Ia falar precisamente dos Merlin AEW. No nosso caso, talvez até fosse uma aquisição interessante se algum dia tivéssemos um LPD/LHD.
Este assunto acaba por revelar a importância dos ESM/ECM mas também dos meios aéreos na defesa de uma força naval.
No nosso caso, é bastante revelador que, para um país que obviamente não tem porta-aviões, nem sequer aeronaves AEW, a utilização dos P-3 para uma função idêntica de "Early Warning" pode ser crucial na sobrevivência da frota.
E pegando em algo que falei no tópico do "MRTT na FAP", os "futuros" P-8 em conjunto com os MRTT, permitiam, através do reabastecimento no ar claro, que uma frota naval portuguesa tivesse cobertura aérea em qualquer parte do globo. Aliando esta capacidade em meios aéreos, a fragatas de jeito e verdadeiramente capazes, tornavamo-nos uma mini potência naval.
Usar o P-3 para "Early Warning" é o mesmo que o usar para combate aos incêndios. Um enorme desperdício de verbas.
Em que sentido?
Tens razão, usar uma aeronave militar para proteger unidades militares navais de alto valor, é um desperdício de verba, apesar de este meio permitir detectar, com antecedência, Sea Skimmers, FACs, Missile Boats, aviões e outros vasos de guerra. Nós que temos navios antiquados, com sensores antiquados, a sua sobrevivência ficava assegurada pelos seus próprios meios?
E comparar a vigilância de fogos florestais (os P-3 não fazem combate aos incêndios), função essa que pode ser desempenhada por meios mais baratos como UAVs, com uma missão puramente militar, que exige um tipo de aeronave específico, e caro, que nós não possuímos, é só uma comparação estúpida.
Curioso que há uns anos falei neste mesmo Fórum sobre a necessidade de aeronaves AEW, e a resposta que deram na altura, era que o P-3C com o seu conjunto de sensores, fazia praticamente o mesmo.