Artilharia do Exército

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tenente

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« Responder #120 em: Setembro 09, 2007, 08:04:00 am »
Boas jmg,

Então concerteza que visitas-te o PO e a linha de peças do pico da Cruz ?
As três bocas de fogo 15cm TR M1897, material alemão, fizeram fogo real pela última vez em 1964 !
Em 1982, estava eu colocado no GAG2, como alferez miliciano, e conseguimos colocar as peças e as instalações operacionais, desde 1964 é compreensível que o estado operacional não fosse o melhor...... e executar fogo reduzido, calibre 37mm .
Não se efectuou fogo real por três motivos :

1) falta de treino dos serventes e chefes de secção.

2) Falta de cargas para as 300 granadas disponíveis e principalmente.

3) fuga de info que houve depois de ter sido planeado o exercício fuga essa que originou uma reunião com os representantes das freguesias limitrofes ao destacamento pois o receio do tiro real já feito anos atrás poderia ter os mesmos resultados anteriores, montes de telhados levantados devido à onda de choque da passagem das granadas .

Durante esse ano tentei juntamente com o Cmdt penso que era o TCor Estorninho, que fossem colocados no GAG2 pelo menos um pelotão, duas BF  10,5 cm Oto Melara, para o Grupo ter alguma capacidade de tiro de campanha, mas tal não foi possível e lá continuou o GAG2 com  as únicas BF que ali existiam operacionais, as oito  4cm AA e os oito reparos quádruplos de 12,7mm da bataria operacional, os quatro 8,76 cm existente, os vulgo 25 libras eram usados para tiro de salva, e tiveram de ser exaustivamente reparadas pois até bocados de estrias retirei à mão das almas dos tubos.

espero ter ajudado com esta info.

Abraços/ten

 
Citação de: "jmg"
E já agora muito se fala de artilharia de campanha e de anti aérea, mas será que alguém me pode esclarecer quanto a situação da nossa artilharia de costa. Somos um país com um litoral extenso penso que não se deveria descurar este campo.
Lembro-me de visitar os complexos de costa na madeira quando estive colocado no RG3. Infraestruturas impressionantes, mas segundo os artilheiros o material já estava praticamente obsoleto.....
« Última modificação: Setembro 09, 2007, 08:11:12 am por tenente »
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tenente

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« Responder #121 em: Setembro 09, 2007, 08:08:53 am »
Boas B2Zero,

Os CSR são pertença da Infantaria, nunca o GAG2 teve material de Artilharia de campanha operacional.

Abraços/ten

Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "nelson38899"
boas

Segundo me disseram a unidade de artilharia de costa foi extinta por volta de 93 e o pessoal foi integrado na artilharia de campanha. Em termos de defesa das ilhas, são usados canhões tipo o ligthing gun de 105 mm.


Cump.

Não creio que haja L-119 de 105mm colocados nos arquipélagos. Quanto muito, alguma bateria de Oto-Melara 56 nos Açores. Na Madeira, só o CSR de 106mm montado num Cournil, aparte as peças de museu já mencionadas pelo jmg
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tenente

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« Responder #122 em: Setembro 09, 2007, 08:14:22 am »
Boas,

Pena é que os nosso responsáveis políticos não saibam isso, eles até sabem mas os objectivos é que são outros........ e não invistam nesse sistema de armas a sério .

Abraços/ten

Citação de: "jmg"
Citar
Não há Light Gun nas Ilhas. Já li aqui que havia os Oto, mas tanto quanto sei, o orgânica do RG2 não tem bataria de artilharia de campanha, nem de costa. Talvez estejam armazenados no RG2 para emprego eventual?
Provavelmente hoje em dia se aposte na dissuasão submarina como melhor arma para a defesa dos arquipelagos. Não há dúvidas que o futuro submarino, furtivo e armado de misseis será um bom defensor do nosso território.
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Bravo Two Zero

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« Responder #123 em: Setembro 09, 2007, 08:36:39 pm »
Obrigado pelos esclarecimento, caro tenente
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papatango

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« Responder #124 em: Setembro 09, 2007, 09:08:49 pm »
Caro tenente, por acaso você tem ideia de onde vieram essas peças de 150mm alemãs ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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tenente

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« Responder #125 em: Setembro 10, 2007, 06:55:41 am »
Boas Papatango,

Afirmativo, peças de destroyers alemães, compradas para as batarias de costa.
As batarias de 15,2cm e 23,4cm de fabrico britânico também eram provenientes de navios.

Abraços/Ten

 
Citação de: "papatango"
Caro tenente, por acaso você tem ideia de onde vieram essas peças de 150mm alemãs ?
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jmg

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« Responder #126 em: Setembro 10, 2007, 08:34:03 am »
Em 1995, fizeram tiro de munição reduzida.
O alvo era uma jangada com um grande pano branco (tipo vela).
A jangada era rebocada por um navio patrulha classe Cunene.
Devo admitir que mesmo antigas, as armas fizeram um tiro incrivelmente preciso.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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« Responder #127 em: Setembro 10, 2007, 09:59:26 am »
jmg,

O mesmo aconteceu em 82 depois de enquadrado o tiro pelas BF das1 ª e 3ª secções, então a 2ª Secção também fará o tiro para a eficácia.

Na artilharia de Campanha é exactamente o contrário a regulação é feita pela(s) BF centrais da BBF 2ª ou 3ª secções consoante a BBF tem 4 ou 6 BF, penso que é assim já lá vão vinte e tal anos peço desculpa se algo não for exactamente assim .

Os tubos reduzisdos são tubos do PAK36 o famoso  " door knocker "
pois para o meio da 2ª GM já quase não tinha eficácia contra os CC, a não ser quando utilizava a  " stielgranate ".

Abraços/ten
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Lancero

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« Responder #128 em: Abril 01, 2009, 09:25:36 pm »
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Exército regressa à Marinha Grande para sessão de fogos reais
As Unidades de Artilharia Antiaérea do Exército regressam, amanhã, à Marinha Grande, para testar a operacionalidade dos meios antiaéreos portugueses em caso de ataques terroristas e a capacidade dos aparelhos utilizados pelo exército português.
O exercício com fogo real, intitulado 'Relâmpago 09', irá decorrer na praia do Samouco, à semelhança dos últimos dois anos, em que foram empregues todos os meios e unidades de Artilharia Antiaérea do Exército Português, nomeadamente os sistemas míssil antiaéreos, Stinger e Chaparral, e o Sistema Canhão Bitudo.
A acção, que irá decorrer entre as 09h30 e as 16h30, é da responsabilidade do Comando Operacional do Exército e conduzida pelo Regimento de Artilharia Antiaérea n.0 1, em colaboração com a Bateria Antiaérea da Brigada Mecanizada.
A sessão de fogos reais irá contar com a presença do Chefe do Estado-Maior do Exército, general José Luís Pinto Ramalho.

Alvos lançados sobre o mar
Em seis alvos disparados, os mísseis testados pelo Exército atingiram três, durante a operação 'Relâmpago 08'. Os alvos foram lançados sobre o mar.
Os mísseis portáteis Stinger estão ao serviço do exército português desde 1997, utilizados como apoio a combate. Por sua vez, os mísseis ligeiros Chaparral são utilizados pelo exército português desde 1990. Trata-se de um sistema dissuasor, cuja missão é atingir alvos aéreos a baixas altitudes, numa extensão de cinco quilómetros, e encontra-se integrado no sistema de defesa nacional.
Têm capacidade de atingir mais do que um alvo aéreo, sob quaisquer condições de visibilidade e de tempo, devido à utilização do sistema FLIR, de detecção por infravermelhos, e de mísseis tipo 'Fire and Forget'.
Os sistemas míssil ligeiro Chaparral transportam 12 mísseis, oito dos quais nos compartimentos de armazenagem da torre e quatro já montados nas rampas de lançamento. Têm capacidade de travessia de cursos de água, quando devidamente preparado. Têm autonomia de 480 quilómetros a uma velocidade de deslocamento de 40 quilómetros por hora.
Além dos mísseis Stinger e Chaparral, foi também testado no exercício do ano passado o canhão Bitubo de 20 milímetros, utilizado contra alvos aéreos de baixa e muito baixa altitude, e que serve de complemento aos sistemas míssil. Para o exercício de ontem, foram utilizados balões como alvos.
O exercício 'Relâmpago 08' envolveu 235 militares e 47 viaturas. Para a operação foram utilizados dois sistemas míssil ligeiro Chaparral e dois sistemas míssil portátil Stinger, 10 alvos aéreos, dois radares, um controlador aérea avançado, um navio da Marinha de Guerra Portuguesa e uma equipa de destruição de minas e combate a incêndios.

http://www.diarioleiria.pt/19324.htm
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #129 em: Abril 02, 2009, 03:34:05 pm »
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Marinha Grande: Exército treina defesa anti-aérea no Pinhal de Leiria para testar prontidão


    Marinha Grande, Leiria, 02 Abr (Lusa) -- Cerca de 240 militares do Exército estão a participar, esta semana, no Pinhal de Leiria, num exercício de defesa antiaérea com o objectivo treinar todas as unidades de artilharia antiaérea ao nível técnico e táctico.  

 

    A operação, denominada "Relâmpago 09", incluiu hoje uma sessão de fogos reais, com todos os sistemas de armas e todas as unidades da artilharia antiaérea portuguesa.  

 

    O oficial director do exercício, coronel Luís Batista, afirmou que este é um teste ao "estado de prontidão" do Exército.  

 

    "Treinamos para uma situação o mais real possível", precisou, adiantando que o Exército "está preparado para fazer face a uma grande panóplia de utilização de meios por parte de entidades ou movimentos de natureza terrorista ou outros".  

 

    O exercício, que iniciou uma hora mais tarde do que o previsto devido a uma avaria de um avião F16 estacionado na Base Aérea nº 5, em Monte Real, começou pela interdição do espaço aéreo e marítimo, este último da responsabilidade de uma corveta da Marinha.  

 

    Seguiu-se o lançamento de um míssil, pelo sistema "Stinger", que tem um alcance de 4.000 metros, sendo guiado por um mecanismo de infravermelhos, tiro que foi repetido.  

 

    Os militares usaram depois, por quatro vezes, o sistema míssil "Chaparral", que dispõe de um sistema autopropulsado anfíbio e uma câmara de infravermelhos, chegando a atingir 5.000 metros.  

 

    Este sistema foi descontinuado nos Estados Unidos da América em 1997.

 

    O fogo real terminou com o uso do sistema canhão bitubo, com um alcance de 1.200 metros, que disparou cerca de 450 munições de 20 milímetros, com o objectivo de acertar balões colocados a uma distância de mil metros.  

 

    O chefe de Estado-Maior do Exército, general José Luís Pinto Ramalho, disse, no final do lançamento dos mísseis, que o "saldo é extremamente positivo".

 

    "Em seis disparos, nós tivemos cinco que satisfizeram aquilo que esperávamos", afirmou, sublinhando que a situação "confirma a boa preparação do nosso pessoal e, realmente, a resposta que esperávamos do material que estamos a utilizar".  

 

    Admitindo que o material usado no exercício tem já alguma idade e embora Portugal não seja o único País que o use, há poucos países que o façam, o chefe de Estado-Maior do Exército realçou que "o Exército tira o máximo rendimento do material que tem".  

 

    "Se tiver material mais moderno, fará melhor, mas esteve aqui à vista o rendimento que conseguimos tirar do material que dispomos e continua a cumprir a missão que lhe está atribuída", destacou, reiterando: "O Exército está a fazer o que pode com aquilo que tem".  

 

    Confrontado com a capacidade de motivar os militares trabalhando com este material, o general respondeu: "Somos uma instituição nacional coesa, que tem a noção correcta daquilo que é a sua missão, e de acordo com os meios que a nação põe à sua disposição há que tirar o máximo de rendimento".

 

    Sobre a Lei de Programação Militar, o chefe de Estado-Maior do Exército acrescentou que a expectativa é que a lei "se vá cumprindo, vá sendo financiada conforme está prevista e que dê resposta em termos de reequipamento e da renovação natural do reequipamento e dos materiais que estão à disposição do Exército".  

 

    O general disse ainda não temer que a actual crise possa levar a maior procura pela carreira militar, sublinhando que o Exército não abdicará da qualidade para preencher entre 1.500 e 1.800 vagas, sobretudo praças.  

 

    "Não trocamos a quantidade pela qualidade. Vamos continuar a ser extremamente exigentes porque isso é também um factor de prestígio e dignificação do Exército", acrescentou.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Cabeça de Martelo

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« Responder #130 em: Abril 02, 2009, 03:42:23 pm »
O Exército já abdicou da qualidade à muitos anos... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #131 em: Abril 02, 2009, 08:02:15 pm »












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Militares disparam dois Canhoes Bitubo AA de 20mm durante o exercicio militar "Relampago 09" de fogo real onde foram tambem disparados misseis Chaparral e Stinger. este contou com a participacao de cerca de 300 militares do exercito, e decorreu no pinhal de Leiria, junto a costa, 2 de Abril de 2009, em Vieira de Leiria. PAULO CUNHA/LUSA
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Nuno Calhau

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« Responder #132 em: Abril 02, 2009, 08:43:50 pm »
Boa noite.

Perdoem-me a ignorância, mas qual é a origem dos "drones" que se vêem na foto?

Um Abraço.
 

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macer

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« Responder #133 em: Abril 02, 2009, 10:23:18 pm »
USA  :wink:
 

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Nuno Calhau

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« Responder #134 em: Abril 03, 2009, 12:32:06 am »
Tanks :!:

Um Abraço.