Fui eu. Cometi o erro de partir do princípio que os Tucanos vinham e pensar se podiam ser usados noutras missões. Não sabia, na altura, que era proibido pensar fora da caixa no Fórum da Defesa.
Mas não se aflijam que vou continuar a pensar fora da caixa e a propor soluções diferentes para outros sistemas de armas.
Pensar fora da caixa, e inventar, são duas coisas completamente diferentes... Numa FAP que não há meio de incluir Harpoon nos F-16 (nem menciono num míssil mais moderno, apenas o Harpoon que é o mínimo dos mínimos), e que não há meio de incluir outro armamento que hoje é tido como padrão e essencial para caças, ia estar a inventar (e a pagar!) para a inclusão de mísseis anti-navio em avionetas. Não só é algo que nunca foi feito no mundo, como não tinha qualquer lógica, muito menos para tentar forçar a aceitação da compra de uma aeronave que é tida como inadequada para a realidade portuguesa.
Entretanto, de volta ao tema. Eu bem avisei que não fazia sentido nenhum reactivar uma esquadra de propósito nas Lajes para SAR. Foi começar a casa pelo telhado, em que só faria sentido criar a dita esquadra, se houvesse pessoal local a ingressar na FAP para ela. Da mesma forma que não era solução as rotações constantes, não é solução tentar forçar a fixação de pessoal de outras paragens por lá. Com uma população de mais de 240 mil, não seria impossível cativar pessoal suficiente para esta esquadra, mas é preciso criar incentivo para o ingresso (exemplo, garantia de que permanecem na região).
Também deduzo que a mistela de helicópteros que estará ao dispor da FAP, de modelos diferentes, não deve ser nada benéfico para estas situações, nomeadamente para os pilotos da FAP que no verão tenham que fazer combate aos fogos num modelo de helicóptero completamente diferente. E o facto do Exército também querer os seus próprios helicópteros (que pelos vistos também querem num modelo completamente diferente dos já em uso), não vem ajudar de certeza. A ideia de um comando conjunto, eventualmente limitado a 3 modelos de helicóptero (Koala, UH/MH-60 e Merlin), se calhar vai ganhar mais força, havendo maior interoperabilidade e uma maior "pool" de pilotos para as diversas missões.