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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 12:33:35 pm

Título: "Portugal é apenas esperança"-Hernâni Carvalho
Enviado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 12:33:35 pm
Deixo aqui, à vossa apreciação, uma recente entrevista aquele que eu considero ser um dos mais esclarecidos portugueses do nosso tempo.

Hernâni Carvalho é um dos jornalistas portugueses mais premiados. Esteve na Bósnia, debaixo de fogo, em Timor, cuja experiência lhe valeu a escrita de um livro, e mais recentemente, esteve no Afeganistão. Arriscou várias vezes a vida, chegando por vezes a sítios onde mais nenhum jornalista conseguia chegar. Hoje participa semanalmente no programa da TVI “Você na TV”, na rúbrica CRIME DIZ ELE.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ensino.eu%2F2001%2Fjun2001%2Fem40-05.jpg&hash=131df22ae77efcfa6b0a8b8e4f03ce19)

1- Estando Portugal perto de completar 865 anos de existência, no próximo 5 de Outubro, pergunto-lhe o que é para si, em pleno século XXI, ser Português?

É pouco mais do que esperança. É tudo quanto nos resta. Muitos calam-se, os bons partem e os mediocres continuam a governar e a decidir. Culpa de todos nós, é claro.

2- Que análise faz às 3 Republicas Portuguesas, tendo em conta que também no próximo dia 5 de Outubro, serão as comemorações dos 98 anos da Proclamação da Republica?

A primeira foi a vingança dos miseráveis. A monarquia liberal tinha muito mais representatividade, por exemplo no parlamento, que a primeira Republica teve. Veja-se, nesses dias, quem perdeu direito de voto e quantos. A própria ideia de imperio nasce por essa altura. A segunda fechou-nos e isolou-nos à modernidade e ao desenvolvimento. A terceira prometeu, prometeu, mas os homens do Maio de 68, chegados ao governo são um flop. Em toda a Europa.

3- Para si, o que é mais importante? Celebrar a Fundação do País ou a Republica? O que é que para si deveria unir mais os Portugueses?

Importante é celebrar Portugal. O que nos devia unir é a globalização. Estamos a ser despidos das tradições que nos fizeram crescer. Estamos a ser normalizados

4- Faz sentido, hoje, em pleno século XXI, ser-se Monárquico e defender-se este ideal?

Faz hoje mais do que nunca!

5- Procurando, eu, sempre que posso, ver a sua rúbrica na TVI “Crime diz ele”, que comentário faz ao nosso sistema de Justiça?

Quando ocorreu o 25 de Abril de 74, oito por cento dos portugueses sabia que aquele edifício estava podre e vivia da impossibilidade de o povo ter direito à Justiça. Hoje sabem-no provavelmente oitenta e oito por cento dos portugueses. A miséria é maior agora. A título de exemplo, por aqueles dias de 74, os juízes fascistas que presidiram a tribunais plenários onde o direito a liquidar uma pessoa era quase pleno, foram administrativamente reciclados em vinte e quatro horas. A 26 de Abril desse mesmo ano, os mesmo juízes foram reciclados administrativamente e transformados em exemplares e democratas cidadãos e de novo colocados no pedestal a decidir a vida das pessoas que pedem justiça. Temos leis a mais e eficácia quase nula.

6- É apologista da Prisão Perpétua?

Sou apologista de penas eficazes e, sem pudor, assumo que uma pena deve ser um castigo e não uma reinserção, ao contrário do que defendem os modernistas da filosofia do direito. Isso não existe nem no eden. As raras excepções não dependeram do sistema. Falar em reinserção na prisão é ser calvinista e hipócrita, mas reconheço que é politicamente mais correcto. A prisão definitiva (com execepção de alguns casos - não encontro outra pena para quem, sendo dado como imputável, viola estripa e mata pessoas em série…) parece-me um risco numa sociedade democratica.

7- Que análise geral faz ao actual sistema político português?

É um logro. Desde logo pela base. O presidente da assembleia municipal não é votado pelo povo, como se faz crer nas campanhas, mas sim pelos eleitos nessa assembleia. E esta, em si, é outro logro pois os presidentes de junta de freguesia eleitos votam a escolha do presidente da assembleia municipal. Reconheço que os presidentes de Junta devam ter direito a expressar problemas e matérias na Assembleia Municipal mas sou contra terem direito a voto. Defendo que os municipios devem ser geridos pelos vereadores eleitos na lista vencedora. Defendo os circulos uninominais no parlamento nacional

8- Como comenta o Tratado de Lisboa? Vê nele benefícios para Portugal? Se sim, quais? Não será antes o pronunciamento do príncipio do fim de Portugal como Estado Soberano, nomeadamente relativamente à perda das águas territoriais?

Um país onde o ministro das Finanças decreta o fim da crise e outro afirma haver um deserto na margem sul, não carece de apresentações. Nesse país tudo é possível. Os medíocres escolhem sempre mediocres.

9- Faz sentido, um homem com cadastro, como Aquilino Ribeiro, no Panteão Nacional?

Julgar a História é arriscado. A estátua mais alta de Lisboa é a do Marquês de Pombal… Há outras matérias mais preocupantes. Mas percebo a questão.

10- Acredita que a Monarquia Parlamentar e Democrática poderá ser uma realidade a médio prazo?

Não. Tenho pena, mas não acredito.

11- Que opinião tem do “boom” de sites de informação monárquica que se foram formando até há bem pouco tempo?

Espero para ver. É cedo. Tenho esperança de que não se transformem na defesa das capelinhas miseráveis que tenho visto ocorrer noutros registos…

12- Já tinha conhecimento do PDR-Projecto Democracia Real? Que opinião tem sobre este aumento do interesse pela Monarquia em Portugal? Acredita que os Portugueses podem ver a Monarquia como uma esperança se os monárquicos conseguirem passar a mensagem?

São muitas perguntas numa só. Não conheço o PDR nem acredito nesse “aumento do interesse pela Monarquia em Portugal”, que refere. Não o vislumbro nem o ouço no dia a dia das pessoas com quem falo ou das que observo. Ademais, “se os monárquicos conseguirem passar a mensagem” é um problema com noventa anos.

13- Como analisa a situação em Timor-Lorosae?

O estado Timorense não tem essa designação. Está a viver as naturais dores de crescimento. Mas sobre o neo-colonialismo australiano e os escandolosos privilégios dos funcionários da ONU em Timor, denunciei-os em 1999 e 2000 e chamaram-me incendiário.

14- Considera que a CPLP pode fazer mais do que tem feito, podendo, por exemplo, criar uma “Confederação Lusofona”?

No domínio das ideias é possível… mas já se provou que impraticável.

15- Que Portugal deseja para o futuro?

O que desejo não é o que prevejo. Desejo um país onde a Justiça não seja um sonho. Onde os pobres também tenham acesso e direito a ela. Onde ela, a Justiça, seja de facto o fiel da balança dos outros dois pilares – Parlamento e Governo. Onde o mais alto magistrado da nação não seja símbolo a prazo, como qualquer contratado a recibos verdes. Onde os homens pensem e projectem o país no real interesse da nação e não no interesse da camarilha a que pertencem. Mas repito: O que desejo, pena minha, não é o que prevejo.
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 12, 2008, 01:26:04 pm
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Um país onde o ministro das Finanças decreta o fim da crise e outro afirma haver um deserto na margem sul, não carece de apresentações. Nesse país tudo é possível. Os medíocres escolhem sempre mediocres.


está tudo dito.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 12, 2008, 02:52:43 pm
Este não é o individuo que esteve na origem de muitas das teorias da conspiração no caso Maddie, que se provaram ser falsas ?

Vi a credibilidade do individuo cair dramaticamente pelo cano, quando vi uma gravação em que fizeram o cão entrar no carro dos pais da criança desaparecida pela porta do condutor.

Deixaram o cão lá dentro e depois abriram a porta traseira.
O cachorro, obviamente, desejando sair dali, escapuliu-se para a traseira do carro e saiu.
Depois voltaram a mandar o pobre cachorro para a traseira do carro para que cheirasse qualquer coisa.
Finalmente concluíram que o cachorro tinha descoberto provas incriminatórias.

As melhores testemunhas contra os pais da criança foram apresentadas/divulgadas por esse senhor. Curiosamente, e convenientemente, as melhores testemunhas que encontraram, não falam português. Aliás, não falam nenhuma lingua.
Convenientemente, os cachorros podem ser utilizados para tentar incriminar as pessoas, mas não podem ser contra-interrogados em Tribunal.

Não se pode perguntar ao cão:

Senhor cachorro, você foi para a porta traseira porque cheirou-lhe a cadáver, ou foi para a porta da traseira, porque não queria estar dentro do carro e lhe apontaram o lugar onde deveria cheirar ? :mrgreen:

Um dos mais miseráveis casos de jornalismo dito de «investigação». Na Grã Bretanha, esse senhor teria sido obrigado a pagar uma indemnização muuuito choruda pelas mentiras e pela desinformação que forneceu em doses industriais nos patéticos programas da manhã da TV portuguesa.

E esse é realmente o problema. Quando parármos para olhar para o umbigo e percebermos que o país que temos é o que nós próprios criamos com os nossos actos do dia-a-dia.
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 03:08:44 pm
Citar
Deixaram o cão lá dentro e depois abriram a porta traseira.
O cachorro, obviamente, desejando sair dali, escapuliu-se para a traseira do carro e saiu.
Depois voltaram a mandar o pobre cachorro para a traseira do carro para que cheirasse qualquer coisa.
Finalmente concluíram que o cachorro tinha descoberto provas incriminatórias.


O que é que quer dizer com isso?

Este senhor limitou-se a apresentar factos, que por sinal, não eram nada abonatórios para os pais.
Não me diga que acredita na história dos "pobres" dos pais que perderam a sua filha, tão inocentes... Acho que este caso falou por si, nem há mais nada a acrescentar.
Ter amigos ricos ou na política de top ajuda muito...

E quando não lhes agradou o rumo que a investigação estava a seguir, depois de já terem largamente insultado Portugal e a sua policía, com os nossos governantes caladinhos perante o velho aliado, o Gonçalo Amaral foi despedido...

Mais do que incriminar estes pais, o Hernâni Carvalho elucidou muito bem, o facto de quando a portuguesa e pobre Joana desapareceu, nada daquele aparelho policial e jornalístico foi mobilizado...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 12, 2008, 04:40:53 pm
Se o ridículo matasse :anjo: ...É tipo o "Omo", "lava mais branco"... :P
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 05:15:29 pm
Eu não coloquei a entrevista por ele ser monárquico ou não...se fosse tinha realçado isso.

E quem disse que o Paulo Teixeira Pinto é um santo não fui eu de certeza...

Pode colocar a vontade entrevistas a republicanos que eu vou ter todo o prazer de comentar, não sou "anti" nada.

Supra-sumo da inteligência, herói, iluminado, mas alguém disse isso?...Ridículo...

Se falar antes de ter a certeza de uma coisa também matasse :roll: ...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 12, 2008, 05:28:13 pm
Citação de: "TOMSK"
E quem disse que o Paulo Teixeira Pinto é um santo não fui eu de certeza...

Tem razão, mas é que há uns tempos apareceram ai uns "corregionários" que só faltavam "endeusar" o homem...até os "mamarachos" que o homem pinta eram do outro mundo...

Citação de: "TOMSK"
Eu não coloquei a entrevista por ele ser monárquico ou não...se fosse tinha realçado isso.


Sinceramente não parece, nomeadamente quando, coincidência ou não, as quatro primeiras perguntas versam precisamente essa temática...
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 12, 2008, 07:13:34 pm
Tomsk ->

Eu nem fiz qualquer comentário a qualquer das declarações adicionais dese senhor "jornalista".
O problema é que algumas das informações que foram passadas para a comunicação social foram baseadas nas meias verdades contadas com o ar "jingão" de "Gabirú de taberna" que caracterizam o homem.

Eu vi o caso da "prova" do cão, e fiquei embasbacado com aquilo. A famosa prova dos cães especiais de corrida, baseava-se em fazer entrar o cão pela porta da frente, e abrir a porta de trás do carro.

Eu não sou psicólogo canino, mas já tive cães, e se eu abrisse a porta do carro o cão normalmente ía para a traseira. Se eu abrisse a porta de trás do carro, o cão, feliz da vida saltava para fora.

O meu problema, é facilidade com que esse senhor ajudou a criar a ideia de que os cães tinham encontrado alguma coisa, quando qualquer pessoa olhando para as imagens com olhos de ver, percebe que os famosos cães são levados a cheirar um lugar especifico e não encontraram nada por acaso.

A situação chegou a ser patética com o senhor jornalista a explicar aos telespectadores que o cão escolheu aquele carro em toda a garagem, quando a garagem estava praticamente vazia e quando apenas o carro dos pais da criança tinha gente à volta.

Para mim, a forma como essa pretensa "prova" foi apresentada, sendo para mim absolutamente claro que ela poderia ser facilmente fabricada porque os cães foram induzidos a escolher o caminho, foi para mim a prova definitiva para saber que credibilidade dar ao senhor Hernani Carvalho.

Peço desculpa se pareço inconveniente. Mas sinceramente a minha opinião foi muito condicionada por uma pretensa demonstração de eficiência canina, que emfim...
Título: Re: "Portugal é apenas esperança"-Hernâni Carvalho
Enviado por: 123go em Dezembro 12, 2008, 07:18:39 pm
Sem dúvida que o Hernâni Carvalho é um homem de coragem e sem papas na língua com uma inteligência acima da média.

Antes que mandem bocas foleiras digo desde já que não sou monárquico nem tenho complexos em relação à monarquia.

Nas últimas eleições votei no Sócrates e estou bastante desapontado.


Citação de: "TOMSK"
1- Estando Portugal perto de completar 865 anos de existência, no próximo 5 de Outubro, pergunto-lhe o que é para si, em pleno século XXI, ser Português?

É pouco mais do que esperança. É tudo quanto nos resta. Muitos calam-se, os bons partem e os mediocres continuam a governar e a decidir. Culpa de todos nós, é claro.

Ser português hoje em dia vale muito pouco.

O mais importante é ser políticamente correcto.

Os portugueses se não estão bem que emigrem.


Citação de: "TOMSK"
2- Que análise faz às 3 Republicas Portuguesas, tendo em conta que também no próximo dia 5 de Outubro, serão as comemorações dos 98 anos da Proclamação da Republica?

A primeira foi a vingança dos miseráveis. A monarquia liberal tinha muito mais representatividade, por exemplo no parlamento, que a primeira Republica teve. Veja-se, nesses dias, quem perdeu direito de voto e quantos. A própria ideia de imperio nasce por essa altura. A segunda fechou-nos e isolou-nos à modernidade e ao desenvolvimento. A terceira prometeu, prometeu, mas os homens do Maio de 68, chegados ao governo são um flop. Em toda a Europa.

O regicídio marcou a entrada das corporações no poder a carbonária era uma das sub-divisões da maçonaria.

O caos provocado levou a guerras civis, fascismos, etc... anos perdidos.

No 25 de Abril cometeram-se os mesmos erros revolucionários com o PREC.

Esta esquerda que teve políticos com alguma personalidade e ideais agora está podre.


Citação de: "TOMSK"
3- Para si, o que é mais importante? Celebrar a Fundação do País ou a Republica? O que é que para si deveria unir mais os Portugueses?

Importante é celebrar Portugal. O que nos devia unir é a globalização. Estamos a ser despidos das tradições que nos fizeram crescer. Estamos a ser normalizados

Completamente de acordo, estão a tentar destruir a independência e a identidade dos países europeus contra a vontade dos cidadãos.

Ninguém me perguntou se era isto que eu queria para o meu país.

A globalização tem por base a subserviência de interesses económico/políticos.

É um mercado onde tudo se vende e tudo se compra já não há princípios ou valores.

E quem tem poder económico tem poder político.

Citação de: "TOMSK"
4- Faz sentido, hoje, em pleno século XXI, ser-se Monárquico e defender-se este ideal?

Faz hoje mais do que nunca!


Faz sentido devido à traição constante dos valores e interesses nacionais e à primazia de interesses de corporações estrangeiras e multinacionais.

Sem dúvida já ninguém sabe onde começa a política e acabam os interesses económicos e a facilidade como as elites saem de empresas e entram nos partidos e como saem dos partidos e entram nas empresas e são sempre os clientes do costume.
 

Citação de: "TOMSK"
5- Procurando, eu, sempre que posso, ver a sua rúbrica na TVI “Crime diz ele”, que comentário faz ao nosso sistema de Justiça?

Quando ocorreu o 25 de Abril de 74, oito por cento dos portugueses sabia que aquele edifício estava podre e vivia da impossibilidade de o povo ter direito à Justiça. Hoje sabem-no provavelmente oitenta e oito por cento dos portugueses. A miséria é maior agora. A título de exemplo, por aqueles dias de 74, os juízes fascistas que presidiram a tribunais plenários onde o direito a liquidar uma pessoa era quase pleno, foram administrativamente reciclados em vinte e quatro horas. A 26 de Abril desse mesmo ano, os mesmo juízes foram reciclados administrativamente e transformados em exemplares e democratas cidadãos e de novo colocados no pedestal a decidir a vida das pessoas que pedem justiça. Temos leis a mais e eficácia quase nula.


A justiça em Portugal é lenta, cara e arrogante e está tudo dito.

Citação de: "TOMSK"
7- Que análise geral faz ao actual sistema político português?

É um logro. Desde logo pela base. O presidente da assembleia municipal não é votado pelo povo, como se faz crer nas campanhas, mas sim pelos eleitos nessa assembleia. E esta, em si, é outro logro pois os presidentes de junta de freguesia eleitos votam a escolha do presidente da assembleia municipal. Reconheço que os presidentes de Junta devam ter direito a expressar problemas e matérias na Assembleia Municipal mas sou contra terem direito a voto. Defendo que os municipios devem ser geridos pelos vereadores eleitos na lista vencedora. Defendo os circulos uninominais no parlamento nacional

Nas eleições legislativas a assembleia da república é eleita pelo povo e cada deputado representa o povo de um distrito.

A maioria dos portugueses vota no partido e não nas pessoas que às vezes mudam consoante a conveniência dos partidos.

Não fazem a mínima ideia em quem é que desse partido faz parte das listas do partido e quem é o deputado que o está a representar.
E nem vale a pena tentar contactá-los que eles estão-se a marimbar para os nossos problemas ou opiniões.

E depois é claro que esses deputados votam consoante as posições da direcção dos partidos e não consoante a vontade dos cidadãos que os elegeram.

Basicamente é uma partidocracia onde a fidelidade dos deputados existe para com os partidos e não para com os cidadãos.


Citação de: "TOMSK"


8- Como comenta o Tratado de Lisboa? Vê nele benefícios para Portugal? Se sim, quais? Não será antes o pronunciamento do príncipio do fim de Portugal como Estado Soberano, nomeadamente relativamente à perda das águas territoriais?

Um país onde o ministro das Finanças decreta o fim da crise e outro afirma haver um deserto na margem sul, não carece de apresentações. Nesse país tudo é possível. Os medíocres escolhem sempre mediocres.



É incrível como os governos da UE não respeitam a vontade popular e para evitarem o chumbo nos referendos pelo povo que é suposto eles representarem aprovam as medidas no parlamento de forma que a legislação passe de certeza.

Este Tratado de Lisboa é profundamente anti-democrático.
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 07:40:29 pm
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É incrível como os governos da UE não respeitam a vontade popular e para evitarem o chumbo nos referendos pelo povo que é suposto eles representarem aprovam as medidas no parlamento de forma que a legislação passe de certeza.

Este Tratado de Lisboa é profundamente anti-democrático.


Exactamente...
Então onde está aí a representatividade que a República e os republicanos tanto defendem?
Ninguém nos garante que com um Rei fosse diferente, claro.

A nossa última esperança para o Não ao Tratado de Lisboa,( para quem defende o Não, é claro!) era a Irlanda, que já parece que afinal vai dizer Sim... :cry:
Título:
Enviado por: Daniel em Dezembro 12, 2008, 08:36:36 pm
Bom quero dizer que não conheço o conteúdo do tratado de Lisboa, mas gostava que me explicassem, se consta algo que tenha a ver com esta pergunta, porque se tem é preocupante. c34x

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8- Como comenta o Tratado de Lisboa? Vê nele benefícios para Portugal? Se sim, quais? Não será antes o pronunciamento do príncipio do fim de Portugal como Estado Soberano, nomeadamente relativamente à perda das águas territoriais?
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Dezembro 12, 2008, 09:18:54 pm
O novo referendo da Irlanda tem as alterações referentes à neutralidade militar, política do abordo e a nível fiscal
Título:
Enviado por: legionario em Dezembro 12, 2008, 10:28:48 pm
Citação de: "TOMSK"
Eu não coloquei a entrevista por ele ser monárquico ou não...se fosse tinha realçado isso.

E quem disse que o Paulo Teixeira Pinto é um santo não fui eu de certeza...

Pode colocar a vontade entrevistas a republicanos que eu vou ter todo o prazer de comentar, não sou "anti" nada.

Supra-sumo da inteligência, herói, iluminado, mas alguém disse isso?...Ridículo...

Se falar antes de ter a certeza de uma coisa também matasse :lol:    é bom sinal !
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 13, 2008, 10:37:09 am
o Hernani Carvalho pelo menos foi dos poucos a ter coragem de desmascarar os compadrios entre os governos inglês e português para encobrir o caso Maddie e safar os "coitadinhos dos paizinhos"
Título:
Enviado por: 123go em Dezembro 13, 2008, 11:30:19 am
O Governo é eleito de 4 em 4 anos.

Mas na realidade quanto tempo governa um governo?

No 1º ano anda a apalpar o terreno e a aprender a governar

No 2º ano anda a pôr as culpas no governo anterior para justificar medidas e reformas.

No 3º ano põe essas medidas em prática

No 4º ano anda em inaugurações e prepara as próximas eleições


Estima-se-se que 5 milhões de pessoas vivem do Estado quer sejam subsídios ou funcionários públicos.

E parece que o número de eleitores também anda à volta de 5 milhões de pessoas.

Ora faz sentido pensar que grande parte desses eleitores vive do estado e irão votar não no candidato que será melhor para o país mas sim naquele que lhes proporcionar melhores condições de vida.

É normal esta reacção que é se pode esperar de pessoas que vivem da política, eles primeiro têm que pensar no futuro deles e na sua carreira.

A coisa pública implica competências, sacrifícios, abnegação, entrega, patriotismo e desinteresse, e estas pessoas estão a ocupar cargos porque querem tacho para as clientelas.


http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007 ... BE338DC%7D (http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId=%7BFAC8D8E5-0EDB-45B5-BB20-8F332BE338DC%7D)


Citação de: "Daniel"
Bom quero dizer que não conheço o conteúdo do tratado de Lisboa, mas gostava que me explicassem, se consta algo que tenha a ver com esta pergunta, porque se tem é preocupante. c34x

Citar
8- Como comenta o Tratado de Lisboa? Vê nele benefícios para Portugal? Se sim, quais? Não será antes o pronunciamento do príncipio do fim de Portugal como Estado Soberano, nomeadamente relativamente à perda das águas territoriais?


Não há nada como ler-mos o documento por nós mesmos e pensar pela nossa própria cabeça.

O que as elites querem são um povo ignorante e manipulável para manterem o seu status quo.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=344614 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=344614)
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 13, 2008, 11:53:47 am
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O que as elites querem são um povo ignorante e manipulável para manterem o seu status quo.


e cada vez o conseguem mais
Título:
Enviado por: SmokeOn em Dezembro 13, 2008, 05:58:28 pm
Citação de: "PereiraMarques"
Se o ridículo matasse :anjo: ...É tipo o "Omo", "lava mais branco"... :P


E como o Dias Loureiro do BPN é maçon então está visto que vai ser ilibado porque a justiça não atinge esses não é ? E nem sequer vai deixar o Conselho de Estado ... maravilha de princípios e educação suprema :)

Neste caso é o TIDE =  Tudo Isto Deixa Esterco, não é o OMO
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 13, 2008, 11:14:38 pm
Opus Die = Mafia
Maçonaria = Mafia

...

Opus Gay :P
Título:
Enviado por: 123go em Dezembro 14, 2008, 07:44:37 pm
Almeida Santos concorda com fim-de-semana alargado e aumento dos salários ... dos deputados.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1058362 (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1058362)

http://www.inverbis.net/sistemapolitico ... mento.html (http://www.inverbis.net/sistemapolitico/deputados-abonos-duplicam-vencimento.html)


O senhor Almeida Santos tem sem dúvida um sentido de humor bastante apurado.

Ora vejamos, os deputados recebem mal enquanto deputados e não deveria haver votações à sexta-feira.

Em primeiro lugar eles que ponham os olhos dos professores que trabalham 300km longe da sua casa e não é por isso que faltam à sexta-feira, então os deputados são humanos e segundo o senhor Almeida Santos, os professores já seriam máquinas?

Em segundo lugar, alguém pediu a qualquer deputado para o ser?

Eles concorrem ao cargo por vontade própria, se são advogados, engenheiros ou serralheiros, isso já não é problema dos portugueses.

São eleitos para representar os portugueses com honestidade e produtividade naquilo que fazem, ninguém lhes pede para acumularem cargos!!!

Quase 4000 euros de ordenado é ser mal pago?

Então o que dirão as pessoas que auferem menos de 500 euros e contribuem mais para o desenvolvimento do nosso país do que estes senhores? (Ao menos não roubam o nosso dinheiro...).
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 14, 2008, 08:43:00 pm
Que afronta...quando o país está em crise, a maior parte dos portugueses vive na miséria, atreve-se a abrir a boca para tirar de lá esta "peça"...
E o Presidente da Republica, diz, e muito bem, que esta preocupado com a falta de interesse dos jovens na política.

E que emprego( tacho!) tão precário e cansativo que é ser deputado!
A ler o jornal, a rirem-se, a conversar uns com os outros, engravatados com a rectaguarda bem quente no fundo da cadeira!
Vejam lá que até dá para faltar às sextas-feiras!
Para picar o ponto e irem-se embora!
Para ganhar mais de 3000 Euros!!! 3000 Euros!!!
Quando se fala em aumentar o salário mínimo, que tal antes baixar o salário dos deputados? Parar a constante actualização da frota de Mercedes e BMW's de Série A para série B, de ano a ano?
Grande ajuda para o equilíbrio das contas públicas, não?
Que tal o José Sócrates viver um mês com o salário minímo?
"Que é para veres como custa, ò Magalhães!!!"
 :P :twisted:
(Perdoem-me a linguagem, mas é o que apetece dizer!)
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 15, 2008, 11:08:08 am
não se arranja uma vagazinha, no Miguel Bombarda, para o almeida santos?????
Título:
Enviado por: Feinwerkbau em Dezembro 15, 2008, 01:37:58 pm
coitados, não sejam assim tão mauzinhos..

com tanto bom serviço que eles têm sido feito à causa pública e a Portugal, um aumentozito de salário e um diazito de folga por semana é o mínimo que se poderia fazer pelos Srs.... vá lá...

já viram as canseiras que deve ser, ter que conjugar o horário da AR, com os variados assuntos privados que eles têm que gerir, para ajudar a manter a familia?  
a qualidade paga-se e vocês não querem ser governados por um bando de medíocres, pois não? :twisted:
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 15, 2008, 02:06:09 pm
tá claro, o Guilherme Silva tb defendeu que deixem de existir sessões ás 6ªs , para não prejudicar os "coitados" :roll: num jantar do Boavista FC que depois se prolongou noite fora :twisted:  :twisted:

acho que sim, aumentos e a construção de um RITZ junto ao parlamento, mas com 6 estrelas pelo menos, coitadinhos...
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 15, 2008, 02:22:41 pm
E aquela deputada, a quem perguntaram se tinha faltado 6ºfeira passada?
Ao que ela respondeu: "Isso não interessa, agora vai haver uma votação importante e vou ter que entrar"...e meteu-se à pressa para dentro da Assembleia.
Pois muito bem, essa "votação" que a deputada falou.... era só para a semana!
Não havia nenhuma votação naquele dia!

E fazem de nós todos parvos, enquanto se vão escapando às perguntas dos jornalistas... :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 16, 2008, 10:01:14 am
Citar
A POLÍTICA SEGUNDO MARTA REBELO


João Miguel Tavares
Jornalista

Eu não queria voltar a este assunto, mas a senhora deputada do Partido Socialista Marta Rebelo obrigou-me a isso, após ter declarado publicamente na sexta-feira que a Assembleia da República está a transbordar de assuntos importantíssimos e que a questão das faltas dos deputados é apenas "política com 'p' pequenino". Estas declarações surgiram após a senhora deputada ter faltado - segundo ela, devido a uma consulta médica - a uma comissão parlamentar que não se realizou por falta de quórum. Um detalhe obviamente insignificante, como bem tratou de explicar Marta Rebelo, tendo em conta que nesse dia - e cito - se ia "votar e discutir coisas importantíssimas, como o Estatuto Político-Administrativo dos Açores". Infelizmente, a senhora deputada deve ter confundido a agenda política do Parlamento com a agenda política do seu almoço, já que no Palácio de São Bento não havia nenhum estatuto dos Açores para discutir na sexta-feira. Nada como um deputado bem informado. Mas isto sou eu a chafurdar na política com 'p' pequenino, claro.

O curioso neste caso é que Marta Rebelo, segundo uma notícia do jornal 24 Horas de Janeiro deste ano, já havia sido obrigada a suspender a sua actividade de docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa devido a queixas de falta de assiduidade por parte das quatro turmas que leccionava e por assinar uma presença num dia em que faltou. É pena que o jornalista que a inquiriu não tenha referido este tema, pois Marta Rebelo certamente teria respondido: "Há coisas importantíssimas para discutir na Universidade de Lisboa. Isso é ensino com 'e' pequenino." Eu próprio estou a pensar seriamente em passar a utilizar o argumento no meu trabalho. Da próxima vez que me perguntarem "mas quando é que tu escreves esse teu texto?", eu vou responder: "Isso é jornalismo com 'j' pequenino." E, bem vistas as coisas, é um raciocínio que se pode perfeitamente aplicar a todas as áreas. Se um trabalhador da Autoeuropa for interrogado sobre a sua lentidão a apertar as porcas de uma Sharan, ele poderá a partir de agora argumentar: "Tendo em conta o estado da indústria automóvel, isso é fabricação com 'f' pequenino."

Numa coisa se faça justiça a Marta Rebelo: ela não está só na defesa desta sua divertida teoria. O próprio Mário Soares, que até ser destronado por Manuel Alegre era a consciência favorita da nação, declarou que este assunto das faltas era mero fait-divers. Tendo em conta as sonecas que ele batia no Parlamento, percebe-se que preferisse dormir a sesta em casa. Ora, sendo esta a cultura que domina o País, não admira que vivamos rodeados de dezenas e dezenas de deputados com 'd' pequenino, exibindo alegremente a sua incompetência. Com 'i' maiúsculo. |
 


DN
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 16, 2008, 10:32:10 am
:Palmas:
Título:
Enviado por: dremanu em Dezembro 16, 2008, 10:41:31 pm
O povo que é ignorante é o porque, o querem ser, são preguiçosos, ou porque não têm capacidade mental para ser mais do que isso. No mundo de hoje em dia, com internet, jornaís, televisão, etc, disponiveís 24h por dia, acesso à informação é que não falta, é só preciso ter vontade de procurar.
Título:
Enviado por: 123go em Dezembro 18, 2008, 12:37:04 am
Citação de: "dremanu"
O povo que é ignorante é o porque, o querem ser, são preguiçosos, ou porque não têm capacidade mental para ser mais do que isso. No mundo de hoje em dia, com internet, jornaís, televisão, etc, disponiveís 24h por dia, acesso à informação é que não falta, é só preciso ter vontade de procurar.


Não é bem assim.

Há muita gente que não tem acesso à informação porque não pode ou não sabe.

Há notícias de alguma complexidade que não fazem sentido ou não causam alarmismo à maioria da população porque essa mesma população não tem a educação necessária para interpretar as notícias correctamente.

E a internet é o único meio de informação livre.

Muita informação que vai contra o sistema político/económico/social e demonstra a sua hipocrisia não passa nos meios de comunicação portugueses e ocidentais.

Às vezes parece que vivemos todos uma grande farsa, em que é difícil discernir o que é verdade e o que é mentira, o que é propaganda e o que é notícia.

As influências e trocas de favores entre os media e o poder económico e político não abona a favor da liberdade de imprensa.

Já troquei correspondência com alguns jornalistas e eles dizem-me que não abordam certos assuntos ou não os aprofundam porque têm medo de perder o emprego.

Há uma grande mediocridade no jornalismo e abundância de notícias encomendadas (sim elas existem) e uma falta de verdadeiro sentido jornalístico e de investigação.

Cada vez mais o jornalismo é copiar as notícias fornecidas pelas grandes agências noticiosas como a reuters ou a agência Lusa.

http://dn.sapo.pt/2008/10/23/media/port ... erdad.html (http://dn.sapo.pt/2008/10/23/media/portugal_desce_oito_lugares_liberdad.html)
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 18, 2008, 10:26:37 am
«Quando é que se passa a certidão de óbito a uma nação?

Será quando ela tiver sido invadida por vontade alheia que se impôs?
Será quando deixa de cunhar moeda própria e se submete à finança alheia?
Será quando pontas de flecha de interesses estrangeiros a governam?
Será quando deixar de acreditar em si e nas suas capacidades?
Será quando prefere sujeitar-se para não emagrecer?
Será quando se deturpam as verdades históricas?
Será quando o futebol interessar mais do que a identidade nacional?
Será quando já não soubermos pescar ou cultivar?
Será quando ficarmos a olhar com vergonha para os quadros dos nossos antepassados?


Nas minhas últimas trocas de opinião com o Prof. Agostinho da Silva e Rafael Monteiro (o ermida do Castelo de Sesimbra), ambos entretanto falecidos, tocou-se muito na pergunta sobre se Portugal ainda existe, ou, se o que existe, ainda é Portugal!?

Na opinião de Agostinho da Silva, tínhamos de ver Portugal mais no campo espiritual e fortalecer este, visto no terreno já se ter afastado de mais.

Na opinião de Rafael Monteiro, Portugal já morreu! Estamos, simplesmente, a assistir ao banquete dos vermes que se digladiam pelos melhores bocados do cadáver!

Na minha opinião, todos os que ainda sentem algo por Portugal vão ter de entrar na clandestinidade, porque serão atacados e afastados como “bairristas retrógrados”, simplesmente por amarem a sua pátria.

Neste contexto convém ficar a saber que nas reuniões dos coordenadores do ensino em Portugal, nos últimos anos, foram dadas as seguintes directrizes (como sendo directrizes de Bruxelas, mas isto é mentira, Bruxelas não se meteu nisto; as directrizes vêm de organizações que pretendem a destruição das nações, por fora, através da sua anexação por organizações internacionalistas, e, por dentro, através de excessivas regionalizações):

1.ª – Já não se ensina a História de Portugal, mas a História da Europa! Cabe a cada professor decidir o grau de importância que neste contexto ainda querem dar a Portugal.

2.ª – Já não se ensinam os Descobrimentos Portugueses, mas sim (imagine-se) a Expansão Ibérica! O que significa que toda a atitude dos conquistadores espanhóis com o genocídio dos aztecas, dos incas e dos guanches é metida no mesmo caldeirão das atitudes de Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, e de tantos outros dos nossos grandes navegadores, que em grande maioria, eram cavaleiros iniciados escolhidos a dedo, com um pensamento ético e moral inqualificavelmente superior ao dos castelhanos.

A fim de acordar a nossa juventude para a realidade do nosso passado, resolvi escrever “Homens, Espadas e Tomates” e outros livros relacionados com o tema, cumprindo assim a parte que me cabe, no campo da minha especialização, para que futuras gerações possam ter acesso à identidade portuguesa.»

Rainer Daehnhardt
Título:
Enviado por: legionario em Dezembro 19, 2008, 10:59:01 am
A Portugal para continuar a existir como estado soberano e livre, nao basta ter um passado historico e uma lingua comuns, é preciso ter tambem um projecto de futuro comum. E isso ja nao temos... o unico projecto comum que temos é a seleçao de futebol :  é a unica coisa que faz vibrar em unissono os tuguinhas...isso e comprar o ultimo modelo de télélé ou vestir roupas de marca ou coisas do généro.

Francamente acho que ja nao ha nada a fazer senao aceitar as coisas como elas estao  e cada um se ocupar da sua vidinha , que é o que faz toda a gente...e os que assim nao pensam,  passam por originais perigosos !
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 31, 2008, 12:13:46 pm
não sabia onde colocar isto...

Citar
Contar a todos "como é a vida do PS"


ANA SÁ LOPES

PS. José Sócrates tem pelo menos um militante disposto a enfrentá-lo no próximo Congresso. Chama-se Armando Ramalho e propõe-se denunciar as malfeitorias do aparelho socialista

Ninguém se candidata contra Sócrates? Falso. Há um militante do PS que, pelo menos, quer tentar. Chama-se Armando Ramalho, está em conflito com o aparelho socialista de Odivelas e impugnou as eleições para a concelhia. Acusa o aparelho de promover o pagamento de quotas em massa e tem provas disso: "Alguém" pagou as quotas da sua mulher e da filha e as duas não pagavam porque queriam mesmo desfiliar-se do partido.

A ideia da candidatura começou num encontro de alegristas. Quando se dirigiu ao próprio Manuel Alegre a expôr os seus problemas. Alegre - segundo Ramalho - terá respondido: "É muito difícil ser Manuel Alegre". E então Armando Ramalho atirou: "E é muito difícil ser Ramalho em Odivelas neste partido" para depois acrescentar: "Não me obrigue a candidatar-me a secretário-geral". Mais tarde, dirigindo-se aos membros do aparelho do PS por causa da impugnação das eleições da concelhia, voltou a repetir a ameaça: "Não me obriguem a candidatar-me para contar a toda a gente como é a vida do Partido Socialista".

E, segundo Ramalho, a vida é triste: "O estilo do actual PS sobre a batuta do actual secretário-geral" é "despachar as oposições como quem termina o expediente do dia". Ramalho critica a redução do valor das quotas de dois para um euro porque "facilita o caciquismo, quando pagam as quotas da rapaziada".

Armando Ramalho está contra o regulamento do Congresso. "Marcadas as directas para dia 13/14 de Fevereiro e o Congresso a 27, 28 e 1 de Março, considerando que o mês do Natal não é próprio à actividade política, teremos um mês e 10 dias úteis para proclamar qualquer candidato 'com coragem' e as suas políticas para o partido e para o País". Segundo Ramalho, "a elegância do Presidente [Almeida Santos] não lhe permitiu dizer 'loucura' em vez de coragem".

Trata-se, portanto, de uma loucura. "A provar a salutar vida democrática no partido, as listas de delegados ao congresso serão, como de costume, listas únicas. Os votos em urna devem ser os dos eleitos e pouco mais".

"Socialistas italianos"

Aquele que quer ser candidato a secretário-geral recorda que "os dois últimos secretários-gerais, por razões diversas, abandonaram o partido e o país. É uma triste sina, de facto, só falta saber o que levará o actual daqui para fora".

E então, segue-se, no comunicado número 1 do candidato, data de 2 de Dezembro: "Faço votos de que não sejam varridos da mesma forma que os socialistas italianos, fugidos à justiça".

A moção de orientação política tem duas páginas e meia. "Porque se deve mudar? Porque é impossível manter este sistema político que se autogoverna e autoregula num cruzamento de interesses de classe que o país não suporta...".|  
 
 


http://dn.sapo.pt/2008/12/31/nacional/c ... da_ps.html (http://dn.sapo.pt/2008/12/31/nacional/contar_a_todos_como_vida_ps.html)
Título:
Enviado por: TOMSK em Janeiro 06, 2009, 04:45:55 pm
 "Isto é uma fantochada"

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fmedina.jpg&hash=36a7b6c7bc59f553f0c63fa593880fbc)

"Isto é uma fantochada sem nome...
É o Cartão do Cidadão, é o "Magalhães", são as autoestradas, é o TGV...
Enfim, tudo isto é aparência. Nós não temos políticos com conteúdo, temos políticos com casca. Isto é tudo uma aldrabice pegada de A a Z.
 
É preciso é aparecer a dizer qualquer coisa todos os dias. E depois pronto, fica tudo para trás. Tudo isto é realmente uma coisa que enoja qualquer cidadão. Eu não tenho outra qualificação para o que se está a passar na nossa terra...

Eu acho que cada coisa tem o seu tempo, e acho que as crianças têm de começar a saber ler, escrever, contar e entender. E depois é que vão para os "Magalhães". O que se está a conseguir com as nossas crianças é a entregar-lhes esses caixotes, que felizmente eles vão estragar depressa...

A política em Portugal é cada vez mais um nojo, aquilo ao que o Rafael Bordalo Pinheiro chamava " A grande porca". Eu diria para actualizar "A grande porcaria".
Eu tenho o maior e o mais progressivo desprezo por quase todos estes políticos. Há três ou quatro que restam de seriedade e de respeitabilidade, com dignidade, da nossa terra.

O resto parece daquelas santolas que só têm casca e não têm conteúdo.
É assim que nós estamos na política: Santolas só com casca!
E essa santola não ganha recheio, porque o mal disto tudo está nos partidos politícos, pois são cada vez piores, o PS e o PSD são cada vez piores...

Portanto isto é uma santola que vai andando até que alguma coisa lhe quebre a casca.
O problema em Portugal é que nós andamos sempre à procura daquilo que se vê. Aquilo que está atrás do que se vê, já ninguém vê.

É preciso que quem dirige, saiba dirigir, saiba o que é que anda a fazer, e saiba dar o exemplo. A semi-elite que ocupou o Estado e a Economia em Portugal é profundamente medíocre. E daí para baixo tudo é possível...

Eu não quero saber de medidas do Primeiro-Ministro. Eu quero saber se se faz aquilo que o país precisa ou não. Precisa que tenha uma Educação decente, que tenha uma Justiça capaz, que se acabe significativamente com os corruptos, com a ladroeira que atravessa Portugal, que se acabe com a burocracia, que se ponha ordem na administração pública, precisa de se ir lá ao fundo das coisas. E nós não vamos ao fundo de nada, isto é tudo uma mentira...

Eu, como cidadão, só me cumpre apreciar aquilo que existe. E o que existe é uma vergonha e um crime que se está a praticar. Nós estamos a deixar as crianças filhas dos mais pobres igualmente ignorantes como os pais o foram. Os filhos dos pobres vão ser os pobres de amanhã.

A maior parte dos cidadãos não fala. Em grande parte fazem como o "Zé Povinho", que não vale a pena...
Aqueles cidadãos que deveriam falar não falam porque dependem do Estado. Defendem certas empresas que dependem do Estado.
E as personalidades estão a contar entrar para a Assembleia na próxima eleição, ou ir para a Europa, ou receber umas comissões aqui ou ali.

Portanto o país anda a tratar da vida a esses...e o português é o "Zé Povinho" que anda tramado..."

Mais uma entrevista, mais um arraso.
Este Medina, por onde passa, a relva não volta a crescer...
Portugueses, vamos lá todos abrir os olhos...com quem sabe... :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 06, 2009, 05:07:10 pm
Grande Medina

 :Bajular:



ontem:

"-Que acha que vai sair da entrevista de José sócrates?
-Propaganda. Mais propaganda politica. Mas ele sabe fazer outra coisa?"
Título:
Enviado por: 123go em Janeiro 06, 2009, 10:56:58 pm
http://sic.aeiou.pt/online/video/inform ... idadao.htm (http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Nos+Por+Ca/2009/1/demoranocartaodecidadao.htm)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 07, 2009, 10:48:08 am
Citação de: "P44"
Grande Medina

 :lol:

Eu ainda perdi 10 minutos a ouvir o senhor, mas quando percebi que ele ouvia uma pergunta e respondia as baboseiras do costume mudei de canal.
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 07, 2009, 12:23:40 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "P44"
Grande Medina

 :lol:

Eu ainda perdi 10 minutos a ouvir o senhor, mas quando percebi que ele ouvia uma pergunta e respondia as baboseiras do costume mudei de canal.


engraçado, essa definição assenta como uma luva ao pinóquio sócrates... :roll:
Título:
Enviado por: TOMSK em Janeiro 07, 2009, 04:03:48 pm
Já que estamos numa onda do Medina,  deixo aqui um "best of" das suas intervenções, ao que eu chamo de:

As verdades segundo Medina Carreira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F8956.jpg&hash=ca90e04848988a1718c313da2434fe89)

"Vocês, comunicação social o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6»....Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias...
Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias...mas é sem açucar..."


"Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!"

"Ainda à dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9...
Isto é ensino...é falta de ensino, é uma treta!
É o futuro que está em causa!"


"Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% em 2...esta economia não resiste num país europeu."

"Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse."

"Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?
P'ra gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos?
Acha que sim?
A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, secalhar não era melhor aproveitar a Portela?
Quer dizer, isto está tudo louco?"


"Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo fôr..."

"Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:
-Um desapareceu;
-O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;
-O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;
-E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim e fazer alguma coisa..."


"O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá...
Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado."


"Mas você acredita nesse «considerado bem»?
Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da policía...
Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!"


"De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter ,eventualmente, o nome de Lisboa no tratado.
É, mas não passa disso. É só para entreter a gente..."


"Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleiçoes, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos:
-Prometem aquilo que sabem que não podem."


"A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»:
Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar?
Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"


"Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira!
Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! "


"A minha opinião desde à muito tempo é TGV- Não!
Para um país com este tamanho é uma tontice.
O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.
"Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?
Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...
Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada.
Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria...Esses é que têm interesse, não é o Português!"


"Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros:
A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios...
Receber os prisioneiros de Guantanamo?
«Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...»
Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros...
Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros.
Olhemos para nós!"


"A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos.
Quando passar lá fora, a crise passará cá.
Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise.
Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!"


"Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia:
Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?"


"Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade. Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."

"Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação...
Poupe-me a esse espectáculo...."


"Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê?
Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo...
Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira»."


"Há dias circulava na Internet uma noticía sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina... Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina...
Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...
Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."


"É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar.
Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe."


"Até à cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacifícos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros...
Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...
Hoje, acrescento-lhe só o «muito».
Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho...
Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho».
Os portugueses que interpretem o que quiserem..."


"Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira!
Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem...
No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa."


"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sitío. Esta inter-penetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas...
Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si...
Porque é que se vai buscar políticos para as empresas?
É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...
Um político é um político. E um empresário é um empresário. E não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio.
Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro...é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade."


"Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!"

"Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»....
Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito...
Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir. O Português está farto de ser enganado!
Todos os dias tem a sensação que é enganado!"


Candida-te Medina, que eu e o P44 votamos em ti! :P
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 07, 2009, 04:23:26 pm
:roll:

Eu estava a falar do Sócrates.
Título:
Enviado por: TOMSK em Janeiro 07, 2009, 04:27:00 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
:roll:

Eu estava a falar do Sócrates.


Peço desculpa, então :wink:
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Janeiro 07, 2009, 04:29:46 pm
As politicas que o Sr. Carreira defende sao politicas economicas de direita e de responsabilidade fiscal tambem de direita! fico admirado de membros deste forum, assumidos esquerdistas (alguns radical) virem defender agora com o que sempre discordaram.

Agora acredito que tudo e possivel!
Título:
Enviado por: 123go em Janeiro 07, 2009, 05:39:15 pm
Citação de: "oultimoespiao"
As politicas que o Sr. Carreira defende sao politicas economicas de direita e de responsabilidade fiscal tambem de direita! fico admirado de membros deste forum, assumidos esquerdistas (alguns radical) virem defender agora com o que sempre discordaram.

Agora acredito que tudo e possivel!


É engraçado que os partidos de esquerda dizem que o actual governo tem políticas de direita e o Sr. Carreira é um ex-ministro do PS, as diferenças entre esquerda, direita e centro têm tendência a se esbaterem quando a necessidade obriga.
Título:
Enviado por: Xô Valente em Janeiro 07, 2009, 06:18:12 pm
Citação de: "oultimoespiao"
As politicas que o Sr. Carreira defende sao politicas economicas de direita e de responsabilidade fiscal tambem de direita! fico admirado de membros deste forum, assumidos esquerdistas (alguns radical) virem defender agora com o que sempre discordaram.

Agora acredito que tudo e possivel!

Eu sou de direita, acredito na direita e nas suas políticas, uma liberdade de mercado e liberdade para as pessoas enriquecerem. E o que o PM está a fazer não são políticas de direita nem de esquerda, são políticas tortas. Aquilo não é nada. Não é nada aquilo que ele faz nem é nada o que têm feito ao longo de 30 e tal anos de democracia, com rotação entre PS e PSD que é tudo igual, é tudo a mesma porcaria.
Muitos de vós devem pensar que direita é o que o actual PM anda a fazer. Que a direita é favorecer os ricos, e, desculpem a expressão, cagar prós pobres. A direita também tem as suas medidas de apoio aos mais carenciados a nível financeiro. Também tem políticas sociais.
Um exemplo de direita direita mesmo: os EUA. Por aquelas terras eles repudiam tudo o que seja de esquerda (socialismo, comunismo, etc.) e os seus partidos são tendencialmente de direita. E como estão os Estados Unidos? Só pode ser uma elite de poucas centenas ou milhares de pessoas ricas, e o resto dos 300 milhões são todos pobres.
Tudo bem, os EUA estão numa crise, assim como o mundo em geral, mas prosperaram com partidos de direita, e quem diz os EUA diz outros países capitalistas. Deve haver liberdade de mercado, mas com uma regulação ou moderaçao do Estado.
Agora num Estado como o nosso, em que, mais uma vez desculpem a expressão, é chulo e deficiente, querem que esse Estado - e governo - controlem o mercado, ou parte, para termos medidas sociais e mais igualdade. E temos isso tudo com esta classe política. :roll:
Desculpem o desabafo e certas expressões, mas queria expressar a minha opinião, e que fico triste, como amante de Portugal, ver a minha pátria e os meus compatriotas a serem maltratados.
Cumprimentos a todos.
Título:
Enviado por: 123go em Janeiro 07, 2009, 07:10:11 pm
Citação de: "Xô Valente"
Citação de: "oultimoespiao"
As politicas que o Sr. Carreira defende sao politicas economicas de direita e de responsabilidade fiscal tambem de direita! fico admirado de membros deste forum, assumidos esquerdistas (alguns radical) virem defender agora com o que sempre discordaram.

Agora acredito que tudo e possivel!
Eu sou de direita, acredito na direita e nas suas políticas, uma liberdade de mercado e liberdade para as pessoas enriquecerem. E o que o PM está a fazer não são políticas de direita nem de esquerda, são políticas tortas. Aquilo não é nada. Não é nada aquilo que ele faz nem é nada o que têm feito ao longo de 30 e tal anos de democracia, com rotação entre PS e PSD que é tudo igual, é tudo a mesma porcaria.
Muitos de vós devem pensar que direita é o que o actual PM anda a fazer. Que a direita é favorecer os ricos, e, desculpem a expressão, cagar prós pobres. A direita também tem as suas medidas de apoio aos mais carenciados a nível financeiro. Também tem políticas sociais.
Um exemplo de direita direita mesmo: os EUA. Por aquelas terras eles repudiam tudo o que seja de esquerda (socialismo, comunismo, etc.) e os seus partidos são tendencialmente de direita. E como estão os Estados Unidos? Só pode ser uma elite de poucas centenas ou milhares de pessoas ricas, e o resto dos 300 milhões são todos pobres.
Tudo bem, os EUA estão numa crise, assim como o mundo em geral, mas prosperaram com partidos de direita, e quem diz os EUA diz outros países capitalistas. Deve haver liberdade de mercado, mas com uma regulação ou moderaçao do Estado.
Agora num Estado como o nosso, em que, mais uma vez desculpem a expressão, é chulo e deficiente, querem que esse Estado - e governo - controlem o mercado, ou parte, para termos medidas sociais e mais igualdade. E temos isso tudo com esta classe política. :roll:
Desculpem o desabafo e certas expressões, mas queria expressar a minha opinião, e que fico triste, como amante de Portugal, ver a minha pátria e os meus compatriotas a serem maltratados.
Cumprimentos a todos.


Os EUA não são um bom exemplo, o problema de Portugal e da Europa é ter políticos sem personalidade que tentam copiar os EUA.
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 08, 2009, 02:28:55 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
:roll:

Eu estava a falar do Sócrates.


ah, então tás perdoado! :mrgreen:
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 08, 2009, 02:30:07 pm
Citação de: "oultimoespiao"
As politicas que o Sr. Carreira defende sao politicas economicas de direita e de responsabilidade fiscal tambem de direita! fico admirado de membros deste forum, assumidos esquerdistas (alguns radical) virem defender agora com o que sempre discordaram.

Agora acredito que tudo e possivel!


eu tou-me marinbando se ele é de esquerda, direita, ou se é marciano, é a ÚNICA PESSOA que vejo dizer publicamente as VERDADES!
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 02, 2009, 09:22:32 pm
Citar
28 Janeiro 2009
Uma pergunta pertinente
 
Perguntava-me hoje um amigo tailandês por que razão não tinha Portugal um Rei. Aduziu: "vocês, que tiveram o mais longo império, os primeiros e os últimos a abandonar as possessões que tinham em África, na América, na Ásia e na Oceania, gente tão orgulhosa do passado grandioso que tiveram, país tão pequeno que tem uma das línguas mais falados no mundo, que..., que..., que....". Assim se prolongou em perífrase demonstrativa do interesse que lhe suscita o nosso país. Fiquei encantado por assistir a tal lição até que, para terminar, deixou a seguinte observação: "bem, se países tão ricos e progressivos como o Reino Unido, a Holanda, a Dinamarca, a Noruega, a Suécia, o Luxemburgo, o Japão e até a Espanha preservaram as suas monarquias, Portugal talvez a tenha perdido porque perdeu a razão e se esqueceu do que fora". Não encontrei palavras para lhe dizer que assim fora, que um grupo insignificante de pistoleiros e gente mesquinha e medíocre nos havia morto o Rei em plena rua, que desde 1910 Portugal se tinha, primeiro mexicanizado, depois cloroformizado e agora não sabia o que fazer com o futuro. Senti vergonha, confesso, por um siamês nos olhar como uma Albânia, uma Guiné Papua ou uma República Dominicana. Mas tinha razão. Deixámos que se perdesse o arrimo fundamental da autenticidade portuguesa, substituímo-lo por generais sem batalhas, almirantes sem frota, pequenos plumitivos sem obra, agitadores e homenzinhos escolhidos por paixão partidária, impostos pelas espadas ou sorteados por grupos, camarilhas e facções. Perdemos tudo, não ganhámos nada. E não somos só nós: os gregos, os romenos, os húngaros e os búlgaros queixam-se do mesmo. É fácil destruir as monarquias, mas depois fica para todo o sempre o remorso, o vazio e o sem sentido de toda uma comunidade.


http://combustoes.blogspot.com/ (http://combustoes.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: Heraklion em Fevereiro 03, 2009, 07:54:31 pm
Isso é triste...
Monarquia volta por favor!!!!!!
Vi ai o caso búlgaro, que é mui interessante, pois tenho lá amigos, e todos eles monárquicos, o que mostra que apesar de tudo, as nações europeias ainda não estão perdidas.
Viva Portugal!!
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 05, 2009, 02:10:40 pm
"Porreiro pá!"

quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009 | 11:53  
INEM: ambulâncias novas paradas devido à agenda da ministra

Três dezenas e meia de ambulâncias novas do INEM estão paradas há pelo menos dois meses num parque de viaturas na Azambuja, pertença da empresa fornecedora, à espera do momento em que a Ministra da Saúde procederá à sua entrega oficial.
Segundo avança o diário Público, boa parte das ambulâncias estão já prontas, faltando equipar apenas uma parte mínima.

Integrando uma lista de viaturas que a ministra da Saúde irá entregar no final do mês, estas ambulâncias deverão assim continuar paradas no parque da SIVA, importador da marca Volkswagen para Portugal (precisamente a marca dos veículos em questão), mais algumas semanas, até puderem começar a ser utilizadas.

O Público revela ainda que as ambulâncias em questão estão matriculadas desde Outubro, sendo, aliás, da mesma série de matrículas das que a ministra Ana Jorge entregou em Dezembro, no Parque das Nações, a 47 corporações de bombeiros.

As novas viaturas de emergência médica que o INEM está a entregar servirão para substituir algumas viaturas que não têm condições para estar ao serviço ou que foram retiradas por acidente, por exemplo. Mas também para dotar corporações que ainda não têm viaturas deste género.

continua
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=371748 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=371748)
Título:
Enviado por: Xô Valente em Fevereiro 05, 2009, 07:07:42 pm
E depois há quem diga que isto nem está mal e não estão para mudanças... :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 06, 2009, 12:57:10 pm
Citação de: "Xô Valente"
E depois há quem diga que isto nem está mal e não estão para mudanças... :roll:


tem de estar tudo submetido á agenda de inaugurações eleitoralista do mário lino
Título:
Enviado por: Xô Valente em Fevereiro 06, 2009, 09:47:49 pm
À bom! Então está tudo esclarecido e justificado, não legitimado. :lol:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 07, 2009, 10:34:50 am
desde que esteja dentro da legalidade, a moralidade (ou falta dela..) não é para aqui chamada  c34x
Título:
Enviado por: Xô Valente em Fevereiro 07, 2009, 11:20:14 am
Tá bem tá bem... Já percebi tudo. c34x
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 15, 2009, 01:50:34 am
Podem bater, mas cá vai!

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_OIeHHjRt3gQ%2FRxZEUseZLQI%2FAAAAAAAAAmU%2Fr9B-rm5r1Is%2Fs320%2FMedina_Carreira_2006_2_m.gif&hash=3e07a57fb8409a62e43b754db5431d7e)
Henrique Medina Carreira

"Os partidos políticos e os governos tem que trabalhar para hoje, quer dizer, têm que enganar hoje! Enganar, com sondagens, com conversa, porque este é um governo de conversa, porque é preciso manter uma espécie de entusiasmo que não corresponde à nossa realidade."

"É preciso entusiasmo, mas entuasiasmo sobre a verdade! Deve dizer-se o que é, e para onde vai o país se não fizermos isto ou aquilo. E o que andam a fazer é dizer que o país vai para certo sítio - que não vai!"

"O que se safa em Portugal são os portugueses.
São é pessimamente dirigidos e enganados sistematicamente."

"Eu defendo uma alteração do sistema eleitoral, como a Câmara dos Representantes, nos EUA. São um exemplo de Democracia, porque eles são eleitos pelo eleitor.
Aqui os deputados são eleitos pelo chefe do partido. E portanto, há disciplina de voto, tem que estar ali quietos e calados senão na próxima legislatura vão embora, e portanto, isto é uma democracia aparente...
Porque estes deputados não servem para nada. Só servem para aqueles "espectáculos" que a comunicação social tem que transmitir e para entreter o pessoal. Não podem vincular as suas próprias opiniões porque eles não são produto do eleitor."

"Eu nunca seria Ministro das Finanças de Sócrates. Não, porque ele é um Primeiro-Ministro para o espectáculo. Ele ainda não percebeu o país em que está. E portanto, eu não tinha compatibilidade possível com José Sócrates.
Ele quer fingir que isto anda - E um Ministro das Finanças não pode aceitar fingimentos!"

"A este Ministro das Finanças como a outros que porventura já passaram por lá, eu dou-lhes sempre um conselho:
- É irem à televisão, com um quadro preto atrás, explicar o que é o País.
Isto:
-Nos últimos 27 anos crescemos ao ano 2,4%. Mas destes, em 17 deles,  só crescemos 0,9%. Não chega a 1%!  
O Estado tem que arrumar a casa e pôr tudo em ordem, para que a Sociedade tenha condições para levar o seu rumo. E o Estado não o faz!
Não o faz porque os partidos entram para o governo:
1º-Não sabem o que é que vão para lá fazer.
2º-Estão 6 meses a tentar perceber onde está a realidade. A partir dos 6 meses começam a fazer coisas. Mas a 1 ano e tal do fim, começam a parar para preparar as eleições. Portanto nunca há tempo para ir longe em coisa nenhuma."

"O que os ministros sabem fazer é entregar lixo e essas coisas. Kits, computadores...mas você acha que a função de um governo é andar aí a entregar lixo? Acha que o país escolhe e paga governantes para eles andarem aí a fazer de caixeiros viajantes? Um foi para Moçambique por causa do Dia do Diploma, o outro foi vender computadores para a Venezuela... Você acha que isto são coisas de gente com juízo?"

"Não há dinheiro cá dentro nem lá fora para estar a fazer essas obras tontas. Porque a maioria dessas grandes obras são puros disparates!
Acho que se devem fazer obras como barragens, investir em energias renováveis.  Agora fazer estradas por aí fora? Auto-estradas?
Trás-os-Montes não viveria bem com uma boa estrada? É preciso uma auto-estrada?  Trás-os-Montes viveu com caminhos de cabras até agora, e de repente salta para uma auto-estrada. Acha que isto num país pobre é alguma coisa que faça sentido?

Este novo-riquismo e uma gestão completamente irresponsável do dinheiro público é tipíco dos países pobres.
Se fôr aos países escandinavos, que as pessoas andam sempre a louvar, eles lá tornaram-se ricos sem isto!

Sobre o novo aeroporto, eu sou da opinião que nós devíamos explorar a Portela o mais possível.
Primeiro, pelo custo.
Segundo, porque é muito importante um aeroporto no sítio em que aquele está.
Terceiro, porque o problema da aviação, com esta mudança da disponibilidade dos combustiveís, é algo que têm um grande ponto de interrogação à frente. Ninguém com fundamento sério pode dizer que a aviação daqui a 15 anos vai ser isto ou aquilo. Pode ser muito mais, pode ser muito menos!
Portanto, estar a fazer um aeroporto a contar com um tipo de vida do petróleo barato, eu acho que é uma coisa completamente "fora da esquadria".

"Eu estaria num partido político, se fosse uma coisa para levar a sério. A política agora é feita por pessoas que tem que pensar duas vezes no que dizem, sobre risco de na próxima legislatura estarem desempregados.
Um partido político tem que ser composto por homens livres, que dizem aquilo que pensam, onde querem dizer e à hora que querem dizer!"

"Os portugueses devem perceber o que somos. Nós estamos a caminhar para bater na parede. Um país que vive de empréstimos vai chegar a um ponto em que não há dinheiro para sustentar isto..."

 :N-icon-Axe:
Título:
Enviado por: Portucale em Fevereiro 15, 2009, 10:26:31 pm
Estas palavras são mais um aviso a todos nós.
 :?:  :!:
Título:
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 16, 2009, 06:15:49 pm
Citar
"O que se safa em Portugal são os portugueses.

Safa digo eu!  :lol:
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 17, 2009, 10:58:24 am
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Citar
"O que se safa em Portugal são os portugueses.
Safa digo eu!  :lol:


Explique lá isso...
Título:
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 17, 2009, 11:13:13 am
A interjeiçao, não o verbo.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 09, 2009, 06:29:01 pm
Para os interessados, relembro que hoje, às 21:00, o Dr. Medina Carreira vai ser o convidado no programa "Entrevista" de Mário Crespo, na SIC.

yu23x1  :moca:  :Cavaleria1:
Título:
Enviado por: 123go em Março 10, 2009, 12:00:52 am
Citação de: "TOMSK"
Para os interessados, relembro que hoje, às 21:00, o Dr. Medina Carreira vai ser o convidado no programa "Entrevista" de Mário Crespo, na SIC.

yu23x1  :moca:  :Cavaleria1:



Dr. Medina Carreira
 

http://www.sic.pt/online/video/informac ... evista.htm (http://www.sic.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/3/mario-crespo-entrevista.htm)


Alberto João Jardim


http://www.sic.pt/online/video/informac ... evista.htm (http://www.sic.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/1/mariocrespoentrevista.htm)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 10, 2009, 12:09:48 am
"Nem Jesus Cristo teria soluções para isto"

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2222.jpg&hash=473a180e6f3da59e0b94e967beb5cbb5)

Mário Crespo- O senhor já pensou num novo partido?
Medina Carreira- Já 3 pessoas me convidaram.
Mário Crespo- E?
Medina Carreira- E eu disse que "casas de mulheres de má vida já há muitas."
Mário Crespo- ...  :D ...

Mais um arraso, como já é costume.
Como o Dr. Medina  teve a oportunidade de frisar, as pessoas honestas e com reais capacidades de governação não vão para os partidos.
E assim, restam-nos as "mulheres de má vida" a aparecer todos os dias lá na Assembleia...
Título:
Enviado por: P44 em Março 10, 2009, 10:00:14 am
Citar
"casas de mulheres de má vida já há muitas."


 :lol:  :lol:

que insulto , também não é preciso insultar as mulheres de má vida dessa maneira, que comparação!
Título:
Enviado por: P44 em Março 10, 2009, 03:33:06 pm
Este Homem (Medina Carreira) devia ser nomeado para dirigir um Governo de Salvação Nacional.

É o único com coragem de chamar os bois pelos nomes!

Só este gráfico já assusta:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi83.servimg.com%2Fu%2Ff83%2F12%2F53%2F24%2F68%2Feconom10.jpg&hash=149c79677a8ab34fb6adf1e3db5228a1)
Crescimento médio por década da Economia Portuguesa (em %)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 10, 2009, 04:41:21 pm
Ok, então se a Republica não resolveu, voltemos outra vez à monarquia, ou passamos para os tempos dourados da ditadura.

Nomeio-me desde já ditador vitalicio com o título: "O LÍDER COM A GRANDE PIROCA"!  :lol:  :lol:  c34x













Dos mortos é claro...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 10, 2009, 04:44:00 pm
Citação de: "TOMSK"
"Nem Jesus Cristo teria soluções para isto"

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2222.jpg&hash=473a180e6f3da59e0b94e967beb5cbb5)

Mário Crespo- O senhor já pensou num novo partido?
Medina Carreira- Já 3 pessoas me convidaram.
Mário Crespo- E?
Medina Carreira- E eu disse que "casas de mulheres de má vida já há muitas."
Mário Crespo- ...  :lol:
Título:
Enviado por: P44 em Março 10, 2009, 05:07:11 pm
MEDINA CARREIRA AO PODER!

Citar
Literatura  | Ensaio
O Dever da Verdade
 Medina Carreira e Ricardo Costa, 2007

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi83.servimg.com%2Fu%2Ff83%2F12%2F53%2F24%2F68%2Fdeverd10.jpg&hash=6fae9e8a7af6fe4e2c0781262f43f411)

Nuvens escuras pairam sobre o território luso: as funções sociais do Estado engoliam 88 por cento do PIB em 2005, um número superior às receitas com impostos e em que quase dois terços (59 por cento) eram o peso salarial da Administração Pública. Um registo 25 por cento superior ao da zona euro. Para convergirmos com ela nesse aspecto teríamos de cortar ao bolo uma fatia 50 pontos percentuais mais pequena, uma vez que o nosso PIB é fraco em competitividade.

O livro é assinado a dois, mas ao director da SIC Notícias cabe apenas reverberar os argumentos de quem afirma que o pós-25 de Abril tem sido bem gerido – e transformá-los em questões. Como poucos, Medina Carreira desmonta-as e desfaz em pedaços um optimismo só de quem não conhece os «verdadeiros» números ou de quem tem a ganhar em ocultá-los e substituí-los por propaganda.

Entregue boa parte do poder macroeconómico do Estado ao Banco Central Europeu e instituições afins, muitas das soluções que alguns partidos da oposição teriam em mente para o presente deixaram de fazer sentido; não para eles, mas para o público, razão pela qual se furtam a sequer dar a mínima impressão de anti-europeísmo.

A solução passa portanto por uma conveniente e rigorosa gestão dos dinheiros internos e comunitários, tão docemente esbanjados em projectos inúteis, que garantem proveito político e contratos de transparência reduzida com empresas que adoram a carne suculenta do Estado.

Medida número 1: Acabar com o «Estado protector do caixão à cova», que garante os empregos estáveis, os salários nunca atrasados, as carreiras que progridem para todos em igualdade, a não compensação do esforço individual. O Governo de José Sócrates é o ideal para o fazer: mantém-se a colaboração «estratégica» com Cavaco Silva, que garante uma estabilidade pouco habitual na política portuguesa (a média de 76 a 2005 foi de 22 meses por executivo), e o povo subsidiodependente ou com salários estatais tolera mais facilmente cortes socialistas a medidas idênticas por parte do PSD.

Há, no entanto, dois senãos: 1) Um prende-se com as duas figuras do topo da cadeia, Sócrates e Cavaco. Este foi quem escancarou as portas aos professores e os abrigou no manto da protecção e do facilitismo; aquele foi ministro de Guterres, o tal que encheu as carteiras dos portugueses, esvaziou ainda mais o «porquinho» das poupanças do país e garantiu empréstimos externos a juros elevados para que cada luso tivesse mais uns trocados ao fim do mês.

2) O outro é uma consequência do forte papel do Estado na economia portuguesa e o subsequente enfraquecimento do investimento privado. Ambos fizeram com que os sindicatos, que tradicionalmente reivindicam melhores condições de trabalho nas instalações do inimigo de colarinho branco, se deslocalizassem para os sectores de actividade do Estado e minassem qualquer tentativa de rompimento total com as políticas que têm vindo a ser seguidas.

Por exemplo, se Pedro Passos Coelho chegasse a primeiro-ministro e tentasse eliminar o ensino estatal – incentivando o ensino privado – poderia certamente contar com manifestações que o fariam pensar que mais de três quartos dos portugueses são comunistas. Não nos esqueçamos de que em Portugal os trabalhadores da função pública têm «direitos adquiridos»...

Não sejam contudo colocados num mesmo saco todas as medidas que Sócrates tem encetado para esvaziar o Estado. Algumas são, diz Medina Carreira, corajosas e um pequeno passo no bom sentido. Mas não tenhamos ilusões: como diz Galbraith, apenas são realizadas devido à «tirania das circunstâncias» negativas, explícitas para qualquer decisor com dois palmos de testa.

A verdade é que o facilitismo continua em voga e as aparições majestosas de ministros servem para atirar números fabulosos ao ar. São milhões de euros afectados em programas de certificação (sem a formação que os deveria acompanhar), uma obra de centenas de milhões pagos a alta-velocidade que vai permitir uma hora de poupança na viagem entre Porto e Lisboa, etc.
   

   
Rui Passos Rocha, 2008
Título:
Enviado por: legionario em Março 10, 2009, 07:54:50 pm
VOTA MEDINA CARREIRA !!!
Título:
Enviado por: Duarte em Março 10, 2009, 08:14:14 pm
Citação de: "P44"
Citar
"casas de mulheres de má vida já há muitas."

 :lol:  :lol:

que insulto , também não é preciso insultar as mulheres de má vida dessa maneira, que comparação!


Estas, ao menos, têm alguma utilidade..  :lol:
Título:
Enviado por: jmosimoes em Março 10, 2009, 11:19:31 pm
Esta porra de pais está entrgue a meia duzia, de todos os paises que receberam fundos da UE, Portugal foi o unico que regrediu
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 11, 2009, 09:54:16 am
Nojo, foi o que senti ao ver a entrevista. Não sei o que podem ver nesse homem. Os nº's são reais e as estatísticas também, mas e depois?

Qualquer um minimamente formado consegue ler gráficos de estatísticas e tirar as ilações devidas. O que eu queria ver desse "guru" era soluções. E isso é que nada.

A cada pergunta de Mário Crespo sobre o que se poderia e deveria fazer a resposta invariável era "isto está podre" ou então "enquanto isto ou aquilo não mudar". Pergunta-se como é que se pode então mudar e a resposta é "Não vale a pena"

É isto uma pessoa capaz?!!!! Não quero que me digam que a nação está mal. Eu sei que está mal. Não preciso que me digam que o desemprego vai aumentar e que nestes moldes não há solução. Eu sei em primeira mão que o desemprego vai aumentar e que assim não há solução.

Eu quero é que me digam "Temos de fazer isto, vamos mudar aquilo".
Eu quero que as elites do meu país mostrem espírito, união e garra. E o que eu vejo é cada vez mais lutas tal como os abutres sobre um corpo que sabem que vai falecer brevemente.

Falar mal é muito fácil. Apresentar projectos, mostrar rumos é que já é outra história.
Título:
Enviado por: nelson38899 em Março 11, 2009, 10:51:16 am
Citação de: "FoxTroop"
Nojo, foi o que senti ao ver a entrevista. Não sei o que podem ver nesse homem. Os nº's são reais e as estatísticas também, mas e depois?

Qualquer um minimamente formado consegue ler gráficos de estatísticas e tirar as ilações devidas. O que eu queria ver desse "guru" era soluções. E isso é que nada.

A cada pergunta de Mário Crespo sobre o que se poderia e deveria fazer a resposta invariável era "isto está podre" ou então "enquanto isto ou aquilo não mudar". Pergunta-se como é que se pode então mudar e a resposta é "Não vale a pena"

É isto uma pessoa capaz?!!!! Não quero que me digam que a nação está mal. Eu sei que está mal. Não preciso que me digam que o desemprego vai aumentar e que nestes moldes não há solução. Eu sei em primeira mão que o desemprego vai aumentar e que assim não há solução.

Eu quero é que me digam "Temos de fazer isto, vamos mudar aquilo".
Eu quero que as elites do meu país mostrem espírito, união e garra. E o que eu vejo é cada vez mais lutas tal como os abutres sobre um corpo que sabem que vai falecer brevemente.

Falar mal é muito fácil. Apresentar projectos, mostrar rumos é que já é outra história.


Eu sinceramente depois de ouvir a conversa fiquei com ideia que ele mal, só sabe dizer, mas também que ele é igual aos políticos, basta ver a pergunta que lhe fizeram sobre se ele ia votar. A resposta deu-me a entender que está à espera de taxo, ou seja, agora não vota mas em Outubro se lhe oferecer taxo já vai votar, tenha juízo. Mal todos sabem dizer, agora trabalhar esquece.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 11, 2009, 11:08:55 am
"Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, dizem logo «este tipo é chato, é pessimista»....
Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito..."


Não apresenta soluções???
Está boa essa... :G-clever:
Título:
Enviado por: P44 em Março 11, 2009, 03:25:37 pm
Medina Carreira aponta o que está a ser feito de errado e justifica o porquê.
E diz, que ele não sabe como resolver.

Prefiro uma pessoa que admita não saber como resolver um problema, do que uma vá desbravando caminho a direito, ás cegas e sem uma estratégia.

Ao menos, o que admite não saber resolver um problema já se debruçou sobre a sua resolução.

uma das soluções preconizadas por M. Carreira é a de um " presidencialismo transitório " , e num quadro em que o PR deveria ter UM MANDATO apenas (neste aspecto tb estou 100% de acordo, veja-se o que está a ser este 1º mandato de Cavaco, com medo de enfrentar o governo e não ser re-eleito. O mesmo se passou com sampaio!)

alguns links de interesse, para reflexão:

sobre O DEVER DA VERDADE:
http://www.alp.pt/Forum/forum_posts.asp?TID=167 (http://www.alp.pt/Forum/forum_posts.asp?TID=167)

do final de 2008:
Citar
Medina Carreira diz que PR deve parar Orçamento


ANA SÁ LOPES
Crise. O Governo venceu o braço-de-ferro sobre o Estatuto dos Açores. Hoje, termina o prazo de promulgação que a Constituição dá ao Presidente da República. Mas uma nova crise ensombra as relações: o ex-mandatário de Cavaco, Medina Carreira, diz que PR pode recusar a promulgação

Mandatário de Cavaco defende que PR deve intervir para alterar OE

O economista Henrique Medina Carreira, que foi o mandatário de Cavaco Silva por Lisboa nas últimas presidenciais, afirma ao DN que o Orçamento do Estado deveria ser alterado, uma vez que já não corresponde à realidade.

Perante a situação criada, o Presidente da República tem duas soluções, segundo Medina Carreira: "Ou o Presidente não faz coisa nenhuma e aceita um Orçamento do Estado que no dia 1 de Janeiro, quando entrar em vigor, já não tem a ver com a realidade, ou não aceita."

Se é verdade que "nunca aconteceu" um Presidente da República recusar-se a promulgar um Orçamento do Estado, Medina Carreira afirma "não conhecer nada na Constituição que exclua essa hipótese". Para Medina Carreira, "valia a pena" o Governo enfrentar a necessidade de uma alteração no Orçamento, que mais dia menos dia terá de ser rectificado.

"O Orçamento do Estado é sempre uma previsão. Este já está desfasado da realidade e isso já foi assumido pelo Governo", afirma o professor de Economia. Seria, na sua opinião, desejável que o Presidente da República "conversasse com o Governo" para que o documento fosse revisto "em termos realistas".

O obstáculo a que isto se processe dentro da normalidade é, segundo Medina Carreira, a noção perversa relativamente ao que é uma vitória e uma derrota que subjaz ao sistema político (e mediático). "Acho que uma derrota é fazer uma coisa idiota. Saber que uma coisa não está bem e mudá-la é positivo". Para Medina Carreira, "vale mais emendar cedo do que emendar tarde".

"O Orçamento foi feito com base em certos pressupostos. Mudaram. Porque é que não se altera já? Não vejo que isto tenha que ver com qualquer confrontação", afirma o antigo mandatário do Presidente da República. A solução, na opinião de Medina Carreira, é o Governo entregar um orçamento rectificativo no Parlamento. Este orçamento entraria em vigor no dia 1 de Janeiro e no fim do mês já haveria outro documento novo.

A crise entre Presidente da República e Governo por causa do Orçamento, que foi ontem a manchete do semanário Sol, é mais um episódio na relação tensa entre Cavaco Silva e José Sócrates que tem agravado o último ano, depois de uma nunca vista cooperação estratégica inicial. No entanto, fontes da direcção do PSD duvidam que o Presidente chegue ao limite de recusar a promulgação do Orçamento.

Hoje, termina o prazo para o Presidente da República promulgar o Estatuto dos Açores, uma lei que Cavaco vetou por duas vezes e o PS o obrigou a aceitar. Os oito dias que a Constituição dá ao Presidente para promulgar um texto que tenha sido confirmado pelo Parlamento após um veto completam-se nesta segunda-feira e ninguém duvida de que - apesar de não existir uma sanção na Constituição para uma eventual recusa - o Presidente da República irá mandar o Estatuto para publicação em Diário da República. A mensagem de Ano Novo, que estará já a ser preparada pelos "homens do Presidente", deverá servir de barómetro para avaliar a profundidade da crise Belém-São Bento.

http://dn.sapo.pt/2008/12/29/nacional/m ... orcam.html (http://dn.sapo.pt/2008/12/29/nacional/medina_carreira_que_deve_parar_orcam.html)

http://ideias-soltas.net/seccao/persona ... -carreira/ (http://ideias-soltas.net/seccao/personalidades/medina-carreira/)

Citar
11 de Março de 2009
O Estado do nosso país visto por Medina Carreira


Este é homem faz um diagnóstico correcto da situação do nosso país. Porém, convém não esquecer que Medina Carreira já fez parte de um Governo. Concordo totalmente com a sua análise, que não é de hoje, porém, não se ouve, nunca ouvi, e pelos vistos nunca ouviremos uma proposta para mudar este estado de sítios. Mas a análise é sempre catastrofista, muito catastrofista e negativa. O que fazer? Não há soluções? A certa altura, Medina Carreira toca muito ao de leve naquilo que há muito venho temendo: tensão social levada ao extremo. Medina Carreira parece insinuar que esta situação só talvez se altere quando o "povo se rebelar contra o sistema". Mal será que tenhamos que chegar aí mas não vejo grande alternativa, dados os habituais e alternativos personagens desta novela em que se tornou a "gestão da coisa pública".

Atente-se também na última frase de Medina Carreira acerca do programa.

http://geofactualidades.blogspot.com/20 ... edina.html (http://geofactualidades.blogspot.com/2009/03/o-estado-do-nosso-pais-visto-por-medina.html)

http://macroscopio.blogspot.com/2006/10 ... 5-por.html (http://macroscopio.blogspot.com/2006/10/caminhos-perigosos-cenrios-2015-por.html)

ENTREVISTA em 4 de Julho de 2008
http://educar.wordpress.com/2008/07/04/ ... -noticias/ (http://educar.wordpress.com/2008/07/04/medina-carreira-na-sic-noticias/)
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Março 12, 2009, 10:19:59 pm
Citação de: "FoxTroop"
Nojo, foi o que senti ao ver a entrevista. Não sei o que podem ver nesse homem. Os nº's são reais e as estatísticas também, mas e depois?

Qualquer um minimamente formado consegue ler gráficos de estatísticas e tirar as ilações devidas. O que eu queria ver desse "guru" era soluções. E isso é que nada.

A cada pergunta de Mário Crespo sobre o que se poderia e deveria fazer a resposta invariável era "isto está podre" ou então "enquanto isto ou aquilo não mudar". Pergunta-se como é que se pode então mudar e a resposta é "Não vale a pena"

É isto uma pessoa capaz?!!!! Não quero que me digam que a nação está mal. Eu sei que está mal. Não preciso que me digam que o desemprego vai aumentar e que nestes moldes não há solução. Eu sei em primeira mão que o desemprego vai aumentar e que assim não há solução.

Eu quero é que me digam "Temos de fazer isto, vamos mudar aquilo".
Eu quero que as elites do meu país mostrem espírito, união e garra. E o que eu vejo é cada vez mais lutas tal como os abutres sobre um corpo que sabem que vai falecer brevemente.

Falar mal é muito fácil. Apresentar projectos, mostrar rumos é que já é outra história.


Ele disse tudo o que tinha que ser feito e tudo o que esta mal! Qualquer pessoa que consegue equilibrar as contas familiares consegue entender o que o MC disse! Agora ha aqueles que entendem mas fazem de conta que nao! E sabe quando vai entender? Quando os seus impostos forem 60% ou + do seu salario! nao falta muito eles ja vao nos 47% e com o pais a endividar quase 3.000.000 euros/hora nao falta muito!
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 12, 2009, 10:51:28 pm
Eu equilibro muito bem o meu orçamento familiar. Olhe que ainda mais agora.

O "guru" não disse nada. Apresentou nº's e disse que não havia solução, ou que a haver solução não vale a pena. Que raio de tipo de conversa é essa!!!!

Essa do endividamento nacional não é um problema só nosso. É um problema global.

Não se trata de um presidencialismo transitório nem nada disso. Trata-se de, segundo o "guru", da destruição do estado social. A unica coisa que se pode depreender das sabia palavras do "sensei". Nesse caso para que é preciso um governo ou coisa que o valha?!!!

Quando pago os meus impostos, assim como qualquer cidadão, é na premissa que o estado com eles vai garantir 4 coisas: Saúde; Educação; Justiça; Segurança.

Sem essas premissas para quê paga-los?!!! Vamos voltar à idade média, é?!!!! Não conseguiram escravizar de uma maneira vai de outra?!!!

Uma pulhice pegada.  :evil:   :evil:
Título:
Enviado por: Luso em Março 12, 2009, 10:54:09 pm
O meu relógio diz-me quando trabalhar mas não trabalha por mim.
Também não é a febre que me cura a doença. Mas alerta-me para algo que está mal.

Quando na televisão - e jornais, muitas vezes com publicidade paga pelo Governo - raramente se fala claro, mais lentamente as pessoas se apercebem que a situação está mal. E só acordam quando não tiver solução.
É preciso que alguém fale como Medina Carreira faz.
Eu sei que o que ele diz é verdadeiro. Aliás quem conhecer os meus postais sabe que mais pessimista que eu é difícil. Mas tendo a ter razão.
Porque conheço o sistema.

É graças aos optimismos de vigaristas, próprios para velhinhos e mulheres e doentes - que chegámos onde chegámos.

Uma pessoa, para dar soluções precisa de conhecer a situação real da coisa. Mas agora digam-me:

- Quando o INE apresenta dados manipulados políticamente (também tenho alguma experiência acerca dessa instituição);

- Quando as instituições apresentam documentos e relatórios côr de rosa (gracejo não intencional) para fazer brilhar o subalterno, o chefe e o director escolhido por nomeação política para fazer também brilhar o partido ou atacar a oposição;

- Quando os quadros dessas instituições são:

a) Corruptos;
b) Cansados;
c) Revoltados;
d) Desanimados;
e) Cínicos.
f) Incompetentes honestos ou desonestos.

- Quando os estudos "independentes" não o são, por redundância ou desonestidade intelectual;

- Que os "especialistas" e "professores universitários" são em grande parte meros "poseurs" e impostores que nada sabem da realidade;

O que é que uma pessoa honesta que sabe e conhece a "máquina" pode honestamente dizer, pode competentemente propor?
Expliquem-me!
Como se eu fosse muito burro...

Sei que os adultos deste fórum sabem do que eu falo, mas pelos vistos anda por este fórum muita criançada com a ideia errada.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 12, 2009, 11:08:42 pm
Caro Luso, por onde andei encontrei muita coisa mal. Tanto durante a minha vida militar, como actualmente na minha vida civil. Sabe o que fiz e faço?

Na vida militar rompi com os procedimentos que estavam errados, muitas vezes contra ordens superiores. Passei apuros, cheguei a responder por causa disso, mas nem um só homem pode alguma vez dizer que o que eu fiz estava errado epor alguma razão não me chateavam mais. Mudei rotinas, implantei métodos, melhorei procedimentos. Poderia fazer como muitos que por lá andavam e andam, ou seja encostar-me ao bar a dizer que tudo está mal, mas não. Fiz o que podia fazer dentro das minhas capacidades.

Nos meus empregos civis procedi de igual forma.

Sei que isto está pejado de corruptos e incompetentes. Aliás, quando voltei para Portugal a única diferença que notei é que quase todos usam tlm de topo e têm carros bem razoáveis. De resto tudo igual.

Amorfos, sempre a dizer mal, mas incapazes de levantar a cabeça e mudar. Pior ainda, sempre prontos a criticar quem realmente tome alguma medida para melhorar.

Mas esse "sensei" não o vejo a apontar uma caminho. Custa-me ver alguém criticar por criticar. Quais são as medidas que ele toma para mudar?!!! Às elites de um país é isso que se pede. Não é dizer que está mal. Todos nós sabemos. Não é dizer que é tudo corrupto, etc,etc. Nesse caso até deveria estar calado pois fez parte do aparelho governativo e como tal está a intitular-se um deles.

Enfim.....
Título:
Enviado por: Luso em Março 12, 2009, 11:23:37 pm
Citação de: "FoxTroop"
Caro Luso, por onde andei encontrei muita coisa mal. Tanto durante a minha vida militar, como actualmente na minha vida civil. sabe o que fiz e faço?

Na vida militar rompi com os procedimentos que estavam errados, muitas vezes contra ordens superiores. Passei apuros, cheguei a responder por causa disso, mas nem um só homem pode alguma vez dizer que o que eu fiz estava errado epor alguma razão não me chateavam mais. Mudei rotinas, implantei métodos, melhorei procedimentos. Poderia fazer como muitos que por lá andavam e andam, ou seja encostar-me ao bar a dizer que tudo está mal, mas não. Fiz o que podia fazer dentro das minhas capacidades.

Nos meus empregos civis procedi de igual forma.

Sei que isto está pejado de corruptos e incompetentes. Aliás, quando voltei para Portugal a única diferença que notei é que quase todos usam tlm de topo e têm carros bem razoáveis. De resto tudo igual.

Amorfos, sempre a dizer mal, mas incapazes de levantar a cabeça e mudar. Pior ainda, sempre prontos a criticar quem realmente tome alguma medida para melhorar.


E faz muito bem em ser assim.
Eu e outros como eu faziamos ou ainda vamos fazendo o mesmo, apesar de levarmos no lombo por isso e vermos passar à nossa frente que faz o contrário. Uma vez. E outra, e outra...
Até que paramos para pensar sobre a nossa real"inteligência" ou "virtude".
E os mais interessados não querem saber se o que fazemos está bem ou não, o que também tem a sua graça.

"Medida para melhorar?"

Para mim e para muitos já é sinónimo de "soundbyte" para esquecer no dia seguinte. A medida para melhorar foi concebida por um dos acima enunciados e anunciada pelo superior/político.
Fique sabendo que muito do que se lê todos os dias na I Série do Diário da República não passa disso mesmo: "soundbyte" para enganar distraídos e embevecer "estudantes" universitários e outros jovens tontos.
Não me venham com conversa moralizadora: se quer saber, aguardo todas as manhãs por ouvir recomendações para a população ficar em casa enquanto a Junta de Salvação Nacional "trata do assunto".

Há quanto tempo veio para Portugal, Fox?
Título:
Enviado por: Lancero em Março 12, 2009, 11:30:46 pm
Uma opinião que li hoje sobre Medina Carreira, com a qual me identifico

11 Março 2009 - 00h30

Citar
Heresias
Valer a pena
Fico fascinado e aterrado quando ouço Medina Carreira. Acompanho os seus diagnósticos acerca deste País, assolado, há séculos, pela tradição que os portugueses mais amimam: a do mau Governo. Aprecio o desassombro com que fala dos partidos ("casas de mulheres de má vida") e como resume os falhanços do actual regime.


Mas há o perigo de que os pessimistas, como eu, ao ouvirem Medina Carreira se transformem, igualmente, em irremediáveis derrotistas: nada em Portugal tem solução e todos os esforços são escusados.

Só que viver não é assistir impavidamente ao desenrolar da vida. Implica um empenho em corrigir o que não se julga bem, em deixar uma marca por pequena que seja. Quando estiver perto de me ‘medinizar’ pego na família e vou para lugar diferente. Se o houver.

Carlos Abreu Amorim, professor universitário


http://blasfemias.net/2009/03/12/valer-a-pena/ (http://blasfemias.net/2009/03/12/valer-a-pena/)

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000239 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=FA4D3D8F-C4E0-4D91-992F-62F12C5A3CA7&channelid=00000239-0000-0000-0000-000000000239)
Título:
Enviado por: Lancero em Março 12, 2009, 11:40:00 pm
Um aparte. Como estava o País a 11 Março de 75, poucos meses antes de Medina Carreira (que eu gosto de ouvir, fique claro) ter a sua passagem efémera pelo Governo.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_ezaUKpkJ4Tc%2FRof-SNaDh0I%2FAAAAAAAACEQ%2F3KgAiBvIjJI%2Fs320%2F11Mar%C3%A7o1975c.jpg&hash=7250df0db9da13ae8cd66b1a73a516bc)
Título:
Enviado por: Luso em Março 12, 2009, 11:57:49 pm
Confesso-vos que estou cansado e sem ilusões: as pouco que guardo vão-se revelando infundadas. Mas sei que tenho que trilhar um caminho diferente ou dou um tiro na tola.
No entanto as coisas são como são: cada um de nós pode efectivamente muito pouco.
Mas leiam isto (crítica e solução, tal como o exigido pelo CPA! :wink: )

Citar
Cavaco Silva não está a exercer as suas competências como deveria desempenhar

O Presidente da República parece que está triste com a situação do País!
Parece que Cavaco Silva baixou os braços! O Comandante Supremo, em vez de agir para alterar o rumo da batalha, baixa os braços!
Longe vão os tempos em que Cavaco Silva dizia ,alto e bom som, que a moeda má - leia-se Santana Lopes e seu Governo - prejudicava a moeda boa - leia-se não se sabe bem quem!!!
Cavaco Silva, quando foi Ministro teve uma postura que eu, e muitos portugueses ,entendemos desadequada.
Cavaco Silva que quando foi Primeiro Ministro tinha rios de dinheiro da CEE, acabou o seu 2º Governo envolto em escândalos sucessivos no jornal "O Independente" e desapareceu da cena política.
O 2º Governo de Cavaco Silva foi para esquecer.
Lá no fundo, quando Cavaco Silva escreveu no "Expresso" o célebre artigo sobre a "Lei de Gresham" deu argumentos a Jorge Sampaio para acabar com o Governo do PSD e abrir alas ao PS.
Durante o Governo de José Sócrates Portugal virou das avessas. Escândalos sucessivos, desemprego, mortes por falta de assistência, emigração, sacrifícios em cima do Povo, Portugal a afundar-se e a aumentar a diferença em relação aos outros Estados da União Europeia, corrupção endémica, morte de grande parte da classe média.
Cavaco Silva sempre apoiou o Governo.....
A "Lei de Gresham" parece ter morrido logo que Cavaco Silva foi eleito.
O PS pode continuar a destruir Portugal que a "concertação estratégica" é intocável...
Para que serve o Presidente da República? Esta interrogação tem de ser respondida!
Para nada!!! O PR não serve os interesses dos portugueses, acaba por ser um travão a mudanças, por falta de coragem do PR.
Agora vem dizer que está triste!
Então porque não dá um murro na mesa! Porque não diz "à boca cheia" que o Governo está a governar mal?
A "estabilidade" de que se "orgulha" Cavaco Silva só pode ser a estabilidade na regressão, na manutenção desta miserável situação humilhante de Portugal ser o Estado pior governado, menos bem sucedido , onde se vive pior , na União Europeia.
Portugal precisa de um choque ético.
O Presidente da República não pode ter receio de José Sócrates e do PS.

Os escândalos sucedem-se: Cova da Beira/Licenciatura/Universidade
Independente/Casa Pia/BPN/BPP/Salários bilionários nos bancos/No Banco de
Portugal/Educação.

O que diz a isto Cavaco Silva?
Não sei , porque ele não diz.

O Presidente da República tem de cumprir as suas funções de garante do
regular funcionamento das instituições e já teve mais que motivos para
dissolver a Assembleia da República e demitir dessa forma o Governo.

É necessária uma mudança no regime constitucional português, passando a ser um Sistema Presidencialista em vez deste travestido sistema "Semi-Presidencial", no qual o PM é o todo poderoso e o PR um mero MONARCA, que passeia pelo país, de quem os portugueses nada podem esperar para a solução dos seus problemas concretos.

De que valem os vetos se o Governo depois tem todos os mecanismos para ultrapassar os vetos e fazer o que quer?

Que interessa um PR que nada pode para dar de comer aos portugueses, que afinal se limita a "dar sinais" mais parecendo que os portugueses têm de saber decifrar o que o PR não diz, o que diz por meias palavras, o que parece querer dizer?
Então os portugueses têm de andar a adivinhar o que pensa o PR?
Para que serve o Presidente da República? Para nada, pois mais parece um entrave a mudanças do que um meio para a solução.
Eu quero alterar este sistema de coisas Quero contribuir para alterar o sistema "manhoso" que rege Portugal.
O PR não pode assistir à morte dos portugueses, da nossa história, dos nossos valores, do nosso orgulho, da nossa "raça" - e digo-o como sinónimo de Povo perfeitamente diferente dos outros Povos da Península Ibérica - sem nada fazer!

D. Nuno Álvares Pereira, D. Henrique, D. João I, D. Afonso Henriques, D.
Afonso III, D. João II, D. Manuel I DÃO VOLTAS NO TÚMULO ao ver este aviltamento aos portugueses.
Os milhões de portugueses que serviram nas nossas forças armadas em guerra, desde D. Afonso Henriques, estão a dar voltas no túmulo, e os que estão vivos , espumam de raiva pelo estado de coisas.

Com o devido respeito, o Prof. Cavaco Silva não está a merecer a confiança que os portugueses lhe deram. Cavaco Silva não tem perfil para Presidente da República Portuguesa, sobretudo em horas de aperto.

As sondagens nada contam. O PR, como nada faz para a resolução dos problemas concretos dos portugueses, é sempre o menos penalizado nas sondagens.
Há que mudar o sistema constitucional para o Presidencialismo - como o Francês e o dos EUA - de forma a que o PR seja o responsável pela governação, pela resolução dos problemas nacionais.
Seria preferível a Monarquia a esta República.
Creio que o sistema seria melhor, como é o Sueco, o Holandês, o Belga, o Espanhol.


Quem pode, faz o que faz, não fazendo.
Quem quer fazer algo tem todo o sistema a f****-lhe a vida: tribunais, ministérios, direcções gerais e regionais, Câmaras, DGCI, etc.
Quem quiser tentar o poder pela via política pode tomar de assalto, com uns amigos dedicados, uma concelhia, mas a coisa morre por aí porque as distritais... o calibre do pessoal seria completamente diferente.
Não haja ilusões.
A mudança vem de cima.
As nossas voluntariosas acções valem muito pouco.

http://josemariamartins.blogspot.com/ (http://josemariamartins.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Março 13, 2009, 12:00:54 am
Citação de: "FoxTroop"
Caro Luso, por onde andei encontrei muita coisa mal. Tanto durante a minha vida militar, como actualmente na minha vida civil. Sabe o que fiz e faço?

Na vida militar rompi com os procedimentos que estavam errados, muitas vezes contra ordens superiores. Passei apuros, cheguei a responder por causa disso, mas nem um só homem pode alguma vez dizer que o que eu fiz estava errado epor alguma razão não me chateavam mais. Mudei rotinas, implantei métodos, melhorei procedimentos. Poderia fazer como muitos que por lá andavam e andam, ou seja encostar-me ao bar a dizer que tudo está mal, mas não. Fiz o que podia fazer dentro das minhas capacidades.

Nos meus empregos civis procedi de igual forma.

Sei que isto está pejado de corruptos e incompetentes. Aliás, quando voltei para Portugal a única diferença que notei é que quase todos usam tlm de topo e têm carros bem razoáveis. De resto tudo igual.

Amorfos, sempre a dizer mal, mas incapazes de levantar a cabeça e mudar. Pior ainda, sempre prontos a criticar quem realmente tome alguma medida para melhorar.

Mas esse "sensei" não o vejo a apontar uma caminho. Custa-me ver alguém criticar por criticar. Quais são as medidas que ele toma para mudar?!!! Às elites de um país é isso que se pede. Não é dizer que está mal. Todos nós sabemos. Não é dizer que é tudo corrupto, etc,etc. Nesse caso até deveria estar calado pois fez parte do aparelho governativo e como tal está a intitular-se um deles.

Enfim.....


Se voce diz que nunca o ouviu indicar o caminho... entao nunca o escutou! Eu nao estou a dizer que o MC seja o salvador ou que sabe tudo, mas e o unico que diz a verdade e aponta os problemas, agora ja se sabe que isto vai contra os acomodados, parasitas e toda a esquerda!
Título:
Enviado por: jmosimoes em Março 13, 2009, 01:21:47 am
Isto não é um pais, é um conjunto de circunstãncias, que por sorte alguém vai governando e outros se governam, com muita pena minha isto só terraplanado e repovoado, como pátria... :cry:
Título:
Enviado por: Lancero em Março 13, 2009, 11:15:36 am
Ó Luso, infelizmente o povo português idolatra coitadinhos (vide os votos que Soares ganhou após lhe racharem a cabeça na Marinha Grande).
Cavaco teria mais a perder do que a ganhar em afrontar/humilhar o Sócrates. Transformar o Socas num coitadinho, atacado por todos os lados, até pelo PR que devia ser "o garante da estabilidade", era um tiro que lhe poderia (e ao PSD) sair pela culatra. Quem tem c* tem medo, e o Cavaco parece andar cheio dele.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 13, 2009, 01:08:01 pm
Citar
Eu e outros como eu faziamos ou ainda vamos fazendo o mesmo, apesar de levarmos no lombo por isso e vermos passar à nossa frente que faz o contrário. Uma vez. E outra, e outra...
Até que paramos para pensar sobre a nossa real"inteligência" ou "virtude".
E os mais interessados não querem saber se o que fazemos está bem ou não, o que também tem a sua graça.


Uma das principais razões por a qual mandei a vida militar às urtigas. Ver pessoal que nem para "básicos" serviam, chegar a sargentos, ou ver os "baristas" recebem louvores e condecorações daquelas que mais pareciam que tinham ganho uma guerra sozinhos só como uma faca no bolso (isto de servir os cafés aos sr's comandantes é arriscado). Por causa disso, e de outras, recusei uma condecoração e deu raia da forte   :D   :lol:   :lol:
Título:
Enviado por: P44 em Março 13, 2009, 01:42:24 pm
o Luso é que a sabe toda!
Título:
Enviado por: Luso em Março 13, 2009, 03:13:42 pm
Citação de: "P44"
o Luso é que a sabe toda!


Quem me dera que tivesses razão, P44.
Título:
Enviado por: P44 em Março 13, 2009, 03:16:15 pm
Sabes mais que a maioria que por aqui anda, ainda a acreditar em pais natais  c34x
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 13, 2009, 04:57:10 pm
Então está bem, a coisa é assim. Vamos ficar todos à espera que alguém ou alguma coisa venha salvar isto......

Vamos ficar aqui, sentadinhos e quietinhos, enquanto roubam o nosso futuro e o dos nossos filhos. Está bem, estou a ver o espírito da coisa......

Ainda à espera de D. Sebastião para vir salvar a Pátria...... Esse não volta e também não me parece que tenha sido um bom exemplo tendo em vista o resultado das acções dele.

O meu povo continua amorfo e sem vontade. Espera que venha quem?!!! Os militares?!!!! Esses não se mexem, camaradas, o juramento deles é ao ordenado e isto cá fora está mau e eles ali tão confortáveis...... Espera aí que já vou.

Temos de ser nós, porque senão vamos ser julgados. Julgados pelas gerações que se vão seguir. Por aquilo que não fizemos, por deixarmos roubar o futuro. Por pactuarmos com a incompetência e a corrupção.

Discuti ainda à poucos dias com um conterrâneo meu. Dizia ele que ía votar no mesmo apesar de ele ser um ladrão descarado, porque, na razão dele, apesar de tudo fazia obra.  :shock:   :shock:  Obra?!!!! Rouba e ponto final, para mim é um ladrão. A obra que faz é apenas e só a sua obrigação. Foi para isso que foi eleito.

Estamos assim tão mal que o simples facto de fazer o que nos compete é algo de extraordinário??!!!!!

Deduzo de isto tudo que somos a nação com maior nº de suinicultores. E isto tudo sem o sabermos.......
Título:
Enviado por: Luso em Março 13, 2009, 06:13:24 pm
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Então está bem, a coisa é assim. Vamos ficar todos à espera que alguém ou alguma coisa venha salvar isto......

Vamos ficar aqui, sentadinhos e quietinhos, enquanto roubam o nosso futuro e o dos nossos filhos. Está bem, estou a ver o espírito da coisa...


Força!
Avance!
Estamos consigo!
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 13, 2009, 08:27:58 pm
Por muito menos se fez o 25 de Abril... :roll:
Título:
Enviado por: Lancero em Março 13, 2009, 09:40:54 pm
Eles trabalham...  :P


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AR: Parlamento aprova diploma para limitar teor de sal no pão, cinco deputados do CDS quebram unanimidade  


Lisboa, 13 Mar (Lusa) - O Parlamento aprovou hoje um diploma socialista
para a distribuição de frutas e legumes nas escolas e outro que limita o teor de sal no pão, projecto que recebeu o voto contra de cinco deputados do CDS.  

 

    Os dois diplomas mereceram a quase unanimidade das bancadas, mas o projecto de resolução que visa limitar o sal no pão recebeu o voto contra de cinco de deputados da bancada do CDS-PP, entre os quais o vice-presidente do grupo parlamentar, Pedro Mota Soares, que pediu a liberdade de voto da bancada nesta matéria, e uma abstenção do deputado do PSD Mendes Bota.  

 

    Em declarações à Lusa, Mota Soares disse ser favorável a que a rotulagem "contenha toda a informação" mas contra a possibilidade de "o gosto das pessoas poder ser regulamentado por lei".  

 

    "O tabaco faz mal e não é proibido, as gorduras fazem mal e não são proibidas", frisou.  

 

    António Carlos Monteiro, Hélder Amaral, Nuno Melo e Telmo Correia foram os outros deputados que votaram contra. O líder do CDS-PP, Paulo Portas, não participou na votação.  

 

    O projecto de lei aprovado estabelece que "o teor máximo permitido para o conteúdo de sal no pão, após confeccionado", seja de 1,4 gramas por 100 gramas de pão (ou seja, 14 gramas de sal por quilo de pão).  

 

    O diploma prevê ainda que a informação nos rótulos dos alimentos pré-embalados para consumo humano deve ser bem visível, de fácil leitura, "objectiva, simples, que inclua dados sobre a quantidade relativa e absoluta de sal na embalagem".  

 

    O outro diploma, um projecto de resolução apresentado pelo PS, recomenda ao Governo a distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas, com vista à prevenção e combate à obesidade infantil.  

 
Título:
Enviado por: jmosimoes em Março 14, 2009, 07:50:16 pm
1º a proibição de fumar em locais fechados, com a violação por parte do 1º ministro num avião, pelo director da ASAE no casino

2º agora redução de sal no pão, existe alternativa para a malta quer gosta do pão mais salgado, que eu saiba não.

3ºcaos legislativo CPP, interessa conduzir ao caos, para o qual caminhamos a passos largos, para impor regras muito duras aos cidadãos, exemplo desarmamento destes.

4ºcolocação do sistema electrónico nas matriculas, a treta do que só serve para... controlar cada vez mais os movimentos,

5º caminhamos cada vez mais para um sistema onde uma minoria controla a maioria.

6º a ditadura democrática é eleita por nós até quando?

7º lembram-se do agricultor do oeste que ameaçou bolquear Lisboa, depois caiu numa máquina agricola?, isto tudo em democracia

Votar em quem ? na p.... que os pariu
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Março 15, 2009, 04:18:45 am
Aqui tem a sua resposta...

http://www.youtube.com/watch?v=nLFqx2sTpjk (http://www.youtube.com/watch?v=nLFqx2sTpjk)
Título:
Enviado por: P44 em Março 20, 2009, 11:40:05 am
Citação de: "MÁRIO CRESPO"
Desculpem, não tenho soluções

"Ouvir dizer ao mais alto nível do Estado que não há soluções para o horror do desemprego é ouvir dizer que o Estado faliu. Meia centena de trabalhadores despedidos de fábricas em Barcelos e Esposende tiveram essa experiência de anticidadania. Numa visita, o presidente da República foi confrontado com um grupo de desempregados que empunhavam cartazes pedindo ajuda. Foi ter com eles e disse-lhes que não tinha nenhuma solução para os seus problemas.

Para um chefe de Estado é proibido dizer isso aos seus concidadãos e depois embarcar num carro alemão de alto luxo e cilindrada, acenando, apoquentado, aos que nada têm.

É isso que faz querer que os ricos paguem as crises.

Só se é chefe de um Estado para trabalhar na busca de soluções e encontrá-las. Sem isso não se é nada. Ser presidente em Portugal não é um cargo ritual. O presidente tem nas mãos ferramentas poderosas para influenciar o destino do país. Pode nomear e demitir governos, chamar agentes executivos e executores, falar aos deputados sempre que quiser, reunir conselheiros, motivar empresários, admoestar ministros e deve, sobretudo, exigir resultados. Ser chefe de Estado em Portugal inclui poderes executivos, e como tal, ter responsabilidades de executivo. Ao dizer que não tem soluções para as vítimas do descalabro que há três décadas estava em gestação no país onde ocupou os mais elevados cargos, o presidente da República dá à Nação a mensagem de que nem ao mais alto nível há o sentido da responsabilidade nem a cultura de responsabilização.

Ao dizer aos desempregados de Barcelos que nada pode fazer, o presidente diz a todo o Portugal que o Estado e o seu sistema não são mais do que um imenso círculo de actores autodesresponsabilizados que vão passando a batata-quente de uns para os outros. Depois destas declarações aos desempregados, o célebre letreiro "The Buck Stops Here", que Roosevelt tinha na sua secretária, não tem lugar na mesa de trabalho do presidente português. Com esse letreiro, que equivale a dizer que a batata-quente não passa daqui, Roosevelt lançou as bases da maior economia do Mundo das cinzas da grande depressão. Em Portugal, na maior depressão de sempre, o presidente diz que não tem soluções. Devia tê-las. Aníbal Cavaco Silva desde Sá Carneiro que participa no Governo. Dirigiu executivos durante a década em que Portugal teve a oportunidade histórica de ter todo o dinheiro do Mundo para se transformar num país viável. Mesmo com a viabilidade da economia questionada, Cavaco Silva, como profissional que é, regressa à política com uma longa e feroz luta pela presidência da República. Assumiu-se como a "boa moeda" que conseguiria resistir às investidas das "más moedas", na sua cruel pedagogia da Lei de Gresham, que foi determinante para aniquilar um governo do seu próprio partido e dar-lhe a chefia do Estado.

É um homem de acção impiedosa e firme, quando a quer ter.

Se o pronunciamento que fez de não ter soluções para esta crise foi uma tentativa de culpabilizar só o Governo, então foi de um insuportável, mas característico, tacticismo. Se foi sincero, então foi vergado pelo remorso, e anunciou que a sua longa carreira de político e de homem público chegou ao fim."
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 20, 2009, 12:22:23 pm
Nunca por nunca, quem tem cargo de comando pode dizer que não sabe ou não tem soluções. Mesmo que seja verdade, nunca o pode afirmar. Desacredita-se, perde a confiança de quem o elegeu e ao afirmar o que afirmou só tem uma saída. Rua.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 20, 2009, 12:27:58 pm
O que nos remete para outra questão.

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Para um chefe de Estado é proibido dizer isso aos seus concidadãos e depois embarcar num carro alemão de alto luxo e cilindrada, acenando, apoquentado, aos que nada têm


Se o Presidente da República não tem soluções, qual será a sua ultildade então?
Já que devemos entrar numa política poupadinha, não vivendo acima das nossas possibilidades, e apenas com o essencial, então acaba-se com o cargo de PR, e ainda aproveita-se e vende-se o topo de gama alemão.

Já entraria algum dinheiro para os cofres ou não?
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 20, 2009, 01:05:07 pm
Caro Tomsk, neste estado actual de coisas, nem que o País produzisse tanto como a Alemanha chegaria para ter a contas publicas equilibradas. Só serviria para eles conseguirem encher ainda mais os bolsos. Uma pequena investigação nas offshores nas Ilhas Virgens Britânicas chegou à conclusão que a módica quantia de 18 mil milhões de euros estão depositados em contas ligadas a portugueses (só assim por alto). Não seria portanto o dinheiro do carro do PR a fazer diferença nos cofres públicos.
Título:
Enviado por: Feinwerkbau em Março 20, 2009, 01:25:32 pm
como se costuma dizer, são peanuts  :D

e com o estado da agricultura portuguesa, por exemplo, se um dia há uma guerra ( espero que não ), lá ficamos nós dependentes da ajuda das ONG estrangeiras.... já alguém pensou nisto?

os portugueses têm que decidir o que querem de Portugal..
Título:
Enviado por: Luso em Março 20, 2009, 10:39:11 pm
Entretanto...

É verdade, sou português como o cão dos Obama

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx? ... id=1173337 (http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1173337)

 :shock:  :?:
Título:
Enviado por: Luso em Março 21, 2009, 10:28:49 am
À sua maneira também é valido para aqui.

http://www.youtube.com/watch?v=ixmZak0XdYI (http://www.youtube.com/watch?v=ixmZak0XdYI)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 21, 2009, 09:06:10 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_33WTXuwsdwA%2FSUPMywI8riI%2FAAAAAAAAELY%2FiC-S1WV0ALw%2Fs400%2FScreenShot001.gif&hash=c168daa06e16ce8832565ecc3d2265a4)

«Medina Carreira é um dos mais ferozes críticos do actual Governo. Com o seu jeito desabrido diz o que sente e lhe vai na mente sem utilizar — pelo menos aparentemente — filtros de conveniência. É um Homem que nada tem a perder! É como o condenado à morte que já está na última cela antes da injecção letal: pode dizer tudo, pode gritar que o rei vai nu, que os partidos políticos são uma corja de oportunistas — pelo menos alguns que ele não tem pejo em mencionar —, que «não há país, não há gente e não há esperança» em Portugal, que «este Governo vai ser julgado no pelourinho dentro de meia dúzia de anos».
Enfim, Medina Carreira não manda dizer, diz! É incómodo.
 
Medina Carreira faz a apologia de um presidencialismo sério — transitório, possivelmente —, mas capaz de “alavancar” os sectores que são fundamentais: a educação de rigor, a justiça célere, a honestidade na vida pública. Medina Carreira defende uma mudança de pessoas e de mentalidades no país. E defende estas ideias, muito provavelmente porque, para além de ser um homem sério e desiludido, é, de certeza, um homem que interiorizou o rigor desde criança. Estou perfeitamente à-vontade para dizer o que digo, porque eu e ele andámos, em tempos diferentes, mas na mesma época, na mesma Escola: o Instituto dos Pupilos do Exército.
 
Medina Carreira é antigo aluno de uma Casa que impunha, aos seus alunos, rigor, trabalho, disciplina, horários, sentido de hierarquia, valores morais e cívicos e, acima de tudo, vontade de vencer.
Medina Carreira começou por tirar um curso médio, por aprender que é preciso saber fazer para mandar fazer. O diploma de jurista e de Ciências da Educação — como, mais tarde a frequência do curso de economia — não lhe caíram nas mãos pelo simples facto de ter prosseguido estudos pagos pela família. Não. O diploma foi uma consequência de uma opção que fez, depois de já possuir meios para ganhar a vida, pois, antes do mais, ele foi agente técnico de engenharia mecânica. Medina Carreira “trepou” na Vida. Ele e muitos de nós que tivemos o mesmo berço educativo e formativo. O nosso espírito começou por ser moldado pelos parâmetros militares de educação — até porque, de um modo geral, todos éramos filhos de modestos militares — os quais são, quase sempre, exigentes e rigorosos. E os nossos foram-no. É esse o motivo por que não receamos sistemas políticos que imponham rigor; nem sistemas políticos, nem trabalhos, pois sabemos, desde os dez anos de idade, que nada conseguimos se não formos persistentes, teimosamente persistentes.»

Coronel Luís Alves de Fraga
Título:
Enviado por: Luso em Março 21, 2009, 09:24:29 pm
Dou outra vez razão ao Fox. No entanto devo acrescentar que as pequenas e "demagógicas" insignificâncias, quando todas juntas, são tudo menos insignificantes.
Já para não falar nos efeitos não quantificáveis no exemplo e, por consequência, na moral da comunidade.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 26, 2009, 09:49:05 am
Encontrei este texto em outro fórum, e achei por bem trazê-lo à discussão. Não concordo em tudo, mas em muitas das afirmações podemos entrever algum fundo de verdade...

"Ponto número um: o realismo nunca fez mal a ninguém.
Isto para dizer que o PNR ou qualquer outro partido nacionalista nunca chegará ao poder, em Portugal, pela via eleitoral.
Porquê?
Porque o povo não está com o PNR, o povo não está com o nacionalismo, o povo não está com ninguém.
O povo está com os centros comerciais.
Onde estava o povo na comemoração do 1º de Dezembro?
Estava no passeio, a ver quem passava.
Ou, então, nos centros comerciais.
Sejamos realistas: o povo sai à rua, sim, mas quando lhe convém.
Tem saído nestes dois últimos fins de semana, porque tem o comércio aberto e é disso que o povo gosta. Quando o comércio não abre, as ruas andam desertas, pois o povo encontra-se refugiado nos centros comerciais.
O povo não quer saber de nada, além do ordenadozito miserável ao fim do mês, que lhe permita continuar a encher o bandulho nos restaurantes de preço acessível e menos acessível. É vê-los alegremente, comendo feitos alarves, de olhos esbugalhados a fixarem a televisão porque está a jogar o glorioso.
Parte do povo quer ser espanhol, outra parte vai às put*s brasileiras, compra nos chineses, casa com ucranianas, namora com pretas.
Entretanto, vai-se queixando dos políticos nos cafés, no meio de mais uma mine. Quando lhe pedem para agir, tem de ficar em casa porque não gosta de se meter em confusões.
Sejamos realistas: o povo não está cansado de ser roubado.
Está cansado de não participar do roubo.
Porque, quando lhe for autorizado participar do saque, aí está ele, contente e repimpado.
Senão, como explicar Felgueiras? Esta rouba, mas ao menos faz alguma coisa.
Se o estado é o mais frio de todos os monstros, o povo é uma aberração à sua altura. Lutar pelo povo? Poder ao povo? Para quê? Para ficar cheio de nódoas de chouriço? O povo só lá vai quando disciplinado.
Em contrário não passa de uma manada selvagem e irracional. Estamos aqui pelo povo? Eu não. Estou aqui por mim e pelos poucos que o merecem.
O povo, esse, quero que se lixe.
Um povo que diz não ter dinheiro para livros mas esgota a primeira edição da Carolina em poucos dias é um povo de analfabetos e inúteis.
Um povo que só enche as ruas em manifestações quando lhes querem ir ao bolso é um povo de chupistas. Um povo que vê o seu património genético e cultural ser delapidado e participa no arraial ao som do samba e da quizomba é um povo de ignorantes e acéfalos.
A culpa não é dos media, dos judeus, dos muçulmanos ou dos pretos. É destes carneiros ruminantes que nada mais querem da vida do que putas, bola e novelas, jantaradas, cerveja e um carro. Se a luta é por este povo, eu estou fora dela."
Título:
Enviado por: Arqueiro em Março 26, 2009, 02:56:53 pm
Este texto tem a sua verdade, estamos sempre áspera que alguém faça alguma coisa. É a moda deixa andar, ta mal mas a gente aguenta :Cavaleria1:
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Enviado por: zeNice em Março 26, 2009, 03:02:15 pm
Não querendo tirar a razão ao senhor Medina Carreira, só uma pergunta, esse senhor foi ex. Ministro das Financas, e o que fez ele quando esteve no poder?
Da maneira como fala parece ser o politico perfeito para a situação de Portugal.

Medina Carreira em directo SIC (http://http)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 26, 2009, 04:10:12 pm
Morkanz, o  Medina Carreira foi Ministro das Finanças no pós-25 de Abril, em 76-78, era Mário Soares o Primeiro-Ministro.
Foi ele quem negociou o empréstimo de 750 Milhões de Euros com o FMI, saíndo em 1978 por divergências quanto à política económica do PS, descontente com o rumo que as coisas estavam a tomar...
Título:
Enviado por: zeNice em Março 26, 2009, 04:38:20 pm
Eu como um ignorante nestes assuntos, estive a ver algumas intervistas com o Medina Carreira e fiquei impressionado, como podemos andar quase todos cegos.

Confrontar os Partidos com Medina Carreira era um espectáculo.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 26, 2009, 04:47:12 pm
Citação de: "Morkanz"
Eu como um ignorante nestes assuntos, estive a ver algumas intervistas com o Medina Carreira e fiquei impressionado, como podemos andar quase todos cegos.

Confrontar os Partidos com Medina Carreira era um espectáculo.


Já viste ele a confrontar o Basílio Horta? Aos 6:20...

http://www.youtube.com/watch?v=3qR3yaKhHDE (http://www.youtube.com/watch?v=3qR3yaKhHDE)

"Veja lá se está falsificado.
Isto é que é verdade, o resto...é conversa!"...

 :lol:
Título:
Enviado por: zeNice em Março 26, 2009, 04:54:34 pm
O outro já sem argumentos já só dizia: Pronto, está bém... cambada

Fizeram aqueles anuncios para a meo com os gatos fedorentos, quase toda a Nação viu (deduzo eu), e ouvir as verdades, da vergonha em que vivemos está quieto (eu incluido).
Venham mais novelas, e SportTvs.

Pôr toda a Nação a ver este Senhor a confrontar os gulosos era giro.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 26, 2009, 06:11:15 pm
“A situação é muito delicada”, diz Medina Carreira

O fiscalista Medina Carreira considera que “a galopada que o desemprego está a fazer afecta muita gente e ainda não estamos certamente no fim” desse ciclo.

Este especialista reage assim aos números conhecidos hoje do Instituto de Emprego e Formação Profissional que confirmam que mais 70 mil portugueses se inscreveram no IEFP só em Janeiro.

Já sobre o facto do Governo não ter comentado estes dados, Medina Carreira diz que o Executivo só diz “o que lhe convém” e “não faz nada a sério”.

Em entrevista à Renascença, Medina Carreira diz que as medidas que o Governo está a tomar para combater a crise “são pensos rápidos”, “medidas sempre limitadas porque o Estado não tem condições para se substituir à economia”.

A prioridade deve ser o apoio às pessoas que estão desempregadas e os apoios reforçados. “As pequenas obras em escolas e hospitais são medidas paliativas”.

O fiscalista acrescenta que o Governo tem mostrado “voluntarismo tonto” porque o “Estado não pode salvar as empresas todas” e há muitas que “não podem nem devem” ser salvas.

O que o Estado pode fazer – refere Medina Carreira – é pagar às empresas o que deve, não cobrar impostos antecipados e ajudar as que possam recorrer ao crédito.

Este antigo ministro concorda com intervenções sectoriais e pontuais, inclusive do ponto de vista fiscal, mas alerta para o agravamento da dívida externa.

Ouçam ainda a entrevista no seguinte link, no separador "Sons Relacionados"
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... 39&ZoneId= (http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?ContentId=277942&AreaId=23&SubAreaId=39&ZoneId=)
CC/Sandra Afonso
 
Para não dizerem que ele só diz mal, como podem ver, o homem apresenta possíveis soluções.
Título:
Enviado por: jmosimoes em Março 29, 2009, 08:02:52 pm
Citação de: "Morkanz"
Eu como um ignorante nestes assuntos, estive a ver algumas intervistas com o Medina Carreira e fiquei impressionado, como podemos andar quase todos cegos.

Confrontar os Partidos com Medina Carreira era um espectáculo.



Também achava interessante, mas estão com a cabeça na gamela e na fila para o tacho, depois do debate penso que o pessoal os mandava para as Berlengas, pelo menos na sua maioria, pois também os deve haver honestos.

Já agora não andamos cegos mas com uma venda o que é diferente, pois só nos é mostrado o que lhes é conveniente, nem temos a oportunidade de nos fazer ouvir, quando for a campanha eleitoral beijos, abraços e apertos de mão, pois os seguranças estão por perto.
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 16, 2009, 09:57:10 pm
:roll:

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A Leo Burnett Lisboa e ARC WW criaram um plug-in (uma aplicação para a Internet) que elimina a palavra "crise" de todas as páginas de Internet e substitui-a pela palavra "oportunidade". Este revolucionário dispositivo digital é extremamente fácil de instalar, e permite trocar a palavra mais repetida do ano pela palavra "oportunidade".
"Queremos deixar de ver o problema para começar a ver a solução". Foram estas palavras que serviram de base para esta ideia original, disponível na web em www.see-the-opportunity.com (http://www.see-the-opportunity.com). Aqui, é possível fazer o download gratuito do plug-in, disponível em três idiomas. Português, Inglês e Espanhol.
"Quando tivemos a ideia de eliminar a palavra "crise", substituindo-a por outra qualquer que nos apetecesse, inundou-nos uma estranha sensação de poder e, por isso, quisémos usá-lo bem. Com cautela. Fomos procurar palavras em várias fontes: livros, filmes, na internet.. Milhares de palavras foram pensadas, estudadas e analisadas mas nenhuma funcionava melhor que "oportunidade". Ambas as palavras são femininas e entre elas existe a conhecida relação no alfabeto chinês em que os últimos ideogramas da palavra "crise" são os primeiros da palavra "oportunidade". Isto sem dúvida reflecte o porquê de querermos fazer desaparecer esta odiada palavra. Queremos que as pessoas comecem a ver as coisas de outra forma. Queremos ajudar a fazer do mundo um lugar melhor e isto é sem sombra de dúvidas uma oportunidade", afirma Chacho Puebla, director criativo executivo da Leo Burnett.
Esta aplicação foi desenvolvida para funcionar no navegador Firefox, já que é o único que permite adicionar Plug-ins. Estes permitem personalizar as funções originais do navegador, conferindo-nos as mais diversas ferramentas para experimentar a web
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Enviado por: P44 em Abril 28, 2009, 12:11:38 pm
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Eles fizeram Abril mas não o encontram sempre no país de hoje

Cinco capitães da revolução traçam o diagnóstico do país em tempo de crise

25.04.2009 - 06h59  Sofia Branco


Abril foi há 35 anos e eles gostavam que tivesse progredido, ano após ano. Mas por vezes têm dificuldades em encontrá-lo agora, por aí. Claro que há a liberdade e a democracia. E isso é muito. Mas não era exactamente este o país que eles, os que fizeram Abril, esperavam. Em tempo de crise, não temem golpes nem ameaças não democráticas. Mas receiam a implosão social, falam de uma ruptura iminente. De medos, ainda que outros. E lamentam o fim da solidariedade e do voluntarismo.

Andrade da Silva faz um aviso prévio. Está “muito desencantado” e vai expor a sua “visão poética amarga” sobre a revolução que ajudou a fazer. Coronel do Exército na reserva, um dos responsáveis pela reforma agrária, licenciado em sociologia e psicologia, não vê meio termo. “A democracia não é compatível com a actual situação. Ou se resolve a crise, ou vem uma ditadura.”

Este deve ser “um momento para reflectir”, porque este “é um problema para amanhã”, “dentro de seis meses ou um ano o céu pode cair-nos em cima da cabeça e não há plano B”, aconselha Miguel Judas. Primeiro-tenente da Marinha à altura da revolução, membro da comissão coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA) e membro do Conselho da Revolução, Miguel Judas considera que se vive “o final de um ciclo, o esgotamento de uma república”, que exige a fundação de uma nova.

“A crise é um acto político, um acto de governação falhado”, avalia Gonçalves Novo, coronel do Exército na reforma, era capitão da coluna das Caldas no ensaio de 16 de Março de 1974, fundador do MFA, actual membro da Associação de Oficiais das Forças Armadas. “Prevejo a existência de convulsões populares. As pessoas têm fome, os crimes de colarinho branco não são julgados”, vaticina.

“É muito natural que aconteçam [as convulsões]. E é bom que se tenha presente que não se resolvem à bastonada nem com repressão, mas à volta dos valores de Abril, por exemplo da solidariedade”, frisa Vasco Lourenço, tenente-coronel na reforma, membro da comissão política do MFA, actual presidente da Associação 25 de Abril.

“A democracia está doente”

“Há pessoas que exercem a liderança sem terem interiorizado um comportamento democrático. Salazar está vivo, somos muito ditadores. As pessoas no poder têm muitos tiques ditatoriais, criam cordões sanitários para as vozes divergentes”, analisa Andrade da Silva.

Manuel Monge é o mais optimista de todos: “Não comungo de análises catastrofistas sobre a actual situação económica/financeira muito difícil de Portugal e do mundo.”

“A democracia está doente”, diagnostica Vasco Lourenço. E pode ser posta em causa se “houver a veleidade de se tomar posições que façam prevalecer a segurança sobre a liberdade”. Recordando o que aconteceu na Grécia recentemente, com as revoltas populares, frisa: “Não estamos imunes, há condições propícias.” Em Portugal, tem havido, acrescenta, uma “incapacidade para implementar medidas no sentido da justiça social e dos valores de Abril”.

“A crise pode fomentar” a adopção de “medidas mais drásticas e mais gravosas”, das quais “os direitos do trabalho sairão combalidos”, acrescenta Andrade da Silva. “Corre-se um risco de implosão social grave e dessa implosão não ser dirigida por democratas”, alerta. “Em democracia não há implosões sociais. Poderia haver aventuras totalitárias, mas não na Europa do século XXI”, contrapõe Manuel Monge, um dos homens fortes de António Spínola na Guiné.

Liberdade sim, mas...

Liberdade é a primeira coisa que lhes vem à cabeça quando comparam o Portugal de hoje com o de 1974. Vasco Lourenço, coronel na reforma, desterrado para os Açores nas vésperas do 25 de Abril, membro da comissão política do MFA, actual presidente da Associação 25 de Abril, destaca que os três D (Democratizar, Descolonizar, Desenvolver) que se pretendia conquistar com o 25 de Abril são “um facto”.

Gonçalves Novo considera que “o esvaziamento político é perigoso”. “Mas, hoje, pelo menos podemos dizê-lo”, salienta, acreditando que enquanto houver um poder civil, em que os militares estão submetidos ao regime político, “os ideais de Abril estão salvaguardados”. “Temos liberdade, democracia e capacidade de decidir” e Abril continua no país, portanto, “embora com determinadas limitações”. “Pode não ser um 25 tão alegre como era, os tempos são mais difíceis, mas a essência mantém-se”, resume.

Todos apontam o dedo à política, independentemente de quem está no governo, independentemente dos partidos. E alargam a responsabilidade às empresas, aos sindicatos, às universidades, à sociedade civil, aos cidadãos. Todos são responsáveis. “Caímos no rotativismo, não há alternativas, só alternância”, descreve Andrade da Silva. E é preciso começar a assumir os erros. “Em Portugal, também há responsáveis pela crise. Nem tudo é importado, nem tudo vem de fora.”

“Os partidos políticos, de forma geral, falharam todos. São agências de emprego, de defesa dos interesses de facções”, diz Vasco Lourenço.

Isso não quer dizer que defenda a extinção dos partidos. “Não se conhece democracia sem partidos e não há sistema menos mau do que a democracia”, realça. “Procurar responsabilizar os partidos por tudo pode ser um caminho perigoso. Assim começam ou acabam alguns regimes”, salienta Manuel Monge.

Os partidos “são indispensáveis”, diz Gonçalves Novo, mas “não têm cumprido os programas”. Há uma “perversidade humana organizada, incorporada nos partidos”, sustenta Andrade da Silva, criticando que a política seja “um estágio para cargos de administração pública”. “É uma contaminação perniciosa e a democracia ganharia se não houvesse essa circulação de cadeiras”, diz. Miguel Judas realça que a liberdade não é um dado adquirido. “Hoje o pensamento não é livre, muito menos a voz. Já não há o medo do fascismo, mas há o medo de perder o tacho”, compara.

“A política tem vindo a piorar, bateu no fundo com Santana Lopes e com a cena da Base das Lajes”, avalia Vasco Lourenço. “Algumas políticas de hoje eram necessárias, mas não houve a preocupação de as conjugar com medidas de preocupação social”, acrescenta.

Mário Soares foi citado (e elogiado pela “clarividência”) por três dos capitães, enquanto Cavaco Silva foi duramente criticado por Andrade da Silva. “Muita coisa começou com ele [como primeiro-ministro] e agora critica”, recorda.

A justiça também já teve melhores dias, consideram. “O maior défice no nosso país é o funcionamento da justiça, no qual, infelizmente, a generalidade dos cidadãos não acredita”, lamenta Manuel Monge. “A justiça só existe para os que têm posses”, critica Andrade da Silva, exemplificando com o caso da tragédia de Entre-os-Rios, em que as famílias terão de pagar as custas da acção interposta contra o Estado.

O país “vive à conta de alguém”

A motivação do 25 de Abril não era a “impunidade dos poderosos”, nem a “desmotivação dos professores”, nem horas de “produtos tóxicos e mentecaptos” na comunicação social virada para “o negócio e o lucro”, nem a “chinezação” do trabalho sem direitos, nem que a corrupção se transformasse no “cancro nacional”, enumera Andrade da Silva.

A acrescentar à “falta de credibilidade”, há algo pior, na opinião de Gonçalves Novo, que assume ter votado no PS e em José Sócrates nas últimas legislativas. “Está-se a denegrir os cargos políticos, ferindo a dignidade do Estado.” Nas próximas eleições, o capitão de Abril não sabe se vai “votar em alguém”, até porque se identifica “sempre mais ou menos” com alguma coisa. Recorda, a propósito, um episódio curioso logo a seguir ao 25 de Abril. Deu-se ao trabalho de ler todos os programas partidários (“Até fiz uma quadro à mão, ainda não havia Excel”) e concluiu, com pena: “Fizemos uma revolução e não conseguimos arranjar um partido para mim.”

Miguel Judas lamenta que a opção que se fez após o 25 de Abril não tenha sido a de assegurar que Portugal viveria “à conta dos recursos próprios”. Hoje, o país “vive à conta de alguém” e deixar “nas mãos de terceiros a capacidade de comer” é “uma vulnerabilidade tremenda”. Prevaleceu “a opção social-democrata”, que apostou na integração europeia e “não tanto no desenvolvimento autónomo e soberano”, que “não era contraditória com a inserção mundial”.

“A social-democracia de tipo sueco era o modelo, porque tinha uma taxa de analfabetismo inexistente, liberdade de expressão, bem-estar”, recorda Gonçalves Novo. “Não estávamos a pedir mundos e fundos”, considera Andrade da Silva.

“Continuamos a não ter uma burguesia nacional que não viva à conta do Estado. Ela não tem condições para liderar o país. Não teve, nem terá”, sustenta Judas, falando em “corporativismo medieval” – cada um toma conta da sua loja e abre trincheiras para a defender, e nenhum governo entra nos seus castelos. “Este é o problema de algumas reformas deste governo. Era preciso mudar, mas se calhar era melhor não entrar de assalto, era preciso trazer as pessoas para fora dos castelos”, contrapõe.

“Tem sido uma festa, entrou muito dinheiro. E é claro que o povo beneficiou alguma coisa” com a adesão ao “sonho europeu”. Hoje temos “um povo anestesiado, conformado”, embora “de alguma forma satisfeito”, reconhece Miguel Judas. Os fundos alimentaram “o parasitismo das elites”, “os negócios, o enriquecimento fácil, as clientelas” e tudo isto foi tolerado porque “chegou algo à população”.

A factura há-de chegar e Miguel Judas acha que pode já não tardar muito. “A ruptura pode ser antecipada drasticamente no quadro da actual crise, que mostra que o sistema capitalista afinal não é seguro. E esta ruptura pode ser muito mais grave do que a que houve no 25 de Abril. Podemos estar em vésperas de algo muito mais complicado e descontrolado, sem um sistema de ideias mínimo (o MFA coseu uma série de perspectivas, tínhamos ideia de um caminho)”, compara Judas.

O que podem os cidadãos?

Miguel Judas fala em “bloqueamento democrático” nos partidos, num sistema político “caduco” e em “cidadãos atomizados”. “Não há renovação, o sistema reproduz-se a si próprio em circuito fechado, desligado das bases e da população”. Aliás, a política em geral está “bloqueada à emergência de ideias novas”, pois foi apropriada por “escassos milhares de cidadãos”, e os “espaços públicos” têm “dificuldade de emergência”. “Onde está a democracia participativa?”, pergunta.

“De resto, a malta assiste”, lamenta, considerando que “as listas de cidadãos não têm condições” para vingar, por falta de dinheiro e de recursos, mas também por falta de aceitação. Resultante das “muitas décadas de paternalismo”, frisa Manuel Monge.

“Não existe uma cidadania organizada” e a mudança não virá de dentro do sistema, diz Miguel Judas. “Movimentos como o de Manuel Alegre não mudam nada, porque estão dentro do sistema.” O que é preciso é uma “regeneração democrática”, que dê “notoriedade” ao povo. Hoje “só as individualidades têm peso, são sempre os mesmos que falam”.

O problema dos movimentos cívicos, corrobora Vasco Lourenço, é que “procuram um líder de imediato, o que estraga logo tudo”, independentemente da capacidade do líder”. Do “à volta das pessoas” temos de passar para o “à volta das causas”.

Andrade da Silva identifica outro problema. “Há muita gente a fazer diagnósticos, mas ninguém apresenta propostas novas, não avançam. Nisto o Presidente da República e o primeiro-ministro têm razão.”

A mudança, diz Judas, ou se faz por dentro do sistema, na qual não acredita, ou se faz por fora. E aí há dois caminhos: um projecto ou a rua. Judas já não quer saber da divisão entre esquerda e direita. “Não dou créditos a ninguém. A esquerda no poder é igual à direita. Há conservadores que pensam o interesse público e que são muito mais de esquerda do que muitos outros. Noutro dia li um texto de Adriano Moreira que cabe aqui.” Judas gostava era que viesse o tempo dos cidadãos interessados em reunir-se “independentemente dos rótulos e dos carimbos”, numa “base patriótica, democrática, moderna”, no espírito de Abril. E propõe um chapéu: a Associação 25 de Abril e os seus congressos da democracia. Isto “mantendo a perspectiva de ligação com o mundo, não há a ideia de uma quinta de trogloditas”.

De Abril temos hoje “a possibilidade de reunir e de falar. Por que não o fazemos?”, questiona Judas. “Com mais ou menos organização, mas pelo menos com ideias”, frisa. Se o caminho não for este, a mudança será feita nos “bairros”, num “movimento anárquico, vândalo, que vai querer resolver os problemas à sua maneira”. “As lutas serão travadas fora das instituições e ficarão à mercê dos líderes populares emergentes”, concorda Andrade da Silva, sublinhando que “o Governo comete um erro grave quando dá pouca atenção ao grito dos manifestantes”, porque “as pessoas podem ser conduzidas para situações de desespero ao aperceberem-se de que o modelo da rua se esgotou”.

Gonçalves Novo lamenta que nenhum militar no activo se possa candidatar a cargos políticos e que esteja em risco a garantia de que os serviços públicos continuarão maioritariamente nas mãos do Estado.

Gonçalves Novo defende uma “democracia directa” – já Eça de Queirós dizia que “os partidos estão demasiado afastados da população”. Vasco Lourenço diz que “a democracia directa não é a solução”, mas reconhece: “Devia haver mais interligação entre eleitos e eleitores e não fomos capazes de a fazer.” Andrade da Silva tem dúvidas sobre se é “a melhor solução”, mas defende “que os cidadãos se organizem conscientemente”. E mais clarificação política. Se há “liberais no PS e no PSD”, estes “deviam formar um partido à parte”. “Assumam e vão a votos. Isso já seria uma grande revolução organizacional”, acredita.

O país precisa de “deputados mais autónomos que possam fiscalizar a acção governativa e que não sejam veículos de transmissão partidária mas tenham compromissos de honra com os eleitores e com as promessas eleitorais”, defende Andrade da Silva.

“Gerir um processo de mudança” é aquilo que Abril tem para dar ao país de hoje, acredita Judas. “O 25 de Abril passou por aqui e está aqui. Mas há o falhanço da política, os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, uma sociedade cada vez mais injusta, a perda de direitos alcançados com anos de luta, a vontade de repressão, sinais políticos evidentes de que se quer atemorizar as pessoas, fazer uma democracia mais musculada”, analisa Vasco Lourenço. E, por isso, “às vezes apetece fazer outro” 25 de Abril, reconhece.

“Foi algo excepcional, provavelmente irrepetível. É preciso que agora o povo o faça”, convida Andrade da Silva. “O que vejo hoje assusta-me. Pessoas tristes, mal-dispostas, parecem pré-programadas com um chip, sem momentos para pensar. Há uma multidão de polidores de esquinas, de homens encostados para aí, nas tabernas, a beber, a jogar à sueca. A 25 de Abril de 1974, era um país de uma alegria transbordante. Hoje é um país pobre, não do ponto de vista económico, mas sobretudo cultural, moral, republicano e civilizacional”, recorda, saudoso, Andrade da Silva. “O D de desenvolvimento também era de desenvolvimento humano”.

“Começámos a fazer uma viagem, mas o ponto de chegada nem se vê com telescópio. O que está perto são os monstros marinhos, a corrupção, a mentira, a violência simbólica e prática dos governos sobre os cidadãos, capazes de engolir a caravela da liberdade”, descreve Andrade da Silva. Claro que são “perturbações conjunturais”, reconhece: “O 25 de Abril não está derrotado nem ninguém o derrotará. Envelhecemos mas não nos rendemos.”

 

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12 (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376541&idCanal=12)
Título:
Enviado por: zeNice em Abril 30, 2009, 12:50:46 pm
Justiça

http://www.youtube.com/watch?v=qO1WZyQy ... 1083895.94 (http://www.youtube.com/watch?v=qO1WZyQy4m0&feature=sdig&et=1241083895.94)
Título:
Enviado por: TOMSK em Junho 22, 2009, 10:46:34 pm
EXAMES: DE MAL A PIOR
 
Transcreve-se o parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o exame realizado hoje de Matemática do 9º ano de escolaridade:

Citar
Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o Exame Nacional do 3º ciclo do Ensino Básico (Código 23)

1. Após análise ao Exame do 9º ano hoje efectuado, a SPM verifica que o nível geral da prova é de novo demasiado elementar. O exame destina-se a alunos no final da escolaridade obrigatória. Após nove anos de ensino de matemática exigir-se-ia um maior grau de dificuldade.

2. Logo na pergunta 1, pede-se a média aritmética de três números: 382, 523 e 508. A facilitar ainda os cálculos, que são triviais na posse da calculadora permitida nesta prova, fornece-se a soma (1413) — é uma questão do 6.º ano de escolaridade. Na pergunta 5, pede-se ao aluno que leia valores num gráfico simples. Após leitura desses dados pede-se que calcule o valor de 100 euros em libras, sendo sabido quantas libras vale um euro. A pergunta 6 está ao nível do 3.º ano de escolaridade. Na pergunta 7, pede-se para identificar um sistema de duas equações a duas incógnitas que nem se pede para resolver.

3. Em quase todas as perguntas, os conceitos são testados com exemplos demasiado elementares. Os cálculos são todos muito simples, a equação do segundo grau é trivial, para mais sendo fornecida a fórmula resolvente, e os exemplos de geometria são demasiado directos.

4. Não há problema algum em introduzir num exame perguntas de anos anteriores ou de grau de dificuldade baixo. O que é prejudicial é que um número exagerado de perguntas corresponda a tópicos que deveriam estar sabidos anos antes e que todas ou quase todas as perguntas tenham um grau de dificuldade muito baixo.

5. Grande parte da matéria essencial do 9.º ano de escolaridade não foi coberta por esta prova. É o caso da resolução de inequações, sistemas e equações literais, multiplicação de polinómios, intervalos de números reais, proporcionalidade inversa e igualdade ou semelhança de triângulos.

6. Tanto professores como alunos que se empenharam durante estes anos lectivos sentem-se desacompanhados e desapoiados com esta prova. O que exames deste tipo transmitem é a ideia de que não vale a pena estudar mais do que as partes triviais das matérias. Tanto os jovens que prosseguem os seus estudos no Secundário como os que terminam aqui a sua escolaridade não podem concluir estar bem preparados pelo facto de conseguirem um resultado satisfatório neste exame.

7. Pode pensar-se que provas elementares têm a vantagem de ajudar a perceber que as questões matemáticas não são intransponíveis. Mas estabelecer patamares demasiado baixos, em vez de incentivar a mais estudo e mais conhecimento, acaba por prejudicar todos — tanto os melhores, que se sentem desincentivados, como os menos treinados, que sentem menos necessidade de trabalhar para aumentar o seu domínio das matérias. Em suma, uma prova demasiado elementar como esta não serve o progresso do ensino. Pelo contrário, cria precedentes difíceis de contrariar.

8. A matemática é uma das matérias mais importantes para a formação dos nossos técnicos e dos cidadãos do futuro. Estamos no século XXI. É urgente formar técnicos competentes, capazes de competir num mercado internacionalizado e numa economia em que o conhecimento tem uma importância cada vez maior.

O Gabinete do Ensino Básico e Secundário da Sociedade Portuguesa de Matemática


O futuro de Portugal está em risco!
:bang:
Título:
Enviado por: P44 em Junho 23, 2009, 08:54:46 am
eu vi a prova de matemática e só posso dizer que aquilo é um "exame" para atrasados mentais, serve apenas para as estatisticas como é apanágio deste governo mediocre.

Aliás tão mediocre que quer á força fazer de todos os alunos mediocres, tal é o baixar do nivelamento!!!!
Título:
Enviado por: Luso em Junho 23, 2009, 09:44:33 am
Estão a preparar selvagens para servir os que aí vêm. Desses selvagens alguns irão sobrar e farão trabalho escravo porque não haverá alternativa.

Quem puder compreender que compreenda. Quem não compreender que continue a ver e a discutir o Campeonato da Liga ou as novelas da TVI (que são, diga-se, as que têm o melhor mulherio).
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Junho 23, 2009, 11:04:32 am
Código: [Seleccione]
novelas da TVI (que são, diga-se, as que têm o melhor mulherio).


Cágora  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: P44 em Junho 23, 2009, 02:57:11 pm
Citação de: "Luso"
Estão a preparar selvagens para servir os que aí vêm. Desses selvagens alguns irão sobrar e farão trabalho escravo porque não haverá alternativa.

Quem puder compreender que compreenda. Quem não compreender que continue a ver e a discutir o Campeonato da Liga ou as novelas da TVI (que são, diga-se, as que têm o melhor mulherio).


ouviste dizer, claro????? :mrgreen:
Título:
Enviado por: P44 em Julho 03, 2009, 04:21:12 pm
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Economia
Portugueses desconfiam do poder político
Democracia em Portugal deixa muito a desejar
2009/07/03   13:01Carla Pinto Silva

Estudo da SEDES revela que descrédito da justiça é o maior problema. Mas Campos e Cunha não acredita que a democracia «esteja desacreditada»51% dos portugueses dão nota negativa à democracia, em Portugal, muito devido ao descrédito em relação à Justiça. A maioria acredita que esta área trata ricos e pobres de forma desigual e mais de metade dos cidadãos mostra-se pouco ou nada satisfeitos com o regime político português. Mas também há críticas quanto ao trabalho dos deputados.

São as principais conclusões do estudo «A Qualidade da Democracia em Portugal: A Perspectiva dos Cidadãos», que está a ser apresentado esta sexta-feira e que foi promovido pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES).

51% dão má nota

16% dos inquiridos dizem-se «nada satisfeitos(as)» com a democracia e 35% estão «pouco satisfeitos(as)». Ou seja, 51% dos cidadãos ouvidos não estão satisfeitos com a qualidade da democracia portuguesa. Já 37% dizem-se «algo satisfeitos (as)», 9% revelam estar «bastante satisfeitos(as)» e apenas 2% garantem, a pés juntos, que estão «totalmente satisfeitos(as)», pode ler-se nas conclusões do estudo.

O ex-ministro das Finanças e actual membro do Conselho Coordenador do SEDES, Luís Campos e Cunha, revelou, em jeito de balanço, que não acredita «que a democracia esteja desacreditada».

«Estamos numa democracia madura, mas não desacreditada. Penso que hoje as pessoas estão mais exigentes e querem ser mais ouvidas. Mas há um forte descrédito da Justiça sobretudo. Ainda assim percebemos que acreditam nas eleições. Penso que este estudo não revela um cenário assim tão negro», defendeu, antes de frisar que «os cidadãos mais velhos estão sempre mais satisfeitos do que os jovens», isto porque «conheceram em tempos uma alternativa».

Justiça trata ricos e pobres de forma desigual

Mais: de acordo com o estudo 82% dos inquiridos acredita que a Justiça trata ricos e pobres de forma desigual. A maioria dos cidadãos nem sequer se sente estimulada a recorrer aos tribunais para se defender, tal é o descrédito. 79% dos inquiridos ouvidos sublinham que a Justiça trata de diferente forma políticos e cidadãos e 37% defendem que os juízes não são independentes do poder político.

«Os portugueses mostram ainda desconfiança no que diz respeito ao poder político e olham com insatisfação para o trabalho dos deputados, dos políticos», revelou o autor do estudo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Pedro Magalhães, no IV Congresso da SEDES, que decorreu esta sexta-feira, em Lisboa.

Mas vamos a contas. Do total dos portugueses inquiridos, 23% acredita que as decisões do Executivo são condicionadas pela vontade de outros países. Já 43% consideram que o poder político não está protegido das pressões do poder económico. 60% acredita que governantes não têm em conta as opiniões dos cidadãos e 75% diz que quem está no poder pensa primeiro no seu interesse pessoal do que nos portugueses.

Espanha menos negativa

São números pessimistas face a vizinha Espanha, revela Pedro Magalhães. «A distância dos cidadãos portugueses em relação ao poder político é maior em Portugal do que em Espanha. Os portugueses consideram que quem está no poder rápido perde o sentido de se preocupar com os outros. Em Espanha, essa ideia não é tão acentuada», advogou.

Já a confiança no Presidente da República mostra outra realidade. 49% dos inquiridos acredita em Cavaco Silva para travar abusos de poder por parte do Governo e 21% até reconhece o papel do Provedor de Justiça.

Este inquérito foi feito entre os dias 13 e 23 de Março deste ano. Foram ouvidos 1.003 inquiridos, com 18 ou mais anos, residentes em Portugal Continental, seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis sexo, idade (5 grupos), instrução (2 grupos), ocupação (2 grupos), região (7 regiões GFK Metris) e habitat/dimensão dos agregados populacionais.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730 (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1073417&div_id=1730)
Título:
Enviado por: PedroM em Julho 21, 2009, 08:12:23 pm
Texto 5*****. Por vezes fico quase com inveja de não ter escrito certas coisas...

AS BOAS MÁS NOTÍCIAS

Só mesmo em Portugal é que há deputados tão idiotas que chamam um ministro ao parlamento para o criticarem por se manifestar optimista quanto ao futuro. A crise tem servido para que políticos sem qualquer projecto se apresentem como abutres eleitorais, tudo fazendo para que o país se sinta mais deprimido do que já está, se é que isso é possível.

Sempre que há uma má notícia para os portugueses, ouvem-se os suspiros de um orgasmo vindos de uma orgia colectiva onde se deitam na mesma cama personalidades que em condições normais não se podem ver umas às outras. Desde a família da TVI a Manuela Ferreira Leite, passando por Louçã e Jerónimo de Sousa, ninguém esconde o desejo de ver o país afundar-se, o aumento dos problemas dos portugueses são um argumento eleitoral mais forte do que qualquer projecto alternativo que, aliás, ninguém apresenta.

Mesmo assim vão-se ouvindo boas notícias, começaram por ser os indicadores económicos e agora a notícia da escolha de Portugal pela Nissan-Renault para a instalação de uma importante fábrica de baterias. O país que há poucos anos era um exemplo de dependência energética começa a surgir como referência internacional pela aposta nas energias renováveis.

Algum político da oposição se manifestou? Nenhum, fazê-lo implicaria elogiar o governo, ainda que de forma implícita e isso nenhum político da oposição o fará.

Gostaria de ouvir a opinião de Bernardino Soares, o deputado do PCP que graças a uns truques velhacos conseguiu levar Manuel Pinho ao desespero, podendo agora fazer constar no seu currículo o facto de ter abatido um bom ministro. Mas era necessário abater Manuel Pinho, bastaria o que fez pela manutenção em Portugal da Autoeuropa para estar na lista negra do PCP, porque o sucesso da Autoeuropa só é aceitável se negociado com Jerónimo de Sousa.

Mas parece que Manuel Pinho vingou-se dos seus detractores, de alguns políticos bandalhos que saíram em sortes a este país, já depois de ter abandonado o governo viu Portugal captar mais um importante investimento, quer pela sua importância económica, quer pelo que simboliza no plano do desenvolvimento tecnológico.

A Nissan apostou em Portugal porque confiou neste país. Eu também confio, os que não confiam são aqueles para quem as más notícias são o Viagra das suas erecções políticas.
http://jumento.blogspot.com/ (http://jumento.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: Vicente de Lisboa em Julho 22, 2009, 09:26:09 am
Me gusta bastante o Jumento, até porque sou "Socretino" myself, mas infelizmente o autor não parece querer elevar-se além do basico combate partizan na internet. Quando o PSD voltar ao poleiro, este ano ou mais tarde, duvido que seja tão imparcial como reclama que os outros devam ser.
Título:
Enviado por: PedroM em Julho 24, 2009, 04:38:00 pm
O Jumento está cada vez melhor. Mais um texto 5*****!

CIDADÃOS DE PRIMEIRA CLASSE

Com o aproximar das eleições legislativas assistimos ao reaparecimento dos cidadãos de primeira classe, gente que se julga superior ao comum dos portugueses e que tem direito a assistir ao processo político sentados na primeira fila. Lembram-me a igreja da minha terra nos tempos da minha infância, as senhoras de bem tinham direito a lugar reservado e cadeira com almofada e encostos de veludo nas duas alas laterais, os seus esposos ficavam de pé junto às portas e o Zé Povinho sentava-se nas cadeiras de pau.
Durante quatro anos estes cidadãos de primeira andaram a fazer pela vida, a coleccionar assessorias, a tratar de aumentar os lucros das suas empresas. Deles não ouvi uma palavra de esperança, uma proposta que não fosse feita a pensar nos seus próprios interesse, uma manifestação de solidariedade com uma proposta do governo ou da oposição, literalmente estiveram-se borrifando para o país e para os portugueses.
Agora que se aproximam as eleições tentam usar os seus nomes sonantes, alguns deles apoiados nos poderosos orçamentos publicitários das empresas que administram, para avaliarem governantes, decidirem decisões públicas e condicionar o futuro governo.
Onde esteve António Carrapatoso e os outros betinhos do Compromisso Portugal quando o crude chegou aos 150 dólares, quando os camionistas barraram as estradas, quando os armadores fecharam as lotas ou quando o sistema financeiro desabou? Enquanto a maioria dos portugueses tiveram que suportar as consequências destas situações de crise, o governo tentou superá-las e alguns políticos da oposição se envolveram criticando ou propondo soluções alternativas onde estiveram os Carrapatosos, os Cunhas, os Hernânis e muitos outros ilustres?
Quando o sistema financeiro desabou sobre a economia mundial deixando um rasto de miséria em todo o mundo o que preocupou personalidades como Carrapatoso? Perderam o seu tempo e puseram os seus vastos conhecimentos ao serviço do país ou andaram meses numa azáfama de reuniões para delinear estratégias com o objectivo de as suas empresas resistirem à crise senão mesmo obter proveitos?
Agora que o pior passou aparecem por todos os cantos, um para avaliar o governo, outros para o país opte por aeródromos para que o dinheiro dos contribuintes seja reservado para investimentos que favoreçam as suas empresas, outros para que os portugueses morram de forma cristã porque sem sofrimento ninguém vai para o Céu.
Se são tão brilhantes, competentes e interessados no país porque o abandonaram nas horas difíceis?
Esta gente anda quatro anos a tratarem dos seus interesses, a assegurar que as suas empresas tenham lucros que lhes proporcionem prémios absurdos e em vésperas de eleições aparecem a dizer que por serem muito bonitos e cremoso têm direito a passar à frente de todos os outros.
Peço desculpa aos que ainda têm a paciência de vir a este blogue mas não resisto à tentação de ser mal-educado, estas vedetas não merecem outro tipo de resposta. Como diria o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo: “vão à bardamerda!”.
http://jumento.blogspot.com/2009/07/cid ... lasse.html (http://jumento.blogspot.com/2009/07/cidadaos-de-primeira-classe.html)
Título: Re: "Portugal é apenas esperança"-Hernâni Carvalho
Enviado por: P44 em Dezembro 08, 2009, 01:03:50 pm
07 Dezembro 2009 - 09h00
Estado do Sítio
A IV República
Os queridos políticos da nossa praça andam verdadeiramente divertidos. Os outros, os indígenas que votam de quatro e quatro anos, quando votam, vão fazendo pela sua vidinha, com o coração nas mãos, cheios de medo de tudo e de mais alguma coisa.

Quem assiste ao discurso político nos tempos que correm, liga a televisão e vê debates mais ou menos violentos entre deputados e membros do Governo do senhor presidente relativo do Conselho, só pode esfregar os olhos de quando em vez para tentar perceber em que sítio vivem e de onde vieram as almas que lhes entram em casa todos os dias. E têm razão para o fazer.

O desemprego dispara para os dois dígitos e as notícias sobre o encerramento de empresas sucedem-se a um ritmo impressionante. O défice das contas do Estado vai por aí acima, a dívida pública começa a atingir valores alarmantes e o endividamento externo não pára de subir. Para agravar a situação, o tempo do dinheiro barato e dos juros baixos tem os dias contados. Em 2010 a situação vai inverter-se e quem tem empréstimos à habitação vai ver a prestação da casa voltar aos tempos antigos.

Perante este cenário cada vez mais negro aparecem os especialistas do costume a aconselhar aumentos de impostos e congelamento de salários e pensões. No fundo, as receitas do costume com os péssimos e conhecidos resultados do costume. A verdade, por muito que custe, é só uma. A hipótese de o sítio entrar em falência, como já aconteceu por outras paragens, não é irrealista e mesmo os optimistas de ontem já começam a pensar como os terríveis pessimistas que andaram anos a fio a alertar para as fantasias e ilusões vendidas pelo senhor presidente relativo do Conselho.

A situação deste sítio pobre, deprimido, manhoso e cada vez mais mal frequentado é negra e vai obviamente piorar. A classe política, da esquerda à direita, sabe disso. A classe política, da esquerda à direita, sabe que o paradigma económico está há muito esgotado e não tem soluções para o presente e o futuro.

A classe política sabe que está esgotada e sem ideias e que o regime precisa urgentemente de uma implosão. Por isso mesmo, é incapaz de fazer seja o que for. Agarrada ao poder e às mordomias será a última a querer mudanças. A implosão do regime não será provocada pela Justiça, como aconteceu em Itália nos anos oitenta. Os milhões com fome, sem emprego e sem futuro vão matar esta III República falida, podre e moribunda.



António Ribeiro Ferreira, Jornalista