Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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Mar Verde

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Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« em: Março 21, 2007, 12:16:56 pm »
....O documento «Estudos de Localização» realizado pela Direcção de Estudos Aeroportuários, da ANA, em Agosto de 1994, defendeu que conjugando todos os aspectos se permitia «concluir com clareza pela vantagem da localização do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) na hipótese definida como Montijo B»...

....Seguida do Montijo A, Rio Frio e Ota.....

...De acordo com Direcção de Estudos Aeroportuários, todos os locais, na margem Sul - Montijo e Rio Frio - obrigam à desactivação do Campo de tiro de Alcochete e da Base aérea nº 6 do Montijo....

http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... &id=787482



a desactivação constituiria um problema ?
 

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Lightning

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« Responder #1 em: Março 21, 2007, 05:33:31 pm »
Bem em primeiro lugar a ANA não possui qualquer autoridade sobre a Força Aérea por isso esse papel não quer dizer nada, isso compete ao MDN decidir.
Para já na FAP não me parece que haja qualquer movimento de fechar a BA6, visto que ainda recentemente ai se construiu e se planeia construir vários edificios novos, para os EH-101 e futuramente para o C295.
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #2 em: Março 21, 2007, 07:04:06 pm »
O ex-ministro Ferreira do Amaral, volta não torna, reencaminha o NAL para a BA6, tal como o quis teimosamente fazer quando integrava o executivo de Cavaco Silva. Nessa altura - 1992/4 - foi constituído um grupo de trabalho para estudar a hipótese da Base Aérea do Montijo se poder vir a tornar no Novo Aeroporto de Lisboa (afinal, em finais da década de 1970, um Boeing 747 espanhol até havia lá aterrado por engano e tudo e como tal podia ser que a coisa prometesse). :|
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Mar Verde

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« Responder #3 em: Março 21, 2007, 07:32:43 pm »
a apostar num cenário Portela + 1, quais seriam as alternativas a considerar?

seria um aeroporto secundário para as low cost e voos charter




Solução Montijo (rápida e barata)
(shuttle de autocarro para a EXPO: Metro, Estação de Comboio e Central de Camionagem)

 

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papatango

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« Responder #4 em: Março 21, 2007, 09:46:26 pm »
O Montijo é demasiado pequeno, não tem possibilidade de crescimento, a não ser que se crie uma ilha no meio do estuario do Tejo para construir mais pistas.

Confesso que a ideia de Rio Frio não me é muito apelativa, mas o Porto Alto já faria mais sentido.

Há ali muito espaço para construir, só não sei é se o solo é adequado, pois quando passo por ali normalmente encontro muitos pequenos lagos quando chove.

O terreno é além disso extremamente fértil, embora na maioria dos casos esteja desaproveitado com pastagens para touros bravos...  :roll:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #5 em: Março 21, 2007, 09:54:09 pm »
Do Blasfémias:

Citar
Olhómetro
Ontem, num debate na SIC-Notícias sobre os aspectos tecnicos do novo aeroporto de Lisboa foi possível perceber três coisas:

1. Nunca foi feita uma comparação objectiva e quantificada entre a OTA e uma outra alternativa. A OTA foi escolhida a olhómetro com base na ideia de que Rio Frio teria que ser rejeitada por critérios ambientais. Não foi feito nenhum esforço para quantificar em termos de valor os diferentes bens ambientais em jogo. O que pesou na decisão foi algo do género: o ambiente estava numa fase de afirmação e quando se tomou a decisão os sobreiros de Rio Frio foram decisivos.
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2. Nunca foi feita uma comparação objectiva e quantificada entre a OTA e a alternativa Portela+1. A alternativa Portela+1 foi rejeitada porque os técnicos "acham" ( e é mesmo um achismo porque não existe quantificação objectiva) que dois aeroportos na região de Lisboa não são rentáveis. Mas quando se tenta perceber o que é que se quer dizer com isto chega-se à conclusão que o problema não é a rentabilidade do aeroporto, o problema é que a TAP, para ser rentável no seu actual modelo de negócio, precisa de um grande aeroporto para operar. A TAP precisa de um grande aeroporto monopolista no país, o que implica que só pode haver um aeroporto na região de Lisboa e que os restantes aeroportos portugueses têm que estar subordinados a esse aeroporto.

3. Todos os técnicos envolvidos têm um interesse próprio nesta matéria. Não lhes é indiferente se se constrói um grande aeroporto ou não. Eles dedicaram a sua vida ao planeamento de aeroportos e esta é a oportunidade de uma vida. Se não colocarem em prática as suas ideias agora, nunca o poderão fazer. O mesmo acontece com todas as organizações que fazem estudos sobre o novo aeroporto. Todas têm interesse em participar na sua construção, todas têm interesse em concluir que o aeroporto é necessário e viável.
Etiquetas: elefantíase, ota

Ontem, num debate na SIC-Notícias sobre os aspectos tecnicos do novo aeroporto de Lisboa foi possível perceber três coisas:

1. Nunca foi feita uma comparação objectiva e quantificada entre a OTA e uma outra alternativa. A OTA foi escolhida a olhómetro com base na ideia de que Rio Frio teria que ser rejeitada por critérios ambientais. Não foi feito nenhum esforço para quantificar em termos de valor os diferentes bens ambientais em jogo. O que pesou na decisão foi algo do género: o ambiente estava numa fase de afirmação e quando se tomou a decisão os sobreiros de Rio Frio foram decisivos.



2. Nunca foi feita uma comparação objectiva e quantificada entre a OTA e a alternativa Portela+1. A alternativa Portela+1 foi rejeitada porque os técnicos "acham" ( e é mesmo um achismo porque não existe quantificação objectiva) que dois aeroportos na região de Lisboa não são rentáveis. Mas quando se tenta perceber o que é que se quer dizer com isto chega-se à conclusão que o problema não é a rentabilidade do aeroporto, o problema é que a TAP, para ser rentável no seu actual modelo de negócio, precisa de um grande aeroporto para operar. A TAP precisa de um grande aeroporto monopolista no país, o que implica que só pode haver um aeroporto na região de Lisboa e que os restantes aeroportos portugueses têm que estar subordinados a esse aeroporto.

3. Todos os técnicos envolvidos têm um interesse próprio nesta matéria. Não lhes é indiferente se se constrói um grande aeroporto ou não. Eles dedicaram a sua vida ao planeamento de aeroportos e esta é a oportunidade de uma vida. Se não colocarem em prática as suas ideias agora, nunca o poderão fazer. O mesmo acontece com todas as organizações que fazem estudos sobre o novo aeroporto. Todas têm interesse em participar na sua construção, todas têm interesse em concluir que o aeroporto é necessário e viável.

E da Grande Loja (esta é porreira):

Citar
Depois de muito reclamar, o governo lá colocou na página da NAER , os estudos que sustentam a sua decisão. Nada de extraordinário, e o Ministro ainda na sexta-feira passada disse, que os estudos estavam todos publicados.
Há só uma pequena coincidência.
Se repararmos os estudos intitulados " Relatório para a preparação da escolha do local (Parte 1)" e Relatório para a preparação da escolha do local (Parte 2)" foram elaborados pela conceituada empresa Aéroports de Paris (ADP). Se repararmos o estudo " Aeroporto de Lisboa - Feasibility studies" foi elaborado pela empresa inglesa BAA.
Se lermos os estudos, percebemos que a escolha do local foi elaborada e sustentada com estudos da ADP e da BAA.
A empresa inglesa BAA foi adquirida pela empresa Espanhola Ferrovial.
Em 29 de Janeiro de 2007, são divulgadas as empresas interessadas na Ota, e quem vai á frente, é a Ferrovial e a AdP.

Curioso não é.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Ricardo Pinheiro

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« Responder #6 em: Março 27, 2007, 03:01:28 pm »
não sei se este post está no tópico certo...
para quem quiser comentar...
 
Centro de instrução da Força Aérea sai da Ota para Ovar

O centro de instrução da Força Aérea vai sair da Ota para Ovar, segundo um despacho do chefe do Estado-Maior da FA, general Luís Araújo. A informação foi confirmada à TSF pelo porta-voz da Força Aérea, que explicou, todavia, que este despacho não deu qualquer opinião sobre a opção do Governo pela construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota.
 
«Surge apenas na sequência de uma decisão governamental de construção do aeroporto nesse local e uma vez que temos infra-estruturas localizadas na Ota, a sequência lógica seria iniciar os estudos com vista à transferência deste nosso centro para outra localização», acrescentou o tenente-coronel António Seabra em declarações à emissora.
A existência deste despacho foi avançada na edição de hoje do Jornal de Notícias.

No referido despacho, o general Luís Araújo aponta as vantagens da mudança para Ovar, onde poderá ser construída uma «infra-estrutura moderna, com reduzido impacto ambiental, dotada de todas as valências».
 


Copyright Diário Digital 1999/2006
 

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me163

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« Responder #7 em: Março 28, 2007, 12:32:19 am »
Estava a ler isto e lembrei-me que quando o Paulo Portas era Ministro da Defesa, houve uma tentativa de levar as OGMA para Beja e tornar a BA Beja num centro de manutenção de C-130, salvo erro.

Esta mudança permitiria transformar Alverca num aeroporto para as low cost e charters.
Ainda por cima a pista de Alverca fica muito próxima da autoestrada A1 e da linha de comboio, pelo que não seria necessário muita coisa para criar bons acessos.

Em termos de expansão, Alverca talvez esteja um pouco limitada, mas se movermos as OGMA para Beja e o Museu do Ar para Sintra, deve haver espaço suficiente para fazer um aeroporto decente.
Si vis pacem parabellum
 

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Raul Neto

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« Responder #8 em: Abril 05, 2007, 09:28:33 pm »
Afinal foi um 747 da Ibéria que lá aterrou por engano. Não sei porquê durante anos acreditei ter sido um 727. Bom.. se foi um 747 a "gaffe" teve outra dimensão maior do que aquela que eu imaginava.
 

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #9 em: Novembro 03, 2014, 09:16:55 pm »
Citar
Força Aérea diz que é viável um terminal para voos civis na base do Montijo
Segundo militares, o espaço reúne as condições para receber um terminal para voos civis.


A Força Aérea Portuguesa (FAP) considerou esta quarta-feira que a base aérea do Montijo reúne as condições para receber um terminal para voos civis, à semelhança do que já acontece com a base aérea de Beja.

"A Força Aérea considera que a eventual abertura da Base Aérea n.º 6 [no Montijo] ao tráfego civil, bem como a utilização comum das respetivas infraestruturas aeronáuticas, tem viabilidade", diz a instituição militar, depois de questionada pela agência Lusa sobre se o Montijo reúne as condições para receber um futuro terminal civil, como já acontece em Beja.

A FAP informa que os contactos e as reuniões com a ANA-Aeroportos de Portugal, comprada pelo grupo francês Vinci, relativos à possibilidade da abertura da Base Aérea do Montijo às companhias aéreas de baixo custo ('low cost'), tiveram início há cerca de dois meses.

http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/soci ... ntijo.html
 

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nelson38899

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #10 em: Novembro 03, 2014, 09:44:53 pm »
Citação de: "Lightning"
Citar
Força Aérea diz que é viável um terminal para voos civis na base do Montijo
Segundo militares, o espaço reúne as condições para receber um terminal para voos civis.


A Força Aérea Portuguesa (FAP) considerou esta quarta-feira que a base aérea do Montijo reúne as condições para receber um terminal para voos civis, à semelhança do que já acontece com a base aérea de Beja.

"A Força Aérea considera que a eventual abertura da Base Aérea n.º 6 [no Montijo] ao tráfego civil, bem como a utilização comum das respetivas infraestruturas aeronáuticas, tem viabilidade", diz a instituição militar, depois de questionada pela agência Lusa sobre se o Montijo reúne as condições para receber um futuro terminal civil, como já acontece em Beja.

A FAP informa que os contactos e as reuniões com a ANA-Aeroportos de Portugal, comprada pelo grupo francês Vinci, relativos à possibilidade da abertura da Base Aérea do Montijo às companhias aéreas de baixo custo ('low cost'), tiveram início há cerca de dois meses.

http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/soci ... ntijo.html

Nada contra, mas estamos a chegar à solução, 3 bases para o exercito, duas bases para a força aérea e 1 base para a marinha
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #11 em: Novembro 04, 2014, 06:31:08 pm »
Citação de: "nelson38899"
Nada contra, mas estamos a chegar à solução, 3 bases para o exercito, duas bases para a força aérea e 1 base para a marinha

Só por curiosidade, como é que é isso?
 

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nelson38899

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #12 em: Novembro 04, 2014, 09:02:21 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "nelson38899"
Nada contra, mas estamos a chegar à solução, 3 bases para o exercito, duas bases para a força aérea e 1 base para a marinha

Só por curiosidade, como é que é isso?

Um base para cada brigada do exercito, duas bases uma para o F16 e outra para as restantes e a base do alfeite
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #13 em: Novembro 04, 2014, 10:40:39 pm »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "Lightning"
Citação de: "nelson38899"
Nada contra, mas estamos a chegar à solução, 3 bases para o exercito, duas bases para a força aérea e 1 base para a marinha

Só por curiosidade, como é que é isso?

Um base para cada brigada do exercito, duas bases uma para o F16 e outra para as restantes e a base do alfeite

Ah ok, já percebi  :D.
 

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Johnnie

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #14 em: Novembro 05, 2014, 11:18:14 am »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "Lightning"
Citação de: "nelson38899"
Nada contra, mas estamos a chegar à solução, 3 bases para o exercito, duas bases para a força aérea e 1 base para a marinha

Só por curiosidade, como é que é isso?

Um base para cada brigada do exercito, duas bases uma para o F16 e outra para as restantes e a base do alfeite

Ah ok, já percebi  :D.


E a base das Lages?
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"