Comprar!!! Porquê? Portugal deve construir

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balburdio

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« Responder #90 em: Janeiro 25, 2008, 07:23:06 pm »
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FAbricar sapatos, especialmente não é problema, desde que passemos para um patamar superior, o dos sapatos de luxo e de qualidade.
Na verdade, é previsivel que a população do mundo continue a utilizar sapatos nos próximos séculos.
nós já fabricamos sapatos de luxo e qualidade, o investimento deve ser orientado agora na criação de uma escola de design, na promoção internacional (marcas próprias e publicidade) e na inovação tecnológica

qt à sua previsão, tb me parece que não vamos passar a andar descalços (sic)

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Com isto FRISO Não há nenhum problema com qualquer tiupo de investimento militar, desde que ele tenha pernas para andar e desde que possa andar sem ter que obrigatoriamente ter pernas fornecidas pelo Estado.
a falencia dessa teoria já está mais que provada.
sem o estado o sector privado não tem capacidade para investir, somos tão socialistas para umas coisas (pró que é mau) e tão pouco para o que interessa.

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O país depende do Estado para tudo e esse sempre foi um dos nossos principais problemas. Os portugueses habituaram-se de tal forma a pedir coisas ao Estado, que muitos perderam a noção da realidade não entendendo que o dinheiro do Estado, é o dinheiro que os cidadãos pagam de impostos.
não é um problema desde que o estado pague para produzir e não para não produzir. e a melhor forma de apoiar a iniciativa privada é comprar e pagar a tempo e horas

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Muitos dos grandes investimentos do estado português, acabaram por resultar em catástrofes financeiras e em elefantes brancos.
excepto por sinal a esmagadora maioria daqueles que resultaram em industria e serviços, como a EDP, a PT, etc.
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Esses elefantes brancos foram construidos pela cegueira daqueles que acham  que devem ser as grandes obras do Estado a conduzir a economia.
está a falar de que elefantes afinal?


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O tio «Belmiro», que é um capitalista do pós 25 de Abril, já disse que é preferível investir em negócios mais pequenos e com pés para andar, do que em grandes investimentos megalómanos.
o tio belmiro é um bandido de colarinho branco que acomulou riqueza à conta das maiores trapaças de que foram vítimas até mesmo os seus próprios colaboradores.


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Por alguma coisa, ele é o português mais rico.

por várias coisas aliás:
por ter obrigado os seus trabalhadores a adquirir acções da sonae aquando da emissão, ao preço fixado por ele
por os ter depois obrigado a vender qd já estavam mais baixas
por se ter apoderado por processos pouco éticos da empresa
por ter burlado o estado portugues em milhoes de contos
etc., etc.
 

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lurker

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« Responder #91 em: Janeiro 25, 2008, 07:26:34 pm »
Citação de: "dremanu"
Eu concordo com o MonstruPortugal..

Por exemplo, existe alguma razão lógica que justifique que as viaturas ligeiras utilizadas pelas pelas diferentes instituições do governo sejam outras que VWs?

A VW tem uma fábrica em Portugal, sendo assim o dinheiro do estado(os vossos impostos) deveria ser utilizado num valor de produção local, para que o volume do dinheiro a ser reciclado para dentro da economia seja maior, e não menor, que é o que acontesse cada vez que se compra material no estrangeiro.


Caro dremanu,
num dado momento a fábrica da VW de Palmela produz dois ou três modelos do grupo VW, que dificilmente correspondem às necessidades do Estado.
E na questão da reciclagem do dinheiro, lembre-se que é normal nos contratos para o Estado haver contrapartidas que fazem essa reciclagem.
Claro que seria preferivel se essa reciclagem acontecesse directamente, adjudicando o contrato a um fornecedor nacional mas a questão nunca é a preto e branco.
 

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dremanu

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« Responder #92 em: Janeiro 26, 2008, 01:13:38 am »
Citação de: "papatango"
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Por exemplo, existe alguma razão lógica que justifique que as viaturas ligeiras utilizadas pelas pelas diferentes instituições do governo sejam outras que VWs?

Dremanu -> Embora não seja oficial, você já viu a quantidade de AUDI's que aparecem como viaturas oficiais ?

Lembre-se que a AUDI faz parte do mesmo grupo e a VW não tem estatuto de carro de luxo.

Cumprimentos.


Lol, é verdade, não estava a pensar nesses. No entanto, a VW tb tem um carro de luxo, o Phantom, ou um qualquer nome parecido. E não sei porque razão é que os deputados, e juizes e outra cambada têm que andar com carros de luxo.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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dremanu

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« Responder #93 em: Janeiro 26, 2008, 01:16:36 am »
Citação de: "lurker"
Caro dremanu,
num dado momento a fábrica da VW de Palmela produz dois ou três modelos do grupo VW, que dificilmente correspondem às necessidades do Estado.
E na questão da reciclagem do dinheiro, lembre-se que é normal nos contratos para o Estado haver contrapartidas que fazem essa reciclagem.
Claro que seria preferivel se essa reciclagem acontecesse directamente, adjudicando o contrato a um fornecedor nacional mas a questão nunca é a preto e branco.


Sim, a questão nunca é a preto e branco, mas tb não é nenhum bicho de sete cabeças. Se o governo necessita de umas viaturas especializadas, tipo, carros com motores mais poderosos para a polícia, não vejo a VW a recusar-se a criar um departamento especializado para atender aos pedidos do governo. É o que fazem todas as outras fabricantes de viaturas nos seus respectivos países.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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lurker

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« Responder #94 em: Janeiro 26, 2008, 02:32:44 pm »
Caro dremanu,
a fábrica de Palmela consiste em linhas de montagem extremamente optimizadas para produzir determinados modelos. Neste momento creio que só produz o VW Sharan, um mono-volume.

Não tem capacidade de desenvolver ou produzir outros veículos nem de atender a pedidos especializados como esse.

Os fabricantes de automóveis são empresas multi-nacionais e sociedades anónimas que têm a obrigação legal de fazer o melhor possível pelo investimento dos accionistas.
Não andam a fazer favores aos Governos dos respectivos países. Se você vê empresas a desenvolver coisas para os respectivos países, das duas uma: ou o Governo está a subsidiar os custos de desenvolvimento ou a empresa vê o projecto como um investimento com potencial para retornar.

Podia-se pensar em criar em Portugal essas tais capacidades mas o único argumento seria mesmo o de fornecer o Estado Português.
Ora, do ponto de vista da VW o Estado Português não compra o suficiente para lhes interessar deslocalizar isso para cá. Do ponto de vista do Estado Português, também não compra o suficiente para compensar estar a subsidiar a VW para eles trazerem para cá essas capacidades.
 

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P44

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« Responder #95 em: Janeiro 26, 2008, 06:00:09 pm »
Citação de: "lurker"
Caro dremanu,
a fábrica de Palmela consiste em linhas de montagem extremamente optimizadas para produzir determinados modelos. Neste momento creio que só produz o VW Sharan, um mono-volume.


não, produz o também o VW EOS, vai começar a produzir o Scirocco e ganhou a nova Sharan.

VW EOS


VW SCIROCCO
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #96 em: Janeiro 29, 2008, 08:50:29 am »
Sem dúvida que este tópico é polémico.
Mas continuo a ver que as opiniões divergem, de forma extremamente oposta.
A minha opinião matem-se...
MAIS UMA VEZ SALIENTO QUE NÃO SEPODE FABRICAR TUDO (AVIÕES, BARCOS, TANQUES,ETC), mas o problema é que não se fabrica nada.
NPO, está bem, é um bom projecto, do qual eu já desconfio.
O míssil da Guarda, não vai passar disso.
Depois dizem que o estado não pode patrocinar tudo. Eu não disse o contrário, mas pode E REPITO, PODE COMPRAR O QUE FOR NACIONAL E CUMPRA OS REQUISITOS ( EX: INDEP LUSA A-2).
Reparem, não fabricamos aviões, e temos um excelente centro de manutenção e montagem, requalificação, upgrade, etc (OGMA). Ao longo de tantos anos de experiencia, não me digam, que se houvesse vontade ( do estado e do sector privado), não se poderia pelo menos ter criado algo para substituir os casa 212.
Depois já cá se falou de exemplos, nomeadamente a Suécia. Visitem o site da Saab/defense e vejam tudo o que aquele país fabrica. Porra, são tão pequenos como nós, são mais ricos ( alguma coisa fizeram para tal) e podiam comprar ao mercado estrangeiro que é vasto.
Investimento, investimento, no país e nos cidadãos desse país.
Cá temos que fazer o mesmo, investir no país e nos nossos jovens com canudos que, neste momento, só servem é para dar nas cabeças uns dos outros.
REPITO MAIS UMA VEZ, QUANDO SE PRECISA DE ALGUM PRODUTO, SEJAM PISTOLAS PARA OS POLICIAS, RÁDIOS, PARA ESTA INSTITUIÇÃO OU PARA OUTRA, CARROS DE COMBATE, 4X4, MISSEIS ANTI CARRO, ESPINGARDAS DE ASSALTO, PISTOLAS METRALHADORES (INDEP LUSA A-2), SEJA O QUE FOR. O ESTADO DEVE GARANTIR À PARTIDA QUE SE UM DOS CONCORRENTES FOR NACIONAL E PREENCHA, REPITO, PREENCHA TODOS OS REQUISITOS, DEVE SER ESCOLHIDO ESSE PRODUTO. ISTO NÃO SÃO POLITICAS DE PROTECCIONISMO QUE NÃO POSSAM SER ACEITRES PORQUE JÁ OS OUTROS PAÍSES O FAZEM.

Depois, PARCERIAS, que bom, venham elas.
Contrapartidas, nem sempre são o que parecem, e não conheço uma que tenha se concretizado na totalidade, até ao momento. ( a ver vamos com os PAndur).

Depois são um falso brinde, porque acaba o projecto e acaba-se a contrapartida.
O dinheiro retido ou encaminhado para Portugal é muito inferior ao que poderia ser retido caso se fosse cá fabricado.
As empresas particulares têm medo de investir e concorrer porque o estado não lhes garante igualdade de preferência e reconhecimento. Ou então não pode pagar as contrapartidas obscuras que vão para os cofres de apenas alguns com o poder de decisão na escolha.
 

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lurker

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« Responder #97 em: Janeiro 29, 2008, 11:29:55 am »
Caro MonstruPortugal,
você diz que o Estado pode e deve comprar o que há cá e cumpre os requisitos.

O grande problema disso é: o que é que há cá que cumpra os requisitos?

No que diz respeito à LUSA A-2, o problema era exactamente esse: não cumpria os requisitos.
O Ministério da Administração Interna tinha uma necessidade, lançou um concurso público para a satisfazer. A arma da INDEP foi exluida porque não satisfazia os requisitos do concurso à data limite de apresentação de propostas (se bem me lembro, era a falta de modo de rajada de 3 tiros).
O MAI ainda tentou modificar o concurso de modo a permitir a re-entrada da arma da INDEP mas o Tribunal Administrativo chumbou isso.

A diferença entre nós e a Suécia assenta em duas coisas.
Primeiro, eles têm uma indústria de defesa que assenta em mais que desejos e compras efectuadas pelo Estado.
Por exemplo, a SAAB faz aviões, civis e militares, para clientes de todo o mundo desde 1937.

Segundo, no caso particular da Suécia, durante a guerra fria eles queriam algo que não podiam ir comprar a lado nenhum: independência e neutralidade da NATO e do Pacto de Varsóvia.
Isso fez com que tivessem de gastar dinheiro a reproduzir localmente grandes blocos de indústria. Mas isso foi gastar dinheiro para obter algo que não se podia comprar.

Você não vê a Noruega, Dinamarca, Finlândia ou mesmo a Holanda a fazer o mesmo.

Finalmente, deixe-me frisar de novo isto.
Creio que você tem uma visão imensamente simplista do que é desenvolver e fabricar "cá" algo.

Nenhuma empresa, em lugar nenhum do mundo, faz nada de minimamente complicado sozinha. Quase tudo é feito a partir de peças mais pequenas, com ferramentas feitas ainda por outras empresas.
Portugal é uma país pequeno, com um tecido industrial limitado e temos cá poucas empresas.
Logo mesmo um projecto nacional envolve muito dinheiro a sair para o estranjeiro.

Tomemos por exemplo desenvolver um rádio para a policia, que é que consigo imaginar mais facilmente.
Imaginemos que uma empresa se põe a desenvolver um rádio adequado para a policia.
A quem é que eles vão comprar o equipamento de medida necessário para o desenvolvimento? A ninguém em Portugal.
A quem é que eles vão comprar os componentes electrónicos? A ninguém em Portugal.

Com isto não quero dizer que não devamos desenvolver cá coisas.
Só lhe quero tentar fazer perceber que a associação de fabricar cá e reter cá dinheiro não é assim tão directo.
Para que o dinheiro seja cá retido é necessário que a haja capacidade da indústria nacional de o absorver.
Porque senão, pode mesmo ser preferivel ir comprar ao estranjeiro e receber contrapartidas que a indústria nacional possa de facto absorver.
 

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FS

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« Responder #98 em: Janeiro 29, 2008, 01:50:58 pm »
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Sem dúvida que este tópico é polémico.
Mas continuo a ver que as opiniões divergem, de forma extremamente oposta.
A minha opinião matem-se...
MAIS UMA VEZ SALIENTO QUE NÃO SEPODE FABRICAR TUDO (AVIÕES, BARCOS, TANQUES,ETC), mas o problema é que não se fabrica nada.


Caro MonstruPortugal, apesar das opinioes divergirem, acho que a discussao ja deixou de ser tao extrema como ao principio. Assim quando eu referi que a certas areas da defesa militar que nos estao vedadas nao estava tao longe da sua opiniao. Como diz nao podemos construir avioes ,etc, etc...

Tambem ja deve ter reparado que nao fui o unico de opiniao que qualquer industria que prospere e uma boa industria.

Por isso a questao É em que areas da industria militar Portugal pode ter um futuro...
 

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FS

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« Responder #99 em: Janeiro 29, 2008, 02:56:54 pm »
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Citação:
Hmmm. Essa do velho do Restelo passou-me completamente ao lado. E ja agora se não conhece as pessoas abstenha-se de as caracterizar. Isto e um fórum para trocar ideias, não para para trocar argumentos ad homini!

tb aos outros passava, aliás ficavam no dito restelo a ver passar os navios que iam para a india, outro "mau" investimento portugues decerto

A) isso era problemas deles...
B) Se voce tivesse lido os Lusiadas teria percebido que a questao central do velho do restelo, uma personagem descrita como digna: "Mas um velho de aspeito venerando,"  "C'um saber só de experiências feito,/Tais palavras tirou do experto peito:" nao e o progresso, nem acerca de parar o progresso. É as razoes por que se quer ir a India. Esta personagem da voz a dissonancia politica e religiosa da epoca... Va ler os Lusiadas e depois apareca...


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Citação:
Ja que gosta tanto de falar de historia,lembra-se do D. Sebastião? Sabe o que ele fez? Fez um investimento mal calculado no futuro Português que se pagou muito caro!!!! Por isso todo o investimento tem de ser bem pensado
!
então se calhar é melhor não fazermos nenhum investimento, pensar parece não ser o nosso forte

Poblemas de interpretacao... Que parte de "todo o investimento tem de ser bem pensado" voce nao consegue perceber???? "Pensar parece nao ser o nosso forte"??? Fale por si!!!!!



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Citação:
Parece-me que a maior parte dos foristas compreende as leis de mercado! E percebem porque e que algumas áreas da industria militar estam vedadas a Portugal. E porque seria puro suicídio financeiro. Pena que não consiga perceber isso!

que áreas exactamente?

Em vez de estar a mandar postas, leia os posts que e para perceber a conversa...

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Citação:
Como já referi, e minha opinião que a participação de Portugal na Industria da defesa, devido as leis de mercado e know-how, e limitada.  

que leis são essas, já agora?
será que verdadeiramente as conhece, ou fala do que não sabe?

Pois, nao sabe o que sao as leis de mercado... Nao admira... Va ao google que eu nao tenho tempo para lhe explicar!



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Citação:
Apesar, e insisto neste ponto, acho que ha áreas em que podemos investir..
A exemplo os NPO e o software!

2 exemplos completamente desconexos
na realidade o sr. não acha coisa nenhuma, apenas indica o que existe
leia os lusiadas, pois é essa a definição de "velho do restelo" dada por Camões

Eu acho muita coisa. Mas e melhor nao escrever aqui...
Em contrapartida a unica coisa que voce faz e arrotar postas de bacalhau e nao dar nem um exemplo concreto do seu grande investimento e desenvolvimento da nacao pelo investimento na industria militar...

Voce precisa mesmo de ler os Lusiadas!!!!!!






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Citação:
E por falar em NPO ai tem um exemplo como as coisas podem correr mal na Industria suportada pelo estado!! Ja agora podia me dar exemplos de Industria suportada pelo estado que tenha tido sucesso?????

só do proprio estado (semi privatizadas inclusive)
GALP
PT
TMN
EDP
REN
BRISA
ENATUR
CP
Companhia das Lezírias
TAP
ANA

muitíssimas outras recebem ou receberam apoios do estado
outras são apoiadas pela relação priveligiada com o cliente estado

Industrias (se se pode chamar isso) criadas antes do 25 de Abril ( protegidas pelo estado) no tempo do orgulhosamente so, sao os exemplos que voce sabe dar????  A maior parte das companhias que refere fornece servicos...  E algumas das que refere deram ou estao a dar prejuizo! Ja agora refira a RTP!!!! E este o seu termo de comparacao com uma industria militar que tem que competir internacionalmente com gigantes da industria??? So se for anedocta!!!!


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sugiro que vá ler qualquer coisa e depois volte cá:
John Maynard Keynes
Michael Porter

Se os leu ja se esqueceu do que dizem. Porque fala Keynes em intervencao do estado em caso de crise, nao como forma de desenvolvimento. E se voce conhece Porter agora so precisa de o compreender!!!! E ja agora dou-lhe uma ajuda: quando ele fala de 5 forcas. Elas so se aplicam a empresas que ja existam. Nos somos uma das 5 forcas: o novo competidor!!!


 
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e este artigo, se tiver tempo
http://www.govexec.com/dailyfed/0108/010908nj1.htm


Dou-lhe duas sugestoes:

a) aprenda ingles

b) se sabe ingles leia o artigo antes de o por aqui.

O artigo Private military industry continues to grow" refere-se a mercenarios!!!! O que e que isto tem a ver para o assunto? E esta a sua industria portuguesa???? Criar mercenarios (agora chamados "private military industry") e aluga-los ao que pagar mais!!! Deve de dar dinheiro!!!

E finalmente se alguem diz, como eu, que algumas areas da defesa estao vedadas assume-se que podera haver outras areas da defesa abertas para Portugal. Logo podera haver investimento nessas areas. Logo nao sou contra o progresso. É triste É que tenha que lhe explicar isto... mais um caso de falsa dicotomia????
 

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« Responder #100 em: Janeiro 29, 2008, 06:40:01 pm »
Citação de: "lurker"
Caro MonstruPortugal,
você diz que o Estado pode e deve comprar o que há cá e cumpre os requisitos.

O grande problema disso é: o que é que há cá que cumpra os requisitos?

No que diz respeito à LUSA A-2, o problema era exactamente esse: não cumpria os requisitos.
O Ministério da Administração Interna tinha uma necessidade, lançou um concurso público para a satisfazer. A arma da INDEP foi exluida porque não satisfazia os requisitos do concurso à data limite de apresentação de propostas (se bem me lembro, era a falta de modo de rajada de 3 tiros).

Esta enganado Indep Lusa A-2 preenchia todos os requisitos. e tinha e tem patilha para três disparos. www.lusausa.com ( que é a mesma arma e que foi comprada a nós em 2004 pelos americanos). Aliás esta considerada como a melhor clone da MP5 muito à frente da FAMAE ( que ganhou o tal concurso em detrimento da Lusa a-2). O problema apresentado na altura era o custo de fabrico que estava um pouco superior pois era o inicio da produção.

Como vê não justifica.
Vá ao google e pesquise por IKNDEP LUSA A-2 e veja os diferentes sites internacionais e as suas avaliações desta arma que é nossa.
 

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« Responder #101 em: Janeiro 29, 2008, 06:45:19 pm »
Citação de: "lurker"
Caro MonstruPortugal,

Você não vê a Noruega, Dinamarca, Finlândia ou mesmo a Holanda a fazer o mesmo.


Mais uma vez está enganado:
A Finlândia produz veículos blindados ( Pátria) que concorreu com os Pandur, alem de espingardas de assalto para o seu exército, não são muito boas mas o estado Finlandês escolheu-as para o exercito (por que será), a Holanda produz excelentes navios para a sua frota e com algumas encomendas estrangeiras. Não é por acaso que as fragatas que lhes compramos em segunda mão recentemente ( que são de seu fabrico), vão ser substituídas por navios novos feitos também por eles.

E quanto à Noruega, conheço os mísseis PENGUIN, já aqui falados.

Como vê está enganado.

temos que investir em tecnologia militar e não só, especialmente a " não só", mas também militar.
 

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lurker

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« Responder #102 em: Janeiro 29, 2008, 11:20:36 pm »
Citação de: "MonstruPortugal"
Esta enganado Indep Lusa A-2 preenchia todos os requisitos. e tinha e tem patilha para três disparos. www.lusausa.com ( que é a mesma arma e que foi comprada a nós em 2004 pelos americanos). Aliás esta considerada como a melhor clone da MP5 muito à frente da FAMAE ( que ganhou o tal concurso em detrimento da Lusa a-2). O problema apresentado na altura era o custo de fabrico que estava um pouco superior pois era o inicio da produção.


Caro MonstruPortugal, a LUSA A-2 tem patilha de três disparos mas não tinha na altura da apresentação de propostas para o concurso lançado para o MAI.
Ainda antes de o concurso ser adjudicado, a arma passou a ter essa funcionalidade.
O MAI tentou umas manobras mas outros concorrentes (creio que foi um fabricante brasileiro) apresentou queixa ao TA.

E tente compreender em vez de simplesmente me forçar a explicar tudo o que escrevo como se você fosse uma criança de 5 anos.
Obviamente que a Noruega, Finlândia e Holanda têm indústrias de defesa. Mas não se comparam à Suécia, que era aquela a que você nos estava a comparar.
 

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balburdio

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« Responder #103 em: Fevereiro 01, 2008, 03:02:05 pm »
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A) isso era problemas deles...
B) Se voce tivesse lido os Lusiadas teria percebido que a questao central do velho do restelo, uma personagem descrita como digna: "Mas um velho de aspeito venerando,"  "C'um saber só de experiências feito,/Tais palavras tirou do experto peito:" nao e o progresso, nem acerca de parar o progresso. É as razoes por que se quer ir a India. Esta personagem da voz a dissonancia politica e religiosa da epoca... Va ler os Lusiadas e depois apareca...
meu caro, no meu tempo lia-se o Lusiadas na escola, e tinhamos que o saber e compreender. daí que não me escape a remoção de alguns versos mais incómodos pois o que camões escreveu e o sr. apagou rezava assim:
Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito




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Ja que gosta tanto de falar de historia,lembra-se do D. Sebastião? Sabe o que ele fez? Fez um investimento mal calculado no futuro Português que se pagou muito caro!!!! Por isso todo o investimento tem de ser bem pensado
curioso, e eu que sempre pensei que ele tinha feito precisamente o que o velho do restelo defendia:
Não tens junto contigo o Ismaelita,
Com quem sempre terás guerras sobejas?
Não segue ele do Arábio a lei maldita,
Se tu pela de Cristo só pelejas?
Não tem cidades mil, terra infinita,
Se terras e riqueza mais desejas?
Não é ele por armas esforçado,
Se queres por vitórias ser louvado?



!
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então se calhar é melhor não fazermos nenhum investimento, pensar parece não ser o nosso forte


Poblemas de interpretacao... Que parte de "todo o investimento tem de ser bem pensado" voce nao consegue perceber???? "Pensar parece nao ser o nosso forte"??? Fale por si!!!!!
o que o sr. defende é que só se faça o que a sua pródiga cabeça acha ser possível para o estatuto da nossa pequenez!
projectinhos de portugal dos pequeninos, pais adiado à espera que uma geração de gente mais ousada acorde d estupor em que vivemos!

tem por acaso a austria mais ou melhor gente qe nós?
e os suiços que fabricam os seus F-18 até a ultimo parafuso, são de melhor cepa que nós?
E a Suécia que produz praticamente tudo o que precisa, é habitada por
gente de melhor qualidade?
Se o bem pensar torna seguro o projecto então que se pense, mas que se faça!! e é isso que pareçe não estar  acontecer!!


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Citação:
Parece-me que a maior parte dos foristas compreende as leis de mercado! E percebem porque e que algumas áreas da industria militar estam vedadas a Portugal. E porque seria puro suicídio financeiro. Pena que não consiga perceber isso!

que áreas exactamente?

Em vez de estar a mandar postas, leia os posts que e para perceber a conversa...
Quem não compreende?
como não compreender que espanha salvou a sua industria naval focando-a na defesa enquanto nós malbaratámos a excelente capacidade que tivemos?
como não entender que espanha manteve a sua industria bélica e a incrementou enquanto nós vendemos tudo ao desbarato?
como é possível ter dúvidas perante o facto do nosso vizinho ter uma balança comercial no sector da defesa positiva enquanto nós cavamos mais e mais o nosso déficite?

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Citação:
Como já referi, e minha opinião que a participação de Portugal na Industria da defesa, devido as leis de mercado e know-how, e limitada.  

que leis são essas, já agora?
será que verdadeiramente as conhece, ou fala do que não sabe?

Pois, nao sabe o que sao as leis de mercado... Nao admira... Va ao google que eu nao tenho tempo para lhe explicar!

confesse, foi lá que aprendeu o que sabe não foi?
já que é um entusiasta da googletura pesquise e procure entender se conseguir o conceito de  Keynesianismo militar e Keynesianismo em geral.

e de futuro procure não tratar como ignorante quem já se esqueceu de tudo aquilo que o sr. sabe!



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Apesar, e insisto neste ponto, acho que ha áreas em que podemos investir..
A exemplo os NPO e o software!

2 exemplos completamente desconexos
na realidade o sr. não acha coisa nenhuma, apenas indica o que existe
leia os lusiadas, pois é essa a definição de "velho do restelo" dada por Camões

Eu acho muita coisa. Mas e melhor nao escrever aqui...
Em contrapartida a unica coisa que voce faz e arrotar postas de bacalhau e nao dar nem um exemplo concreto do seu grande investimento e desenvolvimento da nacao pelo investimento na industria militar
Voce precisa mesmo de ler os Lusiadas!!!!!!
...
não tenho tempo de ler os Lusiadas outra vez.
tenho outras leituras pela frente.
quer exemplos?
muito bem.
o exército reclama helcópteros e outros serviços civis e militares beneficiariam com eles.
este governo espera pelos NH-90 que sabe-se lá quando virão.
deveria encontrar uma solução para agora.
esta poderia passar por um projecto nacional (com ou sem parceria) para um heli ligeiro baseado na mais que conhecida tecnologia do All III
modernizada (materiais modernos e revisão da arquitectura estrutural), turbinas P&W PT6B um pouco como o polaco PZL W-3 Sokół :
http://en.wikipedia.org/wiki/PZL_W-3_Sok%C3%B3%C5%82



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Industrias (se se pode chamar isso)
 criadas antes do 25 de Abril ( protegidas pelo estado) no tempo do orgulhosamente so, sao os exemplos que voce sabe dar????  A maior parte das companhias que refere fornece servicos...  E algumas das que refere deram ou estao a dar prejuizo! Ja agora refira a RTP!!!! E este o seu termo de comparacao com uma industria militar que tem que competir internacionalmente com gigantes da industria??? So se for anedocta!!!!

antes do 25 abril??
EDP: 1976 por nacionalização de dezenas de companhias menores
GALP: 1977 por nacionalização de dezenas de companhias menores (Gazcidla, Sacor, Minigás, Sonap e Lusogás)
nesse tempo não eram tão protegidas pelo estado como após a nacionalização.
e que relevancia tem o terem sido criadas antes ou depois do 25 de abril?
e que distingue em termos de investimento uma empresa de serviços a esta escala de uma indústria, militar ou não?
se é anedota então sepre podemos rir! que nos faça proveito!
deixemos o trabalho sério para esses "gigantes da indústria militar" de que fala



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sugiro que vá ler qualquer coisa e depois volte cá:
John Maynard Keynes
Michael Porter

Se os leu ja se esqueceu do que dizem. Porque fala Keynes em intervencao do estado em caso de crise, nao como forma de desenvolvimento. E se voce conhece Porter agora so precisa de o compreender!!!! E ja agora dou-lhe uma ajuda: quando ele fala de 5 forcas. Elas so se aplicam a empresas que ja existam. Nos somos uma das 5 forcas: o novo competidor!!!

em caso de crise??? e o que acha que é a actual situação da nossa economia??? uma era de ouro????

o novo competidor é uma empresa já existente??? preciso de usar óculos ou isso é um disparate.

de qualquer modo isso é um assunto menos relevante, eu referia-me sim ao conceito de "aglomerado regional" que segundo Porter permite assegurar a competitividade e a produtividade competitiva das empresas de uma região.
Principalmente quando a este aglomerado se junta o Keynesiano "estado cliente". Este conceito serve de modelo à Alemanha que tem empresas interrelacionadas a vários níveis da organização hierarquica.
São 3, segundo Porter, as vantagens dos "aglomerados"
-aumento de produtividade e competitividade
-maior impulso à inovação
-estímulo ao aparecimento de novos negócios

um exemplo é o caso Silicon Valley, onde um "aglomerado" do sector tecnológico, incipiente em 1980, tomou conta do mundo!


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O artigo Private military industry continues to grow" refere-se a mercenarios!!!! O que e que isto tem a ver para o assunto? E esta a sua industria portuguesa???? Criar mercenarios (agora chamados "private military industry") e aluga-los ao que pagar mais!!! Deve de dar dinheiro!!!
quem não sabe extrair lições do que lê obriga os outros a perder temp oa explicar.
Este texto indica uma nova tendencia no sector de defesa, isto constitui uma oportunidade para novos concorrentes no sector.
Estes privados tem uma visão diferente da tradicional, e pelos resultados alcançados, principalmente no Iraque onde salvaram a situação, estão a influenciar novas correntes de pensamento militar.
Este novo conceito de intervenção militar requer outras soluções, pensadas  criadas à sua medida.
Com base nesta nova procura pode-se criar um "aglomerado regional" em Portugal que se pode estender a qualquer área da ndustria de defesa.


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E finalmente se alguem diz, como eu, que algumas areas da defesa estao vedadas assume-se que podera haver outras areas da defesa abertas para Portugal. Logo podera haver investimento nessas areas. Logo nao sou contra o progresso. É triste É que tenha que lhe explicar isto... mais um caso de falsa dicotomia????

assume-se que puderá?? ou assume-se que há?
se confunde certezas com possibilidades não me parece que me possa esclarecer seja o que fôr
 

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balburdio

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(sem assunto)
« Responder #104 em: Fevereiro 01, 2008, 03:14:22 pm »
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Caro MonstruPortugal, a LUSA A-2 tem patilha de três disparos mas não tinha na altura da apresentação de propostas para o concurso lançado para o MAI.
Ainda antes de o concurso ser adjudicado, a arma passou a ter essa funcionalidade.
O MAI tentou umas manobras mas outros concorrentes (creio que foi um fabricante brasileiro) apresentou queixa ao TA.
houve falta de interesse politico em salvar uma imprtante industria militar.
o resto são conversas de salão!!

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E tente compreender em vez de simplesmente me forçar a explicar tudo o que escrevo como se você fosse uma criança de 5 anos.
Obviamente que a Noruega, Finlândia e Holanda têm indústrias de defesa. Mas não se comparam à Suécia, que era aquela a que você nos estava a comparar.

e nós não nos comparamos a nenhuma delas. é tudo uma questão do modelo que escolhemos para seguir suponho. uns escolhem as suécias e as suiças, outros contentam-se em seguir o Burquina Fasso.