Comprar!!! Porquê? Portugal deve construir

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« Responder #15 em: Janeiro 11, 2008, 02:45:46 pm »
Citação de: "nelson38899"
boas

Mercado à se houver compradores, e como o mercado militar só se faz se durante o desenvolvimento do equipamento já houver compradores senão, não se faz, por isso é que o futuro helicoptero de americano foi ao ar e assim muito mais coisas. Quanto ao submarino espanhol, eles vão ganhar o conhecimento mas ele só é viavel se houver compras e como espanha quer comprar cerca se oito unidades ja se torna viavel, se o mesmo se fizesse em Portugal não acredito que fosse um programa viavel. Um exemplo que vai ser viavel é os pandur pois portugal fez uma grande compra. se fosse na casas das 30 unidades não compensa o investimento.

cump.


O programa dos Pandur é bom mas não é português. O submarino espanhol viável ou não, e não me parece que apenas oito navios o torne viável, pois estas coisas querem sempre muito mais, antes demais é um investimento em conhecimento e experiência. Os UMM   já se foram e agora vamos comprar Hummers, está a ver onde quero chegar? os Hummer virão em quantidade suficiente para garantir a viabilidade. De qualquer forma a viabilidade da FABREQUIPA está na Futura Produção de Veiculas para a América Latina e África, não pense que é com as 300 que vamos adquirir. Mas a ver vamos se vai se concretizar o objectivo de exportação que lhe dará viabilidade.
 

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papatango

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« Responder #16 em: Janeiro 11, 2008, 04:59:15 pm »
Uns detalhes:
O UMM era uma cópia chapada do Cournil francês.
O Chaimite era uma cópia chapada do Comando-V100
A pistola metralhadora FBP foi um projecto que evoluiu da junção de características de outros equipamentos.

O problema nos equipamentos de defesa é se trata de um sector onde os investimentos são altíssimos e o país não tem suficiente numero de técnicos para os desenvolver sozinho. Aliás não tem Portugal como não tem a maior parte dos países do mundo.

Os submarinos espanhóis  estão muito longe de ser exemplo como estão longe de serem realmente espanhóis (por muito que eles afirmem o contrário e isso é outra discussão) e não são oito mas sim quatro.

Não há aqui questões de mentalidade pequena, grande ou média. Há é questões de racionalidade.
Quando pensamos "grande" temos a tendência para criar elefantes brancos.

A Siderurgia Nacional, as empresas gigantes de construção e reparação naval (Lisnave e Setenave) o super terminal de Sines são exemplos do "pensamento grande".
Também podiamos falar no pensamento "grande" que nos levou a contruir tantos estádios de futebol para o Euro-2004, quando o Euro-2008 vai ser feito por dois países, cada um deles muito mais rico que Portugal e em menos estádios que aqueles em que decorreu o Euro-2004.

A realidade é que pensámos muitas vezes em grande. Na maioria dos casos, o resultado não foi bom.
É portanto natural que pensemos duas vezes.

Quando se trata de iniciativa privada não há nenhum problema, mas o Estado não pode andar sempre a subsidiar o "pensamento grande" que em muitos casos apenas enche de dinheiro os bolsos de alguns.

Há que ser racional.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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tsahal

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industria.
« Responder #17 em: Janeiro 11, 2008, 05:44:27 pm »
Nem mais Papatango!


Os grandes fabricantes que antes fabricavam tudo, agora são mais integradores de sistemas.

O mesmo acontece na industria automovel.
 

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Bulldozer

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« Responder #18 em: Janeiro 11, 2008, 05:49:19 pm »
A titulo de curiosidade... a uns anos atras assisti a comemoração dos 500 anos do Foral de Melgaço, entre outras coisas, havia uma exposição de armas portuguesas usadas desde então. O guia que explicava os items, a determinda altura, referiu-se a uma espingarda dizendo que era de origem portuguesa e foi a primeira do mundo a operar em repetição. Parecia uma espingarda de carregar pela boca, mas onde foi aplicado um genero de tambor tipo revolver previamente municiado e que permitia o disparo continuado (perdoem a descrição, mas não me recordo do nome, da data de fabrico, nem do seu autor). Isto para reforçar a ideia de termos sido pioneiros, inovadores e auto suficientes. Acredito que em parcerias internacionais e com capital fariamos muito mais e melhor que outros.
Pensar... é a derradeira arma!
 

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Johnnie

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« Responder #19 em: Janeiro 11, 2008, 05:55:55 pm »
Nos tempos que correm e dadas as dimensões das nossas FA penso que a carteira de encomendas que elas iriam gerar para uma suposta industria de defesa nacional não seria suficiente para rentabilizar um projecto.

Devemos admitir isto sem pudores e temos o dever de equipar os nossos homens que vão para fora com o melhor material que o nosso dinheiro lhes puder proporcionar...Independentemente de quem fabrica o material

Agora penso existirem nichos de mercado que podem e devem ser explorados pela nossa industria, sozinhas ou em parcerias, mas sempre a pensar no mercado global e nunca alavancados por politicas protecionistas.
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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tsahal

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equipamentos.
« Responder #20 em: Janeiro 11, 2008, 05:58:20 pm »
Espero que esteja enganado para bem da Fabrequipa, mas duvido que o PANDUR 2 venha a ser adquirido por outro pais, que seja um PANDUR 2 construido na Austria ou em Portugal. Falas-te na America so Sul? Quem?

Papatango, no teu site dizes que o NPL n será construido em Portugal. Claro, como disse ha varios meses, infelizmente ele n será construido aqui, o ENVC n tem capacidade pra construir um navio deste tipo. Se poucos estaleiros possuem essa capacidade, vai o ENVC ter? O maximo que poderão construir é um casco e ja estou a ser bom. As grandes empresas, para reduzir custos, mandam construir os cascos em paises como a Bulgaria, Romenia e Polonia. Se a própria HDW diz que o ENVC n tem essa capacidade, pq ha pessoas a insistir na fabricação aqui!
 

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Bulldozer

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« Responder #21 em: Janeiro 11, 2008, 06:06:05 pm »
Citação de: "nelson38899"
boas

Um pouco offtopico

mas sabias que ja se anda a investigar em portugal, tecnologia para satelites ao nivel das antenas. quem sabe se um dia deste não vão haver uma nova geração de satelites com tecnologia portuguesa. Por isso como disse à pouco, lá por não aparecer nas noticias não quer dizer que não se faça, mas claro em menor escala.

cump.


Ja agora, qual é a utilização dada ao POSAT1? ainda esta operacional? Sei que por alturas do seu lançamento, ouvi que uma parte da sua utilização era para fins militares, ainda é assim?
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ShadIntel

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« Responder #22 em: Janeiro 11, 2008, 06:19:47 pm »
Citação de: "Bulldozer"
Ja agora, qual é a utilização dada ao POSAT1? ainda esta operacional?
Não sei se está operacional, mas pelo menos ainda está "vivo"  :( . Sempre foi uma incursão Portuguesa na tecnologia espacial, esperemos que haja outras mais duradouras.
 

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Miguel

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« Responder #23 em: Janeiro 11, 2008, 06:31:46 pm »
Citação de: "ShadIntel"
Citação de: "Bulldozer"
Ja agora, qual é a utilização dada ao POSAT1? ainda esta operacional?
Não sei se está operacional, mas pelo menos ainda está "vivo"  :( . Sempre foi uma incursão Portuguesa na tecnologia espacial, esperemos que haja outras mais duradouras.


Boms tempos, que orgulho eu tinha, nessa altura tinha vindo as Meko novinhas os F16, etc... agora e so novelas :evil:
 

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Titos

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« Responder #24 em: Janeiro 11, 2008, 06:40:21 pm »
Hola amigos portugueses , sobre el proyecto del nuevo submarino español os dire , que es una realidad y es totalmente nacional . Ni que decir tiene que participaran empresas extranjeras, es algo normal en este tipo de proyectos y ya me gustaria, que fuesen portuguesas . Nuestros gobiernos tendriam que unirse en estos temas . Un cordial saludo a todos los foristas y a los portugeses en general
 

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tsahal

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PANDUR 2.
« Responder #25 em: Janeiro 11, 2008, 09:01:16 pm »
Eu falava dos utilizadores da PANDUR 2 serem dois, agora segundo acabo de saber, passa para 1 visto que a Steyr parou a construção dos PANDUR 2 para a republica Checa, isto significa que o contrato poderá estar definitivamente cancelado.
 

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« Responder #26 em: Janeiro 12, 2008, 11:37:49 am »
Citação de: "Bulldozer"
Citação de: "nelson38899"
boas

Um pouco offtopico

mas sabias que ja se anda a investigar em portugal, tecnologia para satelites ao nivel das antenas. quem sabe se um dia deste não vão haver uma nova geração de satelites com tecnologia portuguesa. Por isso como disse à pouco, lá por não aparecer nas noticias não quer dizer que não se faça, mas claro em menor escala.

cump.

Ja agora, qual é a utilização dada ao POSAT1? ainda esta operacional? Sei que por alturas do seu lançamento, ouvi que uma parte da sua utilização era para fins militares, ainda é assim?



acho que já não tem nenhuma utilidade, apesar de ainda estar "vivo". Pelo menos foi o que li, e já algum tempo, não é utilizado rigorosamente para nada.

A propóstio disso, lembro-me de , nos inicios da década de 90, ter visitado no CCB, uma Exposição da Indútria Aeroespacial Russa, com descrição de diversos projectos que queriam implementar em conjunto com Portugal, um deles recordo-me bem, era o lançamento de pequenos satélites tipo PoSAT 1 a partir de um avião de trasnporte russo (não me lembro de que tipo), na altura os russos andavam bastante entusiasmados com possibilidades de parcerias com Portugal, infelizemtne que eu saiba tudo não passou do papel... :(
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: equipamentos.
« Responder #27 em: Janeiro 12, 2008, 11:41:21 am »
Citação de: "tsahal"
Espero que esteja enganado para bem da Fabrequipa, mas duvido que o PANDUR 2 venha a ser adquirido por outro pais, que seja um PANDUR 2 construido na Austria ou em Portugal. Falas-te na America so Sul? Quem?

Papatango, no teu site dizes que o NPL n será construido em Portugal. Claro, como disse ha varios meses, infelizmente ele n será construido aqui, o ENVC n tem capacidade pra construir um navio deste tipo. Se poucos estaleiros possuem essa capacidade, vai o ENVC ter? O maximo que poderão construir é um casco e ja estou a ser bom. As grandes empresas, para reduzir custos, mandam construir os cascos em paises como a Bulgaria, Romenia e Polonia. Se a própria HDW diz que o ENVC n tem essa capacidade, pq ha pessoas a insistir na fabricação aqui!


Tb acredito que , com estas ultimas noticias que sairam, o máximo que os ENVC farão do NavPol será o casco

(tb para acontecerem barracadas comos as dos NPOs , acho que é melhor)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #28 em: Janeiro 12, 2008, 07:50:20 pm »
Citação de: "Bulldozer"
A titulo de curiosidade... a uns anos atras assisti a comemoração dos 500 anos do Foral de Melgaço, entre outras coisas, havia uma exposição de armas portuguesas usadas desde então. O guia que explicava os items, a determinda altura, referiu-se a uma espingarda dizendo que era de origem portuguesa e foi a primeira do mundo a operar em repetição. Parecia uma espingarda de carregar pela boca, mas onde foi aplicado um genero de tambor tipo revolver previamente municiado e que permitia o disparo continuado (perdoem a descrição, mas não me recordo do nome, da data de fabrico, nem do seu autor). Isto para reforçar a ideia de termos sido pioneiros, inovadores e auto suficientes. Acredito que em parcerias internacionais e com capital fariamos muito mais e melhor que outros.



EXATAMENTE.... PENSAR É A DERRADEIRA ARMA:

Mas uma boa arma tem que ser bem utilizada, e o "pensar como arma", para ser eficaz tem que se aplicar o que se pensou.


Todos os que estão "contra mim" sem saberem, ainda me convencem mais que estou certo... Reparem alguém falou em "elefantes ". Pois é meus amigos, efectivamente é o que temos feito, são elefantes que compramos, mas devíamos era cria-los. Como os "cães" que o criador vende. Claro que só se deve investir no que tem fundamento. Para quê rios de dinheiro para os PALOP que o usam em corrupção e guerras pelo poder? Porquê 8 estádios ( salvo erro ), sem estar contra os Europeu. Deve-se é gastar em investigação, que isso não é dinheiro mal gasto são investimentos. INVESTIMENTOS em pessoas, bens, conhecimentos e mais emprego ou pelo menos, menos fábricas a fechar tão cedo, porque CABELAGENS, CALÇADO, e LINHAS  de MONTAGEM estão condenadas. É preciso construir tecnologia.

Eu não quero fabricar tudo. Mas alguma coisa devia-se fazer. O estado apenas devia garantir a compra de material que fosse nacional, caso este cumpra com todos os requisitos.
O material estrangeiro podia concorrer mas se existir um modelo português que cumpra com os requisitos, desde que o valor não seja um “roubo declarado”, e tenho consciência que o sector privado também tem culpas neste campo, deve ser escolhido o modelo português. Disso é exemplo a INDEP LUSA A-2 que perdeu o contrato da GNR em 92 para a FAMAE Chilena por que como estava no início, ia custar um pouco mais, dizem eles, o que eu posso duvidar. Com tudo pergunto, e não foi pior perdê-la depois de tanto dinheiro gasto no seu desenvolvimento.
Foi dos maiores erros que já vi. Gastou-se no projecto desde meados da década de 80, e depois escolheu-se a FAMAE.
Segundo sites do género a LUSA A-2 é o melhor Clone da MP-5, porque tudo o que se fez depois da chegada da MP5 são clones, e foi recusada. Agora foi comprada pelos Americanos ( www.lusausa.com ), e está muito bem cotada naquele mercado.
 

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antoninho

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« Responder #29 em: Janeiro 12, 2008, 08:50:38 pm »
O problema português, é que depois do Rei D. Sebastião, o país foi entregue aos velhos do Restelo ....lembram-se dessa personagem e do que ela dizia?? Pois ela anda bem activa por aí....