O Advento do Carro Eléctrico: Uma oportunidade para Portugal

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pedro

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« Responder #30 em: Junho 30, 2008, 04:49:50 pm »
Boa ideia, assim é que é. :?
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Falcão

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« Responder #31 em: Julho 07, 2008, 06:30:47 pm »
Citação de: "CNBC"
Portugal to join Renault-Nissan electric car project - report

LISBON (Thomson Financial) - Prime Minister Jose Socrates will soon sign an agreement for Portugal to join the Better Place electric car project backed by Renault SA and Nissan Motor Co, Diario Economico reported without naming its sources.

EDP - Energias de Portugal SA is already working with other European power companies on the Grid for Vehicle (G4V) scheme to provide a network of recharging points, the business daily said.

Renault and Nissan signed a deal with California-based Project Better Place in January to begin mass producing electric cars. Renault will provide Better Place with vehicles while Nissan, through its joint venture with NEC Corp, has created a lithium-ion battery pack.

The two car companies together are expected to invest $500 to $1 billion in the three-year car project. Diario Economico did not say how much Portugal may contribute.

Andrew Newby; http://www.cnbc.com/id/25451349/for/cnbc


Cumprimentos
 

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pedro

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« Responder #32 em: Julho 07, 2008, 09:01:35 pm »
Se isso é certo é uma grande noticia. :shock:
Cumprimentos
 

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comanche

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« Responder #33 em: Julho 08, 2008, 10:40:54 pm »
Automóvel: Veículos eléctricos são grande aposta da indústria do sector - associação

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Lisboa, 08 Jul (Lusa) - Os veículos eléctricos deverão ser a "grande aposta" da indústria automóvel portuguesa para, em conjunto com as universidades e centros tecnológicos, atrair a atenção dos grandes construtores, defendeu hoje o presidente da associação do sector.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação dos Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Pedro Valente de Almeida, disse acreditar que "o futuro é dos carros eléctricos" e a indústria portuguesa só terá futuro se apostar em nichos de mercado.

"O país tem uma belíssima oportunidade que tem que ser aproveitada", frisou o responsável, referindo que a escalada dos preços dos combustíveis, aliado aos problemas ambientais está a "empurrar" a introdução comercial dos veículos eléctricos, mais amigos do ambiente e que constituem a alternativa aos combustíveis que utilizam combustíveis fósseis.

Para Pedro Valente de Almeida, a tecnologia associada aos motores eléctricos está "identificada" e é preciso agora que a indústria de componentes consiga "atrair a atenção dos grandes construtores internacionais".

"É preciso sobretudo sermos competitivos e estarmos atentos", frisou.

A Renault-Nissan assina quarta-feira no Pavilhão de Portugal, em Lisboa, um protocolo com o Governo sobre veículos eléctricos, que se espera poder vir a colocar Portugal no roteiro dos investimentos neste tipo de tecnologia.

O presidente da Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, adiantou segunda-feira à Lusa que o novo automóvel eléctrico, que o consórcio Nissan-Renault apresentará em Portugal, "vai revolucionar" o mercado automóvel e a economia dos combustíveis.

Segundo o responsável, o modelo a apresentar, quarta-feira, "tem uma autonomia para 200 quilómetros e anda como se fosse um carro a gasolina".

ICO/JPS.

Lusa/Fim


Automóvel: Portugal é um dos primeiros mercados de aposta da Renault-Nissan para comercializar veículos eléctricos


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Lisboa, 08 Jul (Lusa) - Portugal será um dos primeiros mercados mundiais onde serão introduzidos os modelos veículos eléctricos da aliança Renault-Nissan, no âmbito do memorando de entendimento que o governo assina com o grupo quarta-feira.

De acordo com o protocolo, a Renault-Nissan vai comercializar em larga escala veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2010.

A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento contará com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e do presidente e CEO da Nissan e da Renault, entre outros.

O Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses, as infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículso eléctricos, a nível nacional, e identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.

A escolha de Portugal acontece numa altura em que o Governo aposta em assumir a liderança em termos de desenvolvimento sustentável e na diversificação de fontes de energia renovável.

As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.

A assinatura deste memorando surge numa altura em que os países procuram alternativas aos combustíveis, atendendo à escalada dos preços e a uma maior aposta das empresas e dos governos em medidas de redução de emissões de CO2.

Em meados de Junho, o Conselho Europeu introduziu uma proposta de Portugal sobre o apoio europeu ao desenvolvimento de tecnologias alternativas ao petróleo, nomeadamente os veículos eléctricos.

"A Europa precisa de mostrar músculo político e decisão política relativamente ao dos combustíveis. É isso que os cidadãos europeus e a economia europeia esperam", afirmou na altura José Sócrates à entrada para o Conselho Europeu.

"Acho que é este o momento para dizermos ao mercado petrolífero que a Europa não aceita que esta situação de dependência do petróleo se mantenha e, para isso, temos que dar uma oportunidade a alternativas de transporte, nomeadamente os carros eléctricos", acrescentou o primeiro-ministro.

ALU

Lusa/Fim

 

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PedroM

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« Responder #34 em: Julho 08, 2008, 11:51:28 pm »
Excelente notícia!

Claro que é necessário conhecer alguns dados do projecto, nomeadamente o preço dos veículos, a dimensão e dispersão territorial da rede de carregamento das baterias e o tempo que levará a colocá-la no terreno.

Para além de eventuais parcerias envolvendo a industria nacional que certamente não deixarão de ser negociadas, Portugal ganhará sempre em termos energéticos, dado que não possuímos petróleo mas temos uma boa capacidade de produção de energia electrica; barragens, energia eólica e solar.

Cada dolar gasto em petroleo é riqueza que sai do país. Todos os dolares que se evitem gastar em importação de petroleo são recursos que ficam no país e podem ser aplicados para gerar mais riqueza.

Além do mais este projecto tem potencial para ter um efeito de arrastamento, quero dizer... neste momento as energias alternativas são caras, mas se houver mais necessidade de energia electrica, essas formas de energia serão forçadas a produzir mais, podendo, por essa via, baixar o preço do KWV/hora, o que beneficiará todos os consumidores, garndes e pequenos.

Agora é "fazer figas" para que o projecto dê certo. Já houve outros casos de teste de carros electricos, no entanto nunca como agora o incentivo foi tão grande para a indústria automovel mudar... nunca o petroleo esteve a $146 o barril. Pode até descer mas o tempo do petroleo barato acabou por muitos anos, talvez para sempre e a indústria automovel está atenta a isso.
Imaginem a vantagemm competitiva que terá o primeiro construtor automovel que apresentar um projecto viável!!
 

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comanche

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« Responder #35 em: Julho 09, 2008, 11:19:05 pm »
Automóvel: Socrates diz que carros eléctricos vão pagar menos do que 30 por cento do imposto automóvel


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Lisboa, 09 Jul (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o Governo vai estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar menos de 30 por cento do actual imposto automóvel.

As palavras de José Sócrates foram proferidas no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, após a assinatura de um protocolo entre o Governo e a aliança Renault-Nissan para a comercialização em Portugal de modelos de veículos eléctricos, que se espera poderem ser lançados em larga escala a partir de 2010.

Numa cerimónia em que estiveram presentes os ministros da Economia, Manuel Pinho, e do Ambiente, assim como o presidente executivo da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, o primeiro-ministro sublinhou que Portugal "pretende ser um laboratório dos futuros carros eléctricos" e demonstrou abertura a receber investimentos neste domínio por parte de outros construtores automóveis.

Depois, explicando as obrigações do Estado Português em relação ao protocolo assinado, Sócrates disse que competirá ao Governo "proporcionar as condições para que o consumidor de um veículo eléctrico não tenha qualquer desvantagem em preços ou mobilidade.

"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse.

Além de vantagens ao nível do preço, o chefe do Governo declarou que caberá ao executivo criar uma rede de infra-estruturas que permita ao consumidor abastecer sem dificuldade o seu carro eléctrico.

"Penso que em pouco tempo seremos capazes de criar essas infra-estruturas para carregar ou substituir a bateria do carro eléctrico", disse.

Em relação à aposta nestes veículos sem emissões poluentes, o primeiro-ministro sublinhou que "Portugal está na linha da frente desta aventura com a Dinamarca e Israel", ponto em que aproveitou para deixar uma crítica à União Europeia.

"Espero que, no futuro, possamos estar acompanhados pela Europa. Lamento que a Europa ainda não tenha apostado mais neste domínio e não esteja a ser mais ambiciosa, por que não podemos continuar passivos por muito mais tempo", declarou.

De acordo com o memorando de entendimento agora assinado, o Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses.

Caberá também ao executivo contribuir para o desenvolvimento das infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículos eléctricos, a nível nacional, assim como identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.

As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.

 

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komet

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« Responder #36 em: Julho 10, 2008, 05:12:35 pm »
Não seria uma boa oportunidade para alguns empresários criar um carro totalmente português? Mecânicamente um carro eléctrico é bastante menos complexo que um a motor de combustão, se bem que a tecnologia envolvida também não seja para brincadeiras... Seria uma óptima maneira de arranjar postos de trabalho e evitar a debandada de pessoal qualificado que temos assistido.
"History is always written by who wins the war..."
 

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TaGOs

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« Responder #37 em: Julho 11, 2008, 05:53:21 pm »
Parece que um dos possíveis carros a serem vendidos é o nissan mixim que ainda é só um prototipo.













« Última modificação: Julho 11, 2008, 07:40:09 pm por TaGOs »
 

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TaGOs

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« Responder #38 em: Julho 11, 2008, 06:01:22 pm »
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Quercus aponta deslize de José Sócrates com imposto

A Quercus exigiu esclarecimentos ao Governo sobre o pagamento de imposto automóvel nos carros eléctricos, depois de o primeiro-ministro ter falado numa isenção de 70% quando a lei prevê ausência de imposto para aqueles veículos. O gabinete de Sócrates diz que o PM se referiu ao regime geral.

O pedido de clarificação foi feito pela associação ambientalista depois de o primeiro-ministro ter referido que os carros eléctricos terão em Portugal uma isenção de 70% por cento no imposto automóvel.

Durante a assinatura de um protocolo entre o Governo e a aliança Renault-Nissan para a comercialização no país de veículos eléctricos, José Sócrates afirmou que "se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30% do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70% uma componente ambiental".

Quercus teme que menos imposto possa ser neste caso mais imposto

Dois dias depois, a Quercus vem a terreiro manifestar temor de que o Executivo esteja a preparar uma taxa que não existe e sublinha "dois erros na afirmação do primeiro-ministro: a componente ambiental representa 60% e não 70% do cálculo do imposto e um veículo eléctrico está isento dos impostos".

Num comunicado enviado à Lusa, a associação lembra que "um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação", afirmação que sustenta na própria legislação relativa ao Código do Imposto sobre Veículos, que refere no seu artigo 2 que os veículos exclusivamente eléctricos não pagam este imposto.

Sócrates referia-se ao regime geral, afirma assessor

À Agência Lusa, o assessor de imprensa de José Sócrates preferiu sublinhar que o chefe do Governo apenas pretendeu valorizar aquela que será uma taxa de imposto automóvel "das mais favoráveis da Europa para promover veículos amigos do ambiente".

"Quando se referiu aos 30% sobre a cilindrada do imposto automóvel, (o primeiro-ministro) estava a referir-se ao caso de se aplicar o regime geral. Mesmo nesse caso, no regime geral, pagaria apenas 30%", insistiu o assessor do primeiro-ministro.

BE fala em propaganda

No Parlamento, o BE também fez notar "o equívoco" do primeiro-ministro, acabando por entregar uma pergunta por escrito no sentido de apurar a que se referia o Governo com "quadro fiscal mais atractivo" quando se referia ao carro eléctrico, já isento de impostos pela lei vigente.

"Ou há aqui qualquer confusão ou o senhor primeiro-ministro quis fazer propaganda e não se informou", declarou a deputada Helena Pinto.

RTP
2008-07-11 14:03:55
 

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P44

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« Responder #39 em: Julho 11, 2008, 08:51:49 pm »
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Engano

Sócrates «inventa» imposto sobre carro eléctrico

O primeiro-ministro prometeu baixar um imposto que por lei estes veículos não pagam.


[ Última actualização às 18:23 do dia 11/07/2008 ]

José Sócrates inventou um novo imposto e o Governo já teve de dar a «mão à palmatória».

Na assinatura do protocolo entre o Governo e a aliança Renault-Nissan, o primeiro-ministro anunciou que os carros eléctricos iriam pagar menos imposto automóvel.

Esqueceu-se José Sócrates que há uma lei, que até entrou em vigor já durante a governação socialista, que isenta este tipo de veículos de pagar imposto automóvel, bem como o imposto único de circulação. O gabinete do primeiro-ministro já admitiu o erro de José Sócrates.




TVI
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PedroM

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« Responder #40 em: Julho 11, 2008, 11:05:16 pm »
Citação de: "P44"
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Engano

Sócrates «inventa» imposto sobre carro eléctrico

O primeiro-ministro prometeu baixar um imposto que por lei estes veículos não pagam.


[ Última actualização às 18:23 do dia 11/07/2008 ]

José Sócrates inventou um novo imposto e o Governo já teve de dar a «mão à palmatória».

Na assinatura do protocolo entre o Governo e a aliança Renault-Nissan, o primeiro-ministro anunciou que os carros eléctricos iriam pagar menos imposto automóvel.

Esqueceu-se José Sócrates que há uma lei, que até entrou em vigor já durante a governação socialista, que isenta este tipo de veículos de pagar imposto automóvel, bem como o imposto único de circulação. O gabinete do primeiro-ministro já admitiu o erro de José Sócrates.



TVI


Já agora só falta dizer, porque é de justiça, que a isenção TOTAL de IA para os carros electricos foi aprovada por este Governo e por este PM.

Moral da história:
O PM acabou por dar um "tiro no pé" porque convenceu os portugueses que ía baixar um imposto quando na realidade até já tinha eliminado esse imposto!!!!... e esta hem!?
 

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comanche

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« Responder #41 em: Julho 26, 2008, 01:43:14 am »
 

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André

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« Responder #42 em: Agosto 04, 2008, 01:10:17 pm »
Projecto de carro eléctrico caminha para versão reduzida

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A participação portuguesa no desenvolvimento de um carro eléctrico não terá o esperado impacto na economia e está a deixar as empresas portuguesas descontentes, refere o jornal Público esta segunda-feira.

As negociações com a Nissan-Renault sobre os carros eléctricos «caminham para uma versão reduzida». Ou seja, segundo explica o jornal, fica-se pela sua comercialização sem qualquer produção industrial.

Por outro lado, o consórcio, formado para a rede de carregamento e substituição de baterias para estes veículos limpos, «dá sinais de menor interesse pelo negócio».

Lusa

 

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André

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« Responder #43 em: Agosto 04, 2008, 09:56:12 pm »
Negociações com a Renault-Nissan «a bom ritmo»

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As negociações entre o consórcio liderado pela Renault-Nissan e o Governo para estudar o modelo de mobilidade dos carros eléctricos estão a correr «a bom ritmo», garantiu hoje o ministro da Economia.
Em declarações à Lusa, Manuel Pinho afirmou que as negociações estão a ser concluídas e a correr «conforme esperado» por ambas as partes e salientou que «o esforço português tem sido muito elogiado a nível internacional».

O consórcio apresentado no início de Julho para estudar o modelo de mobilidade dos carros eléctricos em Portugal envolverá a EDP, empresas da rede de auto-estradas, supermercados e o sector da banca.

De acordo com Manuel Pinho, o prazo de quatro meses dado na ocasião para a conclusão dos trabalhos deste consórcio deverá ser respeitado.

As empresas do consórcio irão estudar em que moldes irá nascer no país a rede de infra-estruturas necessárias para trocar ou carregar as baterias utilizadas por este tipo de veículos, que deverão chegar ao mercado português em 2010/2011.

«O nosso objectivo é criar as bases de uma plataforma que introduza em larga escala os veículos movidos a motor eléctrico de forma a reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono», disse o ministro.

Lusa

 

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Luso

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« Responder #44 em: Agosto 05, 2008, 12:52:07 am »
A malta nova, de tão esperançosa que é, ainda não sabe destinguir o soundbyte da realidade. Mas ja não há desculpa para tanta cegueira face ao historial destes moços.
Mas adiante...

http://economia.publico.clix.pt/noticia ... idCanal=57

Investimento industrial da Renault-Nissan em risco
Carro eléctrico sem impacto na economia  
04.08.2008 - 09h07
Por Lurdes Ferreira
Daniel Rocha (arquivo)
 
Empresas interessadas na rede logística de baterias estão insatisfeitas com a pequena dimensão do projecto e com a perspectiva de exclusividade para o grupo de Carlos Ghosn  
A fasquia para a introdução dos carros eléctricos em Portugal pode ficar abaixo do seu "patamar mínimo" e não ter impacto na indústria nacional.

O PÚBLICO apurou que as negociações com a Nissan-Renault, para uma parceria para estes veículos limpos, se encaminham para uma versão "reduzida", ficando-se apenas pela sua comercialização, sem qualquer produção industrial associada.

O risco de desmobilização de várias empresas portuguesas, que se propunham avançar com uma rede logística de carregamento e substituição de baterias para os carros eléctricos, também é considerado real por parte de alguns dos seus promotores.

Apontam-se, neste momento, vários pontos de pressão, incluindo-se uma crítica ao ministro da Economia, Manuel Pinho, por deixar cair esta oportunidade para captar novo investimento industrial.

As negociações entre o Governo português e a Renault-Nissan arrancaram em Março, visando uma série de investimentos que acelerassem a investigação, desenvolvimento e produção de carros eléctricos, de componentes, nomeadamente motores e baterias, sendo para isso necessárias também infra-estruturas específicas que os projectos automóveis convencionais não incluem. Este era o plano "óptimo".

O "patamar mínimo", nestes termos, limitar-se-ia, na perspectiva portuguesa, à produção de baterias, implicando um provável aumento da produção da fábrica de Cacia. No final de Junho, já se reconhecia o risco de esse objectivo não se encaixar nos planos do construtor, que excluiria Portugal da rota prioritária de países europeus com os quais quer formar parcerias para a investigação e desenvolvimento destes seus novos modelos ainda centrados na utilização citadina.

Em cima da mesa está agora uma versão que, para quem conhece as negociações, é um projecto basicamente de "retalho" - importação e venda de carros eléctricos da Nissan-Renault -, com alguma antecipação em relação à concorrência e para o qual o construtor quer rede logística exclusiva e incentivos para o projecto.

O protocolo assinado dia 9 de Julho passado entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o líder da Nissan-Renault, Carlos Ghosn, já é nesse sentido que vai. O estudo de viabilidade do projecto, que deverá ser conhecido em Novembro, aponta para a importação de quatro mil veículos em 2011.

Dentro do consórcio formado pela EDP, Galp, Brisa, Efacec, Martifer, Jerónimo Martins e Sonae, para a construção da rede de recarregamento e substituição das baterias eléctricas, o clima é de cepticismo. Feitas as contas, a perspectiva de uma rede logística para apenas quatro mil veículos, quando inicialmente se falava numa margem entre quatro mil a onze mil carros, acrescendo o facto de a Renault-Nissan querer um sistema exclusivo, não agrada.

"Não tem dimensão, ninguém vai fazer [a rede] e não faz sentido ser exclusiva de uma marca. O sistema deve ser aberto", defende um dos gestores ligado ao projecto, esperando que o Governo associe outras marcas à iniciativa, nomeadamente a VW e a BMW, também a desenvolverem veículos híbridos.

As empresas alertam ainda para o risco de os municípios olharem para este tipo de projectos como uma nova fonte de receita, o que pode onerar o custo do investimento e o acesso ao financiamento.
Apesar de contactado o gabinete do ministro da Economia, não foi possível obter qualquer comentário de Manuel Pinho por se encontrar em férias.

Menos receita fiscal

O investimento em carros eléctricos tem duas grandes implicações, o que faz com que as políticas governamentais o tratem ainda com desconforto: seca a receita fiscal que o sector automóvel garante ao Orçamento do Estado e exige outros investimentos a montante, nomeadamente na rede eléctrica, de modo a garantir que a energia fornecida às baterias é também limpa e não produzida a partir do carvão e do gás natural.

Quantos mais carros eléctricos circularem, menos o Estado cobra em Imposto sobre Veículos (os carros eléctricos estão isentos) e Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (não usam combustíveis fósseis), responsáveis por cerca de 10 por cento das receitas fiscais totais
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Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...