfico para o mercado, porque a subida sem parar é prejudicial para todos.
O foco na construção vai virar-se para o sector público que já reconheceu que não consegue gastar o dinheiro dado para o PRR em tempo útil  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 30, 2022, 08:07:20 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FbZAyepXkAIz8Pm?format=jpg&name=900x900)

Têm o que merecem
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Setembro 03, 2022, 04:29:09 pm
📹 Subida das taxas Euribor não dá descanso às famílias
https://eco.sapo.pt/2022/09/03/%f0%9f%93%b9-subida-das-taxas-euribor-nao-da-descanso-as-familias/
Citar
Setembro traz uma nova subida da prestação da casa que pode ir até 120 euros. BCE prepara-se para apertar ainda mais o cinto das famílias. 

A subida dos juros do BCE está a ter impacto no orçamento das famílias por via do aumento da prestação da habitação. Os contratos que forem revistos agora em setembro vão registar agravamentos na prestação entre 9% e 27%, consoante o prazo do indexante. Vêm aí aumentos como nunca se viu em mais de uma década. Saiba mais no vídeo:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Setembro 04, 2022, 07:00:33 am
Enquanto estas medidas são tomadas pela Europa fora, por cá o que se faz ?
Tristeza destes dito dirigentes, mas, Irresponsáveis políticos  !

https://expresso.pt/economia/2022-09-03-Governos-europeus-baixam-impostos-dao-descontos-e-fazem-transferencias-diretas-de-dinheiro-para-mitigar-inflacao-08cc4b8e

Abraços

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 06, 2022, 01:00:56 am
Bem, já ouviram concerteza as novidades em termos de apoios dados a cada português para que possamos combater a inflação........
Bem ao jeito socialista, foram distribuídos 2,4 mil milhões de euros..... o que dá 240€ a cada português! Mas apenas para as pessoas, as empresas para já não têem apoios directos.

Mas atenção, aqui os xuxalistas fizeram o pleno, distribuem algumas centenas de euros a cada um de nós, por um lado, mas por outro, praticamente não mexem nos impostos e ainda por cima a esmagadora maioria dos apoios é extraordinária, não vai repetir-se! E a cereja em cima do bolo, como estamos a enfrentar uma inflação alta para um europeu (quase 10% ao ano, o que é altíssimo para o que estamos habituados), o mais certo é o magro apoio ser gasto e engolido pela inflação...... e lá vai o governo recuperar uma grande parte em impostos!!!!!!!! Artistas manhosos!!!!!

Mas vamos aos apoios:

-    125€ por pessoa com rendimento bruto mensal até 2.700€, pagos em outubro. "Todos aqueles que contribuem para o IRS vão ser pagos da mesma forma como recebem os retornos do IRS, ou seja, na conta bancária que indicaram à administração tributária. Os que são beneficiários da Segurança Social, na conta bancária que está associada à Segurança Social", explicou António Costa. Ou seja, quem paga IRS recebe das Finanças, quem recebe subsídios do Estado, recebe como de costume..... da Segurança Social!!!!

-    50€ por criança/jovem (para todos os dependentes até aos 24 anos), independentemente do rendimento da família, pagos em outubro, tal como referido no ponto anterior;

-    Os reformados vão receber um suplemento extra equivalente a meio mês de pensão pago de uma só vez, já em outubro;

-    Vai ser proposto à Assembleia da República que o IVA da eletricidade baixe de 13% para 6%, a partir de outubro de 2022 e até dezembro de 2023. A descida da taxa do IVA é uma medida reclamada pela generalidade dos partidos da oposição e segue o exemplo de outros países da União Europeia, aproveitando a abertura de Bruxelas que, desde abril, permite aos Estados-membros aplicar a taxa reduzida do IVA sem ter de consultar o Comité do IVA. Aqui está a maior peta. Na realidade o IVA só baixa para quem já é beneficiado pela taxa de 13% e que são os primeiros 100kwh dos consumidores que não ultrapassem os 6,9KVA........ vejam bem uma factura de energia e vejam os trocos que ganham  :mrgreen:

-    A transição para o mercado regulado do gás vai permitir um desconto de 10% nas faturas (uma medida que já tinha sido anunciada);

-    Até ao final do ano vai estar suspensa a taxa de carbono e a devolução aos cidadãos da receita adicional de IVA nos combustíveis. Em cada depósito de 50 litros, os consumidores pagarão menos 16€ em gasóleo e menos 14€ em gasolina;

-    O Governo vai criar um travão à subida das rendas em 2023, limitando o aumento a 2% e impedindo que estas subam em linha com a inflação. Este travão às rendas será acompanhado de uma vertente fiscal dirigida a mitigar o impacto da medida junto dos senhorios (ou seja, o governo fica com os louros da medida e os senhorios com a factura! Brilhante!!!);

-    Os preços dos transportes vão ser congelados, sendo assim mantido o preço dos passes urbanos e das viagens da CP em 2023;

-    O Governo vai propor à Assembleia da República o aumento de 4,43% nas pensões até 886€, de 4,07% entre 886€ e 2659€ e de 3,53% noutras pensões sujeitas a atualizações.

No fim disto tudo, quem é que vai pagar a factura? Estes custos vão ser pagos por alguém!!! Uma parte dos 2,4 mil milhões é devolvida em impostos, outra parte em cortes de investimentos..... na Defesa talvez!? E outra parte, é preciso recordar que estas medidas são aplicadas extraordinariamente!

Voltando à palavra extraordinário, para definir estes apoios como irrepetíveis, não esqueçam que podem aliviar alguma coisa, mas os preços ao consumidor vão ficar lá em cima, não vão baixar!!!! Na prática até vão ajudar a subir a inflação ainda mais!!!!!

Havia outra forma mais eficaz? Havia, baixavam os impostos, mas o governo não quer seguir por essa via, porque quer manter as receitas fiscais no valor mais elevado possível!!!!!! Como é que faziam isso? Fácil, reduziam o equivalente aos 2,4 mil milhões de euros, por exemplo baixar o IVA todo da electricidade para 6% (quiseram antes fatiar e por isso é que pediram o parecer da UE, porque se de boa vontade quisessem baixar o IVA da energia para 6%, nem precisavam de autorização da UE, como é só sobre uma pequena parte do consumo................)

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/conselho-de-ministros-costa-apresenta-medidas-para-combater-a-inflacao-acompanhe-aqui
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Setembro 06, 2022, 07:21:43 am
Viajante,

Estas pseudo medidas, a que denomino como provisórias, como foram chamados uns quantos governos pós 25 Abril, em 74/75, não passam de um embuste !

Sendo paridas pela pessoa em questão  não se poderia esperar outra coisa.
Este sr e o seu DesGoverno, de janeiro a Agosto, amealharam, com o aumento da Inflação só cerca de 8.000 Milhões, e, vem o PM agora todo decidido arrogante e orgulhoso transmitir o que vai ser dado aos Portugueses !
DADO ?
Mas que prepotência !

Não será mais devolvido, parcialmente  o que lhes foi sendo retirado, ou mesmo roubado, enquanto que nas grandes empresas, as que dão grandes lucros, os valores dos impostos vão permanecer os mesmos, intocáveis sem qq agravamento, impossibilitando    a mais pequena ajuda para suportar a crise que já está instalada !!

Sr PM vá enganar quem puder que a mim as suas manigâncias não passam despercebidas.

Seja honesto, Franco, Correcto para com os Portugueses e baixe as taxas do IVA, sem esquemas, na Electricidade, no Gás e nos Combustíveis, para o valor mínimo, esse seria o caminho mais transparente se estivesse honestamente interessado em ajudar os Portugueses a suportar a crise, com os 8.000 milhoes que já arrecadou a mais provenientes da inflação tem mais que margem de manobra para o fazer.

Sr PM, deixe-se de truques, tretas e trafulhices, pelo menos desta vez seja honesto !

Abraços 
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 06, 2022, 09:44:23 am
Viajante,

Estas pseudo medidas, a que denomino como provisórias, como foram chamados uns quantos governos pós 25 Abril, em 74/75, não passam de um embuste !

Sendo paridas pela pessoa em questão  não se poderia esperar outra coisa.
Este sr e o seu DesGoverno, de janeiro a Agosto, amealharam, com o aumento da Inflação só cerca de 8.000 Milhões, e, vem o PM agora todo decidido arrogante e orgulhoso transmitir o que vai ser dado aos Portugueses !
DADO ?
Mas que prepotência !

Não será mais devolvido, parcialmente  o que lhes foi sendo retirado, ou mesmo roubado, enquanto que nas grandes empresas, as que dão grandes lucros, os valores dos impostos vão permanecer os mesmos, intocáveis sem qq agravamento, impossibilitando    a mais pequena ajuda para suportar a crise que já está instalada !!

Sr PM vá enganar quem puder que a mim as suas manigâncias não passam despercebidas.

Seja honesto, Franco, Correcto para com os Portugueses e baixe as taxas do IVA, sem esquemas, na Electricidade, no Gás e nos Combustíveis, para o valor mínimo, esse seria o caminho mais transparente se estivesse honestamente interessado em ajudar os Portugueses a suportar a crise, com os 8.000 milhoes que já arrecadou a mais provenientes da inflação tem mais que margem de manobra para o fazer.

Sr PM, deixe-se de truques, tretas e trafulhices, pelo menos desta vez seja honesto !

Abraços

O merceeiro é fino! Sabe porque é que só agora apresenta as medidas anti-inflação e vai pagar em Outubro? O que há em Outubro? Orçamento de Estado para 2023 e esvazia completamente qualquer veleidade de grandes aumentos para 2023! E ainda vamos ver a usar o truque da inflação esperada para 2023, talvez de 1 a 2% para ficar com mais folga na arrecadação de receitas!!!!

O desgoverno podia muito bem reduzir os impostos e ao mesmo tempo combatia a inflação!!!!
Mas o finório não quer isso, quer impostos altos para ter mais receita para gastar enquanto que deita as culpas dos impostos altos ao Passos (apesar de já governar à 7 anos).
O problema é que a baixa de impostos é uma medida mais permanente ele assim só se compromete com este apoio e uma vez, que ainda por cima vai agravar a inflação ao distribuir dinheiro!!!!!

É finório!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 07, 2022, 10:53:06 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FcESq6xWIAI5ZOE?format=jpg&name=900x900)

Citar
Criada com o propósito de ser emoldurada para prova futura.

Existem atos de governação socialista que merecem ser preservados apenas para explicar às gerações futuras, como este nosso maravilhoso País, caiu em desgraça asfixiado por uma maioria socialista.

https://twitter.com/RicardoCardoso3/status/1567554676320600064/photo/1
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 12, 2022, 03:38:21 am
Airbus vai “descolar” produção e empregos em Santo Tirso

Fábrica no distrito do Porto produz peças para os Airbus A320 e A350 e vai ocupar área total de 20 mil m2. Gigante da aeronáutica promete criar mais de 250 postos de trabalho “altamente qualificados".

A Airbus Atlantic vai inaugurar esta semana as novas instalações do grupo em Santo Tirso, onde produz peças para as famílias Airbus A320 e A350, e que vão ocupar uma área de 20 mil metros quadrados quando estiverem totalmente concluídas. Esta operação industrial, que representou um investimento de 40 milhões de euros, conta já com cerca de uma centena de trabalhadores, prevendo chegar às 150 pessoas até ao final deste ano.

A fabricante de aeroestruturas e assentos de pilotos e de passageiros (que comercializa sob a marca Stelia Aerospace), subsidiária que soma perto de 13 mil funcionários em cinco países e fatura 3,5 mil milhões de euros por ano, promete ainda criar “mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados nos próximos anos, como forma de resposta ao potencial de desenvolvimento da sua atividade em Portugal”.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/09/airbus.jpg)

Instalada na Zona Industial da Ermida, neste concelho do Vale do Ave pertencente ao distrito do Porto, a Airbus Atlantic Portugal refere, numa nota de agenda partilhada com o ECO, que a produtora liderada por Cédric Gautier faz “parte de um sistema industrial robusto, coerente e integrado, com o objetivo de desenvolver gradualmente uma forte competência no fabrico de aeroestruturas no norte do país”.

“A Airbus tem uma presença sólida em Portugal e continua a crescer graças aos seus parceiros, fornecedores e clientes locais, estando a ganhar relevância enquanto empresa criadora de emprego (direto e indireto) no país”, acrescenta no mesmo documento em que confirma a presença de Alberto Gutierrez, COO da Airbus, e do primeiro-ministro, António Costa, na inauguração da fábrica.

É que, além desta unidade de montagem em Santo Tirso, no ano passado, a Airbus abriu no Parque das Nações, na zona oriental de Lisboa, o seu Global Business Services Center. Este centro de serviço partilhados emprega especialistas nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Compras, Gestão de informação, Engenharia, Comunicação, Serviços ao Cliente, Jurídico e Compliance, prevendo chegar aos 800 colaboradores até 2025.

Entre a fábrica — que a AICEP disse ter vindo para Portugal pela “relevante experiência no setor aeronáutico, a disponibilidade de talento, a integração na Zona Euro e a proximidade geográfica com as localizações francesas” da subsidiária — e o hub de serviços na capital portuguesa, o vice-presidente da companhia de aeronáutica para a região do sul da Europa calculou à Lusa um investimento total de 69 milhões de euros em 2021, num crescimento médio de 16% ao ano nos últimos quatro anos.

“Portugal está a bordo de todos os programas comerciais da Airbus [e está] ativo numa vasta gama de atividades”, além de que todas as divisões da fabricante são abastecidas em Portugal, sublinhou César Sanchez. Em declarações prestadas em maio deste ano, o gestor frisou que “este compromisso continuará a trazer benefícios mútuos tanto para Portugal como para a Airbus nos próximos anos, nomeadamente através da criação de empregos domésticos adicionais em todo o setor”.

No último exercício, a gigante europeia de aeronaves Airbus registou um lucro recorde de 4,2 mil milhões de euros. Num ano marcado pelo aumento da produção e adaptação à crise pandémica, entregou 611 aviões comerciais, mais 8% do que no ano anterior, e estima que este número suba para 720 no total do ano de 2022.

O que faz a Airbus Atlantic?

A Airbus Atlantic projeta e fabrica as secções da fuselagem frontal para toda a família Airbus, bem como secções da fuselagem e subconjuntos específicos para a Airbus, asas totalmente equipadas para o ATR 42/72, a fuselagem central totalmente equipada para o Global 7500 da Bombardier, subconjuntos de aeroestrutura para a fuselagem central do Falcon 10X da Dassault Aviation e peças complexas de aeroestrutura metálica e composta para vários fabricantes de aeronaves.

Com uma ampla gama de cadeiras de pilotos versáteis para aviação comercial, executiva e militar e para helicópteros, a Airbus Atlantic diz que dá resposta às necessidades do mercado e equipa todas as aeronaves da Airbus, entre outras construtoras. As cadeiras de passageiros Stelia Aerospace Premium, especifica o grupo de origem francesa, já conquistaram mais de 50 companhias aéreas, incluindo as mais prestigiadas da Europa, da região Ásia-Pacífico e do Médio Oriente, três das quais estão no Top 10 da classificação internacional Skytrax.

https://eco.sapo.pt/2022/09/11/airbus-vai-descolar-producao-e-empregos-em-santo-tirso/

Uma notícia não-Embraer!!!
A Airbus já tem bastantes empresas nacionais a trabalharem para a companhia, agora decididem investir directamente em Portugal!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Subsea7 em Setembro 12, 2022, 12:34:53 pm
E o que fazemos ?
Compramos aviões a Embraer, KC-390,Tucanos etc.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 12, 2022, 02:54:17 pm
E o que fazemos ?
Compramos aviões a Embraer, KC-390,Tucanos etc.

Não, precisamente o oposto!
A Embraer está a desinvestir em Portugal e só ainda n devem ter ido as restantes participações (por exemplo nas OGMA, porque o Estado ainda tem 35% do capital e ainda não entregou os C390 a Portugal.............

Basta olharmos para os resultados da Embraer para tirarmos conclusões:
https://www.infomoney.com.br/mercados/resultado-embraer-embr3-segundo-trimestre-2022/
https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/embraer-conclui-venda-de-fabricas-em-portugal-por-quase-r-890-milhoes.html

Ou seja, se não tivessem vendido as fábricas de Évora à Aernnova, o resultado líquido do 2ª trimestre tinha sido negativo!!!!! (200 milhões de reais de lucro, mas com receitas extraordinárias de 885 milhões!!!!!!!)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 15, 2022, 10:26:10 am
Estado deu 12.591 milhões em subvenções e muitas vezes sem controlo

https://www.publico.pt/2022/09/15/economia/noticia/estado-deu-12591-milhoes-subvencoes-vezes-controlo-2020525

Ou seja, quem nos governa despeja dinheiro em ajudas e nem controla o que dá! Não tenho acesso à notícia inteira, mas estamos a falar de mais de 13 mil milhões dados pelo Estado sem controlo (a IGF apanhou mais 560 milhões de euros a somar aos 12,6 mil milhões). Agora somem a TAP, Bancos......
E depois não há dinheiro!?!?!?!
Não há é controlo sobre o que o Estado faz com o nosso dinheiro!!!!! E não estamos a falar só do Orçamento de Estado, também temos de acrescentar o dinheiro dado anualmente pela UE!!!!!!!

Vejam a página 9 do relatório de execução do Orçamento: https://www.dgo.gov.pt/execucaoorcamental/Paginas/Sintese-da-Execucao-Orcamental-Mensal.aspx?Ano=2022&Mes=Agosto
Este ano ainda será pior, o Estado já arrecadou até Julho mais 8 mil milhões em comparação a 2021........ mas depois o dinheiro desaparece todo!!!!
Falta gestão de qualidade!!!!!
Ou melhor, faltam pessoas qualificadas à frente das Instituições. De preferência com cursos um bocado diferentes de Direito!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 15, 2022, 10:54:50 am
Estado deu 12.591 milhões em subvenções e muitas vezes sem controlo

https://www.publico.pt/2022/09/15/economia/noticia/estado-deu-12591-milhoes-subvencoes-vezes-controlo-2020525

Ou seja, quem nos governa despeja dinheiro em ajudas e nem controla o que dá! Não tenho acesso à notícia inteira, mas estamos a falar de mais de 13 mil milhões dados pelo Estado sem controlo (a IGF apanhou mais 560 milhões de euros a somar aos 12,6 mil milhões). Agora somem a TAP, Bancos......
E depois não há dinheiro!?!?!?!
Não há é controlo sobre o que o Estado faz com o nosso dinheiro!!!!! E não estamos a falar só do Orçamento de Estado, também temos de acrescentar o dinheiro dado anualmente pela UE!!!!!!!

Vejam a página 9 do relatório de execução do Orçamento: https://www.dgo.gov.pt/execucaoorcamental/Paginas/Sintese-da-Execucao-Orcamental-Mensal.aspx?Ano=2022&Mes=Agosto
Este ano ainda será pior, o Estado já arrecadou até Julho mais 8 mil milhões em comparação a 2021........ mas depois o dinheiro desaparece todo!!!!
Falta gestão de qualidade!!!!!
Ou melhor, faltam pessoas qualificadas à frente das Instituições. De preferência com cursos um bocado diferentes de Direito!

Por isso é que já alguns partidos (da esquerda à direita) andam a pedir um Orçamento de base zero. Mas porque dá muito trabalho ou porque ia ser preciso explicar muita coisa e tornar-se embaraçoso a coisa nunca foi para a frente.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Setembro 16, 2022, 10:52:30 am
Famílias portuguesas entre as mais expostas à subida dos juros
https://eco.sapo.pt/2022/09/16/familias-portuguesas-entre-as-mais-expostas-a-subida-dos-juros/
Citar
A Zona Euro é só uma, mas o regime de taxas de juro aplicado no crédito em cada Estado-membro é muito variado. Há países onde os empréstimos para a compra de casa têm quase todos taxa fixa e há outros em que na grande maioria dos casos o juro cobrado depende de um indexante, como a Euribor. É o caso de Portugal.

Os dados estatísticos compilados pelo Banco Central Europeu mostram que 68% dos novos crédito à habitação contratados em Portugal no mês de julho tinham taxa variável ou fixa apenas no primeiro ano. Um contraste significativo com o conjunto da Zona Euro, onde o peso é de apenas 17,9%.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/09/peso-taxa-variavel-02-vf-1.png)

Esta enorme proporção dos empréstimos com juros indexados, neste caso à Euribor, faz com que as famílias portuguesas estejam entre as mais vulneráveis ao aperto significativo da política monetária pelo BCE para travar a inflação. Portugal é o sétimo país onde a taxa variável tem mais importância, ficando abaixo da Finlândia (97,7%), Letónia, Chipre, Irlanda, Estónia e Malta.

No extremo oposto estão Estados-membros como a França (3,3%), Eslováquia (3,7%), Eslovénia (7,5%), Países Baixos (13%) ou Alemanha (13,4%), onde os créditos a taxa fixa são claramente predominantes.

Se considerarmos todos os empréstimos existentes, o peso em Portugal é ainda maior. Segundo o último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, divulgado em junho, o crédito à habitação com juros fixos somava perto de 36 mil milhões de euros, o equivalente a 17,5% do total. Ou seja, 82,5% tem taxa variável. A base estatística do BCE não permite fazer a comparação com outros países considerando a totalidade dos empréstimos.

Espero estar errado, mas infelizmente, acho que esta crise vai ser muito pior do que a de 2008.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 16, 2022, 10:20:32 pm
Famílias portuguesas entre as mais expostas à subida dos juros
https://eco.sapo.pt/2022/09/16/familias-portuguesas-entre-as-mais-expostas-a-subida-dos-juros/
Citar
A Zona Euro é só uma, mas o regime de taxas de juro aplicado no crédito em cada Estado-membro é muito variado. Há países onde os empréstimos para a compra de casa têm quase todos taxa fixa e há outros em que na grande maioria dos casos o juro cobrado depende de um indexante, como a Euribor. É o caso de Portugal.

Os dados estatísticos compilados pelo Banco Central Europeu mostram que 68% dos novos crédito à habitação contratados em Portugal no mês de julho tinham taxa variável ou fixa apenas no primeiro ano. Um contraste significativo com o conjunto da Zona Euro, onde o peso é de apenas 17,9%.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/09/peso-taxa-variavel-02-vf-1.png)

Esta enorme proporção dos empréstimos com juros indexados, neste caso à Euribor, faz com que as famílias portuguesas estejam entre as mais vulneráveis ao aperto significativo da política monetária pelo BCE para travar a inflação. Portugal é o sétimo país onde a taxa variável tem mais importância, ficando abaixo da Finlândia (97,7%), Letónia, Chipre, Irlanda, Estónia e Malta.

No extremo oposto estão Estados-membros como a França (3,3%), Eslováquia (3,7%), Eslovénia (7,5%), Países Baixos (13%) ou Alemanha (13,4%), onde os créditos a taxa fixa são claramente predominantes.

Se considerarmos todos os empréstimos existentes, o peso em Portugal é ainda maior. Segundo o último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, divulgado em junho, o crédito à habitação com juros fixos somava perto de 36 mil milhões de euros, o equivalente a 17,5% do total. Ou seja, 82,5% tem taxa variável. A base estatística do BCE não permite fazer a comparação com outros países considerando a totalidade dos empréstimos.

Espero estar errado, mas infelizmente, acho que esta crise vai ser muito pior do que a de 2008.

Eu há uns meses (10/12) andei a ver de créditos para comprar casa, e a primeira resposta era que não tinham taxa fixa, ou então só tinham para os primeiros 5 anos. Tal como não faziam certos tipos de crédito (ex: compra de terrenos). Passado uns tempos já faziam taxa fixa e outras já davam créditos para compra de terrenos. Ou tem a ver com quem dá a informação que é um nabo ou então os bancos andam consoante a maré a ver o que pesca.

Talvez se o Banco de Portugal fizesse o seu trabalho não tínhamos resgatado tantos bancos e esse gráfica não estivesse tão mau.

PS: Outra coisa foi a taxa de juro apresentada, juntamente com a proposta estava uma outra simulação (obrigatória) para taxa de juro acho que a 3% (acho que é a média superior dos últimos 30 anos ou algo parecido) algo que a Sra depressa veio dizer que aquilo era um cenário irrealista. Ri-me e vim embora.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 19, 2022, 12:42:58 am
Estado deu 12.591 milhões em subvenções e muitas vezes sem controlo

https://www.publico.pt/2022/09/15/economia/noticia/estado-deu-12591-milhoes-subvencoes-vezes-controlo-2020525

Ou seja, quem nos governa despeja dinheiro em ajudas e nem controla o que dá! Não tenho acesso à notícia inteira, mas estamos a falar de mais de 13 mil milhões dados pelo Estado sem controlo (a IGF apanhou mais 560 milhões de euros a somar aos 12,6 mil milhões). Agora somem a TAP, Bancos......
E depois não há dinheiro!?!?!?!
Não há é controlo sobre o que o Estado faz com o nosso dinheiro!!!!! E não estamos a falar só do Orçamento de Estado, também temos de acrescentar o dinheiro dado anualmente pela UE!!!!!!!

Vejam a página 9 do relatório de execução do Orçamento: https://www.dgo.gov.pt/execucaoorcamental/Paginas/Sintese-da-Execucao-Orcamental-Mensal.aspx?Ano=2022&Mes=Agosto
Este ano ainda será pior, o Estado já arrecadou até Julho mais 8 mil milhões em comparação a 2021........ mas depois o dinheiro desaparece todo!!!!
Falta gestão de qualidade!!!!!
Ou melhor, faltam pessoas qualificadas à frente das Instituições. De preferência com cursos um bocado diferentes de Direito!

Por isso é que já alguns partidos (da esquerda à direita) andam a pedir um Orçamento de base zero. Mas porque dá muito trabalho ou porque ia ser preciso explicar muita coisa e tornar-se embaraçoso a coisa nunca foi para a frente.

Era sem dúvida uma das soluções, e com uma alteração, em vez de se permitir como até agora que o orçamento fosse gasto até ao último cêntimo, por ventura em bens dispensáveis, para evitarem devolver ao Estado a parte do orçamento que não foi gasto (ultrapassado pelas Finanças com as cativações), a gestão poderia passar por:
- Para além da base zero (ter de começar de novo e justificar cada cêntimo gasto);
- Todo o financiamento que não fosse gasto num ano, ficava na instituição como prémio de boa gestão (o que permitia ter mais margem financeira para investir onde a instituição realmente mais precisa e que possa estar subfinanciada;
- A manutenção dos edifícios deveria estar fora das instituições e ser partilhada entre o Estado e as Autarquias onde estão sedeados;
- E se calhar os Recursos Humanos poderiam ser centralizados, até para permitir aumentar onde são mais necessários e diminuir onde não fazem falta.

Talvez fosse também importante questionar se precisamos de centenas de Institutos públicos!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 19, 2022, 01:02:01 am
Eu há uns meses (10/12) andei a ver de créditos para comprar casa, e a primeira resposta era que não tinham taxa fixa, ou então só tinham para os primeiros 5 anos. Tal como não faziam certos tipos de crédito (ex: compra de terrenos). Passado uns tempos já faziam taxa fixa e outras já davam créditos para compra de terrenos. Ou tem a ver com quem dá a informação que é um nabo ou então os bancos andam consoante a maré a ver o que pesca.

Talvez se o Banco de Portugal fizesse o seu trabalho não tínhamos resgatado tantos bancos e esse gráfica não estivesse tão mau.

PS: Outra coisa foi a taxa de juro apresentada, juntamente com a proposta estava uma outra simulação (obrigatória) para taxa de juro acho que a 3% (acho que é a média superior dos últimos 30 anos ou algo parecido) algo que a Sra depressa veio dizer que aquilo era um cenário irrealista. Ri-me e vim embora.

Os bancos são obrigados a fazerem 2 simulações, uma com a taxa actual + spread e outra com o spread + taxa actual + prémio mais elevado dos últimos 20 anos.

As taxas de juro definidas pelo BCE estiveram muitos anos em 0%, já sabíamos que íam subir, só não sabíamos que a magnitude ía ser da ordem de grandeza actual, com 2 incrementos de 0,50% e depois 0,75%. É inédito e demonstra que o BCE está muito preocupado com a inflação e vai combatê-la com muita força.
Mas os juros não podem ficar muito elevados por vários motivos, a começar pelo endividamento dos Estados da UE e em menor grau de importãncia para o BCE, para os particulares e empresas.

O combate da inflação não pode e não vai durar muito tempo, porque a seguir vem uma recessão (esta vai ser provocada pelo combate da inflação) e a seguir a uma recessão vem uma aposta no crescimento económico (expansão)!!!!!

Mas olhe que para um empréstimo de muito longo prazo (o caso dos empréstimos-habitação), posso garantir-lhe que uma taxa fixa não é a melhor solução. As taxas fixas cobradas são muito elevadas e tenho dúvidas que um banco aceite taxa fixa a 30 anos, por exemplo.

A economia europeia com crescimentos anémicos, não aguenta mais de 2 anos com juros mais altos, depois o BCE tem forçosamente de baixar as taxas, ou então vai ter um tsunami de países endividados para salvar!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 19, 2022, 10:04:48 am
Estado deu 12.591 milhões em subvenções e muitas vezes sem controlo

https://www.publico.pt/2022/09/15/economia/noticia/estado-deu-12591-milhoes-subvencoes-vezes-controlo-2020525

Ou seja, quem nos governa despeja dinheiro em ajudas e nem controla o que dá! Não tenho acesso à notícia inteira, mas estamos a falar de mais de 13 mil milhões dados pelo Estado sem controlo (a IGF apanhou mais 560 milhões de euros a somar aos 12,6 mil milhões). Agora somem a TAP, Bancos......
E depois não há dinheiro!?!?!?!
Não há é controlo sobre o que o Estado faz com o nosso dinheiro!!!!! E não estamos a falar só do Orçamento de Estado, também temos de acrescentar o dinheiro dado anualmente pela UE!!!!!!!

Vejam a página 9 do relatório de execução do Orçamento: https://www.dgo.gov.pt/execucaoorcamental/Paginas/Sintese-da-Execucao-Orcamental-Mensal.aspx?Ano=2022&Mes=Agosto
Este ano ainda será pior, o Estado já arrecadou até Julho mais 8 mil milhões em comparação a 2021........ mas depois o dinheiro desaparece todo!!!!
Falta gestão de qualidade!!!!!
Ou melhor, faltam pessoas qualificadas à frente das Instituições. De preferência com cursos um bocado diferentes de Direito!

Por isso é que já alguns partidos (da esquerda à direita) andam a pedir um Orçamento de base zero. Mas porque dá muito trabalho ou porque ia ser preciso explicar muita coisa e tornar-se embaraçoso a coisa nunca foi para a frente.

Era sem dúvida uma das soluções, e com uma alteração, em vez de se permitir como até agora que o orçamento fosse gasto até ao último cêntimo, por ventura em bens dispensáveis, para evitarem devolver ao Estado a parte do orçamento que não foi gasto (ultrapassado pelas Finanças com as cativações), a gestão poderia passar por:
- Para além da base zero (ter de começar de novo e justificar cada cêntimo gasto);
- Todo o financiamento que não fosse gasto num ano, ficava na instituição como prémio de boa gestão (o que permitia ter mais margem financeira para investir onde a instituição realmente mais precisa e que possa estar subfinanciada;
- A manutenção dos edifícios deveria estar fora das instituições e ser partilhada entre o Estado e as Autarquias onde estão sedeados;
- E se calhar os Recursos Humanos poderiam ser centralizados, até para permitir aumentar onde são mais necessários e diminuir onde não fazem falta.

Talvez fosse também importante questionar se precisamos de centenas de Institutos públicos!!!

Este fim de semana fiquei a saber que já há tribunais sem papel para trabalharem, e andam a pedir emprestado a outras instituições, ao que parece por causa da inflação os preços aumentaram no fornecedor e ainda não foi autorizada a compra de mais papel pelos novos preços.

A ultima vez que falhou papel foi na altura da quase bancarrota  de 2011.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 19, 2022, 12:10:49 pm
Este fim de semana fiquei a saber que já há tribunais sem papel para trabalharem, e andam a pedir emprestado a outras instituições, ao que parece por causa da inflação os preços aumentaram no fornecedor e ainda não foi autorizada a compra de mais papel pelos novos preços.

A ultima vez que falhou papel foi na altura da quase bancarrota  de 2011.

Também me parece que o regime não sabe como evitarmos a parede!
Desde 2010 que estamos em constante crise. A frase virar a página da austeridade tem um certo tom cómico dito por alguém que está prestes a cortar pensões futuras em quase o triplo do que tentou fazer a PAF!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 19, 2022, 12:48:41 pm
Este fim de semana fiquei a saber que já há tribunais sem papel para trabalharem, e andam a pedir emprestado a outras instituições, ao que parece por causa da inflação os preços aumentaram no fornecedor e ainda não foi autorizada a compra de mais papel pelos novos preços.

A ultima vez que falhou papel foi na altura da quase bancarrota  de 2011.

Também me parece que o regime não sabe como evitarmos a parede!
Desde 2010 que estamos em constante crise. A frase virar a página da austeridade tem um certo tom cómico dito por alguém que está prestes a cortar pensões futuras em quase o triplo do que tentou fazer a PAF!!!!!

Pois desde essas eleições em que a então PAF alertou que era preciso mexer nas pensões, que a longo prazo o sistema não ia ser sustentável, na altura foi acusada de mentir e que o sistema era sustentável e que apenas queriam fazer cortes. Preferiram ignorar o problema, e agora que a coisa está mais complicada é que vão ter que tomar alguma solução, admitindo o problema que antes tinham negado.

O problema é que a solução encontrada apenas garante mais 13 anos de sustentabilidade ao sistema de pensões. Eu não percebo, como é que todos (maioria dos partidos) continuam a dizer que SS é sustentável se as previsões apontam para que em 2040/50 não haja dinheiro na SS para pagar pensões.

https://observador.pt/factchecks/a-seguranca-social-ganhou-22-anos-de-estabilidade/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Setembro 19, 2022, 04:51:23 pm
https://observador.pt/2022/09/19/atualizacao-automatica-das-pensoes-em-2023-anteciparia-defice-da-seguranca-social-em-meia-decada-explicou-governo-ao-parlamento/
Atualização automática das pensões em 2023 anteciparia défice da Segurança Social em meia década, explicou Governo ao Parlamento

Citar
Em documento de 3 páginas, enviado aos deputados, Governo simulou cenário que se colocaria caso pensões fossem atualizadas automaticamente em 2023: Segurança Social entraria em défice no fim da década

Questionado pelos partidos e também pelo Presidente da República, que chegou a considerar “inevitável” a divulgação dos dados sobre o impacto da atualização automática das pensões no próximo ano, o Governo enviou ao Parlamento o documento de três páginas em que o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social simulou o que aconteceria se, ao contrário do que foi anunciado há duas semanas, aquando da apresentação do seu plano de resposta ao aumento de preços, se mantivesse a atualização automática das pensões em 2023.

De acordo com o Público, que teve acesso ao documento, caso isso acontecesse, o saldo da Segurança Social entraria em terreno negativo já no final da década — antecipando em cerca de cinco anos o momento em que se calcula que a receita contributiva vai finalmente ser inferior à despesa e provocando saldos negativos acima dos mil milhões de euros.

No documento, citado pelo jornal, o Governo determina que a “aplicação integral da fórmula [de atualização das pensões], num ano atípico como o que vivemos”, teria um “impacto imediato” no saldo da Segurança Social, com os primeiros saldos negativos a serem antecipados meia década nas previsões atuais, para “o final da década de 2020, podendo atingir valores negativos até 1% do PIB no final da década de 2030”.

Segundo o Público, para chegar a estas conclusões, o Gabinete de Estratégia e Planeamento manteve as estimativas para as receitas com contribuições e quotizações de trabalhadores e empregadores, introduzindo alterações apenas na rubrica que diz respeito às despesas com as pensões — que passou a registar, em todos os anos entre 2023 e 2060, valores mais de mil milhões de euros acima dos que estavam previstos no Orçamento do Estado para 2022.

Afinal não é 13 anos é só 5, e sempre vai haver um corte nas pensões futuras.

Novamente o governo apanhado a mentir, e a meu ver sem necessidade, pois podia ter mostrado logo as contas, ...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 19, 2022, 07:58:35 pm
Este fim de semana fiquei a saber que já há tribunais sem papel para trabalharem, e andam a pedir emprestado a outras instituições, ao que parece por causa da inflação os preços aumentaram no fornecedor e ainda não foi autorizada a compra de mais papel pelos novos preços.

A ultima vez que falhou papel foi na altura da quase bancarrota  de 2011.

Também me parece que o regime não sabe como evitarmos a parede!
Desde 2010 que estamos em constante crise. A frase virar a página da austeridade tem um certo tom cómico dito por alguém que está prestes a cortar pensões futuras em quase o triplo do que tentou fazer a PAF!!!!!

Pois desde essas eleições em que a então PAF alertou que era preciso mexer nas pensões, que a longo prazo o sistema não ia ser sustentável, na altura foi acusada de mentir e que o sistema era sustentável e que apenas queriam fazer cortes. Preferiram ignorar o problema, e agora que a coisa está mais complicada é que vão ter que tomar alguma solução, admitindo o problema que antes tinham negado.

O problema é que a solução encontrada apenas garante mais 13 anos de sustentabilidade ao sistema de pensões. Eu não percebo, como é que todos (maioria dos partidos) continuam a dizer que SS é sustentável se as previsões apontam para que em 2040/50 não haja dinheiro na SS para pagar pensões.

https://observador.pt/factchecks/a-seguranca-social-ganhou-22-anos-de-estabilidade/

Nós infelizmente temos políticos que fogem da verdade, por mais complicada que seja de ouvir!
A realidade é que cada vez temos menos trabalhadores por cada pensionista, mas mesmo assim a Segurança Social ainda seria suficientemente robusta para garantir as pensões.

O principal problema não está no regime contributivo da SS, está no não contributivo, ou seja, nos pagamentos feitos a pessoas que nunca descontaram na sua vida ou contribuiram muito pouco!!!!!! Esse é que é o problema que principalmente os partidos mais à esquerda gostam de ignorar, porque logo à cabeça vemos o ex-rendimento mínimo, mas há mais, pensões de invalidez, velhice e morte de quem não descontou!!!!!

Esse problema começa agora a ser mais visível, porque os funcionários públicos que atribuíam essas benesses, nunca descontaram para a SS, descontaram sempre para a CGA ou outros subsistemas e esses não pagam um cêntimo para o regime não contributivo!!!!!
Mas já à uns anos que agora o único sistema vigente é a SS e agora os novos funcionários públicos já questionam porque é que há tanta gente que não contribuí e recebe dos seus próprios descontos!!!!!

Esta situação é mais grave quando por exemplo no mesmo serviço público, um jovem funcionário que apresente uma baixa, recebe 55% do salário (SS), mas um seu colega que ainda desconte para a CGA, recebe 81%. Como é que isto é admissível!?!?!?!?!?!

Um trabalhador que desconte para a SS e tenha a infelicidade de ter um cancro, vai ter seguramente uma baixa prolongada de pelo menos 9 meses pela frente. Se o seu salário bruto for de 705€ mensais, o infeliz nem 400€ vai receber por mês!!!!!! Vai sobreviver!!!!!!!! O infeliz só no fim da baixa vai poder receber mais alguns trocos se for uma baixa mais prolongada, mas...... propositadamente as baixas na SS são de apenas 30 dias, para a SS pagar apenas 55% do salário declarado  :mrgreen:

E ainda podemos questionar os imensos fundos de pensões privados que o Estado foi engolindo, só para baixar o déficite, sem sequer fazerem contas se o mesmo fundo era deficitário ou não! Sei que alguns fundos de bancos, o Estado obrigou os bancos a injectarem dinheiro no fundo para cobrirem buracos, mas........ pagaram tudo? Não sei......

E como é que se resolve o problema? Simples, retirar todos os pagamentos do regime NÃO CONTRIBUTIVO da SS e passarem para o Orçamento de Estado. Dessa forma esses pagamentos são maiores ou menores consoante houver dinheiro para os pagar, sem estarem a ROUBAR as reformas de quem legalmente desconta para a SS!!!!!

Há vontade política para fazer isto? Nenhuma!!!!!!

Outra questão, o PS anda em pulgas para taxar lucros exorbitantes, principalmente das energéticas! Eu até concordo, mas só se o dinheiro for para distribuír pelas famílias e empresas mais aflitas, os verdadeiros prejudicados da inflação. Agora se for para criar mais um imposto para o Estado ficar com ele eu digo nem pensar!!!!!

Mas isto sou eu que sou mais liberal e menos socialista/comunista  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 19, 2022, 11:19:22 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FdC96EeWIAQ2-uR?format=jpg&name=360x360)




Tanto que o Medina avisou...

Mas não... Era o profeta da desgraça e sei lá que mais lhe chamavam.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 19, 2022, 11:25:23 pm
E no final onde se diz auto-estradas, pode-se agora dizer F-35, fragatas, defesas antiaéreas, LPD e o que quer que seja!!!

 :N-icon-Axe:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 19, 2022, 11:27:24 pm

Medina Carreira, o homem que teve razão antes de tempo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 20, 2022, 02:59:50 pm

Medina Carreira, o homem que teve razão antes de tempo

Grande Medina!
Adorava e via todos os programas. Fazem falta pessoas com visão como ele e que não tinha medo de dizer o que lhe ía na alma. Por isso foi Ministro Socialista mas saíu logo em 1978, quando viu o ninho de víboras em que se tinha metido  :mrgreen:

Faltam nos partidos pessoas dignas e honestas.

Mas a melhor caracterização dos partidos e feita pelo Medina é esta  :mrgreen:


Logo no início do vídeo  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 21, 2022, 04:34:37 pm
Airbus expande em Portugal com escritório satélite em Coimbra

O novo escritório vai abrir portas em janeiro de 2023 e vai contar inicialmente com 50 postos de trabalho, mas prevê crescer para 100 funcionários até ao primeiro semestre de 2024. Braga, Guimarães e Aveiro eram as outras cidades na corrida para acolher as novas instalações da subsidiária da Airbus em Portugal.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2018-07/img_900x560$2018_07_16_15_39_20_335205.jpg)



Um ano e meio depois de ter instalado em Portugal o centro de serviços internacional, o Global Business Services Center, a Airbus anuncia que vai expandir os serviços no país através de um escritório satélite que vai abrir em Coimbra.


O anúncio foi feito pelo diretor geral da Airbus Portugal, Charles Huguet, que acrescentou ainda que o novo escritório vai abrir portas em janeiro de 2023 e vai contar, inicialmente, com 50 trabalhadores que, até ao primeiro semestre de 2024, deverão subir para 100 funcionários.


Contabilidade, Procurement, IT Systems, Recursos Humanos e Travel & Expenses vão ser as áreas dos serviços da Airbus que vão funcionar em Coimbra com a fase de recrutamento a arrancar dentro de semanas.


A escolha da cidade acontece depois de a subsidiária da Airbus em Portugal ter mantido conversações com Braga, Aveiro e Guimarães.

"Queríamos escolher uma localização fora de Lisboa e Porto e expandir para uma cidade de meia dimensão. Coimbra é uma cidade onde há muitos talentos com a universidade e o politécnico e tem acessos muito fáceis" para outras regiões do país.


A aposta da fabricante francesa de aeronaves em Portugal acontece depois de em maio de 2021 ter aberto no Parque das Nações o hub para sediar no país a sua plataforma internacional de desenvolvimento que congrega as operações internacionais de controlo, segurança de dados e processos.


Até agora, em Lisboa, a Airbus já conta com 300 trabalhadores e com os dois escritórios tem como meta chegar aos 900 funcionários nos próximos três anos, diz Charles Huguet.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/aviacao/detalhe/airbus-expande-servicos-em-portugal-com-escritorio-satelite-em-coimbra

A Airbus continua a apostar em Portugal. O facto de termos RH qualificados, estarmos longe de Moscovo  :mrgreen:, o clima ser bom e aposta na diversificação!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Setembro 24, 2022, 10:58:39 am
A indústria nacional está a crescer imenso... entusiasmado começo a ler as notícias, sem dúvida há muito boas notícias, mas a maior parte do aumento estratosférico na indústria nacional explica-se com a inflação e não tanto com o aumento do volume de vendas, que também se verifica de facto  :mrgreen:

Exportações das empresas do metal sobem 40,5% em junho
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/exportacoes-das-empresas-do-metal-sobem-405-em-junho

Volume de negócios na indústria acelera 31,5% em junho
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/volume-de-negocios-na-industria-acelera-315-em-junho

Outra boa notícia, para quem não conhece que Portugal ainda tem clusters interessantes e produzimos já muito ao nível da indústria:

Portuguesa Grupel escolhida por gigante norte-americana para fabricar geradores

(https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/10/grupel.jpg)

A Grupel chegou a acordo com a gigante norte-americana Cummins para o desenvolvimento e produção de geradores elétricos até 700 kVA. Este acordo fará com que a empresa aveirense aumente a sua produção e proceda à contratação de profissionais.

A informação é avançada esta quinta-feira pelo ‘Negócios’ que dá conta que a Cummins faturou 23 mil milhões de euros em 2021

Com este acordo, a Grupel acredita que irá satisfazer as necessidades do mercado europeu de baixa potência, sendo que os primeiros geradores resultantes do acordo deverão chegar ao mercado até ao final do ano.

O CEO da Grupel disse ainda ao ‘Negócios’ que o acréscimo de produção resultante deste acordo deve contribuir para uma subida de 30% ou 40% do volume de negócios, prevendo que a faturação da empresa se situe nos 28 milhões de euros em 2022, sendo que 90% deste valor é proveniente de exportações.

https://executivedigest.sapo.pt/portuguesa-grupel-escolhida-por-gigante-norte-americana-para-fabricar-geradores/

Conclusão, a aposta nacional deve debruçar-se na Indústria + Indústria e + Indústria. E em vez de apostarmos no turismo, que pouco VAB gera, devíamos assediar as empresas que querem deslocalizar-se da China, Rússia e arredores da Rússia. Não devemos ter vergonha de dizer a bom som que estamos muito longe da Rússia e estamos localizados numa área geográfica muito mais estável.

Sei de uma boa noticia referente a exportações nacionais, nem sei é se vi isso aqui pelo forum noutro tópico qualquer  :mrgreen:.

A produção de autocarros a hidrogénio pela Caetano, que até exportamos para países do norte da Europa.

https://insider.dn.pt/noticias/caetanobus-primeira-produzir-autocarros-hidrogenio-na-europa/6078/

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/automovel/detalhe/primeiro-autocarro-a-hidrogenio-da-kinto-portugal-chega-a-maior-operadora-nordica-de-transportes-publicos

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/air-liquide-toyota-e-caetanobus-assinam-parceria-para-desenvolver-cadeia-de-valor-do-hidrogenio
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Setembro 25, 2022, 12:27:35 am
Sei de uma boa noticia referente a exportações nacionais, nem sei é se vi isso aqui pelo forum noutro tópico qualquer  :mrgreen:.

A produção de autocarros a hidrogénio pela Caetano, que até exportamos para países do norte da Europa.

https://insider.dn.pt/noticias/caetanobus-primeira-produzir-autocarros-hidrogenio-na-europa/6078/

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/automovel/detalhe/primeiro-autocarro-a-hidrogenio-da-kinto-portugal-chega-a-maior-operadora-nordica-de-transportes-publicos

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/air-liquide-toyota-e-caetanobus-assinam-parceria-para-desenvolver-cadeia-de-valor-do-hidrogenio

Sim, é verdade, as exportações nacionais nunca foram tão elevadas!!!!! O 1º semestre foi quase 40% superior ao período homólogo (1º semestre de 2021). Exportamos mais de 56 mil milhões de euros em 6 meses!!!!! Vai fazer subir bastante a riqueza do país!!!!!
Aliás, nos primeiros 6 meses do ano, exportamos quase tanto como todo o ano de 2021!!!!!! (63 mil milhões de euros)

Quanto à indústria, eu refiro aqui n vezes, quem não conhece as zonas industriais do norte e centro, devia fazer umas viagens para conhecer empresas industriais gigantes.

Referiu os transportes, só o Concelho de Gaia tem dos 3 maiores carroçadores nacionais: ATOMIC (Irmãos Mota, conheci um dos irmãos accionista da empresa, que nos vendeu 2 autocarros. E..... são os mais baratos); Salvador Caetano e CAMO. Tudo em Gaia! Estamos a falar de empresas gigantes que produzem dezenas de autocarros por mês.

Quase todos os autocarros vendidos em Portugal são carroçados cá. Eles pegam no chassis + motor + caixa e um volante de uma marca (MAN, Scania, Mercedes, etc) e a seguir constroem tudo o resto, caixa exterior, bancos, AC, electrónica, etc.......
O nosso na altura demorou 7 meses a construir.

É verdade que não tem o luxo de uma Setra, mas são mais baratos e podemos personalizar tudo!

https://www.irmaosmota.pt/

https://caetanobus.pt/pt/company/who-we-are/

https://www.camo.pt/

Quem puder, visite as zonas industriais de Gaia, Aveiro, Santa Maria da Feira, Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Viseu........
E vão perceber que construímos carros, auto-rádios, cadeiras de criança, autocarros, comboios..........   :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: tenente em Setembro 25, 2022, 10:46:47 am
Com um DesGoverno como este, tão competente, funcional, proativo, e empreendedor não dá para acreditar que esta noticia se venha concretizar.

Este jornalista só pode fazer parte do Forum da Má LÍNGUA.  :bang:

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/portugal-vai-perder-metade-do-atual-peso-comercial-ate-2026-15192197.html

Abraços
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 07:08:41 pm
Quanto à indústria, eu refiro aqui n vezes, quem não conhece as zonas industriais do norte e centro, devia fazer umas viagens para conhecer empresas industriais gigantes.

Referiu os transportes, só o Concelho de Gaia tem dos 3 maiores carroçadores nacionais: ATOMIC (Irmãos Mota, conheci um dos irmãos accionista da empresa, que nos vendeu 2 autocarros. E..... são os mais baratos); Salvador Caetano e CAMO. Tudo em Gaia! Estamos a falar de empresas gigantes que produzem dezenas de autocarros por mês.

Quase todos os autocarros vendidos em Portugal são carroçados cá. Eles pegam no chassis + motor + caixa e um volante de uma marca (MAN, Scania, Mercedes, etc) e a seguir constroem tudo o resto, caixa exterior, bancos, AC, electrónica, etc.......
O nosso na altura demorou 7 meses a construir.

É verdade que não tem o luxo de uma Setra, mas são mais baratos e podemos personalizar tudo!

https://www.irmaosmota.pt/

https://caetanobus.pt/pt/company/who-we-are/

https://www.camo.pt/

Quem puder, visite as zonas industriais de Gaia, Aveiro, Santa Maria da Feira, Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Viseu........
E vão perceber que construímos carros, auto-rádios, cadeiras de criança, autocarros, comboios..........   :mrgreen:

Na base aberta em Monte Real estava junto aos bombeiros da FAP algumas viaturas da Jacinto, um camião de bombeiros "normal", e um camião de bombeiros de aeroporto, mas com a característica de ser eléctrico. Pelo que vi no site além disso até pode ser operado remotamente.

https://www.razaoautomovel.com/2019/07/jacinto-eco-camoes-apresentacao
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Duarte em Setembro 26, 2022, 12:41:35 am
Muito melhor pagar mais uns euros que vergar perante o ditador pudin.  Sacrifícios são necessários para defender valores e príncípios.

Não faltam por aí a quinta "coluna", de invertebrados pró-russos dispostos a arregaçar as nádegas para o Filho da Putin. Consegues identificá-los facilmente pelos constantes posts que servem os interesses do pudim e os constantes ataques ad hominem a quem os denuncia.. espera só... 10, 9, 8, 7, 6...  ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 05, 2022, 10:40:11 am
Para percebermos como é que empobrecemos e com o aval político. Só no caso da banca e de 2008 a 2021 nós portugueses ficamos a arder em 22 mil milhões de euros (dinheiro público injectado na banca ascendeu a 29 587 milhões de euros e o estado recuperou 7 538 milhões de euros!!!!)   :'(

Ajudas à banca entre 2008 e 2021 geram saldo negativo de mais de 22 mil milhões de euros (corrigido, os jornaleiros baralham-se com os números)

(https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/603777450cf255f226fdb3fc/1024.jpg)

No ano passado, os apoios ao setor financeiro atingiram o valor mais baixo desded 2008, indica o Tribunal de Contas

Os apoios ao setor financeiro originaram, entre 2008 e 2021, um saldo desfavorável para o Estado de 22.049 milhões de euros, ainda que tenham atingido o valor mais baixo desde o ano inicial, indicou o Tribunal de Contas (TdC).

“Os apoios ao setor financeiro em 2021 atingiram o valor mais baixo desde 2008”, referiu a entidade, destacando, no entanto, que “em termos acumulados, de 2008 a 2021, as despesas atingiram 29.587 milhões de euros e as receitas 7.538 milhões de euros, originando um saldo desfavorável para o Estado de 22.049 milhões de euros”.

No ano passado, “esse saldo foi de 213 milhões de euros, sendo a despesa mais significativa a transferência de 429 milhões de euros do FdR [Fundo de Resolução] para o NB [Novo Banco], no âmbito do acordo de capitalização contingente”, disse o TdC.

No parecer, o Tribunal disse ainda que “as responsabilidades contingentes associadas a estes apoios, em 2021, diminuíram para 39 milhões de euros (200 milhões de euros, em 31/12/2020)”.

No parecer, o TdC destacou que “o reflexo dos apoios concedidos ao nível das operações com ativos financeiros no património financeiro do Estado traduziu-se, em 31/12/2021, num valor nominal de 10.473 milhões de euros, ou seja, menos de metade dos encargos líquidos suportados”.

A entidade voltou a alertar para o facto de que “a expectativa de recuperação dos montantes aplicados na aquisição destes ativos é bastante limitada, especialmente ao nível das verbas para absorção de prejuízos ou ao abrigo de mecanismos de capital contingente, e, no que respeita às ações/aumentos de capital, o respetivo valor nominal corresponde a pouco mais de um terço do esforço financeiro do Estado”.

Num comunicado também hoje divulgado, o TdC realçou que esta é a primeira vez que “disponibiliza o parecer antes da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2023, ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental de 2015 e também na sequência da apresentação pelo Governo da Conta Geral do Estado (CGE) de 2021 em 16 maio”.

De acordo com a mesma nota, “esta antecipação configura uma alteração qualitativa de grande significado, uma vez que permite que a discussão do Orçamento do Estado para o ano seguinte tenha em consideração a apreciação aos resultados do ano anterior, neste caso o ano de 2021”, tratando-se “de uma concretização há muito desejada e que agora vem melhorar o processo de apreciação dos orçamentos e das contas do Estado”.

https://cnnportugal.iol.pt/banca/apoio-a-banca/ajudas-a-banca-entre-2008-e-2021-geram-saldo-negativo-de-mais-de-22-milhoes-de-euros/20221004/633c4c1c0cf2ea367d515877

E isto foi só na banca! Mas neste momento estão a acontecer mais decisões criminosas como a nacionalização idiota da TAP, injecção de mais de 3 mil milhões de euros e agora até os palermas dos socialistas já perceberam que cometeram um tremendo erro e querem "vender" a TAP! O problema é que o fizeram com o nosso dinheiro!!!!!
E quando os aldrabões dizem vender, basta alguém olhar para a Prestação de contas e percebe-se logo que a TAP ou recebe mais dinheiro e acaba com os prejuízos ou vai ter de ser oferecida a alguém para ficar com ela e provavelmente até pagar para a levarem....... tal e qual como o Novo Banco!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 12, 2022, 12:39:14 pm
Ministro da Economia critica portugueses: "Tratam o lucro como um pecado"

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, criticou hoje, em Barcelos, os portugueses que hostilizam as empresas e os empresários.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=ZWVj+rGv7NxTJvH5jkUNNMtQ8XZ5VLtvED9VD+sgTysmidl8EMovBJBz0erwhGDZdvF7oYCsZoScHEfn+gEcvBxNd1RpqxJpYUC8RdFlcW5JBTk=)

“Infelizmente, vivemos num país que, por motivos ideológicos, hostiliza as empresas, hostiliza os empresários, muitas vezes trata o lucro como um pecado (…). E, sobretudo, há também um ataque sistemático contras as grandes empresas e contra aquilo que muitos chamam o grande capital”, referiu.

Falando durante um Fórum Regional da Indústria, Costa Silva disse que aqueles ataques subvertem completamente “tudo aquilo que deve ser uma economia de um país avançado”.

“Oxalá o país tivesse grande capital, o capital é exatamente uma das coisas que mais falta faz para capitalizar as empresas e desenvolver um percurso para o futuro”, acrescentou.

Na sua intervenção, criticou ainda a lentidão da máquina do Estado, sublinhando que quase o leva à “exasperação”.

“Todos os dias quase que chego à exasperação, temos ainda uma máquina lenta, uma fraca ligação ao que é o tecido industrial”, afirmou, defendendo que é preciso reformar métodos de trabalho e digitalizar processos, para agilizar procedimentos.

Em relação ao futuro, o ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que “não auguram nada de bom”.

“É uma conjuntura extremamente difícil, temos de nos preparar para um mundo novo”, alertou.

Para o governante, as chaves para o sucesso das empresas portuguesas serão a capitalização e a cooperação.

Antes de Costa Silva falou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que aludiu à “brutal carga fiscal” que impende sobre as empresas e cidadãos e defendeu a necessidade de uma reforma que alivie aquela carga.

No entanto, na sua intervenção, o ministro da Economia não se pronunciou sobre a questão fiscal.

No final, Costa Silva não fez declarações à comunicação social.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ministro-critica-portugueses-tratam-o-lucro-como-um-pecado

Concordo em absoluto com o que o Ministro afirma!!!!!
E secalhar uma ferroada dada aos acólitos socialistas, principalmente os "amigos" de governo que recentemente o desautorizaram (até 3 secretários de Estado do Ministro!).

Em Portugal há uma concepção irracional contra o "lucro", "grande capital", (palavras repetidas pela cacete riscada comunista, até à exaustão) entre outras palavras, banidas do léxico da esquerda e da extrema esquerda!!!!
Até parece que nós preferimos ter empresas que dão prejuízo crónico como a TAP, CP, RTP, que nos vão aos bolsos todos os anos.

Ao contrário, mesmo quando a nossa CGD tem lucro, é logo atacada como se fosse um crime um banco público ter lucro. Preferímos a CGD quando tivemos de lá meter 9 mil milhões de euros desde o início deste milénio!!!!!  ::)

E talvez seja esta a origem da nossa triste sina, pelo facto de não termos muitas grandes empresas nacionais e com alguma dimensão a nível internacional, porque já temos decalcado no nosso ADN que uma empresa não pode ter lucro! E se calhar é por isso que tantos negócios vão à falência, porque "é pecado" ganharmos dinheiro, associado ao mal crónico de sermos maus a matemática (até um antigo PM que até era Engenheiro, falhava miseravelmente a fazer contas de improviso)  :mrgreen:

Desde que estudo economia, já vi governos a tentarem derrubar bancos (BCP, BPA, Totta.......), a fazerem o mesmo com grandes grupos económicos (SONAE, Impresa, PT, CIMPOR, ......

E até atacamos os grandes grupos que trabalham cá e com bastante sucesso!
Pergunto, já alguém se dignou perguntar, só por curiosidade, quanto ganha um quadro superior (sem ser dirigente), de um grande grupo internacional? Como na Bosch, Autoeuropa, Continental, PSA, Nestlé....... Se não conhecerem ninguém, eu ajudo, um simples Engenheiro com 10 anos a trabalhar num destes grupos, ganha entre 50 a 100 000€ por ano. Vocês ganham isso?

Tiro o chapéu ao Ministro, o único que parece não tem de obdecer a nada nem ninguém e muito menos aos acéfalos xuxas.
Uma pedrada no charco nas tristes mentes!!!!
Se o país quer enriquecer, tem de meter no ADN que o lucro tem de estar sempre presente, mas ao contrário do que temos por cá, com os negócios quase entregues a amigos do partido.

Uma valente bofetada em toda a esquerda, incluindo o PS!!!!!

Uma sugestão, quem critica cegamente os empresários, eu aconselho a abrirem um negócio e a fazerem melhor! Darem salários muito elevados aos colaboradores, pagarem a tempo e horas...... e se aguentarem mais do que 1 ano, vão no bom caminho!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Outubro 12, 2022, 03:02:37 pm
Artigo com grafico simples de entender...

https://eco.sapo.pt/2022/10/11/todos-os-ministros-ganham-com-o-novo-orcamento-mas-quem-ganha-mais/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 14, 2022, 10:31:12 am
Fundo do Haitong Bank ficou com 100% das ações da empresa portuguesa Ach Brito por apenas um euro

Sem conseguir reembolsar um empréstimo concedido por um fundo da Haitong Bank, a empresa Ach Brito, com mais de 100 anos de existência, passou a ser detida a 100% pelo fundo, avança o Negócios.

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/c:2000:1126:nowe:0:100/rs:fill:980/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/09/30212128/loja-claus-porto-instalacao.jpg)

Um fundo do Haitong Bank (antigo BES Investimento) ficou com 100% das ações da empresa portuguesa de sabonetes Ach Brito, fundada em 1918 — ou seja, com mais de 100 anos de existência —, por apenas um euro.

A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios, que indica que a Ach Brito não conseguiu fazer o reembolso dos empréstimos que lhe foram concedidos pelo fundo. Estes foram, então, convertidos em capital, com a Ach Brito a passar a ser detida exclusivamente pelo Haitong Bank. O Jornal de Negócios indica ainda que, contactada, a sociedade preferiu não prestar esclarecimentos sobre esta operação.

Atualmente com cerca de 80 funcionários, a empresa “entrou em sufoco” com a pandemia da Covid-19, refere o Negócios. Os sabonetes de uma das suas principais marcas, a Claus Porto (que tem duas lojas em Lisboa e uma no Porto), chegaram a ser elogiados pela famosa apresentadora Oprah Winfrey no segmento Oprah’s Favorite Things, do programa The Oprah Winfrey Show. Aí, a célebre comunicadora norte-americana referiu:

São sabonetes grandes lindíssimos. São sabonetes Claus Porto. Adoro-os. (…) São feitos na fábrica Claus Porto, em Portugal, há 117 anos.


Em 2018, o Observador contava a história desta empresa, que era então detida pela quarta geração familiar dos Achilles de Brito. Aí, contava-se que o bisneto do fundador da empresa, Aquiles de Brito (já com apenas um “l”), tinha alienado em 2015 parte da empresa, vendendo uma fatia maioritária das ações à Menlo Capital, uma sociedade de capitais de risco portuguesa.

https://observador.pt/2022/10/14/fundo-do-haitong-bank-ficou-com-100-das-acoes-da-empresa-portuguesa-ach-brito-por-apenas-um-euro/

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/haitong-fica-com-a-centenaria-ach-brito-por-1-euro

Mais uma empresa nacional conhecida e reputada que tomba (eu próprio não dispenso esta marca, mas não sendo a mais barata).
E mais uma bandeira chinesa em território nacional.
O Haitong (empresa mãe), nasceu na China à pouco mais de 10 anos e já vale dezenas de milhares de milhões de euros!!!!!!!!!!!
Em Portugal aproveitou a derrocada do BES e comprou toda a parte financeira e de investimento do Grupo, o BESI que passa a chamar-se Haitong Bank.
A Ach Brito não conseguiu pagar um empréstimo ao Haitong e este ficou com a empresa!

Enquanto barafustamos com os americanos ou alemães por terem uma ou outra empresa nacional, os chineses compram empresas nacionais sem parar e não são empresas de vão de escada! Começamos com a EDP (EDP + EDP renováveis) que valem só metade de todo o PSI20, depois temos a REN, BCP, Fidelidade, Hospitais Luz Saúde.....

Mas os estrategas que nos governam já previram tudo isto várias décadas à nossa frente!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Outubro 16, 2022, 04:07:25 pm
Primeiro metro “made in China” já está a caminho do Porto
https://eco.sapo.pt/2022/10/16/primeiro-metro-made-in-china-ja-esta-a-caminho-do-porto/
(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/10/captura-de-ecra-2022-10-15-152857.jpg)
Citar
Aprimeira das 18 novas composições encomendadas pela Metro do Porto à chinesa CRRC Tangshan já está a caminho de Portugal, a bordo de um navio de carga. Este é considerado o primeiro projeto de metro urbano da China a ser exportado para a União Europeia.

Enquanto isto não terminar, seja com Portugal ou a nível da EU, a China continuará a crescer e cada vez mais forte.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 17, 2022, 09:01:52 am
https://www.dn.pt/sociedade/populacao-portuguesa-esta-mais-pobre-e-a-ficar-para-tras-15259432.html
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 17, 2022, 11:28:34 am
(https://pbs.twimg.com/media/FfQKIIKX0AM05FO?format=jpg&name=360x360)

(https://pbs.twimg.com/media/FfN_ZmtXgAE1O9Z?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 17, 2022, 11:48:23 am
(https://pbs.twimg.com/media/FfQKIIKX0AM05FO?format=jpg&name=360x360)

(https://pbs.twimg.com/media/FfN_ZmtXgAE1O9Z?format=jpg&name=large)

E se acontecer, quem é que estava nas 2?

(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2018/5/4/637752.JPG?type=Artigo)

(https://jornaleconomico.pt/wp-content/uploads/2022/03/01_antonio_costa_pedro_nunes_reuters.jpg?w=850&h=532&q=60&compress=auto,format&fit=crop)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 17, 2022, 09:21:16 pm
Preço regulado da luz vai aumentar (em média) 2,8% em 2023

https://pplware.sapo.pt/informacao/ultima-hora-preco-regulado-da-luz-vai-aumentar-28-em-2023/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 17, 2022, 10:36:54 pm
Adidas vai despedir até 300 trabalhadores na Maia

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/adidas-vai-despedir-ate-300-trabalhadores-na-maia

Péssima notícia! O futuro de muitas famílias em risco!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 25, 2022, 10:13:55 am
Quando a crise também aperta os chineses, o resultado é este  :mrgreen:

Fosun vai desfazer-se de participações em Portugal. Fidelidade estará segura

O conglomerado chinês está a preparar-se para vender ativos não essenciais nos próximos 12 meses. O grupo clarificou que a Fidelidade é essencial.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2015-12/img_900x560$2015_12_11_15_45_00_270488.jpg)

A Fosun – que conta com participações em Portugal na Fidelidade, BCP, REN e Luz Saúde – está a preparar-se para vender ativos não essenciais nos próximos 12 meses, segundo escreve o Citigroup numa nota de "recearch" citada pela Bloomberg.

Depois de um encontro que decorreu esta segunda-feira entre analistas e o grupo chinês, a Fosun indicou que considera como principais ativos os braços do setor farmacêutico, retalho e turismo, bem como a portuguesa Fidelidade.

A Bloomberg adianta, citando outras fontes conhecedoras do assunto, que o conglomerado está a estudar vender participações em várias instituições financeiras na Europa, em específico o banco alemão Hauck & Aufhauser "assim como outros investimentos em Portugal".

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/fosun-vai-desfazer-se-de-participacoes-em-portugal-fidelidade-esta-segura-bcp-em-perigo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 25, 2022, 10:19:03 am
E por falar em REN e porque é que nenhum governo devia vender a REN, porque é fundamental ao país, para além de electrificar todos os cantos e recantos nacionais, em alta tensão, tem ainda uma poderosíssima arma, que é pelo facto dos postes de alta tensão levarem fibras ópticas nos cabos de reserva a todo o país onde há consumo de energia (a CP também faz o mesmo, assim como as auto-estradas, mas nenhuma tem uma rede tão vasta como a REN!!!!!!

Governo quer REN sem limite na fibra ótica. Porque é que isso é importante?

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/fibra-otica-e-o-caminho-para-por-portugal-no-mapa-das-telecom-governo-quer-tirar-limite-a-ren

Se a Fosun vender a REN, o Estado não deveria hesitar em comprar de volta esta empresa, que é estratégica para o país (mais do que a EDP e muito mais que a TAP, com a vantagem da REN nunca dar prejuízo)!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Outubro 26, 2022, 01:06:48 pm
E por falar em REN e porque é que nenhum governo devia vender a REN, porque é fundamental ao país, para além de electrificar todos os cantos e recantos nacionais, em alta tensão, tem ainda uma poderosíssima arma, que é pelo facto dos postes de alta tensão levarem fibras ópticas nos cabos de reserva a todo o país onde há consumo de energia (a CP também faz o mesmo, assim como as auto-estradas, mas nenhuma tem uma rede tão vasta como a REN!!!!!!

Governo quer REN sem limite na fibra ótica. Porque é que isso é importante?

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/fibra-otica-e-o-caminho-para-por-portugal-no-mapa-das-telecom-governo-quer-tirar-limite-a-ren

Se a Fosun vender a REN, o Estado não deveria hesitar em comprar de volta esta empresa, que é estratégica para o país (mais do que a EDP e muito mais que a TAP, com a vantagem da REN nunca dar prejuízo)!!!!

Totalmente de acordo, seria um investimento valioso para o país. Mais que a própria TAP
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 27, 2022, 03:36:39 pm
Importações 4% acima do pré-pandemia em 2021. Exportações crescem 6% face a 2019
Joana Abrantes Gomes

Os fluxos do comércio internacional de bens atingiram valores recorde: as importações e as exportações totalizaram, respetivamente, 83.146 milhões de euros e 63.619 milhões de euros.

As exportações aumentaram 18,3% e as importações cresceram 22% em 2021 face ao ano anterior, quando havia sido registada uma queda das trocas comerciais internacionais devido à pandemia de Covid-19. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações e importações de bens no ano passado superaram também os níveis do período pré-pandemia, tendo aumentado, respetivamente, 6,2% e 4%.

Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional de 2021, publicadas esta quinta-feira pelo INE, as exportações de bens atingiram os 63.619 milhões de euros, enquanto as importações totalizaram 83.146 milhões de euros. Estes valores são os mais elevados de sempre, assinala o gabinete estatístico, ressalvando, contudo, que “foram atingidos num contexto de aceleração dos preços que se acentuou ao longo do ano”, em especial na segunda metade de 2021 e no caso das matérias-primas e produtos energéticos.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/10/captura-de-ecra-2022-10-27-as-12-17-24.png)

“Estas variações nominais das exportações e das importações mais que compensaram os decréscimos registados em 2020 (-10,3% nas exportações e -14,8% nas importações) refletindo o impacto da pandemia de Covid-19”, sublinha o INE.

No entanto, o contributo da variação de preços para as variações nominais das exportações e importações determinou “uma evolução desfavorável dos termos de troca para os países importadores líquidos” de matérias-primas e produtos energéticos, grupo onde se inclui Portugal, que registou em 2021 uma variação de preços das importações de +8,9%, 1,1 pontos percentuais (p.p.) acima da variação dos preços das exportações.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, no ano em análise, registaram-se aumentos de 16,9% nas exportações e de 18,6% nas importações em termos homólogos (-8,9% e -12,3% em 2020, respetivamente). Face a 2019, registaram-se variações de +6,5% nas exportações e +4% nas importações.

O défice da balança comercial de bens agravou-se em 5.139 milhões de euros em relação a 2020 (3.205 milhões de euros provenientes do comércio intra-UE e 1.934 milhões de euros do comércio extra-UE), atingindo 19.527 milhões de euros de saldo negativo, enquanto na comparação com o período pré-pandemia se verificou uma melhoria de 547 milhões de euros.

Se se excluir combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou -13.819 milhões de euros, tendo aumentado 2.283 milhões de euros relativamente a 2020, mas diminuído 816 milhões de euros face a 2019.

Em 2021, Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal. Os três países concentram, em conjunto, mais de metade das exportações (50,9%, subindo 0,1 p.p. face a 2020) e das importações (52%, menos 1,2 p.p. do que no ano passado). Só a Espanha tem um peso de 26,7% nas exportações e 32% nas importações, mantendo-se como o maior parceiro comercial de Portugal.

Quanto aos bens transacionados, destacam-se as ‘máquinas e aparelhos’ como o principal grupo de produtos exportado e importado em 2021, ultrapassando assim a categoria de ‘veículos e outro material de transporte’ nas exportações. O maior défice comercial voltou a registar-se nas ‘máquinas e aparelhos’, enquanto o maior excedente se manteve nas transações de ‘minerais e minérios’.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitaniae em Outubro 28, 2022, 12:07:48 am
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa

(https://i2.paste.pics/c4fd495780057acb68863eee11da8a0b.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 28, 2022, 01:19:10 pm
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa

(https://i2.paste.pics/c4fd495780057acb68863eee11da8a0b.png)

Esse estudo foi feito onde, no largo do rato?

Entretanto a inflação chegou aos 10,2% o valor mais alto desde 1992
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Outubro 28, 2022, 01:29:43 pm
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa

(https://i2.paste.pics/c4fd495780057acb68863eee11da8a0b.png)

Não me admira assim tanto. Não porque não exista ou sejamos o país menos corrupto da Europa, mas sim porque a corrupção que existe não está no dia a dia do comum cidadão. A corrupção está sobretudo no tecido empresarial de média/grande dimensão (que é a menor percentagem) e no aparelho do estado.
Portanto ao inquirirem pessoas "comuns" é normal que elas respondam que não. Se inquirirem pessoas que até tenham tido contacto, vão dizer que não na mesma, não vá ser a PJ a apalpar terreno  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 31, 2022, 04:00:50 pm
2023: novo ano traz aumentos generalizados impulsionados pela inflação

https://observador.pt/2022/12/27/2023-novo-ano-traz-aumentos-generalizados-impulsionados-pela-inflacao/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Janeiro 03, 2023, 04:34:43 pm
https://www.publico.pt/2023/01/03/azul/noticia/cientistas-portuguesas-extraem-minerais-valiosos-salmoura-ninguem-quer-2033182?utm_content=Editorial&utm_term=Mocao+de+censura+e+discutida+quinta-feira.+Cientistas+portuguesas+extraem+minerais+valiosos+da+salmoura&utm_campaign=59&utm_source=e-goi&utm_medium=email (https://www.publico.pt/2023/01/03/azul/noticia/cientistas-portuguesas-extraem-minerais-valiosos-salmoura-ninguem-quer-2033182?utm_content=Editorial&utm_term=Mocao+de+censura+e+discutida+quinta-feira.+Cientistas+portuguesas+extraem+minerais+valiosos+da+salmoura&utm_campaign=59&utm_source=e-goi&utm_medium=email)

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Cientistas portuguesas extraem minerais valiosos da salmoura que ninguém quer
Duas engenheiras querem usar “nova” tecnologia para transformar o resíduo indesejado das centrais de dessalinização – a salmoura – numa fonte de minerais com valor económico. O magnésio é um deles.



A investigadora Sofia Delgado estende o braço para mostrar, com orgulho, uma pequena caixa transparente com pedrinhas brancas. “É o magnésio”, diz a cientista a sorrir. Juntamente com Eva Sousa, Sofia afirma ter criado um método de valorização dos materiais presentes na salmoura – uma água extremamente salgada, e muitas vezes tóxica, que resulta de processos de dessalinização da água do mar.

Por outras palavras, Eva e Sofia garantem ter transformado um problema numa solução. Através de uma “tecnologia inovadora”, as duas engenheiras químicas querem transformar um subproduto indesejado – a salmoura – numa fonte de minerais com valor económico. O magnésio é o primeiro no qual a dupla está a trabalhar, mas o processo também promete a valorização de hidróxido de cálcio e cloreto de sódio (sal de cozinha).

O projecto das cientistas nasceu nos laboratórios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e, há dois anos, deu origem a uma spin-off chamada SeaMoreTech. “Foi um desafio que nos foi lançado pelo professor Adélio Mendes”, explica ao PÚBLICO Eva Sousa, referindo-se ao investigador da FEUP muito conhecido por apoiar a transição de novas tecnologias para o tecido industrial.

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Eva Sousa e Sofia Delgado criaram a spin off SeaMoreTech PAULO PIMENTA
Numa altura em que Portugal continental pondera acolher uma (ou mais) unidades de dessalinização, a proposta de Eva e Sofia pode ser promissora. Isto, porque a salmoura é um resíduo do qual todos se querem ver livres, sendo visto como um mal necessário para quem precisa de transformar água salgada em potável. A salmoura é, aliás, uma das razões pelas quais a localização de uma nova central pode ser tão polémica.

Um estudo das Nações Unidas, divulgado em 2019, indicava que as cerca de 16 mil unidades de dessalinização em funcionamento no planeta geram fluxos maiores do que o esperado de águas residuais com níveis de sal demasiado altos, isto sem falar nos agentes poluentes. O documento refere ainda que as unidades geram todos os dias cerca de 142 milhões de metros cúbicos de salmoura (50% a mais do que se pensava inicialmente).

Impacte na vida marinha
Além de possuir uma altíssima concentração de sal (7%), a salmoura pode conter resíduos tóxicos resultantes da adição de desincrustantes e outros produtos químicos que ajudam a melhorar a eficiência do processo de dessalinização. Daí que o descarte destes efluentes, já diluídos, deva ser feito longe da costa, por forma a mitigar o impacte nos ecossistemas marinhos.

“A salmoura também coloca problemas graves para a cadeia alimentar da fauna marinha”, observa Eva Sousa. Segundo as investigadoras, 10% a 15% dos custos de operação das dessalinizadoras estão ligados ao cumprimento de normas para a deposição desses resíduos. Se, no futuro, for possível dotar as unidades ibéricas desta tecnologia, a dupla acredita que haverá ganhos económicos e ambientais.


Graças a um pequeno reactor – um cilindro do tamanho de uma embalagem de batatas fritas –, o processo de purificação da salmoura promove uma reorganização dos materiais. “Aquilo que entra não é aquilo que sai”, conta Eva Sousa. Uma mangueira fininha leva um líquido muito salgado, e rico em minerais, para o interior do cilindro. Após a passagem por uma membrana, sai uma água tão limpa que até se poderia beber.

O segredo do sucesso gravita à volta do controlo do PH durante a operação. “A alcalinidade garante que seja possível uma diferença de concentrações à superfície das membranas. Esta condição é a força motriz para a separação do precursor de magnésio”, esclarece Eva Sousa. As investigadoras evitam dar mais pormenores, uma vez que a tecnologia ainda não está patenteada e a negociação com um investidor está em curso.

Passar à fase semi-industrial
A dupla de cientistas afirma que a fase de desenvolvimento da tecnologia já está concluída, faltando agora passar à fase semi-industrial. “Em fase laboratorial, o nosso objectivo tem sido testar 200 mililitros por minuto, o que equivale a 12 litros por hora de salmoura, o que nos dá um quilo de magnésio por dia”, esclarece Eva Sousa. Já na fase seguinte, a SeaMoreTech almeja uma produção de 30 quilos de sais de magnésio por hora.

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Sais de magnésio extraídos da salmoura através de uma "tecnologia inovadora", garantem cientistas da SeaMoreTech PAULO PIMENTA
Para já, ficam separados apenas os precursores do magnésio. Se a salmoura também pode oferecer cálcio e sal, por que razão apostar só nas pedrinhas brancas? “Porque o magnésio é o mais fácil de separar”, esclarecem as investigadoras.

No futuro, ponderam fazer a separação do hidróxido de cálcio e do cloreto de sódio (neste caso, teriam de alcançar um grau de pureza até 98%). “Seria uma vantagem em termos de processos, sobretudo se pensarmos que, nas salinas, são necessários cerca de seis meses para a obtenção do sal”, refere Eva Sousa.

Eva Sousa explica que a purificação da salmoura tem uma relevância não só económica e ambiental, mas também na área dos direitos humanos. “A extracção do magnésio é muito marcada por um trabalho altamente intensivo, sobretudo na China”, acrescenta Sofia Delgado. As duas referem que Pequim detém actualmente 90% da produção mundial deste elemento, recorrendo a um processo “muito ineficiente” denominado “Pidgeon”.

As investigadoras explicam que seria “uma grande vantagem criar uma economia descentralizada”, na qual cada país pudesse obter em solo nacional o magnésio necessário à indústria. O uso do magnésio tem um peso importante no sector automóvel, sendo muito usado numa liga com alumínio. É este material que permite tornar os carros mais leves, uma característica especialmente importante nos carros eléctricos, por exemplo.

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Cientista Eva Sousa, uma das fundadoras da SeaMoreTech, uma spin off da Faculdade de Engenharia do Porto PAULO PIMENTA
Integrar na produção de hidrogénio verde
Tanto Eva como Sofia estão a trabalhar também na área do hidrogénio verde, estudando tecnologias para uma produção mais eficiente a partir da água do mar. Como a produção de hidrogénio verde exige grandes quantidades de água, a dupla considera a hipótese de a própria água resultante do processo de purificação da salmoura ser integrada na produção de hidrogénio verde. Isto é particularmente importante num país como Portugal, que enfrenta episódios frequentes de seca hidrológica.

“O objectivo é que a nossa tecnologia seja uma integradora de processos. Numa unidade de dessalinização, cerca de 50% a 60% do total de água do mar captada é transformada em salmoura (o restante em água potável). Isto quer dizer que, com a nossa tecnologia, podemos aumentar pelo menos 1,5 vezes a capacidade de produção de água numa central”, estima Eva Sousa.


Tendo em conta que a produção de hidrogénio verde é vista, em Portugal, como um caminho para a descarbonização, as cientistas acreditam que a tecnologia que desenvolveram poderá contribuir para “não aumentar o stress hídrico no país”. Assim, se vamos ter muita produção deste combustível não fóssil, e se essas operações consomem muita água, novas formas de poupança e reaproveitamento terão de ser equacionadas. Esta, garantem, pode ser uma delas.

“Tudo seria feito na mesma unidade – a dessalinização e a produção do hidrogénio verde –, à qual seria apenas necessário juntar o sistema de electrólise”, antevê Eva Sousa.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2023, 10:58:37 am
Portugal e a forte possibilidade de uma explosão da bolha imobiliária

https://expresso.pt/podcasts/leste-oeste-de-nuno-rogeiro/2023-01-23-Portugal-e-a-forte-possibilidade-de-uma-explosao-da-bolha-imobiliaria-7e8846e6

Desconhecia os dotes do Nuno Rogeiro em economia  :mrgreen:
Numa coisa estamos de acordo, o imobiliário vai abrandar, mas duvido que exista uma bolha que vá rebentar, por variadíssimos motivos e o mais fortíssimo está a fazer o seu efeito:

- Taxas de juro. Já todos estamos avisados que as taxas de juro estão a subir e vão continuar a subir ainda este ano. Sabemos que a taxa de juro vai parar algures entre 3,25% e 4 a 4,6%. Resumindo, a taxa de juro funciona como o alfinete que furou o balão da bolha imobiliária!;

- Outro ponto que está a despejar o balão, o controlo financeiro invisível do BCE. Tentem pedir um empréstimo à habitação e vejam qual a percentagem que o banco vos dá. Resumidamente o banco vai dar no máximo 80% do mínimo dos seguintes valores (valor de compra ou valor de mercado do imóvel). Os bancos exigem ainda saber que poupanças temos para cobrirmos o restante financiamento. E além disso só vão emprestar até ao montante de financiamento que gere uma prestação mensal que represente no máximo 50% da taxa de esforço (= encargos financeiro mensais / rendimento líquido mensal x 100);

- Outra medida que o BCE já está a colocar em prática desde o verão, é a redução do M1 (dinheiro em circulação), para combater a inflação.

Bastariam estas 3 medidas para percebermos a travagem que vai ter o sector imobiliário. Mas daí até afirmarmos que vai rebentar a bolha!
Já não vai acontecer, principalmente por causa do enorme aumento das taxas de juro!!!!

Agora quem tem empréstimos e não consegue pagar?
Conselhos que posso dar:
- Consolidar empréstimos;
- Utilizar poupanças NÃO PARA PAGAR PARTE DO EMPRÉSTIMO (pouco efeito tem num empréstimo de dezenas ou centenas de milhares de euros e ficam sem dinheiro e com um prestação pouco mais baixa), mas sim para ajudar a pagar a prestação mensal, quando necessário;
- Se nem assim conseguirem, aconselho a falarem com o banco e peçam um período de carência de alguns meses. Dificilmente um banco recusa tal negócio, excepto se já tiverem prestações em falta (um banco empresta dinheiro não vende casas, que podem demorar anos a desfazer-se delas). Período de carência é um período de tempo que o banco não vai cobrar a prestação da casa, apenas juros ou nem isso, prolongando o período do empréstimo. Mas atenção que se o fizerem, fica registado na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal.

Conselhos que posso dar, quem quer vender, que o faça até ao verão, porque a partir daí o mercado estará sempre a caír (previsivelmente até 2024).
Quem quer comprar, espere 1 ano e vai apanhar o mercado em baixa (a partir daí o BCE vai baixar novamente os juros e obviamente o mercado imobiliário recupera)!

Bons negócios.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2023, 03:40:48 pm
Este volume de dívida, sim é muito preocupante!!!!!
A riqueza criada no país, em 2022, foi de cerca de 230 mil milhões de euros (estimativas), esta dívida de quase 800 mil milhões representa quase 4 anos de riqueza do país para pagar toda a dívida (Estado + Famílias + Empresas)!!!!!
E como os juros estão a subir......... esta dívida começa a ficar carita!!!!!!

Endividamento da economia sobe para 795,5 mil milhões de euros em novembro

Em novembro, o setor público foi responsável para o aumento da endividamento da economia, já que a dívida do setor privado manteve-se praticamente inalterada. Ritmo de endividamento das empresas e das famílias cresce, mas menos do que em outubro.

O endividamento da economia portuguesa aumentou 700 milhões de euros em novembro, para 795,5 mil milhões de euros, devido à subida das dívidas do setor público, divulgou nesta segunda-feira, 23 de janeiro, o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o BdP, mais de metade do endividamento da economia portuguesa, mais precisamente 441,7 mil milhões de euros, respeitava ao setor privado (famílias e empresas privadas). Já 353,7 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

A subida do endividamento em termos globais é explicada pelo setor público, cujas dívidas aumentaram 700 milhões de euros, com destaque para o aumento do endividamento junto dos particulares, foi de 1,4 mil milhões de euros, e das Administrações Públicas (de 900 milhões de euros). Mas por outro lado, o setor público reduziu o seu endividamento junto do setor financeiro e face ao exterior, em 500 milhões de 1,3 mil milhões de euros, respetivamente.

Já o endividamento do setor privado "praticamente não se alterou", refere o banco central. O endividamento das empresas privadas diminuiu 100 milhões de euros, traduzindo uma redução do endividamento perante o setor financeiro (300 milhões de euros) e um aumento junto do exterior (200 milhões de euros).

Por outro lado, o endividamento das famílias aumentou 100 milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro.

Ritmo de endividamento abranda

Os dados do BdP mostram também que o ritmo do endividamento tanto as empresas privadas como as famílias, abrandou em novembro. O endividamento das empresas privadas cresceu 2,5% em termos homólogos, o que corresponde a uma desaceleração de 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Também o endividamento das famílias aumentou 3,8% relativamente ao período homólogo, valor inferior ao verificado em outubro (3,9%).

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/endividamento-da-economia-sobe-para-7955-mil-milhoes-de-euros-em-novembro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Janeiro 23, 2023, 03:57:34 pm
Portugal e a forte possibilidade de uma explosão da bolha imobiliária

https://expresso.pt/podcasts/leste-oeste-de-nuno-rogeiro/2023-01-23-Portugal-e-a-forte-possibilidade-de-uma-explosao-da-bolha-imobiliaria-7e8846e6

Desconhecia os dotes do Nuno Rogeiro em economia  :mrgreen:
Numa coisa estamos de acordo, o imobiliário vai abrandar, mas duvido que exista uma bolha que vá rebentar, por variadíssimos motivos e o mais fortíssimo está a fazer o seu efeito:

- Taxas de juro. Já todos estamos avisados que as taxas de juro estão a subir e vão continuar a subir ainda este ano. Sabemos que a taxa de juro vai parar algures entre 3,25% e 4 a 4,6%. Resumindo, a taxa de juro funciona como o alfinete que furou o balão da bolha imobiliária!;

- Outro ponto que está a despejar o balão, o controlo financeiro invisível do BCE. Tentem pedir um empréstimo à habitação e vejam qual a percentagem que o banco vos dá. Resumidamente o banco vai dar no máximo 80% do mínimo dos seguintes valores (valor de compra ou valor de mercado do imóvel). Os bancos exigem ainda saber que poupanças temos para cobrirmos o restante financiamento. E além disso só vão emprestar até ao montante de financiamento que gere uma prestação mensal que represente no máximo 50% da taxa de esforço (= encargos financeiro mensais / rendimento líquido mensal x 100);

- Outra medida que o BCE já está a colocar em prática desde o verão, é a redução do M1 (dinheiro em circulação), para combater a inflação.

Bastariam estas 3 medidas para percebermos a travagem que vai ter o sector imobiliário. Mas daí até afirmarmos que vai rebentar a bolha!
Já não vai acontecer, principalmente por causa do enorme aumento das taxas de juro!!!!

Agora quem tem empréstimos e não consegue pagar?
Conselhos que posso dar:
- Consolidar empréstimos;
- Utilizar poupanças NÃO PARA PAGAR PARTE DO EMPRÉSTIMO (pouco efeito tem num empréstimo de dezenas ou centenas de milhares de euros e ficam sem dinheiro e com um prestação pouco mais baixa), mas sim para ajudar a pagar a prestação mensal, quando necessário;
- Se nem assim conseguirem, aconselho a falarem com o banco e peçam um período de carência de alguns meses. Dificilmente um banco recusa tal negócio, excepto se já tiverem prestações em falta (um banco empresta dinheiro não vende casas, que podem demorar anos a desfazer-se delas). Período de carência é um período de tempo que o banco não vai cobrar a prestação da casa, apenas juros ou nem isso, prolongando o período do empréstimo. Mas atenção que se o fizerem, fica registado na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal.

Conselhos que posso dar, quem quer vender, que o faça até ao verão, porque a partir daí o mercado estará sempre a caír (previsivelmente até 2024).
Quem quer comprar, espere 1 ano e vai apanhar o mercado em baixa (a partir daí o BCE vai baixar novamente os juros e obviamente o mercado imobiliário recupera)!

Bons negócios.

Bolha imobiliária, lol, ele devia estar a pensar na China,onde tem cidades com milhares de apartamentos às aranhas.
Por sua vez, em Portugal continua-se a construir muito pouco, é bem maior a procura do que a oferta.
Ou seja, o mercado imobiliário português está bem controlado, não estou a ver, onde está a possibilidade de uma explosão  :-P da bolha imobiliária. c56x1
Existe falta de casas para vender ou alugar em Portugal, pois a procura é enorme.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2023, 04:27:15 pm
Bolha imobiliária, lol, ele devia estar a pensar na China,onde tem cidades com milhares de apartamentos às aranhas.
Por sua vez, em Portugal continua-se a construir muito pouco, é bem maior a procura do que a oferta.
Ou seja, o mercado imobiliário português está bem controlado, não estou a ver, onde está a possibilidade de uma explosão  :-P da bolha imobiliária. c56x1
Existe falta de casas para vender ou alugar em Portugal, pois a procura é enorme.

Quando se fala em bolha imobiliária, apenas estão a referir-se a Lisboa e ao Porto, mais nada. No resto do país é impossível haver bolha imobiliária, tal o preço baixo das casas e a enorme falta de casas disponíveis!!!!

E mesmo nos grandes centros, os valores elevados não são pagos por pessoas pobres que trabalham todos os dias!

Nas sedes de um concelho, para uma casa custar mais de 500€/m2, tem de estar muito bem localizada, isolamento xpto, pronta a habitar, aquecimento central, garagem, etc  :mrgreen:

Por aqui, com 600€/m2 ou 250 000€, compro um terreno no melhor lote que existir e tem de estar tudo numa distância máxima de um raio de 1km, construo uma casa com piscina e jardim de 1000m2 e ainda sobra dinheiro para andar 1 mês a montar os móveis do IKEA  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 23, 2023, 05:43:33 pm
Comprar em Espanha compensa


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 24, 2023, 11:41:13 am
Ao estar a pesquisar no meio dos cromos do IL, para encontrar um Deputado de qualidade, o Carlos Guimarães Pinto, tropecei precisamente na temática que tinha escrito e que vai no mesmo sentido.

Refere com números porque é que os preços da habitação sobem (nunca se construiu tão pouco em Portugal como na época pós troika). Simplesmente porque não há casas suficientes em Portugal!

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Janeiro 26, 2023, 07:28:14 pm
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/oli-registou-volume-de-negocios-superior-a-75-milhoes-de-euros-em-2022-15728271.html

Como o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul deu a volta à invasão da Ucrânia e bateu recordes

LI, empresa produtora de autoclismos, registou um volume de negócios de 75,5 milhões de euros em 2022. Em comunicado, a empresa revela que é o valor mais elevado de sempre, representando um crescimento de 7% face a 2021.

As exportações da empresa cresceram 16% no ano passado e traduziram-se em 75,6% do total de vendas. As soluções de banho desenvolvidas e produzidas no complexo industrial em Aveiro - nomeadamente autoclismos, placas de comando e mecanismos -, foram enviadas para mais de 85 países em cinco continentes.


O crescimento internacional tem vindo a ser impulsionado sobretudo pelos mercados do Norte de África, em particular no Egito e na Tunísia que aumentaram 142%.

A Europa é a geografia onde a marca tem crescido de forma contínua, mas as vendas abrandaram nos mercados da Europa Central e de Leste com uma quebra de 2% nas vendas.

A invasão da Ucrânia pela Rússia teve impacto negativo e as exportações para os dois países foram "residuais". Antes do conflito, a Rússia e a Ucrânia representavam cerca de 6,3% das vendas totais da empresa.

Apesar do ano passado ter sido de crescimento moderado, a empresa investiu em Portugal cerca de 12 milhões de euros para a ampliação do seu complexo industrial. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2023 e representará um aumento da capacidade produtiva, a capacidade de desenvolvimento de novos produtos e o reforço dos sistemas e tecnologias de informação.

Não obstante o contexto económico e geopolítico que se atravessa, a OLI estima um crescimento global de 8% para este ano. A aposta no Norte de África e no Médio Oriente vai continuar, pretendendo a empresa "consolidar os resultados obtidos no ano passado e "crescer ainda mais em vendas", pode ler-se na nota enviada à imprensa.

Para concretizar os objetivos de crescimento a produtora de soluções de banho pretende melhorar o serviço ao cliente e lançar novos produtos com maior incorporação de tecnologia que contribuam ao nível da "sustentabilidade, saúde e bem-estar das pessoas".
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 28, 2023, 02:49:21 pm
Défice fica 30% abaixo do previsto e atinge 3,6 mil milhões de euros em 2022

A receita subiu mais e a despesa cresceu menos do que o previsto e permitiu que o défice ficasse 1,6 mil milhões abaixo do orçamentado.

O défice orçamental em ótica de caixa desceu para quase 3,6 mil milhões de euros em 2022, ficando cerca 1,6 mil milhões abaixo do orçamentado pelo Ministério das Finanças para o ano passado. É uma diferença de 30% face ao inscrito no Orçamento do Estado de 2022.

Segundo um comunicado das Finanças divulgado nesta sexta-feira, 27 de janeiro, as Administrações Públicas registaram um défice orçamental de 3.591 milhões de euros, na ótica de contabilidade pública, ou seja, em termos de caixa. Comparando com 2021, ano ainda muito marcado pela pandemia, o défice diminuiu cerca de cinco mil milhões de euros.

A justificar a melhoria está uma subida da receita efetiva de 11%, que o gabinete de Fernando Medina atribui ao dinamismo do mercado de trabalho e da economia e pelo efeito da subida de preços. A receita com impostos subiu 13,8%.

Brilharete de 1,6 mil milhões de euros

Os números do défice conhecidos hoje são também mais positivos do que o antecipado pelo Ministério das Finanças, que antecipava um saldo orçamental (a diferença entre as despesas e as receitas públicas) mais negativo. A estimativa inicial era de um défice de cerca de 5,2 mil milhões de euros.

A diferença entre o orçamentado e o de facto executado deve-se a dois motivos: mais receita do que o esperado (720 milhões de euros ou (0,8% do total) e saiu menos despesa (880 milhões ou menos 0,7% do total previsto).

Contas feitas, o "brilharete" é de 1,6 mil milhões de euros, ou seja, fica 30% abaixo do definido no Orçamento do Estado para 2022.

No entanto, destaque para a receita fiscal, que cresceu 6,9% acima do previsto pelo Governo, enquanto o investimento ficou 26,8% aquém do orçamentado.

Esta comparação, com as previsões do orçamento inicial, mostra quão diferente acabou por ser a execução face ao previsto.  Destaque para o crescimento económico que foi superior ao esperado (inicialmente o governo antecipava uma recuperação do PIB em torno dos 4%, os número finais, que serão conhecidos na próxima semana, devem rondar os 6,7%). E para a inflação, que foi de 7,8% em 2022, também muito acima do previsto, insuflando as receitas com impostos ligados ao consumo.

No Orçamento do Estado para 2023, e com a informação obtida até ao início de outubro, o Ministério das Finanças atualizou a sua estimativa de saldo orçamental para 2022, esperando um défice de 2.654 milhões de euros. Se se comparar com este valor, o resultado final acabou por ser pior.

Estes dados são em contabilidade pública e não é possível fazer uma passagem direta para o défice em contas nacionais, a ótica dos compromissos e que conta para as regras europeias. Esse dado é apurado em percentagem do PIB pelo INE.

A última estimativa pública do Governo é de que défice não será superior a 1,5% do PIB este ano, disse o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista recente.

Medidas para mitigar subida de custos custaram 5,7 mil milhões de euros

As medidas de mitigação do choque geopolítico totalizaram 5.722 milhões de euros em 2022 (cerca de 2,1 mil milhões em perda de receita e 3,5 mil milhões em despesa).

"Estas medidas explicam o fundamental da degradação do saldo orçamental verificada em dezembro", afirma o Ministério das Finanças. Recorde-se que até novembro as contas públicas registavam um excedente de 1.855 milhões de euros.

No que respeita a medidas de apoio às famílias, além da redução do ISP, cujo impacto já ascende a 1,5 mil milhões de euros, o ministério das Finanças destaca o adiantamento a pensionistas (de 987 milhões de euros), o apoio para famílias da classe média (125 euros mais 50 euros por filho), que custou 749 milhões de euros, e o apoio Às famílias mais carenciadas, que totalizou 368 milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/defice-fica-30-abaixo-do-previsto-e-atinge-36-mil-milhoes-de-euros-em-2022

O Ministério das Finanças trabalhou 24 horas por dia para dar notícias positivas à comunicação social e fazer esquecer os podres do Ministro que o deixaram na eminência de ser demitido ou demitir-se!!!!

Um brilharete! Explicado em grande medida pelas cativações que congelraram 1/4 do investimento público!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Janeiro 29, 2023, 04:38:16 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FnJguEFWYAE-ibg?format=jpg&name=large)

Citar
Euro area (EA19) government #debt down to 93.0% of GDP in Q3 2022 (94.2% in Q2 2022)

https://ec.europa.eu/eurostat/en/web/products-euro-indicators/w/2-23012023-AP
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 30, 2023, 12:15:21 pm
Não posso deixar de referir a excelente notícia para o país, que é o aumento brutal das exportações nacionais em 2022. Assim que tiver os dados definitivos coloco aqui. Para já só circulam as percentagens do 4º trimestre de 2022  ::)

Mas os valores acumulados de Janeiro a Novembro de 2022 são excepcionais, se no ano inteiro de 2021 tivemos o melhor ano de sempre com mais de 63 mil milhões de euros, no ano passado e só até Novembro, exportamos mais de 110 mil milhões de euros!!!!!!

Tudo indica que em 2022 exportamos o equivalente a 50% de toda a riqueza criada no país!!!!

Este indicador muito importante é o que nos pode fazer enriquecer o país! Acredito que esta guerra e o posicionamento geográfico de Portugal ajudam a explicar em parte este grande resultado!!!!!

EXPORTAÇÕES CRESCEM ACIMA DOS 110 MIL MILHÕES DE EUROS

https://www.portugalexporta.pt/noticias/exportacoes-crescem-acima-110-mil-milhoes-euros

Exportações cresceram 16% no quatro trimestre de 2022. Importações subiram 17,1%

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/exportacoes-cresceram-16-no-quatro-trimestre-de-2022-importacoes-subiram-171

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=577463138&DESTAQUESmodo=2

Um pormenor, apesar das exportações nacionais apontarem para os 120 mil milhões de euros (extrapolando os valores acumulados até Novembro, para Dezembro), muitas notícias nacionais referem com destaque as exportações nacionais para Angola, no valor de 2 mil milhões de euros...... que representam menos de 2% do total!!!!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 31, 2023, 05:10:08 pm
Ministro da Economia assinala "maior crescimento económico desde 1987"

O ministro da Economia, António Costa Silva, assinalou esta terça-feira o crescimento "notável" do Produto Interno Bruto em 2022, notando que este ano vai trazer "desafios e dificuldades", mas que a economia pode enfrentá-lo com "muito mais confiança".

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2022-11/img_900x560$2022_11_09_17_27_31_440062.jpg)

"Penso que os resultados são notáveis. É o maior crescimento económico desde 1987, o que dá muita confiança no futuro", afirmou António Costa Silva, em declarações à Lusa.

A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, "o mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O crescimento de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças, Fernando Medina, se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".

Esta taxa fixa-se, contudo, acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.

Costa Silva reiterou que a economia portuguesa "é resiliente e que responde aos desafios", lembrando os contactos diretos que o ministério tem com todos os setores, que apontavam para estes resultados.

"No turismo vamos bater os dados de 2019, com 22.000 milhões de euros, mas outros setores como a metalomecânica, o calçado e também o têxtil vão ter resultados extraordinários", vincou. Assim, a economia pode enfrentar 2023 "com muito mais confiança".

Para isto, contribui também a redução da inflação, a descida do preço do gás e um contexto externo mais favorável.

No entanto, em 2023, a economia "poderá abrandar" em função dos "desafios e dificuldades" que se esperam. Questionado sobre as projeções para o corrente ano, Costa Silva disse que o Governo está a rever as estimativas de crescimento inscritas no Orçamento do Estado.

"Penso que, provavelmente, com estas evoluções muito positivas, vamos rever estas estimativas e, se forem superiores, vamos manter a rota [de crescimento]", defendeu o ministro da Economia, destacando ainda o "efeito positivo" das medidas que o Governo adotou em 2022, como o pacote de ajudas às famílias e empresas.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/ministro-da-economia-assinala-maior-crescimento-economico-desde-1987

São excelentes notícias para a economia nacional, mas os políticos, como de costume, não dizem que grande parte deste crescimento económico é devido à inflação e à recuperação da pandemia.
É bom recordar que em 2020 e em 2021 tivemos confinamentos!!!! Logo no início de 2021, depois de 2 semanas de aulas, regressou tudo a casa até à Páscoa!!!!!!
E o crescimento em percentagem vai comparar com o ano transacto....... de 2021!!!!!
Mas sem dúvida que é excelente, mesmo com a guerra e o disparo nos custos energéticos!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Fevereiro 01, 2023, 12:27:48 am
E entretanto:


(https://pbs.twimg.com/media/Fnvpbw9WQAI-uPu?format=jpg&name=small)

O dinheiro é tanto que o PM decidiu que a dívida de cabo verde podia ser outra coisa qualquer menos o pagamento.
São só 600 milhões e se compararmos com o que foi metido na TAP não é praticamente nada.

O que é exatamente um "fundo climático"?


https://observador.pt/2023/01/19/portugal-e-cabo-verde-assinam-acordo-para-conversao-de-divida-em-fundo-climatico/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 01, 2023, 10:12:05 am
Fundo Climático é uma invenção mas o que significa e nenhum dos 2 assumiu é um perdão de 600 milhões de euros com o perdão total da dívida a Portugal!!!!
Repare no pormenor: "Primeiros-ministros dos dois países assinam no dia 23 acordo que visa a transformação da dívida para a sua aplicação em investimentos que aumentem a resiliência de Cabo Verde com ajuda de Portugal."

Traduzido por miúdos, Portugal perdoa os 600 milhões, se Cabo Verde decidir pagar alguma coisa ou se se juntar mais algum mecenas ao fundo  ::) esse dinheiro vai ser aplicado em Cabo Verde, para que possa enfrentar melhor as alterações climáticas  ::)

Assim é mais pomposo e não choca tanto quem paga aqui impostos!!!!!!!

É surpreendente como nós continuamos a sustentar antigos territórios, defendê-los e sem qualquer retorno, excepto para alguns empresários!!! Do que tenho me apercebido, quando algum país dos PALOP não paga aos fornecedores lusos, o Estado português vai lá perdoar a dívida e paga ao empresário luso que ficou em apuros!!!!!
Assim só estamos a incentivar que esses países continuem sem pagar e até incentivamos os empresários nacionais a exportarem para esses países, já que o risco é do contribuinte nacional!!!!!

Só nós é que não temos perdões de dívidas destas!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 04, 2023, 06:13:03 pm
Um benefício fiscal interessante para 2023, que aconselho a que utilizem apenas quem estiver aflito, o levantamento dos PPR que tenham, sem limites e sem penalizações, desde que sejam utilizados para pagar empréstimos à habitação permanente.

E mesmo que não seja para pagar empréstimos à habitação, também podem ser utilizados com algumas regras e limites.

É uma medida que eu aconselho como último recurso a quem estiver aflito com as novas prestações muito mais elevadas, devido à subida dos juros!

Resgate de PPR para crédito à habitação sem limite de valor e de data de subscrição

No caso de o reembolso antecipado ser feito para outro fim que não o do pagamento das prestações do empréstimo da casa, terão de ser observados dois limites para que não haja penalização.

(https://static.globalnoticias.pt/tsf/image.jpg?brand=TSF&type=generate&guid=12c11d43-0e48-4643-b115-43a231b7cfc2&w=800&h=450&t=20230204135136)

O resgate antecipado de PPR para pagamento de empréstimo da casa pode ser feito, sem penalização, ao longo de 2023 independentemente do valor a levantar e da data da subscrição, segundo o Ministério das Finanças.

"Os contribuintes que solicitem o resgate parcial ou total do PPR em 2023 para pagamento de prestações de contratos de crédito à habitação própria e permanente podem fazê-lo, sem qualquer limite quanto ao montante ou quanto ao período temporal já decorrido desde a subscrição, não sendo também penalizados", afirmou, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças.

No caso de o reembolso antecipado ser feito para outro fim que não o do pagamento das prestações do empréstimo da casa, terão de ser observados dois limites para que não haja penalização: por um lado, o valor do reembolso, que está limitado ao Indexante de Apoios Sociais (IAS) e, por outro, tem de incidir sobre as entregas (subscrições) realizadas até 30 de setembro de 2022.

"Os contribuintes detentores de planos poupança reforma (PPR) podem resgatar o PPR, sem penalizações, até ao limite mensal do IAS antes de decorridos 5 anos após a subscrição, desde que o reembolso seja relativo a valores subscritos até 30 de setembro de 2022", precisou a mesma fonte oficial.

Aos valores subscritos e investidos após aquela data de 30 de setembro de 2022, aplicam-se as regras previstas na lei - quer no Decreto-Lei n.º 158/2002, quer no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

O Ministério das Finanças refere ainda que as duas situações (resgate sem motivo específico ou resgate para pagamento de crédito) "são cumulativas", ou seja, "um mesmo contribuinte pode simultaneamente recorrer aos dois tipos de resgate de PPR, dentro dos limites estabelecidos".

O valor limite mensal do IAS (que em 2023 está fixado em 480,43 euros) é apurado "por contribuinte e não por apólice ou instituição financeira", afirmou ainda a mesma fonte oficial, sendo apenas possível solicitar mensalmente um reembolso até ao valor do IAS, ainda que esse limite possa resultar de mais do que uma apólice.

A possibilidade do resgate antecipado de planos poupança-reforma (PPR), de planos poupança-educação (PPE) e de planos poupança-reforma/educação (PPR/E) sem as penalizações que habitualmente lhe estão associadas (como a devolução do benefício fiscal em sede de IRS) está prevista na lei publicada em outubro do ano passado, que contempla várias medidas para mitigar o impacto da subida da inflação no rendimento das famílias.

No Orçamento do Estado para 2023, esta medida foi reforçada, com a lei orçamental a determinar que "durante o ano de 2023 é permitido o reembolso parcial ou total do valor dos planos-poupança [PPR, PPE e PPR/E] para pagamento de prestações de contratos de crédito garantidos por hipoteca sobre imóvel destinado a habitação própria e permanente do participante, bem como prestações do crédito à construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente, e entregas a cooperativas de habitação em soluções de habitação própria permanente, sendo dispensadas da obrigação de permanência mínima de cinco anos para mobilização sem a penalização" prevista no EBF.

Desta forma, ao longo de 2023, os resgates antecipados usufruem das mesmas condições que a lei prevê para quem se encontra em situação de desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho ou doença grave.

O Estatuto dos Benefícios Fiscais concede um benefício em sede de IRS equivalente a 20% dos valores aplicados no PPR até ao limite de 400 euros por contribuintes (se este tiver até 35 anos de idade), 350 euros (tendo entre 35 e 50 anos de idade) e 300 euros (tendo mais de 50 anos).

"A fruição do benefício (...) fica sem efeito, devendo as importâncias deduzidas, majoradas em 10%, por cada ano ou fração, decorrido desde aquele em que foi exercido o direito à dedução, ser acrescidas à coleta do IRS do ano da verificação dos factos, se aos participantes for atribuído qualquer rendimento ou for concedido o reembolso dos certificados, salvo em caso de morte do subscritor ou quando tenham decorrido, pelo menos, cinco anos a contar da respetiva entrega e ocorra qualquer uma das situações definidas na lei", determina o EBF.

Em 2023, esta penalização está suspensa para resgates antecipados.

https://www.tsf.pt/portugal/economia/resgate-de-ppr-para-credito-a-habitacao-sem-limite-de-valor-e-de-data-de-subscricao-15780018.html

É uma salvaguarda muito importante que podem utilizar, quem tiver (de longe preferível à renegociação).
Esta salvaguarda deve ser utilizada antes da renegociação do crédito (último recurso). De seguida as poupanças podem ser utilizadas, não para abater ao valor em dívida (só aconselho abater pelo menos 50% da dívida, ou um valor superior, caso contrário é preferível ter liquidez). E só no fim é que se tudo não chegar, renegociamos a dívida!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 09, 2023, 04:05:45 pm
Salário médio atingiu 1.411 euros em 2022. Encolheu 4% em termos reais
Flávio Nunes

Salário médio bruto mensal por trabalhador cresceu para 1.411 euros no ano passado, mas a subida esconde uma queda real de 4% da remuneração média em Portugal se for tido em conta efeito da inflação.

A remuneração bruta total mensal média por trabalhador em Portugal cresceu 3,6% no ano passado, em comparação com o ano anterior, tendo atingido 1.411 euros. Porém, em termos reais — isto é, se for tido em conta o impacto da inflação –, o salário médio em 2022 encolheu 4%, ilustrando a perda de poder de compra que tem castigado a vida financeira de milhões de portugueses (ver gráfico).

Os dados foram atualizados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e têm em conta 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes aos beneficiários da Segurança Social e aos subscritores da Caixa Geral de Aposentações. Para comparação, em 2021, o salário médio tinha crescido 3,5% em termos nominais e 2,2% em termos reais. Além disso, desde que a série do INE começou em 2015, nunca se tinha registado uma queda real do salário médio mensal para um determinado ano.


Na divisão por componentes, no ano completo de 2022, a componente regular da remuneração (que inclui subsídio de alimentação e prémios, por exemplo, mas exclui os subsídios de férias e Natal) subiu 3,1%, para 1.140 euros, em termos nominais. Já a componente base subiu 3%, para 1.070 euros.

Variação homóloga da remuneração bruta total mensal média por trabalhador em termos nominais e reais

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2023/02/perda_de_poder_de_compra-1.jpg)
Fonte: INE

Apesar da perda de poder de compra do salário médio, os dados sinalizam que as remunerações cresceram ao longo de 2022. Observando apenas o quarto trimestre, concluído em dezembro, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador também aumentou em termos homólogos, com um aumento de 4,2%, e atingiu 1.575 euros, valor superior ao salário médio da totalidade do ano. Novamente, a inflação deteriorou o poder de compra dos trabalhadores, com o salário médio do quarto trimestre a encolher 5,2%, calcula o INE.

Ganha-se quase o quádruplo na energia do que na agricultura
O relatório do INE vai ainda mais a fundo na análise aos salários médios pagos no mercado de trabalho português. Uma das conclusões que é possível tirar da análise do documento é que, no final de 2022, o salário médio nas atividades ligadas à agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca era de 933 euros, o mais baixo entre os diferentes tipos de atividade. Pelo contrário, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, a remuneração média era de 3.521 euros, quase quatro vezes mais.

Função Pública teve dos menores aumentos do salário médio
O relatório do INE destaca ainda que, em dezembro de 2022, em comparação com o mês homólogo de 2021, os menores aumentos do salário médio foram observados nas atividades de Administração Pública e Defesa e na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. Já as atividades de alojamento, restauração e similares e de informação e comunicação tiveram os maiores crescimentos. Mesmo assim, houve diminuições do salário médio real em todas as atividades económicas, principalmente na Administração Pública, cuja diminuição chegou aos 8,8%.

Empresas maiores pagam mais aos trabalhadores
Outro ângulo de análise possível é que, no último mês de 2022, as empresas com entre um e quatro trabalhadores registavam um salário médio mensal de 1.027 euros, enquanto as empresas com 250 a 499 trabalhadores pagavam, em média, 1.909 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h00)

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 13, 2023, 10:24:37 am
Bruxelas otimista vê Portugal a crescer mais do que esperava e do que a Zona Euro

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/bruxelas-mais-otimista-ve-portugal-a-crescer-mais-do-que-esperava-e-do-que-a-zona-euro

E também para a UE, parece que o ano de 2023 não vai ser tão negro como esperado, apesar da guerra!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 19, 2023, 12:10:58 pm
Uma prova de que há falta de habitação em Portugal é o conjunto de medidas propagandeado pelo governo no sentido de existir maior oferta de casas no mercado:

https://eco.sapo.pt/2023/02/17/do-apoio-nas-rendas-a-bonificacao-dos-juros-estas-sao-as-medidas-do-governo-para-a-habitacao/

Há no entanto ideias perigosas que vejo que podem provocar ainda maior falta de casas disponíveis, como por exemplo:

- Limitação de rendas. Quem é que vai investir em habitação para arrendar se o governo limita as rendas sempre a baixo da inflação!?

- Instituições públicas tomam as casas devolutas e disponibilizam ao mercado! Eu pergunto, mas onde há essas casas? Em Lisboa ou no Porto duvido, com tamanha inflação de preços nos grandes centros urbanos, já devem ter sido recuperados todos os becos e garagens!!!!! Onde há casas disponíveis é no interior e estão sem pessoas porque elas não estão lá!!!!

- Outra ideia peregrina é o conceito de casa devoluta. Dito pela Ministra da habitação na CS, afirmou que casa devoluta é toda a casa que esteja desabitada, mesmo que só tenha 1 ano de construção!!!!!!! Excepção para as casas de férias e casas dos emigrantes!!! O Estado vai expropriar as casas do interior do país e colocar lá Lisboetas? As 700 mil casas devolutas identificadas pelo governo, estão no interior!!!!!!

De qualquer das formas, estas medidas comprovam que não existe uma bolha imobiliária que vai explodir, o que existe para mim é uma falta de habitação acessivel nos grandes centros urbanos, para onde toda a gente quer morar e até impede novas construções porque precisamos de mais espaços verdes, colocamos mais entraves, taxas e taxinhas e limitamos rendas! Existe também um outro factor para a falta de casas nos grandes centros urbanos, a população residente aumentou consideravelmente (3,5 para 4 milhões de habitantes) e as famílias ou agregados familiares são mais pequenos, o que só por si exigem mais casas disponíveis para morar. Em contrapartida o interior tem muitas casas desabitadas, porque todo o interior do país está a perder população!!!!

Outro aspecto bipolar deste governo, é o ataque sem paralelo ao Alojamento Local, que até já estava limitado o seu crescimento. Então este governo elege e mal o Turismo como a bandeira para o crescimento (já expliquei n vezes que o Turismo consome muito investimento e gera pouco retorno financeiro, quando devíamos apostar na indústria e agricultura) e faz um ataque ao alojamento local!? Se isto não é ser bipolar........
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 19, 2023, 07:33:17 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FpWZKKNWAAAkvek?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 22, 2023, 02:40:55 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FpgskRSWIAAPvyq?format=jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 22, 2023, 07:30:49 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FpgskRSWIAAPvyq?format=jpg)

Este gráfico é paradigmático e esclarecedor do que sempre afirmei no fórum, se queremos enriquecer o país, devemos apostar na indústria e não no turismo!

Os imbecis que nos governam que olhem para o gráfico e que vejam que o turismo nunca enriqueceu nenhum país!!!! Só países do 3º mundo ficam contentes com o turismo! Quantas dezenas ou centenas de hotéis são precisos para criarem tanta riqueza como uma Autoeuropa!?!?!
E quanto custa um e o outro!?!?!?! Além de que a indústria trabalha todo o ano, não tem grande sazonalidade!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 23, 2023, 09:18:55 am
Enquanto tivermos governos mais preocupados em tudo, menos no pais que somos e que queremos ser....

Outros pensam e agem

https://www.bbc.com/news/business-64538296

A small military town in Sweden's frozen north is on course to produce Europe's first commercial green steel.

Giant diggers and excavators are powering through layers of mud, ice and snow at the site of a new steel plant just outside Boden, 900 km (559 miles) north of Stockholm.

At 09:00, the sun has only just risen and the temperature is -8C. Some of the workers are wearing three or four jackets, and have switched on the heated seats in their vehicles.

Steel is usually made in a process that starts with blast furnaces. Fed with coking coal and iron ore, they emit large quantities of carbon dioxide and contribute to global warming.

The production of steel is responsible for around 7% of the world's greenhouse gas emissions. But in Boden, the new plant will use hydrogen technology, designed to cut emissions by as much as 95%.

Although the first buildings have yet to go up on the remote site, the company behind the project, H2 Green Steel, believes it's on course to roll out the first commercial batches of its steel by 2025.

f it succeeds, it will be the first large-scale green steel plant in Europe, with its products used in the same way as traditional steel, to construct everything from cars and cargo ships to buildings and bridges.

Although much of Europe's steelmaking industry dates back centuries, H2 Green Steel is a start-up that didn't even exist before the pandemic.

When Northvolt opened Sweden's first giant electric battery factory two hours south of Boden, it wanted to find a greener way of producing the steel needed to make the batteries, and H2 Green Steel emerged as a spin-off with funding from two of Northvolt's founders.

Audio: The remote Swedish town leading in green steel

The centrepiece of the new steel plant will be a tall structure called a DRI tower (DRI means a direct reduction of iron). Inside this, hydrogen will react with iron ore to create a type of iron that can be used to make steel. Unlike coking coal, which results in carbon emissions, the by-product of the reaction in the DRI tower is water vapour.

All the hydrogen used at the new green steel plant will be made by H2Green Steel.

Water from a nearby river is passed through an electrolyser - a process which splits off the hydrogen from water molecules.

The electricity used to make the hydrogen and power the plant comes from local fossil-free energy sources, including hydropower from the nearby Lule river, as well as wind parks in the region.

"This a unique spot to start with. You have to have the space, and you have to have the green electricity," says Ida-Linn Näzelius, vice president of environment and society at H2 Green Steel.

H2Green Steel has already signed a deal with Spanish energy company Iberdrola to build a green steel plant powered by solar energy in the Iberian peninsula, and says it's exploring other opportunities in Brazil.

On home soil it's got friendly competition from another Swedish steel company, Hybrit, which is planning to open a similar fossil-free steel plant in northern Sweden by 2026. This firm is a joint venture for Nordic steel company SSAB, mining firm LKAB and energy company Vattenfall, boosted by state funding from the Swedish Energy Agency and the EU's Innovation fund.

While Sweden is leading the way when it comes to carbon-cutting steel production in Europe, it is important to put its potential impact in context, says Katinka Lund Waagsaether, a senior policy advisor at the Brussels-based climate think tank E3G.

H2 Green Steel hopes to produce five million tonnes of green steel a year by 2030. Global annual production is currently around 2,000 million tonnes, according to figures from the World Steel Association.

"The production capacity in Sweden will be a drop in the sea," says Ms Lund Waagsaether.

ut other ventures should help increase the proportion of green steel available in Europe.

These include, GravitHy, which plans to open a hydrogen-based plant in France, in 2027. German steel giant Thyssenkrupp recently announced it aims to introduce carbon-neutral production at all its plants by 2045. Europe's largest steelmaker ArcelorMittal and the Spanish government are also investing in green steel projects in northern Spain.

Meanwhile, the EU is in the process of finalising a new strategy called the Carbon Border Adjustment Mechanism, designed to make it more expensive for European companies to import cheaper, non-green steel from other parts of the world.

"I think it is important in that it'll give industry the confidence to invest, because they can see that, at least in the European context, their steel will be competitive," says Ms Lund Waagsaether.

n the UK, the government is reported to be ready to stump up £600m to help Britain's two largest steelmakers switch away from coal-fired blast furnaces. However the country remains "very much a laggard" in green steel circles, according to Chris McDonald, chief executive of the UK's national innovation centre for steel and metals, the Materials Processing Institute.

"A big reason for that is that currently the UK has very high energy prices compared with other countries, and that means it makes the steel industry unsustainable and it makes investment less attractive in the UK."

Another challenge, says Mr McDonald, is figuring out how to negate high unemployment in industrial heartlands if existing steel plants shut down, or require different skill sets from employees once they've been remodelled. "It's more complicated, I think, than just opening up the market and allowing new entrants to come in, because we're trying to manage a green transition and to manage the social consequences at the same time," he argues.

In Boden, the arrival of H2 Green Steel is being viewed as a major opportunity for job creation in an area that's been crying out for new industries for decades.

The small military town shrunk after army budget cuts and closure of a large hospital in the region in the 1990s, resulting in thousands of people moving elsewhere to find work.

"This is our biggest opportunity in more than 100 years," says the town's Social Democrat mayor Claes Nordmark. "This will mean jobs, it will mean more restaurants, it will bring more sponsorship to our football and ice hockey and handball team and so on… it means everything for us
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 23, 2023, 10:25:42 am
Mais uma deste desgoverno do Partido Socialista-Comunista:

Governo garante que rendas antigas vão ficar congeladas de forma definitiva

Em entrevista ao Público e à Renascença, a ministra explica que a medida visa proteger os inquilinos que, "na grande maioria das situações", têm "mais de 65 anos". Como contrapartida, os senhorios receberão uma compensação pela não atualização das rendas.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2023-02/img_900x560$2023_02_16_17_59_01_446648.jpg)

Os contratos de renda antigos vão ficar fora do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) de forma definitiva, avança esta quinta-feira a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, em entrevista ao Público e à Renascença. Como contrapartida, os senhorios receberão uma compensação pela não atualização das rendas, cuja forma de cálculo ainda está a ser estudada.

"A transição dos contratos antigos, para já, foi suspensa, ainda estamos com a norma travão em vigor durante este ano. O que pretendemos é resolver esta situação, definitivamente, ainda durante este ano", refere, sublinhando que a medida visa proteger os inquilinos que, "na grande maioria das situações", têm "mais de 65 anos".

"Em vez de ser um aumento da renda e compensação do arrendatário num momento futuro, há um aumento da renda por via da compensação ao senhorio", diz.

Outra das medidas previstas no pacote Mais Habitação é o apoio extraordinário ao pagamento das rendas, que, segundo a ministra, poderá abranger "à volta de 100 mil famílias", com rendimentos até ao sexto escalão de IRS, com uma taxa de esforço superior a 35% e com rendas até aos limites previstos no programa Porta 65.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/governo-garante-que-contratos-de-renda-antigos-vao-ficar-congelados-de-forma-definitiva

Vamos voltar ao século passado, especialmente o que víamos em Lisboa e Porto, com casas a caír de podres.
Mas quem é doido o suficiente para fazer obras numa casa antiga se o governo congela as rendas? Este governo é composto por seres acima do normal (são anormais  :mrgreen:
Vamos ter casas com rendas congeladas e as outras, vão ter ainda maior pressão para subirem!

Eu dou uma sugestão ao governo, e que tal congelarem os impostos? Pois, isso já não que senão falham os euros para rebentar em empresas dos amigos do partido, não é?

Recordo só que as rendas livres, são impostas pelo desgoverno socialista-comunista que deu um aumento faraónico em 2022 de menos de 0,43% de aumento (é isso mesmo, menos de meio por cento) e este ano, em 2023, o aumento estipulado é de 2%. E em 2021 o aumento foi de zero por cento!!!!!! Portanto, aumentos muito inferiores à inflação!!!!

Já não somos os donos das nossas casas, o partido é que diz o que podemos e não podemos fazer com os nossos imóveis!!!!!

Avante camaradas!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 27, 2023, 02:45:42 pm
Sonae e Jerónimo Martins entre as maiores empresas familiares do mundo

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/sonae-e-jeronimo-martins-entre-as-maiores-empresas-familiares-do-mundo

A origem da notícia: https://www.ey.com/en_ch/news/2023/01/the-worlds-top-500-family-businesses-include-16-family-companies-from-switzerland

E o respectivo ranking mundial: https://familybusinessindex.com/

Uma nota para não se baralharem, para os anglosaxónicos, o conceito de empresa pública e privada é totalmente diferente!!!!!
Para eles, uma empresa pública é uma empresa que tem as suas acções cotadas em bolsa e disponíveis para qualquer pessoa comprar, seja ela um particular, uma empresa ou até uma instituição pública!!!!!

Já uma empresa privada, é uma empresa com o capital fechado (ao mercado) ou sem comercialização em bolsa. Alguém que queira comprar uma quota ou acção, tem de falar com os accionistas/sócios da empresa.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 28, 2023, 05:06:07 am
Taxa de juro base dos Certificados de Aforro atinge máximo de 3,5%

Subida da Euribor a três meses empurra taxa das subscrições a realizar em Março para o valor máximo fixado para o produto de poupança do Estado.

(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1783087?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)

Como já se antecipava, a subida da Euribor a três meses atirou a taxa-base de remuneração dos Certificados de Aforro (CA), a subscrever em Março, para o limite máximo fixado para este produto do Estado, os 3,5% brutos (2,52% líquidos). Esta mesma taxa também será utilizada para subscrições anteriores cuja revisão trimestral ocorra no próximo mês.

Em Fevereiro, a taxa-base (a que podem acrescer prémios de permanência a partir do segundo ano) já tinha ficado muito perto do valor máximo fixado, ao atingir 3,403%.

A taxa de remuneração dos CA é composta pela média da Euribor a três meses, fixada nas últimas 10 sessões até ao antepenúltimo dia útil de cada mês (sexta-feira passada), acrescida de 1%. A média da Euribor até já atingiu 2,677%, e a tendência aponta para mais alguma subida (esta segunda-feira fixou-se em 2,716%), mas já não influencia a taxa-base deste produto, cuja remuneração está muito acima da apresentada pelos depósitos bancários.
A beneficiar a rentabilidade deste produto estão os prémios de permanência, que fazem com que subscrições mais antigas atinjam em Março taxas de 4,5% ou de perto de 4,9%.

Recorde-se que na Serie E, a única que aceita novas subscrições, os prémios de permanência vão de 0,5% a partir do segundo e até ao quinto anos, e de 1% do sexto até à data-limite da “vida” do produto, que é de dez anos.

O forte aumento na rentabilidade deste produto tem sido acompanhado por uma subida das novas subscrições. Depois dos aumentos verificados na recta final de 2022, em Janeiro deste ano o saldo acumulado deste produto financeiro aumentou 2909 milhões de euros, para 22.534 milhões de euros, correspondendo ao valor mais alto dos últimos 25 anos, ou seja, desde 1998, o início da série estatística do Banco de Portugal.
Mais concretamente, e segunda dados divulgados esta segunda-feira pelo IGCP, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, as novas subscrições de CA ascenderam a 3014 milhões de euros em Janeiro, e foram resgatados 105 milhões de euros, o corresponde ao saldo positivo de 2909 milhões de euros.

Os dados divulgados esta quinta-feira pelo supervisor mostram que, face a Janeiro de 2022, o aumento de novas subscrições e de capitalização de juros, foi de 10.022 milhões de euros face aos 12.511,82 euros verificados nesse mês.
Depois de vários anos a ver sair mais dinheiro do que aquele que entrava – em grande parte porque o valor negativo da Euribor foi “roubando” rentabilidade ao produto, mas também porque o Estado tinha produtos mais rentáveis, como os Certificados do Tesouro –, a rentabilidade melhorou substancialmente, justificando o regresso dos investidores.

https://www.publico.pt/2023/02/27/economia/noticia/taxa-juro-base-certificados-aforro-atinge-maximo-35-2040389

Uma alternativa muito interessante, para quem não quer investir em acções de empresas ligadas ao armamento, como referi no tópico em cima e com a vantagem de não ter quase risco nenhum!

O risco que tem em investirmos em certificados de aforro, é o do BE ganhar as eleições e a Mariana Mortágua não pagar a dívida a quem emprestar ao Estado português, como já ameaçou. Bem, o Pedro Nuno Santos do PS fez igual ameaça de não pagar a quem compra dívida de Portugal, como se o dinheiro emprestado ao Estado, viesse apenas de magnatas milionários!!!!!!  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 02, 2023, 12:52:06 pm
Salários das mulheres inferiores aos dos homens


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 02, 2023, 05:28:43 pm
(https://i.ibb.co/BfGHLB0/Fq-N-8f-UWYAw-P1-F9-2.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Março 09, 2023, 01:10:52 pm
Supermercados disparam margens de lucro nos produtos alimentares
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/inflacao-desce-mas-precos-dos-alimentos-continua-a-aumentar?ref=HP_BlocoPremium2
Citar
Consumidores pagam mais caro, enquanto custos da inflação abrandam.
Existem sinais seguros de que a evolução do preço de venda ao público dos bens alimentares é muito superior ao crescimento do custo dos bens de produção. Desde o início do ano que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a acompanhar, diariamente, a formação dos preços de um conjunto de bens alimentares, desde o produtor até às prateleiras dos híper e supermercados.


Normalmente isto acontece em países de 3 Mundo, e corruptos claro. ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: asalves em Março 09, 2023, 02:52:24 pm
Supermercados disparam margens de lucro nos produtos alimentares
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/inflacao-desce-mas-precos-dos-alimentos-continua-a-aumentar?ref=HP_BlocoPremium2
Citar
Consumidores pagam mais caro, enquanto custos da inflação abrandam.
Existem sinais seguros de que a evolução do preço de venda ao público dos bens alimentares é muito superior ao crescimento do custo dos bens de produção. Desde o início do ano que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a acompanhar, diariamente, a formação dos preços de um conjunto de bens alimentares, desde o produtor até às prateleiras dos híper e supermercados.


Normalmente isto acontece em países de 3 Mundo, e corruptos claro. ::)

Enquanto houver inflação (mesmo que esta diminua) os preços vão continuar a aumentar, e entre o produtor e a venda existe também custos, o que noticia não dá, é valores. Logo andamos aqui a especular que os supermercados são uns especuladores e afins, ...

Anda anda ainda vai acontecer o mesmo que aconteceu com as gasolineiras onde tb se dizia que andavam a especular e até se fez uma Lei que nunca chegou a ser aplicada pois quando se começou a ter dados chegou-se à conclusão que as margens de lucro eram as normais.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 09, 2023, 05:52:48 pm
Salários das mulheres inferiores aos dos homens



(https://pbs.twimg.com/media/Fqt8DUGWYAYWf6-?format=jpg)

(https://pbs.twimg.com/media/FpwCnLZXgAAQpGf?format=jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Março 10, 2023, 01:57:04 pm
TGV sai dos carris em Portugal. Financiamento em causa devido a exigências de Bruxelas
https://executivedigest.sapo.pt/tgv-sai-dos-carris-em-portugal-financiamento-em-causa-devido-a-exigencias-de-bruxelas/
Citar
O financiamento do projeto ferroviário de alta velocidade pode estar em causa devido a uma exigência técnica da Comissão Europeia, que exige que as linhas portuguesas estejam em Bitola Europeia, e não em Bitola Ibérica.

A construção das linhas em Portugal e Espanha em Bitola Ibérica teve origem no século XIX, no entanto, a Comissão Europeia considera que estas fecham Portugal ao mercado comunitário e à concorrência externa. Os carris ibéricos são 23cm mais largos do que os da Bitola Europeia, o que pode levar a um impedimento de financiamento de Bruxelas.

Adina Välean, Comissária Europeia dos Transportes, explica que “a orientação geral não impede Portugal de começar a construir uma nova linha ferroviária com Bitola Ibérica – e de migrar, subsequentemente, para a Bitola Europeia, o mais tardar em dezembro de 2030”.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 10, 2023, 03:38:37 pm
ASAE instaura mais 17 processos-crime


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Março 13, 2023, 06:42:25 pm
Exportações crescem 14,5% em janeiro e voltam a superar importações

https://eco.sapo.pt/2023/03/13/exportacoes-crescem-145-em-janeiro-e-voltam-a-superar-importacoes/

É o terceiro mês consecutivo em que as exportações aumentam mais que as importações em Portugal.

As exportações de bens cresceram 14,5% em janeiro, face ao mesmo mês do ano passado, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística publicados esta segunda-feira. É uma subida superior à das importações, que foi de 10,3%, uma tendência que se verifica já pelo terceiro mês consecutivo.

É de notar, no entanto, que “estas variações poderão refletir, em parte, efeitos de calendário, dado que janeiro de 2023 teve mais um dia útil que o mês homólogo de 2022 e mais dois que o mês passado”, segundo o INE.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2023/03/comercio-inter.png)

Perante a evolução do comércio internacional, é possível verificar que o défice da balança comercial registou uma melhoria de 27 milhões de euros face a janeiro de 2022, atingindo 1.963 milhões de euros.

O abrandamento da inflação já é possível notar também nos índices de valor unitário (preços), que “registaram variações de +8,1% nas exportações e +7,0% nas importações (+9,7% e +12,2%, respetivamente, em dezembro de 2022)”. Se excluirmos os produtos petrolíferos, as variações foram
+8,1% nas exportações e +5,9% nas importações.

No que diz respeito aos bens comercializados, pode-se concluir que nas exportações de janeiro de 2023 todas as categorias económicas registaram aumentos, sendo de destacar as máquinas e outros bens de capital (+27,6%).

Por outro lado, nas importações sobressaem o acréscimo de material de transporte (+40,5%), tanto de automóveis para transporte de passeiros como de partes e peças, maioritariamente proveniente de Espanha e da Alemanha, bem como a diminuição de fornecimentos industriais (-3,9%), sobretudo de metais comuns provenientes de vários países Extra-UE, indica o INE.

Quanto aos países parceiros, o vizinho de Portugal continua a ocupar o topo, tendo-se até registado um aumento das transações com a Espanha: uma subida de 8,3% nas exportações, sobretudo de produtos alimentares e máquinas e outros bens de capital, e um aumento de 12,9% nas importações, também de produtos alimentares e material de transporte.

É de destacar ainda que as importações do Brasil quase duplicaram em janeiro deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Já as compras à China, Estados Unidos e Nigéria caíram no primeiro mês do ano.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 15, 2023, 02:41:05 am
"Portugueses estão a ser enganados" sobre capacidade da ASAE, denuncia associação sindical

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugueses-estao-a-ser-enganados-sobre-capacidade-da-asae-denuncia-associacao-sindical

Não acredito! Em 2015 viramos a página da austeridade  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 15, 2023, 11:16:10 am
Cerca de três quartos (74%) das famílias enfrentam, mensalmente, dificuldades financeiras. 8% encontram-se mesmo em situação crítica.

https://multinews.sapo.pt/noticias/barometro-74-das-familias-portuguesas-com-dificuldades-financeiras-8-em-situacao-critica/

Não compreendo. Não foram premiar os maiores gatunos com a maioria absoluta?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 15, 2023, 01:56:25 pm
Cerca de três quartos (74%) das famílias enfrentam, mensalmente, dificuldades financeiras. 8% encontram-se mesmo em situação crítica.

https://multinews.sapo.pt/noticias/barometro-74-das-familias-portuguesas-com-dificuldades-financeiras-8-em-situacao-critica/

Não compreendo. Não foram premiar os maiores gatunos com a maioria absoluta?

E a tormenta ainda não acabou, vai durar pelo menos até 2024.
E que tormenta é essa:
- Inflação;
- Subida das taxas de juro (no caso do BCE não sabemos, mas podemos apostar que só para quando chegar a um intervalo de 3,5 a 4,5% e só para se a inflação descer!);
- O BCE está a retirar liquidez dos mercados (para curar da bebedeira do dinheiro despejado na economia sem quase custos nenhuns);
- E agora até temos alguns bancos a rebentar...... esperamos que fique por aqui. Então quem tem criptoactivos.... ninguém os pode salvar, não há quem garante investimentos em criptoactivos!!!!!
- Depois temos a guerra......
- Pode vir aí o Trump......
- Será que o governo chega ao fim? Eu não vejo nenhum motivo para continuar. Até já mentem descaradamente e continuam nos cargos como se nada se passasse.....

E o nosso governo governa como o menino tonecas a responder à professora!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 17, 2023, 03:55:31 pm
Ministro da Economia descarta fixação de preços


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 19, 2023, 11:01:54 am
Morreu o empresário Rui Nabeiro, aos 91 anos

Fundador da Delta "encontrava-se hospitalizado no Hospital da Luz, devido a problemas respiratórios". Faleceu este domingo, segundo um comunicado enviado pela família às redações.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2021-06/img_900x560$2021_06_29_19_19_31_406523.jpg)

Rui Nabeiro, fundador da Delta e presidente do Grupo Nabeiro, faleceu este domingo, em Lisboa, aos 91 anos. A informação é avançada pela família do comendador em comunicado enviado às redações.

"É com profundo pesar que a família Nabeiro informa que faleceu hoje, dia 19 de março, o comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro, presidente e fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, aos 91 anos", lê-se na informação enviada às redações.

O fundador da Delta estava "hospitalizado no Hospital da Luz devido a problemas respiratórios", adianta também o mesmo comunicado.

"Toda a família Delta está profundamente triste com esta perda e estende as sinceras condolências a todos aqueles que também hoje perderam um grande amigo", escreve a família, frisando estarem "empenhados em continuar o seu legado e honrar a sua visão, continuando a produzir o melhor café do mundo, apoiando as comunidades locais e promovendo a sustentabilidade".

"O espírito empreendedor e a sua ética de trabalho estiveram sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida. Em 1961, criou a Delta Cafés, dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e hoje em forte expansão nos mercados internacionais", acrecsenta também a empresa.

Não existem ainda informações sobre a data e o programa das cerimónias fúnebres.

Já esta manhã a CNN tinha revelado uma nota interna do grupo enviada aos trabalhadores, assinada pelo neto e CEO da empresa, Rui Miguel Nabeiro, onde se referia que Rui Nabeiro estava "hospitalizado com prognóstico reservado, devido a doença respiratória" e em que a família reconhecia a "gravidade da situação".

Rui Nabeiro nasceu a 28 de março de 1931, no seio de uma família humilde, em Campo Maior. Era casado com Alice, a mulher de toda uma vida, que conheceu nos bancos da escola primária e com quem teve dois filhos.

Terceiro dos quatro filhos de Manuel dos Santos Nabeiro e Maria de Jesus Azinhais, provinha de uma família com poucos recursos – a mãe tinha uma mercearia, o pai foi cavador e motorista antes de se dedicar ao café –, pelo que começou a trabalhar aos 12 anos, ajudando a mãe no seu estabelecimento e o pai e os tios Joaquim e Vitorino na torra do café. Mas não sem antes concluir o ensino primário – naquela época, no Alentejo rural de finais da década de 30, inícios dos anos 40, a taxa de analfabetismo era elevadíssima e ter a quarta classe era uma raridade.

Aos 17 anos, após a morte do pai, assumiu as rédeas da pequena torrefacção familiar e, com o fim da guerra civil em Espanha, começou também a vender café no país vizinho, criando uma sociedade com os seus tios, a Torrefacção Camelo.

Mas aos 30 anos, em 1961, decidiu continuar sozinho o seu percurso, tendo criado a Delta Cafés com apenas três funcionários. Hoje são cerca de 3.500, repartidos por 23 empresas do Grupo Nabeiro/Delta Cafés, que operam nos mais variados sectores: indústria, serviços, comércio, hotelaria, imobiliário, agricultura e vitivinicultura e distribuição.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/morreu-o-empresario-rui-nabeiro-aos-91-anos

Os meus sentimentos à família.
Morreu um grande empresário deste país, que deixou um vasto e enúmero grupo com ramificações desde a indústria agro-alimentar, comércio, inovação e a solidariedade. Solidariedade para a região, para os 3 000 trabalhadores do grupo e para o país.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 23, 2023, 05:20:52 pm
Famílias já têm mais de 25 mil milhões em Certificados de Aforro

Continua a corrida para os Certificados de Aforro: aplicações aumentaram 2,5 mil milhões de euros em fevereiro. Taxa de 3,5% atrai cada vez mais adeptos.

Os Certificados de Aforro continuam a captar cada vez mais poupanças das famílias portuguesas. Depois do aumento recorde de 2,9 mil milhões de euros em janeiro, as aplicações nestes certificados voltaram a engordar em fevereiro em mais de 2,5 mil milhões, ultrapassando já os 25 mil milhões de euros, o valor mais elevado de sempre.

O que explica o sucesso dos Certificados de Aforro? Será talvez a opção de investimento mais segura e rentável neste momento à disposição dos pequenos aforradores, rendendo atualmente 3,5% — a taxa máxima permitida por lei, ainda que paguem prémios de permanência ao longo do tempo.

A popularidade dos Certificados de Aforro tornou-se mesmo numa ameaça para os depósitos bancários, igualmente seguros, mas com rentabilidades bastante deprimidas, apesar da subida das taxas de mercado. Só no mês passado é que os grandes bancos começaram a subida as taxas dos depósitos a prazo para níveis em torno dos 2%, mas impondo muitas condições. Será suficiente para parar a onda dos certificados?

Em janeiro, os depósitos tiveram uma quebra recorde de 2,5 mil milhões de euros, com os bancos a darem duas justificações principais para este movimento: amortização antecipada dos créditos da casa (por forma a fazer baixar a prestação) e a fuga para os Certificados de Aforro.

(https://imagizer.imageshack.com/img922/3306/VdY7pr.png)

Portugueses confiam 39 mil milhões ao Estado

O reforço da aposta nos Certificados de Aforro mais do que compensou a diminuição do investimento nos Certificados do Tesouro: as aplicações nestes títulos caíram 570 milhões em fevereiro, pelo 16.º mês consecutivo, totalizando agora os 14 mil milhões, o valor mais baixo desde agosto de 2017.

Contas feitas, os portugueses tinham aplicados mais de 39,1 mil milhões de euros em produtos do Estado no final de fevereiro, um aumento de quase dois mil milhões em relação ao mês anterior. Nunca as famílias confiaram tanto dinheiro ao Estado.

https://eco.sapo.pt/2023/03/23/familias-ja-tem-mais-de-25-mil-milhoes-em-certificados-de-aforro/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 23, 2023, 05:32:00 pm
Lucros da Altri sobem 23% para 152 milhões em 2022

A produtora de pasta de papel ultrapassou no ano passado, pela primeira vez, os 1.000 milhões de euros em receitas. A alta dos preços nos mercados internacionais beneficiou o desempenho do grupo, que mantém a intenção de decidir sobre o investimento na Galiza este ano.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2022-01/img_900x560$2022_01_03_11_06_36_419392.jpg)

A Altri obteve em 2022 um resultado líquido de 152,1 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 23% face aos lucros de 123,7 milhões apurados nas operações continuadas do ano anterior.

No comunicado de apresentação das contas do ano passado, a produtora de pasta de papel salienta que as receitas ultrapassaram pela primeira vez a fasquia dos 1.000 milhões de euros (1.066 milhões), ao crescerem 34,4% face aos 793,4 milhões apurados em 2021.

"O desempenho financeiro do grupo Altri foi influenciado pelo volume de produção de fibras, pela evolução das vendas, mas principalmente pela alta dos preços nos mercados internacionais", afirma.

De acordo com a Altri, a produção de fibras celulósicas aumentou 1,5%, alcançando um volume recorde de 1.142,6 mil toneladas em 2022.

Em termos de vendas, refere que a descida homóloga de 4% para 1.107,6 mil toneladas em 2022 "é explicada pela quebra homóloga de 9% registada no último trimestre do ano devido a algum abrandamento na procura", justifica.

Os mercados externos representaram 85% das vendas.

O EBITDA atingiu os 301,4 milhões de euros, mais 32,4% face a 2021, com a margem EBITDA a situar-se nos 28,3%, menos 0,4 pontos percentuais do que no período homólogo, "apesar da forte inflação dos diversos custos variáveis sentida durante o ano passado", faz notar.

O investimento líquido total realizado em 2022 foi de 45,3 milhões, um aumento de 73,5% comparativamente com o ano anterior, tendo a dívida líquida diminuído para 325,8 milhões de euros no final do ano passado, face aos 344 milhões no final de 2021. Desta forma, o rácio de dívida líquida/EBITDA foi de 1,1x, "o que permite ao grupo Altri aproveitar oportunidades futuras da bioeconomia", diz.

No comunicado, o CEO da Altri, José Soares de Pina, sublinha que o grupo continua totalmente empenhado "na avaliação de uma nova unidade industrial para a produção de fibras têxteis sustentáveis na Galiza, que inclui o estudo de impacto ambiental, de viabilidade económica, o projeto de engenharia, de estrutura de financiamento e de acesso a fundos da União Europeia".

"Este é um projeto estruturante para a indústria, quer ao nível da bioeconomia e da circularidade, quer ao nível da gestão energética, utilizando tecnologia de ponta", afirma, recordando que a intenção da Altri é anunciar a decisão final de investimento este ano.

Quanto às perspetivas para este ano, a Altri afirma que "após um 2022 extremamente desafiante a tentar minimizar o efeito de uma inflação generalizada dos custos variáveis, começámos a verificar alguma estabilização dos preços no quarto trimestre de 2022 e no início de 2023".

O grupo diz ainda que os principais fatores para o acréscimo relevante no custo de produção foram a evolução do preço do gás natural e eletricidade, o preço dos químicos e o custo da madeira, devido ao maior nível de importação e à evolução do dólar.

"Esperamos que a instalação de capacidade adicional de geração de energia elétrica, através de centrais fotovoltaicas nas três fábricas da Altri, inicie atividade nos próximos meses", adianta ainda no documento.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/lucros-da-altri-sobem-23-para-152-milhoes-em-2022?ref=DET_Recomendadas_pb
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Março 23, 2023, 06:36:03 pm
https://cnnportugal.iol.pt/eurostat/uniao-europeia/estonia-e-letonia-ultrapassam-portugal-no-pib-per-capita/20230323/641c4b26d34ed4d514fac354

Estónia e Letónia ultrapassam Portugal no PIB per capita

O ponto da situação na UE - um ponto da situação que não é muito positivo para Portugal
Portugal é o sétimo país com menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita da União Europeia. Em 2022, Portugal foi ultrapassado pelas economias da Estónia e da Letónia, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo gabinete de estatísticas Eurostat.

Considerando como 100 o índice médio do PIB per capita na União Europeia em paridade de poder de compra, Portugal registou 85,70 pontos em 2022, uma melhoria face aos 85,62 pontos do ano anterior.

(https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/641c4b3cd34ef47b8753312e/1920)

No entanto, Portugal continua muito longe da média europeia e de países como Espanha, França, Itália e Alemanha.

Luxemburgo e Irlanda destacam-se como os dois países da União Europeia como melhores índices, com 261 pontos e 234 pontos, respetivamente. A Dinamarca, o terceiro melhor país, surge com 136 pontos.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 24, 2023, 10:27:38 am
Para este governo o facto de estarmos a empobrecer não interessa para nada, o que importa é taxarmos o mais possível o que pudermos, para depois distribuirmos migalhas pelos pobrezinhos. E estes, depois do político seboso lhes passar a mão pelo ombro, vão agradecer o senhor doutor (com curso tirado com equivalências a um Domingo), com o voto na urna!

É admirável que tão pouca gente se dê conta de que o salário mínimo até sobe, mas está a apanhar todos pelo caminho! O que é um sinónimo de um nivelamento por baixo nos rendimentos e na riqueza do país!!!!!

Imaginamos quem tem um salário declarado e muito simpático de 5 700€ mensais. Podemos imaginar que essa pessoa leva uma fortuna para casa, mas não é verdade, quem leva a fortuna para casa é o Estado, por vai buscar 48% de IRS (escalão máximo) + 11% para a Segurança Social e ainda vai incomodar o patrão com mais 23,75% deste salário para a Segurança Social!
Na realidade, o desgraçado leva para casa 2 337€ (valor ajustado ao escalão de IRS e não à tabela de retenção mensal) + subsídio de refeição, já o estado mete ao bolso: 2 736€ de IRS + Segurança Social (627€ + 1 353,75€). Ou seja, o Estado leva ao todo 4 716,15€ e o desgraçado leva menos de 2 500€! Mas o desgraçado é rico, com um salário chorudo........ chorudo mas para o Estado!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 25, 2023, 11:47:03 am
Estónia e Letónia ultrapassam Portugal no PIB per capita
ECO - Parceiro CNN Portugal
23 mar, 12:54

https://cnnportugal.iol.pt/eurostat/uniao-europeia/estonia-e-letonia-ultrapassam-portugal-no-pib-per-capita/20230323/641c4b26d34ed4d514fac354

(https://i.ibb.co/HnNPY0p/Frq-Weqs-Xs-AQ5-Xn-E.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2023, 12:02:04 pm
Marcelo elogia medidas mas oposição critica


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 27, 2023, 02:49:36 pm
IMPOSTOS: A MAIOR CAUSA DE POBREZA... ⛔️

Já que voltou o tema, nada como rever novamente para vários Salários, o verdadeiro custo do estado.
O Salário Bruto é uma forma de ENGANAR e ESCONDER do contribuinte o que ele verdadeiramente paga de impostos que são retidos.

O Salário Bruto + a TSU é o dinheiro que a empresa paga que poderia ir para o bolso do colaborador. Aqui neste exercício falamos só de retenção na fonte, depois temos IVA, IMI, ISP, mais valias...

A separação entre SS e TSU tem um objectivo: enganar as pessoas para não aparecer no recibo de vencimento. 👈

VIVEMOS PARA PAGAR IMPOSTOS e mesmo assim temos uma podridão de serviços do estado em que a maioria deste dinheiro é para alimentar juros da dívida, corrupção e corporativismo.

É deste dinheiro que se pagam estátuas por ajuste directo e outros milhares de gastos em que tudo somado é um saque ao contribuinte.

Infelizmente há ainda os ingénuos que acham que a SS e TSU não são impostos... são contribuições!
"Porque um dia quando estivermos doentes ou reformarmos vamos receber de volta..."

Façam contas ao que pagam ao longo da vida de SS+TSU (não se esqueçam da TSU...). Com uns detalhes importantes:

O estado para evitar pagar, aumenta a idade da reforma
Não sabem quantos anos vão usufruir de reforma
Se morrerem antes o que acontece ao dinheiro? A familia leva quanto?

Vivemos uma completa escravidão...

(https://pbs.twimg.com/media/FsOPqarWcAUcIqq?format=jpg&name=small)

https://mobile.twitter.com/RuiLima85/status/1640317714756403206
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2023, 04:27:31 pm
Dispensadas trabalhadoras grávidas e novas mães


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 28, 2023, 07:29:40 am
Cabaz Venezuela

(https://pbs.twimg.com/media/FsQdISdWcAEtBfL?format=jpg&name=small)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 28, 2023, 10:05:13 am
Cabaz Venezuela

(https://pbs.twimg.com/media/FsQdISdWcAEtBfL?format=jpg&name=small)

O que só demonstra que o governo não tem um rumo, navega à vista!
Ainda à pouco tempo, afirmaram que não íam reduzir o IVA para zero, para que não acontecesse o mesmo que em Espanha, em que os comerciantes apoderaram-se do IVA (e por cá aconteceu o mesmo quando o governo baixou o IVA na restauração de 23 para 13%). Agora fazem o oposto do que tinham afirmado e porquê?

Porque o Estado cobrou muito mais impostos do que tinha previsto para o ano de 2022. São vários milhares de milhões de euros a mais! Os xuxalistas fizeram o que gostam de fazer, cobram como se não houvesse amanhã (qual virar de página da austeridade qual carapuça) e depois, como sabem que vão ter receitas a cima do esperado (várias armas a ajudar, desde a inflação até às cativações, pelo congelamento dos salários médios e altos até ao estrangulamento dos serviços públicos até ao colapso. Basta ver o que aconteceu na Marinha, com os últimos acontecimentos, finalmente libertam 39 milhões de euros para a manutenção dos navios!!!!!), a seguir fazem o que gostam de fazer, distribuem migalhas!!!!!

As migalhas são o cabaz dos pobrezinhos com IVA a zero e sem qualquer garantias de que o comerciante não vai absorver a baixa no preço (se repararem nas facturas que pagam, os preços estão a baixar, desde a energia, alimentos, combustíveis, etc.....). O que desconfio que vá acontecer é os comerciantes aproveitarem a baixa dos preços para manterem os preços finais conjugado com a baixa do IVA passa despercebido ao consumidor!!!! Quem vai fiscalizar as dezenas de milhares de comerciantes?

Depois ainda vão dar mais migalhas como os 30€ mensais por agregado familiar (não é por pessoa atenção), a quem está no 4º escalão ou inferior e acréscimo de 15€/mês/filho. Estas ajudas têem efeitos retroactivos a Janeiro e acabam em Dezembro!!!

Já o cabaz dos pobrezinhos só dura 6 meses de Abril a Outubro!

Mas a função pública pode ir já jantar fora e comemorar o grandioso aumento excepcional de 1%!

Há mais medidas, muitas delas já anunciadas várias vezes.......

Só um pormenor  :mrgreen:
Eu não sei se os funcionários públicos deram conta, mas se vão ser aumentados em 1% e sem a actualização das tabelas de IRS, quer dizer que provavelmente o vosso aumento pode ser engolido pelo aumento do escalão de retenção mensal de IRS  :mrgreen:

Digam lá que estes malabaristas não são uns manhosos de primeira!? Vão gastar 600 milhões este ano, por contrapartidas dos vários milhares de milhões que cobraram a mais no ano passado!!!!!  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Março 28, 2023, 01:16:57 pm
Roubam um porco e dão um chouriço e os labregos ainda batem palmas

Fdx se há povo que devia ter sido extinto é este
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 29, 2023, 12:12:45 pm
Portugueses pouco confiantes sobre redução do IVA


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 29, 2023, 05:23:29 pm
Mas a função pública pode ir já jantar fora e comemorar o grandioso aumento excepcional de 1%!

Há mais medidas, muitas delas já anunciadas várias vezes.......

Só um pormenor  :mrgreen:
Eu não sei se os funcionários públicos deram conta, mas se vão ser aumentados em 1% e sem a actualização das tabelas de IRS, quer dizer que provavelmente o vosso aumento pode ser engolido pelo aumento do escalão de retenção mensal de IRS  :mrgreen:

Digam lá que estes malabaristas não são uns manhosos de primeira!? Vão gastar 600 milhões este ano, por contrapartidas dos vários milhares de milhões que cobraram a mais no ano passado!!!!!  :mrgreen:

(https://pbs.twimg.com/media/FsYk9zLX0AEsT3Q?format=jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 31, 2023, 12:22:23 pm
Tabaco rende 1,2 mil milhões em impostos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 01, 2023, 11:53:21 am
Bens alimentares levam Portugal a ter a inflação mais elevada da Europa em março

Portugal registou um valor mais elevado em termos mensais da inflação subjacente, a taxa na qual se exclui os bens com preços mais voláteis.

(https://jornaleconomico.pt/wp-content/uploads/2020/09/compras.png?w=730&h=457&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

O peso dos produtos alimentares no cabaz das compras e o alastramento da pressão inflacionista a outros bens e serviços fizeram com que Portugal registasse a taxa de inflação mais elevado da zona euro durante o mês de março, revela o “Público”.

Os dados da publicação foram recolhidos através do Eurostat que, na sexta-feira, revelou a inflação dos países da zona euro e da União Europeia. Enquanto em Portugal a inflação mensal subiu 2% (fixou-se em 7,4%), a dos restantes países cresceu uma média de 0,9%, um ritmo muito mais lento.

Portugal registou um valor mais elevado em termos mensais da inflação subjacente, a taxa na qual se exclui os bens com preços mais voláteis (energia e alimentos).

No índice de preços harmonizado, os bens alimentares corresponderam a 14,6% do cabaz de compras no total da zona euro, enquanto em Portugal foi de 19,5%. Isto significa que as famílias portuguesas estão a ser mais penalizadas pela evolução dos preços nos bens alimentares, uma vez que o índice se situa acima da taxa média de inflação.

https://jornaleconomico.pt/noticias/bens-alimentares-levam-portugal-a-ter-a-inflacao-mais-elevada-da-europa-em-marco-1013808

A sério?! Mas o que será que aconteceu em Março para disparar os preços...... dos bens alimentares!?!? Mistério!

Como é evidente, assim que este grupo de patetas que nos governa decidiu isentar algumas dezenas de produtos alimentares, os comerciantes sobem os preços para quando chegar o momento de ajustar o IVA para zero, estes estarem ao mesmo preço ou até mais caros do que o momento anterior à comunicação desta decisão!

Mas alguém tinha dúvidas de que ía acontecer? E depois até têem uma desculpa em Outubro para subirem outra vez os produtos, assim que a isenção acabar em Outubro, querem apostar que a inflação dos produtos alimentares vai disparar outra vez?

Realmente a esquerda e a extrema esquerda tem génios da economia e finanças sem paralelo no mundo!!!!
Não era muito mais prático e justo que a devolução fosse feita pelo e-factura, para as facturas registadas como bens alimentares!?
E nem podem alegar que não imaginavam que isto ía acontecer, porque já fizeram o mesmo quando baixaram o IVA na restauração de 23 para 13% e já tinham visto a asneira que deu quando os palermas socialistas aqui ao lado decidiram o mesmo!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 01, 2023, 11:55:42 am
Espero que os labregos que votaram PS estejam a festejar
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 03, 2023, 04:17:25 pm
Bens alimentares levam Portugal a ter a inflação mais elevada da Europa em março

Portugal registou um valor mais elevado em termos mensais da inflação subjacente, a taxa na qual se exclui os bens com preços mais voláteis.

(https://jornaleconomico.pt/wp-content/uploads/2020/09/compras.png?w=730&h=457&q=60&compress=auto,format&fit=crop)

O peso dos produtos alimentares no cabaz das compras e o alastramento da pressão inflacionista a outros bens e serviços fizeram com que Portugal registasse a taxa de inflação mais elevado da zona euro durante o mês de março, revela o “Público”.

Os dados da publicação foram recolhidos através do Eurostat que, na sexta-feira, revelou a inflação dos países da zona euro e da União Europeia. Enquanto em Portugal a inflação mensal subiu 2% (fixou-se em 7,4%), a dos restantes países cresceu uma média de 0,9%, um ritmo muito mais lento.

Portugal registou um valor mais elevado em termos mensais da inflação subjacente, a taxa na qual se exclui os bens com preços mais voláteis (energia e alimentos).

No índice de preços harmonizado, os bens alimentares corresponderam a 14,6% do cabaz de compras no total da zona euro, enquanto em Portugal foi de 19,5%. Isto significa que as famílias portuguesas estão a ser mais penalizadas pela evolução dos preços nos bens alimentares, uma vez que o índice se situa acima da taxa média de inflação.

https://jornaleconomico.pt/noticias/bens-alimentares-levam-portugal-a-ter-a-inflacao-mais-elevada-da-europa-em-marco-1013808

A sério?! Mas o que será que aconteceu em Março para disparar os preços...... dos bens alimentares!?!? Mistério!

Como é evidente, assim que este grupo de patetas que nos governa decidiu isentar algumas dezenas de produtos alimentares, os comerciantes sobem os preços para quando chegar o momento de ajustar o IVA para zero, estes estarem ao mesmo preço ou até mais caros do que o momento anterior à comunicação desta decisão!

Mas alguém tinha dúvidas de que ía acontecer? E depois até têem uma desculpa em Outubro para subirem outra vez os produtos, assim que a isenção acabar em Outubro, querem apostar que a inflação dos produtos alimentares vai disparar outra vez?

Realmente a esquerda e a extrema esquerda tem génios da economia e finanças sem paralelo no mundo!!!!
Não era muito mais prático e justo que a devolução fosse feita pelo e-factura, para as facturas registadas como bens alimentares!?
E nem podem alegar que não imaginavam que isto ía acontecer, porque já fizeram o mesmo quando baixaram o IVA na restauração de 23 para 13% e já tinham visto a asneira que deu quando os palermas socialistas aqui ao lado decidiram o mesmo!!!

O Brasil da Europa, um país sem rumo, não fosse a EU e nem quero imaginar, cada vez mais corrupção, miséria, enfim.
O Governo vai contratar uma empresa para controlar isso tudo, lá vai mais uns milhares de euros para alguns amigos. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 03, 2023, 05:09:16 pm
Tem cá uma moral para estar num país que lava dinheiro do tráfico de droga, corrupção, tráfico de influências!!!!

Tem de diversificar as suas fontes, a CMTV faz-lhe mal à saúde! É tragédias de manhã ao fim do dia!!!!!

Eu preocupava-me é com o UBS (opiniões dos "seus" economistas):

https://www.reuters.com/business/finance/swiss-economists-question-ubs-takeover-credit-suisse-poll-2023-03-31/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Abril 03, 2023, 05:13:12 pm
Tem cá uma moral para estar num país que lava dinheiro do tráfico de droga, corrupção, tráfico de influências!!!!

Tem de diversificar as suas fontes, a CMTV faz-lhe mal à saúde! É tragédias de manhã ao fim do dia!!!!!

Eu preocupava-me é com o UBS (opiniões dos "seus" economistas):

https://www.reuters.com/business/finance/swiss-economists-question-ubs-takeover-credit-suisse-poll-2023-03-31/

Hahaha chora viola, preocupar-me com o UBS lol  :-P deve viver noutro país que não seja Portugal, a realidade é nua e crua.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 04, 2023, 04:40:26 pm
Mudança de hábitos dos consumidores


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2023, 04:03:20 pm
Lisboa segunda cidade mais cara do sul da Europa


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 07, 2023, 11:27:23 am
Gaia aborta negócio de 700 milhões: Brasileiros PINtam a manta contra “jigajogas”

O promotor do mega “tech hub” previsto para a Madalena, que estimava criar 15 mil empregos, rebate as acusações do presidente da autarquia, que rasgou o projeto, e diz que vai “fazer valer os acordos já estabelecidos” junto do Município e do fundo da CGD.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2022-03/img_900x560$2022_03_10_20_44_13_423984.jpg)

"Se aquele projeto fosse sério, tinha tudo para ser um grande projeto. Mas o Município não alinha em jigajogas (...). Enquanto eu mandar, o terreno vai ser público e para fins ambientais", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, no dia 3 de abril, durante a reunião camarária que aprovou a anulação do contrato-promessa de compra e venda com o grupo brasileiro Gestão Capital, promotores do Gaia Infinity Hub (GIH), um mega "tech hub" que ia instalar-se no antigo parque de campismo da Madalena, num investimento estimado em 700 milhões de euros.

O autarca gaiense justificou a decisão de abortar o GIH em favor de um outro projeto, o Ecoparque do Atlântico, acusando a Gestão Capital de "incumprimento contratual do contrato promessa celebrado", ao falhar o pagamento da segunda tranche, em janeiro passado, depois de ter pago o sinal, de cerca de 600 mil euros, no mês anterior.

Em causa está um terreno de 21 hectares, que a Câmara de Gaia vendeu em 2008 ao fundo Gaia Douro, da Fundger, gestora da Caixa Geral de Depósitos (CGD), passando a ser sua inquilina.

Segundo a explicação dada por Eduardo Vítor Rodrigues, na última reunião do Executivo municipal, a autarquia paga mensalmente ao fundo 19.500 euros, pelo que, "farto de pagar" e porque "o projeto [da Gestão Capital] era aliciante", não podendo "fugir" para outro concelho, deu parecer positivo à venda ao grupo brasileiro.

"Mas o fundo deveria ter recebido até janeiro uma tranche e não recebeu nada. E os compradores não deram explicação nenhuma. Não há lugar a segunda oportunidade", sentenciou o autarca.

Esta sexta-feira, 7 de abril, na sua terceira declaração por escrito enviada ao Negócios, no espaço de uma semana, a Gestão Capital começa por reiterar que "a falta de pagamento da segunda parcela da compra do terreno foi devido ao incumprimento, pela Câmara, da formalização do protocolo de contrapartidas negociado e acertado entre as partes desde 2022".

Quanto ao aumento da área construtiva do projeto, matéria que Eduardo Vítor Rodrigues classificou de "jigajoga" que "a Câmara não aceitou", o grupo brasileiro garante que tal "estava acordado com a Câmara desde o início das negociações, condicionado à classificação do projeto como Projeto de Interesse Nacional (PIN)", alegou.

Por outro lado, diz a Gestão Capital que "é descabido justificar a decisão de abortar o projeto com o facto de este não ter conseguido a classificação de PIN. Tão simplesmente porque só seria possível conseguir esse estatuto, numa fase mais avançada do projeto e desde que a Câmara tivesse formalizado o protocolo de contrapartidas (infraestruturas de acessibilidades, saneamento e eletricidade) com o qual a Câmara concordou em 2022, mas que nunca chegou a aprovar nos órgãos competentes da câmara", observa.

"A formalização desse protocolo sempre foi condição para fazer avançar o projeto no sentido de conseguir a classificação de PIN", garante o promotor do GIH, projeto que foi apresentado como "capaz de gerar 15 mil empregos directos, com equipamentos de ensino empresas e inovação e tecnologia, hotel, área de retalho e serviços de gestão patrimonial da infraestrutura", entre outras valências. 

De resto, o grupo brasileiro liderado por António Caminha e André Carvalho considera que "é incompreensível ter sabido da intenção de abortar o projeto pela comunicação social", e que "é estranho que, de repente, tenha surgido o Ecoparque do Atlântico, pronto a ser votado e aprovado pela Câmara de Gaia".

E remata: "A 5 de abril de 2023, a GIH interpelou as entidades Câmara Municipal de Gaia e a Fundger no sentido de fazer valer os acordos já estabelecidos". Uma interpelação que sinaliza eventual recurso aos tribunais.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/gaia-aborta-negocio-de-700-milhoes-brasileiros-pintam-a-manta-contra-jigajogas#loadComments

2 aspectos que prendem a atenção:
- Um suposto meganegócio que ascendia a um valor astronómico, com promessas de facilitismos!? E que terá ruído porque não foi classificado como PIN (para os investidores) e a outra parte não recebeu a 2ª prestação........
Mas o que é o PIN? https://eportugal.gov.pt/empresas/services/balcaodoempreendedor/Licenca.aspx?CodLicenca=2984
O PIN não é mais do que o reconhecimento do nosso Estado, de que é demasiado burocrático e arrastado (Estado Central + Autarquias) e por isso criaram o jeitinho para furar filas! O PIN não é mais do que dar o estatuto a projectos privados, para conseguirem muito mais rapidamente ultrapassar a burocracia nacional e pelo meio conseguirem apoios financeiros da UE, prioritariamente em relação ao comum dos mortais!!!!

- Outro aspecto que salta à vista é a Engenharia Financeira que instituições públicas levam a cabo para financiarem a tesouraria dos Municípios..... e com isso continuarem a endividar-se (o último que feche a porta)!
Mas a técnica financeira que o Município de Gaia usa, normalmente só as empresas utilizam e é muito comum. Chama-se Leaseback! Consiste em vendermos edifícios ou outros bens da instituição e em simultãneo arrendar os espaços para continuarem a utilizá-los! Estas operações são normalmente de longo prazo. Por exemplo, eu vendo a sede da minha empresa por 10 milhões de euros a um Banco ou um Fundo Imobiliário e em simultãneo assino um contrato com esse banco, para usar o edifício por 30 anos, desde que pague uma renda mensal de por exemplo 45 000€ (16,2 milhões ao longo de 30 anos, sem considerar a desvalorização temporal).
Desta forma o que ganha o Município? Ganha muito dinheiro no imediato, desafoga a tesouraria ao aumentar o Fundo de Maneio e tem mais dinheiro disponível para investir. O problema fica para quem vier depois (Presidente da Câmara sucessor) que não vê nem dinheiro nem capacidade para continuar a investir!
E que bens a Câmara de Gaia vendeu a um fundo da Caixa Geral de Depósitos?
https://portocanal.sapo.pt/noticia/323852/
Parque de Campismo da Madalena, Parque da Aguda, Quartel dos Sapadores, Oficinas Gerais e antiga sede da empresa municipal Gaia Social, localizada na Rua Capitão Leitão. E com esta operação, a Câmara recebeu 17,5 milhões de euros!!!!!!
Mas o reverso da medalha é que a Câmara tem de pagar cerca de 2 milhões de euros anuais ao Fundo da CGD!

As FA também podia utilizar o sistema de Leaseback (com a CGD) para financiarem as possíveis aquisições, mas presumo que os imóveis das FA, sejam património directo do Estado Português e não das FA!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 12, 2023, 02:34:41 pm
Resgate de PPR/PPA, sem penalizações

Quem ainda desconhecia, podem resgatar mensalmente e por contribuinte (independentemente do nº de PPR por contribuinte), até ao valor de 480,43€ (valor do IAS para 2023).

O resgate é muito simples, só têem de solicitar o resgate mensal, referindo que estão a fazê-lo ao abrigo da Lei nº 19/2022 de 21 de Outubro.

Imaginamos A casado com B. Cada um tem 2 PPR de 10 000€ cada um e com acréscimos mensais de 50€ por exemplo.
O A pode resgatar 480,43€ em Abril, outro tanto em Maio e outro ainda em Junho e a partir de Julho e até Dezembro, resgata 480,43€ mensais do seu 2º PPR.
O B pode fazer a mesma coisa.

Atenção que não podem levantar os montantes que entregaram para os PPR a partir de 1 de Outubro de 2022 ou se o fizerem, vão ter de devolver o benefício fiscal que tiveram em 2022 e 2023.

Até podem fazer estes resgates e subscreverem um novo PPR ou então pouparem para uma emergência.

De qualquer forma é uma importante almofada financeira para fazerem face a alguma dificuldade!

Entretanto e por causa da crise bancária que está a correr o mundo, principalmente as falências de bancos dos EUA e a quase falência do Credit Suisse (que levou a que o UBS comprasse à força o CS), podem ter ajudado a que os principais bancos centrais mundiais (FED e BCE), moderem ou deixem mesmo de subir as taxas de juro, que em condições normais só iria ocorrer em meados de 2024 (quando a inflação estivesse controlada)!

Bons negócios!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 12, 2023, 03:09:45 pm
https://www.observador.pt/programas/atualidade/morava-num-armazem-com-12-migrantes-e-recebia-20-euros-por-semana-a-historia-de-saddam-em-portugal/amp/

Mais uma herança Xuxa que nos vai custar muito caro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lightning em Abril 12, 2023, 10:11:36 pm
Pequena empresa de construção naval fechada pela GNR  :mrgreen:

https://ominho.pt/apanhados-a-construir-narcolanchas-em-cerveira-gnr-apreendeu-embarcacoes/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 13, 2023, 04:30:14 pm
Aumenta procura por jogos sociais e apostas online


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 15, 2023, 01:23:12 am
Portugal é o 7.º país da UE com PIB "per capita" mais baixo e está pior do que quando Costa formou Governo?

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/portugal-e-o-7-o-pais-da-ue-com-pib-per-capita-mais-baixo-e-esta-pior-do-que-quando-costa-formou-governo

Tal e qual como os socialistas previram!!!!

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Abril 17, 2023, 10:53:21 am
A lição económica de Portugal a Espanha e Itália

Enquanto alguns países do sul da Europa pouco evoluíram economicamente, para o jornal espanhol El Economista Portugal destaca-se na gestão económica do pós-crise.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2023-04/img_900x560$2023_04_06_16_10_12_450226.jpg)

A crise da dívida soberana dos países da Zona Euro, que teve lugar entre 2010 e 2013, gerou grandes divergências dentro da região monetária. Entre os países que mais "sofreram" com esta crise estiveram os do sul da Europa: Portugal, Itália, Grécia e Espanha.

Dez anos depois, a situação permanece semelhante para alguns deles, mas diferente para outros, como é o caso de Portugal, cuja economia tem surpreendido os analistas, segundo uma análise feita pelo jornal espanhol El Economista.

Depois da crise, Portugal instaurou um conjunto de reformas económicas e que resultam, nas palavras do diário espanhol, num "milagre português". Um dos exemplos que o comprova é o retorno da dívida portuguesa - que passou pela "fronteira do colapso", junto da Grécia, para estar num nível muito inferior a Itália e Espanha. Neste momento, Portugal paga menos para se financiar do que estes dois países.

E, nesta evolução, as reformas do mercado laboral também tiveram o seu papel. Maior flexibilidade das empresas, ajuste das horas trabalhadas e melhoria das prestações de desemprego, o que fez com que o mercado laboral seja mais flexível, descreve o jornal espanhol.

Outros dos aspetos destacados é a elevada execução dos fundos comunitários. Entre 2014 e 2020, a taxa de execução dos fundos situou-se em 92%, bastante acima da média europeia de 76%, de Itália nos 62% e de Espanha nos 57%.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/a-licao-economica-de-portugal-a-espanha-e-italia

Nota, é um artigo feito mais para criticar o governo espanhol, do que propriamente gabar o nosso..... que tb é socialista!!!!!  :mrgreen:

O artigo original: https://www.eleconomista.es/economia/noticias/12225650/04/23/la-leccion-de-portugal-a-espana-e-italia-la-historia-de-un-milagro-economico-que-no-tiene-fin.html
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 18, 2023, 12:19:06 pm
Inflação desce a partir de abril


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 18, 2023, 07:40:05 pm
IVA zero já está em vigor


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 19, 2023, 12:00:23 pm
Poupança no cabaz com IVA 0% será de 4,66€


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Abril 19, 2023, 12:20:44 pm
Projetos financiados pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência em Portugal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Abril 19, 2023, 03:46:14 pm
Consulte aqui a apresentação do Programa de Estabilidade

https://eco.sapo.pt/2023/04/17/consulte-aqui-a-apresentacao-do-programa-de-estabilidade/

os famosos PPT-...  c56x1

Agora mais a serio se for verdade, que a divida em 2027 estar em 92% do PIB será uma coisa extraordinária é pena que seja a custa de tudo e de nós todos.... e dano ainda mais aos boys...

Outro video interessante da nossa comunicação social sobre o assunto

A economia está melhor do que o esperado. E temos de agradecer ao General Inverno

https://cnnportugal.iol.pt/videos/a-economia-esta-melhor-do-que-o-esperado-e-temos-de-agradecer-ao-general-inverno/643ede860cf2dce741b533e2
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 21, 2023, 10:46:48 am
Governo atualiza as tabelas de IRS para acomodar o aumento de 1% na Função Pública. Pela primeira vez, o salário mais baixo perde isenção e vai descontar 4,62 euros por mês para o Fisco.

https://eco.sapo.pt/2023/04/21/salario-mais-baixo-da-funcao-publica-vai-descontar-irs/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Abril 21, 2023, 05:53:56 pm
Governo atualiza as tabelas de IRS para acomodar o aumento de 1% na Função Pública. Pela primeira vez, o salário mais baixo perde isenção e vai descontar 4,62 euros por mês para o Fisco.

https://eco.sapo.pt/2023/04/21/salario-mais-baixo-da-funcao-publica-vai-descontar-irs/

xuxalismo
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 23, 2023, 02:20:17 pm
Governo atualiza as tabelas de IRS para acomodar o aumento de 1% na Função Pública. Pela primeira vez, o salário mais baixo perde isenção e vai descontar 4,62 euros por mês para o Fisco.

https://eco.sapo.pt/2023/04/21/salario-mais-baixo-da-funcao-publica-vai-descontar-irs/

xuxalismo

Parabéns a todos 👏🎊👏🎊👏🎊

(https://pbs.twimg.com/media/FuZtNp2WcAAU4X5?format=jpg&name=large)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Abril 28, 2023, 01:57:52 pm
(https://i.ibb.co/pK15sQh/FB-IMG-16826864642635591.jpg) (https://ibb.co/X5WMdDY)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Maio 02, 2023, 11:42:47 am
Empresa aumenta salários em 7,5% para aliviar inflação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 03, 2023, 12:14:28 am

Citar
Veja aqui os melhores momentos das ações AICEP e o que de melhor acontece a nível nacional e internacional para a globalização da economia portuguesa.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 03, 2023, 10:56:59 am
Brasileiros do projeto de 700 milhões abortado em Gaia queriam Praia da Madalena

O grupo Gestão Capital, promotor do mega “tech hub” previsto para o antigo parque de campismo da Madalena, que estimava criar 15 mil empregos mas cujo contrato foi rasgado pela Câmara de Gaia, queria a concessão da praia localizada junto ao terreno de 21 hectares que está agora destinado para o Ecoparque do Atlântico.

(https://cdn3.jornaldenegocios.pt/images/2022-03/img_900x560$2022_03_10_20_44_13_423984.jpg)

O promotor do Gaia Infinity Hub (GIH), nome do mega parque tecnológico que o grupo brasileiro Gestão Capital queria construir no antigo parque de campismo da Madalena, mas que foi entretanto abortado pela autarquia liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, queria a concessão da Praia da Madalena, sabe o Negócios.

......

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/brasileiros-do-projeto-de-700-milhoes--abortado-em-gaia-queriam-praia-da-madalena#loadComments

Xico-espertice! Felizmente este negócio com os brasileiros foi abortado!
Propunham-se fazer um mega empreendimento imobiliário...... mas a Câmara tinha de dar o selo PIN ao projecto e sabe-se agora, ceder uma praia que é pública para que ficasse totalmente nas mãos dos donos do empreendimento!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Maio 11, 2023, 11:56:47 am
Corrida aos Certificados de Aforro obriga a revisão dos limites de endividamento

https://eco.sapo.pt/2023/05/11/corrida-aos-certificados-de-aforro-obriga-a-revisao-dos-limites-de-endividamento/

Limite de endividamento através de Certificados de Aforro passa de sete mil milhões de euros para 16,6 mil milhões. A razão? "O interesse dos particulares pela subscrição de Certificados de Aforro".

corrida dos portugueses aos Certificados de Aforro obrigou o Governo a rever os limites de endividamento inscritos no Orçamento do Estado. Se por um lado é necessário aumentar o limite máximo de endividamento do Estado via emissão deste tipo de instrumento de poupança, por outro foi necessário reduzir os limites para a emissão de Obrigações e Bilhetes do Tesouro. No final, os limites máximos de endividamento mantém-se nos 44,5 mil milhões de euros.

O despacho do ministro das Finanças publicado esta quinta-feira em Diário da República reduz em 5,5 mil milhões de euros o limite máximo de emissões de Obrigações do Tesouro para 19,5 mil milhões e reduz em quatro mil milhões o limite para a emissão de Bilhetes do Tesouro que fica fixado em 8,5 mil milhões de euros.


Estas poupanças são todas canalizadas para o aumento dos limites de endividamento através de Certificados de Aforro. Assim, a autorização de emissão de dívida por esta via passa de sete mil milhões de euros para 16,6 mil milhões.

A razão? “O interesse dos particulares pela subscrição de Certificados de Aforro”, que “tem vindo a exceder amplamente as previsões”, justifica o despacho assinado por Fernando Medina.

Considerando o nível de subscrições até março, “aliada à previsão de manutenção do paradigma, resultará em subscrições de Certificados de Aforro consideravelmente superiores às previstas no início do presente ano, justifica-se proceder a uma alteração do limite anteriormente aprovado para a emissão deste instrumento”, acrescenta ainda o mesmo despacho.

No primeiro trimestre deste ano, as famílias aplicaram mais de nove mil milhões de euros das suas poupanças em Certificados de Aforro, cerca de 60 vezes mais do que os 150 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2022, de acordo com os dados do Banco de Portugal. O stock de Certificados de Aforro aumentou 3.549 milhões de euros em março, mais 14,1% face a fevereiro, contabilizando no final do mês passado 28,6 mil milhões de euros.

O entusiasmo dos portugueses prende-se com o nível de remuneração destes títulos de dívida desenhados para o retalho, que desde março estão a pagar a taxa máxima permitida por lei de 3,5%, ao mesmo tempo que os bancos continuam a pagar muito pouco pelos depósitos das famílias.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Maio 12, 2023, 10:48:45 am


https://www.dinheirovivo.pt/economia/conselho-das-financas-95-do-brilharete-de-medina-em-2022-caiu-lhe-no-colo-16338060.html

(https://pbs.twimg.com/media/Fv6hcibXoAE9RGa?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Maio 12, 2023, 11:40:08 am
Inflação abranda no mês de abril


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 19, 2023, 03:16:55 pm
(https://www.occ.pt/fotos/editor2/news.jpg)

Caros(as) colegas,
 
Enfrentamos hoje o momento mais negro da história da nossa profissão!

O Governo comunicou-nos a proposta de alteração do Estatuto que vai acabar com a nossa profissão através da eliminação das suas competências exclusivas.

Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Esta alteração afeta não só a nossa profissão, mas todo o país, ferindo, irremediavelmente, o interesse público e o valor acrescentado de toda uma classe profissional.

É, assim, hora de nos unirmos. É tempo de mostrarmos a força e valor da nossa classe profissional. É o momento de exigirmos respeito e mostrarmos ao Governo o erro irresponsável que planeia cometer.

Conforme os mais variados estudos internacionais e citamos apenas o da International Federation of Accountants (IFAC) - Accountants Role in Economic Development -, 500 contabilistas certificados por cada milhão de habitantes, correspondem a um aumento de 10 euros no PIB per capita, a mais 9,8 por cento de exportações;  mais 34,3 por cento de investimento estrangeiro; mais 0,4 por cento na qualidade da educação; mais 1,3 por cento na qualidade da saúde e, finalmente, mais 27,9 por cento na arrecadação fiscal. São estes, entre outros, os diretos efeitos de uma desenfreada, imponderada e irresponsável desregulação profissional que o atual Governo está a tentar adotar, colocando em causa, irreversivelmente, todo o modelo económico e social do nosso país.

Sem contabilistas certificados, teremos mais fraude e evasão fiscal, menos justiça social e mais incumprimento fiscal.

Há 30 anos, o saudoso Prof. Sousa Franco, então ministro das Finanças, considerou que era essencial institucionalizar um responsável pela entrega das declarações fiscais para aumentar a transparência das contas das empresas e combater a fraude e evasão fiscal.

Três décadas depois, o Governo quer destruir uma profissão que ajudou o país e as empresas a ultrapassar todas as dificuldades e desafios.

Neste processo de revisão do Estatuto, a Ordem dos Contabilistas Certificados, numa atitude construtiva, discutiu e acordou com a tutela (Secretaria de Estados dos Assuntos Fiscais) uma proposta que reforçava o interesse público da nossa profissão e os interesses e direitos dos contabilistas certificados.

Para nosso espanto, o Governo enviou-nos uma proposta que não reflete as discussões e, de forma desleal e desonesta, acaba com as competências exclusivas do contabilista certificado, quando, até hoje, sempre nos garantiram que essas competências não estavam em causa.

Os contabilistas certificados não aceitam a extinção da profissão e os danos que o governo quer infligir ao país.

Assim sendo, em resposta à comunicação, informaremos o governo que não aceitaremos esta proposta.

Caso, na próxima semana, o governo aprove, em Conselho de Ministros, esta proposta de extinção da profissão, convocarei TODOS os contabilistas certificados para as iniciativas e formas de luta necessárias à defesa da profissão e do interesse público, de modo que a proposta não seja, em qualquer circunstância, aprovada pela Assembleia da República, a quem cabe a decisão final.

Caros colegas,

O momento é o mais grave e difícil da nossa história e das nossas vidas profissionais. É hora de mostrar a nossa força e poder.


Cumprimentos cordiais e votos de continuação de bom trabalho.

Paula Franco
(Bastonária)

Lisboa, 19 de maio de 2023

https://www.occ.pt/pt/noticias/comunicado-da-bastonaria-governo-quer-acabar-com-a-profissao-de-contabilista-certificado/

Manifestação de interesses: Estou inscrito na Ordem dos Contabilistas Certificados!
Mas também não esqueço quando à uns anos atrás a Ordem impediu quem tivesse cargos de Direcção/Administração, não podia ser contabilista da empresa! Porque estava em causa a independência do contabilista....... (para dar mais trabalho aos escritórios de contabilidade  ::)

Bem, a ser verdade, não é bem uma implosão da profissão do contabilista, mas quase! Voltamos até aos anos 90, quando qualquer pessoa podia ser contabilista, mesmo sem conhecimentos da área. É verdade que passamos do 8 para o 80. Agora um contabilista para o ser tem de ser Mestre em Contabilidade, Gestão, Economia, Ciências Sociais ou Fiscalidade, tem de realizar um estágio junto de um Contabilista, de pelo menos 800 horas e no fim ainda vai fazer um exame à Ordem!

Agora, poderá ser necessário apenas saber ler e escrever!!!!!!

As Novas Oportunidades chegaram à profissão de Contabilista Certificado  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 19, 2023, 03:29:27 pm
(https://www.occ.pt/fotos/editor2/news.jpg)

Caros(as) colegas,
 
Enfrentamos hoje o momento mais negro da história da nossa profissão!

O Governo comunicou-nos a proposta de alteração do Estatuto que vai acabar com a nossa profissão através da eliminação das suas competências exclusivas.

Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Esta alteração afeta não só a nossa profissão, mas todo o país, ferindo, irremediavelmente, o interesse público e o valor acrescentado de toda uma classe profissional.

É, assim, hora de nos unirmos. É tempo de mostrarmos a força e valor da nossa classe profissional. É o momento de exigirmos respeito e mostrarmos ao Governo o erro irresponsável que planeia cometer.

Conforme os mais variados estudos internacionais e citamos apenas o da International Federation of Accountants (IFAC) - Accountants Role in Economic Development -, 500 contabilistas certificados por cada milhão de habitantes, correspondem a um aumento de 10 euros no PIB per capita, a mais 9,8 por cento de exportações;  mais 34,3 por cento de investimento estrangeiro; mais 0,4 por cento na qualidade da educação; mais 1,3 por cento na qualidade da saúde e, finalmente, mais 27,9 por cento na arrecadação fiscal. São estes, entre outros, os diretos efeitos de uma desenfreada, imponderada e irresponsável desregulação profissional que o atual Governo está a tentar adotar, colocando em causa, irreversivelmente, todo o modelo económico e social do nosso país.

Sem contabilistas certificados, teremos mais fraude e evasão fiscal, menos justiça social e mais incumprimento fiscal.

Há 30 anos, o saudoso Prof. Sousa Franco, então ministro das Finanças, considerou que era essencial institucionalizar um responsável pela entrega das declarações fiscais para aumentar a transparência das contas das empresas e combater a fraude e evasão fiscal.

Três décadas depois, o Governo quer destruir uma profissão que ajudou o país e as empresas a ultrapassar todas as dificuldades e desafios.

Neste processo de revisão do Estatuto, a Ordem dos Contabilistas Certificados, numa atitude construtiva, discutiu e acordou com a tutela (Secretaria de Estados dos Assuntos Fiscais) uma proposta que reforçava o interesse público da nossa profissão e os interesses e direitos dos contabilistas certificados.

Para nosso espanto, o Governo enviou-nos uma proposta que não reflete as discussões e, de forma desleal e desonesta, acaba com as competências exclusivas do contabilista certificado, quando, até hoje, sempre nos garantiram que essas competências não estavam em causa.

Os contabilistas certificados não aceitam a extinção da profissão e os danos que o governo quer infligir ao país.

Assim sendo, em resposta à comunicação, informaremos o governo que não aceitaremos esta proposta.

Caso, na próxima semana, o governo aprove, em Conselho de Ministros, esta proposta de extinção da profissão, convocarei TODOS os contabilistas certificados para as iniciativas e formas de luta necessárias à defesa da profissão e do interesse público, de modo que a proposta não seja, em qualquer circunstância, aprovada pela Assembleia da República, a quem cabe a decisão final.

Caros colegas,

O momento é o mais grave e difícil da nossa história e das nossas vidas profissionais. É hora de mostrar a nossa força e poder.


Cumprimentos cordiais e votos de continuação de bom trabalho.

Paula Franco
(Bastonária)

Lisboa, 19 de maio de 2023

https://www.occ.pt/pt/noticias/comunicado-da-bastonaria-governo-quer-acabar-com-a-profissao-de-contabilista-certificado/

Manifestação de interesses: Estou inscrito na Ordem dos Contabilistas Certificados!
Mas também não esqueço quando à uns anos atrás a Ordem impediu quem tivesse cargos de Direcção/Administração, não podia ser contabilista da empresa! Porque estava em causa a independência do contabilista....... (para dar mais trabalho aos escritórios de contabilidade  ::)

Bem, a ser verdade, não é bem uma implosão da profissão do contabilista, mas quase! Voltamos até aos anos 90, quando qualquer pessoa podia ser contabilista, mesmo sem conhecimentos da área. É verdade que passamos do 8 para o 80. Agora um contabilista para o ser tem de ser Mestre em Contabilidade, Gestão, Economia, Ciências Sociais ou Fiscalidade, tem de realizar um estágio junto de um Contabilista, de pelo menos 800 horas e no fim ainda vai fazer um exame à Ordem!

Agora, poderá ser necessário apenas saber ler e escrever!!!!!!

As Novas Oportunidades chegaram à profissão de Contabilista Certificado  :mrgreen:

Ao ler esta notícia deu-me uma enorme vontade de rir, até porque, não sabia que em Portugal era obrigatório a assinatura do contabilista para submeter declarações fiscais.
Isso normalmente é obrigatório nos países de 3 mundo, c56x1 ou onde o grau de escolaridade é muito baixo (Portugal), como em Portugal é só Doutores e Engenheiros fiquei surpreso. :mrgreen:
Pois nos países de 1 mundo qualquer cidadão comum submete a sua declaração fiscal sem precisar de qualquer assinatura, fazendo esse trabalho sozinho em casa pela internete. 8)
Realmente, Portugal anda atrasado em muita coisa, esperemos por dias melhores. :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 19, 2023, 03:40:45 pm
Ao ler esta notícia deu-me uma enorme vontade de rir, até porque, não sabia que em Portugal era obrigatório a assinatura do contabilista para submeter declarações fiscais.
Isso normalmente é obrigatório nos países de 3 mundo, c56x1 ou onde o grau de escolaridade é muito baixo (Portugal), como em Portugal é só Doutores e Engenheiros fiquei surpreso. :mrgreen:
Pois nos países de 1 mundo qualquer cidadão comum submete a sua declaração fiscal sem precisar de qualquer assinatura, fazendo esse trabalho sozinho em casa pela internete. 8)
Realmente, Portugal anda atrasado em muita coisa, esperemos por dias melhores. :mrgreen:

Ó Daniel? Quando não domina minimamente sobre o que escreve, abstenha-se!

Então na Sua Suíça não é o contabilista quem entrega as declarações fiscais das empresas? É o trolha quem faz as prestações de contas? É que se é o trolha, está explicado o facto de ninguém dar pelo buraco do Credit Suisse!!!!!!

Ó Daniel, a declaração de IRS qualquer um pode entregar, agora as prestações de contas + as declarações fiscais das empresas é só quem sabe.

Ó Daniel? Se quiser eu dou-lhe IES da minha empresa para fazer, são 70 páginas é fácil! Só é preciso fazer o balanço e demonstração de resultados mais as dezenas de anexos para 2 anos, o ano da prestação de contas e do ano transacto!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 19, 2023, 04:36:19 pm
(https://www.occ.pt/fotos/editor2/news.jpg)

Caros(as) colegas,
 
Enfrentamos hoje o momento mais negro da história da nossa profissão!

O Governo comunicou-nos a proposta de alteração do Estatuto que vai acabar com a nossa profissão através da eliminação das suas competências exclusivas.

Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Esta alteração afeta não só a nossa profissão, mas todo o país, ferindo, irremediavelmente, o interesse público e o valor acrescentado de toda uma classe profissional.

É, assim, hora de nos unirmos. É tempo de mostrarmos a força e valor da nossa classe profissional. É o momento de exigirmos respeito e mostrarmos ao Governo o erro irresponsável que planeia cometer.

Ao ler esta notícia deu-me uma enorme vontade de rir, até porque, não sabia que em Portugal era obrigatório a assinatura do contabilista para submeter declarações fiscais.
Isso normalmente é obrigatório nos países de 3 mundo, c56x1 ou onde o grau de escolaridade é muito baixo (Portugal), como em Portugal é só Doutores e Engenheiros fiquei surpreso. :mrgreen:
Pois nos países de 1 mundo qualquer cidadão comum submete a sua declaração fiscal sem precisar de qualquer assinatura, fazendo esse trabalho sozinho em casa pela internete. 8)
Realmente, Portugal anda atrasado em muita coisa, esperemos por dias melhores. :mrgreen:

Agora estás a fazer figuras tristes homem de Deus!

Eu entrego o meu IRS desde sai da casa dos meus pais à uns 15 anos e antes disso era a contabilista da empresa que a minha mãe trabalhava que tratava disso.

O IRS é automático, é só escolheres se queres entregar em separado ou em conjunto com a mulher/marido (em caso de viveres em união de facto ou seres casado), verificares os dados que estão lá e siga para bingo. Eu faço isso em minutos e recebe-se o dinheiro em 2 semanas (+-).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 19, 2023, 04:53:56 pm
Também acho que estão a confundir duas coisas.

Uma, a contabilidade a nível pessoal ou familiar. Que considero estar a correr mesmo muito bem! Ainda me lembro do tempo em que se fazia o IRS em papel. Agora em 5 minutos faço o meu, dos meus pais e da minha avó!

Outra coisa são as empresas, ou que tem receitas provenientes de várias atividades.
Lembrem-se do Ronaldo ou do Wesley Snipes, rapidamente acusados de fuga ao fisco.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 19, 2023, 06:29:57 pm
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Lá está, uma empresa privada em Portugal não pode submeter declarações fiscais sem a assinatura do contabilista.
Na Suiça como em vários países, no que diz respeito a empresas privadas pode sim ser o proprietário a fazer a contabilidade, claro desde que o saiba fazer etc etc.
Quanto ao CS pois tem-lhe causado muita dor de dentes, não te preocupes, ver se dormes melhor, pois está explicado o facto de ninguém dar pelo buraco do, BES, BANIF, BPN, BPP, TAP e por aí vai, parece que os contabilistas em Portugal sofrem todos da mesma doença. c56x1
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 19, 2023, 09:58:23 pm
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Lá está, uma empresa privada em Portugal não pode submeter declarações fiscais sem a assinatura do contabilista.
Na Suiça como em vários países, no que diz respeito a empresas privadas pode sim ser o proprietário a fazer a contabilidade, claro desde que o saiba fazer etc etc.
Quanto ao CS pois tem-lhe causado muita dor de dentes, não te preocupes, ver se dormes melhor, pois está explicado o facto de ninguém dar pelo buraco do, BES, BANIF, BPN, BPP, TAP e por aí vai, parece que os contabilistas em Portugal sofrem todos da mesma doença. c56x1

Ou seja, o Daniel comenta assuntos económicos, financeiros e até contabilísticos sem perceber patavina do que está a comentar!!!!!
É a conclusão lógica que se tira.

E fala tanto da Suíça e não sabe que todas as empresas com pelo menos 10 trabalhadores, obrigatoriamente têem de ter serviços de contabilidade.

Também não deve saber, mas a Suíça e praticamente o mundo inteiro segue as IFRS da IASB.

Da última vez que vi, a Suíça exige que seja um licenciado em áreas económicas a poder prestar serviços de contabilidade. Afinal a 4ª Classe não chega! Porque será!?

https://www.ifrs.org/use-around-the-world/use-of-ifrs-standards-by-jurisdiction/

Percebo agora porque motivo quando falo de assuntos económicos, atira sempre ao lado e nem tenta perceber o que escrevo!!!!
Mas isso é um problema seu, não é meu!

Em qualquer país, a prestação de contas é assinada pelo Órgão de Gestão e depois aprovadas, ou não, pelos accionistas! Nas Suíça, que aplica as IFRS ou as SWISS-GAAP, também não é diferente.

Agora quem faz os lançamentos duplos na contabilidade (a débitou e a crédito, passivos e activos), é seguramente alguém com conhecimentos técnicos de contabilidade e com conhecimentos jurídicos mínimos.

Veja lá quem é que audita as contas da "sua" UBS? https://secure.ubs.com/minisites/group-functions/investor-relations/annual-report/2022/annual-report-2022/AR22-combined-digital/AR22-combined-digital/index.html#book_5_1_78_80_106

Como diz o outro, Valha-nos Deus!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Maio 19, 2023, 10:35:40 pm
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.



Citar
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades,públicas ou privadas, que  possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Acho que esta parte é que deve ser destacada.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Kalil em Maio 19, 2023, 10:53:25 pm
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.



Citar
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades,públicas ou privadas, que  possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Acho que esta parte é que deve ser destacada.

Não pode.
Será isso?
Via verde para o peculato?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 20, 2023, 12:21:07 am
Deixo o comunicado emotivo da Bastonária dos Contabilistas Certificados:

https://www.youtube.com/live/Yp6e0tSGK88?feature=share

Os contabilistas certificados continuam a fazer o que faziam até agora, todo o trabalho de contabilidade, mas deixam de ser obrigados e responsabilizados pela entrega das declarações fiscais!

Sendo assim a Bastonária pede na prática para aplicarem a lei já e não entregarem nenhuma declaração ao Fisco, Segurança Social, etc!!!!!!
Pode não parecer nada, mas sem declarações o Fisco fica sem saber que uma empresa tem de pagar 1 milhão ou 10 milhões de euros em IRS por mês, por exemplo!!!!!!

Agora passa a ser a empresa (dono ou gestor) quem entrega as declarações, com os valores que lhe apetecer!!!!! O contabilista perde essa competência mas também responsabilidade!!!!!! O contabilista faz o seu trabalho obrigatório por lei, ter a contabilidade em dia........ mas deixa de ser o responsável pelo envio de declarações de retenções de impostos, IVA, SS, Modelo 22, IES, etc..........

É uma regressão enorme! O Fisco depende da informação enviada pelos contabilistas! Se esta lei vir a luz do dia, acredito que as receitas do Estado caiem por aí a baixo!!!!!

Este Desgoverno está em autodestruição acelerada!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 20, 2023, 01:14:14 pm
Ou seja, a proposta que o Executivo quer aprovar em Conselho de Ministros visa permitir que qualquer cidadão possa submeter declarações fiscais. A assinatura do contabilista certificado deixa de ser necessária nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada.

Lá está, uma empresa privada em Portugal não pode submeter declarações fiscais sem a assinatura do contabilista.
Na Suiça como em vários países, no que diz respeito a empresas privadas pode sim ser o proprietário a fazer a contabilidade, claro desde que o saiba fazer etc etc.
Quanto ao CS pois tem-lhe causado muita dor de dentes, não te preocupes, ver se dormes melhor, pois está explicado o facto de ninguém dar pelo buraco do, BES, BANIF, BPN, BPP, TAP e por aí vai, parece que os contabilistas em Portugal sofrem todos da mesma doença. c56x1

Ou seja, o Daniel comenta assuntos económicos, financeiros e até contabilísticos sem perceber patavina do que está a comentar!!!!!
É a conclusão lógica que se tira.

E fala tanto da Suíça e não sabe que todas as empresas com pelo menos 10 trabalhadores, obrigatoriamente têem de ter serviços de contabilidade.

Também não deve saber, mas a Suíça e praticamente o mundo inteiro segue as IFRS da IASB.

Da última vez que vi, a Suíça exige que seja um licenciado em áreas económicas a poder prestar serviços de contabilidade. Afinal a 4ª Classe não chega! Porque será!?

https://www.ifrs.org/use-around-the-world/use-of-ifrs-standards-by-jurisdiction/

Percebo agora porque motivo quando falo de assuntos económicos, atira sempre ao lado e nem tenta perceber o que escrevo!!!!
Mas isso é um problema seu, não é meu!

Em qualquer país, a prestação de contas é assinada pelo Órgão de Gestão e depois aprovadas, ou não, pelos accionistas! Nas Suíça, que aplica as IFRS ou as SWISS-GAAP, também não é diferente.

Agora quem faz os lançamentos duplos na contabilidade (a débitou e a crédito, passivos e activos), é seguramente alguém com conhecimentos técnicos de contabilidade e com conhecimentos jurídicos mínimos.

Veja lá quem é que audita as contas da "sua" UBS? https://secure.ubs.com/minisites/group-functions/investor-relations/annual-report/2022/annual-report-2022/AR22-combined-digital/AR22-combined-digital/index.html#book_5_1_78_80_106

Como diz o outro, Valha-nos Deus!!!!!

A contradição é um problema, pareces o Galamba, enfim, eu não gosto de gastar energia com coisas que eu domino.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 20, 2023, 01:18:47 pm
Deixo o comunicado emotivo da Bastonária dos Contabilistas Certificados:

https://www.youtube.com/live/Yp6e0tSGK88?feature=share

Os contabilistas certificados continuam a fazer o que faziam até agora, todo o trabalho de contabilidade, mas deixam de ser obrigados e responsabilizados pela entrega das declarações fiscais!

Sendo assim a Bastonária pede na prática para aplicarem a lei já e não entregarem nenhuma declaração ao Fisco, Segurança Social, etc!!!!!!
Pode não parecer nada, mas sem declarações o Fisco fica sem saber que uma empresa tem de pagar 1 milhão ou 10 milhões de euros em IRS por mês, por exemplo!!!!!!

Agora passa a ser a empresa (dono ou gestor) quem entrega as declarações, com os valores que lhe apetecer!!!!! O contabilista perde essa competência mas também responsabilidade!!!!!! O contabilista faz o seu trabalho obrigatório por lei, ter a contabilidade em dia........ mas deixa de ser o responsável pelo envio de declarações de retenções de impostos, IVA, SS, Modelo 22, IES, etc..........

É uma regressão enorme! O Fisco depende da informação enviada pelos contabilistas! Se esta lei vir a luz do dia, acredito que as receitas do Estado caiem por aí a baixo!!!!!

Este Desgoverno está em autodestruição acelerada!!!!!

Comunicado emotivo  :mrgreen: agora é que os contabilistas deixam de mamar, vai tudo para o desemprego, não é que em Portugal façam muita falta, pois a falcatrua é grande.
Creio que se esta lei vir a luz do dia, tenho a certeza que as receitas do Estado vão aumentar, se dúvida alguma.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 20, 2023, 02:26:05 pm
As receitas vão aumentar...só podes estar a brincar!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 20, 2023, 03:27:46 pm
A contradição é um problema, pareces o Galamba, enfim, eu não gosto de gastar energia com coisas que eu domino.
Comunicado emotivo  :mrgreen: agora é que os contabilistas deixam de mamar, vai tudo para o desemprego, não é que em Portugal façam muita falta, pois a falcatrua é grande.
Creio que se esta lei vir a luz do dia, tenho a certeza que as receitas do Estado vão aumentar, se dúvida alguma.

Para alguém que se dizia entendido da área económica e só ontem descobriu que existe uma profissão chamada de Contabilista Certificado, e que o seu país de adopção também tem a mesma profissão......

O Daniel é o típico defensor do Chega que vai na onda, mas quando lhe perguntam porque..... "está tudo mal", "São todos corruptos", "são todos iguais". Chama-se de populismo, de alguém que provavelmente passa o dia de robe encardido, a assistir às notícias sem fim da CMTV e pelo meio alivia a tensão acumulada com a ida ao wc e de seguida, sem lavar as mãos, vem tentar mostrar que "isto está tudo mal", "isto é uma vergonha", "eu é que sei como devia de se fazer"..... mas na prática, você fica com a sensação de que participou na "acção", mas na realidade esteve perto da acção, separado pelo vidro da TV, tal e qual como um preservativo participa na acção, mas nunca é ele o actor principal e muito menos quando atinge o climax!

Se tivesse alguns conhecimentos de contabilidade, que não tem, percebia que tudo vai permanecer na mesma, o contabilista continua a ser obrigatório e a fazer o seu trabalho, a única diferença é que ele deixa de ser o responsável para envio das declarações fiscais dos sujeitos passivos que tenham contabilidade organizada! Claro que muitos vão ser convencidos a continuarem a enviar, mas deixam de ser responsáveis pelo seu envio e já agora pelas coimas do envio fora do prazo!!!!!!

Mais uma vez, acho cómico, para não dizer pior, que alguém venha acusar Portugal de corrupção, quando está a morar num país que é uma enorme máquina de lavar dinheiro sujo e outros activos! O Daniel sabe que na IIª Guerra Mundial, era na Suíça que se guardava o ouro Nazi, não sabia? E sabe que a Suíça foi acusada pelos judeus a pagarem pesadas indemnizações aos descendentes do holocausto, não sabe? É que como fala de tudo e de todos, como o nosso PR, podemos ficar com a percepção errada de que domina tudo! (https://www.swissinfo.ch/eng/business/twenty-years-ago_when-swiss-banks-settled-with-holocaust-survivors/44315844)

Sabe o que diziam ao Relvas?

(https://cdn.cmjornal.pt/images/2012-07/img_900x508$2012_07_20_21_13_00_179792.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 20, 2023, 04:16:06 pm
Viajante
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Para alguém que se dizia entendido da área económica e só ontem descobriu que existe uma profissão chamada de Contabilista Certificado, e que o seu país de adopção também tem a mesma profissão......

hahaha  :mrgreen: eu até sei que existe esses chamados contabilistas certificados, que ajudam às empresas a fugir ao fisco, e não só  c56x1
O que não sabia é que em Portugal uma simples empresa tem como obrigação de ter uma  assinatura do contabilista para submeter declarações fiscais.
Quanto ao resto!!!
(https://sd.keepcalms.com/i-w600/keep-calm-que-o-que-tu-queres-sei-eu.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Maio 20, 2023, 04:27:40 pm
Viajante
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Se tivesse alguns conhecimentos de contabilidade, que não tem, percebia que tudo vai permanecer na mesma, o contabilista continua a ser obrigatório e a fazer o seu trabalho, a única diferença é que ele deixa de ser o responsável para envio das declarações fiscais dos sujeitos passivos que tenham contabilidade organizada! Claro que muitos vão ser convencidos a continuarem a enviar, mas deixam de ser responsáveis pelo seu envio e já agora pelas coimas do envio fora do prazo!!!!!!

Hahahaha uffa  :mrgreen: então se vai ficar tudo na mesma já durmo mais descansado, pois fiquei a saber que os contabilistas afinal já não vão para o desemprego.
(https://media.tenor.com/O71KoxeD3noAAAAd/gajo-de-alfama-palito.gif)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 24, 2023, 12:03:19 pm
COUNCIL RECOMMENDATION on the 2023 National Reform Programme of Portugal and delivering a Council opinion on the 2023 Stability Programme of Portugal

HEREBY RECOMMENDS that Portugal take action in 2023 and 2024 to:

1. Wind down the energy support measures in force by the end of 2023, using the related savings to reduce the government deficit. Should renewed energy price increases necessitate support measures, ensure that these are targeted at protecting vulnerable households and firms, fiscally affordable, and preserve incentives for energy savings. Ensure prudent fiscal policy, in particular by limiting the nominal increase in nationally financed net primary expenditure in 2024 to not more than 1.8%. Preserve nationally financed public investment and ensure the effective absorption of RRF grants and other EU funds, in particular to foster the green and digital transitions. For the period beyond 2024, continue to pursue a medium-term fiscal strategy of gradual and sustainable consolidation, combined with investments and reforms conducive to higher sustainable growth, to achieve a prudent medium-term fiscal position. Improve the effectiveness of the tax and social protection systems, in particular by prioritising the simplification of both frameworks, strengthening the efficiency of their respective administrations, and reducing the associated administrative burden.

2. Accelerate the implementation of its recovery and resilience plan, also by ensuring an adequate administrative capacity, and swiftly finalise the REPowerEU chapter, with a view to rapidly starting its implementation. Proceed with the speedy implementation of cohesion policy programmes, in close complementarity and synergy with the recovery and resilience plan.

3. Improve the conditions for the transition towards a circular economy, in particular by increasing waste prevention, recycling and reuse, to divert waste away from landfills and incinerators.

4. Reduce overall reliance on fossil fuels. Further accelerate the deployment of renewables by further simplifying and digitalising permitting to allow for additional EN 13 EN wind particularly offshore and solar electricity production, as well as promoting self consumption and renewable energy communities. Increase electricity interconnection capacity and upgrade the electricity transmission and distribution grids, enabling investment in electricity storage and digitalisation of the grid, including the faster roll-out of smart meters. Accelerate investment in energy efficiency by promoting financial schemes to attract private investment and supporting households in need Step up policy efforts aimed at the provision and acquisition of the skills needed for the green transition.

Done at Brussels,
                              For the Council The Presiden

Fonte - https://commission.europa.eu/system/files/2023-05/COM_2023_622_1_EN.pdf
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 30, 2023, 11:02:10 am
Rei dos autoclismos “carrega” investimento de 12 milhões em Aveiro

Com 473 trabalhadores em Portugal e uma faturação superior a 75 milhões de euros, a OLI inaugurou esta segunda-feira, 29 de maio, a décima ampliação do seu complexo industrial.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x561$2023_05_29_18_53_57_453604.jpg)

Fundada há 69 anos em Aveiro, apresentando-se actualmente como a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul, a fábrica da OLI trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produção anual de dois milhões de autoclismos e três milhões de mecanismos.

Detida pela família Oliveira e o grupo italiano Silmar, a OLI inaugurou esta segunda-feira, 29 de maio, a décima ampliação do seu complexo industrial, num investimento global de 12 milhões de euros, que "permite à empresa somar agora uma área total de 42 mil metros quadrados e diminuir a sua pegada ambiental", realça a empresa, em comunicado.

Construído ao longo de 606 dias, o novo edifício, instalado numa área total superior a oito mil metros, "é uma aposta na sustentabilidade energética, estando as fachadas e as coberturas revestidas com 1.050 painéis fotovoltaicos", destaca a OLI, adiantando que o seu complexo industrial passa a integrar 3.862 painéis solares fotovoltaicos, que "vai permitir uma potência global de 1.560 kWp (quilowattpico) e vai reduzir as emissões de CO2 em 300 toneladas por ano".

"Com esta ampliação, queremos consolidar a nossa aposta no futuro da empresa, que no próximo ano celebra o seu septuagésimo aniversário. É também com o foco no futuro, não apenas da empresa, mas também do planeta, que queremos dar continuidade aos progressos já feitos na implementação das melhores práticas ambientais e de sustentabilidade", enfatiza António Ricardo Oliveira, administrador da OLI.

Para além do investimento no parque fotovoltaico para produzir energia limpa para atingir metas ambiciosas de descarbonização, a OLI avança, ainda, que está a recuperar a matéria-prima, através de moinhos instalados à saída das máquinas, e está a apostar na inovação para adotar novas matérias-primas de origens alternativas às fontes fósseis e petrolíferas.

"Em 2022, a OLI eliminou do uso de blisters na produção, que resultou na redução do consumo de 11 toneladas de plástico. Em 5.034 toneladas de matéria-prima consumida, 12% (451 toneladas) corresponderam já a matéria-prima reciclada", garante.

A OLI fechou o último exercício com "o volume de negócios mais elevado de sempre" – 75,5 milhões de euros, mais 7% do que no ano anterior.

As exportações representaram quatro quintos (75,6%) do total das vendas, com destaque para o impulso de 142% registado pelos mercados do Norte de África, sobretudo o Egipto e a Tunísia.

Com vendas geradas em mais de 85 países dos cinco continentes, a OLI emprega 473 pessoas em Portugal.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/rei-dos-autoclismos-carrega-investimento-de-12-milhoes-em-aveiro

O Rei dos autoclismos  :mrgreen:
Esta notícia não interessa nada para o governo. Uma chafarica que produz do zero e vende 160 000€ em autoclismos por cada um dos 473 trabalhadores, não é nada. O turismo é que é, para além de ser verde (como os Ministros) não poluí como esta fábrica que há-de ter resíduos!!!!!

Muito bem para uma região que tem uma das mais importantes aglomerados industriais do país!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Maio 30, 2023, 02:45:04 pm
E já que falamos na região de Aveiro, continuamos com mais notícias de um dos maiores grupos mundiais presentes na região.

Bosch em Portugal: fatura 2 mil milhões, emprega 6.600 pessoas e vai investir mais 200 milhões

Presente desde 2011 em Portugal, onde tem fábricas em Braga, Ovar e Aveiro, a que acresce um centro de serviços em Lisboa, o grupo germânico é um dos maiores empregadores e exportadores do país.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x560$2023_05_30_11_15_33_453639.jpg)

O grupo Bosch fechou 2022 com uma faturação que ultrapassou os dois mil milhões de euros em Portugal, o que traduz um crescimento de cerca de 17% em relação ao ano anterior, com as exportações a representarem 97% das vendas totais.

Uma cifra que inclui vendas de empresas não consolidadas e serviços internos a empresas parceiras, tendo o mercado português registado receitas consolidadas de 364 milhões de euros, mais 5,5% do que em 2021.

"2022 foi um ano muito positivo para a Bosch em Portugal. Superámos pela primeira vez os 2 mil milhões de euros em faturação, com todas as localizações em Portugal a evoluírem positivamente e a contribuir para a consolidação dos nossos negócios, reforçando Portugal como um dos principais países na Europa para o Grupo Bosch", afirma Javier González Pareja, presidente do grupo Bosch em Portugal e Espanha, em comunicado.

Por sua vez, Carlos Ribas, responsável da Bosch em Portugal e administrador técnico da Bosch em Braga, realça o crescimento fulgurante registado nos últimos anos: "Há cinco anos estávamos nos 1,5 mil milhões de euros de faturação, e este ano registamos o melhor resultado de sempre."

Por áreas de negócio, a de soluções de mobilidade, apesar de continuar "a sentir o impacto da escassez de componentes eletrónicos no mercado", registou em 2022 um aumento de 28% no volume de vendas face ao ano anterior, enquanto a faturação do segmento de energia e tecnologia de edifícios cresceu 13% e a de bens de consumo 11%.

No final de 2022, a empresa contava com 6.584 trabalhadores em Portugal.

"Prevemos continuar a crescer e a recrutar de forma transversal em Portugal"

Entretanto, "apesar de um ambiente económico e social que continua exigente", a Bosch revela que irá continuar a expandir as suas instalações em Portugal, anunciando um investimento de mais de 100 milhões em infraestruturas, dando também continuidade aos projetos de I&D desenvolvidos em parceria com as universidades portugueses nas localizações do grupo no país

"Considerando os custos de Investigação e Desenvolvimento, o investimento previsto para 2023 deverá chegar a cerca de 200 milhões de euros em Portugal", avança a Bosch, que tem fábricas em Braga, Ovar e Aveiro, a que acresce um centro de serviços em Lisboa.

"Prevemos continuar a crescer e a recrutar de forma transversal nas nossas localizações, e a reforçar o papel da Bosch como dinamizadora da economia nacional e da criação de valor e emprego no país", afiança Carlos Ribas.

 

Presente em Portugal desde 1911, a Bosch mantém, assim, a sua posição como um dos maiores empregadores e exportadores no país, com mais de 50 países em todo o mundo a importar soluções produzidas em Aveiro, Braga e Ovar, e serviços prestados desde Lisboa para o mundo.

Números que representam 1,7% do total de exportações do país, o que se reflete no impacto de 0,87% do PIB de Portugal.

Em termos globais, o grupo Bosch emprega 421 mil pessoas e fechou 2022 com uma faturação de 88,2 mil milhões de euros, mais 12% do que no ano anterior, ambicionando um crescimento de vendas entre 6% e 9% em 2023.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/bosch-em-portugal-fatura-2-mil-milhoes-emprega-6500-pessoas-e-vai-investir-mais-200-milhoes

A Bosch é dona dos outrora nacional, esquentadores Vulcano!
Factura aproximadamente 2/3 da Autoeuropa e tem 3 fábricas em Portugal (Aveiro, Ovar e Braga). As localizações não foram feitas ao acaso (1 delas para absorver a Vulcano), mas todas as fábricas tem várias Universidades à volta e têem acordos com quase todas as Universidades nacionais para absorverem uma parte dos Engenheiros que forma o país.

E o sucesso é enorme, uma vez que o salário que pagam a um licenciado com alguma experiência, pode rondar os 50 a 100 000€ e sem qualquer cargo de topo como Direcção ou Administração!

Estas são as empresas que devem ser apoiadas, uma vez que criam imenso valor acrescentado ao país!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Junho 01, 2023, 12:56:21 pm
Inflação baixou 4% no mês de maio


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 02, 2023, 01:47:22 pm
Efacec acumula prejuízos de 310 milhões nas mãos do Estado

Prestes a ganhar dono alemão, fechou 2022 em falência técnica, com capitais próprios negativos de 52,1 milhões de euros, tendo perdido quase dois terços das vendas que fazia no tempo da outra senhora.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-06/img_900x560$2023_06_01_20_04_15_454052.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/efacec-acumula-prejuizos-de-310-milhoes-nas-maos-do-estado

O toque de midas do Estado a gerir empresas  :mrgreen:

Temos a empresa em agonia e este desgoverno nem pensa em ficar bem na fotografia! Como contabiliza tudo o que envia para a Ucrãnia em toneladas  :mrgreen:
Conversava com os Ucranianos, seguramente que precisam de transformadores de Alta Tensão, encomendava uns poucos à EFACEC, até fazíamos publicidade e já que temos de meter dinheiro na EFACEC, pelo menos era rentabilizado. Assim é a morte lenta como em tudo o que toca!!!!!

https://www.efacec.pt/transformadores-potencia-distribuicao-oleo-secos/

Temos uns visionários!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 03, 2023, 08:33:37 am
Novos certificados de aforro pagam menos, até 2,5%. Saiba o que muda

Diogo Ferreira Nunes
2 Junho 2023

Série F dos Certificados de Aforro terá duração de 15 anos mas taxa máxima não poderá ultrapassar os 2,5%. Na série anterior, a taxa máxima era de 3,5%.

https://eco.sapo.pt/2023/06/02/igcp-lanca-nova-serie-de-certificados-de-aforro-subscricao-arranca-na-segunda/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 03, 2023, 10:19:11 am
Novos certificados de aforro pagam menos, até 2,5%. Saiba o que muda

Diogo Ferreira Nunes
2 Junho 2023

Série F dos Certificados de Aforro terá duração de 15 anos mas taxa máxima não poderá ultrapassar os 2,5%. Na série anterior, a taxa máxima era de 3,5%.

https://eco.sapo.pt/2023/06/02/igcp-lanca-nova-serie-de-certificados-de-aforro-subscricao-arranca-na-segunda/

Os bancos devem ter feito pressão para o Governo baixar os juros dos certificados, para estes não perderem tantos depósitos remunerados a quase 0% que dão aos clientes  :mrgreen:

Ora, quando os juros sobem por todo o lado, os bancos já estavam fartos de verem os depósitos a voarem para financiar a dívida portuguesa, e o que faz o Governo? Aceita a pressão dos bancos e baixa a remuneração em 2 sentidos: baixa o juro de 3,5% para 2,5% e ao mesmo tempo aumenta o período de permanência de 10 para 15 anos (na prática um prazo maior devia ser melhor remunerado. É assim em todo o lado).

E se formos ver os juros pagos por Portugal...... a 15 anos pagamos 3,5%! Ou seja, o Governo sinaliza que prefere pagar a estrangeiros 3,5% e aos tugas apenas 2,5% (sendo que até destes 2,5% o Estado vai buscar 28% em IRS!!!!!!!).
Assim os bancos ficam satisfeitos, não perdem tanto dinheiro quase de borla (e se contarmos com a inflação, então os aforradores perdem muito dinheiro).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Junho 03, 2023, 12:40:13 pm
Este governo é a maior vergonha de que há memória

Infelizmente não há maneira de nos vermos livres deles, visto termos um incompetente como presidente e um povo ignorante que ainda vai votar neles outra vez

O futuro é muito negro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 08, 2023, 01:41:07 am
Estado vende Efacec à alemã Mutares

A alemã Mutares é a nova dona da Efacec. A proposta da gestora de fundos foi a escolhida para ficar com os 71,73% do capital da empresa na posse do Estado. Governo espera recuperar investimento de mais de 200 milhões.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2023-06/img_900x560$2023_06_07_15_31_43_454306.jpg)

A alemã Mutares ganhou a corrida à reprivatização da Efacec, e ficará com os 71,73% do capital da empresa detidos pelo Estado, anunciou esta quarta-feira o ministro da Economia e do Mar depois de um conselho de ministros realizado por via eletrónica.

Costa Silva diz que "há a expetativa de recuperar todo o investimento" feito pelo Estado na empresa, que consiste numa ajuda direta de 132 milhões de euros, valor ao qual acrescem 85 milhões de euros em garantias.

"A proposta foi meticulosamente analisada", disse António Costa Silva. O governante disse que houve três fatores principais que levaram o Governo a escolher a proposta alemã: "Assegura a continuação da Efacec, a preservação da força de trabalho e minimiza os encargos para o Estado, que poderá recuperar grande parte, senão a totalidade do investimento que fez na empresa", afirmou.

O Governo escolheu a proposta da Mutares "porque traz um aporte financeiro importante à Efacec sem exigir garantias sobre ativos da empresa", disse, acrescentando que "o que seduziu foi sobretudo o projeto industrial e tecnológico. Eles estudaram profundamente a empresa e querem apostar na empresa em mercados alvo de grande valor acrescentado: a Alemanha e os Estados Unidos da América".

Costa Silva confirmou que a Mutares vai capitalizar a Efacec, mas não revelou o valor da operação.

Contrato assinado nas próximas duas semanas

O ministro sublinhou que "este não é o passo final no processo".

"A conclusão do negócio deverá ocorrer nos próximos dois meses", acrescentou, e está ainda sujeita "a condições precedentes". Mas isso não impede a assinatura do contrato, que deverá acontecer dentro de "uma ou duas semanas", esclareceu o secretário de Estado das Finanças João Nuno Mendes, também presente na conferência de imprensa.

Costa Silva destacou que "as regras europeias sobre ajudas estatais são muito claras e temos de passar o chamado teste de operador de mercados, o que significa colocar o projeto apresentado para a Efacec nas condições do mercado".

Terá anda de haver, sublinhou uma "negociação com os credores financeiros da Efacec", sendo que "alguns já deram sinais de querer participar no esforço".

João Nuno Mendes acrescentou que "há um plano de restuturação financeira que está pendente, mas o projeto está bem encaminhado na Comissão Europeia".

Além dos alemães, mais dois fundos, a Oxy Capital e a Oaktree, e um agrupamento industrial formado pela Visabeira e a Sodecia, estavam na corrida à aquisição da participação do Estado.

Chega assim ao final um processo que remonta ao verão de 2020, quando o executivo nacionalizou os 71,73% do capital da empresa que eram detidos por Isabel dos Santos. A decisão aconteceu na sequência do envolvimento da empresária angolana no escândalo Luanda Leaks.

Desde que foi nacionalizada, a Efacec acumulou prejuízos de 310 milhões de euros.

A Mutares é uma holding industrial alemã cotada na bolsa de Frankfurt. A 1 de junho tinha uma capitalização bolsista de 492 milhões de euros.

Os outros acionistas da Efacec são o Grupo José de Mello com 14% e a Têxtil Manuel Gonçalves que detém 14,27%.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/estado-vende-efacec-a-alema-mutares

A Mutares é um Fundo de Investimento especializado em comprar empresas aflitas e depois de as recuperar, normalmente vende com mais valias consideráveis!
Mas se conseguir "salvar" a Efacec, tanto melhor!

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/quem-e-a-mutares-a-provavel-compradora-da-efacec
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2023, 06:15:25 pm
Grande Entrevista - Episódio 23 [ 07 Jun 2023 ]


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 12, 2023, 11:39:27 am
Israelita Fortera aterra no Seixal com 200 milhões e vista para Lisboa

A promotora imobiliária envolvida na Operação Babel, com epicentro no Grande Porto, onde concentra investimento de 750 milhões de euros em 20 projetos, expande para o sul de Portugal.

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https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/israelita-fortera-aterra-no-seixal-com-200-milhoes-e-vista-para-lisboa?ref=DET_Recomendadas_pb

Nem a prisão abranda os investimentos do senhor  :mrgreen:
Um queijo para Lisboa!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 12, 2023, 12:03:51 pm
Operação Babel: Conheça os 20 projetos de 750 milhões da israelita Fortera em Portugal

O Skyline, que inclui a construção do prédio mais alto do país, é o maior projeto da empresa envolvida no processo, com epicentro em Gaia, que investiga crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder.

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Elad Dror e Nir Shalom, um antigo político israelita, fundaram em 2015, em Portugal, a promotora imobiliária Fortera, que conta já no seu portefólio com duas dezenas de projetos, alguns dos quais já concluídos e comercializados, no Porto, em Gaia e em Espinho, a que acresce um investimento orçado em 10 milhões de euros na renovação do bracarense Convento do Carmo em 70 apartamentos.

No total, a empresa de capitais israelitas garante que os seus projetos em Portugal envolvem um investimento global da ordem dos 750 milhões de euros, totalizando 235 mil metros quadrados de área de construção, 818 quartos de hotel e cerca de mil apartamentos.

O maior projecto que a Fortera tem em desenvolvimento chama-se Skyline, a construir na zona central de Vila Nova de Gaia, num investimento avaliado em 150 milhões de euros.

Com uma área de 54 mil metros quadrados, o Skyline comporta uma torre residencial de 28 pisos, tornando-se assim no prédio mais alto do país, 300 apartamentos para o segmento médio alto, um hotel de cinco estrelas, um centro de congressos para 2.500 pessoas, uma praça urbana, parque de estacionamento para 700 veículos, escritórios e retalho.

Também em Gaia, mais dois grandes destaques: O Alive Riverside, orçado em 110 milhões de euros e que prevê a construção de 126 apartamentos, e o Azul Boutique Hotel, uma unidade hoteleira com 64 quartos, num investimento que estava inicialmente estimado em 11,5 milhões de euros.

No Porto, o maior projeto da Fortera está previsto para a Avenida Camilo, em frente à Escola Secundária Alexandre Herculano, onde deverá nascer um hotel de cinco estrelas, com 256 quartos e aproximadamente 16.500 metros quadrados, e um aparthotel com 210 quartos, num investimento agregado que, há três anos, estava orçado em 47 milhões de euros.

Já em Espinho, entre outros, um dos mais emblemáticos projetos da Fortera para a cidade chama-se Alive Espinho, um complexo residencial com 91 frações e onde o grupo prevê investir 15 milhões de euros.

A Fortera está envolvida na Operação Babel, com epicentro em Vila Nova de Gaia.

Recorde-se que a Polícia Judiciária encetou esta operação tendo por base "viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário".

Os interesses imobiliários em causa incidem sobretudo no projeto Skyline.

Detido a 16 de maio passado, no âmbito da Operação Babel, Elad Dror foi posteriormente libertado após prestar caução de um milhão de euros.

Dror renunciou ao cargo de CEO da Fortera, tendo sido substituído na liderança do grupo por Pedro Ferreira, que era até agora diretor de engenharia e construção da empresa.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/operacao-babel-conheca-os-20-projetos-de-750-milhoes-da-israelita-fortera-em-portugal

750 milhões!!!!!!  :o
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2023, 09:54:03 am
O que se diz do Estado? Pessoa de bem......
Se não reclamarem ficam sem o dinheirinho pago a mais!

Fisco devolve imposto pago a mais, mas só com reclamação junto dos serviços

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/fisco-devolve-imposto-pago-a-mais-mas-so-com-reclamacao
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Junho 14, 2023, 01:17:31 pm
Literacia Financeira: um longo caminho a percorrer


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Junho 16, 2023, 12:53:53 pm
Aumentos da taxa de juro pelo BCE vão custar mais 500 milhões de euros anuais às famílias portuguesas
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/aumentos-da-taxa-de-juro-pelo-bce-vao-custar-mais-500-milhoes-de-euros-anuais-as-familias-portuguesas/
Citar
A decisão do Banco Central Europeu (BCE) em subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base vai custar às famílias portuguesas mais 500 milhões de euros anuais nos contratos de empréstimo à habitação, indicou esta sexta-feira o ‘Correio da Manhã’ – um número que leva em linha de conta os 100 mil milhões de euros em dívida e o aumento de 0,5 pontos refletidos na taxa Euribor.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2023, 02:03:36 pm
Saint-Gobain inaugura fábrica na Maia que teve 18 milhões de investimento

O grupo Saint-Gobain tem mais de 168.000 colaboradores em 75 países.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x560$2023_05_18_20_34_39_453015.jpg)

O grupo Saint-Gobain inaugurou uma fábrica de abrasivos no concelho da Maia, no Porto, que implicou um investimento de 18 milhões de euros e gerou 20 postos de trabalho.

"O grupo Saint-Gobain em Portugal inaugurou, na quarta-feira, a nova fábrica de abrasivos no concelho da Maia. Esta é a primeira unidade fabril da empresa no país dedicada à produção de abrasivos técnicos não tecido para o mercado EMEA [Europa, Médio Oriente e África], até agora abastecido por outra unidade [...] localizada no México", anunciou, em comunicado.

A empresa investiu 18 milhões de euros na nova unidade, que criou 20 postos de trabalho, número que pode aumentar até ao final do ano.

"A unidade de conversão para este tipo de produtos ('non woven') já existia no concelho. Em comparação com outras fábricas do grupo e fora do grupo, que estiveram na equação, esta foi a que apresentou melhores resultados estratégicos para abastecimento à Europa, assim como um grande conhecimento e comprometimento por parte da equipa local", justificou o 'managing director' da Saint-Gobain Abrasivos em Portugal, Espanha e Marrocos, Pedro Busto, citado na mesma nota.

De acordo com este responsável, o novo espaço é também mais eficiente no que diz respeito às emissões de dióxido de carbono (CO2) por unidade de produção, com uma redução de cerca de 50% em comparação com unidades semelhantes.

Por outro lado, terá uma central de produção de energia, com recursos a painéis fotovoltaicos, que garantirá um autoconsumo entre 20% e 30% da capacidade instalada.

O grupo Saint-Gobain tem mais de 168.000 colaboradores em 75 países.

Em Portugal, conta com mais de 600 colaboradores, 13 empresas, 10 fábricas e um centro de investigação e desenvolvimento em Aveiro.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/saint-gobain-inaugura-fabrica-na-maia-que-teve-18-milhoes-de-investimento?ref=DET_Engageya_JNegocios
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Junho 19, 2023, 03:25:25 pm
Portugueses temem não conseguir pagar a casa


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 20, 2023, 06:33:42 pm
Lisboa é a melhor cidade portuguesa para startups e Portugal ultrapassa Brasil na lusofonia

A partir da base de dados desenvolvida pela Startup Blink, a Hellosafe (plataforma que permite comparar produtos financeiros) avaliou a posição das cidades portuguesas no ecossistema internacional de startups e também o posicionamento do país.

A conclusão é que, em Portugal, Lisboa tem a melhor posição entre as cidades portuguesas e Portugal é o 26.º melhor país do mundo para startups.

O ranking é baseado em três critérios: número de startups, qualidade dos projetos e ambiente de negócios.

Em relação à classificação de 2022, não houve alteração entre as três melhores cidades de Portugal. Lisboa continua como a melhor para o desenvolvimento de startups, subindo em termos globais do 83.º lugar para a 62.ª posição. A segunda cidade classificada é o Porto, no 147.º lugar global. Em 3.º lugar, está Braga, que ocupa a 424.ª posição global.

O Porto desceu 11 lugares em comparação com 2022, e Braga ganhou 8 posições.

Coimbra foi a cidade portuguesa que apresentou maior queda, perdendo 116 posições e atualmente na 557.ª posição.

Ao invés, Leiria foi a cidade com a melhor evolução. Em 2021, nem sequer constava na lista, em 2022, surgiu na 965.ª colocação e em 2023, salta 326 posições, passando para a ser 639.ª melhor cidade para startups do mundo.

Aveiro, que no ano passado tinha a 5.ª colocação entre as cidades de Portugal, passou para 6.º lugar e, no ranking mundial, perdeu 72 posições, passando a 739.ª posição.

Na Madeira, o Funchal, que esteve presente na lista por dois anos seguidos, em 2023, não aparece classificada entre as mil melhores.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=770&H=0&png=1&delay_optim=1&webp=1&epic=ZDEzZryywKj96TcS5CHhNbLcpYh9f5FwPjHo26uGOw6lpeGXMQj/BE6cIKZAv3lhJQN9FaZ7X8kPSwY95VWgtJ50jKIGp1dWNZ06RZuX9caxnCg=)

A lista das melhores cidades para o desenvolvimento de startups na Europa é liderada por Londres (1.º), Paris (2.º) e Berlim (3.º).

Portugal ultrapassa o Brasil no ranking global
Portugal (26.º), Brasil (27.º), Cabo Verde (78.º) e Angola (96.º) são os quatro países lusófonos que integram a lista dos 100 melhores para startups no mundo.

Até ao ano passado, o Brasil ocupava a melhor posição entre os países de língua portuguesa, mas em 2023, Portugal, juntamente com o Japão, foram os únicos países do top 30 a ganhar duas posições, passando, no caso de Portugal, do 28.º para o 26.º lugar.

Na Europa, Portugal está em 16.ª posição numa lista liderada pelo Reino Unido, Suécia e Alemanha.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=770&H=0&png=1&delay_optim=1&webp=1&epic=Yzcylw0pm7q1nhwjfXiHbHIjtStEUV97AYqrWgM7u4oRedhNAXQ6M8ePnU8euoq7YHOr78Ag0nZeylfklMbxcSA+a4kg94YSDqGuEnYbKeR5XBs=)

O relatório e a metodologia utilizada pela HelloSafe podem ser consultados aqui:

https://hellosafe.pt/blogue/startups-portugal
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Junho 29, 2023, 10:08:54 am
Há ainda 3 mil milhões do PT2020 por executar

Portugal tem até ao final do ano para aplicar a totalidade das verbas do PT2020, mas 11% do dinheiro ainda não foi absorvido. Prazo para executar é curto. Programas regionais são os mais atrasados.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/fundos-comunitarios/detalhe/ha-ainda-3-mil-milhoes-do-pt2020-por-executar

https://portugal2020.pt/portugal-2020-com-quase-90-de-execucao/

Este governo nem a gastar dinheiro quase dado é bom!!!!!
O Portugal2020 supostamente terminou em 2020 e está em fase-out até ao fim de 2023. Todo o dinheiro que não for gasto é "devolvido" à UE (na realidade não é tecnicamente devolvido, ele nunca chega a vir).

Estamos quase a meio do Portugal2030, que termina em 2027 e fase-out até 2030 e a somar a estes 2 programas ainda temos o famoso PRR!
O que salta à vista é a incapacidade do Governo gastar o dinheiro quase dado, o que nos pode levar a concluír que:
- Ou o país tem todos os seus problemas resolvidos e não necessita mais de subsídios, nadamos em dinheiro  :mrgreen:
- Ou o Estado não não dinheiro para as co-participações (os fundos comunitários nunca são dados a 100%, o Estado Português, ou os beneficiários, têem sempre de pagar uma percentagem do investimento. Por exemplo a maioria dos investimentos públicos, a UE financia a 85 a 92,5%, o Estado Português tem de investir com o restante. O PRR é diferente porque é dado a 100% excepto o IVA);
- Ou resta mesmo a incompetência do governo em gerir tanto dinheiro dado ou quase dado!!!!!!

Muito sinceramente estou completamente inclinado para a última opção! Sei que o Estado não tem problemas de liquidez, mas tem muito cuidado com o aumento da dívida do Estado.
Por esse motivo e as principais críticas que fizeram com toda a razão a este governo de esquerda, que deveriam dar mais subsídios a entidades privadas, porque aí a co-participação é de quem recebe o dinheiro, o Estado português não tem de gastar nenhum cêntimo!!!!!

Mas pelos vistos não, o Estado socialista prefere não investir o dinheiro em Portugal só para não o dar a entidades privadas!!!!!! Palermas!!!!!!
Todos os investimentos que possam ser feitos em empresas que estão cá em território nacional só nos beneficiam! Não percebo tamanha falta de visão!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 04, 2023, 05:20:06 pm
Alojamento local e crise na habitação: O caso do Porto


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 05, 2023, 12:44:37 pm
Governo volta a reduzir apoio aos combustíveis


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 05, 2023, 02:07:51 pm
Pobreza aumenta 20% em Portugal
https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/pobreza-aumenta-20-em-portugal?ref=HP_CMaoMinuto
Citar
Há um aumento de cerca de 20% de novas situações de pobreza em Portugal. Os dados foram apontados por Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, na sua passagem por Bragança, onde referiu que "há novas pessoas a pedir ajuda, com as questões relacionadas com a habitação a liderar a lista de pedidos."

A Cáritas é uma das instituições mais importantes no combate à pobreza mas a guerra, a inflação e ainda a pandemia, também não têm facilitado a vida a estas causas. "Está tudo mais caro e, por isso, quando vamos comprar para ajudar, também nós sentimos esta problemática", sublinhou, enquanto realça que "ainda há pessoas que apesar do mau momento que vivemos, conseguem ajudar os outros."

Este é um dos piores momentos de sempre e há zonas onde este aumento da pobreza é ainda mais relevante. "Em Beja, tem-se vivido uma situação de total rutura porque é uma das cidades que agora já tem sem-abrigos". Mais um exemplo vivo de que "há uma grande percentagem de pessoas que têm trabalho e não conseguem sair do limiar da pobreza", refere.

A saúde também deixou de ser priorizada por haver quem considere que "há outros problemas prioritários". A Cáritas Portuguesa era uma das instituições que mais auxiliava no pedido de medicamentos, chegando até a ter protocolos com farmácias.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 06, 2023, 06:35:29 pm
Como resolver a crise da habitação?


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 08, 2023, 10:45:39 am
Portugal vai emitir até 1.000 milhões de euros em obrigações do Tesouro na próxima semana

Portugal anunciou, esta sexta-feira, que vai emitir até 1.000 milhões de euros em duas linhas de obrigações do Tesouro com prazo a seis e 12 anos, na próxima quarta-feira.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2023-01/img_900x560$2023_01_06_11_48_39_443696.jpg)

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou um leilão de duas linhas de dívida a longo prazo até 1.000 milhões de euros, a realizar na próxima quarta-feira, dia 12 de julho de 2023, às 10:30 da manhã.

A emissão, com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros, vai abranger uma linha de obrigações com maturidade em junho de 2029, enquanto a outra vai vencer em outubro de 2035.

O leilão fica marcado pela primeira emissão do ano de uma linha de títulos com prazo a seis anos. A última foi realizada em fevereiro de 2022, quando o Tesouro colocou 544 milhões de euros, tendo pago um juro de 0,603%, num leilão em que a procura superou a oferta em 2,06 vezes.

Já na maturidade mais longa, a 12 anos, a última colocação foi feita em março de este ano. Nessa altura, o IGCP emitiu 518 milhões com uma "yield" de 3,744%. Este juro fica acima dos 2,25% pagos há cerca de um ano, num leilão da mesma linha de títulos, em que o IGCP tinha colocado 790 mil milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/portugal-vai-emitir-duas-linhas-de-obrigacoes-do-tesouro-na-proxima-semana?ref=DET_Recomendadas_pb

Este desgoverno não é visionário? Baixou os Certificados de Aforro (que são normalmente os aforradores nacionais quem empresta ao Estado) de 3,5% a 10 anos para 2,5% a 15 anos....... mas agora vai pedir dinheiro emprestado lá fora a 12 anos, ainda não sabemos a taxa que vai pagar, mas certamente vai ficar acima do que pagou em Março pelo mesmo prazo e...... foram 3,744%!!!!!
Lembram-se quando o Governo disse que não estava a ajudar os bancos quando desceu a taxa de juro dos certificados de aforro?
Pois, mente muito mal!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 11, 2023, 12:25:47 pm
Portugueses sem capacidade para pagar refeições completas


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 11, 2023, 12:33:49 pm
Aumento das pensões já começou a ser pago



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 13, 2023, 10:12:43 am
Fertiberia vende à M&S adubo verde “made in” Portugal

A cadeia britânica Marks & Spencer recebeu da fábrica de Alverca um fornecimento de fertilizantes descarbonizados para abastecer 27 explorações leiteiras no Reino Unido.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-07/img_900x560$2023_07_04_21_56_12_456254.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/fertiberia-vende-a-ms-adubo-verde-made-in-portugal
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 13, 2023, 10:22:19 am
"O Douro merece melhor". Produtores pedem reforma das regras para travar "distorções devastadoras"

Autores de abaixo-assinado pedem uma "estratégia para o futuro" do Douro, alertando que "nenhuma região de vinho aguenta tanto tempo no atual "desequilíbrio" e a sofrer "tantos danos na sua imagem e na economia das suas comunidades" por conta de uma "incompreensível inação".

(https://cdn3.jornaldenegocios.pt/images/2023-01/img_900x560$2023_01_26_20_39_13_445204.jpg)

Quase três dezenas de figuras ligadas ao Douro lançaram uma petição em que defendem uma reforma do quadro regulamentar da Região Demarcada, sem mexidas há quase um século, considerando os "danos graves e desnecessários" que a "inércia" na sua alteração está a provocar, que vai desde o preço das uvas à sustentabilidade dos viticultores.

Os signatários da missiva intitulada "O Douro Merece Melhor" assinalam que "os últimos 20 anos foram caracterizados por uma descida de quase 25% no volume de vendas de vinho do Porto, para 7,8 milhões de caixas de nove litros", enquanto "as vendas dos vinhos DOC [Denominação de Origem Controlada] Douro cresceram significativamente para 5,2 milhões de caixas", para sustentar que, apesar destas "mudanças profundas", o quadro regulamentar "não teve qualquer alteração, permanecendo, na sua essência, imutável há quase 100 anos".

Um cenário que - advertem - está a ter consequências diretas e palpáveis: "O sistema atual está a promover distorções devastadoras que estão a impactar não só no preço das uvas, mas também na sustentabilidade sócio-económica dos viticultores, das empresas, e no futuro dos seus vinhos nos mercados internacionais".



Quase três dezenas de figuras ligadas ao Douro lançaram uma petição em que defendem uma reforma do quadro regulamentar da Região Demarcada, sem mexidas há quase um século, considerando os "danos graves e desnecessários" que a "inércia" na sua alteração está a provocar, que vai desde o preço das uvas à sustentabilidade dos viticultores.

Os signatários da missiva intitulada "O Douro Merece Melhor" assinalam que "os últimos 20 anos foram caracterizados por uma descida de quase 25% no volume de vendas de vinho do Porto, para 7,8 milhões de caixas de nove litros", enquanto "as vendas dos vinhos DOC [Denominação de Origem Controlada] Douro cresceram significativamente para 5,2 milhões de caixas", para sustentar que, apesar destas "mudanças profundas", o quadro regulamentar "não teve qualquer alteração, permanecendo, na sua essência, imutável há quase 100 anos".

Um cenário que - advertem - está a ter consequências diretas e palpáveis: "O sistema atual está a promover distorções devastadoras que estão a impactar não só no preço das uvas, mas também na sustentabilidade sócio-económica dos viticultores, das empresas, e no futuro dos seus vinhos nos mercados internacionais".

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Os signatários dão o exemplo do chamado "sistema de benefício": Introduzido nos anos 1930 "estabelece a quantidade de uvas destinadas à produção de vinho do Porto", com o "limite a ser ajustado anualmente, dependendo de um conjunto de fatores, nomeadamente a qualidade e os níveis de oferta e de procura", figurando como um sistema "semelhante ao praticado nas mais importantes regiões vitivinícolas europeias". Um sistema que não se aplica, no entanto, às das uvas destinadas para vinho DOC Douro que "são comercializadas no mercado livre e, regra geral, num ambiente de excesso de oferta".

"O Douro está a sofrer devido à redução dos volumes de vinho do Porto e um contexto regulamentar desatualizado. Consequentemente, muitas uvas são vendidas abaixo do seu custo de produção. O prejuízo para os viticultores é óbvio, resultando no abandono da vinha e no despovoamento da região. Uma situação agravada pelas alterações climáticas que estão a impactar seriamente a nossa região", lê-se na petição.

Para os signatários "igualmente grave" é "o facto de demasiados vinhos estarem à venda internacionalmente com preços comparáveis aos mais baratos do mundo – algo que nunca seria possível se os viticultores recebessem um preço justo pelas suas uvas".

"Estamos a passar a mensagem que o Douro produz vinhos baratos, quando nada poderia estar mais longe da verdade. O nosso custo de produção, por kg, situa-se entre os mais elevados do mundo, e o rendimento por hectare é entre os mais baixos – por causa das características únicas da vinha de montanha no Douro", realçam.

Património mundial da UNESCO, a Região Demarcada do Douro é "conhecida como uma das maravilhas do mundo do vinho", contem"mais de metade das vinhas de montanha à escala global" e conta com 19.000 viticultores e 1.000 empresas dedicadas à produção do vinho do Porto e o vinho DOC Douro, lê-se na missiva em que se sublinha que, embora uma série de estudos levados a cabo por entidades de renome tenham concluído que "o Douro não é sustentável nestas circunstâncias e que necessita de reforma no seu quadro regulamentar", "nada foi feito, apesar das promessas do Estado".

"Nenhuma região de vinho aguenta tanto tempo neste desequilíbrio, sofrendo tantos danos na sua imagem e na economia das suas comunidades. A incompreensível inação está a prejudicar uma das mais históricas, belas e desafiantes regiões vinícolas do mundo", frisam os signatários da petição que reúne mais de uma centena de assinaturas.

Os autores do abaixo assinado ressalvam, porém, que "existem soluções que estão ao nosso alcance", sejam elas "medidas de emergência" ou "mais estruturantes".

Certo é que "o Douro necessita de uma estratégia para o futuro construída numa base científica liderada por uma entidade independente, em consulta com os 'stakeholders' chave da região", argumentam os signatários. Neste sentido, lançam um apelo: "Apelamos aos produtores, aos viticultores, aos comerciantes e respetivas associações, ao Ministério da Agricultura, à CIM [Comunidade Intermunicipal] do Douro, e ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, para enfrentarem esta situação com urgência".

"Deveríamos sentir orgulho no Douro, na sua gente e nos seus vinhos, mas atualmente não conseguimos senão sentir frustração e tristeza pelos danos graves e desnecessários que a inércia na alteração do quadro regulamentar e institucional está a provocar", concluem.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/o-douro-merece-melhor-produtores-pedem-reforma-das-regras-para-travar-distorcoes-devastadoras?ref=DET_Recomendadas_pb#loadComments

Sem dúvida que a minha região merecia mais!

O link do abaixo assinado: https://odouromerecemelhor.pt/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 16, 2023, 03:41:34 pm
Fisco já leva mais de 50% na gasolina
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/carga-fiscal-na-gasolina-a-subir-ja-e-superior-a-50?ref=HP_OutrasNoticias2
Citar
Mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado

A carga fiscal sobre a gasolina já voltou a estar acima de 50%, mesmo mantendo-se a redução do ISP, como mostra o balanço do segundo trimestre divulgado pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro). Ou seja, mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado, pela primeira vez em mais de um ano.

Normalmente isto tipo de coisa é prática comum nos países de terceiro mundo. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 17, 2023, 12:04:13 am
Quando não se sabe o que diz..............

Não me diga que não sabe que geralmente os paises com impostos sobre o combustível, mais altos do mundo ficam na Europa e principalmente nos países nórdicos!!!!!!

Eu pensava que o Daniel vivia na Suíça...... não costuma colocar combustível?
Então mas na Suíça os impostos sobre o combustível não ronda os 50%?

https://pestalozzilaw.com/en/insights/news/legal-insights/swiss-green-taxation/

75 cêntimos por litro de gasóleo é pouco? Só se pagar uns 3€ por litro de combustível!!!!!!!

A que conclusão chega? A suíça também é um país do 3º mundo, não? Já que os impostos pagos sobre os combustíveis são iguais ao que pagamos por aqui!!!!!

Ao contrário do que pensa, combustíveis baratos só mesmo em países do 3º mundo!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 17, 2023, 03:06:04 pm
Quando não se sabe o que diz..............

Não me diga que não sabe que geralmente os paises com impostos sobre o combustível, mais altos do mundo ficam na Europa e principalmente nos países nórdicos!!!!!!

Eu pensava que o Daniel vivia na Suíça...... não costuma colocar combustível?
Então mas na Suíça os impostos sobre o combustível não ronda os 50%?

https://pestalozzilaw.com/en/insights/news/legal-insights/swiss-green-taxation/

75 cêntimos por litro de gasóleo é pouco? Só se pagar uns 3€ por litro de combustível!!!!!!!

A que conclusão chega? A suíça também é um país do 3º mundo, não? Já que os impostos pagos sobre os combustíveis são iguais ao que pagamos por aqui!!!!!

Ao contrário do que pensa, combustíveis baratos só mesmo em países do 3º mundo!!!!!

Verdade que começo a ter pena de ti, tal é o tamanho da palas que usas, que nem consegues enxergar às diferenças abismais, o orgulho deixa muito gente sem visão.
Qual mesmo o preço da gasolina em Portugal?  Qual o ordenado mínimo em Portugal?  Só mesmo para saber. :P
Mais uma vez não compares a Suiça com Portugal é que só ficas mal para fotografia, fico por aqui pois não do aulas de graça, aceita que dói menos. ::)
PS: parece que nos últimos dias apareceram mais uns 1000 casos de corrupção. 8)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 17, 2023, 03:39:11 pm
Dispenso a sua compaixão (se é que sabe o significado da palavra).

Deixe de armar-se de virgem ofendida e tenha mais dignidade e elevação do que diz e afirma.

Voltando ao tema só para mostrar que não sabe o que afirma, lê e ouve umas coisas na CMTV e Correio da Manhã e vem despejar aqui a sua indignação, sem perceber ao menos sobre o que escreve: Qual é a percentagem de impostos que paga nos combustíveis Suíços?

https://www.bazg.admin.ch/bazg/en/home/informationen-firmen/inland-abgaben/mineraloelsteuer.html

"The mineral oil tax varies heavily depending on the product and the use of the product (engine fuel, heating fuel, technical purposes). For instance, the tax per litre is:

    76.82 cents for unleaded petrol
    79.57 cents for diesel oil
    0.3 cents for extra light heating oil tax reductions are provided for engine fuels used in agriculture, forestry, professional fishing, licensed transport companies, and so on."


Não faça figuras tristes. Não são os seus insultos ou de ninguém que me atemorizam!
Cultive-se, é o conselho que lhe dou!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 17, 2023, 04:06:43 pm
Dispenso a sua compaixão (se é que sabe o significado da palavra).

Deixe de armar-se de virgem ofendida e tenha mais dignidade e elevação do que diz e afirma.

Voltando ao tema só para mostrar que não sabe o que afirma, lê e ouve umas coisas na CMTV e Correio da Manhã e vem despejar aqui a sua indignação, sem perceber ao menos sobre o que escreve: Qual é a percentagem de impostos que paga nos combustíveis Suíços?

https://www.bazg.admin.ch/bazg/en/home/informationen-firmen/inland-abgaben/mineraloelsteuer.html

"The mineral oil tax varies heavily depending on the product and the use of the product (engine fuel, heating fuel, technical purposes). For instance, the tax per litre is:

    76.82 cents for unleaded petrol
    79.57 cents for diesel oil
    0.3 cents for extra light heating oil tax reductions are provided for engine fuels used in agriculture, forestry, professional fishing, licensed transport companies, and so on."


Não faça figuras tristes. Não são os seus insultos ou de ninguém que me atemorizam!
Cultive-se, é o conselho que lhe dou!

Meu caro começo de baixo para cima, não insultei ninguém, deixe de se armar em virgem ofendida  :mrgreen: parece que come muito queijo, mas é simples, basta ver alguns Tópicos que você escreveu a meu respeito, dito isto.
Voltando ao tema, despejar a minha indignação não, simplemente a verdade que afeta o bolso de muitos milhares de portugueses, qual é o preço mesmo da gasolina em Portugal ? Qual é o ordenado mínimo em Portugal? Só mesmo para saber.
Eu virgem ofendida  :mrgreen: deu para perceber no seu último post, novamente, aceita que dói menos, é o país que temos, meu pai sempre diz cada um colhe o que semeia.
Compaixão,  :mrgreen: não sou Deus e ainda bem que não o sou pois não teria tanta paciência,  c56x1 agora, para quem é o Bispo das finanças, não saber o que significa para um país como Portugal que mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado, então fico por aqui.
Fico há espera do preço por litro da gasolina em Portugal.
Como diz o Gonçalo Sousa cultivem-se e claro está deixe de fazer figuras tristes pois fica mal na fotografia. ;)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 17, 2023, 05:22:54 pm
Fisco já leva mais de 50% na gasolina
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/carga-fiscal-na-gasolina-a-subir-ja-e-superior-a-50?ref=HP_OutrasNoticias2
Citar
Mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado

A carga fiscal sobre a gasolina já voltou a estar acima de 50%, mesmo mantendo-se a redução do ISP, como mostra o balanço do segundo trimestre divulgado pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro). Ou seja, mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado, pela primeira vez em mais de um ano.

Normalmente isto tipo de coisa é prática comum nos países de terceiro mundo. 8)

Demonstre lá que na Suíça é diferente!? E já agora no resto da Europa!!!!

Ao contrário do que afirma, é nos países do chamado 3º mundo que tem os preços dos combustíveis mais baixos!

O que afirma não é verdade! Ponto!?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 17, 2023, 07:29:05 pm
Fisco já leva mais de 50% na gasolina
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/carga-fiscal-na-gasolina-a-subir-ja-e-superior-a-50?ref=HP_OutrasNoticias2
Citar
Mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado

A carga fiscal sobre a gasolina já voltou a estar acima de 50%, mesmo mantendo-se a redução do ISP, como mostra o balanço do segundo trimestre divulgado pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro). Ou seja, mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado, pela primeira vez em mais de um ano.

Normalmente isto tipo de coisa é prática comum nos países de terceiro mundo. 8)

Demonstre lá que na Suíça é diferente!? E já agora no resto da Europa!!!!

Ao contrário do que afirma, é nos países do chamado 3º mundo que tem os preços dos combustíveis mais baixos!

O que afirma não é verdade! Ponto!?

#738 Só respondes ao que te convém, ainda estou há espera que me digas o preço da gasolina em Portugal.
Sabes que 8% do salário dos portugueses vai para os combustíveis? Sabes que Portugal tem dos combustíveis mais elevados da Europa?
Sabes por exemplo que Portugal tem uma maior carga fiscal nos combustíveis que na vizinha Espanha, claro está, espero que saibas o que isso significa.
O preço médio de venda em Portugal são mais altos do que a média dos 27, sem impostos esse preço já ultrapassa os 2,5 cêntimos por litro, somando a carga fiscal aplicada em Portugal de 54%.

Nos Países Baixos e por exemplo na Suécia, podemos até comparar com Portugal em que a gasolina nesses países já esteve acima dos 2 euros.
O problema português vai além do preço, é que os rendimentos das famílias estão entre os mais baixos da Europa, o que penaliza duplamente os portugueses PERCEBES?
Ou seja os portugas como tu  c56x1 têm menos dinheiro no bolso do que a maioria e além disso, tem de pagar preços que estão ao nível dos países mais ricos PERCEBES?
Da Suiça nem vou comparar podes ficar com dor de dentes e eu não quero isso. :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 17, 2023, 11:42:30 pm
Sem dúvida a ignorância é uma benção!
Até podia explicar o que é o Brent, mas não vale a pena.

Mas tenho as minhas dúvidas, que para além dos putinistas avençados, ainda temos anti-patriotas que recebem para falar mal só por falar?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 18, 2023, 09:12:07 am
Sem dúvida a ignorância é uma benção!
Até podia explicar o que é o Brent, mas não vale a pena.

Mas tenho as minhas dúvidas, que para além dos putinistas avençados, ainda temos anti-patriotas que recebem para falar mal só por falar?

Anti-patriotas hahaha  :mrgreen: acorda para a vida, não haja dúvida que usar palas é um problema, pior quando é palas de patriotas chegos.
Metes pena, um patriota que fala de barriga cheia há conta da EU  c56x1, termino com mais uma realidade, se não fosse os milhares que Portugal recebe da EU então nem quero imaginar a pobreza e a miséria.
Até nas forças armadas foi preciso ajuda, Fragatas Vasco da Gama, F16 etc etc enfim, eu sei que tu como patriota te dói por dentro, mas aceita que dói menos.
É preciso vergonha para viver há custa dos outros, diz lá ao FDP do Costa para tratar bem da BAZUCA.
Andas a usar isto? São umas novas palas anti-distração para quem trabalha no escritório.
(https://insider.dn.pt/files/2018/10/panasonic_blinkers_technology_design_dezeen_2364_hero_1_852x479.0-1024x682.jpg)
Ou será que são destas?
(https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR2IGJ05vf0qe4ADgO66taDRUbesDz9LL8VfEJnaevgQnYsOtDE2wmOyaTJThhqJZc3YMs&usqp=CAU)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 18, 2023, 10:13:59 am
Uma coisa muito positiva que a internet trás é a liberdade de todos falarmos, mesmo que sejam imbecilidades.

Mas se acha que comportar-se como um labrego faz de si inteligente..... não se iluda.
Já formamos milhares de jovens, que muitos deles surpreendem-nos pela positiva, tal a bitola tão baixa que tinhamos para eles, mas no seu caso não há nada a fazer quando já se é adulto e acha-se que somos os mais inteligentes lá do sítio!

Deixe-se estar que não me vou rebaixar a dar-lhe corda, você enterre-se por sí próprio!
Mas é também por pessoas como você que em muitas situações não saímos da cepa torta.

Eu sei perfeitamente que temos um governo de incompetentes e uma parte deles não são pessoas sérias. No seu caso não percebo que ainda não percebeu que está a insultar-se a si próprio!

Olhe, preocupe-se em garantir o emprego da sua filha, já que sabe tudo, o Credit Suisse vai ficar sem metade de todos os RH!
Não me preocupo consigo, é um caso falhado e não sou eu que vou perder tempo a educar quem não quer ser educado!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 18, 2023, 10:50:36 am
Uma coisa muito positiva que a internet trás é a liberdade de todos falarmos, mesmo que sejam imbecilidades.

Mas se acha que comportar-se como um labrego faz de si inteligente..... não se iluda.
Já formamos milhares de jovens, que muitos deles surpreendem-nos pela positiva, tal a bitola tão baixa que tinhamos para eles, mas no seu caso não há nada a fazer quando já se é adulto e acha-se que somos os mais inteligentes lá do sítio!

Deixe-se estar que não me vou rebaixar a dar-lhe corda, você enterre-se por sí próprio!
Mas é também por pessoas como você que em muitas situações não saímos da cepa torta.

Eu sei perfeitamente que temos um governo de incompetentes e uma parte deles não são pessoas sérias. No seu caso não percebo que ainda não percebeu que está a insultar-se a si próprio!

Olhe, preocupe-se em garantir o emprego da sua filha, já que sabe tudo, o Credit Suisse vai ficar sem metade de todos os RH!
Não me preocupo consigo, é um caso falhado e não sou eu que vou perder tempo a educar quem não quer ser educado!


Mais uma vez uma mão cheia de nada,  ::) não és capaz de responder em condições, mas já percebestes a realidade de Portugal e isso já é positivo.
Eu sabia que tu és o tal tipo de portuga, daqueles problemáticos com alguns problemas que nem vou mencionar, mas dorme tranquilo, sempre te posso mandar o novo contrato 8) só para que possas dormir mais descansado, apenas mais uma informação, e para que ainda fiques bem mais tranquilo, a minha filha ganha num mês o que tu não ganhas em 6 ou mais.
Depois ela tem a felicidade de ter uns pais, que têm uma boa profissão e que ganham muitoooooo mas muitooooooo bem.

Acho muito bem que não te preocupes comigo, pois eu não me preocupo minimamente contigo, até porque não te conheço de lado nenhum.
Concentra mais o teu tempo naquilo que é importante e não é o CS de certeza, preocupante com a relidade do teu país já que és assim tão patriota. :mrgreen:
PS: parece que o cereais vão aumentar outra vez, o crédito habitação não para de subir, milhares de portugas têm corda no pescoço, a Avenida Almirante Reis virou um parque de campismo tal é a quantidade de tendas, a miséria em Portugal aumenta a olhos vistos e tu vens me falar do CS vergonha. ::)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 19, 2023, 07:52:08 pm
IVA 0: Registada tendência decrescente no preço do cabaz


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 21, 2023, 04:41:51 pm
O sistema está em défice há mais de duas décadas e tem uma dívida implícita no longo prazo que supera 250% do PIB, afirmou o professor Jorge Bravo em entrevista ao ECO.
https://eco.sapo.pt/entrevista/o-sistema-da-seguranca-social-nao-e-sustentavel/
Citar
Em 2015, o relatório de sustentabilidade da Segurança Social, um anexo ao Orçamento de Estado para 2016, apontava para a entrada do sistema no vermelho em 2019. No Orçamento de Estado para 2017, o ponto de rutura do sistema foi revisto para 2023 e, no Orçamento de Estado de 2023, o Governo previa um saldo negativo do sistema Previdencial da Segurança Social em 2030.

No entanto, as últimas projeções do Governo apontam para que os primeiros saldos negativos do sistema Previdencial da Segurança Social só surjam 2033, três anos mais tarde face às anteriores previsões, e que o Fundo de Estabilização Financeiro da Segurança Social (FEFSS) terá um saldo positivo durante pelo menos 30 anos.

Tem constantemente chamado a atenção para a falta de credibilidade dos números apresentados pelo Governo sobre a Segurança Social. Porquê?
Porque não podemos olhar para o sistema da Segurança Social analisando o sistema Previdencial de forma individualizada como faz o Governo, quando desde 1 de janeiro de 2006 que a Caixa Geral de Aposentação (CGA) foi encerrada. Esta mudança fez com que todos os subscritores, todos os funcionários públicos que entraram a partir dessa altura, ou seja, cerca de metade da atual função pública, estejam hoje no sistema geral. No entanto, o Governo só divulga as contas do sistema Previdencial, num anexo ao Orçamento de Estado.

Porque acha que o Governo não divulga as contas do sistema todo mas apenas do Sistema Previdencial?
É uma estratégia que o Governo tem usado há muito tempo de ocultação da realidade do quadro geral da Segurança Social. É muito fácil apresentar números bons da Segurança Social mostrando apenas os números do sistema Previdencial, porque é como se tivesse criado um sistema novo dentro do sistema velho. Ora, num sistema novo de proteção social só tenho praticamente receita, não há despesa. É uma mentira completa do sistema.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 22, 2023, 04:32:01 pm
Portugal entre os países europeus com mais crédito à habitação a taxa variável
https://www.sapo.pt/noticias/economia/portugal-entre-os-paises-europeus-com-mais_64bba8bf194e9a3206d787a7
Citar
Portugal é dos países europeus com mais crédito à habitação a taxa variável, a principal proposta dos bancos para quem precisa de empréstimo para comprar casa que implica incerteza para as famílias em momentos de subida de juros.

Na Bélgica taxa fixa de 1,3% e na Espanha taxa fixa de 1,74% a 20 anos, países de 1 mundo é outra nível.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 22, 2023, 05:14:31 pm
https://www.bankrate.com/mortgages/mortgage-rates/

https://hypohaus.ch/en/?gad=1&gclid=Cj0KCQjw_O2lBhCFARIsAB0E8B8ORIKkDAt7hYnZFroqvrova8JRuCpK35jattlBpsXKFP8UuleUreoaAh1iEALw_wcB
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Julho 22, 2023, 06:32:47 pm
Segundo experts em economia lá de casa e dos arredores, Portugal como tem taxas de juro "altas", é do 3º mundo!!!!!
Aqui ficam alguns exemplos de países do 3º mundo, segundo os experts em economia lá do beco e arredores:

Taxas fixas:
Portugal: 3,48% (3º Mundo)
Suíça: 3,11% (3º Mundo)
Estados Unidos: 6,39% (3º Mundo)
Noruega: 4,11% (3º Mundo)
Nova Zelãndia: 7,14% (3º Mundo)
Coreia do Sul: 4,40% (3º Mundo)
Canadá: 4,26% (3º Mundo)
Reino Unido: 4,57% (3º Mundo)
Alemanha: 3,88% (3º Mundo)
Austrália: 7,17% (3º Mundo)

Não podia faltar a fonte: https://www.theglobaleconomy.com/rankings/mortgage_interest_rate/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Julho 24, 2023, 07:10:39 am
António Costa só bate recordes. Top 3 maiores cargas fiscais de sempre é tudo dele. A maior, a 2.a maior e a 3.a maior. A ir-nos ao bolso não há como ele.

(https://pbs.twimg.com/media/F1v1wBeWwAULsL2?format=jpg&name=small)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Daniel em Julho 24, 2023, 11:43:49 am
Eurostat divulga salários mínimos nacionais na UE. Veja em que países é mais alto e que lugar ocupa Portugal na tabela
https://hrportugal.sapo.pt/eurostat-divulga-salarios-minimos-nacionais-na-ue-veja-em-que-paises-e-mais-alto-e-que-lugar-ocupa-portugal-na-tabela/
Citar
Os salários mínimos nos Estados-Membros da União Europeia (UE) variaram entre 399 euros por mês na Bulgária e 2508 euros por mês em Luxemburgo, em Julho deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Eurostat.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, que divulgou um levantamento dos salários mínimos em vigor, Portugal (760 euros) integra a lista dos 14 países da União Europeia com salários mínimos abaixo dos 1000 euros.

Em 1 de Julho de 2023, 22 dos 27 Estados-Membros da UE tinham um salário mínimo nacional, incluindo Chipre (em 1 de Janeiro de 2023), enquanto Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia não têm salário mínimo definido.

O Eurostat assinala que «os salários mínimos mensais variam muito entre os Estados-Membros, de 399 euros na Bulgária a 2508 euros no Luxemburgo».

Entre os nove países candidatos e potenciais candidatos, sete tinham um salário mínimo nacional (Montenegro, Macedónia do Norte, Albânia, Sérvia, Turquia, Ucrânia e Moldávia), o que não era o caso da Bósnia nem do Kosovo.

Com base no nível do salário mínimo mensal bruto nacional em Julho, o Eurostat incluiu Portugal no grupo com salário mínimo nacional inferior a 1000 euros por mês e que inclui também o Chipre, Grécia, Lituânia, Malta, Polónia, República Checa, Estónia, Eslováquia, Croácia, Hungria, Letónia, Roménia e Bulgária.

Já os salários mínimos nacionais eram de 1203 euros na Eslovénia e 1260 euros em Espanha.

Enquanto Luxemburgo, Alemanha, Holanda, Bélgica, Irlanda e França fazem parte do grupo com salários mínimos nacionais superiores a 1500 euros por mês, variando entre 1747 euros em França e 2508 euros no Luxemburgo.

Segundo o Eurostat, a taxa média de crescimento anual entre Julho de 2013 e Julho de 2023 foi mais elevada na Roménia (+12,9%), seguida da Lituânia (+11,2%), Bulgária (+9,7%) e República Checa (+9,0%), enquanto as mais baixas entre os Estados-Membros da UE registaram-se em Malta (+1,7 %) e em França (+2,0 %).

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Julho 26, 2023, 01:02:17 pm
Mais taxa fixa e alargamento da bonificação de juros


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 01, 2023, 01:55:12 pm
Inflação desacelera


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 04, 2023, 01:39:20 pm
Nível de endividamento de Portugal já é inferior ao de Espanha

A dívida pública subiu em junho para 280,1 mil milhões de euros, avançou esta semana o Banco de Portugal. Mas no que conta nas comparações na zona euro desceu para 111,2% do PIB no segundo trimestre, inferior aos 113,3% estimados para Espanha em maio
03 AGOSTO 2023 16:36
Jorge Nascimento Rodrigues

Adívida pública portuguesa fechou o primeiro semestre de 2023 em €280,1 mil milhões, segundo os dados publicados esta semana pelo Banco de Portugal, apurados de acordo com os critérios de Maastricht. Apesar do aumento do stock da dívida em €100 mil milhões em junho, o nível de endividamento desceu para 111,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do segundo trimestre do ano. Na corrida com Espanha, o rácio de endividamento é já inferior. Segundo os dados oficiais mais recentes do nosso vizinho, a dívida espanhola em maio deste ano subiu para 113,3% do PIB.

(https://images.impresa.pt/expresso/2023-08-03-Pag_10_A.png-c1788037/original/mw-640)

Depois de terem atingido no ano passado níveis de endividamento muito próximos — 113,9% do PIB para Portugal e 113,2% para Espanha —, as metas políticas para 2023 apresentadas em Bruxelas nos Programas de Estabilidade apontam para o fecho do ano em 107,5% para a dívida portuguesa e 111,9% para a espanhola. A concretizarem-se estes objetivos, Portugal deixa de ser o terceiro mais endividado da zona euro, depois da Grécia e Itália, e cede o lugar a Espanha.
Apesar do aumento da dívida para mais de €280 mil milhões, não se trata de um máximo histórico na curva do endividamento português. Em junho do ano passado chegou a €280,66 mil milhões. O pico de endividamento registou-se no primeiro trimestre de 2021, com a dívida a atingir 138,2% do PIB. O rácio atual de 111,2% do PIB representa um ‘regresso’ a níveis de endividamento anteriores ao resgate da troika, em maio de 2011. Desde 2016, os três Governos chefiados por António Costa já reduziram o rácio de endividamento em 20 pontos percentuais.

(https://images.impresa.pt/expresso/2023-08-03-Pag_10_B.png-cd5904f3/original/mw-640)

PORTUGAL DISTANCIA-SE DOS PERIFÉRICOS DO EURO
A trajetória descendente no nível de endividamento a partir de meados de 2021 tem-se traduzido numa mudança da perceção dos investidores internacionais sobre Portugal. No mercado secundário da dívida (onde se transacionam os títulos entre os investidores), os juros (yields) das Obrigações do Tesouro português a 10 anos são os mais baixos do grupo dos periféricos do euro, que engordou dos quatro tradicionais do tempo da troika (Grécia, Itália, Portugal e Espanha) para os 10 que o formam atualmente (incluindo agora quatro economias do Leste no euro e mais as ilhas de Chipre e Malta).
Se a posição portuguesa for avaliada em termos de prémio de risco, o spread exigido pelos investidores é atualmente igual ao da média da zona euro (74 pontos-base) e inferior ao de Espanha e de mais sete economias do euro com prémios superiores a 100 pontos-base (1 ponto percentual de diferença em relação ao custo da dívida alemã).
Projetando para dezembro deste ano, com base no algoritmo do portal financeiro World Government Bonds, os juros da dívida portuguesa a 10 anos (2,91%) estarão no clube dos mais baixos da zona euro, depois da Alemanha (2,3%), da Irlanda (2,7%) e dos Países Baixos (2,75%). Áustria, Bélgica, Finlândia e França, economias típicas do ‘centro’ do euro, registarão juros mais altos do que Portugal (e, por consequência, spreads mais altos).

(https://images.impresa.pt/expresso/2023-08-03-Pag_10_C.png-69993338/original/mw-640)

 :arrow:  https://expresso.pt/economia/2023-08-03-Nivel-de-endividamento-de-Portugal-ja-e-inferior-ao-de-Espanha-ddb33de6
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Agosto 04, 2023, 07:10:28 pm
Nível de endividamento de Portugal já é inferior ao de Espanha

[...]
Bom pelo menos o governo nisto acertou (usou um certo nível de salazarismo para o atingir mas com certeza ninguém se apercebeu  ::)).
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 09, 2023, 02:12:04 pm
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 11, 2023, 01:37:59 pm
Contratos precários com subida recorde em Portugal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 11, 2023, 03:20:35 pm
Contratos precários com subida recorde em Portugal



Essa notícia só pode estar errada, o Costa garante que o futuro do país está no turismo e restauração! Não é possível que sejam esses os sectores com mais contratos precários, os jornalistas devem estar errados  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 11, 2023, 09:51:32 pm
KBRA sobe "rating" de Portugal para o patamar de A

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/kbra-sobe-rating-de-portugal-para-o-patamar-de-a
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 12, 2023, 03:07:52 pm
Portugal já exporta 4 mil milhões de euros em alta tecnologia
História de ECO - Parceiro CNN Portugal

O perfil de exportação de Portugal tem vindo a mudar e a tecnologia está a começar a afirmar-se. No ano passado, as exportações de produtos de alta tecnologia superaram os quatro mil milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos dez anos. Os produtos eletrónicos da área das telecomunicações são os que têm mais saída, mas áreas como a aeroespacial têm vindo a ganhar destaque, com Portugal a “afirmar-se cada vez mais na indústria aeroespacial e a ficar debaixo de olho de outros países como Alemanha, França e Itália”, como diz o CEO da Lusospace ao ECO.

As exportações de produtos de alta tecnologia subiram 36,1% em 2022, segundo revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística, atingindo 4.065 milhões de euros. É o segundo maior crescimento após 2019, altura em que foi impulsionado pelo aumento das exportações de material aeroespacial, nomeadamente veículos aéreos com propulsão a motor.

(https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/AA1f8SQg.img?w=768&h=487&m=6)

Apesar de em 2020, no ano da pandemia, as exportações na alta tecnologia terem sofrido um revés, estão já a recuperar. Olhando para o peso no total das vendas para o exterior, os produtos de alta tecnologia representaram 5,2% das exportações totais de bens no ano passado.

“A indústria tecnológica em Portugal tem-se vindo a afirmar no contexto interno e externo muito impulsionada pelo capital humano formado pelas nossas escolas de engenharia, pela capacidade do nosso tecido empresarial, aquele que se soube preparar, inovar para se adaptar aos diferentes processos de transformação a que é exposto, mas acima de tudo pela capacidade de enfrentarmos desafios que põem em causa a nossa capacidade instalada e nos obrigam continuamente a superar-nos e com isso a criar novas competências geradoras de valor e capazes de responder aos desafios do mercado global”, defende Vladimiro Cardoso Feliz, diretor do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiia) by Colab, Smart & Sustainable Living, ao ECO.

O CEiiA está orientado para a “conceção, desenvolvimento e operação de novos produtos e serviços para indústrias tecnologicamente avançadas, não só do espaço e aeronáutica, como também do setor automóvel, mobilidade e economia do mar“, com destaque para os mercados de Europa e Mercosul. A procura é maior “em mercados consolidados, nomeadamente no mercado aeronáutico e automóvel europeu, ao nível dos serviços de engenharia, e uma procura cada vez mais exigente em mercados emergentes nomeadamente na área da sustentabilidade (mobilidade e cidades e espaço)”, adianta o responsável.

Segundo os dados do INE, os produtos eletrónicos nas telecomunicações, os produtos farmacêuticos e as máquinas elétricas são os principais produtos de alta tecnologia exportados, representando mais de três quartos das exportações.

No entanto, outras áreas têm vindo a ganhar destaque, como a aeroespacial. A Lusospace é uma das empresas deste setor, trabalhando “neste momento na área do espaço e a produzir equipamentos para satélites“, que é “uma área que está a crescer bastante”, conta o CEO, Ivo Vieira. A exportação representa 95% do volume de negócios, nos 2,5 milhões de euros, e os principais mercados são Alemanha, França, Itália, Holanda e Reino Unido.

No plano geral, o INE indica que Espanha foi o principal destino das exportações nacionais de produtos de alta tecnologia em 2022, ultrapassando a Alemanha, que ficou em segundo lugar com 691 milhões de euros. Isto deveu-se essencialmente a um aumento nas vendas de produtos eletrónicos, nomeadamente dispositivos semicondutores. Já os Estados Unidos e França ocupam, respetivamente, as terceira e quarta posições enquanto principais clientes das exportações portuguesas de alta tecnologia.

A empresa de engenharia aeroespacial, que emprega 25 pessoas, está atualmente a desenvolver um “projeto de uma constelação de dois satélites” que acreditam que “vai mudar o panorama português espacial”. Além disso, no ano passado, ganharam um projeto de 4,5 milhões de euros para fornecer um equipamento espacial para uma empresa alemã, o que, para a sua dimensão, “é um projeto enorme e contribui para aumentar as exportações”. “Calculamos que vai aumentar as exportações em 30%”, acrescenta o presidente da Lusospace.

Para Ivo Vieira, “o que distingue Portugal é a capacidade de inovação e preços mais competitivos que o exterior”. “Portugal está a conseguir subir na cadeia de valor e criar produtos e serviços inovadores”, defende o CEO da empresa que é ainda responsável pela implementação de uma componente da Agenda New Space Portugal, enquadrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A operar no setor aeroespacial está também a Tekever, cujas exportações representam mais de 90% do volume de negócios, “com tendência a aumentar”, como adianta o CEO. Esta empresa, que tem mais de 400 trabalhadores com vista a crescer a equipa, “opera no mercado mundial, com particular incidência na Europeu, no sudoeste Asiático, na África Ocidental e na América do Norte”, conta Ricardo Mendes ao ECO.

“As principais exportações dizem respeito a produtos e serviços de muito elevado valor acrescentado e intensidade tecnológica na área aeroespacial”, indica, como “Intelligence-as-a-Service, apoiando os nossos clientes a vigiar e proteger vastas extensões e infraestruturas críticas; Sistemas Aéreos Não Tripulados, incluindo equipamentos e serviços relacionados e Sistemas Espaciais, incluindo equipamentos e serviços relacionados”.

Ricardo Mendes defende que “Portugal tem feito um investimento considerável no setor aeroespacial”, sendo que “já há várias décadas que as universidades portuguesas formam profissionais excelentes que, em larga escala, tendem a emigrar ou a integrar empresas de capital maioritariamente estrangeiro”. “As empresas do setor estão tradicionalmente focadas na produção de componentes e subsistemas, e na sua comercialização juntos dos grandes fabricantes Europeus e internacionais”, destacando que “uma parte significativa das empresas do setor são dominadas por capital estrangeiro”.

A Tekever está a tentar contribuir para “uma estratégia setorial assente na criação de cadeias de valor nacionais para produtos e serviços de elevado valor acrescentado, que possam ser comercializados no mercado mundial diretamente junto de clientes finais”, explica o CEO, tendo como objetivo “capturar maior valor para as empresas portuguesas, tornando-as mais competitivas e resilientes, bem como mais aliciantes para os jovens engenheiros”.

Vladimiro Feliz salienta também que a “indústria aeroespacial nacional tem vindo, com base numa estratégia consistente de longo a prazo, a encontrar o seu espaço. “São disso exemplo a participação do CEiiA, e de um conjunto de players nacionais no processo de desenvolvimento e industrialização do KC-390, onde o CEiiA foi responsável pelo desenvolvimento de dois terços da aeroestrutura deste avião, a participação do CEiiA em parceria com a empresa alemã RFA no desenvolvimento de um lançador de microssatélites ou do operador de satélites Geosat, que opera de dois satélites de muita alta resolução e que faz como que, a par da Airbus, seja o segundo maior operador europeu neste domínio”, enumera.

O responsável adianta ainda que o CEiiA “está também a trabalhar no desenvolvimento do primeiro avião português, o Lus 222, que vai potenciar a integração do ecossistema aeronáutico português em toda a cadeia de valor da aeronave”.

Apesar do desempenho, as importações de produtos de alta tecnologia continuam a superar as exportações. Ainda assim, o setor acredita que há espaço para crescer.

 :arrow:  https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/portugal-j%C3%A1-exporta-4-mil-milh%C3%B5es-de-euros-em-alta-tecnologia/ar-AA1f90o0?rc=1&ocid=winp1taskbar&cvid=e3aa2b495b814898c41c6d43f8e02787&ei=8
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 14, 2023, 12:03:51 pm
Notícias positivas:

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/exportacoes-portuguesas-de-frutas-legumes-e-flores-sobem-8-para-mais-de-1000-milhoes

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/exportacoes-de-cortica-sobem-3-ate-junho-e-atingem-recorde-de-670-milhoes

E negativa:

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/defice-comercial-na-alta-tecnologia-nunca-foi-tao-alto

Como é que se resolve? Aposta em mais indústria e atração de indústria externa e que nós precisemos! Mas não, continue-se a apostar no turismo......... e depois queixem-se que não há casas!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 14, 2023, 01:35:57 pm
(https://images4.imagebam.com/03/c1/e5/MENKQJ1_o.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 18, 2023, 12:45:52 pm
Medidas para baixar impostos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 21, 2023, 05:11:22 pm
Então mas iam entrar milhões e milhões  :mrgreen:
https://www.dn.pt/dinheiro/economia-desacelerou-com-a-jornada-do-papa-em-portugal-16888781.html
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 21, 2023, 07:49:00 pm
Então mas iam entrar milhões e milhões  :mrgreen:
https://www.dn.pt/dinheiro/economia-desacelerou-com-a-jornada-do-papa-em-portugal-16888781.html

Como é que queriam que a economia crescesse nesse período se:
- Os peregrinos ficaram alojados pelo país inteiro a custo zero ou perto disso. Todos os concelhos disponibilizaram espaços (até estádios para acampar), bem como muitos particulares receberam gratuitamente os peregrinos;
- Com a alimentação passou-se o mesmo, ou eram gratuítas ou havia um acordo com a JMJ;
- Mandaram toda a gente para casa e não se trabalhou na capital;

......

Eu desconfio que só as caixas de esmolas e a venda de merchandizing (velinhas, terços, latas com ar de Fátima..........) tiveram um enorme incremento e ainda se admiram que a economia encolheu!?

Nós somos uns beneméritos, oferecemos férias de graça a todo o mundo e...... estes aproveitaram!!!!!
Podíamos ganhar muito dinheiro, mas não ganhamos! Somos sempre fracos em contas!!!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Agosto 21, 2023, 07:54:07 pm
Calma que o costa ja vem aí explicar  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Get_It em Agosto 21, 2023, 09:09:45 pm
Calma que já vieram os do costume para a net responder que afinal vamos ver um enorme aumento na economia quando os que vieram passar cá férias de graça viram o quanto Portugal é bonito e vão obviamente voltar e dizer aos amigos para também virem cá. :mrgreen: :mrgreen: :)) Aumento esse que nem vai dar para cobrir o que se não ganhou durante as jornadas.

Pessoal jovem, este que normalmente visita um país e até risca-o da lista porque quer é ver um número grande de diferentes países.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 21, 2023, 09:25:36 pm
Calma que já vieram os do costume para a net responder que afinal vamos ver um enorme aumento na economia quando os que vieram passar cá férias de graça viram o quanto Portugal é bonito e vão obviamente voltar e dizer aos amigos para também virem cá. :mrgreen: :mrgreen: :)) Aumento esse que nem vai dar para cobrir o que se não ganhou durante as jornadas.

Pessoal jovem, este que normalmente visita um país e até risca-o da lista porque quer é ver um número grande de diferentes países.

Cumprimentos,

E pior, o que confirma o que eu sempre escrevo aqui até à exaustão!
O turismo é o sector económico que menos dinheiro ganha! Isso está estudado até à exaustão! Quem é de Gestão, Economia...... sabe de olhos fechados que a indústria é quem mais cria riqueza, depois temos o comércio, depois a agricultura e só no fim vem o turismo!!!!! Insistirem no turismo, mais turismo e mais turismo só prova que temos camelos a governar o país!!!!!!

O que este simples facto comprova, é que 1 milhão de turistas nesta semana e em Portugal, não conseguiram compensar os dias não trabalhados só na capital!!!!!!!!

Querem melhor prova!?
Mas nem era preciso nada disto, o turismo dá esmolas a ganhar ao país (e desconfio que grande parte dos ganhos nem é declarado)!!!!

Continuem a apostar na treta do turismo!!!!!

Palermas!!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 22, 2023, 03:05:35 pm
Sócio de Ronaldo assume controlo de gigante de luvas de Famalicão

O fundo Vallis, um dos donos do grupo de clínicas de transplantes capilares Insparya, reforçou para 80% a sua participação na Raclac, que concluiu recentemente o investimento na criação da primeira fábrica de luvas de exame na Europa.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2021-06/img_900x561$2021_06_01_16_47_40_404623.jpg)

A pandemia de covid-19 fez disparar as vendas da Raclac, empresa de Famalicão que produz dispositivos médicos descartáveis, como máscaras, fatos e luvas, que passou de uma faturação de pouco mais de 15 milhões de euros em 2019 para mais de 50 milhões no ano seguinte.

Face à explosão da procura, em junho de 2021 o então presidente da Câmara de Famalicão avançava que a Raclac estava "a preparar uma nova fase de investimento, que poderá ascender a 50 milhões de euros, com a criação de duas novas linhas de produção".

Um novo projeto de investimento com vista a reforçar, através da expansão da capacidade produtiva instalada, a vocação exportadora da empresa, "criando emprego, gerando riqueza, estabelecendo parcerias e valorizando o território", enfatizava, na altura, Pedro Miguel Costa, fundador e CEO da Raclac.

Pedro Miguel Costa, que em 2016 tinha cedido 50% do capital da Raclac ao fundo Vallis, acaba de firmar a venda de mais 30% ao sócio, reduzindo a sua participação na empresa para 20%.

"O Fundo Vallis Sustainable Investments II, FCR anuncia a entrada no capital da Raclac, S.A., empresa portuguesa fabricante de luvas descartáveis de nitrilo e comercialização de dispositivos médicos descartáveis. Com esta transação, o Fundo Vallis Sustainable Investments I, SCA, SICAR manterá a sua posição de 50% de participação na Raclac, S.A., enquanto o Fundo Vallis Sustainable Investments II, FCR adquire 30%. Os restantes 20% de participação continuarão a ser detidos por Pedro Costa, CEO e fundador da Raclac, S.A.", revela a Vallis Capital Partners, em comunicado.

A luva R-Advance "é um produto sem paralelo no mercado internacional"

Para a "private equity", este reforço no capital da Raclac "é um voto de confiança na sua estratégia, cujo principal vector é agora o de acelerar a comercialização da luva R-Advance no mercado nacional e nos principais mercados da Europa e do Médio Oriente", num investimento que visa "acelerar o crescimento da Raclac, continuando o ambicioso projeto, recentemente concluído, com a criação da primeira fábrica de luvas de exame na Europa", enfatiza.

A luva R-Advance é apresentada como "um produto sem paralelo no mercado internacional", que "possui atributos únicos, como sejam um AQL (‘Acceptance Quality Limit’) de apenas 0.25, o mais baixo no setor à escala mundial", afiança.

"A linha de produção é totalmente automatizada, sem intervenção humana, e operada num ambiente controlado, que atenua a presença de partículas e agentes contaminantes, contrastando com as características das linhas de produção convencionais, estabelecidas na continente asiático", realça a Vallis.

"Como é do conhecimento público, existe uma atenção crescente dos principais operadores de saúde, dos profissionais de saúde e dos próprios pacientes, ao risco de contaminação em ambientes hospitalares ou clínicos, onde a adopção da luva R-Advance pode mitigar substancialmente esse risco, além de permitir gerar poupanças substanciais para as entidades que a adoptam, pois reduz os actuais niveis de desperdício no consumo e utilização efectiva das luvas convencionais de exame", assegura Eduardo Rocha, CEO da Vallis.

"O nosso objectivo é que a empresa continue a crescer, capitalizando agora todo o potencial desta inovadora linha de produção", remata Rocha, sem avançar indicadores económico-financeiros da Raclac nem o valor da operação, a qual "encontra-se sujeita a aprovação por parte da Autoridade da Concorrência".

Raclac começou por fazer cuecas, manguitos e até balaclavas

Fundada em 2007, a Raclac iniciou a sua atividade na comercialização de produtos médicos descartáveis para a área da saúde e indústria, nomeadamente, entre outros, luvas, máscaras, toucas, gorros, balaclavas, barretes, fitas, cobre-sapatos, chinelos, fatos, kits de hospitalização e de visita, batas, páreos, calças, saias, calções, cuecas, tangas, aventais, manguitos, cobre-barbas e babetes.

A partir de 2018, enveredou pelo fabrico de luvas de exame de nitrilo, construindo a primeira fábrica na Europa dedicada a esta finalidade.

Além da Raclac, Castelbel e Europalco, entre outras, do portefólio da Vallis faz também parte o grupo português de clínicas de transplantes capilares Insparya, que conta com a notoriedade de Cristiano Ronaldo, o rosto e sócio da empresa, onde detém 17% da "holding" nacional - que é controlada a meias pelo fundador, Paulo Ramos, e o consórcio de fundos luso-britânico Vallis/Hermes -, enquanto o capital no negócio internacional está dividido em partes iguais pelos três sócios.

Com meia dúzia de clínicas e um centro de investigação em Portugal, três em Espanha (em Madrid, Marbella e Valência) e uma em Milão, a Insparya escolheu Bilbau para abrir a sua nova clínica, que foi inaugurada há cerca de três semanas.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/socio-de-ronaldo-assume-controlo-de-gigante-de-luvas-de-famalicao
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Agosto 24, 2023, 10:12:44 am
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/endividamento-das-familias-e-empresas-volta-a-aumentar

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/dados-economicos-aumentam-dilema-do-bce-para-decisao-de-setembro
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 28, 2023, 12:45:12 pm
Há menos pessoas a receber o salário mínimo


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 29, 2023, 02:26:20 pm
Aumento das prestações do Crédito Habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 30, 2023, 12:48:37 pm
Em análise: Situação económica no país


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 01, 2023, 01:17:07 pm
Taxa de inflação sobe


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Setembro 02, 2023, 08:29:23 am
Dívida pública sobe pelo sétimo mês para recorde acima de 281 mil milhões... https://eco.sapo.pt/2023/09/01/divida-publica-sobe-pelo-setimo-mes-para-recorde-acima-de-281-mil-milhoes/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 08, 2023, 03:50:40 pm
IRS zero, passe gratuito e devolução da propina: os presentes de Costa para fixar os jovens no país


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 14, 2023, 05:22:05 pm
Avaliação de Impacto do Alojamento Local em Portugal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 18, 2023, 12:10:46 pm
Medidas para atenuar subida das taxas de juro


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 20, 2023, 03:25:50 pm
Taxa de juros na habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 20, 2023, 05:58:15 pm
António Costa considera Leiria “um dos maiores motores” da economia do país
PAULO NOVAIS

Na chegada ao Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, António Costa destacou que o distrito, “só nos últimos oito anos”, criou 43 mil novos postos de trabalho e o volume de negócios das empresas aumentou quase 44 mil milhões de euros


O primeiro-ministro, António Costa, que está em Leiria no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”, afirmou esta quarta-feira que o distrito é “um dos maiores motores da economia portuguesa”, destacando a sua capacidade de exportação e criação de emprego.

No arranque da iniciativa “Governo Mais Próximo”, que decorre entre hoje e quinta-feira, em Leiria, o primeiro-ministro afirmou que o distrito “é um dos maiores motores da economia portuguesa” e um dos que “mais tem contribuído” para o aumento de exportações e criação de emprego.

Ao longo de dois dias, os membros do Governo farão mais de 50 visitas, cobrindo todos os 16 concelhos do distrito de Leiria, realizando-se na quinta-feira um Conselho de Ministros descentralizado.

Na chegada ao Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, António Costa destacou que o distrito, “só nos últimos oito anos”, criou 43 mil novos postos de trabalho e o volume de negócios das empresas aumentou quase 44 mil milhões de euros.

“Foi por isso que também escolhemos o distrito de Leiria para fazer o balanço e ponto de situação do programa mais transformador que temos no Plano de Recuperação e Resiliência [PRR], que é o programa das Agendas Mobilizadoras, um programa que junta empresas e entidades do sistema científico e tecnológico”, realçou.

Esse programa propõe-se a investir mais de 7 mil milhões de euros até ao final de 2026, estando previsto criar mais 18 mil postos de trabalho, “a esmagadora maioria emprego altamente qualificado”, frisou.

Segundo António Costa, Leiria é “um dos distritos com maior participação nas Agendas Mobilizadoras, quer pela excelência do seu tecido empresarial, quer pela excelência do seu politécnico”.

Nesse sentido, o Governo decidiu fazer em Leiria um ponto de situação do nível de execução daquela mesmo programa do PRR, que envolve mais de mil entidades.

No Teatro José Lúcio da Silva, decorre hoje o primeiro encontro anual das Agendas Mobilizadoras, contando com a presença do primeiro-ministro.

https://expresso.pt/politica/governo/2023-09-20-Antonio-Costa-considera-Leiria-um-dos-maiores-motores-da-economia-do-pais-a931c327?utm_medium=Social&utm_source=Twitter#Echobox=1695210513-1
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 21, 2023, 12:05:03 pm
Crise na habitação atira famílias para tendas


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 22, 2023, 12:25:36 pm
Medidas de apoio ao crédito à habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 22, 2023, 01:17:06 pm
Em análise: Medidas de apoio às famílias


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 22, 2023, 04:02:12 pm
Corrida às renegociações do crédito à habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Setembro 23, 2023, 12:04:19 pm
Portugal já exporta 4 mil milhões de euros em alta tecnologia

As exportações de alta tecnologia chegaram ao valor mais alto da série em 2022. Telecomunicações e farmacêutica dominam, mas há áreas a crescer como os instrumentos científicos e aeroespacial
O perfil de exportação de Portugal tem vindo a mudar e a tecnologia está a começar a afirmar-se. No ano passado, as exportações de produtos de alta tecnologia superaram os quatro mil milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos dez anos. Os produtos eletrónicos da área das telecomunicações são os que têm mais saída, mas áreas como a aeroespacial têm vindo a ganhar destaque, com Portugal a “afirmar-se cada vez mais na indústria aeroespacial e a ficar debaixo de olho de outros países como Alemanha, França e Itália”, como diz o CEO da Lusospace ao ECO.

As exportações de produtos de alta tecnologia subiram 36,1% em 2022, segundo revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística, atingindo 4.065 milhões de euros. É o segundo maior crescimento após 2019, altura em que foi impulsionado pelo aumento das exportações de material aeroespacial, nomeadamente veículos aéreos com propulsão a mot

(https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/64d4b0e6d34e72171a0c02bd/)

Apesar de em 2020, no ano da pandemia, as exportações na alta tecnologia terem sofrido um revés, estão já a recuperar. Olhando para o peso no total das vendas para o exterior, os produtos de alta tecnologia representaram 5,2% das exportações totais de bens no ano passado.

“A indústria tecnológica em Portugal tem-se vindo a afirmar no contexto interno e externo muito impulsionada pelo capital humano formado pelas nossas escolas de engenharia, pela capacidade do nosso tecido empresarial, aquele que se soube preparar, inovar para se adaptar aos diferentes processos de transformação a que é exposto, mas acima de tudo pela capacidade de enfrentarmos desafios que põem em causa a nossa capacidade instalada e nos obrigam continuamente a superar-nos e com isso a criar novas competências geradoras de valor e capazes de responder aos desafios do mercado global”, defende Vladimiro Cardoso Feliz, diretor do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiia) by Colab, Smart & Sustainable Living, ao ECO.

O CEiiA está orientado para a “conceção, desenvolvimento e operação de novos produtos e serviços para indústrias tecnologicamente avançadas, não só do espaço e aeronáutica, como também do setor automóvel, mobilidade e economia do mar“, com destaque para os mercados de Europa e Mercosul. A procura é maior “em mercados consolidados, nomeadamente no mercado aeronáutico e automóvel europeu, ao nível dos serviços de engenharia, e uma procura cada vez mais exigente em mercados emergentes nomeadamente na área da sustentabilidade (mobilidade e cidades e espaço)”, adianta o responsável

Segundo os dados do INE, os produtos eletrónicos nas telecomunicações, os produtos farmacêuticos e as máquinas elétricas são os principais produtos de alta tecnologia exportados, representando mais de três quartos das exportações.

No entanto, outras áreas têm vindo a ganhar destaque, como a aeroespacial. A Lusospace é uma das empresas deste setor, trabalhando “neste momento na área do espaço e a produzir equipamentos para satélites“, que é “uma área que está a crescer bastante”, conta o CEO, Ivo Vieira. A exportação representa 95% do volume de negócios, nos 2,5 milhões de euros, e os principais mercados são Alemanha, França, Itália, Holanda e Reino Unido.

No plano geral, o INE indica que Espanha foi o principal destino das exportações nacionais de produtos de alta tecnologia em 2022, ultrapassando a Alemanha, que ficou em segundo lugar com 691 milhões de euros. Isto deveu-se essencialmente a um aumento nas vendas de produtos eletrónicos, nomeadamente dispositivos semicondutores. Já os Estados Unidos e França ocupam, respetivamente, as terceira e quarta posições enquanto principais clientes das exportações portuguesas de alta tecnologia.

A empresa de engenharia aeroespacial, que emprega 25 pessoas, está atualmente a desenvolver um “projeto de uma constelação de dois satélites” que acreditam que “vai mudar o panorama português espacial”. Além disso, no ano passado, ganharam um projeto de 4,5 milhões de euros para fornecer um equipamento espacial para uma empresa alemã, o que, para a sua dimensão, “é um projeto enorme e contribui para aumentar as exportações”. “Calculamos que vai aumentar as exportações em 30%”, acrescenta o presidente da Lusospace.

Para Ivo Vieira, “o que distingue Portugal é a capacidade de inovação e preços mais competitivos que o exterior”. “Portugal está a conseguir subir na cadeia de valor e criar produtos e serviços inovadores”, defende o CEO da empresa que é ainda responsável pela implementação de uma componente da Agenda New Space Portugal, enquadrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A operar no setor aeroespacial está também a Tekever, cujas exportações representam mais de 90% do volume de negócios, “com tendência a aumentar”, como adianta o CEO. Esta empresa, que tem mais de 400 trabalhadores com vista a crescer a equipa, “opera no mercado mundial, com particular incidência na Europeu, no sudoeste Asiático, na África Ocidental e na América do Norte”, conta Ricardo Mendes ao ECO.

As principais exportações dizem respeito a produtos e serviços de muito elevado valor acrescentado e intensidade tecnológica na área aeroespacial”, indica, como “Intelligence-as-a-Service, apoiando os nossos clientes a vigiar e proteger vastas extensões e infraestruturas críticas; Sistemas Aéreos Não Tripulados, incluindo equipamentos e serviços relacionados e Sistemas Espaciais, incluindo equipamentos e serviços relacionados”.

Ricardo Mendes defende que “Portugal tem feito um investimento considerável no setor aeroespacial”, sendo que “já há várias décadas que as universidades portuguesas formam profissionais excelentes que, em larga escala, tendem a emigrar ou a integrar empresas de capital maioritariamente estrangeiro”. “As empresas do setor estão tradicionalmente focadas na produção de componentes e subsistemas, e na sua comercialização juntos dos grandes fabricantes Europeus e internacionais”, destacando que “uma parte significativa das empresas do setor são dominadas por capital estrangeiro”.

A Tekever está a tentar contribuir para “uma estratégia setorial assente na criação de cadeias de valor nacionais para produtos e serviços de elevado valor acrescentado, que possam ser comercializados no mercado mundial diretamente junto de clientes finais”, explica o CEO, tendo como objetivo “capturar maior valor para as empresas portuguesas, tornando-as mais competitivas e resilientes, bem como mais aliciantes para os jovens engenheiros”.

Vladimiro Feliz salienta também que a “indústria aeroespacial nacional tem vindo, com base numa estratégia consistente de longo a prazo, a encontrar o seu espaço. “São disso exemplo a participação do CEiiA, e de um conjunto de players nacionais no processo de desenvolvimento e industrialização do KC-390, onde o CEiiA foi responsável pelo desenvolvimento de dois terços da aeroestrutura deste avião, a participação do CEiiA em parceria com a empresa alemã RFA no desenvolvimento de um lançador de microssatélites ou do operador de satélites Geosat, que opera de dois satélites de muita alta resolução e que faz como que, a par da Airbus, seja o segundo maior operador europeu neste domínio”, enumera.

O responsável adianta ainda que o CEiiA “está também a trabalhar no desenvolvimento do primeiro avião português, o Lus 222, que vai potenciar a integração do ecossistema aeronáutico português em toda a cadeia de valor da aeronave”.

Apesar do desempenho, as importações de produtos de alta tecnologia continuam a superar as exportações. Ainda assim, o setor acredita que há espaço para crescer.

https://cnnportugal.iol.pt/alta-tecnologia/exportacoes/portugal-ja-exporta-4-mil-milhoes-de-euros-em-alta-tecnologia/20230811/64d4b4f6d34e72171a0c02e7
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 26, 2023, 01:37:08 pm
Governo reduz carga fiscal nos combustíveis


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 27, 2023, 12:42:03 pm
CIP propõe 15.º mês aos trabalhadores


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Setembro 28, 2023, 12:39:32 am


JOSÉ GOMES FERREIRA - ESTAMOS CONDENADOS À POBREZA
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2023, 10:30:44 am
Todos comigo, PCP, PCP, PCP...  :mrgreen:

 :arrow: https://twitter.com/i/status/1707103983536390220
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 28, 2023, 12:32:06 pm
Prejuízos das autarquias


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 30, 2023, 06:09:40 pm
As cidades mais caras e baratas em Portugal 🇵🇹


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 03, 2023, 11:35:03 am

Nível de vida em Portugal já estará abaixo do da Roménia.
Indicador poderá continuar a cair face à média da União Europeia pressionado pelo peso da fiscalidade, aponta estudo da Faculdade de Economia do Porto (FEP).


O nível de vida em Portugal poderá continuar a cair face à média da União Europeia (UE) e já estará abaixo da Roménia, pressionado pelo peso da fiscalidade, segundo um estudo da Faculdade de Economia do Porto (FEP).

O estudo, que representa o primeiro capítulo da publicação 'Economia e empresas: tendências, perspetivas e propostas', uma edição do novo Gabinete de Estudos Económicos, Empresarias e de Políticas Públicas (G3E2P) da instituição, analisou a evolução do nível de vida em Portugal e apresentou um cenário pouco otimista.

"A perda relativa [do nível de vida] entre 1999 e 2022 resultou do pior comportamento relativo da produtividade por empregado e da taxa de desemprego e, em menor medida, da redução da vantagem relativa na taxa de atividade da população", destacou a FEP, num comunicado.

A FEP avisou ainda que a previsível revisão em alta da população nos dados do Eurostat (incorporando informação mais recente do INE) irá piorar ainda mais o nível de vida relativo, colocando Portugal abaixo da Roménia, na 6.ª pior posição em 2022 (75,9% da UE), em vez da 7.ª pior nos dados oficiais (77,1%).

A instituição realçou ainda que "os sinais de reversão das vantagens relativas temporárias de Portugal desde o início da guerra na Ucrânia, ao nível do turismo (pela imagem de destino bonito e seguro, longe do conflito) e da energia, são claros, pelo que tenderão também a piorar" o nível de vida relativo proximamente.

O estudo da FEP aponta ainda para "uma forte sobrestimação da queda do número de horas por empregado oficiais entre 2019 e 2022 em Portugal face à evolução efetiva da jornada de trabalho, resultando numa subida da produtividade horária muito acima da registada na UE", citando outros trabalhos sobre teletrabalho que apontam "para um aumento das horas trabalhadas em reflexo de perdas de produtividade, sobretudo a tempo integral, embora haja vantagens, como a conciliação com a vida familiar".

A FEP aconselha "a realização de inquéritos para aferir as horas de trabalho efetivas, garantindo anonimato", defendendo que "antes de se pensar em descidas adicionais na jornada de trabalho de cariz administrativo, é preciso primeiro garantir que, tanto quanto possível, os horários oficiais atuais são cumpridos, reforçando a fiscalização".

"A tendência de redução das horas trabalhadas é secular e acentuar-se-á com os avanços tecnológicos, mas tal deverá ser decisão de empresas e trabalhadores, não administrativa", assegurou.

O estudo mostra ainda que "o peso no PIB dos fatores geradores de riqueza encolheu em favor dos impostos e contribuições, ao contrário da UE, ajudando também a explicar o nosso menor crescimento económico, pois é preciso primeiro gerar riqueza antes de a repartir", segundo a FEP.

A instituição assegurou que "a fatia para o Estado tem sido cada vez maior, explicando o máximo de 36,4% do PIB de carga fiscal em 2022 que, após relativizada pelo nível de vida relativo, se traduz num esforço fiscal 17% acima da média da UE, o 5.º maior".

Segundo a FEP, "no período mais recente, de 2019 a 2022, a carga fiscal subiu de 34,5% para 36,4% do PIB e o esforço fiscal de 109,7% para 116,8%, com as receitas fiscais a serem impulsionadas pelo efeito da inflação sem que o Estado tenha desagravado significativamente a tributação para contrariar esse efeito, em sentido diverso do resto da UE".

in Sábado

Mais uma meta prestes a ser alcançada!

(https://media.tenor.com/un-cvLV144AAAAAC/marcelo-marcelo-rebelo-de-sousa.gif)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 03, 2023, 01:40:06 pm
Mais de 200 contratações por ajustes diretos na JMJ




Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Outubro 04, 2023, 09:16:50 am

https://www.lusa.pt/article/41607688/pre%C3%A7o-das-casas-recua-na-ue-no-2-%C2%BA-trimestre-portugal-com-4-%C2%AA-maior-subida

Bruxelas, 03 out 2023 (Lusa) – O preço das casas recuou 1,7%, no segundo trimestre, na zona euro, e 1,1% na União Europeia (UE), face ao período homólogo, com Portugal a registar a quarta maior subida (8,7%), segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Outubro 04, 2023, 10:52:37 am

https://www.lusa.pt/article/41607688/pre%C3%A7o-das-casas-recua-na-ue-no-2-%C2%BA-trimestre-portugal-com-4-%C2%AA-maior-subida

Bruxelas, 03 out 2023 (Lusa) – O preço das casas recuou 1,7%, no segundo trimestre, na zona euro, e 1,1% na União Europeia (UE), face ao período homólogo, com Portugal a registar a quarta maior subida (8,7%), segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat

Este governo, com o mesmo PM de à 8 anos, sabe mesmo resolver os problemas!!!!!

Eu dou sugestões baratas para resolver o problema na habitação:
- Controlo e limitação dos vistos concedidos;
- Os grandes centros urbanos têem pessoas a mais (para a habitação disponível) e o interior pessoas a menos, basta descentralizar e incentivar a fixar pessoas;
- Quem não pagar a renda é posto fora de casa;
- Quem tem mais dificuldades, deve ser o Estado a dar resposta (incluindo naturalmente as autarquias), não cabe ao senhorio esse papel;
- O Banco de Fomento deveria ter como um dos objectivos a construção de imóveis, para venda ou arrendamento;
- Desagravamento fiscal para o arrendamento de imóveis;

Deixo também uma pergunta, o PRR disponibiliza 1,211 mil milhões de euros para a habitação....... as casas estão a ser construídas?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 04, 2023, 02:36:24 pm
Ao cuidado do governo Português e da Confederação Empresarial de Portugal, eis como se faz as coisas com cabeça, tronco e membros.

Lidl investe 6,5 milhões em aumentos salariais para os trabalhadores a partir de 2024

Trabalhadores de loja e entreposto do Lidl vão ter aumentos salariais de 10%no próximos ano.

Lidl anunciou hoje um aumento de até 10% nos salários dos trabalhadores de loja e entreposto a partir de 2024, num investimento de 6,5 milhões de euros que englobará “mais de 90%” dos funcionários.

“Num investimento avaliado em 6,5 milhões de euros, este aumento entra em vigor já em janeiro de 2024, reforçando o empenho da insígnia na sua proposta de valor aos seus colaboradores e potenciais candidatos”, sustenta o Lidl em comunicado.


“Desta forma — acrescenta – os colaboradores de loja e entreposto verão a sua remuneração aumentada no próximo ano, seja por progressão em escalões já existentes ou pela criação de um escalão adicional“.

Segundo recorda a cadeia alemã de supermercados, esta revisão salarial anual segue-se ao aumento do subsídio de refeição de 7,63 euros para 9,60 euros, anunciado em setembro e que entra em vigor já este mês, num investimento anual adicional avaliado em 3,5 milhões de euros.

“Sermos competitivos e cuidarmos das nossas pessoas é uma das nossas prioridades”, afirma a administradora de Recursos Humanos do Lidl Portugal, Maria Román, citada no comunicado, salientando que o objetivo do grupo é “garantir a criação de um emprego estável e de qualidade”.

Assumindo como “prioridade a manutenção de vínculos laborais sólidos”, a empresa diz que todos os seus trabalhadores possuem contratos sem termo (“exceto em situações pontuais de fluxos adicional de trabalho”), recebendo um subsídio de refeição de 9,60 euros/dia e subsídios de férias e Natal.

Adicionalmente, “todos os colaboradores do Lidl, independentemente da sua carga horária ou contrato, usufruem de um seguro de saúde de referência com um valor de mercado de 440 euros, com extensão ao seu agregado familiar em condições muito vantajosas”, podendo ainda gozar uma folga no seu dia de aniversário (ou numa data à escolha do colaborador, a partir de 2024) e de três dias adicionais de férias anuais na ausência de faltas injustificadas.

Há 28 anos em Portugal, o Lidl conta com cerca de 9.000 colaboradores, distribuídos por mais de 270 lojas e quatro direções regionais e entrepostos, além da sede, em Santo Tirso (Norte), Torres Novas (Oeste), Sintra (Centro) e Palmela (Sul).

 :arrow: https://eco.sapo.pt/2023/10/03/lidl-investe-65-milhoes-em-aumentos-salariais-para-os-trabalhadores-a-partir-de-2024/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 06, 2023, 01:25:55 pm
Crédito à habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 09, 2023, 01:32:14 pm
Novo salário mínimo


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 11, 2023, 12:32:02 pm
Análise ao Orçamento do Estado 2024


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 14, 2023, 05:45:25 pm
‘Este orçamento é muito habilidoso, porque é prudente e esperto’

José António Ferreira Machado, economista e professor universitário, diz que o Governo dá com uma mão e tira com a outra: ‘Ao fim do dia, a carga fiscal continua a ser das maiores da Europa’, mesmo com uns pequenos ajustamentos.

Como vê as linhas principais do Orçamento do Estado? Acha as metas realistas?

São previsões. O mundo está tão incerto que não faria grande fé. Sempre que se comenta o Orçamento, há muitos comentadores que dizem: ‘Isto tem pouca política económica, é só parte financeira e precisava de ter mais economia’. Como tenho sempre expectativas muito baixas relativamente nunca acho isso. É um documento, sobretudo, financeiro e, por isso, nunca fico muito desiludido com a falta de uma grande visão para o desenvolvimento da economia, algo mais estruturante. Qualquer que seja o Orçamento do Estado, nunca espero muito dele. É uma listagem dos instrumentos financeiros e na realidade depois há diferença entre o Orçamento e a sua execução. Nunca se sabe muito bem o que vai ser. Mas de qualquer maneira, este é um Orçamento esperto, é um Orçamento habilidoso.

Habilidoso como?

É um Orçamento que tem duas bandeiras: é prudente e, ao mesmo tempo, pisca o olho às eleições a ocorrer em 2024, prometendo mais do que na realidade vai dar. Ou seja, é prudente e acena com uma mão muito visível, mas depois vai retirar com a outra. E para perceber o porquê de dizer isto é preciso ver quais são as bandeiras deste Governo. Uma é o aumento do rendimento disponível de certos setores da população que tem um peso eleitoral muito importante. Estamos a falar dos aumentos por via fiscal até ao quinto escalão, dos aumentos das pensões de reforma e estamos a falar dos aumentos salariais na função pública. Isto é, procura dizer que se dá rendimento a certos segmentos da população.


Daí o ministro dizer que é um orçamento para ajudar famílias?

Isso é a retórica a pensar na ajuda de algumas famílias. Não gosto do artigo indefinido das famílias em geral, porque se formos esmiuçar, é de alguns segmentos da população. A segunda bandeira é a redução da dívida pública abaixo dos 100% do PIB para cerca de 99%, uma coisa que não é alcançada desde 2009. São estas as duas bandeiras: uma dá rendimento às pessoas, a outra a dívida pública. E por que digo que é um Orçamento prudente? Porque poucas pessoas – se bem que posso argumentar um pouco sobre o ritmo – acharão que com um mundo tão incerto, com as taxas de juros a subir, querer reduzir a dívida pública ou ter a dívida pública controlada é a parte prudente. E por que é eleitoralista? Porque basicamente promete um aumento de rendimento maior do que é na realidade. E por várias vias. Primeiro, porque os impostos indiretos aumentam, logo, o que se dá por via da redução de impostos diretos retira-se por via dos aumentos de taxas, dos impostos específicos, etc. Depois, porque o ajustamento dos escalões de IRS em 3% está claramente abaixo dos aumentos salariais e provavelmente vai ser o aumento da inflação, e por isso muitas pessoas vão ser chutadas para um escalão superior e vão pagar mais por via dos aumentos salariais. Por outro lado, os aumentos variam entre 18 e 75 euros por mês, segundo ouvi um fiscalista calcular, mas se dissermos que ‘os seus impostos baixam 20 euros por mês’, acho que ninguém vai ficar assim tão excitado. Além disso, limitam só o quinto escalão. E o quinto escalão são as pessoas que ganham menos de cerca de 2.000 euros por mês. É uma grande proporção da população, mas também há uma proporção importante que fica fora dessa franja. Por outro lado, ao fazer essa transferência de rendimento por via fiscal deixa de fora as pessoas que não pagam em IRS por ganharem pouco, por ganharem menos de 800 euros ou uma coisa assim ou por ganharem no limiar do salário mínimo. Isto é, há um conjunto de pessoas que também não sai beneficiado. Acho que a promessa é maior do que o que vai ser entregue no fim do dia. Só que as eleições são a meio do ano, mas são antes de haver o acerto final das contas. Isto é, cria-se uma ilusão, quase uma ilusão fiscal, porque as pessoas ligam mais aos impostos diretos. A retórica em torno da redução de impostos é muito forte e será muito forte, principalmente quando as pessoas notam menos as questões como o ajustamento dos escalões, o aumento das taxas e dos impostos indiretos. Daí dizer que é um orçamento prudente e esperto.

Principalmente porque havia uma grande expectativa em torno da redução da carga fiscal…

Havia uma grande expectativa, uma grande promessa. E, no fim do dia, a carga fiscal global quer sobre as pessoas, quer sobre as empresas são ajustamentos tão menores que globalmente continuamos a ter uma das maiores cargas fiscais da Europa. Essa sensação não vai diminuir porque esta carga fiscal é enorme. E assiste-se, por outro lado, a uma continuada degradação dos serviços públicos em todas as áreas. É a saúde, é a habitação, são os transportes públicos, é a justiça, são os professores. Portanto, há uma contínua degradação do serviço público, ao mesmo tempo que mantemos esta carga fiscal elevada. Outra coisa que é importante notar é que este ajustamento até ao quinto escalão só agrava a progressividade do IRS, que já é muito progressivo, numa altura, em que estamos muito preocupados com a fuga de talentos, com os jovens que querem ir lá para fora. Nós pagamos impostos, os jovens pagam impostos muito altos para níveis de rendimento que, por padrões europeus, são muito baixos. Este agravamento da progressividade significa que, não obstante a retórica – de dar passes para os jovens, de devolver as propinas – não vai ter nenhum efeito na retenção de talento, porque um jovem pode até querer ficar porque tem um custo porreiro, espera dentro de cinco anos ganhar x e de repetente está a pagar taxas de 35% ou uma coisa assim, sem contar com os descontos para a Segurança Social. Este agravamento da progressividade também me parece um aspeto negativo.

E do lado das empresas pouco ou nada se vê…

Estive a ver o Orçamento com alguma atenção, vi o IRC e pode ser defeito meu mas não vi literalmente nada. Não fiz uma busca exaustiva pela palavra empresas, mas olhando o documento não vi nada que se dirigisse às empresas.

Além da redução do IRC para quem suba os salários acima de 5%…

Esta coisa de fazer reduções de impostos contingentes a fazer isso ou aquilo não é boa política económica. Os impostos devem ser tão neutros quanto possíveis e isso é uma coisa que é fogo de vista. Mesmo aquela ideia do fundo estruturante, onde serão colocados os excedentes, está ali apenas com um intuito comunicacional.

E continuamos com os impostos indiretos a disparar..

Acho que há aqui uma anestesia, uma ilusão fiscal, porque as pessoas quando olham para os impostos olham tipicamente para o que lhes é retido na fonte todos os meses. Vendo a folha salarial, nós pagamos x e a retenção da fonte é y. É algo muito visível, enquanto que o aumento do imposto de circulação e os outros impostos indiretos, taxas aqui e taxas ali são coisas das quais as pessoas têm uma medição menos exata, apercebem-se menos.

Como vê o agravamento do IUC?

É uma medida que é regressiva, quem tem um carro anterior a 2007, que começa a ser velho, é porque provavelmente não tem rendimentos para trocar de carro. A não ser que seja um colecionador de carros antigos. Daí dizer que é prudente e habilidoso. É prudente e isso é bom, porque o mundo não está para brincadeiras. Ao mesmo tempo, procura disfarçar isto dizendo que está a dar bombons a toda a gente. E há dois aspetos que estão um bocadinho omissos da discussão pública. Uma é a questão da redução da dívida pública. Isto é, de analisarmos a dívida pública de uma perspetiva meramente conjuntural e de quanto é que se vai ter de pagar de juros do serviço da dívida. Mas a dívida pública tem um aspeto intergeracional. A dívida de hoje são impostos que vão ser pagos pelas gerações futuras. E muitas vezes diz-se: ‘Estou a reduzir acentuadamente a dívida porque não quero que as gerações presentes vivam à conta das gerações futuras, que vão ter de pagar os desmandes das gerações presente’. Se bem que isto em geral seja verdade, acho que a geração presente tem sido extraordinariamente sacrificada. Já viveu várias crises: a crise financeira de 2008, o período da troika e a covid. A ideia de se calhar estarmos a sacrificar a geração presente em benefício de não onerar as gerações futuras deve ser discutida. Esta justiça intergeracional, associada a um ritmo muito acentuado de redução da dívida pública, é algo que me parece importante. Do mesmo modo que o facto de dizermos que temos um excedente nas contas também deveria ser alvo de uma outra discussão que deveria existir e questionar se temos um excedente excessivo face à situação económica que temos então não seria melhor ter um défice de 1%, por exemplo? Outro aspeto que está totalmente omisso é o capital público. Há estudos de colegas economistas que mostram que o stock de capital público tem vindo a cair desde 2011. Isto é, o que temos gasto todos os anos nem cobre a depreciação e manifesta-se em todo o lado, mas a questão é saber se não vale a pena contrair dívida para reforçar este stock de capital. São duas ideias que estão muito próximas uma da outra, mas que não tem a ver com este Orçamento especificamente. O Orçamento não faz a política económica. O Orçamento decorre da política económica, é um instrumento da política económica e tem que estar a montante do Orçamento. Estes aspetos têm a ver com o nosso futuro e como é que o futuro impacta o presente. É como nas famílias será que passo fome para deixar uma herança maior aos meus filhos? Ou quanto é que devo poupar hoje para os meus filhos poderem gastar no futuro? Isto colocado assim percebe-se melhor o que quero dizer.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 18, 2023, 11:00:40 am
Menos 659 mil pobres desde 2015


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Outubro 19, 2023, 02:55:20 pm
Economia portuguesa com excedente externo histórico de 5,1 mil milhões até agosto

https://eco.sapo.pt/2023/10/19/economia-portuguesa-com-excedente-externo-historico-de-51-mil-milhoes-ate-agosto/

Citar
A economia portuguesa registou um excedente externo de 5,1 mil milhões de euros até agosto, o que compara com um défice de 1,9 mil milhões no mesmo período de 2022.


Aeconomia portuguesa registou um excedente externo de 5,1 mil milhões de euros até agosto, o que compara com um défice de 1,9 mil milhões no mesmo período de 2022, divulgou o Banco de Portugal esta quinta-feira.

Os dados revelam que o excedente registado entre janeiro e agosto deste ano é o mais elevado registado durante os oito primeiros meses do ano desde o início da série de dados, em 1996.


Segundo o Banco de Portugal, a melhoria do saldo externo de Portugal até agosto em sete mil milhões de euros face ao período homólogo do ano passado resulta da diminuição do défice da balança de bens, do aumento do excedente da balança de serviços e da subida do excedente da balança de capital.

O défice da balança de bens caiu 1.021 milhões de euros, uma vez que as exportações aumentaram ligeiramente e as importações decresceram (+0,1% e -1,4%, respetivamente).

Por sua vez, o aumento do excedente da balança de serviços em 4.742 milhões de euros, reflete em grande medida os acréscimos, de 2.403 milhões de euros, do saldo das viagens e turismo e, de 1.848 milhões de euros, do saldo dos serviços de transporte, segundo o BdP.

Já a subida do excedente da balança de capital, de 950 milhões de euros, para 2.048 milhões de euros, deve-se sobretudo “a uma maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia com vista ao investimento e a um aumento da cedência de licenças de carbono”.

Os dados do supervisor bancário indicam ainda que capacidade de financiamento da economia portuguesa nos primeiros oito meses deste ano se traduziu num saldo da balança financeira de 5.488 milhões de euros.

Esta evolução reflete o aumento dos ativos sobre o exterior, de 8.684 milhões de euros, e o aumento dos passivos externos, de 3.196 milhões de euros.

Isolando o mês de agosto, Portugal registou um excedente das balanças corrente e de capital de 1.951 milhões de euros, que compara com um excedente de 571 milhões de euros no mesmo mês de 2022.

O Banco de Portugal destaca que o saldo da balança de bens e serviços apresentou “um aumento expressivo”, de 1.361 milhões de euros, fixando-se em 1.560 milhões de euros.

Esta evolução resultou por um lado, da diminuição, de 773 milhões de euros, do défice da balança de bens, para 2.234 milhões de euros e por outro lado, do acréscimo de 588 milhões de euros do excedente da balança de serviços, para 3.794 milhões de euros
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 19, 2023, 06:27:29 pm
Sim ou Não–Choque Fiscal: Baixar os impostos e reduzir a despesa? (em parceria com Portugal Amanhã)


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 24, 2023, 12:55:09 pm
Bancos castigam clientes com comissões mais caras


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 26, 2023, 11:48:03 am
Ricardo Kendall: "Estamos há 4 anos à espera de licenças de câmaras"


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 26, 2023, 01:47:53 pm
Crédito ao consumo em queda


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 26, 2023, 06:37:14 pm
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 27, 2023, 10:52:15 am
Ricardo Kendall: "Estamos há 4 anos à espera de licenças de câmaras"



5 anos foi o tempo que demorou a conseguir a licença, 5 anos! >:(
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Luso em Outubro 27, 2023, 11:17:00 am
Ricardo Kendall: "Estamos há 4 anos à espera de licenças de câmaras"



5 anos foi o tempo que demorou a conseguir a licença, 5 anos! >:(

Pode ir a tribunal, ganhar a causa e mesmo assim a Câmara não licencia, porque a Câmara arranja sempre motivo para indeferir. E mesmo que não arranje, pode deixar-se estar. Uma coisa é a sentença, outra a execução da mesma.
Solução? Untar decisor e partido.
Conquistas de abril...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 30, 2023, 01:33:43 pm
Rendas de 2024 sem travão no aumento


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 02, 2023, 12:32:55 pm
Inflação recua para 2,1% em outubro


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 02, 2023, 12:40:20 pm
20 mil pedidos de ajuda à DECO para travar endividamento


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 02, 2023, 01:02:22 pm
Bosch vai investir 100 milhões euros na sua fábrica de Aveiro

Não só de carros elétricos se pinta o futuro, pelo que há outros investimentos a serem feitos, tendo em vista a neutralidade carbónica. À Bosch, não escapou o pormenor dos edifícios e do quão importante é que eles consigam ser neutros. Por isso, a empresa está a investir na expansão da sua capacidade de desenvolvimento e produção de bombas de calor, em Aveiro.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_aveiro-3.jpg)

Tendemos a apreciar os investimentos feitos no estrangeiro, descurando aqueles que movem e fazem evoluir o nosso país. No sentido da neutralidade carbónica, contudo, a Bosch acaba de anunciar a expansão da sua localização em Aveiro, com um investimento de cerca de 100 milhões de euros até 2026.

O objetivo da empresa passa por erguer novos laboratórios e dois edifícios, bem como assegurar linhas adicionais de produção de bombas de calor. A médio prazo, espera-se aumentar em várias centenas o número de colaboradores.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_home_comfort_aveiro00.jpg)

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_aveiro-1.jpg)

Embora não sejam o foco, atualmente, de facto, a neutralidade dos edifícios é importante, e as bombas de calor são um componente fundamental para esse fim. Com isto em mente, a Bosch investirá um total de mais de mil milhões de euros na expansão de uma rede até o final da década. Esta incluirá, além de Aveiro, em Portugal, Eibelshausen, na Alemanha, e Tranås, na Suécia.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_home_comfort_rede00.jpg)

    Estamos a investir agora no desenvolvimento e fabricação das nossas bombas de calor para garantir que podemos aumentar a produção ao ritmo necessário.

    A Bosch tem como objetivo ocupar uma posição de liderança no mercado internacional de bombas de calor, é por isso que estamos gradualmente a expandir as nossas atividades nesta área.

Partilhou Christian Fischer, vice-presidente do conselho de administração da Bosch, responsável pelos setores de Energia e Tecnologia de Edifícios e Bens de Consumo da empresa.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_home_comfort_aveiro_numeros00.jpg)

Mais do que isso, a executiva explicou que a Bosch "está a seguir uma estratégia de longo prazo para a sua divisão de Home Confort", pois quer que as suas "soluções de produtos sustentáveis ajudem os consumidores a viver um estilo de vida confortável e amigo do ambiente".

As bombas de calor da Bosch são "made in Europe"

As bombas de calor e os híbridos de bomba de calor são elementos essenciais para a descarbonização dos mais de 200 milhões de edifícios localizados apenas na Europa.

Por isso e para alcançar as metas climáticas no setor dos edifícios e construção, a divisão Home Comfort tem por base um portefólio diversificado, que considera a acústica, a eficiência, os sistemas de rede e a refrigeração natural dos edifícios.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_home_comfort_aveiro_areas00.jpg)

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_home_comfort_aveiro_solucoes00.jpg)

    As nossas bombas de calor ostentam a etiqueta "made in Europe". Os nossos engenheiros, investigadores e desenvolvedores trabalham de mãos dadas dentro da nossa rede de produção para desenvolver bombas de calor de última geração.

    Com o amplo investimento e a expansão adicional que está agora a chegar a Aveiro, estamos a impulsionar a eletrificação dos edifícios e a combinar o conforto doméstico com a tecnologia verde.

Revelou Jan Brockmann, CEO da Bosch Home Comfort.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch_aveiro-2.jpg)

A Bosch Home Comfort tem vindo a desenvolver e produzir tecnologias para o aquecimento de água, em Aveiro, há muitos anos. Esta localização é também o centro de desenvolvimento de bombas de calor para o sul da Europa.

Além disso, a unidade de Aveiro irá fabricar as unidades exteriores e as unidades interiores para as bombas de calor Compress 5800i AW e Compress 6800i AW da próxima geração, que são particularmente silenciosas, e utilizam o refrigerante ecológico propano.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch01.jpg)

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch00.jpg)

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/10/bosch02.jpg)

Maximilian Lederer, gestor de produtos da Bosch Home Comfort, esclareceu que um dos elementos diferenciadores das últimas gerações de bombas de calor da Bosch "é que são compactas e fáceis de instalar, e utilizam o propano amigo do ambiente como refrigerante".

Por sua vez, Tino Hirsch, diretor de vendas da Bosch Home Comfort, na Alemanha, destacou que o formato horizontal das bombas de calor permite que sejam colocadas em várias posições, interagindo "visualmente, de forma apelativa, num quintal ou jardim".

https://pplware.sapo.pt/motores/bosch-vai-investir-100-milhoes-de-euros-na-sua-fabrica-de-aveiro/

Uma das grandes empresas industriais de referência, com várias unidades industriais em Portugal!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 02, 2023, 01:23:37 pm
IVA zero motiva milhares de reclamações


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Ataru em Novembro 02, 2023, 08:30:30 pm
Amanhã é a audição no Parlamento sobre o Orçamento de Estado 2024 com a Ministra da Defesa.
Se pudessem estar presentes e fazer perguntas à Ministra, o que lhe perguntavam?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 03, 2023, 12:28:25 pm
Contra o aumento do IUC


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Novembro 04, 2023, 06:50:59 pm
Ricardo Kendall: "Estamos há 4 anos à espera de licenças de câmaras"



5 anos foi o tempo que demorou a conseguir a licença, 5 anos! >:(

Pode ir a tribunal, ganhar a causa e mesmo assim a Câmara não licencia, porque a Câmara arranja sempre motivo para indeferir. E mesmo que não arranje, pode deixar-se estar. Uma coisa é a sentença, outra a execução da mesma.
Solução? Untar decisor e partido.
Conquistas de abril...
Mesmo informando o tribunal dos indeferimentos?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 10, 2023, 03:39:03 pm
IMI pode aumentar mais de 6% já no próximo ano

Portugal atravessa um período de indefinição. O Presidente da República fez saber que haverá eleições no nosso país já dia 10 de março de 2024. De acordo com informações recentes, o IMI pode aumentar mais de 6% já no próximo ano.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/11/IMI_00.jpg)

IMI de 500 euros sobe 33 euros e passa a ser de 533 euros/ano

As taxas do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) são fixadas anualmente pelos Municípios da área de localização dos prédios. O pagamento pode ser realizado na totalidade ou em prestações.

Por regra, o fisco devia, a cada três anos, fazer a atualização automática desse valor patrimonial que, como consequência, levaria a um aumento do IMI, segundo refere a SIC Noticias.

Segundo o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro...

    Há uma portaria que vai atualizar o IMI (...) vai ser atualização em 6,75% que é uma atualização muito elevada, porque, como sabemos, o que está previsto no OE é de uma inflação de 2,9% e o imposto é atualizado em mais do dobro da inflação

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2023/02/financas_03.jpg)

Assim, contas feitas, um IMI de 500 euros sobe 33 euros e passa a ser de 533 euros por ano. A Associação Nacional dos Proprietários lembra que o código do IMI prevê essa atualização de três em três anos do valor patrimonial, mas que ela não tem acontecido.

A SIC contactou o fisco para perceber se vai ou não avançar com a atualização, mas não obteve resposta, em tempo útil.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu no final de outubro, no Parlamento, que o IMI não iria aumentar no próximo ano.

https://pplware.sapo.pt/internet/imi-pode-aumentar-mais-de-6-ja-no-proximo-ano/

Gente séria é assim......
Vamos agora recordar o que disse o Medina à dias atrás:

https://www.publico.pt/2023/10/26/economia/noticia/medina-garante-nao-ha-subida-imi-horizonte-2068146
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 12, 2023, 10:36:13 am
Emigrantes na Suíça reformados voltam em força a Portugal onde se sentem estrangeiros

São cada vez mais os portugueses emigrantes na Suíça que após a reforma, e por incapacidade económica de permanecerem naquele país onde viveram décadas, regressam a Portugal, onde se sentem novamente "estrangeiros", segundo a investigação de uma socióloga portuguesa.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-06/img_900x560$2023_06_14_08_40_02_454651.jpg)

"Partir ou ficar? Transição para a reforma e migração de regresso de casais portugueses na Suíça" é o nome da tese de doutoramento em sociologia de Liliana Azevedo, defendida pela autora no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.

O estudo centra-se na transição para a reforma de casais portugueses emigrados na Suíça e visou apurar "o que acontece no fim da vida profissional, quando o principal motivo da emigração, o trabalho, deixa de existir".

Os dados recolhidos apontam para uma aceleração, na última década, dos movimentos de saída da Suíça de portugueses com mais de 60 anos e sugerem que, na hora da reforma, o regresso a Portugal é cada vez mais frequente.

Com os principais fluxos migratórios de Portugal para a Suíça a acontecerem entre 1984 e 1991, altura em que entraram cerca de 54 mil portugueses por ano, as aspirações e objetivos destes emigrantes foram-se alterando durante o seu percurso.

"A maior parte tinha realmente como projeto de vida ir uns tempos [para a Suíça] e regressar. Para esses, parece que estão a concretizar um projeto de vida pessoal, mas os projetos de vida foram mudando ao longo do tempo e muitas pessoas quando chegam aos 60, 65 anos, já não pensam em regressar de forma permanente a Portugal", disse à Lusa.

E acrescentou: "O que se verifica é um constrangimento de ordem económica. Todo o sistema suíço, nomeadamente o sistema de reforma, não favorece que estas pessoas que ocuparam os escalões mais baixos da economia suíça e que têm pensões relativamente baixas" fiquem nesse país.

"O que leva os portugueses a regressar é a dificuldade ou a incapacidade de muitos em ficar na Suíça", sublinhou.

A investigação apurou que, na hora de decidir, os cônjuges nem sempre estão de acordo, tornando mais visíveis as assimetrias de uma vida, com as mulheres em desvantagem, uma vez que as suas trajetórias profissionais foram, frequentemente, mais precárias e irregulares e, logo, as suas pensões são inferiores às dos maridos e nem sempre dispõem de um fundo de previdência profissional próprio.

O regresso a Portugal revela-se, para muitos, "uma nova migração", neste caso uma "migração de regresso".

Após muitos anos num outro país, e sem acompanhar o quotidiano em Portugal, apesar de o visitar e seguir através da televisão, "quando chegam muitas vezes não estão eles próprios preparados para o desfasamento que têm".

"O primeiro e segundo ano são muito difíceis em termos de reintegração, é preciso voltarem a apropriar-se dos códigos e das normas, as pessoas já não sabem como lidar com as instituições portuguesas, até porque houve uma grande digitalização no país. Há este sentimento de se sentir novamente emigrante, de pessoa que vem de fora", referiu.

Para Liliana Azevedo, que continua a investigar a emigração portuguesa na Suíça, "as autoridades portuguesas não estão conscientes, não estão alertas e atentas para os emigrantes mais envelhecidos. Todo o discurso mediático mostra que a preocupação é com a mão-de-obra, os jovens, os que vêm para trabalhar".

"Há um entendimento de que as pessoas irão regressar de qualquer forma e não é preciso fazer nada de concreto para que regressem", mas "temos de estar atentos para as necessidades específicas e para os lugares para onde regressam", defendeu.

"Alguns estão a regressar para zonas que entretanto foram despovoadas, no interior, aldeias, não encontram serviços de que precisam", disse a socióloga, alertando para "o forte potencial de dinamização da economia local" que estes emigrantes reformados representam.

Mas também há quem queira regressar a Portugal, mas não ao seu local de origem, que entretanto foi esvaziado dos familiares e conhecidos, o que é uma ameaça em termos de solidão.

Estes portugueses também regressam com necessidades em termos de saúde, até porque "são pessoas que ocuparam postos de trabalho desgastantes, com morbilidades várias e necessitam, de facto, de serviços especializados".

Por esta razão, "podem às vezes ser vistas pelas populações locais como alguém que vem pressionar ainda mais os serviços de saúde".

Para Liliana Azevedo, estes desafios acabam por ser ultrapassados, mas as autoridades podiam ajudar a minimizar os seus impactos, promovendo a informação e facilitando o seu relacionamento com as instituições.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/emigrantes-na-suica-reformados-voltam-em-forca-a-portugal-onde-se-sentem-estrangeiros?ref=DET_Recomendadas_pb
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 18, 2023, 09:15:44 am
Moody’s sobe rating de Portugal para clube do 'A'. Nunca tinha estado acima de Espanha

A agência de notação financeira elevou a classificação atribuída à República, o que não acontecia desde setembro de 2021. Fica agora um nível acima do rating atribuído pela S&P e no mesmo patamar que a Fitch e DBRS. "Excelente notícia", diz Medina.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2013-05/img_900x560$2013_05_07_15_46_10_199980_im_638358493543669144.png)

A Moody’s melhorou a notação da dívida soberana de Portugal em dois níveis, para o 7.º grau da categoria de investimento de qualidade (ou seja, quatro níveis acima de "lixo").

Com esta subida, Portugal regista pela agência Moody's uma avaliação de risco que é melhor que a que atribui a Espanha. Nunca Portugal teve uma notação superior à espanhola por qualquer agência.

Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) foi revisto em baixa, de positivo para estável. Em maio passado, recorde-se, a agência tinha subido a perspetiva para positiva, indicando assim a possibilidade de vir a fazer um "upgrade" da classificação - o que aconteceu.

Desde setembro de 2021 que a notação da República estava no segundo nível acima de "lixo". Entretanto, as duas outras grandes agências, Fitch e a Standard & Poor’s, tinham melhorado a notação portuguesa, para três níveis acima de "junk", mas a Moody’s continuava sem lhe mexer. Em setembro passado, a Fitch voltou a subir a nota, colocando Portugal no clube do 'A' - algo que a Modody's fez também agora.

O atual rating de A3 significa que a agência considera que Portugal dispõe de uma "forte capacidade de reembolso" da dívida.

"Excelente notícia", diz Medina

"A subida de dois níveis no rating de Portugal para A3 anunciada pela Moody’s é uma excelente notícia para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.

Portugal fica agora com uma notação de risco em patamar de ‘A’ por três agências de rating (Moody’s, Fitch e DBRS), o que abre a porta de um conjunto muito alargado de investidores à dívida pública portuguesa, refere o Ministério das Finanças em comunicado.

"Esta avaliação traduz-se assim em juros mais baixos para o Estado, as empresas e as famílias, o que é sempre importante, mas é ainda mais importante num contexto de uma política do BCE de taxas de juro altas", acrescenta.

O facto de esta decisão da Moody’s ter sido tomada já após a marcação de eleições legislativas antecipadas "demonstra que os fundamentais da economia são robustos e confirma que Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia e maior credibilidade internacional. Um lugar que é essencial preservar", aponta ainda o ministério tutelado por Medina.

Os "créditos" de Portugal

A Moody’s justifica a decisão no relatório divulgado esta noite, dizendo que "reflete os sustentados efeitos positivos, no médio prazo, de uma série de reformas económicas e orçamentais, no desendividamento do setor privado e no fortalecimento em curso do setor bancário".

As perspetivas para Portugal no médio prazo, sublinha a agência, "são alicerçadas em significativos investimentos privado e público, bem como na implementação de mais reformas estruturais, ambos em associação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do país".

"Além disso, nos próximos anos, ao contrário de outros países em vias de envelhecimento, a Moody’s estima que o impacto negativo das tendências demográficas sobre o crescimento potencial seja atenuado por uma sustentada migração líquida, maiores taxas de participação e aumento do crescimento da produtividade laboral", aponta o relatório.

Enquanto isso, refere a agência, "o choque pandémico interrompeu apenas temporariamente a redução do encargo da dívida". "O crescimento robusto e os orçamentos amplamente equilibrados significam que o encargo da dívida continuará a diminuir a um dos ritmos mais rápidos de entre as economias avançadas, apesar de partir de níveis altos".

A Moodys salienta ainda que o facto de haver mais tendências positivas na solidez económica e orçamental equilibra os recentes riscos políticos. "As investigações de corrupção fizeram com que o primeiro ministro, António Costa, se demitisse, levando assim o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar eleições antecipadas. Embora as evidências, até agora, mostrem que as instituições portuguesas permitem que Portugal solucione esta questão de forma eficaz, estes desenvolvimentos políticos poderão abrandar o progresso no investimento e nas reformas associados ao PRR", refere.

Ainda como potencial aspeto negativo, a agência aponta também a exposição do país a riscos climáticos, "que poderão ter um impacto material negativo no crescimento e nos indicadores que a Moodys atualmente assume".

Apesar destes riscos, a Moody's estima, de momento, que a economia portuguesa cresça a um ritmo médio de 2% nos próximos cinco anos.

A importância de estar no clube do rating 'A'

"A decisão da agência Moody’s sucede a melhoria da perspetiva pela agência Standard & Poor’s ocorrida em setembro, o que abriu caminho a uma subida de notação para o nível de notações ‘A’ também por esta agência. Isto já depois de as agências Fitch e DBRS terem subido o rating nacional para o nível ‘A’ em julho e setembro deste ano", relembra o Ministério das Finanças no seu comunicado.

E prossegue: "Ratings de níveis ‘A’ traduzem-se no acesso do país a um maior número de investidores internacionais que aplicam fundos em dívida de países com menor risco. Daí decorre um custo mais baixo para o financiamento da República e, logo, menores custos para os contribuintes. Uma redução dos custos da República tende também a reduzir os custos de financiamento do setor privado, para benefício de famílias e empresas".

"Na sequência de decisões positivas ao longo de 2023, Portugal é considerado um país que garante a sustentabilidade das suas finanças públicas através de uma redução sustentada do défice orçamental, da sua dívida pública e privada e por uma trajetória de crescimento económico marcado. Este enquadramento explica uma maior resiliência e competitividade da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano", aponta ainda.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/moodys-sobe-rating-de-portugal-para-tres-niveis-acima-de-lixo-e-corta-perspetiva
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: CruzSilva em Novembro 18, 2023, 10:03:54 pm
Moody’s sobe rating de Portugal para clube do 'A'. Nunca tinha estado acima de Espanha

A agência de notação financeira elevou a classificação atribuída à República, o que não acontecia desde setembro de 2021. Fica agora um nível acima do rating atribuído pela S&P e no mesmo patamar que a Fitch e DBRS. "Excelente notícia", diz Medina.

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2013-05/img_900x560$2013_05_07_15_46_10_199980_im_638358493543669144.png)

A Moody’s melhorou a notação da dívida soberana de Portugal em dois níveis, para o 7.º grau da categoria de investimento de qualidade (ou seja, quatro níveis acima de "lixo").

Com esta subida, Portugal regista pela agência Moody's uma avaliação de risco que é melhor que a que atribui a Espanha. Nunca Portugal teve uma notação superior à espanhola por qualquer agência.

Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) foi revisto em baixa, de positivo para estável. Em maio passado, recorde-se, a agência tinha subido a perspetiva para positiva, indicando assim a possibilidade de vir a fazer um "upgrade" da classificação - o que aconteceu.

Desde setembro de 2021 que a notação da República estava no segundo nível acima de "lixo". Entretanto, as duas outras grandes agências, Fitch e a Standard & Poor’s, tinham melhorado a notação portuguesa, para três níveis acima de "junk", mas a Moody’s continuava sem lhe mexer. Em setembro passado, a Fitch voltou a subir a nota, colocando Portugal no clube do 'A' - algo que a Modody's fez também agora.

O atual rating de A3 significa que a agência considera que Portugal dispõe de uma "forte capacidade de reembolso" da dívida.

"Excelente notícia", diz Medina

"A subida de dois níveis no rating de Portugal para A3 anunciada pela Moody’s é uma excelente notícia para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.

Portugal fica agora com uma notação de risco em patamar de ‘A’ por três agências de rating (Moody’s, Fitch e DBRS), o que abre a porta de um conjunto muito alargado de investidores à dívida pública portuguesa, refere o Ministério das Finanças em comunicado.

"Esta avaliação traduz-se assim em juros mais baixos para o Estado, as empresas e as famílias, o que é sempre importante, mas é ainda mais importante num contexto de uma política do BCE de taxas de juro altas", acrescenta.

O facto de esta decisão da Moody’s ter sido tomada já após a marcação de eleições legislativas antecipadas "demonstra que os fundamentais da economia são robustos e confirma que Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia e maior credibilidade internacional. Um lugar que é essencial preservar", aponta ainda o ministério tutelado por Medina.

Os "créditos" de Portugal

A Moody’s justifica a decisão no relatório divulgado esta noite, dizendo que "reflete os sustentados efeitos positivos, no médio prazo, de uma série de reformas económicas e orçamentais, no desendividamento do setor privado e no fortalecimento em curso do setor bancário".

As perspetivas para Portugal no médio prazo, sublinha a agência, "são alicerçadas em significativos investimentos privado e público, bem como na implementação de mais reformas estruturais, ambos em associação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do país".

"Além disso, nos próximos anos, ao contrário de outros países em vias de envelhecimento, a Moody’s estima que o impacto negativo das tendências demográficas sobre o crescimento potencial seja atenuado por uma sustentada migração líquida, maiores taxas de participação e aumento do crescimento da produtividade laboral", aponta o relatório.

Enquanto isso, refere a agência, "o choque pandémico interrompeu apenas temporariamente a redução do encargo da dívida". "O crescimento robusto e os orçamentos amplamente equilibrados significam que o encargo da dívida continuará a diminuir a um dos ritmos mais rápidos de entre as economias avançadas, apesar de partir de níveis altos".

A Moodys salienta ainda que o facto de haver mais tendências positivas na solidez económica e orçamental equilibra os recentes riscos políticos. "As investigações de corrupção fizeram com que o primeiro ministro, António Costa, se demitisse, levando assim o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar eleições antecipadas. Embora as evidências, até agora, mostrem que as instituições portuguesas permitem que Portugal solucione esta questão de forma eficaz, estes desenvolvimentos políticos poderão abrandar o progresso no investimento e nas reformas associados ao PRR", refere.

Ainda como potencial aspeto negativo, a agência aponta também a exposição do país a riscos climáticos, "que poderão ter um impacto material negativo no crescimento e nos indicadores que a Moodys atualmente assume".

Apesar destes riscos, a Moody's estima, de momento, que a economia portuguesa cresça a um ritmo médio de 2% nos próximos cinco anos.

A importância de estar no clube do rating 'A'

"A decisão da agência Moody’s sucede a melhoria da perspetiva pela agência Standard & Poor’s ocorrida em setembro, o que abriu caminho a uma subida de notação para o nível de notações ‘A’ também por esta agência. Isto já depois de as agências Fitch e DBRS terem subido o rating nacional para o nível ‘A’ em julho e setembro deste ano", relembra o Ministério das Finanças no seu comunicado.

E prossegue: "Ratings de níveis ‘A’ traduzem-se no acesso do país a um maior número de investidores internacionais que aplicam fundos em dívida de países com menor risco. Daí decorre um custo mais baixo para o financiamento da República e, logo, menores custos para os contribuintes. Uma redução dos custos da República tende também a reduzir os custos de financiamento do setor privado, para benefício de famílias e empresas".

"Na sequência de decisões positivas ao longo de 2023, Portugal é considerado um país que garante a sustentabilidade das suas finanças públicas através de uma redução sustentada do défice orçamental, da sua dívida pública e privada e por uma trajetória de crescimento económico marcado. Este enquadramento explica uma maior resiliência e competitividade da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano", aponta ainda.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/moodys-sobe-rating-de-portugal-para-tres-niveis-acima-de-lixo-e-corta-perspetiva
Demorou mas o PS lá percebeu a questão das "contas certas" - agora falta o resto...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: PTWolf em Novembro 19, 2023, 12:40:51 pm
Resta perceber é a custo do quê?

No tempo do Salazar os cofres também estavam cheios e o país financeiramente estável. As pessoas não viviam necessáriamente bem, nem o país estava desenvolvido...
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Novembro 19, 2023, 01:07:07 pm
(https://i.ibb.co/DzMNz88/RDT-20231118-1927242370524867525790845.png)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 21, 2023, 10:07:36 am
Portugal é o país da Zona Euro com menos apetite por ações

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/fundos-de-investimento/detalhe/portugal-e-o-pais-da-zona-euro-com-menos-apetite-por-acoes#loadComments

A fiscalidade nacional é pesada (28% sobre as mais-valias), e...... investir em acções é arriscado (que os digam os investidores que apostaram em acções do defunto BES, do BCP.....). No entanto, as empresas nacionais que fazem parte do PSI20 (as maiores e com maior liquidez de movimentação de acções), são uma boa aposta, porque são das empresas na Europa que melhor remunera os accionistas (dividendos).

Temos várias empresas nacionais que pagam mais de 5% ao ano:

https://ind.millenniumbcp.pt/pt/Particulares/Investimentos/Pages/dividendos_euronext.aspx

No entanto temos de estar preparados para outro risco, que se prende com a cotação da acção (conveniente a quem está atento a todas as notícias da(s) empresas que somos accionistas e que evitem perdas totais como no caso do BES).

Ultrapassado este risco (de preferência quem aposta em acções, fá-lo a longo prazo, ou seja, mais de 1 ano), que pode ser diluído com a estratégia da diversificação de investimentos (dividir o nosso investimento por várias acções e nunca numa só aposta), ficamos só com o dividendo, que é taxado a 28%.

Sobre as melhores apostas, deixo essa responsabilidade para cada um  :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 22, 2023, 10:20:32 am
Turismo regenerativo e combate ao desperdício alimentar são projetos sustentáveis no interior


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2023, 11:27:49 am
Rendas das Casas estão fora de controlo


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2023, 01:30:03 pm
Black Friday já arrancou


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2023, 02:52:33 pm
Literacia financeira


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 27, 2023, 12:08:31 pm
Black Friday atrai consumidores


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2023, 01:45:16 pm
É POSSÍVEL QUE JÁ SE TENHA ATINGIDO O PICO NO CRÉDITO À HABITAÇÃO


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 29, 2023, 09:54:02 pm
Sonae controla 98% da OPA de 868 milhões na Finlândia

Os três administradores da Musti, parceiros do grupo português nesta oferta pública voluntária de aquisição, ficarão com apenas 2% da líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, onde a Sonae detém atualmente 1,7% do capital.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2023-11/img_900x560$2023_11_29_21_03_36_465497.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/sonae-controla-98-da-opa-de-868-milhoes-na-finlandia

Muito dinheiro envolvido no negócio! Em época de juros altos, a Sonae tem de ter muita liquidez disponível, sem por em causa o Fundo de Maneio, para se aventurar num investimento tão avultado, no estrangeiro e ficarem donos do líder de mercado para produtos de animais de estimação!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Novembro 29, 2023, 10:11:12 pm
Empresa do Canadá pretende minerar ouro em Gondomar, Paredes e Penafiel

No edital é ainda informado que a empresa sediada em Toronto irá realizar, em cada município e freguesias abrangidas, concluído o período de consulta pública, pelo menos uma sessão pública de esclarecimento dirigida às populações dos territórios abrangidos.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x560$2023_05_17_18_39_53_452871.jpg)

Uma empresa do Canadá pretende extrair ouro, entre outros minérios, numa área de cerca de 70 quilómetros quadrados nos concelhos de Gondomar, Paredes e Penafiel, processo que o Parque das Serras do Porto divulgou esta quarta-feira estar em consulta pública.

Segundo o portal Participa.pt, a consulta pública decorre entre 13 de novembro e 27 de dezembro e visa a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, antimónio, cobre, chumbo, zinco e minerais numa área designada por "Valongo", a cargo da empresa Globex Mining Enterprises Inc.

A empresa pretende trabalhar nos concelhos de Penafiel, Paredes e Gondomar, abrangendo as freguesias de Rio Mau, Canelas, Capela, Fonte Arcada, Paço de Sousa, Parada de Todeia, Sebolido, Lagares e Figueira, Aguiar de Sousa, Sobreira e União das freguesias de Melres e Medas e Foz do Sousa e Covelo, lê-se no edital da Direção-Geral de Energia a Geologia publicado pelo Parque.

Feita a consulta prévia, em 2022, aos municípios, lê-se no portal, que apenas a Câmara de Penafiel admitiu emitir parecer favorável "desde que salvaguardadas todas as recomendações de boas práticas para os trabalhos de prospeção e pesquisa".

A Câmara de Paredes invocou "informações técnicas emitidas pela Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística e pelo Pelouro da Cultura" para justificar o "parecer desfavorável" enquanto Gondomar anunciou que manteria o "parecer desfavorável" até lhe ser apresentado o "respetivo Plano de Lavra que permita inferir numa primeira instância o impacto de concessão".

No concelho vizinho de Valongo, a decisão foi no mesmo sentido, entendendo o município que "não se justifica atribuir novos direitos de prospeção pesquisa para um território onde o tema da exploração mineira dos depósitos minerais referidos está enquadrado pelo município e é percecionado pela população como integrante do património cultural, nomeadamente arqueológico".

Igualmente chamado a pronunciar-se, o Ministério da Agricultura e da Alimentação, para além dos alertas feitos por a área de intervenção incidir, em parte sobre a Reserva Agrícola Nacional, chamou a atenção para o facto de a área de estudo do projeto "intercetar em toda a sua extensão a Região Demarcada dos Vinhos Verdes", bem como foram identificados em Campo, Valongo, "cinco regadios tradicionais".

Por seu lado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, assinalou, no âmbito da sua competência na gestão da Rede Ecológica Nacional, que "o pedido de prospeção deve ser precedido de comunicação prévia, nos termos previstos no Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional, observando-se, desde já, a proibição de realização deste tipo de ações de prospeção e pesquisa nas tipologias albufeiras (rio Douro, em Gondomar), escarpas e faixas de proteção".

No edital é ainda informado que a empresa sediada em Toronto irá realizar, em cada município e freguesias abrangidas, concluído o período de consulta pública, pelo menos uma sessão pública de esclarecimento dirigida às populações dos territórios abrangidos.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/empresa-do-canada-pretende-minerar-ouro-em-gondomar-paredes-e-penafiel?ref=DET_Recomendadas_pb
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 11, 2023, 10:50:34 pm
Saudi Telecom estuda compra da Altice Portugal

A operadora detida maioritariamente pelo fundo soberano da Arábia Saudita é um dos candidatos que tem estado a estudar fazer uma oferta para a compra da dona da Meo, avança a Bloomberg.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-07/img_900x560$2023_07_19_21_09_13_457029.jpg)

A Saudi Telecom é um dos interessados que está a estudar a compra da Altice Portugal, avança esta segunda-feira a Bloomberg citando fontes conhecedoras do tema.

Uma das fontes indicou que outras operadoras e alguns fundos também estão a avaliar a dona da Meo e poderão apresentar ofertas ainda antes do Natal. A avaliação da Altice Portugal deverá situar-se entre os sete mil milhões e os 9,5 mil milhões de euros.

A Saudi Telecom pretende expandir a sua presença na Europa e está a tentar alcançar uma posição relevante no capital da espanhola Telefónica. Adicionalmente, em abril comprou um portefólio de torres de telecomunicações ao United Group por 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros ao câmbio atual).

Patrick Drahi, fundador e acionista maioritário da Altice, já manifestou abertura para vender vários ativos para reduzir a montanha de dívida que ronda os 60 mil milhões de dólares do grupo Altice. Em setembro, o responsável indicou a investidores que preferia alienar participações nas operadores na Europa a "private equities" em vez de a parceiros industriais.

Segundo a Bloomberg, as conversações sobre uma eventual oferta da Saudi Telecom ainda prosseguem e poderá não vir a ser feita qualquer proposta.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/saudi-telecom-estuda-compra-da-altice-portugal#loadComments

 :o :o :o :o

A Altice (empresa mãe) está "falida".... um dos anéis a ser vendido é a Altice Portugal (ex-PT), a uma empresa da Arábia Saudita!?!?!? Quem diria que à 15 anos atrás a toda-poderosa PT era arrogante o suficiente para enfrentar e derrotar Belmiro de Azevedo, era uma das empresas líderes que modernizou bastante o sector das telecomunicações do Brasil, especialmente telemóvel e ........ quem a viu e quem a vê!!!?!?!!?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 12, 2023, 01:35:06 pm
Aumentos para 2024


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 12, 2023, 01:40:32 pm
Portugueses pretendem gastar menos no Natal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 14, 2023, 05:32:14 pm
PRIMEIROS RESULTADOS DO TESTE DÃO FORÇA À SEMANA DE 4 DIAS EM PORTUGAL


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 16, 2023, 11:29:29 am
Belgas “engatilham” investimento de 10 milhões na fábrica de armas de Viana do Castelo

Com 620 trabalhadores no Alto Minho, a Browning Viana está a concluir a ampliação da unidade onde fabrica armas de caça e desporto, mas avança ao ECO que já tem aprovado outro projeto de investimento.

A Browning Viana, detida pelo grupo belga FN Herstal, vai ter mais dez milhões de euros para investir na modernização da fábrica e no aumento da capacidade de produção para 200 mil armas por ano. A fábrica de armas, que comemorou recentemente 50 anos em Portugal, tem vindo a ganhar importância dentro do grupo e prevê continuar a bater recordes de faturação e produção.

“Temos aprovado um investimento de dez milhões de euros para nos próximos anos, para começarmos a renovar processos [de produção] mais manuais”, como polimentos e pintura, adiantou ao ECO Rui Cunha, administrador da Browning Viana. Criada em 1973 onde antes existia “um pântano”, emprega atualmente 620 pessoas.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2023/11/browning-viana45.jpg)

Esta aposta na maior automatização vai permitir à empresa nacional voltar a aumentar a capacidade de produção, já reforçada de 150 para cerca de 180 mil armas por ano com a ampliação da fábrica que agora está a ser concluída. “Juntamente com este processo, estamos também a aumentar a nossa capacidade de produção para 200 mil armas, que pode ou não ser utilizado”, detalha Rui Cunha.

A fábrica do Alto Minho deverá fechar o ano de 2023 com a produção de 174 mil armas, prevendo aumentar este número para 179 mil no próximo ano. Com preços unitários a oscilar entre 600 os 7.000 euros, ambiciona disputar a liderança mundial no fabrico de armas de caça e desporto com o grupo italiano Beretta.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2023/11/browning-viana32.jpg)

Detida pelo grupo belga FN Herstal, a empresa fabrica armas de caça e desporto com as marcas Browning e Winchester, sendo responsável por cerca de um terço da faturação da chamada divisão civil do grupo. A Browning é a única empresa do grupo que não fabrica armas de defesa.

“O grupo fatura na casa dos 800 milhões de euros por ano, em que pouco mais de metade [desse valor] é da divisão defesa. Nós representamos cerca de um terço da divisão civil [armas de caça e desporto]”, detalha Rui Cunha.

Faturação a caminho dos 90 milhões, com canos “dentro de casa”

Em termos de atividade, a empresa de Viana do Castelo prevê continuar a fixar novos recordes, uma tendência que se mantém desde 2019. “A nossa faturação recorde vai ser este ano, de 80 milhões de euros”, adianta o responsável, acrescentando que 2024 deverá ser mais um ano de máximos, apontando para um volume de negócios de 88 milhões de euros.

Para o crescimento do negócio tem sido determinante o aumento da procura nos Estados Unidos, que tem “continuamente vindo a aumentar”. Das armas produzidas em Portugal, apenas uma percentagem residual fica no país, sendo 99,5% para exportação. Sozinhos, os EUA captam 70% das vendas.

A aposta do grupo na empresa de Viana do Castelo, com destaque para o último plano de investimentos, tem-lhe permitido aumentar o número de funcionários, atualmente nos 620. Contudo, este número tenderá a estabilizar, fruto da aposta em tecnologia de produção mais avançada.

“Uma vez que vamos automatizar alguns dos processos que temos, vamos reduzir a contratação de pessoas e aumentar a automação. Fizemos um investimento em tecnologia de ponta”, resume o administrador da fábrica. Destaca, por outro lado, as condições remuneratórias “acima da média”, com um pacote salarial base de 1.075 euros, distribuição de resultados, seguro de saúde e um fundo de pensões.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2023/11/browning-viana36.jpg)

Já questionado sobre se esta aposta na modernização vai implicar despedimentos, Rui Cunha afasta a possibilidade. “Não estamos nem perto disso”, garante, adiantando mesmo que a empresa vai “aumentar o valor acrescentado da produção, aumentar o valor criado – baixar o valor das compras e substituí-lo internamente”. “É aqui que vamos substituir as pessoas”, completa.

Ora, uma das apostas passa precisamente pela internalização, já a partir de 2024, da produção de canos nesta fábrica, que até agora eram importados. Numa fase inicial, serão fabricados in house perto de 80 mil canos – os outros continuam a ser garantidos pela casa-mãe –, com o gestor a garantir que esta nova linha, avaliada em oito milhões de euros, será “uma referência no grupo”.

https://eco.sapo.pt/2023/12/15/belgas-engatilham-investimento-de-10-milhoes-na-fabrica-de-armas-de-viana-do-castelo/

Um sector que deveria ser muito mais apoiado!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 16, 2023, 11:02:03 pm
Portugal mantém a 20.ª posição na União Europeia em PIB per capita

Já na despesa de consumo individual, um indicador " mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias”, Portugal subiu 3 posições no ano passado.

...

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/-portugal-mantem-a-20-posicao-na-uniao-europeia-em-pib-per-capita
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Dezembro 19, 2023, 03:26:24 pm
Coupang fica com a Farfetch, com perda total para investidores e trabalhadores

https://www.publico.pt/2023/12/18/economia/noticia/coupang-aceita-comprar-farfetch-mete-ja-500-milhoes-credito-curto-prazo-2074111

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/resgate-da-farfetch-implica-perda-total-para-investidores

E é assim o mundo das empresas. Neste caso a empresa nacional nasceu em 2007, ganhou uma dimensão que poucas empresas nacionais conseguiram, presente em dezenas de países, com 6500 trabalhadores a nível mundial, que já foi apelidada como Unicórnio (empresa com cotação bolsista superior a mil milhões de dólares)...... foi oferecida aos Sul Coreanos que aceitam salvar a empresa, não pagando nada aos accionistas (perda total de capital), prevendo-se despedimentos significativos, a começar por todo o Conselho de Administração, com a excepção do líder da empresa (muito comum nas empresas, para que o líder que vende ou passa o testemunho, seja co-responsabilizado se algo correr mal no processo de transição).

A Coupang (empresa que adquiriu a Farfetch), apesar de não pagar 1 cêntimo pela compra (a empresa estava tecnicamente falida), vai ter de injectar perto de 500 milhões de euros na Farfetch..... e vai cobrar juros de 12,5%!!!!!! Quem não tem crédito no mercado sujeita-se........ o que significa que a Farfetch ainda não está livre de fechar portas!!!!!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2023, 12:44:40 pm
Consumidores comparam preços nas compras


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2023, 01:37:03 pm
Saiba como poupar dinheiro nas compras de Natal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Dezembro 21, 2023, 09:45:16 am
(https://pbs.twimg.com/media/GB0FAi8WsAActOS?format=jpg&name=medium)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2023, 09:30:04 pm
Portugueses já compraram quase tudo para o Natal


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 25, 2023, 08:57:29 pm
Aumento do preços dos alimentos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 02, 2024, 10:43:50 am
Previsões económicas 2024


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 03, 2024, 12:23:45 pm
2024 arranca com subida de preços


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 04, 2024, 12:26:33 pm
Venda de casas começa a cair


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 05, 2024, 11:05:10 am
Baixar impostos sobre os alimentos? Sim ou Não? (em parceria com Amanha.pt)



Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 10, 2024, 02:28:46 pm
The Economist: Portugal com oitavo melhor desempenho económico entre 35 países da OCDE
A revista britânica teve em conta cinco indicadores, incluindo inflação, PIB, mercado de ações ou emprego. Finlândia, Áustria, Alemanha ou Reino Unido com os piores desempenhos.

André Cabrita-Mendes
7 Janeiro 2024, 09h19
A economia portuguesa registou o oitavo melhor desempenho entre os 35 países da Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE).

A análise foi feita pela revista britânica “The Economist” e tem em conta vários indicadores: preços core da inflação, amplitude da inflação (calcula os items no cabaz de bens que subiram mais de 2% num ano), PIB, emprego e preços das ações em bolsa. O período em análise foi entre o quarto trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2023.

Olhando para Portugal, os preços core registaram uma subida de 3,5%, ao mesmo tempo que a inflação recuou 6,7%. Já o PIB registou uma subida de 1,4% neste período, com o emprego a subir 0,9% e os preços das ações a aumentarem 1,3%.

Portugal surge na oitava posição ex aequo com Espanha, que obteve melhor desempenho no emprego e no preço das ações, mas que esteve pior na inflação.

“Quase todos esperavam uma recessão global em 2023, à medida que os banqueiros centrais aumentaram taxas de juro para arrefecer a inflação. O consenso estava errado. O PIB global cresceu provavelmente em 3%. Os mercados laborais aguentaram. A inflação está a descer. Os mercados de ações subiram 20%”, escreve a “Economist” no ranking publicado em dezembro.

Há um ano, Portugal surgia na segunda posição neste ranking, apenas atrás da Grécia, e com a Irlanda a fechar o pódio.

Na ocasião, o PIB tinha avançado 2,9%, os preços tinham subido 9,6%, com a amplitude da inflação a ser de 82,4%, enquanto o preço das ações tinha subido 7%, e a dívida pública sobre o PIB a recuar 12%.

A lista é liderada pela Grécia, com um disparo acima de 40% nas ações, emprego e PIB a crescerem acima de 1%, e inflação a recuar 13%.

É o segundo ano consecutivo que a Grécia lidera esta lista, “um resultado notável para esta economia que até recentemente era sinónimo para má gestão”, segundo a “Economist”.

No pódio, segue-se a Coreia do Sul e os Estados Unidos no ranking com recuos na inflação, e subidas do emprego e PIB.

A Irlanda registou a maior quebra do PIB (-4,1%), com a Estónia também a registar uma recessão (-2,6%), seguidos da Áustria (-1,5%), dos Países Baixos (-1,1%) e da Islândia (-1,0%).

O maior desempenho vem da Turquia (3,3%), Polónia (2,9%), México (2,6%), EUA (2,3%), Israel (2,3%), Coreia do Sul (1,6%) e Portugal (1,4%).

Nos últimos lugares da tabela surgem algumas surpresas, como a lanterna vermelha Finlândia, fortemente afetada pela sua dependência energética da Rússia, com inflação a crescer acima de 6%, PIB de -0,4%, emprego a crescer 0,5% e preço das ações a recuar 12%.

Segue-se a Islândia e a Áustria, com este último a registar um recuo de 1,5% do PIB.

Na 30ª posição, o Reino Unido teve crescimentos anémicos do PIB e do emprego e viu o preço das ações a recuar.

Na 27ª posição, a Alemanha registou um disparo de 19% da inflação, com o PIB a ficar inalterado.

 :arrow:  https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/the-economist-portugal-com-oitavo-melhor-desempenho-economico-entre-35-paises-da-ocde/

Agora imaginem se estivéssemos geridos por um governo competente... top 5.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 12, 2024, 05:03:28 pm
O INE CONFIRMOU A QUEDA DA TAXA DE INFLAÇÃO PARA 4,3% EM 2023


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 22, 2024, 05:27:19 pm
💸 Na demonstração de liquidação de IRS, a Autoridade Tributária informa os contribuintes sobre as áreas em que são aplicados os seus impostos.


(https://images4.imagebam.com/95/ee/06/MERJUL5_o.jpg)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Janeiro 22, 2024, 05:29:02 pm
Chineses investem 2 mil milhões em fábrica de baterias de lítio em Sines

O lítio parece ser o novo ouro, e Portugal tem trunfos nesta área. De acordo com as notícias mais recentes, a China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) quer instalar fábrica de Lítio em Sines. Investimento de dois mil milhões de euros e a criação de 1800 postos de trabalho.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2024/01/china_00.jpg)

Empresa de Lítio poderá criar 1800 postos de trabalho

A notícia foi divulgada pelo Jornal Económico que revela que [a empresa] “com o objetivo de satisfazer a grande procura dos clientes (principalmente da indústria automóvel), pretende-se garantir o início da produção até ao final de 2025”. Este Projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) entrou em consulta pública.

Segundo números revelados, o projeto para uma fábrica de baterias de lítio em Sines terá um investimento de dois mil milhões de euros e a criação de 1800 postos de trabalho. A fábrica terá a capacidade para 15 gigawatts hora (GWH), o equivalente a 38,6 milhões de células por ano, revela o jornal.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2024/01/calb_01.jpg)

O promotor salienta que o projeto "vai ao encontro das políticas europeias e nacionais de transição energética, pois tem como objetivo a construção e operação de uma unidade de produção de baterias de lítio, essenciais para garantir a transição energética" e também ao encontro dos objetivos do "PNEC 2030 na ótica da redução da emissão de GEE, proveniente de veículos com motores a combustão, contribuindo para suportar a transição energética e a progressiva substituição de veículos com motores a combustão por veículos elétricos".

Estes são os 17 projetos que querem ligar-se à rede em Sines:

    3 projetos das Águas de Santo André
    2 projetos da StartCampus
    1 projeto da CALB
    1 projeto da GreenH2Atlantic
    1 projeto da Iberdrola
    1 projeto da MadoquaPower2X
    1 projeto da MadoquaNH3
    1 projeto da Petrogal
    2 projetos da Repsol
    1 projeto da Smartenergy
    1 projeto da WINPTX
    2 projetos da H2GreenSteel

Há informações que o PIB de Portugal poderá aumentar 4%. Na primeira fase do investimento, a empresa irá apenas dar resposta às encomendas. Numa segunda fase, em 2028, o objetivo será ampliar as instalações, escalando a unidade de 15 para 45 GWh. Por fim, numa terceira fase, o objetivo é ficar com uma unidade igual à maior fábrica europeia, a giga-fábrica da Tesla, revela o jornal.

https://pplware.sapo.pt/motores/chineses-investem-2-mil-milhoes-em-fabrica-de-baterias-de-litio-em-sines/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 26, 2024, 12:09:05 pm
O negócio da morte


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 31, 2024, 02:05:03 pm
Economia portuguesa cresce 2,3% em 2023


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 01, 2024, 08:35:25 am
https://eco.sapo.pt/2024/01/31/excedente-baixa-mas-ainda-alcanca-os-43-mil-milhoes-de-euros-em-2023/

Excedente baixa mas ainda alcança os 4,3 mil milhões de euros em 2023

O saldo das Administrações Públicas manteve-se em terreno positivo, em dezembro, há boleia do emprego e do IRS, mas contraiu cerca de 2 mil milhões face aos resultados do mês anterior.

Oexcedente orçamental das Administrações Públicas contraiu cerca de dois mil milhões de euros, em dezembro de 2023, face ao mês anterior, mas ainda assim atingiu os 4,3 mil milhões de euros, segundo o comunicado do Ministério das Finanças, divulgado esta quarta-feira. Contribuições sociais e receita de IRS mantiveram os resultados no verde. Em novembro, o excedente tinha atingido os 6,4 mil milhões de euros.

“O valor de final de ano diminuiu em relação ao saldo registado em novembro (redução de 2.057 milhões de euros), mas manteve-se em terreno positivo ao contrário do que aconteceu em 2022″, de acordo com a mesma nota. Recorde-se que as administrações públicas fecharam 2022 com um défice de 3.437 milhões de euros, em contabilidade pública.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2024/01/excedente-dez-2023.png)

Comparando com 2022, em termos homólogos e ajustados do efeito da integração do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos, o superávite de 4,3 mil milhões de euros reflete uma “melhoria da receita efetiva de 12,1%, em grande parte fruto da resiliência do mercado de trabalho tanto em volume de emprego como no crescimento das remunerações”, indicam as Finanças. A este respeito, o gabinete de Fernando Medina dá conta que a receita de IRS subiu 13,6% e as contribuições sociais aumentaram 10,7%.

A arrecadação de impostos, em termos globais, cresceu 11,8%, sobretudo influenciada pelo aumento da receita dos impostos diretos (IRS e IRC) em 14,4%.

Do lado da despesa, as medidas associadas ao choque geopolítico ascenderam a 2.835 milhões de euros. Deste montante, 1.209 milhões de euros são medidas com impacto no lado da despesa, destacando-se o apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis, incluindo o apoio para crianças e jovens, e o apoio a setores de produção agrícola. Do lado da receita, as medidas tomadas representaram cerca de 1.627 milhões de euros, com destaque para as de redução de tributação sobre combustíveis e alimentos.

Excluindo o impacto das medidas extraordinárias relacionadas com a covid-19 e o pacote de mitigação impacto do choque geopolítico, verificou-se um aumento da despesa efetiva de 9%, impulsionado pelos salários, aquisição de bens e serviços, investimento e prestações sociais. A despesa primária (excluindo juros) aumentou 9,4% em termos homólogos, de 92.974 milhões de euros para 101.737 milhões

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2024/01/despesa.png)

“As despesas com pessoal aumentaram 7,5%, refletindo as atualizações transversais remuneratórias dos trabalhadores das Administrações Públicas, o impacto do aumento da remuneração mínima mensal garantida”, de 705 para 760 euros, “e o crescimento do subsídio de refeição”, de 5,50 euros para seis euros por dia. Neste âmbito, destaca-se o contributo dos salários do SNS (+8,3%) e da PSP e GNR (+8,4%)”, justifica a tutela.

O custo com aquisição de bens e serviços aumentou 6,3%, nomeadamente nas áreas da Agricultura (+41,9%), do Ensino Superior (+17,7%) e da Administração Local (+12,3%). De salientar, contudo, que se excluirmos o efeito base de medidas covid-19 que registaram uma forte descida em 2023, a despesa com bens e serviços cresceu 11%.

A despesa com o investimento na Administração Central e Segurança Social, excluindo parcerias público-privadas, cresceu 12,9%. Este aumento é influenciado pelo efeito base, em 2022, da Universalização da Escola Digital. Descontando o impacto da medida ‘Escola Digital’ de 2022, os gastos, nesta rubrica, subiram 23,1%.

Fatura com apoio à renda atinge 269 milhões de euros e ultrapassa estimativa do Governo
A fatura com prestações sociais, excluindo pensões, cresceu 9,5%, sem contar com medidas relacionadas com a pandemia, os apoios extraordinárias às famílias e prestações de desemprego. Esta evolução reflete, em grande medida, as valorizações remuneratórias e o aumento do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que serve de referencial para a atualização de subsídios, que passou de 443,20 euros para 480,43 euros.

“Em particular, destaca-se o aumento da despesa com o subsídio familiar a crianças e jovens (+20,6%), a prestação social para a inclusão (+25,1%) e o complemento solidário para idosos (+17,7%)”, sublinha o Ministério das Finanças. Ainda na rubrica dos apoios sociais, o gabinete de Fernando Medina revela que a despesa com o pagamento do apoio extraordinário à renda atingiu os 269 milhões de euros, ultrapassando o valor global previsto de 250 milhões de euros para o ano de 2023.

Já a despesa com pensões aumentou 4,3%, “estando influenciada pelo pagamento do complemento excecional a pensionistas em 2022, isto é, pela meia pensão atribuída no naquele ano e que levou, em janeiro de 2023, a um corte para metade na atualização regular das reformas que deveria ter sido de 7,8%. Aliás, o comunicado do Ministério reconhece que se essa regra tivesse sido seguida, o aumento da despesa teria sido de 7,8%.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 01, 2024, 06:14:18 pm
https://cnnportugal.iol.pt/divida-publica/divida-publica-abaixo-dos-100-do-pib-um-ano-antes-do-previsto-ficou-em-98-7-em-2023/20240201/65bb7af2d34e65afa2fa4e69

Dívida pública abaixo dos 100% do PIB um ano antes do previsto. Ficou em 98,7% em 2023

Foi uma meta alcançada um ano mais cedo do que o previsto pelo Governo demissionário, e fica mesmo abaixo do previsto para o ano de 2024.
Como já era esperado, após a “operação especial” de Fernando Medina no final do ano passado e também dos sinais dados pelo governador do Banco de Portugal, a dívida pública voltou a ficar abaixo dos 100% do PIB em 2023, algo que não acontecia desde 2009. O rácio da dívida pública fixou-se nos 98,7% no ano passado, segundo os dados do banco central divulgados esta quinta-feira.

Foi uma meta alcançada um ano mais cedo do que o previsto pelo Governo demissionário, sendo que o valor da dívida já ficou até abaixo do projetado para 2024, que era de 98,9% do PIB.

“O peso da dívida pública no PIB reduziu-se de 112,4% em 2022 para 98,7% em 2023, indica o Banco de Portugal. “Em 2023, a dívida pública na ótica de Maastricht diminuiu 9,4 mil milhões de euros em comparação com 2022”, atingindo os 263,0 mil milhões de euros, acrescentam

Em termos absolutos, “em 2023, a dívida pública na ótica de Maastricht diminuiu 9,4 mil milhões de euros em comparação com 2022”, atingindo os 263,0 mil milhões de euros, lê-se na nota.

Esta redução deveu-se “em grande medida, da redução de títulos de dívida de curto e de longo prazo (-4,2 mil milhões de euros e -11,0 mil milhões de euros, respetivamente), de certificados do Tesouro (-4,2 mil milhões de euros) e de empréstimos (-3,1 mil milhões de euros)”, explica o Banco de Portugal. Já os certificados de aforro pesaram, com as emissões líquidas a atingirem os 14,4 mil milhões de euros.

O BdP indica também os dados mensais, que revelam que no mês de dezembro de 2023, a dívida pública na ótica de Maastricht diminuiu 4,8 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 263,0 mil milhões de euros. “Esta diminuição refletiu uma redução de títulos de dívida (-3,3 mil milhões de euros), sobretudo de longo prazo, das responsabilidades em depósitos (-1,0 mil milhões de euros) e dos empréstimos (-0,6 mil milhões de euros)”, nota.

Esta redução dos títulos terá feito parte da “operação especial” levada a cabo pelo ministro das Finanças no final do ano passado, para que a dívida pública recuasse já abaixo dos 100%. Uma parte desta operação passou pelo pagamento das dívidas dos hospitais junto dos fornecedores. Outra parte passou pela recompra de dívida pública aos bancos e seguradoras por parte do Tesouro português, no que foi entendido como um “desígnio nacional” pelos banqueiros, que acederam ao pedido do Governo e venderam parte da sua carteira de títulos em dezembro.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 01, 2024, 06:15:44 pm
Citar
Redução da dívida permite poupar 3.300 milhões em juros em dez anos, calcula Medina

Este resultado vai permitir libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país", defende ministro das Finanças em gestão
A diminuição da dívida pública, que ficou abaixo dos 100% do PIB em 2023, e encolheu também em termos absolutos, vai permitir reduzir os custos com juros em 3.300 milhões de euros ao longo de dez anos, calculou o ministro das Finanças esta quinta-feira, numa conferência de imprensa após a divulgação dos dados pelo Banco de Portugal.

Fernando Medina defende que “este resultado vai permitir libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país”. “A diminuição significará que reduziremos custos em juros em 3.300 milhões de euros”, entre 2024 e 2034, apontou o governante em gestão.

Estes cálculos são feitos tendo em conta a redução da dívida nominal em 2023 em 9,4 mil milhões de euros e assumindo o custo médio das novas emissões de dívida pública observado em 2023 de 3,5%, acumulado durante o prazo de emissões mais utilizado (10 anos).

Já dá para equipar parte das nossas forças armadas..... pena que não tenham essa visão.

Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 01, 2024, 10:05:03 pm
É possível crescer 3% com menos intervenção do Estado? (em parceria com Amanha.pt)


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Fevereiro 06, 2024, 01:35:22 pm
Preço do cabaz de produtos essenciais baixa 4% um mês depois do fim do IVA zero

Novo comparador de preços criado pelo KuantoKusta indica que 21 produtos que faziam parte do cabaz isento de IVA ficaram mais baratos volvido um mês do fim da medida. Laranjas, cebolas e tomate apresentam descidas de preço acima de 20%.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-03/img_900x560$2023_03_15_11_47_48_448495.jpg)

O preço do cabaz de produtos alimentares que esteve isento de IVA durante nove meses baixou 4,15% um mês depois da reposição do imposto, revela uma análise levada a cabo pela Kabaz.pt, ferramenta de comparação de preços nos supermercados, recém-criada pelo KuantoKusta.

Em comunicado, enviado às redações, a plataforma, que foi lançada este mês indica que, comparando a média de preços dos produtos alimentares que estiveram sujeitos à isenção de IVA desta segunda-feira, dia 5 de fevereiro, com a dos praticados no dia 5 de janeiro, quando a medida chegou ao fim, verifica-se uma descida na ordem dos 5,97 euros no cabaz para um valor total de 137,81 euros.

À luz do estudo, cuja lista inclui 45 produtos - em vez de 46 - 21 ficaram mais baratos, com destaque para as laranjas, cujo preço baixou 35,5% (de 2 euros/kg para 1,29 euros/kg), para as cebolas que passaram a custar menos 24,29% (de 3,16 euros/kg para 2,49 euros/kg) e para o tomate que levou um corte de 20,53% (de 2,63 euros/kg para 2,09 euros/kg). A lista de bens essenciais que ficaram mais acessíveis face há um mês inclui ainda ovos (-17,91%) e atum (-16,96%), bem como o bacalhau (-9,37%) e azeite (-7,71%).

Desta lista de compras, segundo os dados da Kabaz.pt, apenas nove produtos aumentaram de preço, com destaque para artigos como o queijo fatiado (+6,58%); o esparguete (+10,62%), a dourada (+10,25%) e a couve (+36,7%), com os remanescentes 15 itens a não sofrerem oscilações nos preços no intervalo de um mês.

"Esta redução de preços é uma boa notícia para as famílias portuguesas, no entanto é importante continuar atento às flutuações de preços, pois os comerciantes podem adaptar-se rapidamente a novas alterações no mercado", diz o head of business do Kabaz.pt., Pedro Pimenta, citado na mesma nota.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/preco-do-cabaz-de-produtos-essenciais-baixa-4-um-mes-depois-do-fim-do-iva-zero#loadComments

O que só demonstra, a quem não é da área da economia/finanças, que é uma perfeita estupidez tabelar preços!!!!!! Cabecinhas pensadoras......
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 13, 2024, 12:50:07 pm
DECO ajudou 8 milhões de consumidores em 50 anos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 14, 2024, 11:55:41 am
DECO Proteste lança saberpoupar.pt


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: P44 em Fevereiro 15, 2024, 11:57:19 am
(https://pbs.twimg.com/media/GGUuPCGXQAE-9jt?format=png&name=900x900)
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 15, 2024, 12:47:38 pm
(https://pbs.twimg.com/media/GGUuPCGXQAE-9jt?format=png&name=900x900)


Citação de: O Médico Corporativista
A novo nordisk criou o Ozempic.
Em PT não se investe em ciência, não se investe em investigação clinica, os médicos são postos a fazer urgências sem tempo para investigação e os melhores químicos/cientistas/farmacêuticos emigram.
Em PT nunca se vai descobrir um Ozempic.


Citação de: xCryptoRASH 🉐 🇵🇹 🇮🇪 🇵🇸
Nunca. Porque em Portugal um médico vê numa manhã mais doentes do que em qualquer outro país desenvolvido em 2 dias. Em boa verdade cheguei a ver mais doentes numa manhã ou numa tarde do que numa semana na Irlanda. Nem vamos falar da urgência!
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 15, 2024, 09:30:16 pm
"A Visabeira já não é apenas um barco, é um porta-aviões" (em parceria com Amanha.pt)


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 21, 2024, 08:29:44 am
Excedente externo atingiu 2,7% do PIB no ano passado, invertendo o défice de 2022. Remessas dos emigrantes ascenderam a 3,41 mil milhões. França, Suíça e Reino Unido continuaram a ser mais de metade.

Portugal conseguiu ter as contas externas positivas em 2023, registando um excedente externo de 7,2 mil milhões de euros, depois de um défice em 2022. Este é o rácio mais elevado desde 2013, segundo indica o Banco de Portugal, nos dados divulgados esta segunda-feira.

O excedente das balanças corrente e de capital atingiu assim os 2,7% do PIB. Este resultado é uma melhoria face ao ano anterior, quando a economia portuguesa tinha apresentado uma necessidade de financiamento perante o exterior de 0,5 mil milhões de euros (-0,2% do PIB).

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2024/02/balanca-corrente.png)

O BdP indica que a balança de bens e serviços “apresentou um saldo positivo de 3,3 mil milhões de euros (1,2% do PIB), tendo o excedente da balança de serviços superado o défice registado na balança de bens”. Nos serviços destacam-se as viagens e o turismo, que permitiram então colocar as exportações em terreno positivo no ano passado, recuperando da pandemia. Nessa área, é de salientar que os turistas residentes no Reino Unido, em França e na Alemanha foram os responsáveis pelas maiores receitas turísticas de Portugal.

Já no que diz respeito às remessas, o banco central indica que “o saldo das remessas de emigrantes/imigrantes manteve-se como a rubrica que mais contribuiu para aquele excedente”. As remessas ascenderam a 3,41 mil milhões de euros em 2023, sendo que “os emigrantes residentes em França, na Suíça e no Reino Unido continuaram a ser responsáveis por mais de metade das remessas recebidas pelas famílias portuguesas”, refere o Banco de Portugal.

https://eco.sapo.pt/2024/02/20/portugal-alcancou-excedente-externo-de-72-mil-milhoes-em-2023-o-maior-em-dez-anos/
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: HSMW em Fevereiro 24, 2024, 02:17:05 am

Programa ESG PME Exportadoras: Curso "Fundamentos ESG"
Citar

A AICEP, em parceria com o IAPMEI, apresenta o Curso de Fundamentos ESG, uma iniciativa pioneira do Programa ESG PME Exportadoras, que tem como objetivo sensibilizar as PME para a importância da sustentabilidade na estratégia e modelos de negócio.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 28, 2024, 10:51:58 am
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/economia-paralela-deve-valer-17-do-pib-metade-do-considerado-pelo-chega

A economia paralela em Portugal está a descer há duas décadas e chegou, no ano passado, aos 17% do PIB, ou cerca de 44 mil milhões de euros - um valor que é praticamente metade do que é calculado pelo Chega, escreve, nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, o jornal Público.

Recorde-se que, para financiar o seu programa eleitoral, que prevê cortes de impostos e aumento das despesas elevados, o partido populista de extrema-direita pretende acabar com a economia paralela em seis anos. O Chega usa um estudo da faculdade de Economia do Porto que calcula que a economia paralela vale cerca de 34% do PIB - ou cerca de 89 mil milhões de euros.

No entanto, pela própria natureza da economia paralela, as estimativas diferem e são pouco fiáveis. Há um economista com reputação internacional - e que tem sido a principal referência nestas estimativas - que é citado pelo Público e que coloca o valor da economia paralela em Portugal bem abaixo do Chega. Segundo Friedrich Schneider, economia informal em Portugal corresponde a 17% do PIB, cerca de 44 mil milhões de euros.

Além disso, o economista austríaco destacou que a economia paralela está a descer há duas decádas em Portugal e que há um limiar a partir do qual não parece ser possível reduzi-la mais - e que no caso português poderá rondar os 10%.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 28, 2024, 01:17:03 pm
Combate à pobreza com poucos progressos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: legionario em Fevereiro 29, 2024, 10:01:53 am
Antes de mais peço desculpa pelas minhas kalinadas (gosto do K, decidi criar um neologismo).

Eu gosto muito do tema economia mas tenho uma enorme margem de progresso  neste assunto.

Como é que se consegue calcular os valores da economia paralela ?
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 29, 2024, 10:21:01 am
Bom dia,

Desculpa responder desta forma, dado que não também não sou economista ou matemático, pelo que cito uma explicação que se encontra nos site do dinheiro vivo.

Citar
A economia não registada calculada é apenas uma estimativa e como tal deve ser assumida, e não como um valor exato

Hoje procuraremos responder a uma última questão que nos é feita frequentemente: Como é possível quantificar o que não é observável?

De uma forma genérica diremos que nos devemos socorrer de toda a informação
disponível, tendo grande atenção à veracidade das informações recolhidas e à realidade de cada país e época. São exemplos dessas informações os resultados das actividades das polícias e as suas estimativas (ex. em relação ao tráfico de droga); a comparação de dados e seus diferenciais (ex. consumo de electricidade segundo as empresas e produção e distribuição e o seu uso pelas actidades observadas); a utilização da moeda (ex. sabendo que certas operações exigem notas de elevado valor ou que certas igualdades são inevitáveis entre variáveis "reais" e "monetárias"); os resultado de inquéritos à população, etc..

Estes eram os procedimentos habituais há umas décadas, mas que chocavam com várias dificuldades: há muitos aspectos da realidade que ficam por analisar; alguns procedimentos são muito caros ou exigem muito tempo; muitas informações são confidenciais; certas actividades têm impactos difusos; os erros de estimativa e cálculo são diversos; há uma certa subordinação epistemológica aos paradigmas científicos socialmente dominantes, etc.. A estes problemas de cálculo junta-se um outro: as técnicas dos diversos países são diferentes de um para o outro e são alteráveis no tempo, o que dificulta, ou inviabiliza, a comparabilidade dos dados no tempo e no espaço.

Este último problema seria resolvido pela utilização de um único modelo, como o método monetário (ex. MV=PQ) ou de indicador global (ex. utilização da electricidade), mas aumentava, eventualmente o erro.

Nos anos 80/90 foi descoberto o método da variável latente, possuindo rigor matemático, que consiste em calcular a economia paralela (variável latente) a partir de um conjunto de dados estatísticos que são indicadores, causas ou consequências da economia paralela. A utilização das mesmas variáveis em diversas situações torna os dados comparáveis. Daí se ter generalizado a utilização dos modelos MIMIC: a variável latente é calculada a partir de uma bateria de indicadores e causas.

Muitos problemas foram solucionados com a utilização destes modelos.

Contudo, nestes modelos há dois, eventualmente três, problemas: (a) As "causas" e as "consequências" têm de ser dados sistematicamente disponíveis estatisticamente, pelo que tendem a não englobar muita da actividade ilegal; (b) subestima outras informações que existem disponíveis, a que fizemos alusão anteriormente; (c) muitas vezes na escolha das variáveis há, implicitamente, a adopção de modelo teórico da Economia de um determinado paradigma (ex. o da "racionalidade económica", ao admitir que pagar o mínimo de impostos é uma questão de "eficiência" económica).

Por outras palavras,

Consideramos que o modelo MIMIC ao utilizar dados estatísticos disponíveis conduz essencialmente ao cálculo do que é considerado a "economia sombra": economia subterrânea e economia informal. Subestima a economia ilegal.

Carlos Pimenta, sócio fundador do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF)

https://www.dinheirovivo.pt/opiniao/economia-paralela-final-12776425.html/

Se quiseres ir ainda mais fundo na questão, tens esta tese mestrado sobre o modelo e sua aplicabilidade


https://sigarra.up.pt/fep/pt/pub_geral.pub_view?pi_pub_base_id=37191
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: legionario em Fevereiro 29, 2024, 11:54:01 am
Confirma a ideia que tinha. Os valores da economia paralela são estimados. Também sempre pensei que um modelo único para calcular a economia paralela é de dificil execução porque há sempre muitas variaveis.
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: papatango em Fevereiro 29, 2024, 12:08:32 pm


Os valores da economia paralela são estimados, mas não é só isso...

Quando vamos à procura de números, e há várias fontes, encontramos coisas curiosas, como a economia paralela per capita.

(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Shadow_economy_2013.png)

Os nossos queridissimos primos nordicos, aparentemente têm os bolsos cheios de dinheiro, assim, mais ou menos ... coff coff coff. :mrgreen:
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 29, 2024, 01:18:31 pm
Crédito à habitação





Preços das casas só são acessíveis em 45 concelhos


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 01, 2024, 11:17:03 am
Debate: Apoio público à construção de casas é solução para crise da habitação?


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2024, 12:47:16 pm
70% das mulheres recebe até mil euros


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2024, 01:08:35 pm
Mais famílias a pedir para renegociar crédito à habitação


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 11, 2024, 11:24:03 am
Mulheres ocupam menos cargos de topo nas empresas


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Lusitano89 em Março 18, 2024, 11:27:18 am
Dia Mundial do Consumidor


Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 22, 2024, 10:25:47 am
Uma das nossas melhores empresas, reconhecida em todo o mundo!

Navigator lança OPA de 148,1 milhões de euros sobre britânica Accrol

A papeleira comunicou esta sexta-feira ao mercado que lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre a britânica Accrol. Oferta é de 0,44 euros por ação.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x560$2023_05_10_19_59_14_452442.jpg)

A Navigator lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir a totalidade das ações representativas do capital social da Accrol, empresa britânica que atua no segmento de transformação de papel.

A oferta é de 0,44 euros por ação, o que equivale a um prémio de 11,8% face à cotação de fecho da empresa britânica na quinta-feira (0,3969 euros), comunicou esta sexta-feira a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A proposta valoriza o capital próprio da Accrol em cerca de 127,5 milhões de libras (148,1 milhões de euros ao câmbio atual).

"A Navigator considera que a oferta representa uma oportunidade atrativa para entrar no mercado britânico, através da aquisição de uma empresa líder no setor de transformação de papel 'tissue' [material a partir do qual é possível fabricar produtos como papel higiénico e guardanapos], com vantagens competitivas, valores complementares e forte alinhamento", refere a empresa na comunicação à CMVM.

A Accrol, que está cotada na bolsa de Londres, tinha um volume de negócios de 242 milhões de libras no último ano fiscal, que terminou a 30 de abril de 2023, e um EBITDA de 15,6 milhões.

Com a aquisição desta empresa, defende a Navigator, conseguirá "reforçar a sua posição no mercado de 'tissue' na Europa Ocidental", o que "resultaria num colume de negócios consolidado superior a 500 milhões de libras neste segmento, com o mercado do Reino Unido a contribuir com cerca de 50% deste valor".

A Navigator terminou 2023 com lucros de 275 milhões de euros, o que representa uma queda 30% face ao valor registado no ano anterior.

As ações da Navigator encerraram a sessão de ontem a valer 3,86 euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/navigator-lanca-opa-de-1481-milhoes-de-euros-sobre-britanica-accrol
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 22, 2024, 12:45:06 pm
Centeno avisa: margem financeira não é para consumir no presente
O governador do Banco de Portugal deixou um aviso ao próximo executivo: a margem financeira que existe atualmente é para guardar. Mário Centeno insistiu na ideia da estabilidade orçamental e disse mesmo que o espaço de manobra é "essencialmente nulo".

Susana Paula susanapaula@negocios.pt

Num recado para o próximo executivo, o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, avisou que a margem financeira que o país criou nos últimos anos não deve ser consumida no presente, mas sim guardada para uma eventual crise futura.

O ex-ministro não quis comentar um eventual orçamento retificativo ou medidas concretas de subida de salários entre alguns setores da administração pública. Mas Centeno insistiu na necessidade de assegurar a estabilidade orçamental e que frisou que a margem financeira é "essencialmente nula", sobretudo dadas as novas regras europeias.

No Boletim Económico divulgado nesta sexta-feira, 22 de março, o banco central reviu em forte alta a estimativa de crescimento económico para este ano, esperando agora que o PIB suba 2%, quando em dezembro antecipava que subisse 1,2%. O BdP antecipa também que os preços subam agora menos do que o previsto (2,4% contra 2,9%). Assim, as estimativas do BdP colocam a economia portuguesa a crescer perto do seu potencial e acima da média da Zona Euro.

"A previsão que fazemos traz boas notícias", comentou Mário Centeno, na conferência de imprensa para apresentar o Boletim Económico de março, que decorre em Lisboa.

No entanto, o governador fez questão de sublinhar que o bom desempenho previsto para a economia portuguesa acontece quando a economia da zona Euro deve praticamente estagnar e num contexto de "condições de financiamento desafiantes".

Nesse sentido, o ex-ministro das Finanças socialista deixou um recado para o próximo Governo: "A política económica deve preservar a margem financeira para a próxima crise".

"É das poucas certezas que temos: a próxima crise vai existir. E a primeira coisa que devemos perguntar é se estávamos preparados para a enfrentar", alertou.

E, para Mário Centeno, "a margem financeira que existe deve ser colocada ao nível do futuro e não consumida no presente".

Regras europeias reduzem margem

Na sua intervenção, o governador do BdP assumiu que as novas regras europeias passam a basear-se pela trajetória da despesa e que implicam que qualquer desvio face a um saldo orçamental equilibrado deva ser compensado.

Em concreto, explicou, um eventual aumento da despesa numa medida terá de ser compensado por outras descidas na despesa ou aumento de receita.

Com este contexto por trás, "a margem, a partir de tudo o que hoje já está legislado e da dinâmica habitual da despesa pública face à evolução do PIB, é essencialmente nula", avisou Centeno.

O agora governador, que era ministro das Finanças quando Portugal deixou o Procedimento por Défices Excessivos (PDE), acenou ainda com o risco de voltar a esse procedimento. "Portugal viveu 80% dos dias entre 2000 e 2017 em PDE. E manter o país fora dessa realidade é não criar uma ficção", terminou.

(Notícia atualizada com mais informação às 12:30)

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/centeno-avisa-margem-financeira-nao-e-para-consumir-no-presente
Título: Re: Economia nacional
Enviado por: Viajante em Março 25, 2024, 02:26:32 pm
Excedente do último ano atingiu 1,2% do PIB

As contas das administrações públicas fecharam com um saldo positivo de 3.193,5 milhões de euros. Fernando Medina alerta próximo Governo que é "fundamental" manter equilíbrio orçamental e redução da dívida.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-01/img_900x560$2024_01_22_20_39_14_468820.jpg)

As contas das administrações públicas terminaram, no ano passado, com um excedente de 1,2% do PIB, indica nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) na notificação remetida a Bruxelas no âmbito do habitual procedimento dos défices excessivos.

Tal como esperado, o superávite público superou largamente as últimas previsões oficiais do Governo, que apontavam para 0,8% do PIB nas perspetivas do ministro cessante das Finanças, Fernando Medina, apresentadas em outubro.

O excedente apurado em contas nacionais – o segundo da história democrática do país, após os 0,1% do PIB obtidos em 2019 – corresponde, segundo o INE, a um saldo positivo de 3.193,5 milhões de euros.

O resultado, considerando os subsetores das administrações públicas, reflete a forte situação superavitária dos fundos da Segurança Social, que no ano passado obtiveram um excedente de 5.669,9 milhões de euros.

Já na administração central, o saldo foi deficitário em 2.328,6 milhões de euros, sendo que o saldo ao nível da administração local foi igualmente negativo em 147,8 milhões de euros.

O resultado das contas públicas agora apurado reflete um forte crescimento da receita pública, que aumentou em 9,5 mil milhões de euros, subindo 9%. Já a despesa das administrações públicas aumentou em 5,2%, correspondendo a mais 5,6 mil milhões de euros que um ano antes, indica o INE.

Em comunicado, o Ministério das Finanças afirma que a forte melhoria do saldo e superação da meta orçamental prevista em outubro último, há seis meses, ocorreu "em larga medida devido a um melhor desempenho da economia, do emprego e dos salários, o que permitiu um aumento da receita contributiva e fiscal superior ao previsto em 1.135 milhões de euros". Já a despesa, em contrário, ficou 438 milhões de euros aquém do estimado pelo Governo.

Na comunicação do Terreiro do Paço, a dias de tomada de posse de um novo Governo liderado por Luís Montenegro, o executivo cessante defende que o excedente histórico "é fruto de boas políticas públicas"  e também de "uma boa gestão orçamental, que teve sempre presente o contexto de elevada incerteza económica e geopolítica", num quadro em que foi preciso acionar várias medidas de resposta às crises da pandemia e da inflação dos últimos anos.

"A capacidade de resposta evidenciada perante as dificuldades da pandemia e da crise inflacionista confirma que é fundamental que Portugal mantenha políticas que assegurem o equilíbrio orçamental e a redução da dívida pública. Só esse caminho nos permitirá apoiar as famílias e a economia em momentos de crise e preservar e contiuar a reforçar a credibilidade externa do país", alerta.

A nota admite também que os resultados de 2023 não deixarão de ter "um impacto positivo na execução de 2024". Ainda assim, avisa, o excedente histórico "não reduz as pressões orçamentais que condicionarão as decisões financeiras futuras". Em particular, é lembrado que os gastos com pensões e outras prestações sociais deverão em 2025 subir em 1,5 mil milhões de euros em resultado dos mecanismos de atualização automática indexados à inflação. Além disso, o comunicado de Fernando Medina destaca as previsões de encargos crescentes associados ao envelhecimento da população e também, no investimento, às necessidades das transições "ambiental, digital e de segurança externa, no contexto de uma previsível redução do financiamento europeu com a com a conclusão do Plano de Recuperação e Resiliência em 2026".

Para 2024, e segundo as estimativas da notificação a Bruxelas, um cenário sem alterações de políticas permitirá colocar novamente o saldo das administrações públicas em situação supervitária, com os dados do INE a reportarem a preevisão inalterada de um excedente de 0,2% do PIB pelo Ministério das Finanças.

Já quanto à evolução da dívida pública, o horizonte oferece neste momento a possibilidade de uma redução de quatro pontos percentuais, de 99,1% para 95,1% do PIB.

Os dados finais de 2023 apurados pelo INE confirmam a redução do peso do endividamento público para um valor abaixo de 100% do PIB no ano passado, sendo ainda assim ligeiramentre superior à estimativa inicialmente avançada pelo Banco de Portugal, que apontava para 98,7% do PIB.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/excedente-do-ultimo-ano-atingiu-de-12-do-pib

excedente de 3,2 mil milhões e num período de inflação!!!! O novo governo já tem as contas pagas durante ...... 2 semanas com tal cofre cheio herdado!!!!!!  :mrgreen:
Curioso o excedente de 3,2 mil milhões, que coincide com o dinheiro doado à TAP!!!!!