O problema real de Portugal, já é velho, não é desta pseudo-crise, isto a nós para já pouco nos afecta, ao anos que andamos a fazer poupanças e no apertar do cinto. Portanto há que tentar perceber o que se passou para que estejamos cada vez mais endividados.
A guerra do ultramar deu cabo das nossas economias, logo a seguir, com o 25 de Abril, de 300 000 reformados e pensionistas, passamos a ter milhões, fora os grandes roubos que foram feitos nessa altura. O estado com medo de se afundar forneceu grandes regalias à função publica sem pesar as consequências e em poucos anos passamos a ter excesso de funcionários em certas áreas bem como abusos (caso muito conhecido da RTP com 3 empregadas de limpeza por cada vão de escada, já nem sei ao certo se eram 3 ou 8 :X). Na saúde foi sempre o salve-se quem puder, com medicina a exercer o seu vasto poder...
Obras publicas cada uma com maior derrapagem financeira que a anterior, tudo por que cá reina o chico-espertismo, antes sequer do projecto estar no papel, os objectivos delineados e com datas, já há muito o aprovaram...
A entrada dos fundos da UE nos anos 90 deu aos portugueses uma falsa sensação de riqueza e começaram a brincar aos créditos, hoje a vasta maioria está endividada, gastavam 120% do seu ordenado nos mesmos e a inconsciência duns vai ter que ser paga por outros.
Mas não vale a pena falar do que toda a gente já sabe, uns até preferem esconder a triste realidade. Devemos então falar do que é necessário e é muito simples: inspecção, regulamentação e aplicação de sanções iguais para publico e privado. A partir do momento que começarem a chover sanções, vai tudo andar regulado, o português é como o gado, gosta de ser picado, por algum motivo é que trabalham bem nos outros países...
Temos neste momento 5.2 milhões de pessoas que são dependentes de 4.8 milhões de activos, entre estes ainda há os que fogem aos impostos, é preciso trabalhar para inverter a situação.
Quanto à questão da emigração (cuidado não confundam com imigração, pois são coisas diferentes!), não vejo mal nenhum, as pessoas são livres de fazer o que entendem, desde que não lesem quem os rodeia!!!! Emigrar deve até ser visto como algo positivo, aprender novas coisas, contactar com novas culturas, novos sabores etc. Tudo o que é conhecimento é bem-vindo!
Em relação ao que foi referido de termos poucos trabalhadores qualificados, isso é o que vem nos jornais, propaganda politica, faz-me rir cada vez que leio isso. Referem-se sobretudo às pessoas que toda a vida fizeram uma só função e de um momento para o outro ficaram desempregados... pois há muita malta com curso superior no desemprego, eu sou parte dessa malta meus senhores. No centro de emprego não têm qualquer oferta para a minha formação, tenho qualificações a mais, é de rir!
O estado não têm tomates para fechar ou congelar cursos, depois dá nisto... seria uma boa altura para haver uma prospecção de mercado e criar cursos pós secundário de acordo com as necessidades do país e não para sustentar uns boys & girls. :roll: