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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: typhonman em Novembro 15, 2011, 06:05:12 pm

Título: EUA fora das Lajes?
Enviado por: typhonman em Novembro 15, 2011, 06:05:12 pm
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... o=A%E7ores (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2124659&seccao=A%E7ores)

Estão sempre com estas conversas, porque é que não saem de uma vez ? Já que as contrapartidas não são palpáveis, podem ir...Mas eles lá no fundo sabem que enquanto houver problemas no middle-east e Israel tiver sob ameaça, as Lajes terão um papel fundamental.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: afonsinho em Novembro 18, 2011, 08:47:38 pm
concordo!!
aposto que os chineses iam pagar a ouro XD
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: nelson38899 em Novembro 18, 2011, 09:18:19 pm
Boas

Concordo, não querem pagar, então mais vale irem embora
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 19, 2011, 11:29:42 am
Mas eles ainda pagavam alguma coisa?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 19, 2011, 02:33:46 pm
Que eu saiba...não.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Trafaria em Novembro 19, 2011, 09:07:55 pm
Citação de: "nelson38899"
Boas

Concordo, não querem pagar, então mais vale irem embora
São ou não são membros da nato? São, por isso deveriam ter acesso privilegiado a esse tipo de instalações.
Antes de perguntarem quanto cobramos pelo uso da base deveriam antes perguntar se queremos ser tomados como um sério e honesto membro dessa organização.

Nelson, deves fazer a pergunta ao contrario. Não lhes devemos perguntar se querem sair dessa base. Devem ser eles a perguntar se queremos continuar na nato e contribuir com o pouco que temos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Novembro 20, 2011, 01:18:24 am
Se a memória não me engana há relativamente pouco tempo foram os norte-americanos a pagarem a modernização dos equipamentos das pistas, comunicações, e de auxílio à navegação nos Açores e ainda pagaram infraestruturas, como foi o caso dos depósitos de combustível, nas Lajes.

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Novembro 13, 2012, 02:30:46 pm
In Diário Insular de 2012/11/10:

Visita do Primeiro-Ministro chinês à Terceira no Verão não terá sido inocente
Considera Gordon G. CHANG
Primeiro-Ministro Chinês Esteve Em Junho Na Terceira
China pode estar interessada nas Lajes


O discurso dos Estados Unidos daAmérica face à Base das Lajes apontano sentido da sua desvalorização,mas estão a acordar outros interesses.
De acordo com um artigo publicadona “National Review Online”,assinado por Gordon G. Chang, advogado, escritor e autor da obra“The Coming Collapse of China” (O Próximo Colapso da China), asautoridades chinesas podem querer a base militar terceirense.
Segundo Chang escreve no site da revista com sede em Nova Iorque, a visita, a 27 de junho, do primeiroministro chinês, Wen Jiabao, à Terceira, pode não ter sido desprendida de intenções: “O passeio de Wen pela Terceira, que se seguiu a uma visita a quatro países da América do Sul, escapou aos noticiários na altura, mas Washington e as capitais europeias deviam ter ouvido sinais de alarme…
Em primeiro lugar, a última paragem oficial da viagem de Wen era Santiago, a capital do Chile. Os voos da China normalmente atravessam o Pacífico, não o Atlântico, por isso não há razão para o seu avião ter aterrado nos Açores. Além disso, quem visita os Açores, normalmente, favorece outras
ilhas”.
O especialista acredita que a Terceira representa agora uma “grande atração” para Pequim. “Se a China controlasse a base, o Atlântico deixaria de ser seguro (…) Aviões chineses poderiam patrulhar as áreas do norte e do centro do Atlântico e, assim, cortar o tráfego aéreo e marítimo entre os Estados Unidos da América e a Europa.  Pequim também seria capaz de negar acesso ao mar Mediterrâneo”, argumenta.
Além disso, a China poderia atingir solo norte-americano. “As Lajes ficam a menos de 2300 milhas de Nova Iorque, menos que a distância entre Pearl Harbor e Los Angeles”, assinala.
Chang considera que as Lajes são, certamente, a razão que levou Wen a querer “amigos” na ilha.


Considera Gordon G. Chang
Primeiro-ministro chinês esteve em junho na Terceira
China pode estar interessada nas Lajes. Desvalorização da Base pode abrir portas a Pequim
Especialista defende que é preciso olhar novas soluções para as Lajes.


O especialista em questões internacionais relacionadas com a China Gordon G. Chang considera que Pequim tem tentado, há vários anos, estabelecer uma ligação aos Açores e que o atual contexto de desvalorização das Lajes pode abrir possibilidades.
“Não há nada que os chineses possam fazer se os Estados Unidos da América ficarem, mas os ‘cortadores’ do orçamento do Pentágono, de acordo com alguns observadores, estão a planear transformar as Lajes numa base fantasma”, avisa.
Gordon Chang admite que, de um ponto de vista militar, a decisão de cessar operações nas Lajes faz sentido, mas que o fecho efetivo da Base iria lançar a ilha num precipício.
“Para a Terceira assegurar um futuro, o governo português tem de encontrar um novo grande inquilino para a Base Aérea nº4”, frisa.
No artigo “Bandeira Vermelha sobre o Atlântico”, publicado na “National Review Online”, Chang considera que “nos últimos anos, Pequim identificou Portugal como o seu ponto de entrada na Europa e as autoridades chinesas já sabem o caminho até Lisboa” e que é “neste contexto que os portugueses estão já a pensar nos planos de fecho” das Lajes: “Não querem convidar os chineses a entrar, mas têm indicado que não terão escolha se a Força Aérea dos Estados Unidos da América decidir deixar a base”, assinala.
O autor do livro “O Próximo Colapso da China” considera que há um caminho negocial ainda a percorrer entre os Estados Unidos da América e Portugal, mas questiona opções como a localização do comando africano, que via melhor instalado
na Base das Lajes.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 13, 2012, 03:33:00 pm
Já estou a ver, é os Norte-Americanos a sairem e os Chineses a entrarem.  :lol:

Mas alguém acredita nisto?!
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 13, 2012, 03:53:34 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Já estou a ver, é os Norte-Americanos a sairem e os Chineses a entrarem.  :lol:

Mas alguém acredita nisto?!

Eu não... nem acho que a OTAN e UE, iam na conversa.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 13, 2012, 05:54:17 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "nelson38899"
Boas

Concordo, não querem pagar, então mais vale irem embora
São ou não são membros da nato? São, por isso deveriam ter acesso privilegiado a esse tipo de instalações.
Antes de perguntarem quanto cobramos pelo uso da base deveriam antes perguntar se queremos ser tomados como um sério e honesto membro dessa organização.

Nelson, deves fazer a pergunta ao contrario. Não lhes devemos perguntar se querem sair dessa base. Devem ser eles a perguntar se queremos continuar na nato e contribuir com o pouco que temos.


sim, como bons capachos que somos  :roll:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 13, 2012, 06:02:23 pm
É tão bom ser submisso.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 13, 2012, 06:03:54 pm
Citação de: "Edu"
É tão bom ser submisso.


ontem tivémos um bom exemplo disso. Desde que "buana" ofereça umas pulseiras brilhantes (no caso das lajes nem isso), os indigenas ficam todos contentes.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 14, 2012, 06:12:41 pm
A ideia dos chineses nas Lajes é quase anedótica para não me exceder nas palavras.

Chineses até podem ir para as Lajes, mas só se for as lojas chinesas.  :mrgreen:

Com a China envolvida e cheia de problemas com os seus vizinhos, estamos mesmo a ver a força aérea chinesa nos Açores.
Eles poderiam aproximar-se da América no Pacífico, não precisavam do Atlântico...

A questão dos americanos nas Lajes vai manter-se eternamente.
Os americanos precisam dos Açores e as ilhas fazem parte do seu sistema de defesa.
O problema é que os americanos querem ter acesso às ilhas quando precisam e não querem pagar pelo direito de as utilizarem.
Os americanos estão nos Açores porque Portugal precisa deles. A relação entre Estados Unidos e Portugal é importante. já que queira-se ou não, são os americanos e é a aliança com Washington, que nos garante a independência desde o fim da II guerra mundial.

Os portugueses são um povo irresponsável e têm demonstrado isso especialmente ao longo do século XX.
Os portugueses não são confiáveis e por isso os americanos não podem deixar de ter acesso aos Açores.

Cumprimentos
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 14, 2012, 10:11:03 pm
Os americanos sim, esses é que são responsáveis.
Ainda bem que eles estão aqui para tomar conta de nós. Através de gente nascida aqui, se possível.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 15, 2012, 09:24:01 am
Citação de: "Luso"
Os americanos sim, esses é que são responsáveis.
Ainda bem que eles estão aqui para tomar conta de nós. Através de gente nascida aqui, se possível.


É bom e tranquilizante saber que o grande homem-branco (actualmente preto) está a velar por nós, os indigenas inferiores!!!!!

agora vou postar isto aqui, se alguém quiser salivar ou fazer algo mais indecente e auto-satisfatório, esteja á vontade:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.diabetesmine.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2011%2F05%2FAmerican-Flag-Wall-Art.jpg&hash=e090aafb0d9848518818a2b9c09a7a86)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 15, 2012, 05:27:32 pm
Se, (muito hipotéticamente claro), um governo português pedisse aos EUA para sairem das Lajes, eles aceitavam isso ?
Penso que não !
Eles ficavam nem que para isso tivessem que pagar o preço da independência dos Açores :  financiando uma UPA terrorista versão Açores, como o fizeram em Angola nos anos sessenta.  ( Os americanos não têm problema nenhum em financiar organizações terroristas para servir a sua estratégia, não faltam exemplos : os Contras na Nicaragua, alguns dos movimentos de "libertação" no nosso antigo ultramar, a Libia ou a Siria nos dias de hoje, etc etc.   Os Açores seriam "piece of cake" ) .
 
Dizer que precisamos dos EUA por causa dos empregos que eles geram no territorio é mesmo muito baixo. Dizer que Portugal precisa dos EUA para assegurar a sua defesa é antiquado, é pensar  como se ainda estivessemos nos tempos da Guerra Fria. Portugal faz parte da OTAN e é desta organizaçao no seu todo que Portugal depende, não dos EUA.
 Porque não alugar a base diretamente à OTAN ?  Impossivel !  Os EUA nunca aceitariam nem esta nem outra opção pacificamente. Se Portugal levanta a crista  perdemos os Açores, a nossa grandiosa ZEE vai às urtigas, e o nosso conceito de "triangulo estratégico" deixa de figurar nos nossos manuais.

Sejamos realistas : Portugal não é um pais soberano !
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 16, 2012, 01:23:19 am
Citação de: "scrupulum"
Dizer que precisamos dos EUA por causa dos empregos que eles geram no territorio é mesmo muito baixo. Dizer que Portugal precisa dos EUA para assegurar a sua defesa é antiquado, é pensar  como se ainda estivessemos nos tempos da Guerra Fria. Portugal faz parte da OTAN e é desta organizaçao no seu todo que Portugal depende, não dos EUA.

A NATO sem os Estados Unidos não é nada, bem mais de 50% do orçamento da NATO vem do Tio Sam, cerca de 2/3 das unidades de combate ao serviço da NATO são Norte-Americanas, e muito perto de 100% da capacidade de reabastecedores, aviões de vigilancia aérea, porta-aviões, etc, ao serviço da NATO é dos Estados Unidos.

Citar
Porque não alugar a base diretamente à OTAN ?

Para que é que a NATO quer os Açores? É que os EUA sei para o que querem, agora a NATO não sei...

E caso não saibam, qualquer avião da NATO, civil ou militar, e mesmo sem ser da NATO pode utilizar a base das Lajes, se estiverem em transito sobre Atlantico e precisarem de lá aterrar, aterram...

Citar
Impossivel !  Os EUA nunca aceitariam nem esta nem outra opção pacificamente. Se Portugal levanta a crista  perdemos os Açores, a nossa grandiosa ZEE vai às urtigas, e o nosso conceito de "triangulo estratégico" deixa de figurar nos nossos manuais.

Sejamos realistas : Portugal não é um pais soberano !

Se calhar até aceitariam, seria uma maneira de continuarem a usar a base e podiam reduzir parte ou todo do seu pessoal e substitui~lo por pessoal europeu e canadiano.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 16, 2012, 11:55:18 am
Lightning disse :
A NATO sem os Estados Unidos não é nada, bem mais de 50% do orçamento da NATO vem do Tio Sam, cerca de 2/3 das unidades de combate ao serviço da NATO são Norte-Americanas, e muito perto de 100% da capacidade de reabastecedores, aviões de vigilancia aérea, porta-aviões, etc, ao serviço da NATO é dos Estados Unidos.

Isto é bem verdade, Lightning. Os EUA contribuem com a maior fatia mas acabam por comer o bolo todo; é tudo lucro para eles.    A OTAN, desde o fim da guera fria tornou-se num instrumento quasi exclusivo da politica externa dos EUA e dos seus principais aliados, a GBR e Israel.
(E quem é que não se lembra do famoso ultimatum que Bush lançou ao mundo inteiro : "Quem não esta com os EUA, esta contra os EUA". )
Portugal com o pouco que contribui, onde é que é retribuido ?
As nossas empresas ganharam quantos contratos na reconstrução do Iraque ? (uma das guerras da OTAN/EUA em que participamos)
E a nossa participação como aliado dos EUA na guerra contra o Afeganistão, traz-nos o quê ? Temos conseguido outra coisa para além da experiencia ?

Voltando ao tema das Lajes : o facto do tio Sam não pagar absolutamente nada pela utilização da base so quer dizer que aquilo é tudo deles. Eles têm muitas bases por esse planeta mas penso que as Lajes são as unicas gratuitas para eles.
Nos anos sessenta e principios dos anos setenta as Lajes ainda serviam como moeda de troca para comprar os americanos, para os fazer moderar nos seus propositos contra Portugal  :roll: ...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 16, 2012, 05:11:50 pm
Citação de: "scrupulum"
A OTAN, desde o fim da guera fria tornou-se num instrumento quasi exclusivo da politica esterna dos EUA e dos seus principais aliados, a GBR e Israel.

Descaradamente.
E mesmo sem os EUA, seriamos sempre secundarizados.
Sem assumirmos a individualidade e as responsabilidades inerentes a SERMOS, apenas se faz de conta - junto dos distraídos e dos cegos por opção - que isto ainda é um país.
Quem contribui para tal farsa deve ser responsabilizado.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 17, 2012, 08:43:00 pm
Sejamos realistas.

Portugal foi uma potência do Indico, mas nunca foi uma potência com capacidade para controlar o Atlântico.
Do ponto de vista formal, nós fomos depois de 1580 parte de uma realidade política que durou até 1638/1640, altura após a qual os países ibéricos deixaram de dar cartas.

Depois disso, Portugal apoiou-se sempre na potência naval dominante. Durante um pequeno periodo tivemos apoio dos franceses e posteriormente aliamo-nos ao aliado tradicional a Inglaterra, que nos serviu de apoio.
Foram os ingleses que nos ajudaram a expulsar o Napoleão e foram eles que apoiaram a transferência da família real para o Brasil.
Também foram eles que torpedearam logo que puderam o Reino Unido de Portugal e Brasil e foram eles que garantiram a existência dos nossos territórios ultramarinos.

Ainda assim, no final do século XIX, eles negociaram com a Alemanha a entrega de grande parte de Angola e do norte de Moçambique aos alemães, ficando os ingleses com o resto.

Antes da II guerra mundial, o Roosevelt aumentou a dimensão do anel de segurança americano, técnicamente incluindo os Açores na américa e dando aos Açores mais ou menos o mesmo tipo de estatuto dos países da América do Sul.
Ao faze-lo Roosevelt disse muito claramente a Hitler em 1940, onde se encontrava a fronteira que ele (Hitler) não podia ultrapassar.

Desde essa altura o status quo mantem-se
E nós temos tanta capacidade para defender os Açores como tínhamos capacidade para defender Moçambique dos alemães em 1916.
Enquando os americanos tiverem interesses na Europa e enquanto não inventarem um raio teletransportador barato, os Açores vão continuar a ser importantes para os americanos.

E nós não podemos fazer nada para alterar isso. Nem temos interesse em alterar isso.

E os americanos sabem...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 18, 2012, 02:23:54 pm
Papatango disse :
..."E nós temos tanta capacidade para defender os Açores como tínhamos capacidade para defender Moçambique dos alemães em 1916."...

A ameaça do Pacto de Varsovia ja não existe. No contexto atual, os Açores precisariam (precisam) de ser defendidos contra quem ? Quem é que eventualmente poderia pôr em causa a nossa soberania sobre o terrirorio ?
Portugal faz parte da OTAN e é esta organização que garante (tecnicamente) a segurança dos seus estados membros. A integridade territorial de Portugal não é uma competencia dos EUA.

Papatango disse :
..."Antes da II guerra mundial, o Roosevelt aumentou a dimensão do anel de segurança americano, técnicamente incluindo os Açores na américa e dando aos Açores mais ou menos o mesmo tipo de estatuto dos países da América do Sul.".;.

Podemos pois concluir que os EUA são a unica ameaça à soberania portuguesa nos Açores. Portugal, para não perder completamente esta soberania, resigna-se a partilha-la com os EUA.
Esta situação continua a ser humilhante mas ja não é necessaria... pois Portugal (para o mal e para o bem) tambem faz parte da UE (e da OTAN), o que teoricamente nos põe ao abrigo de uma "invasão militar"  pelos EUA. Portugal, contudo, continua obrigado a uma grande prudência em relação aos EUA, pois poderiamos perder os Açores se estes se tornassem independentes, "estimulados" pelos EUA. Temos na Europa um precedente recente : o do Kosovo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 18, 2012, 02:39:52 pm
Citação de: "scrupulum"
Podemos pois concluir que os EUA são a unica ameaça à soberania portuguesa nos Açores. Portugal, para não perder completamente esta soberania, resigna-se a partilha-la com os EUA.
Esta situação continua a ser humilhante mas ja não é necessaria... pois Portugal (para o mal e para o bem) tambem faz parte da UE (e da OTAN), o que teoricamente nos põe ao abrigo de uma "invasão militar"  pelos EUA. Portugal, contudo, continua obrigado a uma grande prudência em relação aos EUA, pois poderiamos perder os Açores se estes se tornassem independentes, "estimulados" pelos EUA. Temos na Europa um precedente recente : o do Kosovo.

Muito, muito bem dito e lembrado.
Desconfiar sempre dessa gente que não é certa.
Não falo do povo, claro, mas o povo nunca manda, por definição.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 18, 2012, 06:01:44 pm
Bem lembrado scrupulum.

Não esquecer da capacidade dos americanos para as punhaladas pelas costas aos seus "aliados", quando é do seu interesse!
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 18, 2012, 06:24:27 pm
Citação de: "scrupulum"
Podemos pois concluir que os EUA são a unica ameaça à soberania portuguesa nos Açores. Portugal, para não perder completamente esta soberania, resigna-se a partilha-la com os EUA.

Ai concordo, se expulsarmos os Americanos dos Açores, não me parece que eles gostassem, assim os submarinos já não parecem tão dinheiro mal gasto :lol:

No maximo os outros paises "pediam" com "por favor" para eles sairem de lá, isso iria ser bem pior do que os deixar estar lá com o nosso acordo como tem estado, em Cuba também não me parece que gostem dos Americanos em Guantanamo, e olha, eles ainda não sairam de lá.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 18, 2012, 06:40:41 pm
Citação de: "papatango"
nós não podemos fazer nada para alterar isso. Nem temos interesse em alterar isso.

E os americanos sabem...

Papatango, aqui dizes tudo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 18, 2012, 07:04:57 pm
Há aqui pessoal que nem está a ver bem o que é hostilizar os Estados Unidos, é que não é só a questão de "criarem" uma UPA Açoreana ou de invadirem os Açores, era o pais todo que ia sentir no pelo (lá se ia as redes de telemovel, tv cabo, internet :wink: ), da mesma maneira também podiam "criar" noticias contra nós (ex: Iraque, Siria, etc), embargos economicos, explusão de organizações internacionais como NATO (essa era logo a primeira) e outras como a UE pois mesmo sem os EUA fazerem parte tem de certeza influencia em paises que lá estão.

No extremo podiam efectuar uma campanha militar contra nós o que provoca sempre mortes civis, destruição de muitas infra-estruturas (aquelas pontes bonitas do rio tejo, etc), no fim disso fazia-se um acordo de paz, punham no poder um "fantoche" que diga "Yes Sir" e como compensações de guerra davamos os Açores aos EUA.

Eu não estou a ver a vantagem nisso...

Os paises não tem amigos, tem interesses, e Portugal tem interesse em os EUA, não vou dizer serem nossos amigos pois disse no inicio que os paises não tem amigos, mas vou dizer não serem nossos inimigos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 18, 2012, 09:45:39 pm
O facto de utilizar bem as palavras já é de sim um passo importante.
Porque eles não são "amigos" nem "aliados", mas mais o menor dos males.
Quanto ao resto, parece-me que temos nas Lajes, mais uma Olivença em miniatura, conservada sob a ameaça velada da força e da propaganda.
Por coacção, portanto.
Descemos muito, muito mesmo, como país...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 18, 2012, 10:40:47 pm
Citação de: "Luso"
Quanto ao resto, parece-me que temos nas Lajes, mais uma Olivença em miniatura, conservada sob a ameaça velada da força e da propaganda.
Por coacção, portanto.
Descemos muito, muito mesmo, como país...

Descemos mas não foi agora com os Americanos.

E o que é que foi o ultimato inglês de 1890?

E o que é que foram tratados e tratados com outros paises (como a Holanda por exemplo) ao longo dos séculos em que se dá territorios pelo mundo fora para não atacarem mais os nossos navios com especiarias?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 18, 2012, 11:35:57 pm
Olha para o "mapa", Lightning.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 18, 2012, 11:47:20 pm
Citação de: "Luso"
Olha para o "mapa", Lightning.

Qûe mapa? O mapa dos Açores no Atlântico? Se não for isso o melhor é colocar ai uma imagem do mapa que refere :mrgreen: .

Se for em relação à posição dos Açores no Atlantico, (acho que foi o Papatango que disse), que os Açores fazem parte da linha defensiva dos Estados Unidos, que eles nunca permitiriam que fosse ocupado por uma potencia hostil a eles, como nós (ainda) não somos hostis, está tudo bem.

Outra situação é, os EUA afirmam que vão reduzir a sua presença militar na Europa para se concentrarem mais na Asia, certo, mas se por alguma razão precisarem de ter unidades na Europa ou no Mediterraneo, por causa de Israel por exemplo, ainda maior vai ser a necessidade deles de enviar unidades dos Estados Unidos para a região pois vão ter menos forças disponiveis na Europa do que actualmente tem, apesar de tecnologicamente, cada vez as aeronaves terem maior autonomia.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 19, 2012, 08:39:12 am
Podemos fazer a apologia da integridade territorial de Portugal sem ser anti-americano. Da mesma maneira que podemos preferir um Portugal  independente e soberano sem ser anti-europeu.

Os EUA e Portugal são paises aliados de longa data. Houve no passado algumas atitudes hostis dos EUA em relação a Portugal, mas tambem beneficiamos do seu apoio noutras ocasiões, (não me lembro quando, mas quero acreditar que...). No que diz respeito a Portugal, temos alinhado praticamente sempre com a politica externa norte-americana, mesmo quando mais valia estar quieto.

Contudo, uma relação de amizade não pode significar uma relação de submissão. Esta submissão de Portugal em relação aos EUA ja foi inclusivé criticada no parlamento europeu com aquela historia dos presos de Guantanamo que passaram pelas Lajes. Tambem fomos muito criticados por termos acolhido a cimeira dos Açores  e que precedeu a invasão ilegal do Iraque.  ( Digo "ilegal" porque a  votação da resolução na ONU não reuniu os votos suficientes. À falta de moldura legal, Bush, Aznar e Tony Blair reuniram-se em 2003 nos Açores, abrindo caminho à guerra que começaria alguns dias mais tarde ).

E que dizer dos rumores sobre a presença de armas nucleares no arquipélago ? Sobre a contaminação dos solos ? Sobre o não respeito da legislação laboral por parte dos americanos em relação aos empregados portugueses civis da base ?
Quando estas coisas são comentadas na imprensa estrangeira, o nome de Portugal e dos portugueses sai sempre diminuido.

Os empregos que eles geram no territorio, assim como os milhões de euros que entram na economia local, não chegam.
No contexto atual, a presença dos EUA nos Açores deveria ser negociada. Em cima da mesa, entre as questões relacionadas com a nossa soberania e o respeito das nossas leis, deveria tambem pedir-se o apoio dos norte-americanos em relaçao às nossas pretensões sobre o aumento da nossa ZEE.

Esta seria a opção A.
A opção B, e aquela que eu prefiro, seria que eles se fossem embora.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2012, 12:38:21 pm
Citação de: "scrupulum"
Podemos fazer a apologia da integridade territorial de Portugal sem ser anti-americano. Da mesma maneira que podemos preferir um Portugal  independente e soberano sem ser anti-europeu.

Se possível, sim até porque é absurdo ódios sem sentido, que apenas são destrutivos.
Não é ser-se "anti" qualquer coisa que interessa: isso é atitude de comunistas e da esquerda anarquista. O que interessa mesmo é a integridade territorial.
Mantendo a tradição de baixar as calças, numas poucas gerações acabamos de vez.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 19, 2012, 01:59:52 pm
Desculpem lá mas não concordo com vocês, primeiro porque desde que somos uma democracia nunca fomos oprimidos por eles, alias até me lembro agora de uma operação militar americana nos anos 80 em que eles podiam "forçar" apoio nosso e não o fizeram, respeitaram o nosso espaço aereo.
http://en.wikipedia.org/wiki/1986_Unite ... g_of_Libya (http://en.wikipedia.org/wiki/1986_United_States_bombing_of_Libya)

Em relação à tradição de "baixar as calças" ou de sermos submissos, não o vou negar, mas que isso seja o fim do pais não acredito pois como já disse anteriormente, somos assim desde o fim da era dos descobrimentos, acredito sim que temos que negociar os nosso interesses, da melhor maneira possivel.
No caso de Timor conseguimos, contra paises maiores que nós, como a Indonésia.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 19, 2012, 02:07:39 pm
Eu até sou favoravel a que os americanos continuem na base das Lages, e concordo com muito do que o Lightning sobre as vantagens de estarem lá os americanos.

Mas por muitas vantagens que o senhorio tenha em ter inquilinos na sua propriedade ele nunca deixa de cobrar renda.

Ora legalmente nós ainda somos os senhorios das Lages. Então há que cobrar renda.

Eles que fiquem lá, mas que paguem bem pela base. O pagamento faz-nos jeito, e também é forma de lhes lembrar que aquilo é nosso e não deles.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2012, 03:59:53 pm
Citação de: "Edu"
Eles que fiquem lá, mas que paguem bem pela base. O pagamento faz-nos jeito, e também é forma de lhes lembrar que aquilo é nosso e não deles.

Já não seria mau.
Agora dizer que "um aliado não tem que cobrar nada ao outro"...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 19, 2012, 05:17:43 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Edu"
Eles que fiquem lá, mas que paguem bem pela base. O pagamento faz-nos jeito, e também é forma de lhes lembrar que aquilo é nosso e não deles.

Já não seria mau.
Agora dizer que "um aliado não tem que cobrar nada ao outro"...

Se fosse-mos seguir essa de um aliado não tem de cobrar nada ao outro então os EUA também não nos deviam cobrar dinheiro quando nos vendem armamento, não é verdade?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2012, 06:54:34 pm
Citação de: "Edu"
Citação de: "Luso"
Citação de: "Edu"
Eles que fiquem lá, mas que paguem bem pela base. O pagamento faz-nos jeito, e também é forma de lhes lembrar que aquilo é nosso e não deles.

Já não seria mau.
Agora dizer que "um aliado não tem que cobrar nada ao outro"...

Se fosse-mos seguir essa de um aliado não tem de cobrar nada ao outro então os EUA também não nos deviam cobrar dinheiro quando nos vendem armamento, não é verdade?

Precisamente. Mas atenção que a ideia peregrina não é minha mas dos próprios "usonianos" para utilizar o termo do Frank L. Wright, para justificar o não pagamento de contrapartidas.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 19, 2012, 07:09:49 pm
Pronto acho que chegamos a um acordo, só falta é os dolares :mrgreen: .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 19, 2012, 07:28:39 pm
Umas notas soltas:


Os americanos não querem que os Açores sejam território deles. Apenas querem que o governo que está em Lisboa não se meta com esquisitices quando a base das Lajes for necessária.

Muita gente esquece a realidade em que estamos integrados...

Voltando aos acontecimentos de 14 de Maio de 1915, lembro que nessa altura (como noutras) foi a Espanha que mais uma vez assumindo o seu papel de potência responsável pela provincia portuguesa, enviou a sua esquadra para lembrar ao governo português que se não conseguia controlar as ruas, havia quem tivesse capacidade para isso.

Durante a II guerra e no periodo que a antecedeu, os ingleses fartaram-se de lembrar o Salazar de que a Inglaterra poderia não defender a posição portuguesa no que respeitava à sua independência face à Espanha.

Durante o verão quente de 1975, quando mais uma vez os portugueses estavam à beira da guerra civil, mais uma vez a Espanha se propôs ser a potência administrante avisando que poderia intervir em Portugal nesse ano.

Quer os ingleses quer os americanos, sabem perfeitamente que nós sabemos que eles sabem que os espanhóis sabem.
Nós não queremos ser apenas uma espécie de estado associado da Espanha, sem politica externa que não seja aquela que emana de Madrid. Esse tem sido um dos principais problemas de todos os nossos governos no que respeita à politica externa.

Sempre que há convulsões na Europa e essas convulsões se estendem direta ou indiretamente a Portugal, invariavelmente Madrid faz sondagens em Londres e mais recentemente em Washington, para medir a temperatura.

Isto não tem nada a ver com anti-espanholismo, tem a ver com factos históricos:

Intenções mais que documentadas de Alfonso XIII (cujo país chega a enviar uma esquadra para Lisboa, forçando França e Inglaterra a enviar navios, para mostrar a Madrid que estava a agir demasiado depressa).

Intenções mais que documentadas do pan-iberismo influenciado pelo Anschluss da Áustria, que eram objetivo dos falangistas espanhóis durante o periodo de 1940 a 1943.

Intenções igualmente documentadas sobre a viabilidade de uma invasão de Portugal em 1975.
Todos estes assuntos foram aqui já discutidos mais um menos profundamente.

Logo, por muito que nos custe, a verdade é que nós temos nos Estados Unidos, um país que substituiu a Grã Bretanha como aliado preferêncial, e como potência a quem podemos recorrer caso aconteça o que é costume.

Nós não podemos ver estas coisas ao abrigo do que vemos hoje, do que acontece hoje, da configuração da União Europeia de hoje.
Temos que pensar em termos de relaçoes entre estados, tentando prever o que acontecerá dentro de 20 ou  30 anos.

Já aqui chamei à atenção, para a dimensão desmesurada da nossa Zona Economica Exclusiva.
Nós tendemos a pensar que nada muda e que tudo fica como está, e depois ficamos muito espantados quando as coisas mudam.
Alguém acha que na Europa nos vão deixar ficar com a ZEE, se por acaso for possível passar à exploração direta do fundo submarino ?
Se a tecnologia o permitir, alguém acha que as principais potências europeias olhando para o mapa e vendo a maior ZEE europeia nas mãos de uma potência menor vão deixar as coisas como estão ?

Nós precisamos dos americanos hoje, mais que o que precisámos no passado.
As nossas pretensões sobre a ZEE, nomeadamente sobre o aumento da plataforma continental precisam do apoio dos americanos (o que é dificil dada a politica de Washington neste campo).

Quando as potências da Europa Central, começarem a exigir os seus (deles) direitos à percentagem da nossa ZEE que lhes pertence, alguém acha que com os dois submarinos podemos de facto fazer alguma coisa ?
Precisamos do guarda chuva americano, como precisámos do guarda chuva inglês.

E isto é realismo, não tem nada de anti-europeismo, anti-espanholismo ou anti-qualquercoisismo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2012, 07:36:12 pm
Realismo é aceitar que os americanos ignoram o contrato logo que lhe surja outro mais vantajoso.
Isto é que é a verdade.
E há que estar pronto para isso.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 19, 2012, 07:55:35 pm
E se os espanhois disserem que eles também deixam que os americanos fassam tudo o que querem quando as Lages forem deles os americanos depressa mudam de ideias e passam a achar que as Lages estão melhor entregues a uma nação mais "estável".
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2012, 08:40:29 pm
Citação de: "Edu"
E se os espanhois disserem que eles também deixam que os americanos fassam tudo o que querem quando as Lages forem deles os americanos depressa mudam de ideias e passam a achar que as Lages estão melhor entregues a uma nação mais "estável".

Ora aí está.
Muita "revolução" foi feita com tal objectivo.
E quanto a isso há muita conversa para boi dormir.
Muitos bois dormiram, no entanto.
E ainda dormem.
Ou fazem que dormem.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 19, 2012, 08:45:30 pm
Se querem salvaguardar a soberania nacional não se fiem em ajuda externa, pois esses só nos irão ajudar enquanto lhes for vantajoso que continuemos independentes.

Imponhão um serviço militar obrigatório como na Suiça. Mudem a mentalidade dos portugueses nesse sentido e garanto que mesmo potências como os EUA pensam duas vezes antes de nos invadirem.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 19, 2012, 11:57:15 pm
Citação de: "Edu"
E se os espanhois disserem que eles também deixam que os americanos fassam tudo o que querem quando as Lages forem deles os americanos depressa mudam de ideias e passam a achar que as Lages estão melhor entregues a uma nação mais "estável".

E os Americanos acreditam? É que com ETAs e ameaças de uma Catalunha independente não me parecem mais "estáveis".

Depois também há a questão de a Espanha ao incorporar Portugal e os nossos arquipelagos, os EUA estariam a dar "muito poder" ou "muita influencia" à Espanha e ela "crescer" para uma potência Europeia do nivel da França ou Reino Unido, pode não haver interesse em que a Espanha "cresça" mais do que está actualmente, uma Espanha assim poderosa com tiques imperialistas pode dar mais dores de cabeça, é um pais que tem disputas com o Reino Unido em relação a Gibraltar e com Marrocos em relação a Ceuta, e esses paises também são aliados dos EUA, principalmente o Reino Unido de certeza que não quer que a Espanha fique mais poderosa e que a desafie em relação a Gibraltar.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 20, 2012, 12:04:13 am
Citação de: "Edu"
Se querem salvaguardar a soberania nacional não se fiem em ajuda externa, pois esses só nos irão ajudar enquanto lhes for vantajoso que continuemos independentes.

Imponh[ão]am um serviço militar obrigatório como na Suiça. Mudem a mentalidade dos portugueses nesse sentido e garanto que mesmo potências como os EUA pensam duas vezes antes de nos invadirem.

Mesmo um serviço militar obrigatório já não é muito intimidatório, se formos invadidos é só mais "carne" para o "triturador", a unica vantagem é que depois de termos sido conquistados, vai haver muito pessoal com algum treino militar para serem guerrilheiros.

A unica maneira actualmente de impedir sermos invadidos por qualquer potencia estrangeira é ter "a bomba" :twisted: .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 20, 2012, 12:58:33 am
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Edu"
Se querem salvaguardar a soberania nacional não se fiem em ajuda externa, pois esses só nos irão ajudar enquanto lhes for vantajoso que continuemos independentes.

Imponhão um serviço militar obrigatório como na Suiça. Mudem a mentalidade dos portugueses nesse sentido e garanto que mesmo potências como os EUA pensam duas vezes antes de nos invadirem.

Mesmo um serviço militar obrigatório já não é muito intimidatório, se formos invadidos é só mais "carne" para o "triturador", a unica vantagem é que depois de termos sido conquistados, vai haver muito pessoal com algum treino militar para serem guerrilheiros.

A unica maneira actualmente de impedir sermos invadidos por qualquer potencia estrangeira é ter "a bomba" :twisted: .

Isso de ser intimidatório depende do país que estejamos a falar. Se calhar para uns estados unidos não é assim tão intimidatório. Mas para uma espanha saber que tem ao lado um país onde pelo menos toda a população adulta masculina sabe mexer com armas (estou a falar de um serviço militar como tem a suiça, não como tinha Portugal) é suficiente para não os levar a arricar uma invasão que resultaria em baixas elevadissimas.

Além de que um exército desses teria sempre de agir na base da guerrilha, nunca iriamos por o nosso exercito nesse caso frente a frente contra um exercito maior e mais poderoso. Um pouco à imagem daquilo que se passa na suiça.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 20, 2012, 01:19:26 am
Desculpem lá escrever tantos textos mas é que sou só um curioso sobre o assunto, não possuo nenhum mestrado em relações internacionais, ciencias politicas, ou coisa do género :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 20, 2012, 11:02:33 am
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Realmente...
É que com os políticos absolutamente corruptos que temos, está-se efectivamente a salvo de invasão. Assim, invadir para quê?
Realmente nunca tinha pensado nisso.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 20, 2012, 12:03:55 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Realmente...
É que com os políticos absolutamente corruptos que temos, está-se efectivamente a salvo de invasão. Assim, invadir para quê?
Realmente nunca tinha pensado nisso.

Exactamente caro Luso, invadir para quê se nós já pomos os interesses das potências extrangeiras à frente dos nossos?

A questão da invasão só se poria se passassemos a ter politicos que lutassem pelos interesses dos portugueses e não outros quaisquer.

Enquanto não sairmos da cepa torta este país nunca será uma tentação à invasão de ninguém.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 20, 2012, 05:26:00 pm
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a saldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "saldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 20, 2012, 05:40:45 pm
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, a dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os seus representantes armados que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.

 :Palmas:  :Palmas:

Não diria melhor. Infelizmente há muitos que acham que temos aliados que são muito nossos amigos, por exemplo os EUA....
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 20, 2012, 06:11:08 pm
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.


Efectivamente, dos melhores postais que tenho lido por aqui há muito tempo. Aliás, as questões e propostas feitas são axiais e decisivas, sobretudo o último parágrafo.
É, já agora, muito contribui para ajudar a desmontar o raciocínio do nosso bom Papatango quando diz, em também bom "português internacional":

Esses grupos podem de fato agir, mas nunca a esse nível. Jamais a esse nível.
Seria demasiado caro e mesmo impraticável.


Pois é assim que as coisas se fazem, pelo menos desde 1700 e picos quando os aventaleiros comçaram a exportar as ideias dos bancos centrais privados.
Para estas coisas há todo o dinheiro do mundo: porque o dinheiro inventa-se e troca-se por poder real.

Se não ocorrer pancada da grossa que se salde em vitória dos Portugueses, e que corra com estes grandes filhos de puta, ou os execute, este país desaparece e fica apenas uma sweat shop / casa de putas.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: FoxTroop em Novembro 20, 2012, 09:42:20 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.


Efectivamente, dos melhores postais que tenho lido por aqui há muito tempo. Aliás, as questões e propostas feitas são axiais e decisivas, sobretudo o último parágrafo.
É, já agora, muito contribui para ajudar a desmontar o raciocínio do nosso bom Papatango quando diz, em também bom "português internacional":

Esses grupos podem de fato agir, mas nunca a esse nível. Jamais a esse nível.
Seria demasiado caro e mesmo impraticável.


Pois é assim que as coisas se fazem, pelo menos desde 1700 e picos quando os aventaleiros comçaram a exportar as ideias dos bancos centrais privados.
Para estas coisas há todo o dinheiro do mundo: porque o dinheiro inventa-se e troca-se por poder real.


Se não ocorrer pancada da grossa que se salde em vitória dos Portugueses, e que corra com estes grandes filhos de ***, ou os execute, este país desaparece e fica apenas uma sweat shop / casa de putas.

Apenas sublinhei este dois paragrafos pois parece que muitas pessoas ainda não interiorizaram certas "regras" e modus operandi. Excelente discussão
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 20, 2012, 11:32:10 pm
É impressionante ( e não estou a criticar, estou a lamentar) que algumas pessoas tenham de facto mais medo de uma assimilação militar por parte de espanha do que da escravidão a que já estamos sujeitos pelos grandes poderes económicos.

Sinceramente não pondo de parte que a espanha nos quisesse invadir, mas com isso, desculpem que diga, podiamos nós bem. Haviamos de lhes fazer a vida num tal inferno se eles cá viessem que a ETA eram praticantes de paint-ball ao pé de nós. Deus os livrasse de tentarem invadir Portugal, nós podiamos não ter paz, mas eles também nunca mais irião ter.

Agora a destruição vagarosa de Portugal (e de que espanha curiosamente também está a ser alvo) que pouco a pouco e cada vez mais piora a vida dos Portugueses, fazendo-nos trabalhar mais e ter piores condições de vida isso sim deve ser a nossa grande preocupação.
Porque no fim são as condições de vida das pessoas e a capacidade do nosso povo se sentir realizado e ser feliz que interessa. Mais até do que a própria soberania, arriscar-me-ía mesmo a dizer

E a verdade é que essa destruição esta a acontecer agora e as pessoas vivem mal e em sacrificio, como verdadeiros escravos. E por muito que de espanha não venham nem bons ventos nem bons casamentos a verdade é que esta escravatura não vem necessáriamente deles mas mais até do outro lado do atlantico ou do centro da europa.

Por isso no sentido de quem de facto sofre no nosso país, os EUA são um inimigo bem mais perigoso que a espanha por exemplo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 21, 2012, 10:59:38 am
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Porque Portugal neste momento pode estar à beira de uma (mais uma) convulsão social.
Nós não podemos nestas coisas olhar para os países estrangeiros. Nós normalmente fomos precursores em termos de convulsões sociais.

Nós nunca sabemos quando é que a União Europeia entra em colapso.
O que acontecerá se os países começarem a sair da UE (vide Reino Unido) ou a sair do Euro (caso provavel da Grécia).
E mesmo que não comece aqui, se em alguns países europeus começarem a aparecer as soluções «robustas» nós seguiremos a moda.

Nós somos um país instável há muito tempo. 48 anos de Estado Novo, fizeram-nos esquecer a tradição de instabilidade governativa que caracterizou Portugal durante os últimos dois séculos.

Nunca devemos achar que a História chegou ao fim e que os acontecimentos não se repetem.
Eles repetem-se sim.

E é esta visão do mundo, que recomenda que fiquemos com as barbas de molho, continuando hoje como há séculos, a depender de uma potência tutelar que impeça a «tutelaridade natural» de Castela, que já levou à absorção de todos os países da Peninsula Ibérica com excepção de Portugal.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 21, 2012, 11:13:20 am
Citação de: "Edu"

Não diria melhor. Infelizmente há muitos que acham que temos aliados que são muito nossos amigos, por exemplo os EUA....


como em tudo na vida ,há os "bons aliados" e os "maus aliados"

É apenas questão de gostar mais ou menos da bota que nos espezinha.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 21, 2012, 11:26:12 am
Citação de: "Edu"
Sinceramente não pondo de parte que a espanha nos quisesse invadir, mas com isso, desculpem que diga, podiamos nós bem. Haviamos de lhes fazer a vida num tal inferno se eles cá viessem que a ETA eram praticantes de paint-ball ao pé de nós. Deus os livrasse de tentarem invadir Portugal, nós podiamos não ter paz, mas eles também nunca mais irião ter.

Eu acho que você não está a entender muito bem a questão.
Desde Alfonso XIII, que a Espanha não tem intenções de anexar Portugal, o que tem são intenções de controlar Portugal e de ficar responsável pela sua tutela.

Quando em 1915 a Espanha envia a sua esquadra para Lisboa, para mostrar os canhões, a Espanha assume uma posição perante a França e perante a Inglaterra, afirmando indiretamente que pode ser a potência tutelar.

É claro que a Republica francesa, que tinha apoiado o aparecimento de uma república na Europa (A França fora durante muitas décadas a única república e Portugal era a outra república europeia) não gostou, e gostou ainda menos porque em 1915 temia-se que a Espanha tomasse uma posição favorável à Alemanha.
A Inglaterra também não gostou, porque achou que os espanhóis estavam a agir unilateralmente.
Ambos os países mandam navios de guerra para Lisboa (apesar de estarem em guerra e em plena campanha dos Dardanelos na Turquia).

Estas potências não queriam invadir Portugal. Queriam apenas garantir a sua capacidade para infuenciar a política portuguesa.
E é disso que falo, porque é isso que conta.

A Espanha nos dias de hoje, pretende contar com os votos de Portugal na União Europeia, garantindo que nem precisa de enviar uma comissão para convencer Lisboa a votar com Madrid.
Para os espanhóis deveria apenas haver uma linha telefónica, em que os portugueses ligam para Madrid para perguntar como votam e pronto.

Mas a situação de hoje é apenas um exemplo, amanhã tudo pode mudar. A questão da tutela dos países pequenos mantem-se sempre.
No leste da Europa a tutela passou da Russia comunista para a Alemanha. A Turquia luta hoje por aumentar a lista de países tutelados, querendo a tutela da Síria, Jordânia (em parte do Egito), além da Sérvia, da Albânia e da Bulgaria.
O Irão quer a tutela do Iraque e mantém uma guerra surda com a Rússia por causa da tutela sobre o Azerbeijão.

O conceito de tutela confunde-se com o que descrevemos como invasão económica.
Tem a tutela sobre um país quem conseguir mais negócios para as suas empresas, e quem consegue ganhar os negócios sempre.
No caso português, a verdade é que a Espanha não conseguiu essa tutela de forma clara. Não controlou a energia, não controla as linhas aéreas, não conseguiu impor a construção do TGV (embora estivesse próximo e apenas a falta de dinheiro o tenha impedido).

Não existe um grande movimento internacional contra o qual temos que lutar para nos libertarmos.
Existem vários.
Mesmo as maçonarias dividem-se entre ritos anglo-saxonicos e ritos seguidos pelos países latinos.
Há muitos pontos de contato, mas os grupos americanos continuam a estar de um lado e os europeus do outro.

Só nos resta hoje, como ontem, jogar com essa divisão, fazendo alianças com um lado contra o outro.

E por isso os Açores e a presença dos americanos são tão importantes. Acho mesmo que nunca foram tão importantes.
Fora o exagero, quase que arriscaria que valeria a pena pagar para que eles lá ficassem.
São um seguro de vida.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 21, 2012, 02:24:34 pm
O atual governo Português é conhecido por ir mais além daquilo que lhe é pedido pela Troika, no que diz respeito às medidas de austeridade.
 ( Mais valia que tivessemos um governo que batesse com o punho na mesa e que dissesse : vamos voltar a fazer as continhas desde o principio .  Portugal paga sim senhor, mas paga os mesmos juros que pagam a Alemanha ou a França pelo dinheiro que pede ou que pediu emprestado. Era isto ou nada.)

O Papatango segue a mesma linha do governo português, pois vai mais além daquilo que nos é pedido. Papatango, não so é pelos americanos nos Açores, como até não se importava de lhes pagar para que eles la continuassem. O Papatango é um situacionista ; eu não sou.
O Papatango diz que tem que ser assim, porque sempre assim foi. Diz tambem que ha varios grupos de interesse no mundo, que a Espanha quer controlar Portugal, fala até das maçonarias, dos turcos, da esquadra espanhola no Tejo em 1915, do Irão, da Russia e até do Azerbaijão.

Ha certamente varios grupos e interesses no mundo, mas e os interesses de Portugal ?
 
Portugal esta na origem de uma vasta comunidade linguistica e cultural, a lusofonia, que tal como o inglês ou o espanhol, esta espalhada pelo mundo. Não me refiro somente aos paises que têm o português como lingua oficial, mas tambem às comunidades lusas que têm o seu peso e influência em paises como os EUA, a França, a Africa do Sul, etc.
Não nos podemos esquecer do papel que tiveram estas comunidades aquando do problema de Timor. Houve em varias cidades de França e dos EUA uma grande mobilização das nossas comunidades em favor da posição de Portugal.

Vamos ao que interessa :
Portugal tem pendente um dossier na ONU que diz respeito ao alargamento da nossa ZEE. Qual é a posição dos EUA em relação a este dossier ? São a favor ou são contra ?
Seria aqui que as Lajes poderiam pesar na balança, mas não acredito. Os EUA querem tudo e têm a força suficiente para se imporem face a Portugal.

Mesmo que não consigamos aumentar a nossa ZEE, a que temos ja é bem extensa e o interesse de Portugal esta em proteger esta grande fonte de recursos. O interesse de Portugal esta tambem em se inserir em mais um grupo de interesses, constituido pelos paises cujas fronteiras das ZEE se tocam : Portugal, Espanha, Cabo Verde e Brasil. Todos estes paises, mais tarde ou mais cedo vão ter que batalhar para guardar o que é seu. Mais vale agir em concerto.
Na disputa pelos recursos mundiais, os EUA não vão estar do nosso lado, eles vão jogar pela equipa deles, pelos seus proprios interesses.

Qual é pois o interesse em termos os EUA nas Lajes ?
Se a resposta é o dinheiro que eles la gastam nos restaurantes e nas lojas, eu digo : não chega !
Os russos, que hoje não se pode dizer que sejam menos democraticos do que os EUA, certamente que nos faziam ganhar mais pela utilização da base. Em troca certamente que nos cederiam uns sistemas de defesa costeira "Bastion" e outros tantos sistemas de defesa anti-aérea S-300 PMU 2.

O sistema democratico nos EUA esta  rapidamente a evoluir para um sistema oligarquico onde a Goldman Sachs e congeneres é que mandam. Estas oligarquias financeiras (sobretudo esta que mencionei) estão presentes ao lado de todos os ultimos presidentes americanos. Isto é muito inquietante tanto mais que nos ultimos anos temos constatado que na luta pelos recursos mundiais, as FA americanas têm sido utilizadas sem discrição e sem vergonha.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 21, 2012, 04:33:07 pm
Vamos ao que interessa:

1-
Desde 2010 que Portugal está na BANCARROTA.
O país não tem dinheiro para pagar pensões de reforma, nem pagar salários aos médicos, aos policias, aos bombeiros, aos militares, aos enfermeiros e aos restantes funcionários.

2-
Esses salários continuam a ser pagos, porque a tal da TROIKA permitiu esses pagamentos, entregando dinheiro ao estado português.

3-
Só quem acredita que podemos bater o pé e dizer que não pagamos, é aquele maluco descerebrado do PS (Pedro Nuno Santos) que acha que temos uma bomba atómica.

4-
Para todos os efeitos Portugal é um país sob intervenção estrangeira, porque ao contrário do que dizem os comunistas, QUEM PAGA É QUEM MANDA !

5-
Nós não temos a mais pequena capacidade para influir nos destinos do controlo do Atlântico, se a União Europeia for controlada por um pequeno grupo de países que podem por e dispor.

6-
Na Europa não temos capacidade para influenciar nada nem ninguém, e para a maioria dos países europeus (com a viragem europeia para o Leste) Portugal é uma realidade distante que lhes é desconhecida.

7-
A dimensão da dívida portuguesa é de tal modo grande e pesada, que qualquer comparação com a crise de Timor, é mais absurda que a evocação da bomba atómica do «não pagamos» da louca do PS.

8-
SEMPRE FOI ASSIM. Quer dizer que nos últimos 370 anos, nós jogámos sempre com a força da potência que controla o mar, contra a força da potência que controla o continente.
Isto é História. E quando se evoca a História, pode-se dizer que «sempre foi assim», porque são os factos históricos que o afirmam.

9-
É do interesse de Portugal, desenvolver politicas que nos permitam fazer o mesmo que fizemos até aqui, e que, queira-se ou não, goste-se ou não, explica porque ainda somos um país independente. Nós temos uma tradição diplomática de jogar por debaixo da mesa. Nós não recuperamos o Brasil aos holandeses, nos compramo-lo. Nós subornámos a família do Napoleão, em Angola subornámos o Savimbi, e em Timor propusemos entregar dinheiro às milicias pró-indonesias.
Esta é a realidade dos interesses de Portugal e sobre a forma como eles sempre foram e devem continuar a ser defendidos.




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Os russos, que hoje não se pode dizer que sejam menos democraticos do que os EUA, certamente que nos faziam ganhar mais pela utilização da base.
I rest mu case  :shock:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 21, 2012, 05:31:48 pm
Interessante a estratégia casapiana: enquanto me estiverem a ir ao pacote estou safo!

Efectivamente há muito Talleyrand caseiro que defenda isso...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 21, 2012, 06:11:03 pm
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Vamos ao que interessa :
Portugal tem pendente um dossier na ONU que diz respeito ao alargamento da nossa ZEE. Qual é a posição dos EUA em relação a este dossier ? São a favor ou são contra ?
Seria aqui que as Lajes poderiam pesar na balança, mas não acredito. Os EUA querem tudo e têm a força suficiente para se imporem face a Portugal.

Eu não tenho tido noticias sobre a evolução da proposta do alargamento da ZEE, sei que foi feito o estudo e que foi (ou está para ser) entregue a proposta à ONU. Isso do dossier estar pendente onde é que soube isso?

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Mesmo que não consigamos aumentar a nossa ZEE, a que temos ja é bem extensa e o interesse de Portugal esta em proteger esta grande fonte de recursos. O interesse de Portugal esta tambem em se inserir em mais um grupo de interesses, constituido pelos paises cujas fronteiras das ZEE se tocam : Portugal, Espanha, Cabo Verde e Brasil. Todos estes paises, mais tarde ou mais cedo vão ter que batalhar para guardar o que é seu. Mais vale agir em concerto.
Na disputa pelos recursos mundiais, os EUA não vão estar do nosso lado, eles vão jogar pela equipa deles, pelos seus proprios interesses.

Os Estados Unidos e todos os outros.

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Os russos, que hoje não se pode dizer que sejam menos democraticos do que os EUA

A Russia é uma democracia exemplar :mrgreen: ).

Em relação a que paises fazermos alianças, aceito que sejamos amigos de toda a gente, que tenhamos boas relações comerciais com toda a gente, boas relações diplomáticas, darmo-nos todos bem, etc, continuo a achar é pouco inteligente trocar-mos a nação dominante na área onde nos inserimos (Atlantico), por uma outra qualquer, concordo que os EUA não são o pais mais "generoso" do mundo, e pode haver outras nações que nos deem mais para estarem nos Açores, os EUA até podem um dia sairem dos Açores e ir para lá outro pais qualquer, não aconselharia é que fosse um pais hostil aos EUA, é que essa história dos misseis é muito bonita, mas tem pelo menos que lá chegar, é que os Americanos é que mandam no oceano onde estão os Açores... e em todos os outros. Mas isto é a minha opinião e toda a gente tem direito a ter opinião, mesmo contrária a minha, pelos menos enquanto formos uma democracia :mrgreen: .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 21, 2012, 07:03:23 pm
Eu até poderia concordar com a continuação nessa estratégia, defendida pelo caro Papatango de agradar a uns e a outros para nos tentar-mos manter mais ou menos a salvo, se nós vivessemos bem.

Mas nós não vivemos bem.

E enquanto alguns cá pelo meio até se vão desenrascando mais ou menos bem (principalmente os politicos), uma grande parte da população vive mal.

À conta da submissão a estes interesses extrangeiros vamos vendo destruidas as nossas empresas, os nossos recursos humanos mais qualificados vão embora e os Portugueses em geral vão cada vez mais pagando mais impostos, trabalhando mais e ganhando menos.

No futuro, Portugal será um país de idosos a trabalhar até aos 70 ou 75 anos. Com alguns jovens pelo meio que não tiveram qualificação ou capacidade suficiente para emigrar.

Para quem defende a submissão aos EUA se calhar isto pode ser aceitável.

Para mim, e desculpem-me, não é aceitável.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 21, 2012, 08:28:54 pm
Citação de: "Edu"
Eu até poderia concordar com a continuação nessa estratégia, defendida pelo caro Papatango de agradar a uns e a outros para nos tentar-mos manter mais ou menos a salvo, se nós vivessemos bem.

Mas nós não vivemos bem.

E enquanto alguns cá pelo meio até se vão desenrascando mais ou menos bem (principalmente os politicos), uma grande parte da população vive mal.

À conta da submissão a estes interesses extrangeiros vamos vendo destruidas as nossas empresas, os nossos recursos humanos mais qualificados vão embora e os Portugueses em geral vão cada vez mais pagando mais impostos, trabalhando mais e ganhando menos.

No futuro, Portugal será um país de idosos a trabalhar até aos 70 ou 75 anos. Com alguns jovens pelo meio que não tiveram qualificação ou capacidade suficiente para emigrar.

Para quem defende a submissão aos EUA se calhar isto pode ser aceitável.

Para mim, e desculpem-me, não é aceitável.

Não percebo em que é que esses problemas tenham sido causados pelos Estados Unidos, é que o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Noruega, etc, também são aliados dos Estados Unidos e não estão no nosso estado, logo não acho que isso seja a causa da nossa situação.

Acha que se agora mudassemos para allados da Russia, ou da China, ou outro pais qualquer, essa situação ia ficar melhor?


É que é muito fácil, dizer que a culpa dos nossos problemas é dos outros, ou é dos Estados Unidos, ou é da Alemanha, ou é da Troika, etc, a culpa nunca é minha, ou nossa. A culpa dos problemas de Portugal são os governos de Portugal, são a divida nacional que todos os governos tem aumentado e são os vários contratos ruinosos para a nação em proveito de empresas privadas, o problema é que esses governos são eleitos democraticamente, é uma autorização legal da maioria dos portugueses para governarem o pais como acham melhor (melhor para quem é que eu não sei).

Agora um desabafo se não se importam, irrito-me profundamente quando ouço dizer que os militares deviam fazer um golpe de estado e tirar este governo do poder, até parece que foram os militares que os colocaram no poder, é que a ideia dessas conversas é exactamente a mesma do meu texto acima, não querem assumir que este governo foi eleito democraticamente, com maioria absoluta, alguns provavelmente já se arrependeram de terem votado num dos partidos do poder, querem que caia já, mas querem que sejam os militares a faze-lo para assim, caso isso não seja solução e as coisas ainda fiquem pior possam dizer, a culpa não é minha, é dos outros, é dos militares, o actual governo foi eleito democraticamente, e é desse mesmo modo que tem que sair, se essa for a vontade dos portugueses, os militares participam no acto de mudança de governo do mesmo modo que qualquer outro português, com o voto.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 21, 2012, 11:06:11 pm
Claro que a culpa não é dos outros, a culpa é nossa porque deixamos que esses países imponham os seus interesses cá. O facto de deixarmos estar os EUA gratuitamente nas Lages é um dos casos em que nos vergamos perante interesses extrangeiros.

Mas há mais:
- A destruição da nossa agricultura, pescas e industria foi causada por nos sujeitar-mos a interesses extrangeiros, neste caso europeus;
- A destruição da nossa industria naval também foi causada por interesses extrangeiros. Não era certamente interesse de Portugal fazer o que se tem feito nos ENVC, para os vender quase a custo zero;
- As privatizações da EDP, REN, GALP, águas, etc, não são certamente para servirem o melhor interesse de Portugal.

Não defendi mudar-se de aliados, mas defendo que se mude a nossa actitude perante eles, pois a actitude actual de submissão não nos tem valido de nada.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 21, 2012, 11:43:18 pm
Esta conversa já está muito a fugir do tema, parece que a culpa de todos os males que afecta Portugal é a base americana nas Lajes.

Na realidade, a unica coisa a que podemos acusar os Americanos é de não pagarem nenhum valor por estarem nos Açores, mais nada, de resto não tem culpa da destruição da nossa agricultura, pescas, industria naval,  ENVC ou as privatizações todas que disse, quem fez isso foi o governo de Portugal, eleito pelos portugueses, atravez de todos os acordos da União Europeia que assinamos, nem sequer de submissão podemos acusar os Americanos, pois nunca nos puseram nessa situação ao contrário dos ingleses, não quer dizer que não o façam um dia, mas até hoje que eu saiba nunca o fizeram, e não se pode acusar ninguém de uma coisa que ainda não fizeram, apesar de terem essa capacidade.

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Não defendi mudar-se de aliados, mas defendo que se mude a nossa actitude perante eles, pois a actitude actual de submissão não nos tem valido de nada.

Defendeu trocar os Americanos pelos Russos na base da Lajes, e pedir-lhes misseis :mrgreen: , acho que é trocar de aliados.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 21, 2012, 11:58:57 pm
Acho que não vou continuar mais a conversa neste tópico, já falaram várias opiniões, mas isto não tem fim, uns dizem sim, outros dizem não, e fica cada um com a sua opinião. Além disso já estamos a alargar a conversa a situação económica do Pais, que não tem directamente nada a ver com o assunto (nem os americanos são culpados do fim das pescas e dessas coisas que se falou, nem o valor que poderiam pagar de aluguer daria para pagar a nossa divida), acho é que quem quer dizer mal, diz, ontem até vi um comentário num jornal online sobre um artigo do Ministro de Negocios Estrangeiros sobre o conflito israelo-palestiniano e estava lá um comentário a dizer algo como: "Tás para ai a falar de ajudar essas pessoas? Devias era estar a ajudar os portugueses!" É um dizer mal, quase inconsciente, daqui a pouco são culpados dos incendios, das cheias, de fazer frio no inverno, etc. Mas a maior parte das pessoas que fala mal tem sorte, são pessoas que não tem responsabilidades sobre o que dizem, podem dizer as babozeiras todas que lhes vierem à cabeça, como aqui no Forum, podemos falar de guerras com o Irão, com a China, etc, e isso não vai ter consequencias nenhumas, mas uma pessoa que esteja em posições de governo, organizações tipo ONU, etc, com responsabilidades, não se pode dar a esses luxos e dizer ou fazer coisas assim, na melhor das hipoteses é como aquele ministro que fez os cornos e pronto, dá nas noticias, o pessoal ri-se, ele vai-se embora, e a vida continua, na pior das hipoteses dá guerras.

Tenham uma boa noite
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 22, 2012, 12:42:46 am
Citação de: "Lightning"
Esta conversa já está muito a fugir do tema, parece que a culpa de todos os males que afecta Portugal é a base americana nas Lajes.

Na realidade, a unica coisa a que podemos acusar os Americanos é de não pagarem nenhum valor por estarem nos Açores, mais nada, de resto não tem culpa da destruição da nossa agricultura, pescas, industria naval,  ENVC ou as privatizações todas que disse, quem fez isso foi o governo de Portugal, eleito pelos portugueses, atravez de todos os acordos da União Europeia que assinamos, nem sequer de submissão podemos acusar os Americanos, pois nunca nos puseram nessa situação ao contrário dos ingleses, não quer dizer que não o façam um dia, mas até hoje que eu saiba nunca o fizeram, e não se pode acusar ninguém de uma coisa que ainda não fizeram, apesar de terem essa capacidade.

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Não defendi mudar-se de aliados, mas defendo que se mude a nossa actitude perante eles, pois a actitude actual de submissão não nos tem valido de nada.

Defendeu trocar os Americanos pelos Russos na base da Lajes, e pedir-lhes misseis :mrgreen: , acho que é trocar de aliados.

Penso que se confundiu caro Lightning, não fui eu que proferi essa sugestão.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 22, 2012, 01:23:42 am
Citação de: "Edu"
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Não defendi mudar-se de aliados, mas defendo que se mude a nossa actitude perante eles, pois a actitude actual de submissão não nos tem valido de nada.

Defendeu trocar os Americanos pelos Russos na base da Lajes, e pedir-lhes misseis :mrgreen: , desculpe lá o engano.
Continuando, opiniões cada um tem a sua, estamos num pais livre de nos exprimirmos, boa continuação  :G-beer2:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 22, 2012, 07:25:41 am
Lightning disse :
" A Russia é uma democracia exemplar  , então aquela dança das cadeiras Presidente - Primeiro Ministro - Presidente - Primeiro Ministro, é um expetaculo."

E a valsa das cadeiras entre Bush pai e Bush filho ?
Entre o marido Clinton e a esposa Clinton ?


Eu não critico os EUA por jogarem por eles, critico é Portugal por não fazer a mesma coisa e as Lajes são um exemplo disso : somos submissos !


Lightning disse :
"Defendeu trocar os Americanos pelos Russos na base da Lajes, e pedir-lhes misseis  , acho que é trocar de aliados.

Eu não disse "trocar de aliados". Disse algo com este espirito : se o problema é o dinheiro então que se alugue a quem pague mais. Obviamente o problema não é so dinheiro !
Os EUA, a UE, os paises da OTAN são nossos aliados e acho muito bem que continuem.
Falei sim de aliança com paises que têm fronteiras maritimas com Portugal : um tratado entre Portugal, Espanha, Cabo Verde e Brasil com o objetivo de coordenar esforços na exploração e defesa das nossas ZEE respetivas.

Quanto aos misseis para defender o nosso territorio...Porque não ? As nossas FA devem têr essa capacidade.
Misseis russos, porque não ? A grécia é um pais da OTAN e tem misseis russos : são mais baratos e eficazes. Pelo menos a sua eficacia fazem da Siria um caso bem diferente da Libia em termos militares. O osso é mais duro de roer.

Luso disse :
Interessante a estratégia casapiana: enquanto me estiverem a ir ao pacote estou safo!

Efectivamente há muito Talleyrand caseiro que defenda isso...


Nem mais  :mrgreen:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 22, 2012, 10:23:56 am
Há aqui uma coisa que é essencial à noção de soberania que acho que neste forum não é muitas vezes tratada, que são as condições de vida.

O principal objectivo de se ser soberano é dar boas condições de vida, ou as melhores possiveis à população. Eu já nem barafustava muito de não sermos soberanos se me dessem liberdade e boas condições de vida para viver a minha vida da melhor forma que conseguisse.

Agora o problema é que quando não se tem soberania regra geral quem manda em nós tá se pouco lixando para uma população que não tem poder nenhum para os escolher e lhes dar o dito poder.
Como o carissimo Papatango referiu muitas vezes, historicamente vimos que quando estivemos dominados por espanha a longo prazo as nossas condições de vida foram-se degradando. Também os nossos interesses foram completamente descurados. Logo podemos reter a lição historica que estar sobre dominio espanhol não é nem nunca será do nosso interesse.

Neste momento estamos sobre dominio de interesses vários, mas dos quais eu destacaria dois. Os do centro da europa e os dos estados unidos, já que são estes que retêm grande parte do poder financeiro que é o que efectivamente nos obriga a baixar salários, trabalhar mais e pagar mais impostos.

O Papatango e outros foristas referem que para manter a nossa integridade e status quo devemos continuar a balancear o poder sobre nós destas duas potências. Mas o problema é que as condições em que estamos neste momento não são aceitáveis para continuarmos neste balanceio.

E isto agora é uma questão de solidariedade e compreensão. Há pessoas que no nosso país continuam a viver muito bem, e para essas pessoas não há problema nenhum em continuar tudo como está. Que mandem em nós americanos, espanhois, europeu, chineses... eles estão sempre bem. Quem manda em nós até e pago por esses interesses para manter o dito status quo, que interesse têm eles em mudar?

O problema é que uma grande parte da população vive mal, abaixo do limiar da pobreza. Os jovens qualificados vão-se embora, dar o seu contributo laboral e conhecimento aos países que nos subjugam. As nossas poucas riquezas naturais são vendidas ao desbarato aos interesses extrangeiros.

Mas para alguns é interessante continuar a manter este balanceamento de poderes. Claro que é, se calhar vivem bem. Mas que futuro terá um país em que grande parte da população é pobre e em que tem tem qualificações se vai embora. Há quem não perceba que neste momento o país já está a ser destruido.

E por isto tudo, e para voltarmos ao assunto original, as Lages têm de ser pagas. Se os americanos se recusarem a pagar, temos de pensar em alternativas. Mas assim não!
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 22, 2012, 11:34:17 am
A questão são as Lajes e a vantagem ou não vantagem da presença dos americanos na base.

Os americanos não são responsáveis pelos nossos problemas nós somos.
Nós estamos integrados na Europa, coisa que é estranha ao país, já que nós desenvolvemos uma mentalidade insular desde há séculos.

A questão é saber se devemos continuar a fazer como sempre e a colocar os ovos em cestos diferentes, ou se por outro lado devemos colocar tudo no mesmo cesto da Europa.

A realidade é que só existem dois cestos. O resto são quimeras e sonhos elevados à categoria de realidades (algo que infelizmente se transformou em algo comum nos últimos tempos).

Portugal precisa de espaço de manobra e para isso precisa de se apoiar em alguém. Só nos podemos apoiar na América, a mais poderosa nação do Atlântico, como só nos podiamos apoiar na Inglaterra no século XIX.

Não foi por nos apoiarmos na Inglaterra que os ingleses deixaram de nos ameaçar aquando da questão do Mapa cor-de-rosa. Os ingleses eram nossos aliados, mas mesmo assim ameaçaram bombardear Lisboa se Portugal não retirasse tropas de áreas no centro de África.

Mas o que é importante frisar, é que independentemente da questão da humilhação do mapa-cor-de-rosa, nós acabámos por «voltar ao redil».
Voltámos ao redil, não porque os ingleses o impuseram, mas porque as ovelhas republicanas cedo entenderam que não adiantava bater em pontas de faca e os ingleses demonstraram que havia limites para o apoio a um Portugal independente.

Os ingleses disseram aos portugueses que:
«Se continuarem por um determinado caminho, nós não vamos estar do vosso lado quando os espanhóis nos pedirem para controlar Portugal» (que foi o que o Alfonso XIII se fartou de fazer após o golpe republicano de 1910).

Hoje o problema não é tanto a Espanha, quanto o poder crescente e desmesurado de Bruxelas, que ainda por cima avança não com argumentos de controlo imperial ou de zona de influência, mas sim com argumentos legais que decorrem da nossa presença dentro da União Europeia (do grupo da frente da integração, como gostam os republicanos laicos e socialistas) e do cumprimentos de compromissos internacionais que o próprio país aprovou e incluiu e inclui na sua própria legislação.

Nós precisamos de forças que tenham capacidade para influenciar e para dizer NÃO em nosso favor. E por muito que nos custe, essas forças não são o Brasil, nem Angola nem Cabo Verde.
(Aquando da questão do mapa-cor-de-rosa, também conseguimos o apoio da Russia, da Áustria e até da França, mas como é óbvio não serviu de nada).

Logo, tendo Portugal uma porta aberta para Washington através dos Açores, devemos trabalhar para manter essa relação, em vez de a fechar.
Se fecharmos essa porta estaremos encerrados num quarto escuro. Exactamente como fizemos em 1580, em que elaborámos a moldura legal que acabou com a nossa própria independência.

Nunca se esqueçam que em 1580, quando os Habsburgos entraram em Portugal, em Lisboa Felipe II de Castela, já tinha sido proclamado Filipe I,  Rei de Portugal e Algarves, de Aquém e de Além Mar...

Nos criamos as próprias armadilhas em que caímos. Não criemos mais uma.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 22, 2012, 11:52:00 am
Citação de: "Edu"
E por isto tudo, e para voltarmos ao assunto original, as Lages têm de ser pagas. Se os americanos se recusarem a pagar, temos de pensar em alternativas. Mas assim não!

Agora não entendi...

Você acredita que o pagamento de alguma coisa pela base das Lajes vai alterar em algo a nossa situação financeira ?

Por curiosidade, você tem ideia de quanto poderiamos pedir pela utilização das bases e quanto é que isso representaria em termos de percentagem só dos juros que temos que pagar da dívida que o Partido Socialista fez entre 2008 e 2010 ?   :shock:  :shock:  :shock:


O país está em crise. E acredito que toda a gente sofre com as consequências. Mas se a solução for partir tudo e ir para mais uma revolução, convulsão e atitudes impensadas, alguém acha que há quem fique melhor ?
Num país que já está sob intervenção financeira estrangeira e que perdeu a independência por causa dos camaradas socialistas (e de algumas tipas-de-vida-fácil ligadas a lojas do GOL) o que acontecerá se houver mais convulsões ?
Ficará melhor ?

Meu caro. Neste momento não temos solução.

Ao contrário do que muita gente diz, nós não estamos à beira do precipício, nós estamos a cair nos barrancos por aqui abaixo.
A única coisa que podemos fazer é agarrar-mo-nos a algum galho, para ver se evitamos cair mais e agarrarmos a corda, mesmo que essa corda esteja à volta do pescoço, porque com sorte (muita sorte) talvez consigamos reter a respiração antes de sufocar ou de conseguir aligeirar a corda. E nesta situação o melhor é não esbracejar muito, caso contrário a corda aperta mais depressa.

Mas sem a corda vamos pelo buraco abaixo. E o buraco é muito fundo, chegaremos ao fim já mortos.
E enquanto estamos com a corda ao pescoço, há aqueles que nos aparecem em sonhos, com ideias belas e cheirosas, de caminhos alternativos (a Arménia nunca aparece na TV sem dizer que tem uma mala cheia de propostas alternativas).

SÓ HÁ DOIS CAMINHOS.
OU AGARRAMOS A CORDA QUE TEMOS AO PESCOÇO E SUSTEMOS A RESPIRAÇÃO, OU CONTINUAMOS A CAIR NO BURACO.

Isto não quer dizer que esteja de acordo ou desacordo.
Se pudéssemos voltar alguns anos atrás e desvotar no canalha do Marais, e desmascarar o bandido do Banco de Portugal talvez fosse menos mau.
Mas é o que temos, e não podemos voltar atrás no tempo
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 22, 2012, 02:07:55 pm
Papatango,
 O Edu não quiz dizer que um aluguer pelas Lajes resolvesse o nosso problema.

O Edu tambem escreveu isto, no que aliàs, e no meu entender,  tem toda a razão :

"Eles que fiquem lá, mas que paguem bem pela base. O pagamento faz-nos jeito, e também é forma de lhes lembrar que aquilo é nosso e não deles."


Eu não posso discordar da alegoria que o Papatango escreveu sobre a "corda no pescoço" ou a "queda pelos barrancos". No sistema atual são estas as duas opções que se nos apresentam.
Para sair disso, é necessario voltar a baralhar as cartas e servir novo jogo. Mudar, como ja escrevi, de politicos e de politica , em suma : uma nova revolução nacional. Que temos nos a perder ?

A ZEE, juntamente com a Lusofonia são os maiores trunfos de Portugal.
Quando se fala de ZEE, fala-se forçosamente da nossa soberania sobre os Açores. Plena soberania e não soberania partilhada. As Lajes são o simbolo dessa soberania partilhada. Por enquanto ainda não se passa nada, mas e amanhã quando, (como o Papatango tbem ja escreveu), alguem  questionar a nossa ZEE "demasiado" extensa ?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 22, 2012, 02:20:13 pm
Mas quem é que disse que aquilo não é nosso ?

Os americanos nunca colocaram isso em dúvida. A questão só foi analisada quando os comunistas tomaram o poder em Portugal, altura em que terá aparentemente havido contactos entre imigrantes açoreanos e pessoas ligadas a Máfias americanas.

Foi estudada não oficialmente, a possibilidade de uma declaração de independência, mas nunca esteve em causa que as ilhas fossem ou pudessem ser americanas, embora estivessem dentro dos limites do que os americanos viam como cordão exterior de defesa.
Os americanos não queriam gastar dinheiro com aquilo, pelo que foi aparentemente feito um estudo para ver como as ilhas se poderiam sustentar sozinhas.

A solução encontrara passava por transformar os Açores numa zona franca sustentada pelo jogo e pela prostituição.
Pelo que os rumores afirmam, os açoreanos contactados (alguns deles ligados ao PPD, mais tarde PSD) não gostaram da opção e consideraram que se estava a prostituir os Açores.
A solução não passava por salvar os Açores dos comunistas portugueses, passava por escorraçar os comunistas portugueses do poder em Lisboa, o que como sabemos veio a acontecer.

Os americanos não têm pretensões territoriais sobre os Açores. E com os desenvolvimentos tecnológicos as ilhas são cada vez menos importantes.
Elas só terão importância em caso de uma grande convulsão na Europa ou no médio oriente, altura em que os aviões teriam que andar mais carregados, transportando menos combustível e precisando por isso de uma grande base para reabastecimento.

É por isso que os americanos não querem saber dos Açores, porque nos dias de hoje a utilidade das ilhas é mínima.
E nós temos que explicar aos americanos que não podem abandonar os Açores porque se sairem, as estruturas que lá estão não podem ser mantidas, porque Portugal não tem dinheiro para as manter.
Se isso acontecer, quando as ilhas forem necessárias, não haverá estruturas prontas para apoiar uma eventual ponte aérea em tempo útil.
Já os americanos do lado deles podem achar que as estruturas civis nos Açores, nomeadamente o aeroporto de Ponta Delgada, podem servir em caso de necessidade absoluta.

Neste momento, a coisa passa por provar aos americanos que eles precisam das Lajes, não por exigir dinheiro pela utilização de uma base, que os americanos duvidam que sirva para alguma coisa nas atuais circunstâncias.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 22, 2012, 02:31:01 pm
Citar
A ZEE, juntamente com a Lusofonia são os maiores trunfos de Portugal.
Quando se fala de ZEE, fala-se forçosamente da nossa soberania sobre os Açores. Plena soberania e não soberania partilhada. As Lajes são o simbolo dessa soberania partilhada. Por enquanto ainda não se passa nada, mas e amanhã quando, (como o Papatango tbem ja escreveu), alguem questionar a nossa ZEE "demasiado" extensa ?

Mas qual soberania partilhada ?
A questão da soberania nunca esteve em causa salvo no Verão Quente !

Ponha uma coisa na cabeça:

Para os americanos os Açores são um bocado de terra onde existe um pilar para uma ponte que lhes permite chegar à Europa se precisarem de transportar muita coisa. Em situações de paz eles vão de avião e não precisam da ponte para nada.

Para nós, as Lajes são importantes, porque por causa das ilhas mantemos canais de comunicação com os militares americanos e com os Estados Unidos através do Secretário da Defesa (o Pentágono). Se não tivermos essa ligação, temos que passar pelas vias diplomáticas via Departamento de Estado (Ministério dos Negócios Estrangeiros), onde Portugal sempre teve dificuldades em se mexer (isto segundo o que está publicado em livros sobre o assunto, desde os estudos sobre as relações entre Portugal e os Estados Unidos publicados pela FLA, até às memórias de embaixadores de Portugal em Washington e aos estudos portugueses sobre as relações entre Roosevelt e Salazar, e sobre os acontecimentos de 1973 durante a guerra do Yom Kippur).
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 22, 2012, 03:57:37 pm
Ponha na cabeça o Papatango que os Açores não são so as ilhas (o espaço terrestre) mas tambem representam uma parte consideravel da ZEE, onde segundo estudos feitos por gente mais entendida do que eu ou o Papatango, se encontram recursos consideraveis. Estamos de acordo ou não ?
Os oceanos, que ocupam 3/4 do planeta e de cuja exploração, (na parte que nos toca) depende o nosso futuro economico e o futuro das futuras gerações de portugueses. Se os portugueses de hoje não estiverem dispostos a lutar como os portugueses de ontem, então vai acontecer o que muitos aqui neste forum temem.

o Papatango escreveu algo de abominavel :
 "E nós temos que explicar aos americanos que não podem abandonar os Açores porque se sairem, as estruturas que lá estão não podem ser mantidas, porque Portugal não tem dinheiro para as manter."

Se Portugal precisar de manter essas estruturas (esta-se a referir à base, suponho), então tera que arranjar os meios para as manter.
Se alguem pensou que os Açores so eram viaveis como casa de prostituição ou de jogo... Que pensar ? fico sem palavras !  

Eu tenho para aqui estado a escrever comentarios sem fim, mas tudo o que escrevi depende da realização das duas utopias que referi num dos meus primeiros postais :
- Portugal consegue tornar-se viavel economicamente. Dificil : o peso da divida condenou-nos "ad aeternum"
- Portugal consegue conservar os beneficios dos direitos de exploração sobre tão extensa  ZEE. Dificil : a integração europeia fara de toda a UE, os beneficiarios da nossa ZEE.

Permiti-me alguns devaneios, mas não sou estupido e , pelo contrario, sou muito realista. Portugal tornou-se num pantano de gente conformista e fraca, e aqueles que podem, entre os quais, os melhores dos portugueses : EMIGRAM PARA GANHAR O PAO DE CADA DIA !
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 22, 2012, 04:41:32 pm
Ja agora, e so para confirmar a minha reputação de visionario ou de maluquinho deste topico, eis o que eu apreciaria que um governo fizesse :

- Os Eua so continuariam nas Lajes dentro de um acordo que nos trouxesse beneficios : pagamento de um aluguer e apoio às pretenções portuguesas em relação ao aumento da ZEE.
- Priviligiar o investimento no mar e nas industrias com ele relacionados.
- Saida do euro... e se nos chateassem muito : saida da UE, adotando o mesmo estatuto que a Suiça ou a Suécia.
- Suspenção do pagamento da divida (moratoria de uns quantos anos, os especialistas que decidam) e renegociação da mesma : pagamento dos mesmos juros do que os paises "ricos".
- Orientação da politica externa priviligiando as relações com a Lusofonia, os paises hispanicos e sobretudo com os paises com um elevado indice de crescimento economico : Brasil, Russia, India etc... pois a europa esta ou falida ou em vias de falência.
- remilitarização de Portugal. Todos os paises prosperos são tambem paises com FA's fortes ; mesmo os mais pequenos : Suiça, Israel, Singapura...
- Adoção de uma politica de defesa do nosso espaço maritimo : sistemas de radar e de vigilancia nos arquipelagos, sistemas de defesa  dissuasivos, capacidade de resposta ofensiva em caso de ameaça.

Era isto que eu queria para um Pais que não se limita ao seu retangulo europeu, mas que se soube projetar no mundo.


-
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 22, 2012, 06:24:11 pm
Scrupulum, precisamente - mas mesmo! - o que penso.
E não há volta a dar-lhe: estou certo que é essa a nossa única alternativa (refiro-me a todo o processo sequêncial de opções políticas que elencou).
Chega de mediocridade e de subserviência que estou absolutamente convencido ser artificial e cultivada - por outros, claro.

Eu voto nessa opção!
E em nenhuma outra.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 22, 2012, 07:06:35 pm
Citação de: "scrupulum"
Ja agora, e so para confirmar a minha reputação de visionario ou de maluquinho deste topico, eis o que eu apreciaria que um governo fizesse :

- Os Eua so continuariam nas Lajes dentro de um acordo que nos trouxesse beneficios : pagamento de um aluguer e apoio às pretenções portuguesas em relação ao aumento da ZEE.
- Priviligiar o investimento no mar e nas industrias com ele relacionados.
- Saida do euro... e se nos chateassem muito : saida da UE, adotando o mesmo estatuto que a Suiça ou a Suécia.
- Suspenção do pagamento da divida (moratoria de uns quantos anos, os especialistas que decidam) e renegociação da mesma : pagamento dos mesmos juros do que os paises "ricos".
- Orientação da politica externa priviligiando as relações com a Lusofonia, os paises hispanicos e sobretudo com os paises com um elevado indice de crescimento economico : Brasil, Russia, India etc... pois a europa esta ou falida ou em vias de falência.
- remilitarização de Portugal. Todos os paises prosperos são tambem paises com FA's fortes ; mesmo os mais pequenos : Suiça, Israel, Singapura...
- Adoção de uma politica de defesa do nosso espaço maritimo : sistemas de radar e de vigilancia nos arquipelagos, sistemas de defesa  dissuasivos, capacidade de resposta ofensiva em caso de ameaça.

Era isto que eu queria para um Pais que não se limita ao seu retangulo europeu, mas que se soube projetar no mundo.


-

Isso seria o ideal talvez, mas eu não tinha coragem de ir tão longe.

Talvez dessas propostas não apostaria na saida da união europeia. Ficar no euro é algo que não sei bem o que seria melhor.

Todas as outras apoio, mas para mim a principal é mesmo re-industrializar o país sendo a industria do armamento um sector essencial nesse aspecto.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2012, 12:55:23 am
Eu imitei-me a referir factos históricos e a realidade.

A questão do tópico é: «EUA fora das Lajes ?».
É uma pergunta !

A essa pergunta, eu respondo que NÃO.
Nós não temo nada a ganhar com os EUA fora das Lajes, porque essa ligação com os americanos nos é favorável.

A base das Lajes é uma instalação militar. Uma base aérea que tem como funções:
1 - Servir como ponto de passagem para o reabastecimento de aeronaves de transporte.
2 - Servir de base para aeronaves-tanque, que permitam o reabastecimento em voo de caças e de aeronaves mais pequenas.

As considerações relacionadas com a ZEE são neste aspecto secundárias.
Elas só são importantes quando consideramos que precisamos dos americanos, se quisermos ter algum apoio que valha alguma coisa, caso precisemos de fazer valer algum direito face aos países europeus, que mercê de acordos internacionais já têm o direito de decidir o que fazer com o peixe dessas águas, mas por enquanto ainda não podem decidir o que fazer com as riquezas do fundo.

Não entendo qual é a dúvida.
Desde a II guerra mundial, a unica vez que a soberania portuguesa foi questionada pelos americanos, foi durante o verão quente. Nessa altura terá havido quem considerou a hipótese da independência e os americanos (não ao nível oficial) consideraram que para as ilhas se auto-sustentarem, precisavam de se transformar numa zona de jogo.
Em 1975 os Açores eram imensamente mais pobres que hoje.

A presença americana nas ilhas não é importante por causa do dinheiro, é importante por causa da relação estabelecida com os americanos.
A base americana não coloca a nossa independência ou a nossa soberania em causa. Em causa está a nossa independência e soberania, depois de 2010 quando os republicanos laicos socialistas levaram o país à falência e à declaração de BANCARROTA, aceitando a intervenção económica estrangeira.

É aí que perdemos a independência e a nossa dignidade como estado soberano.
Nunca a perdemos por autorizarmos os americanos a utilizar a base aérea nr. 4 da força aérea portuguesa.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 23, 2012, 09:54:02 am
Citação de: "Luso"
Interessante a estratégia casapiana: enquanto me estiverem a ir ao pacote estou safo!

Efectivamente há muito Talleyrand caseiro que defenda isso...


Tu és um poeta Meu Caro. Falaste pouco mas disseste TUDO!
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2012, 11:11:21 am
Que interessante, a cedência de uma base aérea num acordo de cooperação militar é «estratégia casapiana», mas a prostituição de um país inteiro, às regras dos bancos internacionais, por causa da governação porca da esquerda socialista, essa não conta.

Realmente, estamos perante uma completa subversão de valores.
Os americanos, que consideram a possibilidade de reduzir ao mínimo a sua presença nos açores são uns malvados, a UE, e alguns líderes da UE, impõem um governo a Portugal, esses não são um problema.

Realmente, aí também tenho que reconhecer, pelo menos a Troika entregou dinheiro para que possamos pagar o santo salário dos funcionários públicos, já que esses (aqui del rei) são pessoas de raça superior e ao contrário do resto dos portugueses, não podem ficar desempregados.

Acho que devemos reconhecer a voz do dono e vamos atrás do cheiro dos Euros...
Afinal mesmo os deputados do PCP e do Berloque, protestam contra a Troika, mas metem ao bolso todos os meses 740 contos de salário, pago pelo FMI, pelo BCE e pela Comissão.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 23, 2012, 11:32:09 am
Citação de: "papatango"
Que interessante, a cedência de uma base aérea num acordo de cooperação militar é «estratégia casapiana», mas a prostituição de um país inteiro, às regras dos bancos internacionais, por causa da governação porca da esquerda socialista, essa não conta.

Realmente, estamos perante uma completa subversão de valores.
Os americanos, que consideram a possibilidade de reduzir ao mínimo a sua presença nos açores são uns malvados, a UE, e alguns líderes da UE, impõem um governo a Portugal, esses não são um problema.

Realmente, aí também tenho que reconhecer, pelo menos a Troika entregou dinheiro para que possamos pagar o santo salário dos funcionários públicos, já que esses (aqui del rei) são pessoas de raça superior e ao contrário do resto dos portugueses, não podem ficar desempregados.

Acho que devemos reconhecer a voz do dono e vamos atrás do cheiro dos Euros...
Afinal mesmo os deputados do PCP e do Berloque, protestam contra a Troika, mas metem ao bolso todos os meses 740 contos de salário, pago pelo FMI, pelo BCE e pela Comissão.

Claro que foi só o PS, o PSD governou sempre muito bem, e defendeu sempre o melhor que pôde os interesses dos país   :roll:




BPN's, submarinos, SLN's, e outras corrupções que tais não interessam nada...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2012, 11:23:10 pm
A verdade é que Portugal declarou que estava em BANCARROTA com um governo dos socialistas e não com um governo do PSD.
A verdade é que a dívida externa se tornou incontrolável com o governo do seboso do Marais.
A verdade é que o seboso aumentou a nossa dívida externa como ABSOLUTAMENTE NINGUÉM ALGUMA VEZ FEZ.

É porco, nojento e repugnante, que ainda haja quem defenda essa corja de facinoras do Largo do Rato e tente encobrir ou desculpar o maior crime cometido contra Portugal desde a traição do Conselho do Reino em 1580.

É no Largo do Rato, que está o tumor canceroso que está a comer este país por dentro.
O tumor tem metastases, e por isso todo o país está canceroso.
Desde a metástase que foi para o Banco Central Europeu, à metastase do Marais, passando pelas metastasesinhas que ainda estão no parlamento.

Não está em causa a governação de quem veio depois da bancarrota.
O Salazar não foi um bom governante, MAS NÃO FOI ELE QUE LEVOU O PAÍS À RUINA, foi a república porca suja e pedófila de canalhas como Afonso Costa.

É tipico do português comer que nem um camelo, apanhar uma indigestão e depois queixar-se do médico que o trata, porque a cura doí mais que a doença.

What else is new ...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 24, 2012, 11:37:03 am
olhem aí os nossos amigos , aliados e "protectores"....


EUA querem eliminar 300 postos de trabalho na Base das Lajes


24 Nov, 2012, 09:04
Trezentos trabalhadores civis da Base das Lajes estão em risco de perder o emprego. Os Estados Unidos querem reduzir a presença nos Açores. E Portugal já foi oficialmente informado. O Governo americano alega uma revisão estratégica da Defesa e também razões económicas para esta decisão. As autoridades americanas prevêem uma poupança de quase 400 mil milhões de euros. No total, trabalham na Base 800 trabalhadores civis portugueses.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=606148&tm=8&layout=122&visual=61)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 24, 2012, 11:46:15 am
Citação de: "Edu"

Claro que foi só o PS, o PSD governou sempre muito bem, e defendeu sempre o melhor que pôde os interesses dos país   :roll:
 

o PSD é o partido dos santos angelicais Dias Loureiro, Duarte Lima, Isaltino Morais , DR. Miguel Relvas e outros apóstolos, como o Sr. Dr. Cavaco Silva, um dos maiores coveiros de Portugal nos idos da segunda metade dos anos 80, quando a seu mando se deitava fogo á frota de pesca, só para dar um exemplo.

Quando os ladrões são do partido de que não somos "aficionados", são uns ladrões.
Quando os ladrões são do "nosso" partido , são uns herois, e calamo-nos muito bem caladinhos.
Chama-se a isso "coerência", e "memória selectiva".
Estão bem uns para os outros, as duas faces da mesma moeda.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 24, 2012, 12:14:57 pm
Citação de: "P44"
olhem aí os nossos amigos , aliados e "protectores"....


EUA querem eliminar 300 postos de trabalho na Base das Lajes


24 Nov, 2012, 09:04
Trezentos trabalhadores civis da Base das Lajes estão em risco de perder o emprego. Os Estados Unidos querem reduzir a presença nos Açores. E Portugal já foi oficialmente informado. O Governo americano alega uma revisão estratégica da Defesa e também razões económicas para esta decisão. As autoridades americanas prevêem uma poupança de quase 400 mil milhões de euros. No total, trabalham na Base 800 trabalhadores civis portugueses.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=606148&tm=8&layout=122&visual=61)

Bom vento !
Esperemos que os EUA respeitem a legislação laboral portuguesa (tem havido muitas queixas dos trabalhadorers e dos sindicatos) e que paguem as indemnizações previstas pela nossa lei ao pessoal que despedirem.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 24, 2012, 12:49:31 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "Edu"

Claro que foi só o PS, o PSD governou sempre muito bem, e defendeu sempre o melhor que pôde os interesses dos país   :roll:
 

o PSD é o partido dos santos angelicais Dias Loureiro, Duarte Lima, Isaltino Morais , DR. Miguel Relvas e outros apóstolos, como o Sr. Dr. Cavaco Silva, um dos maiores coveiros de Portugal nos idos da segunda metade dos anos 80, quando a seu mando se deitava fogo á frota de pesca, só para dar um exemplo.

Quando os ladrões são do partido de que não somos "aficionados", são uns ladrões.
Quando os ladrões são do "nosso" partido , são uns herois, e calamo-nos muito bem caladinhos.
Chama-se a isso "coerência", e "memória selectiva".
Estão bem uns para os outros, as duas faces da mesma moeda.

Caro P44 eu estava a ser irónico. Culpo tanto o PS como o PSD, para mim são ambos escumalha. Para alguns elementos aqui do forum é que parece que só se lembram do que o PS. Não quero de alguma forma defender o PS mas é preciso não esquecer que o PSD é a mesma porcaria.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 24, 2012, 02:42:09 pm
Parece que a palavra BANCARROTA não tem nenhum significado.
Parece que ninguém entende o que significa e parece que ninguém sabe olhar para um calendário para perceber quando Portugal entrou em BANCARROTA e quem era o ministro das finanças.

Tanto o PS como o PSD têm corruptos no seu seio. Sobre isso ninguém tem dúvidas, mas o que vemos hoje é a tentativa de desculpabilizar o PS.

DIZER QUE SOCRATES NÃO TEVE CULPA NENHUMA DA PORCARIA DO ESTERCO EM QUE ESTAMOS ENFIADOS ATÉ AO PESCOÇO.

Sócrates e o Partido do Tumor Canceroso são responsáveis pela BANCARROTA, porque a BANCARROTA é resultado da politica de fuga para a frente disfarçada de Keynesianismo, que foi imagem de marca do refugiado do Marais.


Quanto à base das Lajes, espero que o glorioso partido da classe operária encontre alternativas.
Talvez tragam para os Açores um base chinesa, quem sabe...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Camara em Novembro 24, 2012, 04:00:49 pm
Estou muito mais preocupado com a União Europeia do que com os Estados Unidos.

Os EUA só se preocupam connosco enquanto estivermos do lado deles. Se os antagonizarmos eles simplesmente viram-nos as costas e pronto, eles não querem vir para "cá" fazer nada, a não ser explorar economicamente (como toda a gente).
Ao estarmos do lado deles ao menos temos uma mínima consideração da parte deles, e num país quase totalmente marítimo como o nosso temos de ter a protecção/aliança/amizade da maior potência naval do mundo, ainda para mais vizinha. Não nos podemos dar ao luxo de os renegar, temos de ser humildes para reconhecer que precisamos deles.

Por muito maus que eles sejam, quais seriam as alternativas? Brasil, China??? Credo mil vezes obedecer aos USA, nunca se sabe o que a China nos exigiria. Os EUA ao menos são uma democracia e têm de ter em atenção isso na sua política interna.
O Brasil é uma aliança interessante mas não se enganem a pensar que eles querem o nosso bem. Eles querem o bem deles, e também nos obrigariam a baixar as calças quando lhes interessar. Isso é normal e nós faríamos o mesmo. Mas por enquanto o Brasil não tem o poder para nos proteger.

Temos de ser humildes para reconhecer quem somos e inteligentes a escolher os amigos certos. Ao longo da nossa história quase nunca perdemos uma guerra porque escolhemos sempre os amigos certos e porque demos o braço a torcer no tempo certo para evitar males maiores.

Por causa do nosso potencial marítimo podemos vir a ser uma potência regional no Atlântico ou quem sabe mais, depende de imensa coisa e é futurologia tentar saber isso. Até lá não podemos dar passos maior do que a perna ou arriscamos a perder esse futuro também.

A União Europeia se continuar para a federação pelo contrário é um perigo muito maior na minha opinião. Porque nos ameaçam do interior (politicamente) e porque basicamente dissolviam a nossa soberania a todos os níveis, de mansinho, e lentamente podem "subornar" toda a população ao reclamarem para si (com verdade ou não) melhoria das condições de vida e assim. E uma sociedade feliz é mais facilmente influenciável. Claro que melhores condições de vida é bom, mas é fácil para quem quiser nessa altura dissolver as nacionalidades e pronto, adeus Portugal.
Os Estados Unidos são muito mais isolacionistas nisto e credo eles nem querem imaginar a nossa anexação. No máximo eles fazem-nos um fantoche, e um fantoche pode sempre mais tarde ganhar vida própria, ao passo que uma região anacional da União Europeia nem sequer pensaria porquê sair do domínio da gloriosa capital Bruxelas.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 24, 2012, 04:06:30 pm
Autarca da Praia da Vitória
Governo “distraído” nas negociações sobre Base das Lajes


O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Roberto Monteiro acusou este sábado o Governo da República de se ter "distraído" nas negociações com os EUA sobre a Base das Lajes.

 

 

"O Governo português distraiu-se de forma clara neste processo", disse Roberto Monteiro, em declarações à Lusa, acrescentando que a administração norte-americana não respeitou a suspensão, até às eleições nos EUA, do processo de redução do seu efectivo militar na Base das Lajes, na ilha Terceira, Açores.

De acordo com o jornal Expresso, a presença norte-americana na Base das Lajes será reduzida dos cerca de 800 militares e 600 familiares atuais para 160 elementos, o que colocará em causa cerca de 300 postos de trabalho portugueses directos, num universo actual de 790.

Para Roberto Monteiro, "qualquer que seja a redução do contingente americano, terá um impacto brutal na economia da ilha", tendo em conta que se estima que os Estados Unidos deixem todos os anos entre 60 a 70 milhões de euros na Terceira, quer através de salários a trabalhadores directos e indirectos ou através do consumo de bens e serviços no mercado local.

O autarca da Praia da Vitória, concelho em que está instalada a Base das Lajes, disse que há uma "preocupação enorme" com a redução do efectivo militar norte-americano, até porque entende que a estratégia dos Estados Unidos passa por "reencaminhar meios do Atlântico para o Pacífico".

Roberto Monteiro criticou, no entanto, a "conduta" do Governo português, por "afastar de todo o processo o Governo Regional dos Açores e as entidades locais", não ouvindo quem "está próximo".

"A preocupação do Governo da República foi sempre de natureza militar, nunca teve em consideração o impacto socioeconómico na ilha Terceira", acusou.

O autarca considerou que o Governo português "entra nesta fase final das negociações em desvantagem", por ter "o trabalho de casa mal feito".

Para Roberto Monteiro, Portugal perdeu terreno ao acreditar que o processo estava suspenso até às eleições nos Estados Unidos, período em que o autarca soube, informalmente, que decorreram "reuniões internas de altas patentes" na Base das Lajes, para dar continuidade ao processo de redução da presença militar norte-americana.

O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória salientou que existem "sinais concretos" que comprovam que a administração norte-americana não esperou pelas negociações com Portugal, referindo que tem existido um desvio de voos da Base das Lajes e que os militares que abandonam o local não estão a ser substituídos.

Contactado pela Lusa, o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, não quis comentar a possibilidade de serem despedidos 300 trabalhadores portugueses, remetendo qualquer reacção para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... -das-lajes (http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/governo-distraido-nas-negociacoes-sobre-base-das-lajes)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 24, 2012, 04:09:21 pm
Citação de: "Edu"
Citação de: "P44"
Citação de: "Edu"

Claro que foi só o PS, o PSD governou sempre muito bem, e defendeu sempre o melhor que pôde os interesses dos país   ;) estou 100% de acordo com o que tinha escrito.

É "engraçado " é ver aqueles que de uns dizem cobras e lagartos, mas dos outros não dizem nada.

Se fosse o PS a aplicar as medidas actuais, era vê-los a rasgar as vestes.

E para mim PS e PSD é tudo farinha do mm saco.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Novembro 24, 2012, 08:34:34 pm
Não era preciso ser especialmente inteligente para adivinhar o que aí vinha.


Confirma-se que o que os americanos querem é congelar a base, para a utilizar apenas em casos específicos e em caso de grande crise.
A base não tem utilidade quando os aviões podem viajar com menos carga e mais combustível.

É claro que a única coisa que podemos fazer sem hostilizar os americanos, é dizer que a base poderá não ter capacidade para fazer o que os americanos querem num curto espaço de tempo.
Mas os americanos não são estúpidos e estão em altura de cortes.

O que vão ficar desempregados devem ficar mesmo orgulhosos, do anti-americanismo patriotico demonstrado por alguns...  :roll:

Foi-se mais uma «mama», que ainda rendia alguma coisa especialmente para a força aérea...

Venham as bases russas e chinesas ...
oops...
esqueci-me
Os chineses trazem até o arrumador e a empregada de limpeza...
Não criam empregos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 24, 2012, 09:54:53 pm
Papatango disse :
O que vão ficar desempregados devem ficar mesmo orgulhosos, do anti-americanismo patriotico demonstrado por alguns...  
"Os chineses trazem até o arrumador e a empregada de limpeza..."

São os empregos que os portugueses têm nas Lajes : os fieis servos indigenas que zelam pelos pequenos confortos dos Senhores quando estes partem ou regressam das suas cansativas missoes guerreiras.

O problema do desemprego afeta centenas de milhar de portugueses. O problema esta nos governos que temos tido. A solução esta entre as mãos de todos os eleitores. Haja uma lista de cidadãos honestos e descomprometidos com a partidocracia que se apresente às proximas eleições e os portugueses saberão reconhecê-los. Inch allah
Se assim não fôr...que nos danemos todos. A lei da natureza não tem contemplações com os mais fracos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 24, 2012, 10:37:48 pm
Ao menos já não nos ficam com a ZEE...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Miguel em Novembro 25, 2012, 12:00:14 am
Soluçao=

Transferir Esquadra 601 para a BA4. :G-beer2:

Destacamento com 2 C295 e 2 EH101
E porque nao com 2/4 F16 para uma policia muculada na ZEE.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 25, 2012, 12:57:41 am
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/11/24/mne-avisa-que-corte-de-efetivos-dos-eua-nos-acores-vai-alterar-acordo-com-washington

Citar
Paulo Portas avisa que a redução de efetivos dos Estados Unidos na Base das Lages vai ter consequências no acordo militar entre Lisboa e Washington. O Ministro dos Negócios Estrangeiros promete uma posição oficial do Governo português para breve e garante que vão ser feitos todos os esforços para minorar o impacto da decisão norte-americana na economia açoriana. Paulo Portas lembra que os Estados Unidos vão também reduzir a presença militar noutros países da Europa.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Edu em Novembro 25, 2012, 01:10:32 am
Citação de: "papatango"
Parece que a palavra BANCARROTA não tem nenhum significado.
Parece que ninguém entende o que significa e parece que ninguém sabe olhar para um calendário para perceber quando Portugal entrou em BANCARROTA e quem era o ministro das finanças.

Tanto o PS como o PSD têm corruptos no seu seio. Sobre isso ninguém tem dúvidas, mas o que vemos hoje é a tentativa de desculpabilizar o PS.

DIZER QUE SOCRATES NÃO TEVE CULPA NENHUMA DA PORCARIA DO ESTERCO EM QUE ESTAMOS ENFIADOS ATÉ AO PESCOÇO.

Sócrates e o Partido do Tumor Canceroso são responsáveis pela BANCARROTA, porque a BANCARROTA é resultado da politica de fuga para a frente disfarçada de Keynesianismo, que foi imagem de marca do refugiado do Marais.


Quanto à base das Lajes, espero que o glorioso partido da classe operária encontre alternativas.
Talvez tragam para os Açores um base chinesa, quem sabe...

Penso que aqui ninguém tentou desculpabilizar o PS. Eu pelo menos não o fiz nem sequer tentei.

Eu não tenho problema nenhum em concordar consigo é responsável por muito do mal em que Portugal está, e que andou metido em esquemas no minimo muito duvidosos. E é obvio para toda a gente que a ida dele para frança foi uma fuga a possiveis consequências da sua governação.

Agora é assim o Paços Coelho tão diferente? Acha que esta politica de austeridade pura vai resolver o problema? Ou será que vai asfixiar o país?
O próprio FMI já veio dizer que afinal a auteridade talvez não seja muito boa ideia. E aquela fraude do Relvas, o que é aquilo? Um aldrabão e oportunista ao nivel do Sócrates.

Mas para mim Socrates e Paços não são nem de longe o pior que passou pelo governo. Para mim os verdadeiros destruidores da pátria são dois, um do PS e outro do PSD. São eles Mario Soares e Cavaco Silva. São esses os que mais roubaram e politicas mais destrutivas implementaram em Portugal. Mas já sei que certamente virá dizer que o Cavaco é um santo e o BPN foi uma teoria da conspiração.

Relativamente às Lages até era bom que os americanos ficassem lá, mas que pagassem como pagam a outros países para lá terem bases.

Agora com a ida embora deles certamente dos primeiros tempos será muito complicado para a ilha. Mas talves a meio prazo se consiga encontrar uma alternativa razoavel.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 25, 2012, 01:23:34 am
Citação de: "Miguel"
Soluçao=

Transferir Esquadra 601 para a BA4. :G-beer2:

Destacamento com 2 C295 e 2 EH101
E porque nao com 2/4 F16 para uma policia muculada na ZEE.

Eu acho importante lá é os Patrulhas da Marinha.

Em relação aos P-3 não tenho opinião formada, eles em qualquer sitio que estejam (Montijo, Beja, Açores), tem autonomia para operar em qualquer parte da nossa ZEE, mas por exemplo se estiverem nos Açores já ficam mais longe do Mediterraneo que é uma das áreas onde eles tem actuado actualmente na operação da NATO, directamente da Base de Beja, mas isso tudo se resolve, se quizerem mesmo eles vão dos Açores até Beja, reabastecem e descolam para a missão, resolvido.

PS: Lembrei-me agora, maior que a ZEE até é a FIR de Santa Maria, isto é, a zona de busca e salvamento que Portugal tem responsabilidade de resgatar quem estiver em perigo, e os P-3 tem que lá chegar.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.lobos601.net%2Fimages%2Ffir.jpg&hash=3e8021a92847f557e9f83d5cb8c54d2d)

Em relação aos F-16 tem que ser no minimo 3/4 (2 operacionais e 1/2 reserva), dá para apoiar as operações da Marinha, fazer algum patrulhamento aereo, mas acho que os Açores não tem problema na soberania do espaço aereo, está longe de tudo e de todos, mas como principio de mostrar a nossa soberania, aceito. Mas o que falta nos Açores para se poder utilizar os F-16 no máximo das suas potencialidades, falta a construção de um radar de defesa aerea, o da Madeira já está construido, falta por aquilo operacional 100% e avançar para o dos Açores.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 25, 2012, 01:25:37 am
Citação de: "Edu"
Agora com a ida embora deles certamente dos primeiros tempos será muito complicado para a ilha. Mas talves a meio prazo se consiga encontrar uma alternativa razoavel.

Talvez emigrem, como o outro ministro disse para se fazer :mrgreen: .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Malagueta em Novembro 27, 2012, 10:05:02 am
China pode estar interessada na base das Lajes, defende investigador


Investigador da Lusófona defende, tal como outro investigador americano, que os EUA vão perder base estratégica para a China.
.
Investigação. Após parcerias económicas com o espaço lusófono, China quer as Lajes.

A China está muito atenta a qualquer desinvestimento dos americanos na base das Lajes, porque já percebeu o potencial do espaço lusófono. Esta é a convicção de José Filipe Pinto, investigador e professor catedrático da Universidade Lusófona. "Da investigação que fiz, concluí que essa é uma intenção a médio prazo da China e que surge após uma relação que parecia ser cultural e ultimamente económica com o espaço lusófono - sobretudo no que refere a Macau", adiantou ontem ao i. Confrontada com esta possibilidade, a embaixada chinesa disse desconhecer essa pretensão, preferindo não comentar qualquer informação. Fonte da embaixada remeteu para o governo português qualquer esclarecimento sobre a matéria: "Não conhecemos essa teoria, portanto para nós é infundada. Esse assunto diz respeito a Portugal e aos Estados Unidos e preferimos não comentar."

Ainda assim, José Filipe Pinto não tem dúvidas: a "luso-esfera" é actualmente um "enorme campo de investimento para o chineses" e por isso existirão "apostas geoestratégicas a médio prazo, onde se insere a base das Lajes".

Esta tese é defendida no livro "Lisboa, os Açores e os Estados Unidos" - lançado há poucos dias. O investigador defende ainda que Portugal deve pedir mais contrapartidas pela presença americana nos Açores.

Este suposto interesse chinês é também defendido por um investigador americano, Gordon G. Chang, que considera estratégica a recente escala do primeiro-ministro da China na ilha Terceira. No artigo "Bandeira Vermelha sobre o Atlântico, os chineses estão interessados em instalar-se na base das Lajes", Chang - colunista de jornais como o The New York Times" e "The Wall Street Journal" - aconselha ainda Barack Obama a transferir para as Lajes um comando militar actualmente sedeado na Alemanha para não perder o acesso à Europa e ao mar Mediterrâneo.

NEGOCIAÇÕES ENTRE PORTUGAL E EUA
Os governos de Portugal e dos Estados Unidos estão a negociar medidas de minimização do impacto da retirada da força aérea norte-americana da Base das Lajes, confirmou ontem fonte oficial do Pentágono. A forte redução da presença militar norte-americana na base das Lajes, comunicada pelo Departamento de Defesa norte-americano ao governo português na semana passada, é "praticamente definitiva", mas ainda há "sérias discussões sobre o processo" que estão em curso, disse à Lusa o major Robert Firman.

Segundo Firman, nos próximos dias o governo português deverá fazer um anúncio formal do resultado do processo negocial com as autoridades americanas, que foi lançado no início deste ano durante uma visita do ministro da Defesa, Aguiar Branco, a Washington. Sábado passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou que Portugal vai tomar uma posição sobre esta redução da presença norte-americana, que terá um forte impacto na economia dos Açores, já que representa 10% a 15% do PIB da região e os cortes podem tirar 30 a 40 milhões à economia açoriana.

UMA BASE, 800 TRABALHADORES E 70 MILHÕES DE EUROS TRABALHADORES
Actualmente a base das Lajes dá emprego directo a mais de 800 portugueses e a muitos outros de forma indirecta. A alteração agora conhecida irá trazer alguns problemas à região. Já no sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmara que a alteração "terá obviamente consequências".

INVESTIMENTO Os Estados Unidos gastam com a base instalada na Terceira cerca de 70 milhões de euros por ano. E o efeito económico na ilha representa metade desse valor. A medida agora anunciada insere-se na revisão da presença norte-americana no estrangeiro, devido aos cortes previstos no orçamento do Departamento da Defesa.

RELAÇÕES COM EUA
Numa nota enviada ontem à imprensa portuguesa, a embaixada norte-americana referia que a decisão de reduzir as forças norte-americanas nas Lajes não reduz a importância da relação bilateral entre os Estados Unidos e Portugal, adiantando ainda que tal facto não afecta a importância estratégica da base. A nota termina remetendo quaisquer esclarecimentos adicionais para o governo português.

2012-11-27 09:48
Carlos Diogo Santos, i .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 27, 2012, 02:19:00 pm
Essa historia da China estar interessada nas Lajes é so para fazer render o peixe, tentanto talvez criar uma situação de concorrencia.
Uma presença militar da China nos Açores é muito mais indesejavel que uma presença norte-americana. Se os EUA se retirarem dos Açores (o que duvido), a unica presença militar devera sêr a portuguesa ou, porque não Lusofona ( A CPLP prevê uma componente militar que ainda não existe).

Existem ainda outras soluções : porque não criar nas Lajes um Polo oceanografico ? Mantinha-se claro esta a vertente militar e acrescentavam-se vertentes técnicas e cientificas relacionadas com os oceanos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Miguel em Novembro 27, 2012, 06:29:38 pm
A BA4 é o maior porta avioes do oceano.

Devia-se aumentar a presença da FAP.

Aumentar a capacidade de apoio logistico para a Armada, em apoio dos submarinos. :twisted:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 27, 2012, 06:49:27 pm
Citar
Existem ainda outras soluções : porque não criar nas Lajes um Polo oceanografico ? Mantinha-se claro esta a vertente militar e acrescentavam-se vertentes técnicas e cientificas relacionadas com os oceanos.

Esses polos podem existir independentemente de haver ou não Americanos na Base das Lajes, há mais ilhas nos Açores, por exemplo na ilha de Santa Maria existe uma estação de seguimento de satélites da ESA, e se forem pesquisar de certeza que noutras ilhas existem outras infra-estruturas científicas, de investigação do oceano, umas ligadas à Universidade dos Açores, etc, etc, e a propria ilha Terceira tem mais espaço onde se pode construir essas instalações, só entendo isso acontecer se com a diminuição do efectivo Americano, eles já não precisem de todos os edificios, e aproveita-se os desocupados para outras funções, assim é possivel, mas não é fácill... Se calhar mais depressa chega lá um buldozer e manda tudo abaixo (aquilo também parece tudo casitas pré-fabricadas, as tipicas Americanas) do que constroem lá essas coisas, sabe-me dizer em quantas bases militares é que há instalações científicas civis? Deve ser para ai ZERO.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 27, 2012, 08:42:07 pm
Eu dei uma ideia que serviria tambem para criar postos de trabalho nos Açores, para além do interesse real que existe em desenvolver tudo o que esta relacionado com a economia, o estudo e a exploraçao  do mar.
Ja que falou tambem da estaçao de seguimento de satélites, eu aproveito para dizer que Portugal deveria desenvolver e possuir um sistema de comunicaçoes por satelite proprio. A ESA teria mais um satélite para seguir  :lol:  
Não se percebe muito bem porque razão os sucessivos governos portugueses ainda não tomaram iniciativas no sentido de criar um canal de televisão lusofono, visivel a nivel mundial. As linguas inglesa e arabe têm os seus canais de informaçao globais, Portugal não tem...apesar da nossa lingua ser o sexto ou setimo idioma mais falado no mundo , apesar dos paises lusofonos, apesar das disporas portuguesas espalhadas por todo o planeta. Os Açores parecem-me ser uma base ideal para acolher estas iniciativas.
Estas coisas so sao possiveis depois de o regime de Vichy ser corrido de Portugal.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 27, 2012, 08:45:45 pm
Citação de: "Miguel"
A BA4 é o maior porta avioes do oceano.

Devia-se aumentar a presença da FAP.

Aumentar a capacidade de apoio logistico para a Armada, em apoio dos submarinos. :twisted:

Tambem não é ma ideia.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 27, 2012, 10:43:41 pm
Citação de: "scrupulum"
Eu dei uma ideia que serviria tambem para criar postos de trabalho nos Açores, para além do interesse real que existe em desenvolver tudo o que esta relacionado com a economia, o estudo e a exploraçao  do mar.

Nada contra.

Citar
Não se percebe muito bem porque razão os sucessivos governos portugueses ainda não tomaram iniciativas no sentido de criar um canal de televisão lusofono, visivel a nivel mundial. As linguas inglesa e arabe têm os seus canais de informaçao globais, Portugal não tem...apesar da nossa lingua ser o sexto ou setimo idioma mais falado no mundo

Então não tem? RTP Internacional... RTP África... Agora os programas que lá dão é que é outra história.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 29, 2012, 02:01:48 pm
Citação de: "scrupulum"
Não se percebe muito bem porque razão os sucessivos governos portugueses ainda não tomaram iniciativas no sentido de criar um canal de televisão lusofono, visivel a nivel mundial. As linguas inglesa e arabe têm os seus canais de informaçao globais, Portugal não tem...apesar da nossa lingua ser o sexto ou setimo idioma mais falado no mundo , apesar dos paises lusofonos, apesar das disporas portuguesas espalhadas por todo o planeta. Os Açores parecem-me ser uma base ideal para acolher estas iniciativas.

Gosto. E curiosamente a Monocle avançou com essa proposta recentemente. Mas ia dar molho de primeira quando os nossos concidadãos começassem a ver que "Língua Portuguesa" é hoje apenas a forma erudita de dizer "Brasileiro".
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 29, 2012, 06:47:54 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "scrupulum"
Eu dei uma ideia que serviria tambem para criar postos de trabalho nos Açores, para além do interesse real que existe em desenvolver tudo o que esta relacionado com a economia, o estudo e a exploraçao  do mar.

Nada contra.

Citar
Não se percebe muito bem porque razão os sucessivos governos portugueses ainda não tomaram iniciativas no sentido de criar um canal de televisão lusofono, visivel a nivel mundial. As linguas inglesa e arabe têm os seus canais de informaçao globais, Portugal não tem...apesar da nossa lingua ser o sexto ou setimo idioma mais falado no mundo

Então não tem? RTP Internacional... RTP África... Agora os programas que lá dão é que é outra história.

A RTP internacional ? dificil de encontrar pior. Um canal de bimbos para bimbos  :lol:  :lol:
Eu referia-me, claro esta, a um canal de informações em continuo, do género da AL JAZEERA, FRANCE 24 ou os multiplos canais em lingua inglesa.
O mundo lusofono é vasto e merecia um canal de informações proprio.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 29, 2012, 10:36:59 pm
Citação de: "scrupulum"
A RTP internacional ? dificil de encontrar pior. Um canal de bimbos para bimbos  :lol:  :lol:
Eu referia-me, claro esta, a um canal de informações em continuo, do género da AL JAZEERA, FRANCE 24 ou os multiplos canais em lingua inglesa.
O mundo lusofono é vasto e merecia um canal de informações proprio.

Estou a ver que temos aqui um grande especialista da matéria, porque é que não vai para a RTP? Deve ser muito fácil para uma mente brilhante como você fazer melhor do que os bimbos que lá trabalham, ou só sabe dizer mal?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: scrupulum em Novembro 30, 2012, 07:58:28 am
Vc pelos vistos não vê a RTP internacional.
Tardes inteiras a passar o Baião, os Gouchas e umas bichas mais modernas que nem sequer lhes conheço o nome.
As vezes até têm o descaramento de anular ou de mudar o horario do Telejornal para passar um jogo de futebol qualquer dos ultimos da liga. Podiam anular as telenovelas, mas entre estas e o Jornal televisivo, preferem aquelas.
Não é tudo mau : da parte da manhã a RTP internacional passa as noticias em continuo durante umas 2 horas. Mas depois la vêm novamente os Baiões e outras bichas descongeladas,  durante o resto do dia...


Esta conversa esta fora de topico e paro aqui.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Novembro 30, 2012, 08:52:52 am
Enquanto isso, ficou-se a saber que o Aguia Branco tinha sido informado desta decisão dos americanos...em Fevereiro.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 30, 2012, 07:44:36 pm
Citação de: "scrupulum"
Vc pelos vistos não vê a RTP internacional.
Tardes inteiras a passar o Baião, os Gouchas e umas bichas mais modernas que nem sequer lhes conheço o nome.
As vezes até têm o descaramento de anular ou de mudar o horario do Telejornal para passar um jogo de futebol qualquer dos ultimos da liga. Podiam anular as telenovelas, mas entre estas e o Jornal televisivo, preferem aquelas.
Não é tudo mau : da parte da manhã a RTP internacional passa as noticias em continuo durante umas 2 horas. Mas depois la vêm novamente os Baiões e outras bichas descongeladas,  durante o resto do dia...

Não vejo, mas por um canal não ser como nós achamos bem, não quer dizer que esteja mal, a RTP Internacional se calhar nunca teve a intenção de ser um canal informativo a nivel mundial estilo CNN (nem deve ter orçamento para isso), mas sim um canal temático sobre Portugal para os milhoes de portugueses espalhados pelo mundo, o unico canal da RTP virado para os paises lusofunos e a RTP Africa, possivelmente nesses paises nao ha canais de tv de jeito e a RTP colmatou essa lacuna, no Brasil ha muitos canais de tv, nao precisam da RTP, nem os brasileiros devem ter interesse em ver um canal em portugues de Portugal.

Citar
Esta conversa esta fora de topico e paro aqui.

Bem verdade, por mim tambem fico por aqui em relaçao a este asssunto.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Dezembro 01, 2012, 01:44:35 pm
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O chefe do Estado-Maior da Força Aérea admitiu ontem “surpresa” pela “dimensão da redução” da presença norte americana na base das Lajes, Praia da Vitória, situação que poderá reforçar o aumento do contingente nacional na infraestrutura.
“Foi uma surpresa quando recebemos a dimensão da redução, porque houve uns contactos iniciais e a dimensão para mim, pessoalmente, foi uma surpresa”, afirmou aos jornalistas o general José Pinheiro, que se encontra no Porto Santo para a cerimónia comemorativa do 3.º aniversário do Aeródromo de Manobra n.º 3.
Questionado sobre se a decisão norte-americana poderá implicar a redução do contingente nacional na base aérea n.º 4 – composta por 300 militares e 104 civis -, o responsável negou, contrapondo com a possibilidade de até aumentar.
 “Não vai, certamente, implicar a redução, poderá é ter a consequência oposta que é nós termos de assumir responsabilidades que hoje poderão ser assumidas pelas Forças Armadas americanas”, declarou o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, considerando que, neste momento, é “prematuro” estar a dar “informação adicional”.
“Primeiro temos de saber, exactamente, o que é que os americanos vão retirar, temos de saber exactamente que serviços é que vão deixar de existir e que serviços é que vão continuar a existir para depois nós, aquilo que for critico para manter a operação da Força Aérea nos Açores, se não for fornecido pelos americanos, alguém vai ter que pôr, porque a operação não vai falhar, garantidamente”, referiu.
O general José Pinheiro referiu que “este é um dossiê que está a ser gerido” pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, com “o apoio da Força Aérea”.
 “As autoridades americanas comunicaram a Portugal que têm intenção de reduzir os militares americanos e funcionários civis que trabalham para as Forças Armadas americanas nos Açores, mas ainda não nos deram os detalhes”, adiantou, explicando que apenas foram dadas “indicações genéricas”.
Segundo o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, as autoridades portuguesas estão “a tentar junto das autoridades americanas na unidade avaliar e tentar perceber exactamente o que é que fica e o que é que sai”, para depois ver que “consequências directas” terá para a operação da Força Aérea.
“Uma coisa é certa, a operação da Força Aérea há de continuar em moldes semelhantes àqueles de hoje e, portanto, não vai faltar o apoio à Região Autónoma dos Açores”, garantiu.
Os Estados Unidos informaram Portugal sobre a ratificação de uma proposta da Força Aérea norte-americana que prevê uma forte redução da presença na base das Lajes, Açores, revelou à Lusa a semana passada um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
De acordo com o jornal Expresso, a presença norte-americana na Base das Lajes será reduzida dos cerca de 800 militares e 600 familiares actuais para 160 elementos, o que colocará em causa cerca de 300 postos de trabalho portugueses directos, num universo actual de 790.
Na quarta-feira, a Comissão Parlamentar de Defesa aprovou, por unanimidade, uma proposta da maioria PSD/CDS para a realização de uma audição conjunta com os ministros Aguiar-Branco e Paulo Portas sobre o futuro da base das Lajes.

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=29934 (http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=29934)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Dezembro 05, 2012, 12:17:53 pm
Citação de: "P44"
Enquanto isso, ficou-se a saber que o Aguia Branco tinha sido informado desta decisão dos americanos...em Fevereiro.
:shock:  :mrgreen:  :mrgreen:  :mrgreen:   :G-beer2:  :G-beer2:



Esta questão é um segredo de Polinchinelo. Não há nada que os americanos estejam a fazer que não fosse óbvio, que não fosse esperado e que não fosse previsível.
Os americanos só precisam das bases quando precisarem de uma ponte aérea para o Médio Oriente. Os aviões têm cada vez mais autonomia e podem viajar com mais combustível e menos carga e cumprir assim as suas tarefas sem escalas, ou utilizando outras escalas.

O que nos salva, é que os americanos continuam a ter visão estratégica, e continuam a perceber que Portugal (enquanto for potência administrante dos Açores) é importante, por causa disso, e digo mesmo mais: Exclusivamente por causa disso.

O espanto de quem quer que seja, é por isso necessariamente falso, quando até nós aqui já discutimos a questão várias vezes em diversos tópicos concluindo o mesmo: Mais tarde ou mais cedo, os americanos vão reduzir muito ou drasticamente a presença nos Açores.

Cumprimentos
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Dezembro 05, 2012, 05:52:05 pm
Na Islandia foi pior, tinham um contingente com caças e helicopteros em permanencia e desactivaram completamente a Base, nao ficou la ninguem. Agora e ocupada pelos destacamentos de caça que por la passam.

http://en.wikipedia.org/wiki/Naval_Air_Station_Keflavik (http://en.wikipedia.org/wiki/Naval_Air_Station_Keflavik)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Janeiro 04, 2013, 01:03:31 pm
Artigo do Diário Insular de 04/01/2013

LAJES PODE SER ESTATÉGICA NUMA ALIANCA COM O BRASIL

Depois da hipótese de transformar as Lajes num campo de treino para uma empresa dos EUA ou numa base estratégica para a China, levanta-se agora a possibilidade de apostar numa aliança com o Brasil.

As facilidades aeroportuárias dos Açores, nomeadamente da Base das Lajes, são um dos eixos fundamentais motivadores de uma aliança estratégica entre Portugal e o Brasil. A ideia é defendida por Jorge Nascimento Rodrigues, jornalista, no site administradores.com.br, considerado um dos maiores canais online sobre administração e negócios em língua portuguesa.
O texto do especialista, publicado no passado dia 16 de dezembro, adianta que as Lajes - “designadas nos anos 1940 a 1960 pelos americanos como o porta-aviões de betão no Atlântico Norte” -, o aeroporto da Portela e o porto de Sines (para além de outros como o de Lisboa e o do Funchal para o turismo de cruzeiros) “formam um triângulo estratégico de alto valor, interessante para uma potência atlântica em projeção como é o Brasil”. A localização estratégica não é, de facto, a única razão de interesse para uma aliança atlântica entre o Brasil e Portugal. As relações históricas, assim como a língua unificadora, são outros dois motivos fortes.
Neste sentido, escreve-se, Cabo Verde também poderia fazer parte desta aliança. Trata-se, de acordo com Jorge Nascimento Rodrigues, de uma plataforma arquipelágica cuja importância geopolítica é pouco ressaltada.

ALIANÇAS GASTAS
O artigo do site administradores.com.br descontrói a ideia de que Portugal deva apostar numa união exclusiva com a Europa e com a Alemanha, com os EUA ou com Inglaterra. As opções tradicionais, adianta-se, parecem não funcionar.
Jorge Nascimento Rodrigues, também colaborador do semanário Expresso, sustenta que a aliança com a Inglaterra é uma carta gasta. Por outro lado, diz, colocar as esperanças nos EUA começa a mostrar-se obsoleto com as mudanças geoestratégicas de Washington DC para outras paragens.
Já investir na Alemanha pode até ser perigoso. “A Alemanha é hoje provavelmente o principal fautor atual que poderá catapultar a Europa, e em particular a Europa periférica, para a zona de risco geopolítico mundial. Os próprios meios da intelligence norte-americana o sublinham”, diz.
Desta feita, defende, o arco atlântico deve ser considerado do ponto de vista geopolítico, por oposição “à condição de periferia de miséria e de ponto de cruzamento de posicionamento de grandes potências “exteriores” para que a atual estratégia alemã nos está a empurrar”.
Jorge Nascimento Rodrigues vai ainda mais longe. A continuar neste caminho, agarrado à União Europeia e à liderança alemã, Portugal incorre num processo de desacreditação histórico.
“A continuarmos o austerismo e a subserviência aos desígnios da atual estratégia da chanceler Merkel seremos conduzidos a uma condição de estado pária, um enxovalhamento que jamais tivemos nem mesmo no tempo da união de coroas com os Felipes de Espanha ou por ocasião do Mapa-Cor-de-Rosa”, sublinha.
O especialista escreve, por isso, que Portugal vive um impasse, sendo necessário fazer uma rutura estratégica para escapar à “sina de um Estado pária da União Europeia, situação para que esta crise da dívida soberana e a receita do austerismo derivado da estratégia alemã atual nos está a empurrar”.

POTÊNCIA EMERGENTE
O Brasil mostra-se, por isso, uma opção acertada, nomeadamente por tratar-se de uma potência emergente. Embora considere que a importância do país não merece a devida atenção por parte de Portugal, o autor refere que esta aliança tem de começar a ganhar contornos no campo da segurança atlântica e da logística global.
“O Brasil é olhado em Portugal sobretudo como um destino de investimento ou de emigração (...) ou como interessado em “usar” Portugal como porta de entrada na Europa ou nos outros PALOP.
Mas a importância do atual Brasil– democrático e reconhecido crescentemente como uma potência emergente – é outra para Portugal, é geopolítica”, escreve.
No entanto, o jornalista não crê que Portugal deva ligar-se exclusivamente a esta aliança do Atlântico, com o Brasil e Cabo Verde.
Assim, considera, o país deve apostar numa “geometria variável”.
“Significa esta hipótese de alinhamento abandonar a União Europeia e a NATO e partir numa jangada de pedra pelo Atlântico para além das Canárias? Não. Significa introduzir na União Europeia e na aliança militar um valor acrescentado por via do posicionamento estratégico e do goodwill histórico específico de Portugal. O que não impede de seguirmos sempre uma estratégia em geometria variável no plano global, em que a projeção global da China é naturalmente uma peça fundamental do xadrez, bem como da própria Índia”, frisa.
Neste domínio, Portugal poderá fazer uso das relações históricas, que iniciou por altura dos Descobrimentos.
Portugal, escreve, é o único país do mundo que tocou as novas potências do século XXI - Brasil, China e Índia -, assim como potências regionais, como a África do Sul.

A CAMINHO DA GRÉCIA
Caso Portugal mantenha a mesma linha de atuação geoestratégica, corre o risco de torna-se um “shatterbeltv vulnerável a projeções de poder extra-atlânticas e extra-europeias”.
É o que começa a acontecer com a Grécia, “humilhada” por potências da mesma união. “O risco enorme que corre a Grécia de se tornar uma plataforma de cruzamento de interesses estratégicos da China e da Rússia, para além do recrudescer dos velhos fantasmas dos Balcãs e na fronteira euroasiática (envolvendo a Turquia e Israel), não deve ser “importado” para Portugal”, escreve Jorge Nacimento Rodrigues.


IMPRENSA INTERNACIONAL DÁ CONTA DA IMPORTÂNCIA DAS LAJES
Ideias que vem de fora

Se, por um lado, Washington parece querer desinvestir na localização estratégica das Lajes, por outro, há quem veja no lugar potencial que não se esgota numa base adormecida.
Recorde-se, neste sentido, um artigo publicado na “National Review Online”, assinado por Gordon G. Chang, advogado, escritor e autor da obra “The Coming Collapse of China”, que dava conta de um possível interesse das autoridades chinesas pela Base.
Segundo Chang, aliás, a visita, a 27 de junho, do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, à Terceira, pode não ter sido desprendida de intenções. O especialista dizia acreditar que a Terceira representa agora uma “grande atração” para Pequim. “Se a China controlasse a base, o Atlântico deixaria de ser seguro (...) Aviões chineses poderiam patrulhar as áreas do norte e do centro do Atlântico e, assim, cortar o tráfego aéreo e marítimo entre os Estados Unidos da América e a Europa. Pequim também seria capaz de negar acesso ao mar Mediterrâneo”, argumentava. Para além disso, a China, poderia atingir solo norte-americano, uma vez que “as Lajes ficam a menos de 2300 milhas de Nova Iorque, menos que a distância entre Pearl Harbor e Los Angeles”.
Lembre-se ainda que a Pan Am International Flight Academy estaria interessada em criar um centro de treino para pilotos nas Lajes, ao nível da aviação civil, mas também militar. A notícia foi lançada a 11 de julho pelo diário “Açoriano Oriental”, que dizia ter tido acesso a documentos que dão conta dessa intenção. O jornal escrevia que a Pan Am considera “que a autorização para um futuro centro de treinos de pilotos nas Lajes, com condições para ser montado num curto espaço de tempo ‘facilitaria o sucesso’ do Centro de Formação Aeronáutica dos Açores, recentemente criado em Santa Maria”.
De resto, falou-se ainda, em 2010, na possibilidade de criar um campo de treino de caças norte-americanos na Base das Lajes. DI, aliás, chegou a apresentar as coordenadas da proposta dos EUA sobre essa matéria. Em causa estaria a possível inclusão do espaço aéreo do Corvo.
Em entrevista ao nosso jornal, em abril desse ano, o responsável de negócios da Embaixada dos EUA em Portugal, David Ballard, afirmava que a criação de uma zona de treino para aviões de última geração sobre o Atlântico, tendo como apoio a Base das Lajes, estava dependente de uma decisão política entre Portugal e os Estados Unidos.
“Ainda falta acertar alguns pormenores, é certo. Mas falta uma decisão política”, acrescentava, não avançando mais detalhes. Também a 15 de abril, o Jornal de Notícias (JN) citava fontes do Governo Regional dos Açores para noticiar que os estudos técnicos e ambientais sobre o campo de treinos no Atlântico estavam concluídos e não impediam a concretização deste projeto.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Janeiro 04, 2013, 03:50:59 pm
Outra possibilidade tão estrambólica como a dos chineses nas Lages.

O único país que tem interesse nas Lages, além de Portugal, são os Estados Unidos, que precisam da base quando houver uma crise grave.
Mas a base está lá. O que importa é a manutenção da pista, o bom estado dos pontos de estacionamento, a sinalização e os radares para o controlo aéreo e também eventualmente a capacidade para armazenamento de combustível.

Mas as Lages estão estrategicamente colocadas entre os Estados Unidos e o médio oriente e por isso são importantes naquele contexto. Para os chineses a base encontra-se no fim do mundo. literalmente no fim do mundo.
Nos mapas chineses, a China aparece no meio:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F_kyPhEiYq2tM%2FSMIq4bOAgDI%2FAAAAAAAABQs%2FCnpUQZpdOxM%2Fs400%2Fsdcc%2Bcom%2Bchinese%2Bworld%2Bmap%2Bwithout%2Bmongolia.gif&hash=b86b9f0b195847ac94fb9dfab44bc27d)

As Lages, estão algures numa das bordas do mapa.
Essa é a importância que os chineses dariam a essa base. Algo no fim do mundo, que está entre a margem direita e a margem esquerda do mapa.


Já o Brasil, não tem qualquer intenção ou possibilidade de vir a ter um tipo de posicinamento geoestratégico muito diferente do que tem sido a sua tradição.
O Brasil ficará restrito à América do Sul, onde tentará impor a sua posição de líder.
Para isso tem muito que fazer no Atlântico Sul.
Morreremos todos de velhos, antes de ver isso mudar.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Janeiro 04, 2013, 10:27:42 pm
Note-se agora que um príncipe deve ter o cuidado de não fazer aliança com um que seja mais poderoso, senão quando a necessidade o compelir, como se expôs acima, pois que, vencendo, ficará prisioneiro do aliado; e os príncipes devem evitar o mais que possam a situação de estar à mercê de outrem. Os venezianos aliaram-se à França contra o duque de Milão, e podiam deixar de efetuar tal união; e desse fato resultou a ruína deles. Mas quando não se pode deixar de fazer aliança, como aconteceu com os florentinos quando o papa e a Espanha foram assaltar a Lombardia pelas armas, então o príncipe deve aderir, pelas razões acima. Não pense nunca que nenhum governo pode tomar decisões absolutamente certas; pense antes em ter que tomá-las sempre incertas, pois isto está na ordem das coisas, que nunca deixa, quando se procura evitar algum inconveniente, de incorrer em outro. A prudência está justamente em saber conhecer a natureza dos inconvenientes e adotar o menos prejudicial como sendo bom.

Maquiavel, "O Príncipe".
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Janeiro 15, 2013, 09:53:20 pm
Secretário da Defesa dos EUA empenhado em minimizar efeitos da redução de efetivos nas Lages

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/01 ... -nas-lages (http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/01/15/secretario-da-defesa-dos-eua-empenhado-em-minimizar-efeitos-da-reducao-de-efetivos-nas-lages)

Pelo que percebi do que vi nas noticias isto fica assim, os EUA comprometem-se em:

1 - Adiar a redução de efectivos até Outubro de 2014.
2 - Manter o serviço de emergência 24h à Base/Aeroporto da Terceira.
3 - Empregar 3 Portugueses por cada Americano.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Março 13, 2013, 06:08:35 pm
O Jornal Publico do dia 10 de Março tinha um grande e muito completo artigo sobre a restruturação dos portos que o governo quer fazer em Portugal, um dos mais polémicos é a construção de um terminal de contentores na Trafaria (margem-sul) e a parte em Lisboa ser dedicada aos navios de cruzeiro. Além disso também tinha uma boa parte dedicada aos Açores que passo a escrever o mais importante.

Citar
Açores querem fazer da Terceira a Singapura do Atlântico

O conceito foi apresentado a empresários norte-americanos que estiveram em Portugal para aferir oportunidades de negócio no rescaldo da redução da presença militar nas Lajes. E será um passo de monta na revolução portuária em curso.

Citar
(...)Foi Sandro Paim, presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, quem defendeu no início de Fevereiro a ideia perante o grupo de investidores norte americanos (BENS — Business Executives for National Security) que viajou até Portugal para aferir das oportunidades de negócio nos Açores. Criar, segundo Sandro Paim, um “hub no já existente porto oceânico da Praia da Vitória para receber e enviar mercadorias entre os dois continentes”.(...)

(...)Poucos dias depois, a 16 de Fevereiro, o conceito voltou a ser defendido perante um alto responsável das Forças Armadas norte-americanas. O general William Fraser, que lidera o Comando de Transportes do Departamento de Defesa dos EUA e que estava em trânsito dos EUA para a Europa, aterrou nas Lajes para perceber o negócio e avaliar a viabilidade da solução.(...)

(...)A semana passada foi a vez de Vítor Fraga, secretário regional do Turismo e Transportes, transmitir à Comissária Europeia dos Assuntos Marítimos e das Pescas, Maria Damanaki, a intenção do Governo dos Açores em criar no arquipélago um hub atlântico que potencie a distribuição de carga de e para a Europa.(...)

(...)Para Paim, o objectivo é fazer da Terceira um “centro de um sistema de transportes e distribuição no Atlântico Norte”, através de “um projecto inédito e inovador na forma como explora o sistema de transportes”. O inédito está no facto do projecto pretender aplicar um modelo que tem sido mais utilizado no transporte aéreo — o denominado hub and spoke, em que se cria um sistema de ligações delineado como a roda de uma bicicleta em que o tráfego se desloca dos raios até ao centro. Os Açores transformar-se-iam no entreposto do comércio marítimo entre a Europa e a América do Norte.(...)

(...)Paim acredita mesmo que o conceito pode vir a revelar-se “complementar” aos planos do Governo português para Sines. “Com maior disponibilidade de frequência de ligações e menor tempo de transporte, este modelo vem permitir a dinamização de portos de média dimensão na Europa e na América do Norte, mas também potenciando a conectividade de portos do Atlântico Sul, especialmente no Brasil e na costa Atlântica africana, que passam a poder oferecer serviços de conectividade actualmente só disponibilizados apenas nos grandes portos, como Roterdão, Nova Iorque, ou Santos, no Brasil”(...)

(...)O volume de negócios esperado, na eventualidade de o projecto avançar, seria de 150 milhões de euros.(...)

(...)Um valor que a confirmar-se ultrapassaria o impacto económico anual da presença militar do aliado português na Terceira. Segundo os cálculos dos próprios norte americanos, Paim afi rmou ao PÚBLICO que a base gerou uma riqueza estimada nos 102 milhões de euros em 2010 e 97 milhões de euros em 2011.(...)O equivalente a 10 por cento do PIB da ilha Terceira.(...)

(...)De acordo com os estudos iniciais feitos pela Câmara do Comércio de Angra o investimento no porto da Praia da Vitória teria de ser superior a 300 milhões de euros, com a aquisição de equipamento como gruas, além da expansão da área do porto e a edifi cação de plataformas para contentores.(...)

(...)a percepção após a visita do grupo BENS foi que estes estavam à partida mais orientados para a exploração do parque imobiliário da base. À volta das Lajes os militares norte-americanos construíram ao longo dos anos um conjunto de urbanizações para acomodar às centenas o pessoal destacado. A redução do efectivo levou as autoridades norte-americanas a proporem a cedência desse património a Portugal. Numa fase inicial foi abordada pelo grupo BENS a possibilidade de requalificar esse activo para o turismo sénior, de saúde ou de habitação.(...)

(...)No Ministério da Defesa português ainda se acredita ser possível negociar um “uso complementar da base”. Ou através de um pólo de ciberdefesa ao nível bilateral, ou então um centro de excelência no domínio marítimo, por exemplo, ao nível da busca e salvamento.(...)

Os Centros de Excelência voltam a atacar :mrgreen:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Vicente de Lisboa em Abril 14, 2013, 05:17:45 pm
O bitaitismo ao serviço da pátria... Fénix pá, diz-se tanta bordoada sobre o Mar.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: miguelbud em Abril 17, 2014, 08:41:27 am
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EUA ponderam instalar comando avançado do AFRICOM nas Lajes

Caso votação seja aprovada serão criados 4.300 postos de trabalho na ilha Terceira e o impacto na economia local poderá chegar aos 400 milhões de euros anuais.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vai votar a instalação do comando avançado norte-americano para a África (AFRICOM) na Base das Lajes, na ilha Terceira, Açores.

A proposta legislativa, chamada 'Africa Counter Terrorism Initiative Act', foi avançada pelo congressista republicano Devin Nunes e tem o objetivo de deslocar as forças do AFRICOM da Alemanha para o território continental dos Estados Unidos e transformar as Lajes na sua única base avançada.

Neste momento, a proposta legislativa aguarda no Comité das Forças Armadas da Câmara dos Representantes. Devin Nunes tem agora de reunir com o presidente da instituição, John Boehner, para agendar quando é que a proposta legislativa será discutida.

A proposta de lei tem 40 apoiantes (co-sponsors), sendo apenas quatro do partido Democrata.

"Deslocar o AFRICOM para os Estados Unidos vai poupar dezenas de milhões de dólares por ano. E, devido à sua posição geográfica única, as Lajes seriam a base avançada operacional ideal para o comando", explicou o diretor de comunicações de Devin Nunes, Jack Langer, à agência Lusa.

Na proposta de lei, o congressista diz que "é do interesse nacional poupar milhões de dólares por ano e criar milhares de postos de trabalhos deslocando a sede do AFRICOM de Estugarda, na Alemanha, para o território continental dos EUA.

No texto, o congressista de origem açoriana diz que, segundo estudos do governo, o custo de manter o comando nos EUA seria 60 a 70 milhões de dólares inferior ao atual, sendo que o custo com despesas de habitação e custo de vida baixaria de 81 para 19 milhões anuais.

"[A deslocação] poderá criar até 4.300 postos de trabalho, com um impacto na economia local que irá variar entre os 350 e os 450 milhões anuais", acrescenta.

Nunes considera depois "particularmente preocupante" a decisão de destacar tropas para a base Moron, em Espanha, onde a "prontidão e eficiência das tropas é condicionada pela falta de infraestruturas."

A Base das Lajes, pelo contrário, acrescenta o congressista, "levou a cabo melhorias nas suas infra-estruturas de mais de 150 milhões de dólares nos últimos 12 anos."

"A localização estratégica das Lajes, as melhorias das infraestruturas, o espaço aéreo sem restrições e as extraordinárias condições de treino para todas as forças fazem dela um ativo fundamental e a base avançada operacional ideal para o AFRICOM", defende Nunes.

Caso a proposta legislativa seja aprovada, a Secretaria de Defesa terá seis meses para elaborar um plano de mudança. A deslocalização terá depois de acontecer seis meses após a conclusão desse plano.

Segundo a lei, o plano deve estudar como "transferir os ativos norte-americanos para a Base das Lajes, com o objetivo de ser a única operação avançada, centro logístico e centro de ativos do AFRICOM."

O plano deverá incluir ainda a relocalização da "Special-Purpose Marine Air-Ground Task Force Crisis Response", uma unidade especializada da Marinha norte-americana, da base espanhola de Moron para as Lajes.

Um último ponto da proposta legislativa estabelece que, "com efeito pelo menos até ao fim do avaliação quadrienal da defesa em 2018, a Base das Lajes deve manter a sua operação 24 horas por dia, ao mesmo nível de prontidão de 2012 ou acima."

Em dezembro do ano passado, a Câmara dos Representantes e o Senado chegaram a um acordo orçamental que viabiliza o orçamento federal e evita nova paralisia dos serviços nos próximos dois anos.

Esse acordo inclui uma alínea que adia a decisão sobre a redução da presença na Base das Lajes, na ilha Terceira, até à divulgação do Relatório de Avaliação das Infraestruturas Europeias.

O relatório está a ser conduzido pela secretaria de Defesa desde o início do ano passado e deve ser divulgado esta primavera.

No ano passado, os norte-americanos previam uma redução do seu contingente das Lajes em mais de 400 militares e 500 familiares com efeitos no verão de 2014.
@Lusa
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: mocit em Abril 26, 2014, 03:35:19 am
Eles para fazerem o posto avançado, não é suposto falarem primeiro com o estado Português???

"É tudo nosso?" ou têm permissão para fazerem o que quiserem com a base?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 26, 2014, 12:14:36 pm
A base está às moscas!

Mocit tem sido o estado Português a pedir aos EUA para não reduzirem ainda mais o contingente Norte-Americano na Base.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 14, 2015, 06:19:20 pm
Lajes. Porque retiram os americanos? O que perde Portugal? O que vai acontecer?

As respostas que interessam às perguntas que se impõem sobre uma história que ninguém sabe como vai acabar: a do anunciado despedimento de 500 trabalhadores portugueses da base aérea norte-americana na ilha Terceira. Vêm aí tempos ainda mais difíceis para os açorianos.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/lajes-porque-re ... z3OoyLYZm6 (http://expresso.sapo.pt/lajes-porque-retiram-os-americanos-o-que-perde-portugal-o-que-vai-acontecer=f906116#ixzz3OoyLYZm6)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Camuflage em Janeiro 14, 2015, 09:29:47 pm
Citar
Era bom que as autoridades portuguesas e norte-americanas se sentassem à mesa e que, de uma forma clara, se analisasse friamente esta questão e ver até que ponto o acordo pode e deve ser revisto"

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/lajes-porque-re ... z3OpkDKI8o (http://expresso.sapo.pt/lajes-porque-retiram-os-americanos-o-que-perde-portugal-o-que-vai-acontecer=f906116#ixzz3OpkDKI8o)

Acho piada a esta gente, os EUA estão a retirar-se das bases, e esta gente acha que pode mandar nos outros. Estou curioso por saber que tipo de negociações esta gente acha que podia fazer que sejam assim tão interessantes para os EUA, quando estes se estão a concentrar no pacifico e África.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Janeiro 16, 2015, 01:46:42 pm
Esta é que é gira:

Ultimato. Passos ameaça EUA com revisão do acordo das Lajes
Citação de: "Carlos Abreu"
Ou os Estados Unidos avançam com projectos que compensem o impacto económico da conversão das Lajes em mera bomba de gasolina ou Portugal avança para a revisão do acordo de utilização da estratégica base aérea açoriana.

Se os Estados Unidos não apresentarem medidas que permitam compensar, efectivamente, o impacto económico do anunciado despedimento de 500 trabalhadores portugueses da Base das Lajes, o Governo português irá "suscitar a revisão do acordo técnico" celebrado em 1995, disse esta sexta-feira no Parlamento o primeiro-ministro.

"O impacto financeiro e económico que esta medida traz, quer para a ilha Terceira, quer para o arquipélago dos Açores, tem um peso muito negativo ao qual os Estados Unidos da América não podem deixar de atender", disse Passos, acrescentado: "Temos tido muito verbo e pouca acção".

O ultimato do chefe do Governo surge a cerca de três semanas de uma reunião da Comissão Bilateral Permanente, onde estarão frente a frente norte-americanos e portugueses, já marcada para 11 de Fevereiro em Lisboa. Nesse encontro, noticia o "Sol", "os EUA vão apresentar a sua proposta final de contrapartidas".

Desde 17 de Abril de 2013 que esta comissão, cuja delegação portuguesa é liderada por um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros mas onde também participam altos funcionários do Ministério da Defesa, não se reúne, confirmou ao Expresso fonte do gabinete de Rui Machete. No entanto, o acordo de cooperação e defesa celebrado entre Portugal e os Estados Unidos em 1995 dispõe no artigo 3.º, n.º 3 que a "comissão reunirá semestralmente", "alternadamente nas capitais das partes". Ano e meio sem reunir é justificado pela mesma fonte com "um atraso no processo de substituição, e consequente chegada a Lisboa, do novo embaixador norte-americano".

[continua]
Fonte: http://expresso.sapo.pt/ultimato-passos-ameaca-eua-com-revisao-do-acordo-das-lajes=f906680

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Crypter em Janeiro 16, 2015, 02:28:54 pm
Citação de: "Get_It"
Esta é que é gira:

Ultimato. Passos ameaça EUA com revisão do acordo das Lajes
Citação de: "Carlos Abreu"
Ou os Estados Unidos avançam com projectos que compensem o impacto económico da conversão das Lajes em mera bomba de gasolina ou Portugal avança para a revisão do acordo de utilização da estratégica base aérea açoriana.

Se os Estados Unidos não apresentarem medidas que permitam compensar, efectivamente, o impacto económico do anunciado despedimento de 500 trabalhadores portugueses da Base das Lajes, o Governo português irá "suscitar a revisão do acordo técnico" celebrado em 1995, disse esta sexta-feira no Parlamento o primeiro-ministro.

"O impacto financeiro e económico que esta medida traz, quer para a ilha Terceira, quer para o arquipélago dos Açores, tem um peso muito negativo ao qual os Estados Unidos da América não podem deixar de atender", disse Passos, acrescentado: "Temos tido muito verbo e pouca acção".

O ultimato do chefe do Governo surge a cerca de três semanas de uma reunião da Comissão Bilateral Permanente, onde estarão frente a frente norte-americanos e portugueses, já marcada para 11 de Fevereiro em Lisboa. Nesse encontro, noticia o "Sol", "os EUA vão apresentar a sua proposta final de contrapartidas".

Desde 17 de Abril de 2013 que esta comissão, cuja delegação portuguesa é liderada por um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros mas onde também participam altos funcionários do Ministério da Defesa, não se reúne, confirmou ao Expresso fonte do gabinete de Rui Machete. No entanto, o acordo de cooperação e defesa celebrado entre Portugal e os Estados Unidos em 1995 dispõe no artigo 3.º, n.º 3 que a "comissão reunirá semestralmente", "alternadamente nas capitais das partes". Ano e meio sem reunir é justificado pela mesma fonte com "um atraso no processo de substituição, e consequente chegada a Lisboa, do novo embaixador norte-americano".

[continua]
Fonte: http://expresso.sapo.pt/ultimato-passos-ameaca-eua-com-revisao-do-acordo-das-lajes=f906680

Cumprimentos,

Faz ele muito bem. Não sei pq não havemos de tentar forçar um outro fim ao que está previsto. É que pelo que vejo a nível de recursos humanos, esta decisão ou decisão de retirada completa a diferença é quase insignificante. Sei bem que é um risco, mas se calhar é um risco ponderado...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Janeiro 16, 2015, 08:21:07 pm
Citação de: "Crypter"
Faz ele muito bem. Não sei pq não havemos de tentar forçar um outro fim ao que está previsto. É que pelo que vejo a nível de recursos humanos, esta decisão ou decisão de retirada completa a diferença é quase insignificante. Sei bem que é um risco, mas se calhar é um risco ponderado...

Acho que é aquela história:

"O não está garantido!". :wink:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Janeiro 19, 2015, 02:03:56 pm
Presidente do Governo dos Açores defende revisão de todo o acordo com os EUA
Citação de: "Observador"
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, defendeu neste domingo a revisão de todo o acordo com os Estados Unidos relativo à base das Lajes, e não apenas a sua parte técnica, como admitiu o primeiro-ministro. “Quando falamos de rever o acordo técnico, estamos a falar, a circunscrever o impacto desta decisão apenas à base das lajes e o que eu acho é que a forma como este processo foi conduzido pelos Estados Unidos da América merece uma resposta mais firme, mais determinada, da parte do Estado português”, disse Vasco Cordeiro, numa entrevista à RTP, acrescentando que, “naturalmente, tem de ser desencadeada a revisão do acordo [todo]”.

O presidente do executivo açoriano sublinhou que os EUA confirmaram no início deste mês que vão retirar das Lajes, na ilha Terceira, 500 civis e militares norte-americanos e despedir 500 trabalhadores portugueses, exactamente a mesma decisão que haviam já transmitido a Portugal há dois anos.

(...)

Vasco Cordeiro referiu que o Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA prevê “os mecanismos” para ser accionada a sua revisão e integra várias áreas, que vão desde a utilização das instalações da base das Lajes, a cooperação militar ou investigação e desenvolvimento na área da Defesa.

O presidente do executivo açoriano, que na segunda-feira se reúne com o Presidente da República, admitiu ainda a possibilidade de a infraestrutura das Lajes ser usada por outro país que não os EUA, como a China, com quem Portugal tem “uma relação diplomática” que é “muito anterior” àquela que tem com Washington.

“Se é certo que, do ponto de vista militar, há muito que nos distingue, do ponto de vista do interesse comercial se calhar, não há assim tanto”, afirmou, admitindo a possibilidade de serem avaliadas “as pretensões que podem existir quanto à rentabilização das instalações que existem nos Açores, no meio do atlântico, para um conjunto de interessados que podem ter uma comunhão de interesses” com os nacionais.
Fonte: http://observador.pt/2015/01/18/presidente-governo-dos-acores-defende-revisao-de-todo-o-acordo-com-os-eua/

Aquela parte a sublinhado é algo patética e podia ter ficado por dizer.

Ainda bem que querem pelo menos aproveitar a infraestrutura que foi construída ao longo dos anos para outras actividades. (Senso-comum.) Que pena é só vermos o governo e o governo regional apenas preocupados com a base das Lajes e apenas agora e não, como já viemos aqui a discutir, terem vindo ao longo destes anos a tentar investir noutras indústrias nos Açores que não dependam directamente e exclusivamente de acordos com os EUA (ou China).

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Janeiro 19, 2015, 09:46:02 pm
Citar
O presidente do executivo açoriano, que na segunda-feira se reúne com o Presidente da República, admitiu ainda a possibilidade de a infraestrutura das Lajes ser usada por outro país que não os EUA, como a China, com quem Portugal tem “uma relação diplomática” que é “muito anterior” àquela que tem com Washington.


"Diga-se agora que um príncipe deve ter' o cuidado de não se aliar com um mais poderoso,
senão quando for impelido pela necessidade, como se explicou acima, porque, vencendo,
ficará presa do aliado; e os príncipes devem evitar a todo custo estar à mercê de outro."



Maquiavel, "O Principe"

Gente menor, a que nos "governa".
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Fevereiro 07, 2015, 06:12:04 pm
«Os americanos e a Base das Lajes» (http://http)

Ainda nenhuma novidade, apenas um artigo sobre a presença norte-americana nas Lajes.

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Crypter em Fevereiro 13, 2015, 08:37:23 pm
Lajes: EUA reconhecem impacto e reafirmam compromisso
Embaixada norte-americana assegurou que os EUA vão manter «conversas aprofundadas com Portugal»

Os Estados Unidos vão manter «conservas aprofundadas» com Portugal para que a anunciada diminuição da presença norte-americana na base das Lajes seja efetuada «de forma tão cuidada quanto possível», referiu esta sexta-feira em comunicado a embaixada dos EUA.

Ao efetuar o balanço da 33.ª Comissão Bilateral Permanente Portugal-Estados Unidos, que decorreu na quarta-feira, e anunciar a futura agenda bilateral, o comunicado sublinha que os EUA «reconhecem o impacto socioeconómico que a reestruturação das Lajes irá ter nos Açores» e indica que responsáveis norte-americanos vão reuniu-se em breve com homólogos portugueses para «consultas aprofundadas» em torno do impacto da decisão de Washington.

«Os Estados Unidos reafirmam o seu compromisso em manter e alargar a sua relação com o povo dos Açores na área dos negócios, ciência, defesa, educação e cultura e os participantes identificaram prioridades e oportunidades de colaboração e parceria para apoiar os esforços do governo regional e central para estimular o desenvolvimento económico dos Açores», refere o texto.

Os Estados Unidos anunciaram a 8 de janeiro a intenção de reduzir gradualmente os trabalhadores portugueses de 900 para 400 pessoas ao longo deste ano e os civis e militares norte-americanos de 650 para 165 na base das Lajes, na ilha Terceira.

No âmbito da reunião bilateral, em que participaram mais de 20 responsáveis norte-americanos que se juntaram ao embaixador Robert Sherman, foram ainda abordados diversos assuntos de interesse mútuo, com as duas delegações a decidirem «reforçar os laços entre os dois países nos campos económico, político, de defesa, das forças de segurança, da cibernética e cultura, incluindo discussões político-militares de alto nível».

Após salientar a colaboração permanente entre os dois governos e a confirmação de uma «relação bilateral forte e duradoura para enfrentar os desafios do século XXI», a Comissão sublinhou a importância de «enfrentar os desafios à segurança global e regional, incluindo na Ucrânia, Síria e Iraque (DAESH e combatentes estrangeiros [uma referência ao grupo jihadista Estado Islâmico]), Afeganistão e Irão».

A cooperação na NATO, o envolvimento em África «que inclui a segurança marítima no Golfo da Guiné», e as oportunidades de criação de mais negócio e investimento foram ainda outros temas abordos no encontro bilateral.

http://www.tvi24.iol.pt/politica/base-d ... ompromisso (http://www.tvi24.iol.pt/politica/base-das-lajes/lajes-eua-reconhecem-impacto-e-reafirmam-compromisso)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Fevereiro 17, 2015, 09:20:29 pm
Reportagem da RTP: "Adeus América".

http://www.rtp.pt/play/p1764/e184269/linha-da-frente (http://www.rtp.pt/play/p1764/e184269/linha-da-frente)
Título: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: Ramos em Março 08, 2015, 12:23:37 pm
É um dado adquirido: a importância estratégica da base das Lages para os norte-americanos diminuiu drasticamente com o actual contexto geopolítico. A sua presença nos Açores não deverá voltar a ter a expressão que já teve no passado, podendo pontualmente vir a ser mais expressiva, caso o contexto internacional mude. Mas para já, e num futuro previsível, a necessidade de um “porta-aviões” ancorado no meio do Atlântico norte é meramente residual.
É por isso o momento de discutir de que forma se pode rentabilizar a médio prazo a base das Lages, mantendo e inclusivamente aumentando a sua importância. Eis algumas sugestões:
- Criar uma escola NATO /EU de treino de luta anti-submarina
- Criar uma escola NATO / EU de SAR
- Criar uma escola NATO / EU de navegação oceânica
- Criar uma escola NATO /EU de sobrevivência em ambiente marítimo
Nenhuma das ideias enunciadas se exclui mutuamente. São, inclusive, complementares entre si, e perfeitamente conjugáveis com a actual utilização das Lages. Para além disso, Portugal possui uma experiência invejável em todas as áreas enunciadas, meios adequados e tripulações muito bem preparadas, e os Açores têm as condições ideais e a localização certa para proporcionar uma formação de excelência em todas as áreas sugeridas. E a actual infra-estrutura física existente na base das Lages parece ser mais do que suficiente para acomodar qualquer um, ou mesmo todos estes centros simultaneamente.
Transformar as Lages num importante centro de formação NATO /EU pode ser um caminho que inclusive confira à base uma importância ainda maior do que a que teve no passado.
Título: Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: nelson38899 em Março 08, 2015, 01:22:38 pm
Eu vejo os Açores, como uma base de apoio principal, às forças armadas Portuguesas! A ilha terceira seria uma ilha interessante para acolher uma base para a marinha, força aérea e exercito. Se aproveita-se-mos as instalações que já existem e reformula-se-mos a base, seria muito interessante ter a primeira base do CEMGFA, ou seja, ter exercito, marinha e força aérea juntas. Em caso de necessidade a base poderia albergar F16, LPD, submarinos e quem sabe pandures ou leopards.

Para utilização civil poderíamos utilizar o porto a ser reformulado para albergar o lpd, como um porto de suporte a Sines, além de poderíamos utilizar as instalações para aumentar a capacidade, que já existe de rastrear satélites e criar um centro de incubação de empresas ligadas à biotecnologia, aeroespaciais e industrias ligadas ao mar.
Título: Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: cmc em Março 08, 2015, 03:59:33 pm
Independentemente de qualquer outro uso das Lajes, tanto os Açores como a Madeira deviam ter presença permanente dos vários ramos das FA.

Pelo lado da FAP podia ser feito com uma esquadra mista, com 2/4 F16 para defesa aérea (pelo menos), 2 EH101 com possibilidade de reabastecimento aéreo (por hipotéticos KC130/KC390), C295, P3, e helis ligeiros para o que não necessitasse de EH101.

Uma base naval com um destacamento permanente de Fuzileiros e NPO, e visitas regulares de fragatas e subs.

Pelo Exército, Engenharia, Transmissões, Saúde e destacamento de OE.

Na Madeira, um dispositivo semelhante, incluindo um posto de apoio «avançado» nas Desertas Selvagens.

Tudo isto em sistema de rotatividade com o Continente, e tendo em vista não só assegurar em permanência um mínimo de soberania nacional, como acudir às bem mais prováveis emergências naturais.

Isto, na minha opinião, devia ser indiscutível e incondicional; obviamente, a realidade política é a que sabemos...

Como adenda, é lamentável que não tenha sido equacionado(?) reverter o Atlântida para o estado, e convertê-lo num Gil Eannes II.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Duarte em Março 09, 2015, 01:29:10 am
Em tempos a presença da FAP na BA4 foi bem maior, Esq. 303 com Fiat G-91 (ao todo 27 G-91 fizeram serviço na Esq. 303 entre 1981-1990, embora a Esq. nuca teve mais que uma dúzia de pilotos), Esq. 503 com Aviocar (4-5?), Esq. 752 c/ Puma (4). Deveria existir um destacamento de F-16 na BA4, se algum dia as ERadar planeadas para os Açores se materializam..  :G-beer2:
Título: Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 10, 2015, 12:51:11 pm
Citação de: "cmc"
Independentemente de qualquer outro uso das Lajes, tanto os Açores como a Madeira deviam ter presença permanente dos vários ramos das FA.

Pelo lado da FAP podia ser feito com uma esquadra mista, com 2/4 F16 para defesa aérea (pelo menos), 2 EH101 com possibilidade de reabastecimento aéreo (por hipotéticos KC130/KC390), C295, P3, e helis ligeiros para o que não necessitasse de EH101.

Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.

Citar
Uma base naval com um destacamento permanente de Fuzileiros e NPO, e visitas regulares de fragatas e subs.

Idém.

Citar
Pelo Exército, Engenharia, Transmissões, Saúde e destacamento de OE.

Já há um Regimento de Guarnição 1 e 2:

 :arrow: http://www.exercito.pt/sites/RG2/Notici ... OTE14.aspx (http://www.exercito.pt/sites/RG2/Noticias/Paginas/EXERC%C3%8DCIOCACHALOTE14.aspx)

E depois ainda há um RG3:

 :arrow: http://www.exercito.pt/sites/RG3/Notici ... 80%9D.aspx (http://www.exercito.pt/sites/RG3/Noticias/Paginas/EXERCICIO%E2%80%9CLUSITANO14%E2%80%9D.aspx)

E até têm uma equipa de resgate de montanha!


Citar
Como adenda, é lamentável que não tenha sido equacionado(?) reverter o Atlântida para o estado, e convertê-lo num Gil Eannes II.

Eu não.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: nelson38899 em Março 10, 2015, 01:31:13 pm
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Camuflage em Março 10, 2015, 08:34:03 pm
Ainda não percebi essa lógica que eles nos têm de dar alguma coisa... Vocês quando saem de uma casa que alugaram também dão alguma coisa ao senhorio?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Duarte em Março 10, 2015, 08:57:06 pm
Citação de: "nelson38899"
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.


o mais provável é recebermos um "bem haja" e um "até `a próxima"  :mrgreen:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Alvalade em Março 10, 2015, 11:28:16 pm
Citação de: "Duarte"
Citação de: "nelson38899"
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.


o mais provável é recebermos um "bem haja" e um "até `a próxima"  :roll:
Título: Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: cmc em Março 11, 2015, 03:01:27 am
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.
Esqueceu-se do que acrescentei:
Citação de: "cmc"
Isto, na minha opinião, devia ser indiscutível e incondicional; obviamente, a realidade política é a que sabemos...
...o que, também obviamente, tem reflexos na realidade económico-operacional.

Mas estamos a falar das FA, ou de turismo jovem?

Citar
Já há um Regimento de Guarnição 1 e 2:
[...]
E depois ainda há um RG3:
[...]
E até têm uma equipa de resgate de montanha!
[...]
E igualmente grande parte dos outros meios aéreos e navais que referi, mas falei do (mínimo) que deveria haver, não de que há ou não há.
Título: Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
Enviado por: Crypter em Março 11, 2015, 11:51:30 am
Citação de: "cmc"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.
Mas estamos a falar das FA, ou de turismo jovem?

Aí concordo com o cmc.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Março 13, 2015, 01:17:25 am
A localização das Lajes, que em tempos tornou-a num ponto estratégico de grande importância, é hoje um dos principais obstáculos para atrair outras actividades não-especializadas ao aumentar os custos a nível de transporte e logística. E nem o facto de já existirem instalações construídas acaba por ajudar assim tanto para compensar por esse facto.

A maior vantagem neste momento é o espaço aéreo dos Açores que seria ideal para treino de combate aéreo ou para testar armamento ar-ar ou superfície-ar. O que estraga tudo é as condições atmosféricas. Porque haveria qualquer força aérea ou empresa privada de colocar nos Açores um centro de instrução quando pode fazer o mesmo em Beja, Monte-Real, ou até Ovar, com acesso a um espaço aéreo no sul do país com melhores condições atmosféricas e com maior de número de horas com luz solar, e também bastante perto do campo de tiro de Alcochete?

Não estou a ver o que é que as Lajes teriam de atractivo para escolas de sobrevivência em ambiente marítimo ou SAR. Seria mais barato colocar essas escolas no continente. Até mesmo a construção de uma piscina/tanque de água com equipamento para simular mau tempo e quedas de aeronaves seria mais seguro, eficiente e barato do que estar a usar os Açores para isso. No máximo, quer no caso de uma escola de sobrevivência, quer no caso do SAR ou luta anti-submarina só seria necessário fazer exercícios durante uma semana ou duas lá. Já no caso de SAR qualquer força militar ou empresa privada poderia fazer um simples exchange com a Esquadra 751 sem a necessidade de estar a instalar lá centros dedicados a isso.

A ideia de centros de instrução e escolas NATO/EU são de louvar, infelizmente não me parece que existam condições para competir com outras localizações no continente ou qualquer vontade política para financiar tais projectos.

Na minha opinião os Açores deviam deixar de lado qualquer ideia de expandir as actividades militares nas Lajes a menos que apareça mesmo uma força militar estrangeira ou empresa privada interessada. O que realmente se devia fazer era o que o nelson38899 já tem vindo a escrever aqui quanto à criação de centros de incubação, indústrias na área aeroespacial, biotecnologia, e principalmente ao sector marítimo ou tecnologias ligadas ao mar.

Vejam lá se convencem o Elon Musk a instalar umas fábricas, centro de testes ou estação de rastreio na ilha.

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 13, 2015, 10:24:19 am
A primeira vez que eu ouvi em criar um Centro de Excelência em Portugal para a OTAN, foi em relação a Tancos (ETP), depois os senhores do Exército decidiram que o Centro de Excelência seria em Mafra (CAE), agora vocês estão a defender outros Centros....

Já alguém perguntou na OTAN se eles querem esses Centros de Excelência? Já alguém perguntou na OTAN se eles pensam que nós temos essa capacidade? No caso de Tancos, há essa capacidade, porque temos lá uma pista completamente sub-aproveitada, temos as instalações de manutenção desse tipo de material, temos o clima e na prática teriamos que fazer poucos investimentos (ao contrário de Mafra que gastaram dinheiro e continuamos a não ter nada de especial). Criar infraestruturas de raiz é muito porreiro, mas para isso falta o vil metal!
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: papatango em Março 21, 2015, 07:00:18 pm
Quando os americanos começaram a considerar a utilização das Lajes, também os ingleses o fizeram e estavamos em plena guerra.

Na altura não havia uma única pista em nenhuma das ilhas e as ligações aéreas que existiam eram feitas por hidroaviões.
Hoje, todas as ilhas têm pistas e existem três aeroportos com capacidade para receber aeronaves de grande porte.

Os Açores continuam a ser vitáis para operações no médio oriente e mesmo para operações por exemplo na Ucrânia, por muito absurdo que isso pareça hoje.
(Há rotas mais diretas, mas os Açores tornam as coisas mais simples)

Neste momento para os americanos os Açores são acima de tudo um bomba de gasolina no meio do Atlântico.
Eles não vão sair completamente, vão manter um esqueleto que vai servir para garantir que as instalações que realmente fazem falta vão continuar operacionais. Eles não têm que se preocupar por exemplo com coisas como manutenção das pistas, já que hoje, os portugueses têm que fazer isso, porque todos os dias há voos da aviação civil.

Diz a lógica:
Muito do que nós estavamos lá a fazer, os portugueses vão ter que fazer porque precisam e nós (americanos) não vamos gastar um tusto.
Se for necessário, artigo 5º para cima dos portugas e aí as bases vão estar inevitavelmente disponíveis.

Logo: Para quê gastar dinheiro ?
O que é necessário é que as ilhas possam receber combustível e que as pistas e pontos de reabastecimento para as aeronaves de reabastecimento em voo estejam operacionais.

Com a tecnologia atual, em poucas semanas pode-se tornar os Açores num posto de reabastecimento em pleno Atlântico.
O que pode ser estranho, é como os conseguimos manter tanto tempo ali, com a estrutura que tinham.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: P44 em Abril 21, 2015, 07:08:35 pm
Remarks With Portuguese Minister of State and Foreign Affairs Rui Machete

Remarks
John Kerry
Secretary of State
Treaty Room
Washington, DC
April 21, 2015

(https://pbs.twimg.com/media/CDITgHIW4AEpSP2.jpg:large)

SECRETARY KERRY: Good morning, everybody. Bom dia. It’s my pleasure to welcome Foreign Minister Machete here back to Washington, and I’m delighted to be able to have a chance to talk with him about important issues between our countries.

Portugal, as everybody knows, is an old and firm ally of the United States, a NATO ally. And we’re particularly grateful for Portugal’s many efforts of global responsibility, not the least of which now are their support in the coalition against ISIL, their commitment to counterterrorism, their support for sanctions with respect to the Russian activities in Ukraine and our efforts to try to implement the Minsk agreement, which we all believe will help to quiet things down and stabilize the region and be good for everybody. We also are grateful for their support for our efforts in Iraq. And there is a very significant effort by Portugal to exercise responsibility towards the environment, towards the oceans, particularly the Gulf of Guinea.

So we appreciate it – that leadership – very much. And I know recently Portugal, like other countries in Europe, has been making difficult economic choices. And I want to congratulate Portugal on the fact that it is growing. We want to see that continue. We have high hopes, but we welcome you here. So thank you very much. We’re happy to have you here.

FOREIGN MINISTER MACHETE: Thank you very much. For me, it’s a great pleasure to come back to Washington and to see John Kerry again. We will have to talk about important international issues such as terrorism, Iran and the nuclear negotiations, and to congratulate John Kerry by the results and the negotiable – strong-willed stand in which – with which he led the negotiations, with of course the problems of the Middle East and terrorism.

And we have to talk about the bilateral problems we have on agenda. We have some difficulties to settle, but they are not – this is natural among allies. So we expect to have a good conversation. Thank you.

SECRETARY KERRY: Thank you. Welcome. Thank you very much, everybody. Thank you.

http://www.state.gov/secretary/remarks/ ... 240931.htm (http://www.state.gov/secretary/remarks/2015/04/240931.htm)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 11, 2015, 04:06:03 pm
http://expresso.sapo.pt/politica/2015-12-11-Futuro-das-Lajes-reune-Portugal-e-EUA

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 12, 2015, 12:00:44 pm
PSD quer EUA a decidir se fica nas Lajes ou sai e paga limpeza


O PSD considera ter chegado a altura de Portugal traçar uma linha vermelha face aos EUA, sobre o futuro da base das Lajes: ou Washington fica ou sai, pagando a despoluição das áreas afetadas.

"Nesta fase, a situação é bastante mais clara: ou os norte-americanos aproveitam as infraestruturas, capacidades e potencial geoestratégico das Lajes ou então limpam o que lá deixaram, em termos de infraestruturas e de poluição", afirmou o líder do PSD-Açores, Duarte Freitas, ouvido pelo DN a propósito da reunião bilateral entre Portugal e os EUA que decorreu ontem em Angra do Heroísmo.

Questionado sobre se essa opção pela linha dura face aos EUA se deve à mudança de governo em Portugal, Duarte Freitas foi categórico: "Não. Mas agora está concretizada a redução" da presença militar norte-americana nas Lajes e já houve perto de 400 trabalhadores a aceitarem as propostas de rescisão, salientou o dirigente do PSD, garantindo que "não há questões político-partidárias" nesse dossier.

O deputado socialista Miranda Calha parece ter uma perceção diferente. Após lembrar o facto de o ex-secretário da Defesa dos EUA Leon Panneta não ter sido recebido pelo anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando visitou Lisboa, o antigo secretário de Estado da Defesa disse ter "confiança que, com este governo, haverá um um novo impulso no relacionamento bilateral".

"Há um novo governo, há boas possibilidades que se possa reativar um melhor relacionamento e encaminhamento destas matérias EUA/Portugal", referiu Miranda Calha, sublinhando ter "a expetativa de que se possa encetar um relacionamento diplomático muito mais positivo em relação ao que interessa".

O deputado João Rebelo (CDS), outro membro da comissão de Defesa, contrapôs: "Não vou entrar na demagogia de quem era oposição na anterior legislatura e dizia que a culpa era do governo PSD/CDS... como não será deste governo se não houver alteração" nas posições de Washington.

"Foi uma decisão unilateral dos EUA em reduzir a sua presença nas Lajes e ficámos muito dependentes da alteração da [sua] vontade. Sabemos do esforço feito pelos congressistas norte-americanos de origem portuguesa para que tal não aconteça, as autoridades na anterior legislatura fizeram tudo o que era possível. Tenho a certeza que o PS vai perceber agora a dificuldade de alterar uma decisão unilateral tomada" pelos EUA, frisou João Rebelo.

Segundo o social-democrata Duarte Freitas, há congressistas norte-americanos - em especial luso-descendentes - que "acham que esse é o caminho para poder pressionar" os EUA, nomeadamente levando-os a instalar o Centro Conjunto de Análise de Informações nas Lajes em vez numa base aérea de Croughton (Reino Unido). "O Governo tem de colocar isto em cima da mesa com esta simplicidade: [os EUA] ou ocupam ou limpam. Já estamos numa fase em que as coisas têm esta simplicidade", insistiu o líder do PSD-Açores.

João Vasconcelos (BE), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, deixou clara a oposição do Bloco à continuação da presença militar dos EUA nos Açores: "A redução norte-americana na base das Lajes não se compadece apenas com medidas de mitigação, devendo o espaço ter uma utilização unicamente civil".

"Torna-se necessário encontrar soluções alternativas à utilização da base que possibilitem a revitalização da economia da região, da ilha Terceira e do concelho da Praia da Vitória", prosseguiu João Vasconcelos, uma vez que "não é desejável manter uma presença militar "adormecida" por parte dos norte- -americanos e a utilização mista [civil e militar, que existe há anos] do espaço afigura-se irrealista".

Certo é que "são necessárias contrapartidas adequadas", através de "medidas indemnizatórias compensatórias que tenham em conta a total e eficaz descontaminação da área em causa, assim como a criação de um plano de emergência que minimize os efeitos da redução de pessoal civil ao serviço das forças militares norte-americanas" nas Lajes, concluiu o deputado bloquista.

O deputado António Filipe (PCP) sublinhou ao DN que "qualquer decisão" de Washington "deve respeitar os direitos das pessoas e ressarcir a ilha Terceira e as populações" pelos custos financeiros, económicos e sociais de reduzir a sua presença nas Lajes.

"Não somos adeptos da presença dos EUA" nas Lajes, "mas os governos central e regional devem ter em conta que a economia e as populações devem ser defendidas da melhor forma" - e se isso envolver a continuação dos militares norte-americanos na Terceira, "não temos nenhuma contraproposta a fazer", argumentou o também deputado da comissão de Defesa.


DN
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Março 29, 2016, 12:10:11 am
Será interessante ver o impacto que a saída dos EUA das Lajes vai ter no orçamento da defesa no futuro. Há muito equipamento (e muita sucata) que foi adquirido totalmente às custas das contrapartidas da utilização das Lajes.

Além de praticamente todos os caças que operamos desde o final da Segunda Guerra Mundial, também se utilizou as contrapartidas para, se não me engano, pagar os C-130 e P-3.

Assim sendo, e visto que de certo modo sempre fomos um país pobrezinho, vamos ter sérios problemas a financiar projectos de grande envergadura que temos vindo a discutir noutros tópicos (substituição ou modernização dos F-16 (http://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=5206.0) e substituição dos C-130 (http://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=5598.0)), o pagamento pelo treino de pilotos nos EUA e a necessidade de financiar a aquisição de outro equipamento que até agora não pesava tanto no orçamento graças às contrapartidas.

Estarei a ser demasiado pessimista em relação a isto ou será que ainda vamos conseguir arranjar uma alternativa às Lajes para os norte-americanos ou alguma espécie de pacote de ajuda financeira para a defesa?

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Março 29, 2016, 11:07:39 am
O título do tópico acaba por ser pessimista por excesso. Os americanos nunca vão sair das Lages. O "porta-aviões" dá imenso jeito.
O que há efetivamente é uma redução de pessoal tanto militar como civil de apoio.
E isso tem um impacto económico grande na ilha.
Mas por mais que reduzam há sempre interesse americano em manter presença nas Lages.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Abril 10, 2016, 11:50:31 pm
#AzoresBailout ;D

Açores reivindicam 175 milhões por ano para reduzir impacto da Base das Lajes
(10 de Abril de 2016)
Citação de: Márcio Berenguer, Público
Os Açores querem receber perto de 175 milhões de euros por ano, durante os próximos quinze anos, para atenuar o impacto negativo na ilha Terceira resultante do desinvestimento norte-americano na Base das Lajes.

Os valores constam do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT), que foi apresentado em Fevereiro do ano passado pelo governo açoriano e entrou em Março último na Assembleia da República, pelas mãos do PS-Açores. O Plano, prevê ainda uma transferência extraordinária do Estado para a região autónoma, a rondar os 240 milhões de euros e vários compromissos do executivo de Ponta Delgada e das duas autarquias da ilha Terceira.

O PREIT, que foi chumbado pelo anterior governo de Pedro Passos Coelho, ganhou em Março último um novo fôlego, com um projecto de resolução dos deputados do PS açoriano, que recomenda a Lisboa que crie um Grupo de Acompanhamento Permanente, constituído pelos executivos nacional, regional e autarquias locais, para monitorizar o cumprimento das medidas previstas no documento.

(...)

No total, o governo açoriano reivindica aos Estados Unidos um financiamento anual de 167 milhões de euros durante os próximos 15 anos, em regime de phasing out (-5% ao ano), sendo a maior fatia (100 milhões de euros) destinada à demolição, limpeza e reconversão das infra-estruturas ocupadas e para o passivo ambiental que será deixado pela Base das Lajes. O valor, explica o documento, tem por base um estudo norte-americano de 2008 que apontava para 1,5 milhões de euros o custo do desmantelamento daquela infra-estrutura militar.

(...)

A este montante anual, Ponta Delgada reivindica mais um envelope financeiro de 240 milhões de euros através do reforço do Programa Operacional 2020 (117 milhões de euros) e de um investimento de 77 milhões de euros na dinamização das instalações portuárias do porto da Praia da Vitória, município onde as Lajes estão localizadas. O objectivo é dotar aquela infraestrura portuária de condições de forma a transformar-se numa hub para a navegação e transporte de carga internacional no Atlântico Norte.

(...)
Fonte: https://www.publico.pt/politica/noticia/acores-reivindicam-175-milhoes-por-ano-para-reduzir-impacto-da-base-das-lajes-1728662?page=-1 (https://www.publico.pt/politica/noticia/acores-reivindicam-175-milhoes-por-ano-para-reduzir-impacto-da-base-das-lajes-1728662?page=-1)

PSD-Açores critica plano: Foi feito para "sacar dinheiro"
(10 de Abril de 2016)
Citação de: Márcio Berenguer, Público
O PSD-Açores olha para o PREIT como a prova de que as políticas socialistas falharam no arquipélago. “O Plano foi feito para os Açores sacarem dinheiro à República e aos Estados Unidos, para o governo receber um cheque em branco”, acusa, ao PÚBLICO, o deputado social-democrata açoriano António Ventura.

O parlamentar responsabiliza os sucessivos governos socialistas de Ponta Delgada pela situação grave que a ilha Terceira atravessa. “Governam a região há 20 anos com estabilidade, pois tiveram maiorias absolutas, e dinheiro, já que receberam 2,6 mil milhões de euros de fundos comunitários desde 2000”, argumenta o deputado em São Bento, dizendo que o chefe do executivo açoriano quer atirar dinheiro para os problemas. “Essa não pode ser a receita”, defende, acusando o governo regional de querer, através do PREIT, “esconder” a falta de uma estratégia para a Terceira e para os Açores.

(...)
Fonte: https://www.publico.pt/politica/noticia/psdacores-critica-plano-foi-feito-para-sacar-dinheiro-1728665 (https://www.publico.pt/politica/noticia/psdacores-critica-plano-foi-feito-para-sacar-dinheiro-1728665)

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Junho 27, 2016, 12:16:12 pm
Citar
Portugal e EUA estudam criação de base espacial no aeroporto das Lajes

Centro internacional de investigação para o clima, energia, espaço e oceanos vai nascer nos Açores em 2017

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-06-26-Portugal-e-EUA-estudam-criacao-de-base-espacial-no-aeroporto-das-Lajes
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: mafets em Setembro 28, 2016, 12:30:19 pm
http://www.naval.com.br/blog/2016/09/27/china-acelera-movimentacao-para-os-acores/ (http://www.naval.com.br/blog/2016/09/27/china-acelera-movimentacao-para-os-acores/)
Citar
Em artigo publicado no site do “think tank” American Enterprise Institute, o articulista Michael Rubin alerta para o fato de que a China está se movimentando para montar uma base no arquipélago dos Açores, depois que os EUA se retiraram por medida de economia e deixaram sua infraestrutura e apenas uma pequena equipe para trás. O arquipélago fica a aproximadamente 1.000 milhas da costa de Portugal e 2.500 milhas da costa leste dos Estados Unidos.

Os Açores são um arquipélago transcontinental e um território autônomo da República Portuguesa, situado no Atlântico nordeste, dotado de autonomia política e administrativa

Ao invés de localizar um novo centro de inteligência no campo de Lajes, que tem infraestrutura e precisa de muito poucos upgrades, o Pentágono decidiu construir um novo centro a partir do zero próximo de Londres, a um custo de mais de um bilhão de dólares.

De acordo com uma carta enviada em 20 de setembro de 2016, pelo deputado Devin Nunes, presidente da Câmara Permanente do Comitê Restrito sobre Inteligência, ao secretário de Defesa Ashton Carter, “vários altos funcionários chineses visitaram os Açores nos últimos anos, e mais recentemente a China enviou uma delegação de cerca de vinte funcionários, todos fluentes em Português, em uma expedição de averiguação com várias semanas de duração, para culminar em uma visita do premiê chinês Li Keqiang.

A delegação chinesa está declaradamente em negociações para expandir os investimentos da China e sua presença global sobre as ilhas, incluindo o porto de embarque na Terceira, e eles também têm manifestado interesse em utilizar a pista no campo de Lajes.A China espalhou sua influência por meio de investimentos de infraestrutura semelhantes em Djibouti, Sri Lanka, e em outros lugares ao redor do globo. Ela agora está usando as mesmas táticas para estabelecer um ponto de apoio nos Açores que, se bem sucedida, será utilizada para um centro de logística e inteligência que poderia finalmente ser expandido para outros fins militares, adjacentes às instalações militares críticas dos EUA.

Efetivamente, os EUA estão desinvestindo bilhões de dólares em infraestrutura no campo de Lajes, que é provável que acabe na posse do governo chinês.”

Os chineses podem dizer que seu investimento em Lajes e no porto nas proximidades da Praia da Vitória é apenas de caráter civil, mas, como têm feito em Gwadar, Paquistão, os chineses atualizam as instalações para especificações militares, tornando-as bases em tudo, menos no nome.
Interessante...  ;) :P
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi1.wp.com%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2F1200px-Base_a%25C3%25A9rea_da_Lajes_ilha_Terceira_A%25C3%25A7ores_Portugal.jpg%3Fresize%3D640%252C480&hash=66ed02ea07f5c24f10de2333115d9dee)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi0.wp.com%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2F1200px-Azores_CIA.jpg%3Fresize%3D640%252C431&hash=71ef4f30c1353bc1c524e21e74b66205)

Cumprimentos

Será que?  naaaa ;D  :D
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic3.businessinsider.com%2Fimage%2F566211adc2814463008b7b29-1190-625%2Fchina-just-flew-long-range-bombers-deep-into-the-pacific--and-its-sending-a-message-about-what-its-military-can-do.jpg&hash=810304e51659d2221da9b8c740446625)
(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Chinese-j-11.jpg)

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Setembro 28, 2016, 02:09:01 pm
Isso não é apenas reciclagem da notícia de 2015 com um bocado da notícia sobre a carta do deputado?

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: mafets em Setembro 28, 2016, 02:16:47 pm
Isso não é apenas reciclagem da notícia de 2015 com um bocado da notícia sobre a carta do deputado?

Cumprimentos,
Possivelmente apimentada pela escala do primeiro ministro Chinês nos Açores e da Reunião com o MNE português.  ;)
Citar
Primeiro-ministro chinês faz escala de dois dias nos Açores

Ministro dos Negócios Estrangeiros português esteve reunido com Li Keqiang. Aos jornalistas Santos Silva diz que acordos com a China só durante a visita do primeiro-ministro português. Encontro serviu para preparar visita

Questionado sobre a possibilidade de se ter discutido no encontro o alegado interesse da China no porto da Praia da Vitória e na economia do mar dos Açores, o ministro dos Negócios estrangeiros português disse apenas que a reunião foi um “gesto de cortesia” de Portugal a um país com quem tem “relações históricas”.

“As relações políticas e diplomáticas são excelentes. O processo de transição de Macau foi conduzido de forma exemplar pelo então primeiro-ministro António Guterres e pelas autoridades chineses e cimentou a nossa colaboração recíproca”, frisou.

Na curta reunião com o primeiro-ministro chinês, houve tempo para falar precisamente da candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU e, segundo Augusto Santos Silva, a China reafirmou o seu critério nesta matéria.

“A República Popular da China considera que o único critério que deve contar na seleção do próximo secretário-geral é a sua capacidade pessoal, as suas qualidades políticas e a sua experiência. E como Portugal entende que o engenheiro António Guterres é uma personalidade especialmente qualificada, com experiência bastante, quer do ponto de vista político, quer na gestão do alto comissariado para os refugiados, Portugal fica muito confortável com este critério”, salientou.

Por sua vez, o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, que também participou na reunião, disse apenas que era “uma honra e um gosto” receber o primeiro-ministro chinês na ilha Terceira, fugindo às questões sobre o possível interesse da República Popular da China no Porto da Praia da Vitória.

“Os objetivos, os propósitos, a agenda oficiais desta visita são públicos e, portanto, é disso que se trata”, adiantou.

Questionado sobre a possibilidade de as visitas de governantes chineses aos Açores pressionarem os Estados Unidos da América, que iniciaram um processo de redução militar na base das Lajes, Vasco Cordeiro rejeitou essa hipótese.

O primeiro-ministro chinês visita, terça-feira, os principais pontos turísticos da ilha Terceira, antes de regressar à China, por volta das 17:00 (hora local, mais uma em Lisboa).

Em julho de 2014, esteve também na ilha Terceira o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, durante cerca de oito horas, numa escala entre o Chile e Pequim, em que aproveitou para se reunir com o então o vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas.

Já em 2012, tinha estado na ilha Terceira o primeiro-ministro chinês da altura, Wen Jiabao, acompanhado por uma comitiva de mais de 100 pessoas, numa escala técnica entre o Chile e a China, que demorou cerca de cinco horas.

Em junho deste ano, o presidente do Governo Regional dos Açores, recebeu, em Ponta Delgada, o ministro do Mar da China, Wang Hong, que destacou o potencial dos Açores na área do mar.


http://www.tvi24.iol.pt/politica/santos-silva/primeiro-ministro-chines-faz-escala-de-dois-dias-nos-acores (http://www.tvi24.iol.pt/politica/santos-silva/primeiro-ministro-chines-faz-escala-de-dois-dias-nos-acores)

Saudações
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Alvalade em Setembro 28, 2016, 02:32:27 pm
Mais um artigo de qualidade do Poder Naval, um dia destes se alguém decidir abrir um site concorrente estão bem tramados.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: miguelbud em Outubro 13, 2016, 03:29:22 pm
Costa admite que China pode vir a usar base das Lajes

http://observador.pt/2016/10/12/costa-admite-que-china-pode-vir-a-usar-base-das-lajes/
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: HSMW em Outubro 13, 2016, 03:36:01 pm
Isto é que me preocupa!!
Pesquisa... cientifica... Pois claro...

Parecemos um país africano a ser explorado pelos chinocas...

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Camuflage em Outubro 13, 2016, 10:55:02 pm
Mais vale ter os chineses por perto do que um "aliado" que não nos serve para nada e só abusa do seu poder. Ao menos a china não promove guerras nem vive delas, nem tão pouco dá facadas nos seus aliados.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 13, 2016, 11:35:31 pm
Mais vale ter os chineses por perto do que um "aliado" que não nos serve para nada e só abusa do seu poder. Ao menos a china não promove guerras nem vive delas, nem tão pouco dá facadas nos seus aliados.

A China não era aliado do Vietname? E a China, anda-se a portar bem com os seus vizinhos? E em áfrica eles têm feito melhor serviço que qualquer outro país ocidental? Eu devo viver noutra realidade alternativa...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Outubro 14, 2016, 02:31:11 pm
Há um ditado que diz

Os países não tem aliados, tem interesses.

Depois consoante isso é que fazem alianças.

O principal objetivo de um país pequeno é evitar as balas dos grandes, isto é, não se tornar no saco de pancada dos grandes, tipo a Síria.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 16, 2016, 11:42:21 am
Citar
Lajes. Seria "imediatista" desconsiderá-las, diz Seixas da Costa

Santos Silva afirmou no fim-de-semana que há "novas condições para examinar as Lajes". Especialistas dividem-se.

http://ionline.sapo.pt/artigo/534336/lajes-seria-imediatista-desconsidera-las-diz-seixas-da-costa-?seccao=Portugal_i
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Luso em Novembro 16, 2016, 12:20:26 pm
Há um ditado que diz

Os países não tem aliados, tem interesses.

Depois consoante isso é que fazem alianças.

O principal objetivo de um país pequeno é evitar as balas dos grandes, isto é, não se tornar no saco de pancada dos grandes, tipo a Síria.

Uns têm caminhos de servidão nos seus terrenos. Outros têm pistas de servidão. ;)

Mais a sério:
As Lajes na prática representam território nacional sob domínio estrangeiro e que coloca toda a Nação com um ónus cujo benefício geral parece ser muito inferior ao risco associado e à obrigatoriedade de uma diplomacia subserviente.
Devemos saudar com agrado a saída de uma potência superior do território nacional. Mendigar sucata e uns cobres que nada representam em função do que o Estado esbanja é, no mínimo vergonhoso. Apenas representa a típica solução fácil para uma classe política inútil e incapaz e que delas se alimenta e justifica.

Recordo Maquiavel:

"(...)um príncipe deve ter a cautela de jamais fazer aliança com um mais poderoso que ele para atacar os outros, senão quando a necessidade o compelir, como se disse acima, porque, vencendo, torna-se seu prisioneiro; e os príncipes devem fugir o quanto possam de ficar à discrição dos outros.(...)

O que há a fazer é reforçar e proteger a vertente turística dos Açores e reforçar drasticamente a sua defesa.



Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Viajante em Novembro 16, 2016, 10:40:46 pm
Com certeza deve de haver por aí muitas empresas de aviação, quer low cost, quer de bandeira, a quererem explorar a hipótese do turismo nos Açores, de forma semelhante ao que se passa na Madeira e que permita muito mais receitas do que o que temos actualmente......
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Abril 11, 2017, 12:38:15 pm
Base naval nas Lajes? Governo admite “novas dimensões”

http://rr.sapo.pt/noticia/80825/base_naval_nas_lajes_governo_admite_novas_dimensoes
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Abril 20, 2017, 06:18:31 pm
Base das Lajes pode vir a ser um Centro de Segurança Atlântica

https://www.publico.pt/2017/04/20/politica/noticia/base-das-lajes-pode-vir-a-ser-um-centro-de-seguranca-atlantica-1769320
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitano89 em Maio 04, 2017, 05:24:00 pm
EUA garantem permanecer nas Lajes


Diplomata norte-americana assegura que presença militar dos EUA também não vai reduzir-se mais.

A encarregada de negócios dos EUA em Portugal garantiu esta quinta-feira, em Lisboa, que Washington não sairá da base das Lajes.

"Absolutamente. Não vamos sair nem estamos a equacionar [nova] redução da nossa presença nas Lajes. De todo", declarou Herro Mustafa, atual chefe de missão dos EUA em Portugal.

A diplomata de carreira, que falava aos jornalistas no final do almoço organizado pela Câmara de Comércio Americana em Portugal, adiantou que o seu país vai investir mais de oito milhões de euros em "projetos de renovação" dentro da base das Lajes.

"Continuamos a procurar formas" de reforçar a presença norte-americana nos Açores e, fora da base militar, "estamos a fazer muito" em áreas que vão da educação à pesca sustentável e à ciência "para ajudar a economia local", sublinhou Herro Mustafa.

Sobre a reunião da próxima semana da comissão bilateral Portugal-EUA em Washington, a diplomata disse que "a cooperação no Atlântico" vai ser o tema principal em agenda. O dossier das Lajes continua na mesa, mas áreas como os recursos oceânicos, o futuro Centro de Investigação Internacional dos Açores (AIR Center, sigla em inglês) ou a defesa e segurança marítimas irão dominar o encontro.

Num almoço onde falou sobre "As relações transatlânticas depois dos 100 primeiros dias" da presidência de Donald Trump, Herro Mustafa disse ser ainda "muito cedo" para avaliar o que vai ser a atual Administração. "É importante esperar para saber exatamente qual vai ser o impacto" do novo executivo, insistiu a diplomata.

Herro Mustafa abordou ainda a importância da NATO para os EUA como "pilar da relação transatlântica", em especial porque a Administração Trump já "deixou claro" que apoia a aliança "a 100%".

>>>>>  http://www.dn.pt/portugal/interior/eua-garantem-continuar-nas-lajes-7205775.html
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: miguelbud em Setembro 12, 2017, 09:41:54 am
Devin Nunes: “Se Portugal gastar mais dinheiro em Defesa podemos fazer um bom acordo”

http://observador.pt/especiais/devin-nunes-se-portugal-gastar-mais-dinheiro-em-defesa-podemos-fazer-um-bom-acordo/
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Viajante em Setembro 12, 2017, 10:24:29 am
Devin Nunes: “Se Portugal gastar mais dinheiro em Defesa podemos fazer um bom acordo”

http://observador.pt/especiais/devin-nunes-se-portugal-gastar-mais-dinheiro-em-defesa-podemos-fazer-um-bom-acordo/
Julgo que o que ele queria dizer verdadeiramente é: Se Portugal gastar mais dinheiro em EQUIPAMENTO AMERICANO, podemos fazer um bom acordo :)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: HSMW em Setembro 12, 2017, 12:08:19 pm
Tipo uns C-130 Jóta...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Setembro 12, 2017, 06:21:35 pm
Um aparte mais relacionado com jornalismo: Não percebi, “Se Portugal gastar mais dinheiro em Defesa podemos fazer um bom acordo” é uma citação, correcto? No entanto no artigo ele nunca usa essas palavras.

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Setembro 12, 2017, 06:52:06 pm
Tipo uns C-130 Jóta...

Pelo que eu tiro do artigo, ele quer é que a gente gaste mais na Marinha.

Citar
Vocês têm a capacidade de construir uma Marinha poderosa. Só precisam de chegar aos 2%.

Citar
Se no próximo 1%, em vez de investirem 20% na Marinha, investirem 40%, isso vai permitir-vos fazer um investimento fundamental na vossa Marinha.

Aqui vemos o que é que os Americanos querem de nós, que sejamos uma primeira linha, exterior, de defesa da costa atlântica dos EUA, antes das ameaças chegarem às águas americanas.

Citar
A Espanha não vos vai invadir nos próximos tempos e vocês têm todo o oceano para patrulhar — a entrada para o Mediterrâneo, o Atlântico Norte, quase até ao Golfo da Guiné a sul. Vocês conseguem corresponder aqui a um conjunto de requisitos de missão que os Estados Unidos têm. Tornar-se-iam num aliado fundamental para os Estados Unidos. A ideia é que vocês ao longo do tempo aumentem a frota da vossa Marinha até cerca de 40 navios.

Citar
Iriam ter uma Marinha espetacular, uma das melhores do mundo, e se trabalharem com os EUA, através de um acordo bilateral, estaríamos a falar de um compromisso a longo prazo que tanto os EUA como Portugal deveriam querer. Seriam um dos nossos maiores aliados na Europa em termos de proteção dos EUA. Não estou a falar da NATO, estou a falar de proteger os Estados Unidos.

Citar
Penso que se Portugal se afirmar, se disser “nós sabemos que temos de cumprir este compromisso, queremos fazê-lo com a nossa Marinha, queremos fazê-lo com os Estados Unidos”, chegaríamos a um grande acordo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Setembro 12, 2017, 07:03:59 pm
Também achei interessante esta parte.

Citar
há uma oportunidade tremenda para Portugal ter um papel determinante na segurança naval a longo prazo. E foi por isso que eu estive agora em Viana do Castelo para ver as vossas instalações, para ver qual era a vossa capacidade, para saber se tinham a capacidade de construir navios. E têm.

Será que ainda vamos construir navios para a Coast Guard? Será que os EUA vão ajudar a pagar NPOs para a nossa Marinha?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Setembro 12, 2017, 09:56:19 pm
O que ele sugere, na prática, é uma relação semelhante à que tem existido entre a USN e a Armada Espanhola nos últimos 40 anos, mas para isso temos que investir e gastar carcanhol e nesse campo já sabemos o que a casa gasta, ou melhor, não gosta de gastar.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Setembro 13, 2017, 10:46:01 am
Portugal propõe aos EUA criação de centro de segurança atlântica nas Lajes
http://observador.pt/2017/09/12/portugal-propoe-aos-eua-criacao-de-centro-de-seguranca-atlantica-nas-lajes/
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Setembro 13, 2017, 02:24:06 pm
Ele é centros de excelência, centros de inovação, treta atrás de treta. Faz lembrar as universidades privadas quando começaram a florir por todo o país, no final dos anos 80, era só cursos de lápis e papel que não requeriam muito investimento. A nossa Defesa Nacional é, igualmente, uma defesa de lápis e papel, nada de substantivo, nada de investimento em capacidades, somente bullshit atrás de bullshit.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Dezembro 04, 2017, 05:45:47 pm
A solução perdida nas Lajes
https://ionline.sapo.pt/591049
(https://cdn1.newsplex.pt/media/2017/12/4/615258.jpg?type=artigo)
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Desde 2015 que a reconfiguração do dispositivo militar norte-americano na Europa teve repercussões no Velho Continente, incluindo na Base das Lajes, da ilha Terceira, nos Açores. A redução do contigente, que ainda ultrapassa as 60 mil unidades, requereu negociações diplomáticas, nas quais a administração Obama foi ativa, e estas sofreram escrutínio (e muitas vezes pressão política) por parte do Congresso americano.

A localização do Joint Intelligence Analysis Complex (centro de informações e análise) foi um dos apogeus do processo, na medida em que a decisão do Pentágono instalar o centro na base aérea de Croughton, no Reino Unido, onde estão estacionados os caças F-35 americanos, foi altamente questionada, nomeadamente pelo congressista de ascendência portuguesa Devin Nunes (republicano), acabando mesmo por ser alvo de um inquérito interno por parte da Inspeção Geral das Forças Armadas, e a cujo relatório final o SOL teve acesso.

Sendo natural que a relação especial que Washington e Londres mantêm - até do ponto de vista dos serviços de informação - crie preferências, é também evidente a necessidade que Portugal e a região autónoma dos Açores de encontrar alternativas para a Base das Lajes que compensem a gradual redução de presença americana na ilha. «O que não pode acontecer é os Estados quererem estar, não estando. Isto é, saberem que podem vir quando precisarem sem qualquer condição de responsabilidade», destaca fonte do Governo autónomo insular, que pediu reserva de anonimato devido à reunião bilateral entre os dois países que se realizará este mês.

Atualmente, a base tem funções meramente logísticas e em redução. A instalação de um centro de informações como o referido significaria um aumento de contingente de, no mínimo, um milhar de analistas, além da presença militar. O inquérito da Inspeção Geral das Forças Armadas dos EUA ilibou o Pentágono de responsabilidades, mas deixou severas críticas ao processo de escolha que preteriu os Açores em detrimento da base inglesa de Croughton. O relatório conclui que a escolha foi justificada com o custo que a remodelação a nível habitacional teria para albergar o centro nas Lajes (390 milhões de dólares), não tendo sido apresentadas «quaisquer demonstrações de como este custo foi estimado ou calculado». A alternativa, de «disponibilidade de arrendamento no exterior da base», fora descartada por «falta oferta» no mercado local, mas também «sem qualquer suporte» documental.

O inquérito procurou ainda saber por que razão um terceiro documento teria utilizado dados de 2007 «para avaliar o mercado de arrendamento local disponível» para 2015. A resposta da Força Aérea Americana, reza o inquérito, foi que estes eram «os melhores dados empíricos disponíveis à data», não havendo «tempo para realizar outro estudo» ou sequer «orçamento». Em março de 2016, o congressista Devin Nunes, já mencionado, afirmaria ter informações que dados sobre o mercado do arrendamento estariam a ser destruídos na Base das Lajes, o que poderia constituir «obstrução». Ao que o SOL apurou, o pedido de inquérito ao Pentágono terá também sido oriundo desta alegação.

O inquérito final concluiu que a destruição de ficheiros seguia as regras de protocolo norte-americano para a destruição de documentos; com prazo de um ano e sob supervisão. No entanto, o inquérito também concluiu que o Departamento de Defesa «não deveria simplesmente ter utilizado» os dados de 2007 - «na altura um estudo com 8 anos» - «sem qualquer tentativa de atualizar a informação» e sem «sequer contactar» a Base das Lajes para consulta. «Isto exibiu falta de iniciativa e devida diligência». Equívocos idênticos foram encontrados pelo inquérito militar no que diz respeito à avaliação das condições dos cabos de fibra óptica da ilha - essenciais para um centro de análise de informações, o que elevou as críticas de «imprecisões» e «falhas» na investigação a que o SOL teve acesso, ainda que ilibando os responsáveis.

Além do contexto político e diplomático já descrito, o facto de Croughton já ter visto considerável investimento infra-estrutural ser alocado também desfavoreceu a opção açoreana.

Michael Rubin, antigo quadro do Pentágono e professor em Yale, explica que «a infraestrutura já existente nas Lajes, assim como as ligações submarinas já existentes, a localização central do arquipélago dos Açores e o custo de vida reduzido na região» fazem a decisão parecer «curiosa».

«A decisão foi mais baseada na vontade dos funcionários viverem perto de Londres (em Croughton) do que no meio do Atlântico», escreveu o especialista. «Muito simplesmente, é por isso que os números que o Pentágono mostrou ao Congresso parecem fabricados».

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Janeiro 17, 2018, 05:57:32 pm
Governo avança com criação de Centro de Segurança do Atlântico nas Lajes

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-01-16-Governo-avanca-com-criacao-de-Centro-de-Seguranca-do-Atlantico-nas-Lajes
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Janeiro 30, 2018, 06:11:32 am
There Is No NATO without the North Atlantic

http://www.nationalreview.com/article/455852/nato-naval-security-north-atlantic-control-key (http://www.nationalreview.com/article/455852/nato-naval-security-north-atlantic-control-key)

Citar
To fulfill its mission of collective security, NATO must pay attention to geography.

NATO, the North Atlantic Treaty Organization, has a problem in the North Atlantic. It is not prepared for Russian aggression, at either the strategic or the tactical level. This can be seen in the nonchalant way the alliance regards key strategic choke points in the Atlantic, in particular the waters around the island nation of Iceland in the north Atlantic and Portugal’s Azores islands in the mid-Atlantic. It can also be seen in the individual fiscal commitments towards defense by individual NATO nations. For instance, Germany currently spends only about 1.2 percent of its GDP on its defense and Iceland spends only about 0.1 percent of its GDP. This is troubling, given the Russian threat that looms on the horizon.

NATO may soon find itself at risk because of its inattention to the key geographical feature that dominates its structure. To be clear, this is not the European continent, with 27 countries that make up the preponderance of the North Atlantic Treaty Organization. The nations that belong to the alliance in Europe are contiguous to one another and largely integrated in their mutual defense, such as it is in an era when defense spending amounts to 2 percent of GDP or less. No, the area of risk for the North Atlantic Treaty Organization is in the moat that separates Europe from its large, defense-minded neighbor, the United States, in North America. It’s the Atlantic Ocean that presents the alliance’s highest risk — or, rather, the alliance’s lack of focus on the critical task of maintaining access to it, and NATO’s shaky awareness of the critical importance of the key geographic features in Iceland and the Azores.

Geography Determines Strategy
Just over a century ago, two geostrategic giants — one from a great land power, the United States, and the other from the small island sea power, Britain — conducted a debate in front of the world, a debate that has largely been forgotten. The American, Alfred T. Mahan, a Navy captain, argued that control of the sea was the key to global leadership, while the Briton, Alfred MacKinder, argued that whoever controlled the “world island” of Eurasia would lead. Neither ended up winning the debate, as the two world wars that followed proved that land and sea presented both strengths and weaknesses, and that the importance of geography should never be underestimated.

Today, Russia has the advantage in the “heartland” of MacKinder’s world island, as demonstrated by its entry into Georgia, its illegal seizure of Crimea, and its occupation of a large section of Ukraine. Not since Hitler moved with European acquiescence into the Sudetenland and then invaded Poland has Europe witnessed such territorial aggression. All the while Europe has watched uneasily, debating whether to provide manpower or even lethal supplies to Ukraine as that nation struggles to maintain its independence. NATO itself also continues its uneasy and only partially acknowledged internal debate as to the true meaning of its essential Article V and its application if and when Putin takes the next inexorable step toward regaining Russia’s lost empire of buffer states in the Baltics. NATO’s European members take quiet solace at night in the thought that, should Putin move against a NATO nation while they dream, the Americans will come to their aid. Except maybe they won’t, mostly because they can’t.

Over the past generation, the United States has withdrawn most of its forces from Europe. Armored divisions that once lived in Germany are now based in Texas. Squadrons of Air Force fighters and bombers that once took off and landed at European airfields now lie distributed about the North American continent. If Putin moves, these forces will need to cross the Atlantic quickly to reinforce European allies before Russia’s new acquisitions undergo rapid “local plebiscite” elections in order to justify a new status quo, and Europe will not move to oppose Putin without a solid confidence in American aid, which may not be able to get there.

Russia Seeks to Control the Core and the Rim
The problem is that Russia has made significant investments in advanced submarines that can dive very deep, move rather quickly, and operate extremely quietly. One or two of these boats, loosed into the Atlantic, could easily interdict American Military Sealift Command ships crossing the ocean with men, tanks, and artillery. In the past, NATO maintained a healthy supply of anti-submarine frigates to provide convoy escort for these ships, but today NATO has half the frigates it once had and the United States Navy has none. Additionally, in the past, NATO had the ability to fly long-range anti-submarine-warfare patrol aircraft from air bases in Norway, Iceland, Scotland, the Azores, and Rota, Spain, to maintain a continuous search-and-tracking capability in the Atlantic. Today the alliance has fewer than half the maritime patrol aircraft it once had, and its anti-submarine-warfare operations-planning centers in Iceland and the Azores have largely been shuttered.

These locations represent strategic choke points in that both enemies and friends must pass near them, guided by the underwater geography of the Atlantic. Mahan identified choke points as strategic maritime centers of gravity, and NATO’s decision to leave them unguarded represents a significant strategic error. While it is true that runways and hangars still exist on both Iceland and the island of Lajes in the Azores, they and the operations-and-planning centers that once supported 24/7/365 anti-submarine operations have not been maintained sufficiently to enable the rapid reinitiation of operations.

Iceland essentially spends nothing for its own defense. Although it is quick to talk about its financial contributions to the alliance and to other member states, its only significant contribution is its territory and key strategic location. Portugal, which has owned the Azores since the 15th century, spends more on its own defense than does Iceland. Its 2016 figure of 1.84 percent of GDP on defense spending is respectable, though still short of the 2 percent that it committed to, along with the rest of the alliance, in Wales during the 2014 summit. However, Portugal’s problem is not so much how much it spends, but what it spends it on.

Portugal is one of Europe’s smaller nations, with a land mass of 92,000 square kilometers, but its sea frontier, due to its ownership of the Azores, is actually 1.7 million square kilometers, or 18 times its land mass. Thus, it is strange that Portugal spends only 31 percent of its defense budget on its navy, allocating 43 percent to its army and air force. As it is, the Portuguese navy struggles to patrol its vast sea frontier with two AIP submarines and five older frigates of Dutch and German design, even as it works to bring ten smaller offshore patrol vessels of an innovative indigenous design into the fleet. As its budget grows, Portugal, like the other Atlantic facing members of the NATO alliance, would be wise to invest more in anti-surface and anti-submarine capabilities and capacities.

For Vladimir Putin, the recovery of the three Baltic countries — Latvia, Estonia, and Lithuania — is synonymous with the reestablishment of Russian security. He felt that Russia has been endangered by NATO’s “expansion” to his western border and he pays no heed to the security concerns of those nations that labored as slave states under the Soviet Union. For him, the matter goes beyond Russia’s historic paranoid need for defense-in-depth buffer states to shield its core centers. It goes to the fact that intellectually he rejects the presence of truly free democracies and free economies on his border that do not fall under the central control of his oligarch-backed government. There is something in Putin that rejects governance that is not answerable to him. The creative instability of freedom is what he fears.

If NATO is to retain its ability to defend itself in MacKinder’s heartland of Eastern Europe, it must recover its ability to control Mahan’s chokepoints in the North Atlantic. NATO nations must rebuild the alliance’s fleet of frigates to levels sufficient to support simultaneous anti-submarine-warfare and convoy-escort evolutions. These types of ships — small, inexpensive, and capable of executing both anti-surface and anti-submarine missions — are critical enablers of the alliance as a whole. In addition, the alliance should increase its investments in those islands that overlook the key geostrategic chokepoints that control access to the North Atlantic. The support infrastructure on bases in Norway, the United Kingdom, and Spain should be modernized while runways, hangars, and support installations in Iceland and the Azores should be revamped altogether. These, along with frigates at sea, are the capabilities that will guarantee NATO alliance access to the Atlantic. Without them, the Atlantic will be in doubt, which is to say that NATO will be in doubt.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Janeiro 30, 2018, 09:26:51 pm
Secretário-geral da NATO sexta-feira em Lisboa para encontros com Governo e PR

Citar
O governante disse ter a expectativa de que o Centro de Segurança do Atlântico, que visa a "segurança marítima" e já tem o apoio dos EUA, venha ser um "centro de excelência NATO".

https://www.dn.pt/lusa/interior/secretario-geral-da-nato-sexta-feira-em-lisboa-para-encontros-com-governo-e-pr-9071952.html
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Março 11, 2018, 11:45:51 am
Pareceu-me ver 6 bicharocos destes a voar ontem cerca das 17:00 horas ao largo da costa sul da Ilha Terceira, no sentido oeste-este.


Infelizmente estava "desarmado" e não filmei/fotografei para confirmar. Foram precedidos de um avião a jato que deduzo seja o reabastecedor.

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: ICE 1A+ em Março 12, 2018, 08:19:01 am
Pareceu-me ver 6 bicharocos destes a voar ontem cerca das 17:00 horas ao largo da costa sul da Ilha Terceira, no sentido oeste-este.


Infelizmente estava "desarmado" e não filmei/fotografei para confirmar. Foram precedidos de um avião a jato que deduzo seja o reabastecedor.

Confirma-se! Aterraram nas lajes

Fotos de Tiago Silva do Blog the aircraft spotting:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi63.tinypic.com%2F2lcxzlt.jpg&hash=df591a2ed74497ec2c1dbc35076c5cf6)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi64.tinypic.com%2F2nr2a9g.jpg&hash=77998e378cd9f4936e27727037a2547e)
http://theaircraftspotting.blogspot.fr/2018/03/bell-boeing-mv-22b-osprey_60.html?m=1
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Março 18, 2018, 05:39:08 pm
Base das Lajes. “Quem ganha sempre são os Estados Unidos”
https://sol.sapo.pt/artigo/604591/base-das-lajes-quem-ganha-sempre-sao-os-estados-unidos-
(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2018/3/16/630859.jpg?type=Artigo)
Citar
António Ventura, do PSD, critica a falta de conhecimento do Estado sobre a importância da posição geoestratégia dos Açores
Depois da notícia de que os Açores vão receber a nova estratégia nacional para o espaço, a Assembleia da República debate, a pedido do PSD, a valorização das posições geoestratégicas das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

António Ventura, deputado social-democrata eleito pelos Açores, explicou ao i que o objetivo do debate é que “se fale do tema, se estude o tema, se dê importância ao tema a nível nacional”. “Nós propomos uma articulação de cá [continente], para lá [regiões autónomas], em que o governo da República e o governo regional discutam”, explicou o deputado.

“Sabermos antecipadamente quais são as vantagens negociais neste xadrez multipolar da posição dos Açores” é vantajoso para que Portugal deixe de “ir para a mesa de negociações – quer internamente [na União Europeia] quer externamente – sem saber que benefícios têm os Açores”.

A localização do arquipélago açoriano sempre foi cobiçada a nível estratégico, chegando mesmo a receber o título de “ilhas do mundo”. No entanto, o conhecimento do Estado português sobre as possibilidades de utilização é limitado, denuncia o deputado.

A utilização da base das Lajes por parte dos Estados Unidos da América (EUA) a nível militar é para Ventura um “colete de forças”. “Este colete de forças, digamos assim, com os EUA – só com os EUA – não tem permitido abrir o leque das potencialidades da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores”.

Para além disso, a falta de conhecimento sobre as possibilidades do arquipélagos faz com que os acordos sejam sempre prejudiciais a Portugal. “Em todas as revisões dos acordos com os EUA [sobre a utilização base das Lajes], quem ganha sempre são os EUA. Não tenhamos dúvidas quanto a isso. E Portugal tem de saber tirar partido para além dos EUA”.

O deputado afirma que é preciso estudar a possibilidade de investir a nível tecnológico, humanitário ou do conhecimento, como, por exemplo, nas áreas marinha e astrofísica, chegando mesmo a sugerir a criação de um laboratório no meio do oceano Atlântico.

“O que tem acontecido é que nós estamos em estado latente, não atuamos nem damos prioridade ao conhecimento da política da geografia no âmbito internacional e no âmbito das negociações internacionais”, afirma Ventura.

A questão “exige, de facto, estudos prospetivos, mas que não parem no tempo, têm de ser atualizados”. Para Ventura, “é o Estado que tem de potencializar a seu favor – e também a favor dos Açores – o arquipélago. Há ali um potencial adormecido, claro que há. Está em estado latente, claro que está. Não tem sido devidamente aproveitado, claro que não. Nós estamos numa posição no mundo em que podemos beneficiar Portugal – e os Açores – em termos de criação de riqueza e de emprego”, acrescenta.

Estratégia nacional para o espaço Como o i publicou na passada terça-feira, foi publicada em Diário da República a resolução de conselho de ministros de fevereiro que aprovou a Estratégia Nacional para o Espaço. “Isso é uma boa notícia, mas a questão é que tem havido muitas notícias e pouca concretização”, critica Ventura. “Foi o Air Center, um centro de segurança no Atlântico, agora é um centro de lançamento de satélites. A verdade é que não passa ainda de teorias, não sei se está no papel de forma concretizada e planeada”.

O deputado social-democrata defende que “é preciso passar da publicidade à concretização. Basta de publicidade, de anúncios. Concretize-se aquilo que se tem vindo a anunciar”, pede o Ventura. “E parece que há aqui uma publicidade para entreter, uma forma de criar expetativas e assim ir embalando o povo açoriano. Já estamos a dois anos do mandato, já vamos para o terceiro ano, rapidamente para estaremos no quarto ano, são as eleições e nada se fez”.

O deputado eleito pelos Açores chega mesmo a partilhar uma situação em que mostra a “descoordenação” que existe entre o arquipélago e o continente. “No âmbito do orçamento da defesa para 2018, o ministro Augusto Santos Silva anunciou no parlamento, com pompa e circunstância, que no orçamento da Defesa estava previsto o estudo de usos adicionais para a base das Lajes. Logo no dia a seguir veio o presidente do governo regional [Vasco Cordeiro] dizer que é mentira, que não estava lá. E, mais grave do que isso, é que, precisamente uma semana depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a afirmar que lá estava e o presidente do governo voltou a afirmar que não estava. Isto há aqui uma descoordenação incrível que nada benéfica quem está a ver esta palhaçada política”.

Cinco propostas em discussão E foi com o objetivo de acabar com esta “descoordenação” que o PSD apresentou este tema à Assembleia da República juntamente com um projeto de resolução que recomenda ao governo que “potencie com o governo regional dos Açores e o governo regional da Madeira uma articulação política prospetiva para a importância geoestratégica e geopolítica dos arquipélagos”. “O que nós propomos é que se sentem, que articulem, que estudem, porque caso contrário são várias vozes sem coordenação”, explica.

Também em debate estão outros quatro projetos, dois do PS e dois do CDS, que defendem a valorização do potencial geoestratégico tanto da Madeira como dos Açores. Os projetos dos outros partidos “são bem-vindos”, afirma Ventura, que acredita que o mais importante é que “haja esta atenção nacional para as potencialidades que estão ali adormecidas”.

Sobre as expetativas para o debate, o deputado social-democrata espera “que seja aprovado”, mas deixa o aviso: “Nós vamos acompanhar, vamos vigiar o cumprimento dessa resolução da Assembleia da República. Porque também há outra estratégia do governo que é aprovarem as resoluções e depois, como são aprovadas, não se fala mais no assunto e eles não fazem nada. Nós não vamos deixar que o assunto morra”.

Sem dúvida alguma, o estado e as nossas forças Armadas parecem ter falta de conhecimento sobre a importância da posição geoestratégia dos Açores, pois em caso contrário, receberiamos mais em contrapartidas. Sempre podemos mandar os américas dar um volta, e colocar lá uma força europeia, ou será que não? Ou Portugal é vassalo dos EUA?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitano89 em Março 21, 2018, 06:03:04 pm
PS contra “notícias falsas” com origem russa sobre contaminação ambiental na Terceira


O PS insurgiu-se hoje contra "notícias falsas" e geradoras de "alarmismo social" sobre contaminação ambiental na ilha Terceira, apontando responsabilidades à informação russa e contrapondo que o problema na Base das Lajes "é localizado".

Estas posições foram assumidas pela vice-presidente da bancada socialista Lara Martinho, em plenário, na Assembleia da República, durante um discurso que proferiu no período de declarações políticas.

Lara Martinho defendeu que "o clima de retoma e consolidação económica" dos Açores, tendo como marcas a natureza e a sustentabilidade ambiental", pode ser prejudicado por "notícias falsas" e geradoras de "alarmismo social" sobre "um estado de contaminação na ilha Terceira decorrente da presença norte-americana".

"Assistimos à divulgação de notícias internacionalmente produzidas pela RT Russia Today sobre a existência de 'um paraíso tóxico' de uma 'ilha radioativa' - conteúdos que se tornaram virais e chegaram aos principais mercados emissores de turistas e que são reproduzidos ao nível nacional. Trata-se de informações sem fundamento que associam a contaminação a um aumento de doenças oncológicas e que criam um alarmismo social na ilha e na região. Notícias que são tudo menos responsáveis e verdadeiras", sustentou Lara Martinho.

Em relação à Base das Lajes, Lara Martinho assumiu a existência de "um problema, embora localizado, restrito e que tem de ser frontalmente enfrentado e resolvido, sempre tendo como base o rigor técnico e científico".

A vice-presidente da bancada socialista considerou ainda que, face ao problema, tem existido "uma nova atitude por parte dos Estados Unidos, com a assunção das responsabilidades próprias", assim como por parte do executivo do PS.

"Há claramente uma nova atitude deste Governo da República face ao anterior do PSD/CDS quanto à questão da contaminação ao assumir o compromisso de trabalhar com as autoridades norte-americanas e mesmo de as substituir em caso de necessidade", disse.

Esta posição motivou depois fortes críticas por parte do PSD, com o deputado António Ventura a culpar "os governos da República e Regional dos Açores pela persistência do problema da contaminação".

"Existe alarmismo porque o Governo do PS não descontaminou os terrenos da Base das Lajes, nem em 2016, nem em 2017. Querem acabar com o alarmismo, então descontaminem os terrenos", afirmou António Ventura, numa curta intervenção em que também defendeu a tese de que o aumento do turismo nos Açores se deveu à liberalização do espaço aéreo "contra a vontade [do presidente do PS] Carlos César e dos executivos de José Sócrates, que sempre protegeram a SATA".

Na resposta, a vice-presidente da bancada socialista Lara Martinho devolveu as críticas sobre inércia relativamente aos terrenos da Base das Lajes e considerou que o deputado do PSD António Ventura "assumiu-se como o rosto do alarmismo na Assembleia da República".

Pela parte do PCP, António Filipe também criticou "o alarmismo" feito à volta da situação ambiental existente na ilha Terceira, defendeu que os Estados Unidos têm de assumir as suas responsabilidades no problema, mas demarcou-se da "visão idílica" apresentada pela deputada Lara Martinho sobre a vida económico-social na Região Autónoma dos Açores.

O deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos atacou os sucessivos governos da República e dos Açores pela "submissão revelada em relação aos Estados Unidos", dizendo mesmo, com ironia, que "Portugal tem sido um excelente aluno na NATO".

"Não sei se o PS está a pretender sonegar o que se está a passar na Base das Lajes, mas a pegada ambiental é muito grave", advertiu o deputado do Bloco de Esquerda.


>>>>>>>  https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ps-contra-noticias-falsas-com-origem-russa-sobre-contaminacao-ambiental-na-terceira
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Março 22, 2018, 10:22:29 am
Base das Lajes. “Quem ganha sempre são os Estados Unidos”
https://sol.sapo.pt/artigo/604591/base-das-lajes-quem-ganha-sempre-sao-os-estados-unidos-
(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2018/3/16/630859.jpg?type=Artigo)
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António Ventura, do PSD, critica a falta de conhecimento do Estado sobre a importância da posição geoestratégia dos Açores
Depois da notícia de que os Açores vão receber a nova estratégia nacional para o espaço, a Assembleia da República debate, a pedido do PSD, a valorização das posições geoestratégicas das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

António Ventura, deputado social-democrata eleito pelos Açores, explicou ao i que o objetivo do debate é que “se fale do tema, se estude o tema, se dê importância ao tema a nível nacional”. “Nós propomos uma articulação de cá [continente], para lá [regiões autónomas], em que o governo da República e o governo regional discutam”, explicou o deputado.

“Sabermos antecipadamente quais são as vantagens negociais neste xadrez multipolar da posição dos Açores” é vantajoso para que Portugal deixe de “ir para a mesa de negociações – quer internamente [na União Europeia] quer externamente – sem saber que benefícios têm os Açores”.

A localização do arquipélago açoriano sempre foi cobiçada a nível estratégico, chegando mesmo a receber o título de “ilhas do mundo”. No entanto, o conhecimento do Estado português sobre as possibilidades de utilização é limitado, denuncia o deputado.

A utilização da base das Lajes por parte dos Estados Unidos da América (EUA) a nível militar é para Ventura um “colete de forças”. “Este colete de forças, digamos assim, com os EUA – só com os EUA – não tem permitido abrir o leque das potencialidades da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores”.

Para além disso, a falta de conhecimento sobre as possibilidades do arquipélagos faz com que os acordos sejam sempre prejudiciais a Portugal. “Em todas as revisões dos acordos com os EUA [sobre a utilização base das Lajes], quem ganha sempre são os EUA. Não tenhamos dúvidas quanto a isso. E Portugal tem de saber tirar partido para além dos EUA”.

O deputado afirma que é preciso estudar a possibilidade de investir a nível tecnológico, humanitário ou do conhecimento, como, por exemplo, nas áreas marinha e astrofísica, chegando mesmo a sugerir a criação de um laboratório no meio do oceano Atlântico.

“O que tem acontecido é que nós estamos em estado latente, não atuamos nem damos prioridade ao conhecimento da política da geografia no âmbito internacional e no âmbito das negociações internacionais”, afirma Ventura.

A questão “exige, de facto, estudos prospetivos, mas que não parem no tempo, têm de ser atualizados”. Para Ventura, “é o Estado que tem de potencializar a seu favor – e também a favor dos Açores – o arquipélago. Há ali um potencial adormecido, claro que há. Está em estado latente, claro que está. Não tem sido devidamente aproveitado, claro que não. Nós estamos numa posição no mundo em que podemos beneficiar Portugal – e os Açores – em termos de criação de riqueza e de emprego”, acrescenta.

Estratégia nacional para o espaço Como o i publicou na passada terça-feira, foi publicada em Diário da República a resolução de conselho de ministros de fevereiro que aprovou a Estratégia Nacional para o Espaço. “Isso é uma boa notícia, mas a questão é que tem havido muitas notícias e pouca concretização”, critica Ventura. “Foi o Air Center, um centro de segurança no Atlântico, agora é um centro de lançamento de satélites. A verdade é que não passa ainda de teorias, não sei se está no papel de forma concretizada e planeada”.

O deputado social-democrata defende que “é preciso passar da publicidade à concretização. Basta de publicidade, de anúncios. Concretize-se aquilo que se tem vindo a anunciar”, pede o Ventura. “E parece que há aqui uma publicidade para entreter, uma forma de criar expetativas e assim ir embalando o povo açoriano. Já estamos a dois anos do mandato, já vamos para o terceiro ano, rapidamente para estaremos no quarto ano, são as eleições e nada se fez”.

O deputado eleito pelos Açores chega mesmo a partilhar uma situação em que mostra a “descoordenação” que existe entre o arquipélago e o continente. “No âmbito do orçamento da defesa para 2018, o ministro Augusto Santos Silva anunciou no parlamento, com pompa e circunstância, que no orçamento da Defesa estava previsto o estudo de usos adicionais para a base das Lajes. Logo no dia a seguir veio o presidente do governo regional [Vasco Cordeiro] dizer que é mentira, que não estava lá. E, mais grave do que isso, é que, precisamente uma semana depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a afirmar que lá estava e o presidente do governo voltou a afirmar que não estava. Isto há aqui uma descoordenação incrível que nada benéfica quem está a ver esta palhaçada política”.

Cinco propostas em discussão E foi com o objetivo de acabar com esta “descoordenação” que o PSD apresentou este tema à Assembleia da República juntamente com um projeto de resolução que recomenda ao governo que “potencie com o governo regional dos Açores e o governo regional da Madeira uma articulação política prospetiva para a importância geoestratégica e geopolítica dos arquipélagos”. “O que nós propomos é que se sentem, que articulem, que estudem, porque caso contrário são várias vozes sem coordenação”, explica.

Também em debate estão outros quatro projetos, dois do PS e dois do CDS, que defendem a valorização do potencial geoestratégico tanto da Madeira como dos Açores. Os projetos dos outros partidos “são bem-vindos”, afirma Ventura, que acredita que o mais importante é que “haja esta atenção nacional para as potencialidades que estão ali adormecidas”.

Sobre as expetativas para o debate, o deputado social-democrata espera “que seja aprovado”, mas deixa o aviso: “Nós vamos acompanhar, vamos vigiar o cumprimento dessa resolução da Assembleia da República. Porque também há outra estratégia do governo que é aprovarem as resoluções e depois, como são aprovadas, não se fala mais no assunto e eles não fazem nada. Nós não vamos deixar que o assunto morra”.

Sem dúvida alguma, o estado e as nossas forças Armadas parecem ter falta de conhecimento sobre a importância da posição geoestratégia dos Açores, pois em caso contrário, receberiamos mais em contrapartidas. Sempre podemos mandar os américas dar um volta, e colocar lá uma força europeia, ou será que não? Ou Portugal é vassalo dos EUA?

Os Açores são mais importantes para os EUA do que para a Europa, uma vez que os EUA têm interesses estratégicos na Europa e no Médio Oriente e precisam dos Açores para reabastecer as forças que se dirigem nessas direcções. A Europa não tem interesses estratégicos no continente americano que necessite de deslocação de tropas, logo os Açores não são estratégicos.
Os Açores foram perdendo valor para os EUA com o fim da Guerra Fria. O reaparecimento da Rússia na cena internacional vieram dar novamente importância aos Açores, nomeadamente para ajudar a controlar as vias marítimas que ligam a América à Europa e isso começa a ser novamente compreendido pelos EUA. Quem não compreendeu a importância relativa dos Açores para os EUA foram os políticos portugueses. Os EUA não precisam dos Açores só porque os Açores existem... Os EUA precisam dos Açores enquanto tiverem necessidade de deslocar tropas para a Europa e o Médio Oriente, e precisarem de reabastecer essas forças. Com o avanço da aviação os aviões vão conseguindo percorrer maiores distâncias sem reabastecer e por isso os Açores irão perder valor estratégico se não pensarem na vertente marítima da NATO. O controlo do Atlântico Norte é fulcral e portanto seria boa ideia apostar em condições para reabastecer os navios da NATO e em equipamentos de detecção submarina, para que os Açores continuem a ser fulcrais para a NATO durante muitas décadas.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Março 22, 2018, 11:45:27 am
O arquipélago e neste caso a Ilha Terceira onde está estacionado o reduzido contingente americano funciona como um grande Porta aviões para os americanos e aliados no sentido de ser um ponto de passagem para as tripulações como o Lusitan referiu.
Além das comodidades e descanso que se obtém face a um vôo direto para a Europa e África é também útil para treinos de tripulações. Na pista militar pode aterrar (e já aterrou de tudo) uma grande panóplia de aeronaves, além do apoio em combustível de aviação militar que existe.
Por toda a ilha existem equipamentos de comunicações de uso exclusivo americano, a ilha é também um ponto de retransmissão e de colheita de informação e com o passar dos anos e a evolução da tecnologia os americanos perceberam que podiam fazer mais e melhor com menos, daí a redução do efetivo militar...que mesmo assim em capacidade supera o da parte portuguesa em algumas áreas.
Mas sim há toda uma componente marítima que pode ser aproveitada, dando outra dinâmica ao arquipélago, porque até antes da componente da Força Aérea Americana presente na ilha, as primeiras forças eram da US Navy.
E mesmo que não se vislumbrem as aterragens de outros tempos, pelo menos os reabastecedores continuarão a usar as Lajes como base de apoio.

E não são só os americanos, Indianos, Ingleses, Italianos, Espanhóis, Marroquinos, Israelitas, Jordanos....Força Aéreas de países Nato e não Nato usam as Lajes como base de apoio para as suas movimentações de e para o continente americano.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Março 22, 2018, 03:17:36 pm
Lusitan
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Quem não compreendeu a importância relativa dos Açores para os EUA foram os políticos portugueses.

Completamente de acordo, já não é de agora que temos políticos muito fraquinhos.

Lusitan
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Os EUA não precisam dos Açores só porque os Açores existem... Os EUA precisam dos Açores enquanto tiverem necessidade de deslocar tropas para a Europa e o Médio Oriente, e precisarem de reabastecer essas forças.

É exatamente isso, ou seja, enquanto os EUA precisarem devem pagar e bem pelo aluguer, ao que parece não tem acontecido, como diz a notícia, quem ganha sempre são os EUA e isso tem de acabar. Já agora,  qual tem sido as contrapartidas pelo uso da Base?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Março 22, 2018, 03:32:27 pm
A Base é da Força Aérea Portuguesa...o Destacamento americano tem a seu cargo a manutenção de uma parte da infraestrutura, da pista propriamente dita, de instalações dentro e fora da Unidade além da presença dos seus militares contribuir para a economia da ilha. O "pagamento" fica diluído em serviços prestados, além de sinergias com algumas valências da Unidade, nomeadamente a operação conjunta em algumas áreas.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Março 22, 2018, 03:34:58 pm
O arquipélago e neste caso a Ilha Terceira onde está estacionado o reduzido contingente americano funciona como um grande Porta aviões para os americanos e aliados no sentido de ser um ponto de passagem para as tripulações como o Lusitan referiu.
Além das comodidades e descanso que se obtém face a um vôo direto para a Europa e África é também útil para treinos de tripulações. Na pista militar pode aterrar (e já aterrou de tudo) uma grande panóplia de aeronaves, além do apoio em combustível de aviação militar que existe.
Por toda a ilha existem equipamentos de comunicações de uso exclusivo americano, a ilha é também um ponto de retransmissão e de colheita de informação e com o passar dos anos e a evolução da tecnologia os americanos perceberam que podiam fazer mais e melhor com menos, daí a redução do efetivo militar...que mesmo assim em capacidade supera o da parte portuguesa em algumas áreas.
Mas sim há toda uma componente marítima que pode ser aproveitada, dando outra dinâmica ao arquipélago, porque até antes da componente da Força Aérea Americana presente na ilha, as primeiras forças eram da US Navy.
E mesmo que não se vislumbrem as aterragens de outros tempos, pelo menos os reabastecedores continuarão a usar as Lajes como base de apoio.

Caro Raphael na prática o que é que Portugal tem recebido em troca pelo uso do nosso Porta Aviões ? Esse é o ponto, não importa se os  Açores irão perder valor estratégico como disse o caro Lusitan, não me importa que EUA mandou reduzir o seu contigente na Base, importa sim, que enquanto os EUA precisarem da Base seja para o que for devem pagar e bem, caso contrario fora e aqui sim, não temos políticos a altura com eles no meio, não passam de vassalos dos EUA. Pois o Senhor Trump não faria por menos com a sua política económica de olho por olho.

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Março 22, 2018, 03:49:49 pm
Dúvido seriamente que o façam pois o apoio americano na Base em algumas áreas é crítico e não afeta somente a componente militar afeta também a componente civil...a partir do momento em que se comece neste jogo do utilizador pagador, Portugal recebe uma fatura que não vai conseguir pagar num futuro próximo.
Existem contrapartidas estabelecidas, mesmo com o Governo Regional dos Açores que não "transparecem"...
Contrapartidas? F-84, F-86, T-33, T-38, F-16....Pista do aeródromo militar, controlo aéreo que permite receber todo e qualquer tráfego civil....
As económicas para a ilha já foram maiores quando o efetivo era maior, mas continua a ser decisivo para algumas atividades económicas da ilha...
Quem acha que se mantêm por lá à borla desenganem-se...é pura desinformação....
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Março 22, 2018, 03:51:28 pm
A Base é da Força Aérea Portuguesa...o Destacamento americano tem a seu cargo a manutenção de uma parte da infraestrutura, da pista propriamente dita, de instalações dentro e fora da Unidade além da presença dos seus militares contribuir para a economia da ilha. O "pagamento" fica diluído em serviços prestados, além de sinergias com algumas valências da Unidade, nomeadamente a operação conjunta em algumas áreas.

Então vamos mudar isso, essa de os militares contribuirem para a economia da ilha é normal e não é problema nosso são eles que precisão da Base e não nós. Segundo, a manutenção da infraestrutura da pista faz todo o sentido, quanto as instalações dentro e fora da Base já não estou propriamente de acordo. Mesmo assim e a meu ver isso não chega, se os EUA querem continuar a usar o nosso Porta Aviões devem pagar e com meios militares.

raphael
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Dúvido seriamente que o façam pois o apoio americano na Base em algumas áreas é crítico e não afeta somente a componente militar afeta também a componente civil...a partir do momento em que se comece neste jogo do utilizador pagador, Portugal recebe uma fatura que não vai conseguir pagar num futuro próximo.

Exatamente o que temia, ou seja a Base das Lajes já não é nossa, por outras palavras temos de baixar as calças pois que manda são os ianques.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Março 22, 2018, 04:00:18 pm
A Base é da Força Aérea Portuguesa...o Destacamento americano tem a seu cargo a manutenção de uma parte da infraestrutura, da pista propriamente dita, de instalações dentro e fora da Unidade além da presença dos seus militares contribuir para a economia da ilha. O "pagamento" fica diluído em serviços prestados, além de sinergias com algumas valências da Unidade, nomeadamente a operação conjunta em algumas áreas.

Então vamos mudar isso, essa de os militares contribuirem para a economia da ilha é normal e não é problema nosso são eles que precisão da Base e não nós. Segundo, a manutenção da infraestrutura da pista faz todo o sentido, quanto as instalações dentro e fora da Base já não estou propriamente de acordo. Mesmo assim e a meu ver isso não chega, se os EUA querem continuar a usar o nosso Porta Aviões devem pagar e com meios militares.

Os americanos discordam dessa da manutenção da pista...são milhões de euros que estão em causa...o maior tráfego é civil atualmente.
Na parte dos militares houve uma decisão recente de abandonar os bairros residenciais americanos existentes e avançar para o aluguer de moradias por toda a ilha, para apoiar a economia local e garanto-te que os americanos pagam bem, valores puramente sobrevalorizados por se tratarem de americanos.
Podiam efetivamente existir outras contrapartidas mas cabe ao governo negociar nas reuniões bilaterais e estabelecer requisitos.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Março 23, 2018, 02:35:21 pm
Lajes: Governo dos Açores quer descontaminação total e paga pelos EUA
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/lajes-governo-dos-acores-quer-descontaminacao-total-e-paga-pelos-eua
(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=NzI1Yh85O5hbJHTL5jNlePYWJS3u8U9bQD7D2dWv0w4q7/LZXPA0aP/RC8eedIkI9TJ8MuPQdcr4zGWl9zGSGRHpngGBaUbT4bMEOn+RQ4MkU9Q=&W=800&H=0&delay_optim=1)
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O Governo Regional dos Açores defende que os Estados Unidos da América (EUA) devem desenvolver um plano com ações "concretas e calendarizáveis" para descontaminar na "totalidade" solos e aquíferos na ilha Terceira, assumindo essas despesas.
O Governo dos Açores reitera que só uma ação global sobre a totalidade daqueles ‘sites' identificados como contaminados ou potencialmente contaminados permitirá resolver, satisfatoriamente, a matéria da descontaminação na ilha Terceira, assentes num plano de ações concretas e calendarizáveis a desenvolver pelos EUA que possam ainda ser comunicadas claramente às populações em causa", poder ler-se num parecer da presidência do Governo Regional a um projeto de resolução do PSD na Assembleia da República, a que a Lusa teve acesso.

Em causa está a contaminação de solos e aquíferos provocada pela Força Aérea norte-americana na base das Lajes, identificada em 2005 pelos próprios norte-americanos e confirmada, em 2009, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Esta sexta-feira, serão discutidos na Assembleia da República seis projetos de resolução que reivindicam a limpeza ambiental da ilha Terceira, nos Açores, apresentados por PS, PSD, BE, PEV, CDS-PP e PAN.

Num parecer à proposta social-democrata, que recomenda ao Governo da República que "promova uma efetiva descontaminação dos solos e aquíferos no concelho da Praia da Vitória", apresentando "imediatamente" um plano "com medidas específicas, calendarização, financiamento e transparência", o executivo açoriano defende que devem ser os Estados Unidos a assumir os custos desses trabalhos, mas que o Estado português tem de garantir que isso aconteça.

"As responsabilidades financeiras que decorrem do desenvolvimento integral dessas ações cabem, no entendimento do Governo dos Açores, em primeira instância ao poluidor - os EUA - cabendo, em consequência, ao Estado português garantir não apenas a execução das mesmas, mas o custeio respetivo", frisa a presidência do Governo Regional.

O executivo açoriano alega ainda que tem defendido "a necessidade de um reforço das ações de limpeza e descontaminação pelos EUA nas áreas e locais já claramente identificados como contaminados, mas, por outro lado o caráter fundamental de se desenvolverem todas as ações necessárias em locais cujo padrão de contaminação ou não é totalmente conhecido ou não é conclusivo".

"O conjunto dessas ações deve ter por critério não apenas as questões de segurança e saúde pública, mas também as questões da proteção e qualidade ambiental independentemente do uso atual ou futuro do local em causa", pode ler-se no parecer.

Em 2015, na sequência do anúncio de redução militar norte-americana na base das Lajes, o Governo Regional apresentou o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT), em que reivindicava uma compensação dos EUA, na ordem dos 167 milhões de euros anuais, durante 15 anos, dos quais 100 milhões se destinavam à "reconversão e limpeza ambiental".

O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, disse recentemente, na ilha Terceira, que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) identificou 41 locais contaminados, dos quais alguns já foram descontaminados ou remediados e outros exigem ainda um reforço de análises, por haver divergências com os Estados Unidos.

O governante disse ainda que será feito um novo estudo pelo LNEC e pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil para atualizar a informação existente.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 21, 2018, 10:40:48 am
Base das Lajes: 170 medidas para compensar retirada americana
20.04.2018 às 18h28

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimages-cdn.impresa.pt%2Fexpresso%2F2018-04-20-base-das-lajes-acores%2Foriginal%2Fmw-860&hash=9cfa6d88becd12a24745e1931a974d8c)

O PIB da Terceira caiu 10% e o desemprego aumentou 55% depois da redução drástica da presença americana na base. Mas a economia da ilha está a recuperar, impulsionada pelo “boom” no turismo.

erca de 81% das medidas da responsabilidade do Governo Regional dos Açores no Plano de Revitalização da Ilha Terceira (PREIT) já foram concretizadas, conclui um balanço do executivo de Ponta Delgada feito a pedido do Expresso.

O balanço envolve as 170 medidas incluídas neste plano integrado. O PREIT foi lançado em 2015 por causa da redução drástica da atividade militar e civil americana na Base das Lajes, que provocou uma quebra PIB da ilha Terceira de 10% e um aumento exponencial do desemprego de 55%. A ilha tem 56 mil habitantes e a base chegou a empregar mais de 2000 trabalhadores portugueses e a receber mais de 2000 militares americanos e respetivas famílias, o que tinha um impacto económico muito forte na Terceira e em todo o arquipélago dos Açores.

Entre as medidas já executadas o balanço oficial destaca as relacionadas com o apoio aos trabalhadores e famílias afetadas, que garantiram “que nenhum trabalhador fosse despedido e que os seus direitos fossem plenamente assegurados”. O Governo dos Açores esclarece que “apenas de verificaram rescisões por mútuo acordo”. Além disso, houve um alargamento do período de duração de programas regionais de inserção no mercado de trabalho – o Estagiar T e o Estagiar L – até 24 meses na Terceira, bem como “a majoração dos montantes de apoio individual”.

INCENTIVOS ESPECIAIS AO INVESTIMENTO PRIVADO

Nas empresas houve a majoração de apoios do sistema de incentivos ao investimento privado COMPETIR+ , com o objetivo “de criar um regime especial de incentivos em vigor durante cinco anos”. Foi também lançado um programa de redução e isenção de taxas e custos de licenciamento para investimentos e atividades económicas, de modo a aumentar a atratividade para investidores e projetos a desenvolver na Terceira, em particular no concelho da Praia da Vitória, onde fica a Base das Lajes.

No mercado imobiliário dependente da base foi criado um programa de apoio aos proprietários de habitações destinadas exclusivamente às famílias e militares americanos.

E há o projeto “Terceira Tech Island”, que pretende “recapacitar a população ativa para a linguagem de programação associada a um intenso trabalho de captação de empresas de Tecnologias de Informação e Comunicação”, com base em fatores de atração e de diferenciação do resto do país.

DESCONTAMINAÇÃO DE SOLOS E AQUÍFEROS PELOS EUA

Quanto às medidas em curso da responsabilidade do Governo da República, incluem “trabalhos de descontaminação de solos e aquíferos pelos EUA no concelho da Praia da Vitória, tendo por base os relatórios e pareceres do LNEC”, bem como apoio técnico no domínio da descontaminação, “nomeadamente através de uma verba inscrita no Orçamento de Estado para 2018” de ajuda àquela autarquia, refere o balanço do Governo dos Açores.

Está a decorrer também a desafetação do uso militar das instalações, infraestruturas e terrenos da Base das Lajes para uso civil. Assim, no dia 6 de abril a Região Autónoma dos Açores recebeu edifícios pertencentes à base onde estavam instalados um complexo escolar e outro habitacional, que vão ser aproveitados “em novos projetos tecnológicos” na Terceira, afirmou então em Lisboa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, num encontro com congressistas luso-americanos.

Outras medidas incluem o início das ligações aéreas semanais à ilha Terceira por companhias “low cost”; a certificação da Base das Lajes como aeroporto para uso civil, porque a sua ausência tem criado restrições ao desenvolvimento do turismo; e a definição do Porto da Praia da Vitória como porto abastecedor de gás natural liquefeito (GNL) para as travessias transatlânticas.

IMPACTO DO AIR CENTER E DO CENTRO DE DEFESA DO ATLÂNTICO

Há, por fim, ações fora deste plano que podem vir a ter um impacto económico e social significativo: a escolha da Terceira para a sede do AIR Center – o novo centro internacional de investigação no espaço, clima, oceanos, energia e ciência de dados – e a criação do Centro de Defesa do Atlântico no quadro da NATO, com sede na Base das Lajes.

A principal dificuldade que as autoridades nacionais e regionais enfrentam para executar o PREIT é o financiamento, porque são necessários cerca de 300 milhões de euros por ano. Portugal quer o plano financiado diretamente pelos EUA, mas até agora as reuniões da Comissão Bilateral Permanente entre os dois países não foram conclusivas.

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-04-20-Base-das-Lajes-170-medidas-para-compensar-retirada-americana#gs.wawjeAM
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Abril 27, 2018, 04:49:24 pm
Governo aprova resolução para criação de Centro para a Defesa do Atlântico
https://www.jn.pt/nacional/interior/governo-aprova-resolucao-para-criacao-de-centro-para-a-defesa-do-atlantico-9287924.html

Citar
o centro ficará instalado na Base Aérea n.º 4, nas Lajes, "focando-se no domínio da segurança marítima, mas igualmente com um alcance nos domínios terrestre, aéreo e da ciberdefesa".

Citar
a ideia conta para já com o interesse dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, mas o objetivo é atrair outros países.

Citar
O ministro da Defesa Nacional reconheceu que os Estados Unidos, que nos últimos anos reduziram a sua presença militar na base das Lajes, são um "ator importante para credibilizar este tipo de instituição", mas afastou a ideia de se criar uma nova dependência de um único parceiro.

Citar
"O Centro de Defesa do Atlântico será tanto mais robusto quanto mais diversificar os stakeholders. Não pode ser mais um centro luso-americano. Tem de se abrir a outros participantes, para poder aspirar a ser centro de excelência NATO"

Citar
"Questões securitárias do norte do Atlântico, questões ligadas à segurança marítima, especialmente no Golfo da Guiné, convocam de novo os estados para olharem para este oceano

Como o Centro não se dedica só à defesa das linhas marítimas da América do Norte para a Europa, mas a segurança do Atlântico todo em geral, penso que até poderia haver oportunidade de participação de outros países Atlânticos de fora da NATO, como Brasil, PALOP, Marrocos, etc.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Abril 27, 2018, 04:53:00 pm
Lajes podiam ter sido centro de espionagem, mas americanos não confiaram nos portugueses
https://www.publico.pt/2018/04/27/politica/noticia/centro-da-nsa-foi-falado-para-base-das-lajes-1815487

Citar
O congressista luso-descendente Devin Nunes empenhou-se no projecto de instalar centro da NSA na ilha Terceira que não avançou porque as agências de informação norte-americanas desconfiaram da capacidade das secretas portuguesas em lidar com aqueles dados confidenciais.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 27, 2018, 05:58:32 pm
Chama-lhes parvos...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Get_It em Abril 27, 2018, 06:52:22 pm
Grande gargalhada.

A segurança dos dados e das instalações é assegurada pelos norte-americanos. No máximo as secretas nacionais podem colaborar numa coisa ou outra, mas de resto...

A não instalação do centro na Lajes tem apenas duas explicações: o facto de Portugal não fazer parte do Five Eyes (graças a Deus) e de ninguém querer estar no meio do Atlântico. Agora ali no Reino Unido é que é vida boa. Não faltam serviços, bares, monumentos para visitar, casas para as amantes e ainda dá para dar um salto a Paris ou a Berlim de vez em quando.

Cumprimentos,
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Abril 27, 2018, 07:06:57 pm
Agora é que ia ser vender azeite  ;D
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Junho 29, 2019, 11:45:09 pm
https://tvi24.iol.pt/sociedade/ministro-da-defesa/base-das-lajes-devera-ter-centro-anti-pirataria-ate-ao-fim-do-ano
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: MATRA em Julho 08, 2019, 03:03:57 pm
A acreditar no nosso comentador "favorito" Nuno Rogeiro, o Trump vem cá e quer novamente uma Lajes fortes e saudáveis como outros tempos. Cá estaremos para ver.

Diz que os americanos querem cá colocar a "Asa de Transporte (1)86?" , devo ter percebido mal, a 186 é refueling e esta nos EUA, mas a  86th Airlift Wing está realmente na Alemanha, mas não consigo ver o que os Americanos ganhariam em retira-la de solo alemão, uma vez que, esta já presente nas Lajes através da 65th Air Base Group.

A 86th tem os seguintes grupos:
86th Operations Group
86th Maintenance Group
86th Mission Support Group
86th Civil Engineer Group
86th Logistics Readiness Group
86th Medical Group
65th Air Base Group  (Lajes)

Destes não consigo ver nenhuma lógica em desloca-los de um local como Ramstein para o meio do Atlântico, Refuel, ASW, etc ainda via mas nenhum dos acima mencionados, à excepção, claro está, do que já lá está. 

https://sicnoticias.pt/opiniao/2019-07-07-Leste-Oeste-com-Nuno-Rogeiro
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Crypter em Julho 08, 2019, 05:27:53 pm
" Agora estou a senti-lo com muita força! ela agarra-se ao outro pivot..."

É sem dúvida frase do ano. Min 1:00
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Julho 15, 2019, 12:40:01 pm
De acordo com o Jornal Diário Insular do dia 13/07/2019, a segunda pista da Base das Lajes foi reativada pelos americanos, estando já certificada para várias operações. A pista irá ser utilizada para treino de aviões C-130 e C-17 que irão operar em África, no âmbito do Africom.
Os treinos serão sobretudo no período da noite uma vez que uma das componentes principais do treino são as aterragens e descolagens através de sistemas de visão noturna.
Terão também corrido trabalhos na pista principal da BA4 por forma a que seja utilizada por bombardeiros em trânsito.


Cumprimentos,

Turlu
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Julho 15, 2019, 04:55:24 pm
A malta que fez as casas no enfiamento da pista desativada vão ter uma desagradável surpresa...por outro lado fica uma zona de spotting espetacular.

Essa dos trabalhos na pista...será mais nos caminhos de rolagem e placas de estacionamento porque a pista continua impecável...entre reabastecedor full tank e bombardeiros...nem sei o que causa mais abrasão na pista.... às vezes pior que isso é a malta dos jatos de combate que não habituados à longa pista fazem descolagens muito curtas com after burner...
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: MATRA em Julho 15, 2019, 05:59:55 pm
De acordo com o Jornal Diário Insular do dia 13/07/2019, a segunda pista da Base das Lajes foi reativada pelos americanos, estando já certificada para várias operações. A pista irá ser utilizada para treino de aviões C-130 e C-17 que irão operar em África, no âmbito do Africom.
Os treinos serão sobretudo no período da noite uma vez que uma das componentes principais do treino são as aterragens e descolagens através de sistemas de visão noturna.
Terão também corrido trabalhos na pista principal da BA4 por forma a que seja utilizada por bombardeiros em trânsito.


Cumprimentos,

Turlu

Que raio esse tipo de treino pode ser feito em qualquer base americana em solo americano sem ter de reactivar as lajes para isso, deve haver algo mais, não se fala em mais nada?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Julho 15, 2019, 06:44:26 pm
A USAF, a USN e o USMC têm um problema crescente de queixas por ruído, exacerbadas pelos F-35 e CV-22. Ora tuga (ou pessoal do Leste da Europa) não pia. Além de que não há grandes problemas de congestionamento nos Açores.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: MATRA em Julho 15, 2019, 06:52:31 pm
Pode ser, mas eles também tem algumas em áreas restritas aos voos comerciais e no meio do nada, a minha teoria da conspiração é que vão voltar para ocupar o espaço e não haver surpresas, Chi...cof cof.....na. cof cof cof  :mrgreen:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Julho 15, 2019, 08:45:01 pm

Que raio esse tipo de treino pode ser feito em qualquer base americana em solo americano sem ter de reactivar as lajes para isso, deve haver algo mais, não se fala em mais nada?
[/quote]

Fala-se na hipótese de ser transferida para as Lajes a 86th Airlift Wing, atualmente na Alemanha, na Base Aérea de Ramstein.
Uma outra notícia que também saiu é que em abril, a autoridade sobre o Esquadrão nº 496 da Base Aérea de Móron, Espanha, passou da 86th Airlift Wing, na Alemanha, para as Lajes.
Segundo as notícias que por cá têm saído, a provável presença do presidente americano em Portugal, no mês de agosto, estará relacionada com isto.

Quanto aos Chineses, estes, num passado recente, estiveram muito ativos nos Açores, com voos de altas entidades a escalarem as Lajes, tendo mesmo o Presidente Chinês andado a passear-se pelas ruas e a pernoitar em Angra do Heroísmo. Aparentemente estariam interessados no porto da Praia da Vitória.
Pelo que me contaram, estas visitas preocuparam bastante os Americanos, que não vêem com bons olhos a presença destes  "turistas" por estes lados.

Cumprimentos

Turlu
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: smg em Julho 15, 2019, 10:06:22 pm
Boa noite . As autoridades francesas têm estado atentas e um pouco preocupadas com o facto de os chineses andarem a instalar vários centros , supostamente de desporto , comércio ,etc ... ,e a comprar terrenos junto de vário centros de transmissão da marinha francesa a partir dos quais comunicam com os navios e submarinos no alto mar .
Também é sabido que as autoridades finlandesas ficaram alarmadas quando constataram que cidadãos e empresas da Rússia andavam a comprar terrenos e propriedades junto de várias bases militares .
A informação é uma arma tão poderosa como qualquer outra . Espero que as nossas autoridades estejam atentas a este tipo de situações . Seria interessante saber se algum do investimento dos vistos Gold de cidadãos de certos países não se localiza perto de infraestruturas sensíveis em  território  nacional . Sem entrar em paranóias , é preciso estar atento . Um abraço .
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Julho 16, 2019, 06:24:37 am
Essa do 86th Airlift Wing is para as Lajes custa-me a engolir. E a do esquadrão de Morón idem.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Setembro 10, 2019, 11:56:31 pm
B-2 Spirit Stealth Bomber Performs Hot-Pit Refueling At Lajes Field, Azores

https://theaviationist.com/2019/09/10/b-2-spirit-stealth-bomber-performs-hot-pit-refueling-in-lajes-field-azores/?fbclid=IwAR0YswCTYBdCqk8E5EW2w-0DJeR3hE66oZO1Hw5iHMMBtpcp00fkpxGC5cQ
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Setembro 12, 2019, 03:02:45 pm
B-2 Spirit Stealth Bomber Performs Hot-Pit Refueling At Lajes Field, Azores

https://theaviationist.com/2019/09/10/b-2-spirit-stealth-bomber-performs-hot-pit-refueling-in-lajes-field-azores/?fbclid=IwAR0YswCTYBdCqk8E5EW2w-0DJeR3hE66oZO1Hw5iHMMBtpcp00fkpxGC5cQ

A reportagem de uma TV local
https://www.facebook.com/vitecazorestv/videos/533006397455110/
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Setembro 25, 2019, 01:35:30 pm
Pelos vistos não desistem

https://www.supplychainmagazine.pt/2019/09/23/china-interessada-em-centro-de-negocios-na-base-das-lajes/
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: MATRA em Setembro 25, 2019, 02:49:56 pm
É a altura do nosso governo colocar pressão nos americanos, e arranjar uns F35 a saldo  :mrgreen:
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: asalves em Setembro 25, 2019, 04:19:24 pm
Ainda no outro dia reparei que é capaz de existir um relacionamento (provavelmente cada vez mais próximo) das nossas Forças Armadas com as Forças Armadas Chinesas. Algo que não estava a espera, e tenho algum receio que os nossos políticos com a sua sede de poder se deixem "comprar" pelo investimento Chinês e ponham em causa algumas relações diplomáticas e que acabemos por ficar nas mãos dos Chineses.

Isto porque descobri que há umas conferencias/apresentações de assuntos militares dentro do EMGFA em que um dos convidados foi uma alta chefia chinesa, normalmente neste tipo de eventos de pequena dimensão (20 a 40 pessoas) é normal os convidados serem próximos das pessoas que estão a organizar os mesmos, pois duvido que venha um militar Chinês da china fazer uma apresentação em Portugal para 30 a 40 pessoas. Como tal deve ser algum oficial de ligação ou que esteja cá já em algum tipo de missão conjunta.

Declaração de interesses: Eu sou da opinião que o próximo bicho papão que vai desequilibrar o mundo (domínio Americano/Ocidente), será a China com a sua política cada vez mais expansionista. Como tal não vejo com bons olhos a nossa relação militar com os Chineses.

PS: Ao aceitarmos a China nas Lajes (mesmo que seja com a desculpa do meramente civil/comercial) estamos a inviabilizar a base como uma base NATO. Pois rapidamente senão logo a China ia ter "diplomatas" a passear na base.

PS: Acredito que no futuro 8 a 15 anos que as Lages voltem a ser importantes militarmente e que até alguma Ilha (provavelmente a 3ª) venha a receber uma base naval. Quando os Chineses começarem a andar a navegar mais pelo Atlântico (com a desculpa de proteção da nova rota da seda) e os Russos se tornem mais atrevidos com uma Europa fraca.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Camuflage em Setembro 25, 2019, 09:34:57 pm
Qual é mesmo o problema de alugar a base a qualquer outra nação não-NATO? É preciso ser da NATO para ser "dos bons" e o resto do mundo é todo ele mau?
A China já disse não estar interessada em usar da base das lajes. Alias nem faria sentido de momento tal coisa, talvez num futuro, mas tal coisa é-lhes completamente desvantajoso. A sua politica de crescimento não é igual à dos EUA.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Setembro 26, 2019, 11:44:05 am
Qual é mesmo o problema de alugar a base a qualquer outra nação não-NATO? É preciso ser da NATO para ser "dos bons" e o resto do mundo é todo ele mau?
A China já disse não estar interessada em usar da base das lajes. Alias nem faria sentido de momento tal coisa, talvez num futuro, mas tal coisa é-lhes completamente desvantajoso. A sua politica de crescimento não é igual à dos EUA.
Várias razões:
1. A possibilidade de um conflito futuro entre os EUA e a China, sendo que Portugal é aliado dos EUA. Mesmo que Portugal não fosse chamado a combater ao lado dos americanos, a posição estratégica das Lajes tornaria-a num alvo claro para os americanos.
2. A possibilidade da China utilizar instalações para espiar operações militares na base das Lajes e interceptar comunicações. Tem havido um interesse por parte dos chineses por terrenos perto de bases militares americanas e/ou de países NATO por todo o mundo com esse intuito.
3. A China tem vindo a expandir as suas operações militares a todo o planeta, tendo até recentemente participado em exercícios navais no Báltico conjuntamente com a Rússia.
4. A aproximação da China à Rússia, e o facto de ambas pertencerem à mesma organização de segurança, pode levar a uma aliança formal (ainda que a longo termo a Rússia tenha mais a perder que a ganhar com esta aproximação), o que tornará a China uma ameaça à União Europeia.
5. Ao contrário do que a China tenta fazer crer, o seu expansionismo é agressivo. Basta perguntar aos seus vizinhos do Vietname, Filipinas, Indonésia, Japão, Índia, Taiwan...
6. O investimento chinês em África levou ao forte endividamento de vários países que Portugal considera estratégicos, nomeadamente Angola, podendo levar a que os interesses da China colidam com os portugueses nesses países.

Isto é só o que me lembro assim rapidamente. Penso que com tempo conseguiria rapidamente expandir esta lista...  ;D
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: asalves em Setembro 27, 2019, 01:26:05 pm
Qual é mesmo o problema de alugar a base a qualquer outra nação não-NATO? É preciso ser da NATO para ser "dos bons" e o resto do mundo é todo ele mau?
A China já disse não estar interessada em usar da base das lajes. Alias nem faria sentido de momento tal coisa, talvez num futuro, mas tal coisa é-lhes completamente desvantajoso. A sua politica de crescimento não é igual à dos EUA.
Várias razões:
1. A possibilidade de um conflito futuro entre os EUA e a China, sendo que Portugal é aliado dos EUA. Mesmo que Portugal não fosse chamado a combater ao lado dos americanos, a posição estratégica das Lajes tornaria-a num alvo claro para os americanos.
2. A possibilidade da China utilizar instalações para espiar operações militares na base das Lajes e interceptar comunicações. Tem havido um interesse por parte dos chineses por terrenos perto de bases militares americanas e/ou de países NATO por todo o mundo com esse intuito.
3. A China tem vindo a expandir as suas operações militares a todo o planeta, tendo até recentemente participado em exercícios navais no Báltico conjuntamente com a Rússia.
4. A aproximação da China à Rússia, e o facto de ambas pertencerem à mesma organização de segurança, pode levar a uma aliança formal (ainda que a longo termo a Rússia tenha mais a perder que a ganhar com esta aproximação), o que tornará a China uma ameaça à União Europeia.
5. Ao contrário do que a China tenta fazer crer, o seu expansionismo é agressivo. Basta perguntar aos seus vizinhos do Vietname, Filipinas, Indonésia, Japão, Índia, Taiwan...
6. O investimento chinês em África levou ao forte endividamento de vários países que Portugal considera estratégicos, nomeadamente Angola, podendo levar a que os interesses da China colidam com os portugueses nesses países.

Isto é só o que me lembro assim rapidamente. Penso que com tempo conseguiria rapidamente expandir esta lista...  ;D

basicamente é isso, e concordo com tudo o que disse

PS: Só lembrar o ultimo episódio que se passou em Fátima, quando foi realizada um evento/reunião de diversos lideres religiosos e políticos, por "coincidência" muitos funcionários da embaixada chinesa resolveram ir passear a Fátima no mesmo fim de semana da tal reunião.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: legionario em Outubro 28, 2019, 07:29:04 pm
Portugal tem sido um aliado dos EUA, ninguém discute isso. Mas ...e os EUA têm sido um aliado de Portugal ?
Os EUA , mais do que aliados, têm interesses ; eu não critico, até acho que Trump tem razão, ele joga pela equipa dele : "America first".

Portugal deveria ter também um chefe que diga : "Portugal primeiro"  ou  "Nada contra a Nação, tudo pela Nação".  Os nossos políticos devem jogar pela nossa equipa e não pelas equipas alheias.

Se Portugal cede facilidades em território nacional deve obviamente ir buscar compensações. E quando falo de compensações não me refiro a sucata de refugo dos EUA .
Tristeza é o que sinto quando vejo colegas foristas a mendigar material de guerra americano em troca de favores nas Lajes. Sentiria orgulho se visse os mesmos foristas exigir mais independência nacional, mais meios para desenvolver industrias de ponta nacionais inclusive na área da defesa, maior empenho pela construção de um projecto nacional comum onde não caiba a subserviência a quem que seja.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Outubro 29, 2019, 01:07:01 pm
Portugal tem sido um aliado dos EUA, ninguém discute isso. Mas ...e os EUA têm sido um aliado de Portugal ?
Os EUA , mais do que aliados, têm interesses ; eu não critico, até acho que Trump tem razão, ele joga pela equipa dele : "America first".

Portugal deveria ter também um chefe que diga : "Portugal primeiro"  ou  "Nada contra a Nação, tudo pela Nação".  Os nossos políticos devem jogar pela nossa equipa e não pelas equipas alheias.

Se Portugal cede facilidades em território nacional deve obviamente ir buscar compensações. E quando falo de compensações não me refiro a sucata de refugo dos EUA .
Tristeza é o que sinto quando vejo colegas foristas a mendigar material de guerra americano em troca de favores nas Lajes. Sentiria orgulho se visse os mesmos foristas exigir mais independência nacional, mais meios para desenvolver industrias de ponta nacionais inclusive na área da defesa, maior empenho pela construção de um projecto nacional comum onde não caiba a subserviência a quem que seja.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Outubro 31, 2019, 04:32:24 pm
Portugal tem sido um aliado dos EUA, ninguém discute isso. Mas ...e os EUA têm sido um aliado de Portugal ?
Os EUA , mais do que aliados, têm interesses ; eu não critico, até acho que Trump tem razão, ele joga pela equipa dele : "America first".

Portugal deveria ter também um chefe que diga : "Portugal primeiro"  ou  "Nada contra a Nação, tudo pela Nação".  Os nossos políticos devem jogar pela nossa equipa e não pelas equipas alheias.

Se Portugal cede facilidades em território nacional deve obviamente ir buscar compensações. E quando falo de compensações não me refiro a sucata de refugo dos EUA .
Tristeza é o que sinto quando vejo colegas foristas a mendigar material de guerra americano em troca de favores nas Lajes. Sentiria orgulho se visse os mesmos foristas exigir mais independência nacional, mais meios para desenvolver industrias de ponta nacionais inclusive na área da defesa, maior empenho pela construção de um projecto nacional comum onde não caiba a subserviência a quem que seja.

Antes de tudo peço desculpa, mas não sei porque razão a minha mensagem não ficou registada no último post.

Legionário,

Os EUA e Portugal têm ambos interesses. Por vezes são comuns, por vezes não. Mas foi o senhor que dizia "Nada contra a Nação, tudo pela Nação" que entrou para a aliança liderada pelos EUA.
Estar numa aliança tem vantagens e desvantagens, mas para ser ouvido é preciso ter arcaboiço. Portugal, tem de ser realista e, analisando as suas fragilidades e vantagens estratégicas, aproveitar ao máximo as vantagens que as alianças que estabelece lhe proporcionam.
Por outro lado, o "refugo" a que se refere continua a ser o melhor que temos em termos de defesa áerea, patrulhamento oceânico e luta anti-submarina, etc. Tendo ainda a questão que grande parte dos sistemas que temos têm tecnologia americana que só podemos comprar depois da aprovação dos americanos.
Essa mesma aliança permite-nos também obter informações que não teríamos capacidade de obter através dos nossos próprios meios.
Uma aliança não significa camaradagem e amizade. Significa interesses em comum. Por essa razão é que os gregos são aliados dos turcos, os portugueses dos espanhóis, os alemães dos polacos, etc.

Além disso, o facto de sermos aliados dos americanos não nos impede de termos os nossos prórpios interesses e de fazer negócios com outros países, nomeadamente com a China e a Rússia, como tem ocorrido com frequência.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: legionario em Novembro 01, 2019, 12:12:20 am
Ha uma coisa que penso estamos todos de acordo : os EUA só saem das Lajes se quiserem e quando quiserem. Isto é irritante  mas é assim mesmo. Portugal não tem autonomia nenhuma em matéria de defesa. Por exemplo : não temos defesa aérea. Dependemos completamente dos nossos aliados para a defesa AA ou até para projectar forças.

E as Lajes nisto tudo ?  As Lajes ja não servem como moeda de troca, como na altura em que o Salazar quis recuperar Timor ou quando precisou de apoio para os conflitos no ultramar. As Lajes são uma base que Portugal continua a conceder a um Estado que ainda recentemente propôs à Dinamarca, a compra da Gronelândia. Não estamos a pôr uma raposa dentro da nossa capoeira ? E se amanhã aparece um presidente americano ainda mais atrevido que o Trump que acha que o espaço vital dos EUA passa pelos Açores e pelas suas aguas ?

Recordo , mais uma vez, que foi precisamente com o nosso maior aliado, e potência dominante na altura, que passamos pela maior humilhação nacional : o Ultimatum inglês, ... o que precipitou a queda da monarquia e o descalabro da primeira republica, a ditadura, "et ainsi de suite".
Hoje, o que esta em jogo não são os recursos coloniais, mas sim os recursos marítimos. Contar com os EUA para nos ajudar quando eles são parte interessada...

Para ser realista, Portugal, membro da UE, deveria talvez pugnar pela criação de uma Força europeia, pois ja que somos membros da UE deveríamos talvez apoiar a construção de umas FA europeias nas quais nos pudéssemos eventualmente "encostar".

O ideal para mim, seria a independência nacional, fora dos grandes blocos ; seria o desenvolvimento de um bloco lusófono, mas isto é uma utopia pois Portugal não é uma Suécia que tem os meios para ser autónomo em termos de defesa, nem é uma Suíça ou uma Noruega , que têm dinheiro e recursos que chegam para serem países independentes.

Não tenho respostas mas constato os problemas e penso que os EUA nas Lajes podem ser um problema amanhã.

Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: zocuni em Novembro 01, 2019, 11:41:21 am
Ha uma coisa que penso estamos todos de acordo : os EUA só saem das Lajes se quiserem e quando quiserem. Isto é irritante  mas é assim mesmo. Portugal não tem autonomia nenhuma em matéria de defesa. Por exemplo : não temos defesa aérea. Dependemos completamente dos nossos aliados para a defesa AA ou até para projectar forças.

E as Lajes nisto tudo ?  As Lajes ja não servem como moeda de troca, como na altura em que o Salazar quis recuperar Timor ou quando precisou de apoio para os conflitos no ultramar. As Lajes são uma base que Portugal continua a conceder a um Estado que ainda recentemente propôs à Dinamarca, a compra da Gronelândia. Não estamos a pôr uma raposa dentro da nossa capoeira ? E se amanhã aparece um presidente americano ainda mais atrevido que o Trump que acha que o espaço vital dos EUA passa pelos Açores e pelas suas aguas ?

Recordo , mais uma vez, que foi precisamente com o nosso maior aliado, e potência dominante na altura, que passamos pela maior humilhação nacional : o Ultimatum inglês, ... o que precipitou a queda da monarquia e o descalabro da primeira republica, a ditadura, "et ainsi de suite".
Hoje, o que esta em jogo não são os recursos coloniais, mas sim os recursos marítimos. Contar com os EUA para nos ajudar quando eles são parte interessada...

Para ser realista, Portugal, membro da UE, deveria talvez pugnar pela criação de uma Força europeia, pois ja que somos membros da UE deveríamos talvez apoiar a construção de umas FA europeias nas quais nos pudéssemos eventualmente "encostar".

O ideal para mim, seria a independência nacional, fora dos grandes blocos ; seria o desenvolvimento de um bloco lusófono, mas isto é uma utopia pois Portugal não é uma Suécia que tem os meios para ser autónomo em termos de defesa, nem é uma Suíça ou uma Noruega , que têm dinheiro e recursos que chegam para serem países independentes.

Não tenho respostas mas constato os problemas e penso que os EUA nas Lajes podem ser um problema amanhã.

Nós não temos nem artilharia de campanha e queres que tenhamos AAA?Meios logisticos de projeção em termos navais e praticamente nula e por via aérea uns 3 C-130 e essa tal sociedade em que por vezes requesitamos os Antonov's 124 e nada além disso e não temos muitas outras coisas e a lista é extensa como sabemos.
Bem no pós guerra um embaixador americano chegou a fazer uma proposta para a compra dps Açores caso não saibas o Salazar é que nem conversa lhe deu,portanto de inédito nada teria.
Quanto á permanência dos EUA nas Lajes não sei dizer se é boom ou mau é o que há , o que me incomoda muito mais que esse facto é notar que nosso Governo não tem um plano B para essa eventualidade e é preocupante.
O que teria sentido no caso dos EUA abandonarem as Lajes o que não acredito a médio prazo pelo menos a médio prazo haveriam quatro  cenários possíveis em termos de geopolítica militar, a UE,a própria OTAN mas com outro enfoque,a nossa antiga aliança com o Reino Unido e abrangendo a commonwealth e a mais remota mas sempre a considerar pela via da CPLP,Rússia e China eu descarto de imediato em termos militares quero esse pessoal bem longe de mim.
É bom lembrar que a própria UE tem algumas Bases pelo Mundo porque não nos Açores?Se pretendem criar esse tal de exército Europeu embora isso no momento seja mais vago que o Braga ser campeão nacional de futebol,mas quem sabe um dia.
Uma das razões porque dou destaque á commonwealth não tem a ver somente com o Reino Unido mas até mais pelo Canadá por mais absurdo que isso seja,eles são uma potência econõmica mas não militar mas podem mudar o foco e para eles os Açores seriam importante penso eu.A CPLP é mais no sentido utópico que outra coisa qualquer pois não vejo força para desenvolverem algo que tornasse os Açores um lugar estratégico seja lá para o que for.
E sermos nós a utilizarmos essa Base primeiro seria muito oneroso ,teriamos de ter muitos recursos não só financeiros como humano e bélico então complica ainda mais.Ficam algumas sugestões.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Novembro 02, 2019, 06:59:38 pm
Ha uma coisa que penso estamos todos de acordo : os EUA só saem das Lajes se quiserem e quando quiserem. Isto é irritante  mas é assim mesmo. Portugal não tem autonomia nenhuma em matéria de defesa. Por exemplo : não temos defesa aérea. Dependemos completamente dos nossos aliados para a defesa AA ou até para projectar forças.

E as Lajes nisto tudo ?  As Lajes ja não servem como moeda de troca, como na altura em que o Salazar quis recuperar Timor ou quando precisou de apoio para os conflitos no ultramar. As Lajes são uma base que Portugal continua a conceder a um Estado que ainda recentemente propôs à Dinamarca, a compra da Gronelândia. Não estamos a pôr uma raposa dentro da nossa capoeira ? E se amanhã aparece um presidente americano ainda mais atrevido que o Trump que acha que o espaço vital dos EUA passa pelos Açores e pelas suas aguas ?

Recordo , mais uma vez, que foi precisamente com o nosso maior aliado, e potência dominante na altura, que passamos pela maior humilhação nacional : o Ultimatum inglês, ... o que precipitou a queda da monarquia e o descalabro da primeira republica, a ditadura, "et ainsi de suite".
Hoje, o que esta em jogo não são os recursos coloniais, mas sim os recursos marítimos. Contar com os EUA para nos ajudar quando eles são parte interessada...

Para ser realista, Portugal, membro da UE, deveria talvez pugnar pela criação de uma Força europeia, pois ja que somos membros da UE deveríamos talvez apoiar a construção de umas FA europeias nas quais nos pudéssemos eventualmente "encostar".

O ideal para mim, seria a independência nacional, fora dos grandes blocos ; seria o desenvolvimento de um bloco lusófono, mas isto é uma utopia pois Portugal não é uma Suécia que tem os meios para ser autónomo em termos de defesa, nem é uma Suíça ou uma Noruega , que têm dinheiro e recursos que chegam para serem países independentes.

Não tenho respostas mas constato os problemas e penso que os EUA nas Lajes podem ser um problema amanhã.

Legionário,~

Com o recrudescimento das relações entre os EUA e a Rússia, as bases no Atlântico voltaram a estar na ordem do dia como forma de controlar o movimento dos submarinos balísticos russos. Desde 2014 que os americanos, que até aí ponderavam abandonar as Lajes (e que nós andámos a pedinchar através de lobbying para que ficassem), começaram a repensar a sua estratégia no Atlântico Norte e a ver com outros olhos as Lajes. As Lajes, além de permitirem uma monitorização do tráfego marítimo, são também uma excelente base para luta anti-submarina.
Eu percebo que seria bom termos uma capacidade dissuasora significante. Mas para isso era essencial termos uma economia que suportasse essa capacidade. Temos uma economia anémica, mal estruturada, sem capacidade de absorção de impacto de choques económicos, corrupta até quinta casa (e não é culpa de políticos, é culpa de todos os portugueses que conhecem n situações, mas não denunciam), com uma economia paralela enorme, com fugas aos impostos por todos os lados.
Quem me dera que tivéssemos a capacidade duma Suécia ou até duma Suíça. Mas até resolvermos os nossos problemas internos, dificilmente chegaremos a esse ponto...

A UE conseguir criar uma força militar permanente é algo que só acontecerá se os EUA abandonarem a NATO. Primeiro, porque uma boa parte da UE é contra essa força permanente. Segundo porque grande parte dos países do leste da Europa dependem dos EUA para a sua defesa contra a Rússia. Não lhes interessa substituir um chapéu de chuva nuclear, por uma força no papel.
Mas é do nosso interesse entrar numa aliança dominada por uma potência continental cujos interesses não são na sua grande maioria coincidentes com os nossos, em detrimento duma aliança com uma potência marítima, cujo principal interesse (mar aberto) é coincidente com o nosso?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: legionario em Novembro 02, 2019, 10:53:10 pm
Lusitan :
O seu raciocínio em relação à criação de uma Força Europeia é correcto mas acredito que elementos precursores como a Alemanha e a França tomem iniciativas, antes dos outros,  no sentido da criação de uma força conjunta...  àquela irão em seguida aderir outros países... e Portugal pode ser um dos primeiros países a aderir, porque não ?

Por outro lado, Portugal já faz parte de uma Aliança Militar : a OTAN .  No contexto das "divergências" com os russos,  os Açores poderiam albergar uma base da OTAN e não dos EUA.  Isto se os americanos aceitarem sair, o que eu não acredito.

Em relação aos russos :  Portugal também deveria considerar o desenvolver relações com o império russo. Em França há uma forte corrente de opinião que defende uma aproximação com a Rússia. Os mesmos motivos invocados pelos intelectuais franceses também servem para Portugal.  Os submarinos russos podem ser um problema para os EUA, mas e para Portugal , são um problema porquê ?

Mais uma vez repito, e não me canso de o fazer : os principais problemas que Portugal teve desde o fim das guerras com a Espanha, foram problemas causados pelos nossos aliados. Não só o já citado Ultmatum britânico, como também, por exemplo, a invasão de Timor pelas tropas aliadas (australianos e holandeses ) durante a 2a Guerra Mundial. Esta invasão "aliada" provocou a invasão japonesa que se seguiu. Neste conflito morreram dezenas de milhar de portugueses, timorenses e europeus. 
O Japão respeitou a neutralidade portuguesa em Macau mas viu-se obrigado a ocupar um Timor que se tinha tornado numa base "aliada". Não foi o Japão que violou a nossa neutralidade, foram os nossos "amigos" australianos (ou seja, ingleses) e holandeses.
Os nossos "aliados" no ultimo século deixaram muito a desejar. E quando precisamos deles, onde é que eles estão  ? Fizeram-nos um "toma" aquando da invasão de Goa, levamos com embargos durante as guerras de África... e no futuro os Açores, pela importância que tem, não só estratégica como económica correm o risco de nos ser disputados pelos EUA.

Conclusão : base dos EUA, não !  Base da OTAN e/ou da UE : sim !  :)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Novembro 02, 2019, 11:55:30 pm
Lusitan :
O seu raciocínio em relação à criação de uma Força Europeia é correcto mas acredito que elementos precursores como a Alemanha e a França tomem iniciativas, antes dos outros,  no sentido da criação de uma força conjunta...  àquela irão em seguida aderir outros países... e Portugal pode ser um dos primeiros países a aderir, porque não ?

Por outro lado, Portugal já faz parte de uma Aliança Militar : a OTAN .  No contexto das "divergências" com os russos,  os Açores poderiam albergar uma base da OTAN e não dos EUA.  Isto se os americanos aceitarem sair, o que eu não acredito.

Em relação aos russos :  Portugal também deveria considerar o desenvolver relações com o império russo. Em França há uma forte corrente de opinião que defende uma aproximação com a Rússia. Os mesmos motivos invocados pelos intelectuais franceses também servem para Portugal.  Os submarinos russos podem ser um problema para os EUA, mas e para Portugal , são um problema porquê ?

Mais uma vez repito, e não me canso de o fazer : os principais problemas que Portugal teve desde o fim das guerras com a Espanha, foram problemas causados pelos nossos aliados. Não só o já citado Ultmatum britânico, como também, por exemplo, a invasão de Timor pelas tropas aliadas (australianos e holandeses ) durante a 2a Guerra Mundial. Esta invasão "aliada" provocou a invasão japonesa que se seguiu. Neste conflito morreram dezenas de milhar de portugueses, timorenses e europeus. 
O Japão respeitou a neutralidade portuguesa em Macau mas viu-se obrigado a ocupar um Timor que se tinha tornado numa base "aliada". Não foi o Japão que violou a nossa neutralidade, foram os nossos "amigos" australianos (ou seja, ingleses) e holandeses.
Os nossos "aliados" no ultimo século deixaram muito a desejar. E quando precisamos deles, onde é que eles estão  ? Fizeram-nos um "toma" aquando da invasão de Goa, levamos com embargos durante as guerras de África... e no futuro os Açores, pela importância que tem, não só estratégica como económica correm o risco de nos ser disputados pelos EUA.

Conclusão : base dos EUA, não !  Base da OTAN e/ou da UE : sim !  :)
A França há décadas que anda a tentar criar uma força europeia, como contraponto aos russos e aos EUA. Esse era afinal de contas o grande sonho de de Gaulle. Nunca ganhou tracção devido às rivalidades europeias e à inflexibilidade dos estados europeus em abdicar da sua soberania, ironicamente devido muitas vezes à própria França. A Alemanha está lentamente a formar um exército com brigadas conjuntas com os holandeses e franceses e incorporando também algumas unidades checas. Pena é que seja mais uma forma de camuflar a falta de condições da Bundeswehr do que realmente um passo na direcção certa.
E é preciso ter em conta que nem os países da UE têm capacidade para combater num conflicto de alta intensidade sem os EUA devido à falta de meios (como ficou patente após 1 mês de bombardeamentos na Líbia), não tem meios de projecção estratégica em número suficiente, e mesmo a capacidade dissuasora nuclear é cada vez menor. Por isso só vejo a criação dum exército europeu no futuro próximo por dois motivos:
1. Fim da OTAN e saída dos EUA do palco europeu.
2. Um conflicto onde os interesses da UE são vitais e os EUA decidem não intervir, como por exemplo agressão russa à Suécia ou Finlândia.

Em França há uma grande sede por dinheiro russo, e isso faz com que as "correntes de dinheiro" aticem as famosos "correntes de opinião". A ideia duma aliança com a Rússia é antiga e servia como forma de colocar em cheque o domínio alemão da Europa. Mas como se viu no final da Segunda Guerra Mundial, o fim do domínio alemão criou o espaço para o domínio russo. E quer queiramos, quer não, neste momento a Alemanha é um país mais fiável do que a Rússia.
Além disso a Rússia (espero estar muito enganado devido às amizades que tenho nesse país) é um país que mais cedo ou mais tarde vai entrar em grave crise social. A sucessão de Putin vai levar a uma crise interna em que a corrente eurófila se vai degladiar com a corrente euroasiática pelo poder.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: legionario em Novembro 03, 2019, 06:47:31 pm
Lusitano,
Em todo o lado há uma grande sede pelo dinheiro russo e pelo dinheiro de uma forma geral, não são só os franceses que têm esse defeito.
O caro colega forista desviou o tema do tópico para um assunto também muito interessante : a formação de uma Força Europeia. Ainda não sei onde esta esse tópico mas um destes dias vou até la terçar armas  :)

Vou-lhe dizer uma coisa mas fica entre nos os dois :  não convém, neste forum, opinar de forma desfavorável em relação aos EUA nem questionar a eficácia das armas que eles nos fornecem...ta a vêr, não é ?  ; ninguém nos bate mas podem apagar os postais, fazer-lhe um numero de "Prima-donna ofendida" etc  :) 

Em relação à ocupação da base das Lajes pelos americanos, ainda não percebi se o Lusitan é contra, a favor, mais ou menos...
Diga-me so uma coisa  :  se um governo português pedir aos EUA que desembaracem a loja , o Lusitan acha que eles, (os EUA), acatariam e que se iriam embora  ? 
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lightning em Novembro 03, 2019, 07:33:17 pm
se um governo português pedir aos EUA que desembaracem a loja , o Lusitan acha que eles, (os EUA), acatariam e que se iriam embora  ?

Sobre esse assunto, estou muito curioso por saber o desenlace da situação de Diego Garcia.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Novembro 04, 2019, 11:18:33 am
Lusitano,
Em todo o lado há uma grande sede pelo dinheiro russo e pelo dinheiro de uma forma geral, não são só os franceses que têm esse defeito.
O caro colega forista desviou o tema do tópico para um assunto também muito interessante : a formação de uma Força Europeia. Ainda não sei onde esta esse tópico mas um destes dias vou até la terçar armas  :)

Vou-lhe dizer uma coisa mas fica entre nos os dois :  não convém, neste forum, opinar de forma desfavorável em relação aos EUA nem questionar a eficácia das armas que eles nos fornecem...ta a vêr, não é ?  ; ninguém nos bate mas podem apagar os postais, fazer-lhe um numero de "Prima-donna ofendida" etc  :) 


Em relação à ocupação da base das Lajes pelos americanos, ainda não percebi se o Lusitan é contra, a favor, mais ou menos...
Diga-me so uma coisa  :  se um governo português pedir aos EUA que desembaracem a loja , o Lusitan acha que eles, (os EUA), acatariam e que se iriam embora  ?

Legionário,

Eu sou a favor de alianças que garantam a independência e a estabilidade em Portugal.  Enquanto os EUA, no contexto da NATO, forem um factor que contribua para isso, sou a favor da sua permanência nas Lajes.
Há um contrato entre os EUA e Portugal sobre o arrendamento das Lajes. Se interessar a ambas as partes a manutenção dos contratos, as partes devem cumprir com o que está estipulado e não acho que se devam romper contratos internacionais unilateralmente, a não ser em casos de força maior. Há o exemplo da base da baía de Subic nas Filipinas, em que as partes não chegaram a acordo relativamente ao leasing da estrutura pelos americanos e os americanos saíram sem problemas. E na altura Subic era bem mais importante que as Lajes são hoje para os EUA.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Novembro 05, 2019, 01:11:48 am
Estão com uma discussão interessante...mas a base não é dos EUA...é mesmo de Portugal...pelo menos a nível de Comando e gestão da mesma... os americanos ocupam uma parte que lhes foi cedida.
Já tiveram um efetivo destacado digno desse nome atualmente não chega às duas centenas de efetivos.
Asseguram alguns serviços na área de apoio em exclusivo e outros em parceria com Portugal, pois também serve o propósito de ambos os países, pois usam a base como plataforma de deployment de meios em trânsito de e para os Estados Unidos.

Mas a soberania é portuguesa. Raio de mania de dizer que a base é americana.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: legionario em Novembro 05, 2019, 06:23:51 am
Obrigado Raphael .   Finalmente vou poder dormir descansado :)

Sugiro que se apague este tópico  "EUA FORA DAS LAJES ?"  que não tem razão nenhuma de ser.

No entanto eu poderia tirar daqui da minha manga alguns incidentes do passado que justamente, puseram em causa a soberania portuguesa nas Lajes , ou seja, em que os EUA, forçaram a utilização do espaço nacional ; mas claro...são coisas do passado, para quê relembrar ?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: raphael em Novembro 06, 2019, 03:00:12 am
Obrigado Raphael .   Finalmente vou poder dormir descansado :)

Sugiro que se apague este tópico  "EUA FORA DAS LAJES ?"  que não tem razão nenhuma de ser.

No entanto eu poderia tirar daqui da minha manga alguns incidentes do passado que justamente, puseram em causa a soberania portuguesa nas Lajes , ou seja, em que os EUA, forçaram a utilização do espaço nacional ; mas claro...são coisas do passado, para quê relembrar ?

Esses pormenores de braços de ferro desconheço.
Que continuam a usar a base como porta aviões no meio do atlântico para descanso e rotação de tripulações continuam.
Que têm na ilha instalações de comunicações e processamento de informação é uma realidade.
Que mantêm em funcionamento depósitos de combustível no exterior e interior da Unidade, sendo a segunda maior reserva de combustivel que têm fora de portas, apenas suplantado por outra instalação que têm na Ásia é uma realidade...
Reduziram significativamente o efetivo militar e reduziram para cerca de metade o número de civis portugueses a trabalhar para as forças americanas e com essa redução passaram a depender de uma unidade sedeada na Europa...

Mas sair das Lajes?
Duvido seriamente...poderão é no futuro trocar a capacidade da USAF pela capacidade da USNAVY, mas manter-se-ão por lá mais uns anos.

Nada de apagar tópico, a discussão é bastante proficua, mas vejo mais numa de qual ou quais os planos americanos para a continuada utilização das Lajes.
Os americanos apoiam em algumas áreas da componente logística e operacional porque também lhes interessa, aumentaram foi de sobremaneira a rotação de pessoal diminuindo os períodos de permanência do efetivo.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: typhonman em Abril 25, 2020, 03:13:28 pm
Deixo aqui um artigo de 1989, referente a ajuda militar a Portugal, estavam previstos 57 helis e baterais HAWK, além dos F-16.












Por Peter Wise16 de fevereiro de 1989[/color][/size]
LISBOA, FEVEREIRO. 15 - A insistência portuguesa em aumentar a compensação pelo uso norte-americano de uma base aérea estratégica no meio do Atlântico resultou no compromisso dos Estados Unidos de fornecer 20 caças F16, mísseis Hawk e outros equipamentos militares que permitirão a Portugal desempenhar um papel mais importante. papel na estratégia de defesa ocidental, disseram autoridades portuguesas e americanas hoje. Autoridades disseram que os Estados Unidos também se comprometeram a aumentar a ajuda econômica a Portugal como resultado de consultas iniciadas há um ano, quando o primeiro-ministro Anibal Cavaco Silva, frustrado por uma redução nas compensações, pediu uma revisão formal do acordo de defesa bilateral de 1983 que dá ao país Estados utilizam a Base Aérea das Lajes nos Açores. Fontes diplomáticas disseram que o pacote de ajuda ajudaria a desenvolver uma nova relação militar entre Portugal e os Estados Unidos, que mudará a ênfase da contribuição de Portugal para a Organização do Tratado do Atlântico Norte, passando de instalações de base de leasing para um papel de defesa mais ativo, focado na guerra anti-submarina em meados de -Atlântico. Refletindo essa visão após conversas com Cavaco Silva e o ministro das Relações Exteriores João de Deus Pinheiro aqui hoje, o secretário de Estado James A. Baker III disse que os dois países têm abordagens semelhantes às questões da OTAN. "O relacionamento entre Portugal e os Estados Unidos é um dos mais próximos do meu governo", acrescentou Baker. O secretário de Estado parou aqui brevemente durante sua turnê pelas 15 capitais da OTAN. Além dos F16, Portugal receberá 57 helicópteros anti-submarinos, de combate e utilitários, radar de defesa aérea, 60 tanques, navio hidrográfico, veículos, munição e uma bateria de mísseis terra-ar Hawk, disseram autoridades do governo. A maior parte do hardware, incluindo os F16, será usada como equipamento fornecido pela Emenda Regional do Sul, uma medida que concede excedentes de material dos EUA a alguns aliados da OTAN. Embora seja um dos membros mais leais da OTAN, Portugal não foi capaz de desempenhar um papel tão ativo na aliança quanto outros países por causa de suas forças armadas mal equipadas. "Este equipamento ajudará Portugal a assumir seu principal papel estratégico na guerra submarina ar-naval", disse Alvaro Vasconcelos, especialista em defesa do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa. Os F16s foram recebidos pela Força Aérea como consideravelmente mais avançados do que os A7s agora. Os aviões são importantes para a defesa de Portugal continental e da base das Lajes, enquanto os mísseis Hawk preenchem uma lacuna importante nas defesas aéreas de Portugal. Após a revisão do acordo base, a ajuda dos EUA a Portugal aumentará de US $ 117 milhões no ano fiscal de 1988 para mais de US $ 150 milhões no ano fiscal de 1989. Essa soma incluirá US $ 100 milhões em equipamentos sob a Emenda Regional do Sul e US $ 50 milhões em subsídios de assistência econômica , juntamente com parte de um programa habitacional de três anos no valor de US $ 55 milhões. A Casa Branca pediu ao Congresso a aprovação de 177,6 milhões de dólares para Portugal em 1990. O nível de ajuda dos EUA, no entanto, ainda está abaixo dos 207,9 milhões de dólares atingidos no ano fiscal de 1985.[/size][/pre]
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Daniel em Junho 05, 2020, 07:11:45 pm
EUA tinham conhecimento de manifestação independentista de 1975 nos Açores
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/eua-tinham-conhecimento-de-manifestacao-independentista-de-1975-nos-acores
(https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=MjYyNmyYY+GQB/+4UOAlA+WVGk2o8qiyCRjThVUguIJ/sm9xZ0FmRvQtgD96qZH0Z6I88IF9qCTUiZqevSdFBgoFbpB8pKLCWVO6Fw1XcRwf5+I=)
Citar
Os Estados Unidos da América tinham conhecimento da manifestação de 6 de junho de 1975 em Ponta Delgada, conotada com o independentismo, e deram indicações aos seus militares para defenderem a base das Lajes a tiro se necessário.



De acordo com documentos secretos norte-americanos que foram entretanto desclassificados e divulgados publicamente, devido à manifestação de 6 de junho de 1975 e à eventual derivada comunista no país, Washington deu essa indicação aos seus militares instalados na base da ilha Terceira.

Naquele dia, uma manifestação juntou cerca de 10 mil pessoas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, sobretudo lavradores com diversas revindicações perante o Governo central e contra uma eventual tomada do poder no país pelos comunistas. O protesto acabou por ficar conotado com a independência dos Açores.

De acordo com os documentos, os norte-americanos tinham vários cenários previstos para os Açores, o primeiro dos quais apontava por manter a sua neutralidade, não informando o Governo português sobre as atividades separatistas e um possível ataque, e dizendo à Frente de Libertação dos Açores (FLA), liderada por José de Almeida, que não se iriam envolver.

Luís Andrade, docente universitário, estudioso de geopolítica e geoestratégia, declarou à agência Lusa que, com base na documentação que era secreta e tem vindo a ser divulgada pelos Estados Unidos nos últimos anos, Washington "poderia ter essa visão", mas "oficialmente nunca a manifestou".

Segundo o também professor catedrático de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade dos Açores, na altura tanto o embaixador norte-americano em Lisboa, Frank Carlucci, como o Consulado dos Estados Unidos em Ponta Delgada "nunca admitiram" a perspetiva de uma independência dos Açores.

Contudo, o especialista salvaguardou que "se a situação se tivesse deteriorado e houvesse uma enorme imprevisibilidade e instabilidade" no Governo central, sobretudo no verão de 1975, era "muito possível" que os norte-americanos apoiassem a independência.

Citando Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, que escreveu que Portugal estava perdido para o comunismo no denominado "verão quente", Luís Andrade referiu que "não se pode dizer claramente que os Estados Unidos queriam ocupar as ilhas dos Açores se a situação se complicasse a nível nacional", mas não seria de admirar "absolutamente nada que se tenha pensado seriamente no assunto".

O docente universitário admite que "houve alguns contactos" do líder da FLA com "várias entidades americanas", visando a independência dos Açores, mas "ao nível mais elevado da administração norte-americana" o responsável "nunca foi recebido".

Tendo a necessidade de salvaguardar a base das Lajes, referiu os norte-americanos "jogaram com os dois lados: com o Governo português, mantendo uma relação mínima, não quebrando o relacionamento, por um lado, mas atentos à situação nos Açores, por outro".

A base das Lajes era, na década de 1970, uma peça considerada fundamental na política de defesa norte-americana.

Devido a mutações geopolíticas, em 2015, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, confirmou a decisão do Pentágono de reduzir a presença dos Estados Unidos na estrutura militar da ilha açoriana da Terceira.

O embaixador norte-americano em Portugal, Robert Sherman, já tinha anunciado o plano do Pentágono para uma redução gradual de pessoal civil e militar na base militar das Lajes.

Segundo Sherman, a redução envolveria a redução de 900 para 400 trabalhadores civis portugueses e de 650 para 165 funcionários civis e militares dos Estados Unidos.

Entre Portugal e os Estados Unidos vigora uma acordo bilateral de defesa e cooperação que tem como pilar a base das Lajes.
Segundo o também professor catedrático de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade dos Açores, na altura tanto o embaixador norte-americano em Lisboa, Frank Carlucci, como o Consulado dos Estados Unidos em Ponta Delgada "nunca admitiram" a perspetiva de uma independência dos Açores.

Contudo, o especialista salvaguardou que "se a situação se tivesse deteriorado e houvesse uma enorme imprevisibilidade e instabilidade" no Governo central, sobretudo no verão de 1975, era "muito possível" que os norte-americanos apoiassem a independência.

Citando Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, que escreveu que Portugal estava perdido para o comunismo no denominado "verão quente", Luís Andrade referiu que "não se pode dizer claramente que os Estados Unidos queriam ocupar as ilhas dos Açores se a situação se complicasse a nível nacional", mas não seria de admirar "absolutamente nada que se tenha pensado seriamente no assunto".

O docente universitário admite que "houve alguns contactos" do líder da FLA com "várias entidades americanas", visando a independência dos Açores, mas "ao nível mais elevado da administração norte-americana" o responsável "nunca foi recebido".
Tendo a necessidade de salvaguardar a base das Lajes, referiu os norte-americanos "jogaram com os dois lados: com o Governo português, mantendo uma relação mínima, não quebrando o relacionamento, por um lado, mas atentos à situação nos Açores, por outro".

A base das Lajes era, na década de 1970, uma peça considerada fundamental na política de defesa norte-americana.

Devido a mutações geopolíticas, em 2015, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, confirmou a decisão do Pentágono de reduzir a presença dos Estados Unidos na estrutura militar da ilha açoriana da Terceira.

O embaixador norte-americano em Portugal, Robert Sherman, já tinha anunciado o plano do Pentágono para uma redução gradual de pessoal civil e militar na base militar das Lajes.

Segundo Sherman, a redução envolveria a redução de 900 para 400 trabalhadores civis portugueses e de 650 para 165 funcionários civis e militares dos Estados Unidos.

Entre Portugal e os Estados Unidos vigora uma acordo bilateral de defesa e cooperação que tem como pilar a base das Lajes.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Junho 09, 2020, 01:39:49 pm
EUA tinham conhecimento de manifestação independentista de 1975 nos Açores
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/eua-tinham-conhecimento-de-manifestacao-independentista-de-1975-nos-acores
(https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=MjYyNmyYY+GQB/+4UOAlA+WVGk2o8qiyCRjThVUguIJ/sm9xZ0FmRvQtgD96qZH0Z6I88IF9qCTUiZqevSdFBgoFbpB8pKLCWVO6Fw1XcRwf5+I=)
Citar
Os Estados Unidos da América tinham conhecimento da manifestação de 6 de junho de 1975 em Ponta Delgada, conotada com o independentismo, e deram indicações aos seus militares para defenderem a base das Lajes a tiro se necessário.



De acordo com documentos secretos norte-americanos que foram entretanto desclassificados e divulgados publicamente, devido à manifestação de 6 de junho de 1975 e à eventual derivada comunista no país, Washington deu essa indicação aos seus militares instalados na base da ilha Terceira.

Naquele dia, uma manifestação juntou cerca de 10 mil pessoas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, sobretudo lavradores com diversas revindicações perante o Governo central e contra uma eventual tomada do poder no país pelos comunistas. O protesto acabou por ficar conotado com a independência dos Açores.

De acordo com os documentos, os norte-americanos tinham vários cenários previstos para os Açores, o primeiro dos quais apontava por manter a sua neutralidade, não informando o Governo português sobre as atividades separatistas e um possível ataque, e dizendo à Frente de Libertação dos Açores (FLA), liderada por José de Almeida, que não se iriam envolver.

Luís Andrade, docente universitário, estudioso de geopolítica e geoestratégia, declarou à agência Lusa que, com base na documentação que era secreta e tem vindo a ser divulgada pelos Estados Unidos nos últimos anos, Washington "poderia ter essa visão", mas "oficialmente nunca a manifestou".

Segundo o também professor catedrático de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade dos Açores, na altura tanto o embaixador norte-americano em Lisboa, Frank Carlucci, como o Consulado dos Estados Unidos em Ponta Delgada "nunca admitiram" a perspetiva de uma independência dos Açores.

Contudo, o especialista salvaguardou que "se a situação se tivesse deteriorado e houvesse uma enorme imprevisibilidade e instabilidade" no Governo central, sobretudo no verão de 1975, era "muito possível" que os norte-americanos apoiassem a independência.

Citando Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, que escreveu que Portugal estava perdido para o comunismo no denominado "verão quente", Luís Andrade referiu que "não se pode dizer claramente que os Estados Unidos queriam ocupar as ilhas dos Açores se a situação se complicasse a nível nacional", mas não seria de admirar "absolutamente nada que se tenha pensado seriamente no assunto".

O docente universitário admite que "houve alguns contactos" do líder da FLA com "várias entidades americanas", visando a independência dos Açores, mas "ao nível mais elevado da administração norte-americana" o responsável "nunca foi recebido".

Tendo a necessidade de salvaguardar a base das Lajes, referiu os norte-americanos "jogaram com os dois lados: com o Governo português, mantendo uma relação mínima, não quebrando o relacionamento, por um lado, mas atentos à situação nos Açores, por outro".

A base das Lajes era, na década de 1970, uma peça considerada fundamental na política de defesa norte-americana.

Devido a mutações geopolíticas, em 2015, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, confirmou a decisão do Pentágono de reduzir a presença dos Estados Unidos na estrutura militar da ilha açoriana da Terceira.

O embaixador norte-americano em Portugal, Robert Sherman, já tinha anunciado o plano do Pentágono para uma redução gradual de pessoal civil e militar na base militar das Lajes.

Segundo Sherman, a redução envolveria a redução de 900 para 400 trabalhadores civis portugueses e de 650 para 165 funcionários civis e militares dos Estados Unidos.

Entre Portugal e os Estados Unidos vigora uma acordo bilateral de defesa e cooperação que tem como pilar a base das Lajes.
Segundo o também professor catedrático de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade dos Açores, na altura tanto o embaixador norte-americano em Lisboa, Frank Carlucci, como o Consulado dos Estados Unidos em Ponta Delgada "nunca admitiram" a perspetiva de uma independência dos Açores.

Contudo, o especialista salvaguardou que "se a situação se tivesse deteriorado e houvesse uma enorme imprevisibilidade e instabilidade" no Governo central, sobretudo no verão de 1975, era "muito possível" que os norte-americanos apoiassem a independência.

Citando Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, que escreveu que Portugal estava perdido para o comunismo no denominado "verão quente", Luís Andrade referiu que "não se pode dizer claramente que os Estados Unidos queriam ocupar as ilhas dos Açores se a situação se complicasse a nível nacional", mas não seria de admirar "absolutamente nada que se tenha pensado seriamente no assunto".

O docente universitário admite que "houve alguns contactos" do líder da FLA com "várias entidades americanas", visando a independência dos Açores, mas "ao nível mais elevado da administração norte-americana" o responsável "nunca foi recebido".
Tendo a necessidade de salvaguardar a base das Lajes, referiu os norte-americanos "jogaram com os dois lados: com o Governo português, mantendo uma relação mínima, não quebrando o relacionamento, por um lado, mas atentos à situação nos Açores, por outro".

A base das Lajes era, na década de 1970, uma peça considerada fundamental na política de defesa norte-americana.

Devido a mutações geopolíticas, em 2015, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, confirmou a decisão do Pentágono de reduzir a presença dos Estados Unidos na estrutura militar da ilha açoriana da Terceira.

O embaixador norte-americano em Portugal, Robert Sherman, já tinha anunciado o plano do Pentágono para uma redução gradual de pessoal civil e militar na base militar das Lajes.

Segundo Sherman, a redução envolveria a redução de 900 para 400 trabalhadores civis portugueses e de 650 para 165 funcionários civis e militares dos Estados Unidos.

Entre Portugal e os Estados Unidos vigora uma acordo bilateral de defesa e cooperação que tem como pilar a base das Lajes.
Relativamente a este assunto recomendo a leitura deste livro:
https://www.wook.pt/livro/carlucci-vs-kissinger-os-eua-e-a-revolucao-portuguesa-bernardino-gomes/219150
(https://img.wook.pt/images/carlucci-vs-kissinger-os-eua-e-a-revolucao-portuguesa-bernardino-gomes/MXwyMTkxNTB8MzM0ODM2fDEzODM1MjMyMDAwMDA=/500x)
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Turlu em Outubro 21, 2020, 02:04:37 pm
Foi reaberta a pista transversal da BA4 para treino de aviões a operar o âmbito do AFRICOM

Diário Insular – 2020/10/20
Pista Transversal É Reativada Por Proposta Dos Eua
Zona para treino de aviões militares inaugurada amanhã nas Lajes

A reativação da pista é importante para a Base das Lajes. Permitirá treino de aeronaves como o C-130 e o C-17. Deverá ser o começo do treino de aviões do AFRICOM.

A pista transversal da Base das Lajes volta a ser utilizada. É inaugurada, amanhã de manhã, a Permanent Lajes Landing Zone (zona de aterragem permanente das Lajes).
Já ontem decorreram ensaios nesta pista, que terá utilização militar. De acordo com um comunicado enviado às redações pelo Comando da Zona Aérea dos Açores, esta pista tinha “sido desativada por motivos operacionais e a sua inauguração conclui um longo processo que teve início numa proposta apresentada pela parte norte americana, através do qual foram analisadas e avaliadas todas as implicações que a sua implantação poderiam acarretar, nomeadamente no que respeita a segurança”. Depois do Ministério da Defesa Nacional ter aprovado a medida e de ter sido obtida a certificação pela Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN), foi assinada entre o Comando da Zona Aérea dos Açores e o destacamento norte-americano uma carta de operações “que estabelece os procedimentos de operação que se regem pelas normas estabelecidas pela ICAO, pela NATO e pela AAN”.
“De realçar que esta Carta de Operações contempla a figura do Landing Zone Safety Officer (LZSOAgente de Segurança da Zona de Aterragem), que sempre que a Permanent Lajes Landing Zone seja ativada, operará no local e será responsável por garantir que a operação das aeronaves decorre de forma segura e eficiente”, sublinha o comunicado.
Essa função será desempenhada “conjuntamente por Controladores de Tráfego Aéreo da Esquadra de Aeródromo da Base Aérea Nº4 (BA4) e do 65th ABG, devidamente treinados para o efeito”.
A cerimónia será presidida pelo comandante da Zona Aérea dos Açores e será conjunta, com o Destacamento da Força Aérea dos Estados Unidos da América, 65th Air Base Group.
Pista Para treinos. A Permanent Lajes Landing Zone será importante, “uma vez que permite o treino real de aterragens e descolagens em pistas curtas e em condições de piso adversas, a aeronaves militares de transporte aéreo tático, como por exemplo o C-130 e o C-17, de Portugal, dos Estados Unidos da América ou ainda dos países da NATO”.
“Com este tipo de treino é possível incrementar a proficiência das tripulações que tenham que vir a operar em teatros de operações adversos”, aponta o Comando da Zona Aérea dos Açores.
A operação nesta pista transversal “será sempre condicionada pelo tráfego aéreo militar e civil que opere na pista 15/33 que será sempre prioritário”, garante.
O DI já tinha noticiado a reativação desta pista transversal, que estará ligada aos treinos do comando AFRICOM (comando dos Estados Unidos para África).
O objetivo será recriar situações com que este comando militar americano se pode ver confrontado em África, com vários tipos de aeronaves.
Esta nova missão para a Base das Lajes deve trazer marines e outro tipo de pessoal militar até à Terceira, ainda não se sabe se em permanência ou em rotação.
Em julho do ano passado, o Diário Insular adiantava que esta pista tinha já sido alvo de obras e estava certificada para diversas operações.
A pista será utilizada, como primeira missão, para o treino de aviões C-130 e C-17 que irão operar em África no âmbito das atividades do AFRICOM.
Trata-se de aviões de transporte tático (C-130) e estratégico (C-17) cujas tripulações se irão qualificar nas Lajes para operações em pistas muito curtas e até de terra.
Os treinos deverão decorrer sobretudo à noite, uma vez que uma das componentes essenciais terá a ver com aterragens e descolagens através de sistemas de visão noturna.

Base das Lajes Treinos do comando AFRICOM podem trazer marines para a Terceira
A reativação da pista é importante para a Base das Lajes. Permitirá treino de aeronaves como o C-130 e o C-17. Deverá ser o começo do treino de aviões do AFRICOM.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: typhonman em Novembro 08, 2020, 09:32:53 pm
Com a vitória de Biden, o que nos poderá trazer de dividendos em termos de apoio ou FMS ?
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Novembro 09, 2020, 01:06:10 am
Os senadores republicanos já se estão a preparar para introduzir políticas de contenção do défice orçamental e da dívida — que, miraculosamente, se tornaram problemas a partir da derrota de Trump. Por isso, não é de esperar grandes orçamentos de defesa, nem ajuda externa — excepto para os do costume, como Israel e Egito.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: LM em Novembro 09, 2020, 09:33:39 am
E ainda arriscamos a deixar de ter pressão (pelo menos publica e "à bruta") do Trump para os europeus terem gastos com a defesa... e se os outros não devem esquecer que não se pode continuar a contar sempre com os EUA e a ouvir o que não se quer, por aqui devem aumentar as rendas dos quartéis.   
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Lusitan em Novembro 09, 2020, 10:08:00 am
E ainda arriscamos a deixar de ter pressão (pelo menos publica e "à bruta") do Trump para os europeus terem gastos com a defesa... e se os outros não devem esquecer que não se pode continuar a contar sempre com os EUA e a ouvir o que não se quer, por aqui devem aumentar as rendas dos quartéis.
Se existe alguma possibilidade de acordos bipartidários nos EUA, estes são nas áreas da Defesa e Negócios Estrangeiros. O Biden é dos Democratas, o que mais apoios consegue reunir nos Republicanos. E como tem um passado de confrontação com a Rússia, penso que irá continuar a ver os Açores como uma base estratégica para o domínio do Atlântico e contenção dos russos (nomeadamente para vigilância da actividade submarina russa).
Relativamente à necessidade de aumento de despesas em Defesa, isto já era pedido por Obama e Biden desde 2008. Infelizmente os europeus só perceberam as implicações de não apostarem na Defesa quando surgiu Trump e ameaçou com a saída da NATO. Mas com os EUA em confronto directo com a China, os europeus terão de ser capazes de garantir a sua própria defesa. De momento, a Europa não tem capacidade para aguentar sozinha um conflicto de grande intensidade prolongado. Essa capacidade tem de ser adquirida. Senão continuará a fazer figuras tristes como na Líbia (onde Reino Unido e França esgotaram as reservas de munições em poucas semanas), ou perante ameaças de regimes autoritários como Rússia e Turquia.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: dc em Novembro 09, 2020, 12:18:30 pm
Não creio que da parte americana vá haver reduções no orçamento, especialmente tendo em conta a ameaça da China. Se a China acalmar, aí sim poderá ocorrer. Por outro lado, se o potencial conflito com a China se desenrolar, os danos causados às duas potenciais do ponto de vista económico e militar serão tais, que deixará a Rússia como a única potência militar, pelo menos temporariamente, e dependendo da eficácia da vitória de um país face ao outro.
Se a Rússia assumir o primeiro lugar do poderia militar global, convém que o resto da Europa esteja minimamente preparada para os "aguentar".
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Novembro 09, 2020, 12:23:27 pm
Não esquecer que o compromisso de atingir os 2% do PIB em defesa, ao longo de um período de 10 anos, foi assinado em 2014. No entanto, isso não preveniu Trump de reclamar como sua a vitória.

Claro que agora, com a epidemia, poucos países atingirão esse patamar em 2024. No caso de Portugal, mesmo sem a epidemia, nunca houve real vontade de atingir os 2%. Houve sim manipulação continuada dos números e uma enorme pouca vergonha.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: dc em Novembro 09, 2020, 12:45:34 pm
Portugal é um caso especial. É um país que quer meio Atlântico, todos os recursos associados a este, mas sem assumir a responsabilidade (e os custos) de o fiscalizar e proteger.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: NVF em Novembro 09, 2020, 01:50:45 pm
É para isso que os KC-390 vão servir.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: dc em Novembro 09, 2020, 02:13:20 pm
O verdadeiro faz tudo, tão capaz que podemos já adicionar o nome de "força espacial" à FAP, que o KC cobre essas missões.
Título: Re: EUA fora das Lajes?
Enviado por: Viajante em Novembro 09, 2020, 03:51:32 pm
Portugal é um caso especial. É um país que quer meio Atlântico, todos os recursos associados a este, mas sem assumir a responsabilidade (e os custos) de o fiscalizar e proteger.

Mas os socialistas ainda se preparavam para fazer melhor, entregar a gestão dos recursos marítimos da Madeira e Açores às regiões autónomas (proveitos) e os custos de soberania (vigilãncia, fiscalização)  ficavam na república :)
https://www.dnoticias.pt/2020/8/5/69652-governo-sempre-defendeu-reforco-de-acores-e-madeira-na-gestao-do-mar

Entretanto o PR vetou e os Açores mudou de senhorio, mas........
https://www.dn.pt/poder/marcelo-veta-reducao-dos-debates-em-plenario-sobre-processo-de-construcao-europeia-12511939.html