O General Loureiro dos Santos e a Força Aérea

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papatango

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O General Loureiro dos Santos e a Força Aérea
« em: Fevereiro 28, 2005, 09:59:34 pm »
O general Loureiro dos Santos, promoveu a ideia de que deve ser cancelado o programa de modernização dos F-16 da Força Aérea.

Tentando fazer um pouco de “brainstorming”, gostava de ouvir opiniões, e ideias, para responder à pergunta:

Quais as razões que permitem defender o cancelamento do programa de modernização dos F-16, e que poderão estar por detrás das ideias expostas pelo general ?

É sempre bom manter a cabeça livre para todas as possibilidades e todos os conceitos

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #1 em: Fevereiro 28, 2005, 10:04:32 pm »
Parkinson?
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papatango

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« Responder #2 em: Fevereiro 28, 2005, 10:17:52 pm »
Hmmm, não tenho visto tremuras.  :twisted:

Deve ser algo diferente.
lembro que ele acha que devemos ter sistemas de defesa anti-aéreos, mas ao mesmo tempo prefere deixar os MLU.

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Luso

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« Responder #3 em: Fevereiro 28, 2005, 10:56:09 pm »
PT, as referência que eu tenho para a defesa da Nação está associada a alguns "eventos": Wake, Tarawa; Estalingrado, Malta...
Do lado dos defensores.
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Ricardo Nunes

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« Responder #4 em: Fevereiro 28, 2005, 11:17:07 pm »
2 copos de tinto?  :roll:
Ricardo Nunes
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papatango

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« Responder #5 em: Fevereiro 28, 2005, 11:24:15 pm »
Se calhar é mais que isso.

Será que o general acha que os nossos F-16 em caso de conflito com os nuestros hermanos, seríam varridos dos ceus, e que sistemas anti-aéreos modernos, seríam mais eficientes?

Que seguindo a nossa história, sempre que tentámos atacar falhámos, e que portanto a nossa capacidade de ataque, é pouco útil, senão inutil, e que se tivessemos sistemas anti-aéreos sofisticados, poderiamos garantir que os céus não seriam dominados pelo atacante?

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Ricardo Nunes

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« Responder #6 em: Fevereiro 28, 2005, 11:31:33 pm »
Em caso de conflito as baterias anti-aéreas seriam tão inúteis como os F-16.
O que torna o F-16 uma plataforma mais apetecível para Portugal é a sua versatilidade. Podem ser transportados e operados em qualquer região do globo, e possuem capacidade ofensiva.
É claro que é preciso ter noção que ambas as plataformas se complementam - cada uma faz um trabalho bem específico dentro do teatro de operações - mas entre ter uma ou outra, optaria pelos F-16.

Uma das coisas que me espanta no artigo do General Loureiro dos Santos é o facto de defender o cancelamento de alguns programas apenas com o objectivo de "acelerar" outros. Nem sequer propõe alternativas.

O nosso conceito de defesa nacional pode ter falhas. Mas muito sinceramento parece-me  bem concebido para a nossa realidade.
« Última modificação: Fevereiro 28, 2005, 11:33:08 pm por Ricardo Nunes »
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Luso

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« Responder #7 em: Fevereiro 28, 2005, 11:32:00 pm »
Hoje infelizmente não, Ricardo...
A defesa nacional seria algo desesperado - se tivessemos militares à altura. Aposto que alguns bater-se-iam mas outros "Buenos dias! Que rica fiarda tiens"

Visto por esse lado a coisa faz sentido.
Mas é incongruente essa estratégia ao menosprezar a arma submarina que é a que pode provocar mais danos e ser relativamente menos vulnerável.
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papatango

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« Responder #8 em: Fevereiro 28, 2005, 11:40:07 pm »
Citar
"Buenos dias! Que rica fiarda tiens"

Essa é a parte mais complicada.
Quando se perde a memória histórica, perde-se um bocado a noção da realidade.

A quantidade de disparates que se houve sobre a história, como aquela de que Portugal nasceu com o filho a batar na Mãe, são anedotas meio tontas, mas o povão acredita nisso.

A consciencialização e o estudo da História também não me parece que sejam grandes preocupações.
Tudo vai piorar, quando para colocarmos o nome de D.Afonso Henriques nos livros escolares, tivermos que pedir a algum comissário europeu que autorize o livro. Só será aprovado quando for aprovado pelo conselho, onde os delegados espanhois vão seguramente tentar impedi-lo, dizendo que o Cid el Campeador fica muito mais vistoso nos livros da provincia Hispana da Lusitânia.  :roll:  :mrgreen:

= = =


Quanto aos F-16, pessoalmente, acho que o general não entende verdadeiramente o que muda de um F-16 A/B para um F-16 AM/BM, e que isso dá de facto à FAP uma capacidade que ela nunca teve. Além disso, há a segunda esquadra com capacidade para bombardeamento de precisão.

Tenho mais dificuldade em entender a defesa do GALE que o cancelamento dos F-16..

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papatango

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« Responder #9 em: Fevereiro 28, 2005, 11:44:11 pm »
Especificamente sobre a questão das defesas anti-aéreas serem tão ineficientes quanto os F-16.

Não são situações distintas?
Uma coisa é contestar o domínio no ar, com aviões, outra coisa é negar o dominio do ar ao inimigo com misseis anti-aéreos.

São questões que têm resultados e implicações no teatro táctico, completamente diferentes.

Mas confesso que também vejo o binomio defesa anti-aérea / Caças de superioridade aérea como necessário e vital. Portanto, se calhar devíamos estar a discutir o tipo de sistema  anti-aéreo que faz falta.

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Jorge Pereira

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« Responder #10 em: Março 01, 2005, 12:00:22 am »
Parece-me absurdo questionar a segunda esquadra de F-16. Basta ver os números de caças de outros países europeus.

Se mesmo com 40 ficamos muito aquém, imaginem com 20!!!. O que precisamos é de garantir que em caso de ataque surpresa eles não sejam destruídos no chão.

Como se faz isso? Com sistemas de alerta/defesa antiaéreos eficazes e não necessariamente muito dispendiosos. Outra opção que sempre defendi era a aquisição de meios de defesa antiaéreos altamente móveis e ocultáveis, como já foi referido pelo Luso, que pudessem ser “espalhados” pelo território nacional com a finalidade de negar a utilização do espaço aéreo nacional a um hipotético invasor.

O mesmo penso em relação a sistemas anti-tanque, mas esse é tema para outro tópico.

Se evitarmos que os F-16 sejam destruídos no chão, as nossas hipóteses de defender “eficazmente” o nosso território e mesmo retaliar aumentariam consideravelmente.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Luso

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« Responder #11 em: Março 01, 2005, 12:21:55 am »
Jorge Pereira, o facto de estarem espalhados era apenas para dificultar a sua detecção e destruição. Até porque as distâncias a vencer são irrelevantes.
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Jorge Pereira

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« Responder #12 em: Março 01, 2005, 12:30:13 am »
Um bom exemplo de sistemas altamente móveis e ocultáveis que parece ser estamos prestes a adquirir, embora desconheça o número:







http://www.army-technology.com/projects/avenger/
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Paisano

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« Responder #13 em: Março 01, 2005, 01:34:15 am »
Citação de: "Luso"
Parkinson?


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As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Luso

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« Responder #14 em: Março 01, 2005, 09:27:39 am »
Jorge Pereira, o que me diz do Starstreak, de comando semi-automático?
Parece ser um sistema muito interessante e imune a contramedidas e a menor controlo americano.
Ou o RBS 70...
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