Se o SMO volta, vai ser o fim de qualquer chance de ter umas Forças Armadas de qualidade. Preferem continuar com umas FA com M-113, M114 e companhia, e uma carrada de militares com pouco treino, do que ter umas forças mais reduzidas, com militares bem treinados e bem equipados.
Basta deixar aqui uma comparação, para se perceber o quão absurdo é o SMO se a nível de equipamento continuar tudo na mesma:
Um único M114 é operado por 11 militares.
Um M777 é operado por 8.
Um Caesar é operado por 5/6.
Um HIMARS (e a maioria dos MLRS de rodas) é operado por 3 (o veículo municiador outros 3).
Umas Forças Armadas com um determinado número de militares, conseguem ter muito mais capacidade de combate se lhes for dado o equipamento adequado. Ter 11 militares a operar um M114, é, como se pode ver, um desperdício de "mão-de-obra", quando 9 militares davam para operar 2 HIMARS + 1 veículo municiador. A isto acresce que:
-os militares do M114 têm muito menos chances de sobrevivência que os militares dum sistema moderno com maior alcance;
-por estarem mais próximos da linha da frente, a sustentação logística deste pessoal torna-se muito mais complicada;
-e que o número de militares que o M114 necessita para operar, obriga a um maior esforço logístico, por serem mais "bocas" para alimentar, colocando ainda mais pressão nas unidades logísticas.
Por vezes o barato sai caro, e se é barato investir em SMO para ter carne para canhão com fartura, sairá caro em termos de baixas e eficácia.