Substituição da G-3 parada há um ano

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Jorge Pereira

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Substituição da G-3 parada há um ano
« em: Abril 18, 2006, 09:35:50 am »
Citação de: "Jornal de Notícias"

Carlos Varela

Oconcurso para substituição da G-3 está praticamente parado há quase um ano. Uma situação que está a preocupar sectores do Exército, Marinha e Força Aérea, uma vez que o processo abrange também a aquisição de metralhadoras e de pistolas. É que a G-3 já não é fabricada há vários anos para uso militar. Nas metralhadoras, o Exército tem ainda que recorrer à HK-21, que nunca teve grandes adeptos por encravar com facilidade, e quanto a pistolas, a que está em uso é a Walther P38, uma arma robusta e fiável, mas com origem na Segunda Guerra Mundial e já com 40 anos de serviço.

Os últimos testes às duas armas em concurso - a HK G-36 e a Sig 550 - para substituir a G-3 foram feitos em Julho do ano passado, mas desde então nenhum outro passo foi dado para continuar a avaliação. O mesmo se passou com as metralhadoras e as pistolas, onde estão em concurso, respectivamente, a FN Minimi e a HK MG-4, por um lado, e a HK USP e a Sig Sauer 20/22, por outro.

Até ao final do ano, todas estas armas deviam ter sido ser sujeitas a novas testes, desta feita testes técnicos em laboratório para avaliação da robustez e fiabilidade, mas a verdade é que este passo ainda não foi dado. Os testes teriam que ser realizados num centro credenciado pela OTAN e chegou a ser equacionada a hipótese da infra-estrutura existente em Espanha, em Carabanchel. Há igualmente dois outros centros na Alemanha e na Inglaterra, mas não há notícia sequer de um agendamento para realização dos testes.

As razões para o atraso parecem estar no facto de o Ministério da Administração Interna (MAI) ter querido entrar no concurso ao lado do Ministério da Defesa Nacional, em particular devido à aquisição de pistolas para fornecer à GNR e à PSP, uma vez que poderia fazer baixar o preço da aquisição com o aumento do número de armas e os requisitos de militares e polícias serão conciliáveis. Outra vantagem da entrada do MAI estaria associada à uma maior facilidade de manutenção, na gestão de "stocks" de sobressalentes e na instrução, uma vez que o vencedor seria o mesmo para os militares e polícias. Talvez por isso elementos da PSP e da GNR estiveram presentes nos testes realizados no ano passado, os chamados testes de campo.

A verdade, no entanto, é que parece não ter sido ainda encontrada uma fórmula jurídica que permita conciliar as duas necessidades, do Ministério da Defesa, que iniciou o concurso e o processo de aquisição, e do Ministério da Administração Interna, a braços também com uma necessidade premente de pistolas para a PSP e para a GNR.

Como consequência, o concurso está irremediavelmente atrasado e dificilmente se poderá vir já a ser respeitado o que fora calendarizado, quando o anterior ministro da Defesa, Paulo Portas, deu o aval para o avanço do processo. Ou seja, o início da entrega de novas armas para as Forças Armadas em finais deste ano ou princípios de 2007, num processo que, segundo o previsto, estaria concluído em 2008.  
 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #1 em: Abril 18, 2006, 11:00:11 am »
Uma pergunta destinada aos peritos:

Se a G36 já foi submetida a testes que a levaram a ser adoptada por exércitos como a Alemanha (1995), Espanha (1999) e México e por forças especiais de diversos países, que testes tão demorados faltarão ainda executar?

A SIG também está em produção desde 1986 e em uso no Exécito Suíço e por diversas forças especiais de todo mundo. Também haverá que levar a efeito testes transcendentes?

E já agora, já que se pensa em atrasar tudo, porque não considerar a SCAR?

Mas, como já disse num postal anterior, os testes ainda vão revelar a existência de limalha nas culatras...
Ou cegonhas que nidificaram na zona de testes.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Jorge Pereira

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« Responder #2 em: Abril 18, 2006, 12:50:44 pm »
Só um esclarecimento:

Coloquei esta notícia aqui só pelo facto do concurso em causa visar fornecer armas a diversos ramos e unidades operacionais, não só das forças armadas como também de forças de segurança.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #3 em: Abril 26, 2006, 11:26:56 am »
Arranjam-se sempre os estratagemas dos mais mirabolantes para a demora nestes concursos.

A questão levantada pelo Luso, é pertinente:

Para que o Exército, Marinha, etc precisam de fazer mais testes à G-36, se agora já há corpos especias das FA's que têm G-36?
 

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Lightning

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« Responder #4 em: Abril 26, 2006, 08:54:17 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Arranjam-se sempre os estratagemas dos mais mirabolantes para a demora nestes concursos.

A questão levantada pelo Luso, é pertinente:

Para que o Exército, Marinha, etc precisam de fazer mais testes à G-36, se agora já há corpos especias das FA's que têm G-36?


A Rescom da FAP e o DAE da Armada usam a G-36. A GNR também possui G-36, utilizadas pelos seus militares na missão do Iraque.
 

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Rui Elias

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« Responder #5 em: Abril 27, 2006, 01:55:35 pm »
E é exactamente por isso que eu não entendo:

Ou melhor:

Acho que entendo que haja vontade escondida de atrasar por causa das despesas que a aquisição representariam para o controle do défice púbico.

Talvez até isso exlique o atraso que se vai arrastando relativamente à pubicação da LPM revista.

Mas gostaria que nestas coisas houvesse maior transparência por parte do Estado e das FA's.

Que fossem honestos e dissessem que o concurso fica congelado por um ano por causa de dificuldades orçamentais, e não por que as armas não estão testadas.

É que assim até parece aquela antiga anedota atribuida ao falecido Samora Machel, de que tinha experimentado os fósforos todos, antes de os enviar à mãe.
 

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TOMKAT

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« Responder #6 em: Abril 28, 2006, 12:52:27 pm »
Citação de: "Rui Elias"

Que fossem honestos e dissessem que o concurso fica congelado por um ano por causa de dificuldades orçamentais, e não por que as armas não estão testadas.


Schiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Não se pode dar a entender que essas pessoas são desonestas, são pessoas compentíssimas que sabem bem o que fazem.

Entretanto nomeia-se mais uma Comi$$ão X para reavaliar o já muito avaliado produto Y, e nós, autistas moribundos, cá vamos andando alegremente "com a cabeça entre as orelhas...."
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Rui Elias

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« Responder #7 em: Setembro 29, 2006, 12:08:59 pm »
O último post deste tópico data de 28 de Abril.    :roll:
 

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Lancero

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« Responder #8 em: Setembro 29, 2006, 12:17:15 pm »
Citação de: "Hélder"
Citação de: "Rui Elias"
Para que o Exército, Marinha, etc precisam de fazer mais testes à G-36, se agora já há corpos especias das FA's que têm G-36?

A Rescom da FAP e o DAE da Armada usam a G-36. A GNR também possui G-36, utilizadas pelos seus militares na missão do Iraque.


Já agora, o GOE PSP também tem algumas G-36
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Get_It

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« Responder #9 em: Setembro 29, 2006, 02:35:23 pm »
Citação de: "Rui Elias"
O último post deste tópico data de 28 de Abril.    :roll:


O tópico Substituição da G3 tem andando mais activo.

Pensava que todos os testes já tinham concluindos, e relativamente ao teste da Tavor em Portugal encontrei isto: http://www.geocities.com/militaryzone_portugal/tavor.htm.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #10 em: Setembro 29, 2006, 02:36:53 pm »
Citar
Sorry, this GeoCities site is currently unavailable.


 :?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Get_It

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« Responder #11 em: Setembro 29, 2006, 02:42:30 pm »
Tenta novamente. Embora tenha conseguido ainda agora aceder à página, poderá ser aquele dos limites de tráfego máximo por hora que o GeoCities tem.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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JLRC

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« Responder #12 em: Setembro 29, 2006, 04:13:39 pm »
Citação de: "Get_It"
Tenta novamente. Embora tenha conseguido ainda agora aceder à página, poderá ser aquele dos limites de tráfego máximo por hora que o GeoCities tem.

Cumprimentos,


Eu também entrei no agora no site sem problemas
 

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Jorge Pereira

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« Responder #13 em: Setembro 30, 2006, 07:41:10 pm »
Citar
Armas para o exército
Tribunal anula concurso de Portas


Valentina Marcelino
 
Os juízes entenderam que os requisitos exigidos só podiam ser cumpridos por um dos concorrentes, a alemã HK.

O concurso para adquirir as armas ligeiras para o exército, orçado em 75 milhões de euros, lançado pelo ex-ministro da Defesa, Paulo Portas, em 2005, foi anulado esta semana pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa. Os juízes consideraram que o concurso, que está neste momento a decorrer, viola o princípio de imparcialidade.
Esta era a principal alegação de um dos concorrentes, João Bravo, representante das armas austríacas Steyr e Glock, que interpôs a acção judicial. Que o concurso constituía "uma clara violação da prossecução de interesse público, da igualdade, da concorrência e da imparcialidade".
O tribunal concordou com os argumentos, que pretendiam demonstrar que os requisitos técnicos pedidos aos candidatos, no caderno de encargos, eram característicos de apenas uma dos fabricantes concorrentes, a alemã Heckler & Koch (HK), a marca das espingardas automáticas G3 que agora o exército pretendia substituir. No caso pelas modernas HK G 36, usadas apenas pela elite das forças de segurança.
O ministério da Defesa pretendia adquirir 31.000 destas espingardas automáticas, mais 1700 metralhadoras e 6800 pistolas.
João Bravo manifestou ao EXPRESSO a sua "satisfação" pela decisão judicial, sublinhando nunca ter duvidado que havia "um claro favorecimento a um dos concorrentes". Na sua acção, contou também com o apoio de outros fabricantes concorrentes, como a FN belga, a Colt norte-americana e a Tavor israelita, que também ficaram de fora do concurso.
O porta-voz oficial do ministério da Defesa, disse ao EXPRESSO que o ministro Nuno Severiano Teixeira "está a ponderar se vai ou não recorrer da decisão".
Entretanto, os militares das forças armadas vão continuar com a "velhinha" G3, arma que, aliás, vai ser a que vai acompanhar os militares portugueses destacados para a missão no Líbano.

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Luso

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« Responder #14 em: Setembro 30, 2006, 07:48:55 pm »
:banana:  :festa:  :Amigos:  :mrgreen:

Isto já parece os "Morangos com Açucar".
Melhor: com a "Floribela"...

E agora, minhas riquezas?
Quem elaborou o contrato de treta, quem foi?
Alguém que recebeu algum louvor, aposto.

Agora não há desculpa: ajuste directo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...