Não só, também pelo facto de ser a nação necessitar de defender o seu triângulo geoestratégico...Pois se as bases dos Açores e Madeira forem destruídas, é preciso alimentar a luta com combustível...
Outra dimensão que está a ser estudada, é a defesa aérea de pontos chave, mas...neste caso "no money"...
Se as bases na Madeira (calculo que Porto Santo) e nos Açores (quais delas) foram destruidas, estariamos a lutar contra quem ?
E a luta seria onde, na Madeira ?
Ou seria a batalha da Lagoa das Sete Cidades, depois de Ponta Delgada ter sido tomada ?
Caro PT, está um gozão ...
Cps,
Eu não costumo ser gozão. Sarcástico ou cáustico às vezes, admito.
A minha questão é académica. Na maioria dos cenários de conflito em que os militares consideram que opções tomar, considera-se que as ilhas são sempre um último reduto.
Se as ilhas cairem, acabou-se...
Daí a minha dúvida.
A ideia de ter meios AAR, passa essencialmente por dar às FA, e mais concretamente à FAP, mais opções. A actual estratégia, contempla que um potencial inimigo é um porreiraço, e que só vai atacar depois de nos informar, permitindo-nos posicionar os meios para a defesa do território alvo. Na questão das ilhas, não há milagres, a capacidade de combate de qualquer caça português para operar sobre os nossos arquipélagos, estará severamente limitada ("tirania da distância"), e hoje está totalmente dependente da infraestrutura local. A destruição desta infraestrutura, faz com que não consigamos fazer nada sem se ser enviar caças prontos para combate e carregados de combustível, para fazer a viagem, e perante combates aéreos (largada de drop tanks), não tenham combustível suficiente para voltar a casa.
Os Açores ou a Madeira não deverão ser atacados tão depressa. Mas isto é com o mundo de hoje. Se os EUA e China entram em confronto, algo que tornará a invasão da Ucrânia geopoliticamente irrelevante em comparação, o nível de segurança dos nossos arquipélagos pode mudar.
De frisar também que, ter aeronaves AAR, oferece uma muito maior projecção geopolítica. Permitiria exercer soberania a distâncias muito maiores do território nacional, permitia auxiliar países aliados com caças, que de outra forma não seria possível. F-16 na Madeira podiam operar sobre Cabo Verde (na hipotética defesa deste país contra um potencial invasor), ou F-16 em Cabo Verde operar em qualquer parte do Golfo da Guiné.
A minha questão é académica. Na maioria dos cenários de conflito em que os militares consideram que opções tomar, considera-se que as ilhas são sempre um último reduto.
Se as ilhas cairem, acabou-se...
Daí a minha dúvida.
Realmente as ameaças sempre vieram de terra, nunca do lado do mar.
Mas não vejo problema nenhum em equacionar uma ameaça vinda do mar, por exemplo submarinos russos...
Só se equacionarmos que os americanos nunca vão permitir que as ilhas sejam tomadas/atacadas por alguma potência hostil e não precisamos de nos preocupar.
As invasões não se dão por mar, porque poucos países têm capacidade para isso.
Mas para atacar ilhas, não há outro remédio, e no meio do caos que o mundo se está a tornar, não seria impensável que um qualquer país considerasse um dos nossos arquipélagos um alvo apetecível.