Necessidade das Forças Armadas não são menores - Cavaco

  • 0 Respostas
  • 1803 Visualizações
*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
Necessidade das Forças Armadas não são menores - Cavaco
« em: Abril 06, 2009, 03:30:58 pm »
Citar
PR: Necessidade e relevância das Forças Armadas não são menores que no passado - Cavaco  



    Lisboa, 06 Abr (Lusa) -- A necessidade e a relevância das Forças Armadas não são menores do que no passado, adverte o Presidente da República no prefácio do "Roteiros III", dedicando um capítulo ao seu papel como Comandante Supremo das Forças Armadas.  

 

    "Durante algum tempo, deixámo-nos iludir com a esperança de que estaríamos a entrar numa nova ordem, sem razões para guerras, e em que o desenvolvimento e os direitos humanos seriam as bases de um novo paradigma das relações internacionais. Podemos, hoje, constatar que a necessidade e a relevância das Forças Armadas não são menores do que no passado", escreve o chefe de Estado.  

 

    No capítulo "Comandante Supremo das Forças Armadas" do prefácio da publicação "Roteiros III", que reúne as principais intervenções de Cavaco Silva durante o terceiro ano do seu mandato, o Presidente da República sublinha uma vez mais a importância que atribui a essas funções, garantindo ter-se empenhando em fazer com que a defesa nacional continue a merecer um "amplo consenso dos diversos agentes políticos e órgãos de soberania".  

 

    Cavaco Silva lembra ainda que sempre tentou acentuar junto da opinião pública "a importância do papel das Forças Armadas na salvaguarda da defesa nacional e do bem-estar dos Portugueses e a sua crescente relevância como instrumento da política externa do Estado".  

 

    Por outro lado, acrescenta, como Comandante Supremo das Forças Armadas, tem exercido as suas competências de "aconselhamento do Governo" acerca da condução da política de defesa nacional, em particular em relação às Forças Armadas, e mantido uma relação estreita com as chefias militares, bem como procurado contribuir para o reforço da coesão e prestígio das Forças Armadas e incentivar o seu processo de reestruturação.  

 

    Num outro capítulo do prefácio da publicação "Roteiros III" intitulado "Ouvir os jovens", o Presidente da República recorda ainda "a atenção constante" que tem dado aos problemas dos mais novos, com constantes apelos "a que não se resignem perante as dificuldades".  

 

    Os "sinais de alheamento" dos jovens em relação à vida política merecem igualmente uma nota de Cavaco Silva, que classifica o interesse dos mais novos pela participação cívica e política como uma questão da maior relevância para o futuro do país.  

 

    "Serão eles os governantes, os deputados, os autarcas, os dirigentes partidários que terão de assegurar a continuidade e qualidade da nossa democracia. Deles dependerá a vitalidade do nosso sistema político e a consciência cívica da sociedade portuguesa", alerta.  

 

    Ainda no mesmo capítulo, Cavaco Silva recorda as duas jornadas já realizadas do "Roteiro para a Juventude", a primeira subordinada ao tema "autonomia dos Jovens e Associativismo", onde fez uma intervenção sobre a importância da autonomia empresarial em relação ao poder político.  

 

    "A tendência de algumas empresas para procurarem a protecção ou favor do Estado na realização dos seus negócios é nociva para o progresso do País e, a médio prazo, para os próprios empresários. Distorce a concorrência, favorece a produção de bens não transaccionáveis internacionalmente -- acentuando o nosso desequilíbrio externo -- e não estimula a inovação, a modernização tecnológica nem a preparação para a concorrência no mercado global", refere.

 

    Por isso, defende Cavaco Silva, o poder político deve "actuar de forma a contrariar essa tendência e favorecer a autonomia dos empresários portugueses".

 

    "Ao lançar o Roteiro para a Juventude, pretendi também dar oportunidade aos jovens para fazerem ouvir a sua voz, sublinhar as suas potencialidades individuais e as das suas organizações, e, muito especialmente, valorizar e reconhecer a valia da sua intervenção e da sua capacidade empreendedora para o progresso do País", salienta ainda o chefe de Estado.  

 

    O volume "Roteiros III", que reúne as intervenções mais marcantes de Cavaco Silva durante o terceiro ano do seu mandato, a partir de 09 de Março de 2008, tem 376 página, com cinco capítulos e alguns anexos, assim como "os passos da agenda presidencial e dezenas de ilustrações".  

 

    O prefácio, que hoje foi disponibilizado na página da Internet da Presidência da República, está dividido em quatro capítulos: a crise económica e financeira; o Presidente da República e as Regiões Autónomas; Ouvir os Jovens e O Comandante Supremo das Forças Armadas.  

 

    Segundo a Presidência da República, a publicação, que tem uma tiragem de três mil exemplares, foi impressa "em papel Munken Lynx, produzido por métodos respeitadores do ambiente e certificado pelo "Forest Stewardship Council".  

 

    Ainda segundo Belém, uma apresentação digital do livro estará disponível da página da Internet da Presidência da República nos próximos dias.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito