Pandur II

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Pedro Monteiro

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« Responder #15 em: Janeiro 06, 2006, 10:44:32 pm »
Citação de: "Luso"
O Independente  de 6 de Janeiro de 2006 apresenta artigos sobre defesa que considero interessantes, um dos quais se prende com a queixa da Patria Oy e que julgo merecedora da nossa atenção.
Um dos argumentos curiosos prende-se com a questão das torres para canhões de 30mm. Alegadamente, as dos Fuzileiros (2 exemplares) serão diferentes das do Exército.
Fiquei com a ideia que a decisão foi meramente política, no sentido de minorar a crise da ex Sorefame/Bombardier.


Uma notícia mal construída, infelizmente. O Exército vai operar a torre SP-30. Ora, esta torre não é viável num blindado anfíbio. E os fuzileiros ainda exigiam capacidade anti-carro. A solução foi adoptar a estação de armamento RCWS-30 (Remote Controlled Weapon System – 30mm), desenvolvida e produzida em Israel pela RAFAEL, com mísseis Spike. A opção é correctíssima por vários motivos. E a questão de serem duas viaturas tem lógica - de facto, não é vantajoso em termos logísticos -, porém, o factor operacional deve sobrepôr-se sempre ao logístico, na minha opinião. Até porque para os fuzileiros as condições financeiras são muito diferentes.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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papatango

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« Responder #16 em: Janeiro 06, 2006, 10:48:06 pm »
Não leio o independente, portanto não posso opinar sobre a metéria.

Mas é um facto que, os carros dos fuzileiros, pelas suas características, não devem ter a mesma torre.

Trata-se de um veículo já de si complicado de mover dentro de água. A sua operação em água do mar, é extremamente complicada. Uma torre muito pesada e alta, altera de tal forma o centro de gravidade, que o veículo pode pura e simplesmente virar e afundar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #17 em: Janeiro 06, 2006, 10:50:04 pm »
Para mim o problema maior é de serem apenas duas viaturas.
Duas.   I   I    ...

Vou digitalizar o artigo e coloco-o aqui, para ser adequadamente dissecado.
Depois há aquela falha dos milhões de euros que o Tribunal de Contas detectou nas "contas do Exército". Mas isso fica para o próximo programa.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #18 em: Janeiro 06, 2006, 11:39:36 pm »
Citação de: "Luso"
Para mim o problema maior é de serem apenas duas viaturas.
Duas.   I   I    ...

Vou digitalizar o artigo e coloco-o aqui, para ser adequadamente dissecado.
Depois há aquela falha dos milhões de euros que o Tribunal de Contas detectou nas "contas do Exército". Mas isso fica para o próximo programa.


Duas viaturas em vinte é bastante. E, sobretudo, são as necessárias para as missões dos fuzileiros. Afinal, estamos a falar de uma força anfíbia, não mecenizada.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Spectral

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« Responder #19 em: Janeiro 06, 2006, 11:39:38 pm »
Citar
Uma notícia mal construída, infelizmente. O Exército vai operar a torre SP-30. Ora, esta torre não é viável num blindado anfíbio. E os fuzileiros ainda exigiam capacidade anti-carro. A solução foi adoptar a estação de armamento RCWS-30 (Remote Controlled Weapon System – 30mm), desenvolvida e produzida em Israel pela RAFAEL, com mísseis Spike. A opção é correctíssima por vários motivos. E a questão de serem duas viaturas tem lógica - de facto, não é vantajoso em termos logísticos -, porém, o factor operacional deve sobrepôr-se sempre ao logístico, na minha opinião. Até porque para os fuzileiros as condições financeiras são muito diferentes.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro



Pedro, e quanto às viaturas com a função de APC para o exército sempre vão receber alguma RCWS/OWS com metrelhadora como foi sugerido há uns tempos atrás ? Além disso, os veículos da versão AT do exército também será equipado com Spike ?

Também me parece a mim ser uma boa solução para uma situação algo bicuda ( e que faz mais sentido que a outra indicada, de os fuzos receberem uma versão com torre de 25mm).
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #20 em: Janeiro 06, 2006, 11:43:21 pm »
Citação de: "Spectral"
Pedro, e quanto às viaturas com a função de APC para o exército sempre vão receber alguma RCWS/OWS com metrelhadora como foi sugerido há uns tempos atrás ? Além disso, os veículos da versão AT do exército também será equipado com Spike ?

Também me parece a mim ser uma boa solução para uma situação algo bicuda ( e que faz mais sentido que a outra indicada, de os fuzos receberem uma versão com torre de 25mm).


O Exército operará uma dezena de viaturas nessa configuração. Já a versão anti-carro não operará o Spike.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #21 em: Janeiro 06, 2006, 11:46:16 pm »
Uma imagem de perfil da VBR Pandur II.



Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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tsahal

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PANDUR 2.
« Responder #22 em: Janeiro 07, 2006, 12:58:56 am »
Lamento contradizer, mas as duas PANDUR 2 dos fuzileiros nao serao equipadas com uma torre RCWS da Rafael mas sim com uma torre ORCWS da Elbit, com misseis SPIKE LR da Rafael. Ate podem duvidar das minhas palavras mas foi me transmitido pelo responsavel da Rafael na Europa e pela press manager da Elbit. Alias eu ja tinha comentado isso anteriormente.
 

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Cabeça de Martelo

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Armamento
« Responder #23 em: Janeiro 07, 2006, 10:08:06 am »
Sacanas dos Fuzos agora só querem o que é bom!  :twisted:
Vá-la, pelos vistos alguém usa o cérbro neste país. O CTP tb estava decadas à frente de qq unidade em Portugal porque pertencia à FAP e por isso comprava em pequena quantidade mas com qualidade. Eu acho que como a Armada neste momento percebeu (finalmente) que há uma coisa chamada de Corpo de Fuzileiros e Mergulhadores Sapadores. Agora está a investir nestas duas unidades como não investia...desde sempre. Bom para eles e bom para Portugal.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Pedro Monteiro

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Re: PANDUR 2.
« Responder #24 em: Janeiro 07, 2006, 01:46:56 pm »
Citação de: "tsahal"
Lamento contradizer, mas as duas PANDUR 2 dos fuzileiros nao serao equipadas com uma torre RCWS da Rafael mas sim com uma torre ORCWS da Elbit, com misseis SPIKE LR da Rafael. Ate podem duvidar das minhas palavras mas foi me transmitido pelo responsavel da Rafael na Europa e pela press manager da Elbit. Alias eu ja tinha comentado isso anteriormente.


Obrigado pela correcção, Victor!  :wink: No essencial, este sistema apresenta a mesma vantagem face à torre SP-30 da Steyr.
Uma nota: não se equacionou, de facto, usar o sistema RCWS-30?
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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sturzas

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« Responder #25 em: Janeiro 08, 2006, 02:37:44 am »
Não Jorge:

Os fuzileiros irão receber:

3 viaturas Posto de Comando
8 viaturas de transporte de pessoal com metralhadora de 12.7mm (0.50)
5 viaturas de transporte de pessoal com lança-granadas de 40 mm
2 viaturas porta-morteiro e 120mm de longo alcance (SOLTAM-CORDOM Israelita - penso que serão equipados com tal)
2 viaturas canhão tiro rápido 30mm e Míssil anticarro de longo alcance (torre ORCWS da Elbit, com mísseis SPIKE LR da Rafael.

Aliás o contrato das viaturas Pandur, prevê 240 exército + 20 fuzileiros, com 33 de opção com canhão de 105mm. O problema é que o canhão de 105mm utilizado pela Steyr, não satisfaz um comportamento a 100% da Viatura, pelos ensaios que já foram efectuados. O exército ressalvou-se na opção de optar ou não, perante a aquisição, mediante os resultados dos testes que ainda estão a ser feitos.

Cumprimentos.
NA PAZ E NA VIDA... QUE RESERVA TÃO CALMA E TRANQUILA... MAS SE OUVIRES O TROAR DA GUERRA... ENTÃO IMITA O TIGRE...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #26 em: Janeiro 08, 2006, 10:44:53 am »
Citação de: "Jorge Sottomayor"
E como esta a questão dos 33 PANDUR II, com canhão de 105mm :?:  



AS 33 VBR ficaram como opção. Naturalmente pelo factor económico, mas também pela questão operacional: é um modelo ainda não certificado e cuja utilização operacional ainda levanta dúvidas a nível do Exército. Não acreidto que venham a ser encomendadas.
Os fuzileiros não irão operar esta versão. A aposta em termos de apoio de fogo são as VBR porta-canhão e porta-morteiro.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #27 em: Janeiro 08, 2006, 10:49:10 am »
Na altura, foi-me referido pelas própria RP da Armada que haveria duas VBR destinadas a luta anti-aérea, porém, sem armamento. Se bem me lembro, em contacto posterior foi-me dito que as mesmas poderiam estar contabilizadas nessa lista como sendo de transporte.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Citação de: "sturzas"
Não Jorge:

Os fuzileiros irão receber:

3 viaturas Posto de Comando
8 viaturas de transporte de pessoal com metralhadora de 12.7mm (0.50)
5 viaturas de transporte de pessoal com lança-granadas de 40 mm
2 viaturas porta-morteiro e 120mm de longo alcance (SOLTAM-CORDOM Israelita - penso que serão equipados com tal)
2 viaturas canhão tiro rápido 30mm e Míssil anticarro de longo alcance (torre ORCWS da Elbit, com mísseis SPIKE LR da Rafael.
 

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sierra002

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« Responder #28 em: Janeiro 08, 2006, 10:54:42 am »
Ese Pandur II con cañon de 105 hay que afinarlo. Parece más bien un ATP. Ya os pusé una foto de un Pizarro-ASCOD-Ulano con torre sudafricana de 105. Supongo que se podría poner al Pandur II.

A Portugal (creo yo) le interesaría un Vehiculo de Exploración de Caballería con cañon de 105 mm.

Os pongo otra foto del Centauro para que os hagais una idea de la potencia. Con un vehiculo así se podría sustituir a parte de los M60 portugueses, conservando potencia y ganando en mantenimiento y velocidad. En España sustituyen a los AMX 30.


Sus ocho ruedas, de suspensión independiente, son todas motrices, con el 1º y 2º ejes direccionales en todo momento y el 4º sólo a velocidades inferiores a 20 Km/h. Está provisto con neumáticos sin cámara, de tipo Run-flat que permiten continuar la marcha incluso si han sido dañados. Montan un dispositivo de inflado/desinflado automático (CTIS), controlado por el conductor.

Su arma principal es el cañón OTO Melara rayado de 105/52 mm, de baja fuerza de retroceso, estabilizado, autozunchado, de cierre de cuña vertical y provisto con freno de boca de seis salidas, colimador, cilindro evacuador de gases y camisa térmica. Emplea proyectiles perforantes de energía cinética (APFSDS) perforantes subcalibrados, de carga hueca, rompedores y de instrucción.

Completan el armamento dos ametralladoras de 7’62 mm, una coaxial y otra sobre el techo de la torre, y dos baterías de cuatro tubos lanza fumígenos Wegmann de 76 mm.

La dirección de tiro, automática y estabilizada, comprende un calculador balístico digital, un periscopio panorámico binocular giroestabilizado en dos ejes, con canal IL para visión nocturna, OG P-101 para el jefe de vehículo. El tirador dispone de un visor de puntería monocular con línea de mira estabilizada, telémetro láser y módulo IR para puntería nocturna.

El VRC-105 Centauro está dotado con instalación contraincendios/antiexplosión, protección NBQ y climatización.
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #29 em: Janeiro 08, 2006, 10:55:30 am »
Abaixo segue a lista completa das 260 VBR encomendadas por versões de acordo com informações recolhidas em Dezembro de 2004 e Janeiro seguinte junto de fontes oficiais. A lista foi publicada na revista Fuerzas Militares del Mundo nº30 num artigo sobre as VBR Pandur II e o seu processo de aquisição.



Cumprimentos,
Pedro Monteiro